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<p>DENTÍSTICA MINIMAMENTE INVASIVA:</p><p>APLICAÇÃO DE SELANTE DE FÓSSULAS</p><p>E FISSURAS</p><p>PROF BRUNA FERNANDES DE CAMARGO</p><p>A aplicação de selantes exerce de forma indiscutível, um papel</p><p>fundamental na prevenção de cárie oclusal tanto em dentes</p><p>decíduos quanto em permanentes.</p><p>Aspectos importantes a serem avaliados:</p><p>- Diagnóstico de cárie</p><p>- Estado de erupção dos dentes e da superfície dentária</p><p>- Tipo de material utilizado</p><p>- Isolamento do campo</p><p>- Limpeza e preparo da superfície a ser selada</p><p>- Avaliação imediata e posterior à aplicação do selante</p><p>- Indicação quanto ao risco de cárie ao paciente</p><p>Para obter uma adequada retenção do selante é</p><p>necessário que o dente apresente uma área de</p><p>superfície aumentada, profundidade ideal, fóssulas e</p><p>fissuras irregulares limpas e secas para receber o</p><p>selante.</p><p>Um alargamento da fissura oclusal com um instrumental</p><p>rotatório poderá ser necessário, buscando aumentar a</p><p>área de superfície do esmalte a ser selada e assim</p><p>aumentar a retenção do selante.</p><p>DIAGNÓSTICO CLÍNICO DAS LESÕES OCLUSAIS</p><p>INCIPIENTES</p><p>• Exame visual</p><p>• Exame radiográfico</p><p>• Exame táctil (com instrumental)</p><p>• Método de transiluminação</p><p>Em casos de suspeita de cárie, deve ser empregada a</p><p>técnica de ameloplastia ou técnica invasiva.</p><p>Fóssulas ou fissuras cariadas não deveriam ser seladas e</p><p>sim restauradas.</p><p>ATENÇÃO</p><p>Rotatórios de alta ou baixa rotação</p><p>A utilização de brocas esféricas 1/4 ou 1/2 como</p><p>preparo prévio à aplicação amplia a eficácia do</p><p>selante, pois promovem maior largura e número de</p><p>“tags marginais.</p><p>ADESIVIDADE</p><p>A adesividade só é obtida e mantida através de um</p><p>campo operatório seco, livre de contaminação.Sendo</p><p>a contaminação a causa mais frequente para o</p><p>fracasso do procedimento.</p><p>Com base nessa informação, alguns profissionais</p><p>podem solicitar o uso de medicamentos para diminuir</p><p>a salivação.</p><p>Limpeza prévia da superfície dentária</p><p>• Taça de borracha ou escova Robson</p><p>• Jato de bicarbonato</p><p>• Micro-abrasão</p><p>CONDICIONAMENTO ÁCIDO</p><p>- 90 SEGUNDOS - para dentes decíduos</p><p>- 60 SEGUNDOS - para dentes permanentes</p><p>- Em seguida lavar por (10 segundos a 1 minuto)</p><p>- Após lavar e secar (5 a 10 segundos) o aspecto deve ser</p><p>fosco, indicando que os prismas de esmalte estão</p><p>rugosos e apresentam de forma microscópica semelhança</p><p>com um favo de mel.</p><p>MATERIAIS COM CAPACIDADE</p><p>SELADORA</p><p>SELANTES:</p><p>- Brancos</p><p>- Opacos</p><p>- Transparentes</p><p>- Coloridos</p><p>SELANTES:</p><p>- Fluoretados</p><p>- Não fluoretados</p><p>MATERIAIS COM CAPACIDADE</p><p>SELADORA</p><p>SELANTES:</p><p>- Cimento de ionômero de vidro</p><p>- Agentes adesivos em dentina</p><p>- Compósitos “flow"</p><p>MATERIAIS COM CAPACIDADE</p><p>SELADORA</p><p>Escolha do material</p><p>O tipo de material usado como selante de fossas e fissuras</p><p>depende da filosofia da instituição quanto da escolha pessoal.</p><p>Na literatura, ainda não está definido a superioridade de um</p><p>material sobre outro.</p><p>O cimento de ionômero de vidro é um material híbrido que consiste</p><p>de partículas inorgânicas de vidro dispersas numa matriz insolúvel</p><p>de hidrogel e possui propriedades clínicas muito importantes para a</p><p>Odontologia que incluem a liberação de flúor, adesividade à</p><p>estrutura dentária, coeficiente de expansão térmico-linear</p><p>semelhante à estrutura dentária, poder antimicrobiano e atividade</p><p>anticariogênica e cariostática.</p><p>IONÔMERO DE VIDRO</p><p>Sob as condições de umidade, o cimento de ionômero de vidro</p><p>devido às suas propriedades hidrofílicas é o material mais indicado.</p><p>Este material, além da capacidade de liberação como também de</p><p>reincorporação de fluoreto após aplicações tópicas, apresenta</p><p>menor infiltração marginal, inibição do metabolismo de</p><p>microrganismos acidogênicos e remineralização do esmalte</p><p>dentário, o que poderia diminuir a ocorrência de lesões de cárie.</p><p>Quanto a sua composição química os CIV podem ser classificados</p><p>em convencionais (pó de partículas vítreas e l íquido -</p><p>polialcenóicos); os reforçados por metais (mistura do pó</p><p>convencional com partículas de liga de amálgama ou de prata</p><p>sintetizada com as partículas de vidro); e os modificados por resina</p><p>(parte do ácido polialcenóico é substituído por hidroxietilmetacrilato</p><p>- HEMA).</p><p>Classificação do Ionômero de vidro</p><p>• Tipo I (indicados para a cimentação de incrustações, coroas,</p><p>próteses e dispositivos ortodônticos);</p><p>• Tipo II (indicados para restaurações);</p><p>• Tipo III (indicados para forramentos ou base e selamentos</p><p>de cicatrículas e fissuras);</p><p>• Tipo IV (indicados para as mesmas indicações do tipo I e III)</p><p>Selante à base de resina</p><p>São os mais utilizados na clínica diária e são resinas fluidas à base</p><p>de BIS-GMA, podendo ser polimerizados quimicamente ou por</p><p>fotoativação.</p><p>São classificados em: com carga - os quais possuem partículas</p><p>de vidro com carga metálica (SiO2 ), apresentam maior</p><p>consistência, e viscosidade, fazendo com que este penetre nos</p><p>sulcos profundos com um maior grau de dificuldade - e sem carga</p><p>- os quais não possuem partículas metálicas e consequentemente</p><p>apresentam menor consistência e resistência comparado ao</p><p>anterior.</p><p>O selante resinoso, de forma geral, apresenta superioridade em</p><p>retenção e penetração nas microporosidades do esmalte condicionado</p><p>e também apresentam diferentes matizes: transparente, opaca ou</p><p>cromatizada, sendo as duas últimas mais utilizadas na clínica diária,</p><p>devido à facilidade em sua visualização durante a aplicação.</p><p>As resinas do tipo flow sem carga podem ser transparentes ou</p><p>pigmentadas e as com carga são opacas e disponíveis na cor do dente</p><p>ou como material branco. Tais resinas, também, são utilizadas como</p><p>selantes, porém dependendo do fabricante, não possuem como</p><p>propriedade a liberação de flúor.</p><p>Verificação imediata</p><p>• Ponta de sonda exploradora</p><p>• “remover” o selante da superfície do esmalte</p><p>• Avaliar presença de bolhas</p><p>• Avaliar áreas não seladas</p><p>• Checagem da oclusão</p><p>* Reavaliar semestralmente</p><p>Tempo médio de permanência do</p><p>selante</p><p>Em crianças de 5 a 8 anos a permanência em média de 2</p><p>anos, sendo assim necessário a reaplicação.</p><p>Técnica de selamento de fóssulas e</p><p>fissuras</p><p>Broca 1/2 OU 1/4</p><p>Limpeza da estrutura a ser selada</p><p>Condicionamento ácido</p><p>FINALIZADO</p><p>Existem dois tipos de técnicas:</p><p>técnica convencional</p><p>técnica modificada</p><p>Técnica convencional</p><p>Faz-se o uso de isolamento relativo e auxílio do sugador para</p><p>controle da umidade.</p><p>Após a secagem, aplica-se o primer e em seguida, após uma</p><p>leve secagem com o jato de ar a polimerização por tempo</p><p>determinado pelo fabricante. Posteriormente, o material é</p><p>manipulado e inserido na superfície do dente a ser selada,</p><p>podendo ter o auxílio de uma seringa centrix ou através de uma</p><p>sonda exploradora.</p><p>Após a acomodação do material e após a verificação da</p><p>ausência de bolhas efetua-se a fotopolimerização, caso o CIV</p><p>utilizado seja o fotopolimerizável.</p><p>Após a fotopolimerização, é feita uma avaliação da oclusão</p><p>com o auxílio de papel carbono.</p><p>Técnica modificada</p><p>Realiza-se uma profilaxia e controle de umidade seguida por um</p><p>condicionamento ácido do esmalte por 30 segundos, sendo então a</p><p>superfície lavada e submetida à secagem. Logo após, é realizada a</p><p>aplicação do primer conforme sugestão do fabricante seguida de um</p><p>leve jato de ar. Depois disso, é colocada uma fina camada do adesivo</p><p>com um pincel , seguida de um jato de ar e poster ior</p><p>fotopolimerização com o tempo determinado pelo fabricante.</p><p>Após esses passos é aplicado o CIV conforme descrito na</p><p>técnica anterior.</p><p>E alguns estudos mostram que essa técnica aumenta</p><p>significativamente a retenção do material.</p><p>O selante de fossas e fissuras está indicado tanto para a</p><p>prevenção (selante preventivo) quanto para a paralisação de</p><p>lesões de cárie de esmalte (selante terapêutico).</p><p>ATENÇÃO</p>

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