Prévia do material em texto
<p>GESTÃO DOS</p><p>CUSTOS</p><p>INDUSTRIAIS</p><p>OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM</p><p>> Definir o método UEP.</p><p>> Explicar o cálculo e a aplicação do método UEP.</p><p>> Resolver problemas de custeio utilizando o método UEP.</p><p>Introdução</p><p>Neste capítulo, você vai conhecer a definição conceitual de Unidade de Esforço</p><p>de Produção (UEP), assim como a lógica desse método. Além disso, vai estudar,</p><p>de forma sistemática, as etapas de utilização e os cálculos requeridos pelo</p><p>método UEP. Por fim, você vai ver alguns exemplos de aplicação.</p><p>Ao longo do capítulo, você vai verificar, a partir de uma perspectiva de</p><p>gerenciamento para a tomada de decisão, como o método UEP contribui para</p><p>minimizar a subjetividade e a arbitrariedade na apropriação dos custos de</p><p>transformação dos produtos.</p><p>Método UEP</p><p>Considerações iniciais</p><p>Nas organizações, os gestores regularmente necessitam de informações sobre</p><p>custos para a tomada de decisões. Os cálculos dos custos de produção de um</p><p>produto ou de multiprodutos influenciam a maioria das ações relacionadas</p><p>Unidade de esforço</p><p>de produção</p><p>Francisco Santos Sabbadini</p><p>ao controle, ao monitoramento, à análise e às decisões relativas a preços e</p><p>mix de produtos.</p><p>Além disso, o monitoramento dos custos de produção, especialmente da-</p><p>queles relacionados aos processos produtivos diretos, contribui para assegurar</p><p>que os custos sejam mantidos sob controle e alinhados ao orçamento. Desse</p><p>modo, a organização pode utilizar os recursos de forma eficiente.</p><p>A diversificação da produção, juntamente à necessidade de alocação dos</p><p>custos indiretos em relação aos custos diretos, dificulta a determinação do</p><p>custo unitário de produção, relativo a cada produto individual, que tende</p><p>a distorções. Isso se deve à subjetividade e à arbitrariedade envolvidas no</p><p>processo de atribuição de custos aos produtos. Como a alocação se dá por</p><p>meio de rateio, na produção de múltiplos produtos, dependendo da base e</p><p>do critério utilizado, os custos de cada produto ficam sujeitos a distorções.</p><p>Warren, Reeve e Fess (2001, p. 400) afirmam que: “[...] distorções</p><p>nos custos dos produtos podem levar a gerência a tomar decisões</p><p>erradas e, consequentemente, provocar um desastre nos negócios”. Eliminar</p><p>totalmente a subjetividade e a arbitrariedade do processo de atribuição de</p><p>custos indiretos aos produtos, a fim de melhorar a acurácia dos custos, ainda é</p><p>um desafio não superado. O método UEP foi desenvolvido com a finalidade de</p><p>melhorar o processo de custeio.</p><p>O método UEP</p><p>Baseado nos princípios do custeio por absorção, esse método foi desenvolvido</p><p>em função da necessidade de minimizar a arbitrariedade nos critérios de rateio,</p><p>simplificando o cálculo e a alocação de custos a vários produtos. Além disso,</p><p>esse método permite mensurar a produção de vários itens no mesmo período.</p><p>Como resultado, os processos de gestão melhoram devido ao controle mais</p><p>efetivo dos custos e à avaliação mais precisa do desempenho da produção.</p><p>Unidade de esforço de produção2</p><p>O método UEP se baseia na unificação da produção, o que se dá por meio</p><p>do conceito de esforço de produção. A produção de uma fábrica, durante dado</p><p>período temporal, é resultado dos produtos fabricados ou em elaboração,</p><p>que fluíram pelos processos produtivos. O esforço de produção é realizado</p><p>pela empresa na transformação de insumos em bens finais, sendo gerado</p><p>por equipamentos, trabalho da mão de obra direta e indireta, consumo de</p><p>energia, etc. Esses esforços resultam em custos relacionados a cada um dos</p><p>componentes mencionados. No caso dos equipamentos, são considerados</p><p>os custos relacionados à depreciação.</p><p>Um aspecto característico da UEP é que se trata de um método de custeio</p><p>que mensura o esforço de produção relacionado aos fluxos e aos processos</p><p>fabris. Consequentemente, os custos incorridos são decorrentes do esforço de</p><p>produção e dos recursos utilizados ao longo dos processos produtivos. Aqui,</p><p>cabe destacar que esse método trabalha apenas com custos de transformação,</p><p>ou seja, os custos de matérias-primas não são considerados, devendo ser</p><p>tratados separadamente (BORNIA, 2010).</p><p>No método UEP, os esforços de produção são mensurados pelo valor dos</p><p>gastos ocorridos no processo produtivo, sendo atribuídos a cada produto</p><p>de acordo com os recursos consumidos por ele em determinado período de</p><p>tempo. Desse modo, o ambiente de produção é dividido em Postos Operati-</p><p>vos (POs); cada PO é constituído por uma ou mais operações produtivas de</p><p>transformação. Tais operações são semelhantes (homogêneas) para todos os</p><p>produtos que fluem pelo PO. O único componente não semelhante é o tempo</p><p>gasto no processamento de cada produto.</p><p>Segundo Bornia (2010, p. 142): “[...] a determinação das relações entre es-</p><p>forços de produção é feita entre os postos operativos e não entre produtos”.</p><p>Determina-se assim os potenciais produtivos, ou seja: “[...] a capacidade que</p><p>cada PO possui de gerar ou repassar esforço de produção”. Outra característica</p><p>é que um produto é escolhido como unidade de medida de base. Isso significa</p><p>que o custo desse produto serve de parâmetro para medir os equivalentes</p><p>de produção dos demais produtos (MARTINS, 2018).</p><p>Para compreender melhor o conceito e a lógica do método das UEPs,</p><p>considere o exemplo de uma fábrica multiproduto que produz três modelos</p><p>de motores, de diferentes tamanhos. Os três modelos passam pelos mesmos</p><p>POs. Em dado período, o custo total de transformação foi de R$ 2 milhões.</p><p>Foram produzidas as seguintes quantidades dos modelos M1, M2 e M3, respec-</p><p>tivamente: 2.500, 3.500 e 4.000. No Quadro 1, veja a descrição dos modelos.</p><p>Unidade de esforço de produção 3</p><p>Quadro 1. Descrição de modelos de motores</p><p>Modelo Tamanho Descrição</p><p>M1 Pequeno A montagem é rápida. É leve e de fácil movimentação.</p><p>Cada unidade produzida requer pouco tempo de</p><p>produção.</p><p>M2 Médio A montagem é mais demorada e requer mais tempo</p><p>do que no caso do modelo M1. Isso ocorre devido a</p><p>características específicas e de movimentação.</p><p>M3 Grande A montagem é a que demora mais tempo entre os</p><p>três modelos. Ela exige um esforço maior devido a</p><p>características relativas ao peso e à necessidade de</p><p>movimentação do produto.</p><p>Fonte: Adaptado de Bornia (2010).</p><p>Observando as informações do Quadro 1, você pode verificar que o modelo</p><p>M3 requer um esforço de produção maior do que o modelo M2. Do mesmo</p><p>modo, os modelos M3 e M2 requerem mais esforços de produção do que o</p><p>modelo M1. Como o modelo M1 requer menor esforço, ele é o produto base.</p><p>De acordo com o método UEP, deve haver uma medida comum a to-</p><p>dos os produtos: a UEP. Para efeitos didáticos, considere que M1 = 1 UEP,</p><p>M2 = 1,5 UEPs e M3 = 3 UEPs. Com essas informações, você pode calcular a</p><p>produção total em termos de UEPs. Veja no Quadro 2, a seguir.</p><p>Quadro 2. Produção total do mês em UEPs</p><p>Discriminação M1 M2 M3</p><p>Quantidade produzida 2.500 3.500 4.000</p><p>UEP 1,0 1,5 3,0</p><p>Produção em UEP 2.500 5.250 12.000</p><p>Produção total em UEP 19.750</p><p>Fonte: Adaptado de Bornia (2010).</p><p>Unidade de esforço de produção4</p><p>Agora que você conhece a produção total em UEP e os custos de trans-</p><p>formação do período, pode calcular o custo unitário da UEP. Para isso, utilize</p><p>a equação a seguir:</p><p>Assim:</p><p>Obtido o valor de 1 UEP, você pode apropriar os custos de transformação</p><p>de cada um dos modelos de motor de acordo com o esforço de produção</p><p>requerido. Para isso, determine inicialmente o custo unitário de cada motor.</p><p>Veja a seguir.</p><p>� Custo unitário de M1 = 1 × 101,27 = 101,27</p><p>� Custo unitário de M2 = 1,5 × 101,27= 151,91</p><p>� Custo unitário de M3 = 3 × 101,27= 303,81</p><p>No Quadro 3, veja como ficou a apropriação dos custos de transformação</p><p>de cada um dos modelos de motor.</p><p>Quadro 3. Apropriação dos custos de transformação</p><p>Discriminação M1 M2 M3</p><p>Custo unitário em UEP 101,27 151,91 303,81</p><p>Quantidade produzida 2.500 3.500 4.000</p><p>Custo apropriado 253.175,00 531.667,50 1.215.157,50</p><p>Total do custo de transformação</p><p>apropriado</p><p>2.000.000</p><p>Unidade de esforço de produção 5</p><p>Se você considerasse um critério de rateio, por exemplo,</p><p>baseado na</p><p>proporção das quantidades produzidas de cada modelo em relação ao total,</p><p>teria os seguintes percentuais para os modelos M1, M2 e M3, respectivamente:</p><p>25%, 35% e 40% dos R$ 2 milhões de custos de transformação do período.</p><p>Em uma análise comparativa entre o método UEP e o método de rateio,</p><p>é possível perceber as distorções decorrentes da arbitrariedade e da subjeti-</p><p>vidade envolvidas na definição da base de rateio e dos critérios no segundo</p><p>método. Veja no Quadro 4.</p><p>Quadro 4. Comparativo: apropriação pelo método UEP e por rateio</p><p>Discriminação M1 M2 M3 Total</p><p>Custo apropriado</p><p>por UEP (1) 253.175,00 531.667,50 1.215.157,50 2.000.000,00</p><p>Custo apropriado</p><p>por rateio (2) 500.000,00 700.000,00 800.000,00 2.000.000,00</p><p>Diferença (2 – 1) 246.825 168.333 –415.158</p><p>A comparação entre os dois métodos de alocação dos custos de transfor-</p><p>mação mostra que, no método de rateio, os modelos de motor M1 e M2, que</p><p>exigiram menos esforço de produção, foram onerados, absorvendo custos a</p><p>mais da ordem de R$ 246.825 e R$ 168.333, respectivamente. Já o motor M3,</p><p>que demandou maior esforço de produção, teve uma apropriação negativa</p><p>de R$ 415.158, o que efetivamente resultará em custos inferiores aos que</p><p>deveriam ter sido imputados. O valor não reflete o quanto o produto consumiu</p><p>de recursos e o quanto requereu de esforço no processo produtivo.</p><p>Como sintetiza Bornia (2010), essa é a ideia básica do método e a sua</p><p>maior dificuldade é encontrar as relações entre os trabalhos exigidos pelos</p><p>vários produtos da empresa. Você vai estudar esses tópicos na próxima seção.</p><p>Cálculo e aplicação do método UEP</p><p>A unificação da produção parte do conceito de esforços produtivos que tota-</p><p>lizam o trabalho total requerido para que a empresa fabrique seus produtos.</p><p>A mensuração se dá por meio da obtenção das relações entre os trabalhos</p><p>efetuados nos postos produtivos. Nesse sentido, a concentração dos esforços</p><p>está nas atividades produtivas envolvidas diretamente na fabricação dos</p><p>Unidade de esforço de produção6</p><p>produtos, caso dos POs. As atividades auxiliares (indiretas) são transferidas</p><p>para as produtivas e, dessas, para os produtos.</p><p>Em cada PO, são definidos índices de custos por hora, que englobam</p><p>itens relevantes, como mão de obra direta e indireta, depreciação, custos</p><p>de manutenção e de materiais de consumo e energia elétrica. A partir daí,</p><p>obtém-se um custo horário. Desse modo, determinam-se as relações de</p><p>trabalho entre os POs.</p><p>Para cada PO, é determinado um índice, denominado “fotoíndice”. Isso</p><p>ocorre por meio da especificação das quantidades de cada insumo utilizadas</p><p>no processo produtivo naquele local. A ideia é representar os custos realmente</p><p>gerados na operação típica que ali transcorre. Veja o que afirma Bornia (2010):</p><p>As relações entre os índices são usadas pelo método para estimar as relações entre</p><p>os esforços de produção, mais precisamente, entre os potenciais produtivos. Tais</p><p>relações são constantes, considerando que os postos operativos não se alteram</p><p>no tempo. Assim, se um posto operativo possui capacidade de gerar duas vezes</p><p>mais trabalho do que outro hoje, essa relação será a mesma, daqui a um ano, desde</p><p>que não haja mudança na fábrica. Nessa fase, já conhecemos as capacidades dos</p><p>postos operativos de gerar esforço de produção (potenciais produtivos), em UEP/h.</p><p>Quando um produto passa por um posto operativo, ele “absorve” esforços de pro-</p><p>dução. Tomando os tempos de passagem dos produtos pelos postos operativos,</p><p>os esforços de produção (UEP) são alocados aos produtos.</p><p>A implementação do método UEP se dá por meio de oito etapas, segundo</p><p>Wernke (2019). A seguir, veja quais são elas.</p><p>1. Divisão da fábrica em POs</p><p>2. Cálculo do custo/hora ($) por PO</p><p>3. Obtenção dos tempos de passagem dos produtos pelos POs</p><p>4. Escolha do produto base</p><p>5. Cálculo dos potenciais produtivos (UEP/hora) de cada PO</p><p>6. Definição dos equivalentes dos produtos em UEP (valor em UEP do</p><p>produto)</p><p>7. Mensuração da produção total em UEP</p><p>8. Cálculo dos custos de transformação</p><p>Cada uma das fases, explicadas a seguir, requer cálculos, procedi-</p><p>mentos ou especificações definidas, que permitirão sua aplicação</p><p>sistemática.</p><p>Unidade de esforço de produção 7</p><p>1. Divisão da fábrica em POs</p><p>Nessa etapa, são definidos os POs onde serão executadas as operações. Para</p><p>isso, é necessário considerar o processo de produção, e os POs devem ser</p><p>definidos de acordo com o fluxo de produção da fábrica. Assim, um PO pode</p><p>ser uma máquina ou setor de trabalho; sua especificação se dá de acordo</p><p>com as características das atividades que serão realizadas ou dos processos.</p><p>2. Cálculo do custo/hora ($) por PO</p><p>Nessa etapa, são definidos os índices de custos relativos aos insumos con-</p><p>sumidos por cada PO durante o período (mês), excluídas as matérias-primas,</p><p>como você viu anteriormente. O custo/hora é calculado por meio da divisão</p><p>do custo total mensal de transformação do PO, em unidades monetárias,</p><p>pelo número de horas de trabalho do período.</p><p>Por exemplo, considere um PO cujos gastos com mão de obra (salários),</p><p>energia e depreciação tenham somado R$ 50 mil. Considere ainda que o</p><p>número de horas trabalhadas no período tenha sido de 200 horas. Nesse</p><p>caso, o custo/hora do referido posto será: 50.000 ÷ 200 = R$ 250. O mesmo</p><p>cálculo deve ser feito para os demais POs.</p><p>3. Obtenção dos tempos de passagem</p><p>dos produtos pelos POs</p><p>Nessa etapa, é feita a coleta de acordo com o tempo ao longo do qual os</p><p>produtos utilizam os POs. Todos os tempos devem ser computados em horas,</p><p>para ficarem na mesma unidade utilizada para os custos que foram calculados.</p><p>Se um produto, por exemplo, leva 15 minutos para passar por determinado</p><p>PO, deve-se registrar: 15 ÷ 60 = 0,25 hora. Ao final, deve-se registrar o tempo</p><p>total, que representa a soma dos tempos de todos os POs onde o produto foi</p><p>processado. Esse critério deve ser utilizado para todos os produtos e para</p><p>todos os POs por onde eles passarem durante sua produção.</p><p>4. Escolha do produto base</p><p>Após a obtenção dos tempos de passagem dos produtos pelos POs, é preciso</p><p>identificar aquele produto que melhor representa a estrutura de produção.</p><p>Esse será o produto base, que pode ser aquele que passa pelo maior número</p><p>Unidade de esforço de produção8</p><p>de postos ou pelos mais importantes. Essa definição depende de caracterís-</p><p>ticas específicas do produto e do processo produtivo.</p><p>Definido o produto base, deve-se obter seu valor em unidades monetárias</p><p>por meio da multiplicação dos tempos de passagem nos diversos POs pelo</p><p>custo/hora de cada PO. Suponha que o produto passe somente pelo PO 1,</p><p>levando um tempo de 0,25 hora, e que o custo/hora desse posto é de R$ 10.</p><p>Então, o custo do produto base será R$ 2,50. Caso ele passasse por mais de um</p><p>posto, deveriam ser somados os custos de cada posto, para se ter o valor total.</p><p>5. Cálculo dos potenciais produtivos (UEP/hora) de</p><p>cada PO</p><p>Nessa etapa, determina-se quantas UEPs é possível produzir em cada PO</p><p>por hora. O cálculo é feito por meio da divisão dos custos/hora (em unidades</p><p>monetárias) dos postos pelo valor da UEP (nesse caso, o custo do produto</p><p>base). Considerando-se os valores utilizados nas fases anteriores, haveria</p><p>um custo/hora de R$ 250 (etapa 2), e o custo do produto base seria R$ 2,50</p><p>(etapa 4). Logo, o potencial produtivo seria: 250 ÷ 2,50 = 100 UEP/h.</p><p>6. Determinação dos equivalentes dos produtos</p><p>em UEP (valor em UEP do produto)</p><p>Um dos fundamentos do método é que os produtos, ao passarem pelos POs,</p><p>consomem esforços de produção de acordo com seus tempos de passagem.</p><p>Considerando isso, nessa fase se efetua a conversão dos produtos no valor</p><p>equivalente em UEP.</p><p>Em termos numéricos, se um posto é capaz de produzir 100 UEP/h e um</p><p>produto leva 15 minutos (0,25 hora) nele, ele absorve 25 UEPs na operação.</p><p>O cálculo consiste na multiplicação do potencial produtivo (fase 5) pelo tempo</p><p>de passagem do produto (fase 3). Ele deve ser aplicado a todos os produtos em</p><p>cada um dos POs pelos quais passe. Desse</p><p>modo, o equivalente de produção</p><p>será dado pela soma dos esforços de produção consumidos pelo produto.</p><p>7. Mensuração da produção total em UEP</p><p>Depois da conversão dos produtos fabricados em UEPs, nessa etapa se faz a</p><p>quantificação da produção total do período em UEPs. Para isso, as quantidades</p><p>fabricadas dos produtos são multiplicadas pelos respectivos equivalentes</p><p>em UEP.</p><p>Unidade de esforço de produção 9</p><p>Como exemplo, considere que foram produzidas mil unidades de deter-</p><p>minado produto. Os equivalentes de produção calculados na etapa 6 foram</p><p>iguais a 25 UEPs. Desse modo, a produção total em UEPs será de 25 mil UEPs.</p><p>Esse cálculo deve ser feito para todos os produtos produzidos; a produção</p><p>total é a soma dos resultados referente a cada um.</p><p>8. Cálculo dos custos de transformação</p><p>Na última etapa, para cada unidade produzida no período, determina-se o</p><p>custo de transformação. O cálculo consiste na divisão dos gastos totais nos</p><p>POs no mês pela produção total em UEPs no mesmo período.</p><p>Como exemplo, considere que, para fazer três produtos, os custos de</p><p>transformação no mês tenham sido de R$ 1 milhão e que o total da produção</p><p>tenha sido de 50 mil UEPs. Veja o cálculo: 1.000.000 ÷ 50.000 = R$ 20. Portanto,</p><p>R$ 20 é o valor unitário da UEP do período considerado.</p><p>Em seguida, basta multiplicar o valor do equivalente de produção (etapa 6)</p><p>pelo valor unitário da UEP para obter o custo de transformação de cada pro-</p><p>duto. Nesse caso, para o produto utilizado como exemplo na etapa 6, tem-se</p><p>25 mil UEPs. Então, o custo de transformação será: 25.000 × 20 = R$ 500.000.</p><p>Depois de concluir as oito etapas para a obtenção do custo total de produ-</p><p>ção, você deve adicionar o valor da matéria-prima ao custo de transformação.</p><p>O valor da matéria-prima e o cálculo do seu custo provêm da ficha técnica.</p><p>Veja a explicação de Wernke (2019, p. 59): “O valor referente às matérias-primas</p><p>consumidas por produto costuma ser determinado por fichas técnicas e lista</p><p>de componentes físicos de cada produto, multiplicando-se a quantidade</p><p>utilizada dos materiais pelos respectivos custos de aquisição”.</p><p>Nesse sentido, o método UEP considera que as matérias-primas, para</p><p>serem transformadas em produtos finais, consomem recursos do processo de</p><p>transformação. Assim, elas não devem ser incorporadas ao cálculo do custo</p><p>de transformação, mas ter seu valor adicionado a ele para gerar o custo de</p><p>produção de cada produto individual. Veja:</p><p>Custo da matéria-prima + Custo de transformação = Custo do produto</p><p>Como você viu, o custo da matéria-prima é obtido por meio da ficha técnica</p><p>do insumo, elaborada na fase de implantação do método UEP. Por sua vez,</p><p>o custo de transformação é calculado pelo UEP (WERNKE, 2019). Suponha que</p><p>o custo da matéria-prima utilizada na produção do produto citado no exemplo</p><p>seja R$ 200 mil. O custo total do produto seria: 500.000 + 200.000 = R$ 700.000.</p><p>Unidade de esforço de produção10</p><p>Resolução de problema de custeio</p><p>com o método UEP</p><p>Agora que você já conhece os conceitos e os processos de cálculo utilizados</p><p>no método das UEPs, você vai acompanhar a resolução passo a passo de um</p><p>problema de custeio. Para isso, considere uma empresa multiproduto que</p><p>fabrica placas decorativas em três modelos distintos, PD1 (placa padrão</p><p>básico), PD2 (placa padrão intermediário) e PD3 (placa padrão luxo). O pro-</p><p>cesso produtivo da fábrica é composto por operações de corte, montagem e</p><p>acabamento, pelas quais todos os produtos passam. A única diferença está</p><p>no tempo requerido em cada processo para cada um dos produtos.</p><p>A seguir, veja os custos apurados no mês.</p><p>� Mão de obra (direta e indireta), abrangendo salários e encargos: R$ 3,6</p><p>mil. O setor com a maior participação nesses custos foi o de montagem</p><p>(R$ 2 mil), seguido pelos setores de corte (R$ 1 mil) e acabamento</p><p>(R$ 600).</p><p>� Depreciação: R$ 4 mil. Esse total se divide em: corte (R$ 950), montagem</p><p>(R$ 2,5 mil) e acabamento (R$ 550).</p><p>� Energia: R$ 6 mil, sendo R$ 2,5 mil no setor de corte, R$ 2 mil na mon-</p><p>tagem e R$ 1,5 mil no setor de acabamento.</p><p>� Manutenção: R$ 1 mil, sendo R$ 200 no setor de corte, R$ 300 no setor</p><p>de montagem e R$ 200 no setor de acabamento.</p><p>Além disso, a fábrica operou em regime de trabalho de 40 horas semanais</p><p>em todos os setores. O mês em questão possui cinco semanas, resultando em</p><p>200 horas/mês em cada setor. A produção no período foi de 200 unidades da</p><p>placa PD1, 300 unidades da placa PD2 e 100 unidades da placa modelo PD3.</p><p>De acordo com a ficha técnica dos insumos, o consumo de matéria-prima</p><p>na produção das placas envolve custos de respectivamente R$ 100, R$ 200</p><p>e R$ 300.</p><p>A partir dessas informações, obtidas junto à administração da empresa,</p><p>foi aplicado o método UEP para a apuração dos custos de produção relativos</p><p>a cada um dos modelos de placa. A seguir, veja os resultados.</p><p>Unidade de esforço de produção 11</p><p>1. Divisão da fábrica em POs</p><p>A análise do processo produtivo e do fluxo dos produtos durante sua produção</p><p>possibilitou identificar os POs homogêneos no processamento dos três mo-</p><p>delos. Desse modo, a fábrica tem como POs: corte, montagem e acabamento.</p><p>2. Cálculo do custo/hora ($) de cada PO</p><p>Como você viu anteriormente, esse valor é obtido por meio da divisão do custo</p><p>total mensal de transformação do PO, em unidades monetárias, pelo número</p><p>de horas de trabalho do período. O Quadro 5 consolida essas informações.</p><p>Quadro 5. Custo/hora por PO</p><p>Descritivo</p><p>PO</p><p>Total</p><p>Corte Montagem Acabamentos</p><p>Mão de obra direta</p><p>e indireta (salários e</p><p>encargos)</p><p>1.000 2.000 600 3.600</p><p>Depreciação 950 2.500 550 4.000</p><p>Energia 2.500 2.000 1.500 6.000</p><p>Manutenção 500 300 200 1.000</p><p>a) Total dos custos de</p><p>transformação 4.950 6.800 2.850 14.600</p><p>b) Horas/mês trabalhadas 200 200 200</p><p>Custo/hora (a ÷ b) 24,75 34 14,25</p><p>3. Obtenção dos tempos de passagem</p><p>dos produtos pelos POs</p><p>Os tempos levantados nessa etapa devem ser expressos em horas. Esses</p><p>dados são obtidos a partir do mapeamento dos processos produtivos.</p><p>O Quadro 6 apresenta as informações relativas aos tempos de passagem dos</p><p>produtos PD1, PD2 e PD3 por cada um dos postos. Ele mostra os tempos em</p><p>minutos e em horas para facilitar o entendimento do cálculo.</p><p>Unidade de esforço de produção12</p><p>Quadro 6. Tempo de passagem dos produtos pelos POs</p><p>Pr</p><p>od</p><p>ut</p><p>o</p><p>PO</p><p>Total</p><p>(horas)Corte Montagem Acabamento</p><p>Minutos Horas Minutos Horas Minutos Horas</p><p>PD1 15 0,25 30 0,50 15 0,25 1,00</p><p>PD2 20 0,33 40 0,67 20 0,33 1,33</p><p>PD3 30 0,50 45 0,75 30 0,50 1,75</p><p>4. Escolha do produto base</p><p>Após a obtenção dos tempos de passagem dos produtos pelos POs, é ne-</p><p>cessário identificar aquele produto que melhor representa a estrutura de</p><p>produção. Nesse caso, o produto escolhido foi a placa modelo PD1. O Quadro 7</p><p>apresenta o cálculo do custo do produto base.</p><p>Quadro 7. Cálculo do valor do produto base escolhido</p><p>PO Corte Montagem Acabamento Total</p><p>(a) Custo/hora ($) 24,75 34,00 14,25 –</p><p>(b) Tempo de passagem</p><p>(horas) 0,25 0,50 0,25 –</p><p>Custo do produto base (a + b) 6,19 17,00 3,56 26,75</p><p>A soma do custo do produto base em cada PO é o valor de R$ 26,75, que</p><p>representa o valor da UEP base. Esse valor servirá para o cálculo na próxima</p><p>etapa.</p><p>5. Cálculo dos potenciais produtivos (UEP/hora)</p><p>de cada PO</p><p>O potencial produtivo está diretamente relacionado com o esforço de pro-</p><p>dução de cada PO ao longo do tempo. O Quadro 8 mostra o cálculo efetuado.</p><p>Unidade de esforço de produção 13</p><p>Quadro 8. Potencial produtivo por PO</p><p>PO Corte Montagem Acabamento Total</p><p>(a) Custo/hora ($) 24,75 34,00 14,25 —</p><p>(b) UEP/hora ($) 26,75 26,75 26,75 —</p><p>Potencial produtivo —</p><p>UEP/hora (a ÷ b) 662,06 909,50 381,19 1.952,75</p><p>Como você pode observar, no setor de corte, é possível produzir 662,06</p><p>UEPs/hora; na montagem, 909,50 UEPs/hora; e no acabamento, 381,19 UEPs por</p><p>hora de trabalho. Este último PO requer atenção dos gestores por apresentar</p><p>a menor capacidade produtiva do sistema. Assim, em comparação aos demais</p><p>setores, ele está sujeito a mais pressões de demanda no caso de elevação</p><p>repentina da produção.</p><p>6. Determinação dos equivalentes dos produtos</p><p>em UEP (valor em UEP do produto)</p><p>Como você já viu, essa é a etapa em que se faz a conversão dos produtos</p><p>no valor equivalente em UEP, considerando que, ao passarem pelos POs,</p><p>os produtos consomem esforços de produção de acordo com seus tempos</p><p>de passagem. O Quadro 9 apresenta os resultados dessa etapa.</p><p>Quadro 9. Equivalente dos produtos em UEP</p><p>PO</p><p>Potencial</p><p>produtivo</p><p>Tempo de</p><p>passagem por PO</p><p>Equivalente dos</p><p>produtos (em UEP)</p><p>PD1 PD1 PD2 PD3 PD1 PD2 PD3</p><p>Corte 662,06 0,25 0,33 0,50 165,52 220,69 331,03</p><p>Monta-</p><p>gem 909,50 0,50 0,67 0,75 454,75 606,33 682,13</p><p>Acaba-</p><p>mento 381,19 0,25 0,33 0,50 95,30 127,06 190,59</p><p>Total 715,56 954,08 1.203,75</p><p>(Continua)</p><p>Unidade de esforço de produção14</p><p>PO</p><p>Poten-</p><p>cial pro-</p><p>dutivo</p><p>Tempo de pas-</p><p>sagem por PO</p><p>Equivalente dos</p><p>produtos (em UEP)</p><p>Rubrica</p><p>PD1 PD1 PD2 PD3 PD1 PD2 PD3</p><p>Corte 662,06 0,25 0,33 0,50 165,52 220,69 331,03</p><p>a) Produção</p><p>no mês</p><p>(unidades)</p><p>Mon-</p><p>tagem</p><p>909,50 0,50 0,67 0,75 454,75 606,33 682,13</p><p>b) Equiva-</p><p>lente em UEP</p><p>Acaba-</p><p>mento</p><p>381,19 0,25 0,33 0,50 95,30 127,06 190,59</p><p>Total em UEP</p><p>no período</p><p>(a × b)</p><p>Como você pode observar, o produto que mais consome esforços de</p><p>produção é a placa PD3, que absorve 1.203,75 UEPs no período analisado.</p><p>Nessa etapa, também se pode analisar a consistência dos custos absorvidos,</p><p>avaliando se o esforço de produção é condizente com o produto processado.</p><p>7. Mensuração da produção total em UEP</p><p>No Quadro 10, veja a conversão de todos os produtos fabricados em termos</p><p>de UEPs. É como se a empresa produzisse apenas UEPs.</p><p>Quadro 10. Valores totais de produção em UEP</p><p>Rubrica</p><p>Produto</p><p>Total</p><p>PD1 PD2 PD3</p><p>a) Produção no mês</p><p>(unidades) 30 20 10 —</p><p>b) Equivalente em UEP 715,56 954,08 1.203,75 —</p><p>Total em UEP no período</p><p>(a × b) 21.466,88 19.081,67 12.037,50 52.586,04</p><p>(Continuação)</p><p>(Continua)</p><p>Unidade de esforço de produção 15</p><p>PO</p><p>Potencial</p><p>produtivo</p><p>Tempo de pas-</p><p>sagem por PO</p><p>Equivalente dos pro-</p><p>dutos (em UEP)</p><p>PD1 PD1 PD2 PD3 PD1 PD2 PD3</p><p>Corte 662,06 0,25 0,33 0,50 165,52 220,69 331,03</p><p>Monta-</p><p>gem 909,50 0,50 0,67 0,75 454,75 606,33 682,13</p><p>Acaba-</p><p>mento 381,19 0,25 0,33 0,50 95,30 127,06 190,59</p><p>Total 715,56 954,08 1.203,75</p><p>PO</p><p>Poten-</p><p>cial pro-</p><p>dutivo</p><p>Tempo de pas-</p><p>sagem por PO</p><p>Equivalente dos pro-</p><p>dutos (em UEP)</p><p>Rubrica</p><p>PD1 PD1 PD2 PD3 PD1 PD2 PD3</p><p>Corte</p><p>662,06 0,25 0,33 0,50 165,52 220,69 331,03</p><p>a) Produção</p><p>no mês</p><p>(unidades)</p><p>Mon-</p><p>tagem 909,50 0,50 0,67 0,75 454,75 606,33 682,13</p><p>b) Equiva-</p><p>lente em</p><p>UEP</p><p>Acaba-</p><p>mento 381,19 0,25 0,33 0,50 95,30 127,06 190,59</p><p>Total em UEP</p><p>no período</p><p>(a × b)</p><p>Os resultados dos cálculos mostram que no total foram produzidas</p><p>52.586,04 UEPs, considerando a soma da produção individual de cada produto.</p><p>8. Cálculo dos custos de transformação</p><p>Nessa fase, determina se o custo de transformação de cada unidade produzida</p><p>no período. Para isso, divide-se os gastos totais com os POs no mês (total dos</p><p>custos de transformação) pela produção total em UEPs no mesmo período,</p><p>obtendo se o valor unitário (em $) da UEP. Nesse caso, R$ 14,6 mil (ver Quadro 5)</p><p>são divididos por 52.586,04, resultando em R$ 0,277640. Com esse valor,</p><p>(Continuação)</p><p>Unidade de esforço de produção16</p><p>é possível calcular o custo unitário de transformação de cada produto, como</p><p>mostra o Quadro 11.</p><p>Quadro 11. Custo unitário de transformação ($) por produto</p><p>Rubrica</p><p>Produto</p><p>PD1 PD2 PD3</p><p>a) Equivalente em UEP 715,56 954,08 1.203,75</p><p>b) valor da UEP ($) 0,277640 0,277640 0,277640</p><p>Custo unitário de transformação (a × b) 198,67 264,89 334,21</p><p>PO</p><p>Potencial</p><p>produtivo</p><p>Tempo de</p><p>passagem por PO</p><p>Equivalente dos</p><p>produtos (em UEP)</p><p>PD1 PD1 PD2 PD3 PD1 PD2 PD3</p><p>Corte 662,06 0,25 0,33 0,50 165,52 220,69 331,03</p><p>Montagem 909,50 0,50 0,67 0,75 454,75 606,33 682,13</p><p>Acabamento 381,19 0,25 0,33 0,50 95,30 127,06 190,59</p><p>Total 715,56 954,08 1.203,75</p><p>PO</p><p>Poten-</p><p>cial pro-</p><p>dutivo</p><p>Tempo de pas-</p><p>sagem por PO</p><p>Equivalente dos pro-</p><p>dutos (em UEP)</p><p>Rubrica</p><p>PD1 PD1 PD2 PD3 PD1 PD2 PD3</p><p>Corte 662,06 0,25 0,33 0,50 165,52 220,69 331,03</p><p>a) Produção</p><p>no mês</p><p>(unidades)</p><p>Monta-</p><p>gem</p><p>909,50 0,50 0,67 0,75 454,75 606,33 682,13</p><p>b) Equiva-</p><p>lente em</p><p>UEP</p><p>Acaba-</p><p>mento</p><p>381,19 0,25 0,33 0,50 95,30 127,06 190,59</p><p>Total em UEP</p><p>no período</p><p>(a × b)</p><p>Unidade de esforço de produção 17</p><p>Depois da obtenção do custo de transformação unitário de cada produto,</p><p>para saber o custo unitário, adiciona-se o valor da matéria-prima consumida.</p><p>Neste exemplo, o valor do consumo de matéria-prima, por unidade de pro-</p><p>duto, é de R$ 100 para PD1, R$ 200 para PD2 e R$ 300 para PD3. O Quadro 12</p><p>apresenta esses cálculos consolidados.</p><p>Quadro 12. Custo unitário de transformação ($) por produto</p><p>Rubrica</p><p>Produto</p><p>PD1 PD2 PD3</p><p>a) Equivalente em UEP 715,56 954,08 1.203,75</p><p>b) valor da UEP ($) 0,277640 0,277640 0,277640</p><p>c) Custo unitário da transformação (a × b) 198,67 264,89 334,21</p><p>d) Custo da matéria-prima por unidade 100,00 200,00 300,00</p><p>e) Custo unitário de produção 298,67 464,89 634,21</p><p>f) Quantidade produzida no período 30 20 10</p><p>g) Custo total do produto no período 8.960,06 9.297,83 6.342,09</p><p>Rubrica</p><p>Produto</p><p>PD1 PD2 PD3</p><p>a) Equivalente em UEP 715,56 954,08 1.203,75</p><p>b) valor da UEP ($) 0,277640 0,277640 0,277640</p><p>c) Custo unitário de transformação (a × b) 198,67 264,89 334,21</p><p>d) Custo de matéria-prima por unidade 100,00 200,00 300,00</p><p>e) Custo unitário de produção 298,67 464,89 634,21</p><p>(Continua)</p><p>Unidade de esforço de produção18</p><p>Rubrica</p><p>Produto</p><p>PD1 PD2 PD3</p><p>a) Equivalente em UEP 715,56 954,08 1.203,75</p><p>b) valor da UEP ($) 0,277640 0,277640 0,277640</p><p>Custo unitário transformação (a × b) 198,67 264,89 334,21</p><p>PO</p><p>Poten-</p><p>cial pro-</p><p>dutivo</p><p>Tempo de</p><p>passagem por PO</p><p>Equivalente dos</p><p>produtos (em UEP)</p><p>PD1 PD1 PD2 PD3 PD1 PD2 PD3</p><p>Corte 662,06 0,25 0,33 0,50 165,52 220,69 331,03</p><p>Montagem 909,50 0,50 0,67 0,75 454,75 606,33 682,13</p><p>Acabamento 381,19 0,25 0,33 0,50 95,30 127,06 190,59</p><p>Total 715,56 954,08 1.203,75</p><p>PO</p><p>Poten-</p><p>cial pro-</p><p>dutivo</p><p>Tempo de</p><p>passagem por PO</p><p>Equivalente dos pro-</p><p>dutos (em UEP)</p><p>Rubrica</p><p>PD1 PD1 PD2 PD3 PD1 PD2 PD3</p><p>Corte</p><p>662,06 0,25 0,33 0,50 165,52 220,69 331,03</p><p>a) Produção</p><p>no mês</p><p>(unidades)</p><p>Monta-</p><p>gem 909,50 0,50 0,67 0,75 454,75 606,33 682,13</p><p>b) Equiva-</p><p>lente em</p><p>UEP</p><p>Acaba-</p><p>mento 381,19 0,25 0,33 0,50 95,30 127,06 190,59</p><p>Total em UEP</p><p>no período</p><p>(a × b)</p><p>(Continuação)</p><p>Unidade de esforço de produção 19</p><p>Depois da obtenção do custo unitário total de produção por produto</p><p>(matéria-prima e custos de transformação), basta multiplicá-lo pela quanti-</p><p>dade produzida para se obter o custo total de produção por produto, como</p><p>mostrado nos cálculos.</p><p>Referências</p><p>BORNIA, A. C. Análise gerencial de custos: aplicação em empresas modernas. 3. ed.</p><p>São Paulo: Atlas, 2010.</p><p>MARTINS, E. Contabilidade de custos. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2018.</p><p>WARREN, C. S.; REEVE, J. M.; FESS, P. E. Contabilidade gerencial. São Paulo: Pioneira, 2001.</p><p>WERNKE, R. Análise de custo e preços de venda: ênfase em aplicações e casos nacionais.</p><p>2. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.</p><p>Leitura recomendada</p><p>LEONE, G. S. G. Curso de contabilidade de custos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2010.</p><p>Unidade de esforço de produção20</p>