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Vitória Silva Introdução Denstística: a especialidade da odontologia que estuda e aplica de forma integrada o diagnóstico, o planejamento e o prognóstico dental. - diagnóstico errado = tto errado - planejamento: você precisa saber ANTES o que você vai realizar com base no diagnóstico - prognóstico: como fazer esse tto durar? Quanto tempo ele vai durar? - dentística: os tto preventivos (controle) ou restauradores devem reestabelecimento da forma, da função e da estética, mantendo relação harmônica com a estrutura dental remanescente, os tecidos moles e o sist. Estomatognático - por que meu paciente tem lesões cariosas? Como eu paro esse processo? Como poderia ter prévio e porque aconteceu? Diagnóstico prévio - materiais adesivos: que são colados na estrut. dentária; - materiais aditivos: que adicionam e não houve desgaste dentário - materiais diretos: são aplicados diretamente nos dentes/ na boca (resinas) -materiais indiretos: que são feitos fora da boca, num molde e depois colocados na boca Nomenclatura e Anatomia Classe: incisivo, pré-molar, molares, caninos Tipo: primeiro, central, lateral, segundo, terceiro ... Conjunto: permanentes, descíduo Arcada: superior, inferior Posição: esquerda, direita Vitória Silva Verde: ponta das cúspides, vértices das arestas das cúspides Branco: fossas e fóssulas Amarelo: sulcos principais Azul: sulcos secundários Pontilhado: perímetro da mesa oclusal Roxo: cristas marginais Laranja: vertentes triturantes, dentro do perímetro meso oclusal Azul: vertentes lisas Nomenclatura das cavidades e partes constituintes - cavidade simples: apenas uma face envolvida - cavidade composta: duas faces envolvidas - cavidade complexa: três ou mais faces envolvidas - oclusal: O, ocluso distal: OD, mesio-ocluso-distal: MOD, mésio-ocluso-disto-vestibular: MODV - paredes circundantes: circundam o preparo, tem ângulo cavossuperficial - parede de fundo: a de fundo do preparo - ângulos diedros: ângulos que se formam a partir da junção de 2 paredes -ângulos triedros: formados a partir da junção de 3 paredes - se for perpendicular é pulpar - se for paralela ao longo do eixo do dente é axial, sempre axial -ângulo cavossuperficial: ângulo formado pela parede circundante e a superfície externa do dente -parede pulpar: se for perpendicular ao eixo do dente -parede axial: parede paralela ao eixo do dente - parede cervical ou gengival: parede circundante da gengiva/cervical *ângulos diedros: 1º grupo- entre paredes circundantes 2º grupo- entre paredes circundantes e de fundo 3ºgrupo – entre paredes de fundo Vitória Silva *ângulos triedros *ângulo cavossuperficial -profundidade da lesão: aumento em direção à polpa - extensão da lesão: aumento em outra direção que não seja a polpa Decisão de Tratamento em Lesões Cariosas - sem mudanças dos fatores causais das lesões de carie as restaurações geram insucessos - insucessos repetitivos aumentam a complexidade das restaurações - sucessivas restaurações levam a morte do elemento dental (ciclo restaurador repetitivo) - Odontologia de Mínima Intervenção: manter dentes saudáveis e funcionais por toda a vida Detecção precoce das lesões cariosas e dos fatores de risco Remineralização do esmalte e dentina desmineralizados Medidas de prevenção e controle de lesões cariosas Intervenções minimamente invasivas Reparo ao invés das substituições de restaurações - paralisar a progressão das lesões - devolver equilíbrio e saúde aos pacientes e fazer isso de uma forma menos agressiva, com melhor custo benefício e que colabora para a preservação dos dentes ao longo prazo Filosofia de Mínima Intervenção 1. Atrasar a primeira restauração o quanto possível - acompanhamentos periódicos - profilaxia profissional - exames clínicos bem realizados - utilização de métodos de diagnósticos para detecção precoce das lesões de cárie - mudanças dos fatores etiológicos da doença 2. Utilizar métodos menos agressivos de remoção do tecido cariado com o objetivo de manter a vitalidade pulpar - se necessários procedimentos invasivos que esses sejam minimamente invasivos - dentes com polpas vitais, ou pulpite reversível devem sofrer remoção seletiva do tecido cariado Vitória Silva 3. Reduzir a quantidade de perda do tecido dentário pelo uso de técnicas restauradoras e preparos menos invasivos - tomada de decisão que exigem técnicas de desgaste ou não - técnicas diretas x indiretas - preparos indiretos parciais x preparos totais - restaurações falham com o tempo - o objetivo não deve ser a longevidade da restauração e sim a longevidade do dente e a dentição como um todo 4. Melhorar o selamento da restauração, a adesão e a qualidade geral para uma maior longevidade dos procedimentos - resinas e sistemas adesivos de uso simplificado devem estar no mesmo patamar de resinas e adesivos não simplificados - utilização de materiais mais longevos 5. Utilização de uma abordagem mais conservadora frente a substituição de restaurações favorecendo a manutenção e o reparo - restaurações repetitivas aceleram a espiral da morte do elemento dental - reparo e manutenção das restaurações leva a menores necessidades de ttos agressivos (endodontia e extrações) Visão Atual da doença Cárie - sabe- se que a cárie é uma disbiose, multifatorial ocasionado por uma perturbação no biofilme dental em associação a uma dieta cariogênica e acidificação do biofilme frente a uma sucessão microbiana - principal fator relacionado à carie dental é uma dieta cariogênica - ttos minimamente invasivos deixando tecido contamina abaixo das restaurações - tto da cárie: controle dietético, desorganização regular do biofilme, desmineralização- remineralização, boa capacidade de tamponamento da saliva e utilização de fluoretos para reduzir a dissolução mineral causada pelos ácidos produzidos pelo biofilme - mudanças comportamentais são extremamente difíceis (hábitos) Métodos de Intervenção I. Não Invasivos - método de intervenção no qual não há remoção do tecido dentário - objetiva a paralisação da progressão da lesão e sua inativação - baseadas na alteração dos fatores etiológicos do p. da cárie - são empregados de maneira profilática - pacientes que não possuem a doença ativa - devem ser claras e intensamente estabelecidas para modificar hábitos - modificação de hábitos de dieta: redução de açucares livre em qualidade e frequência e orientação sobre carboidratos fermentáveis - desorganização do biofilme: instrução de higiene oral - controle da cinética de dissolução mineral: utilização de dentifrícios fluoretados pois esses associação baixa concentração de flúor e desorganização do biofilme, flúor deve ser em concentrações baixas e constantes - esses métodos nunca são tardios Vitória Silva II. Micro Invasivos - há uma pequena (micrométrica) perda superficial de estrutura dentária - devido a condicionamento ácido necessários para realizar o procedimento Selante - barreira de difusão colocada sobre a superfícies dentárias mais susceptíveis as lesões cariosas - podem ser utilizados em superfícies sem lesões diagnosticadas com intuito preventivo ou sobre lesões cariosas com finalidade terapêutica - indicados para: a) fóssulas e fissuras com lesões ativas diagnosticadas; b) pacientes que apresentam alto risco de cárie; c) fóssulas e fissuras são profundas e o paciente ou cuidadores não conseguem promover a higiene adequada; d) molares permanentes recém-erupcionados (crianças com alto risco de cárie) - o selante ocupa mecanicamente espaço e/ou superfície dentária susceptível ao acúmulo de biofilme - em pacientes que apresentam uma boa higiene oral, selantes podem não ser necessários - selantes devem possuir uso racional - selantesresinosos apresentam maior retenção do que ionoméricos em geral - quando os dentes recém erupcionados entram em oclusão, a retenção do material parece não ser mais necessário - a indicação mais indicada para selantes são lesos cariosas ativas ou ainda não cavitadas e/ou com cavitação apenas em esmalte - existem estudos que mostram que a utilização de selantes pode paralisar lesões oclusais com extensão em dentina, dessa forma, a utilização de selantes pode adiar a escavação e a restauração convencional de lesões oclusais Infiltração Resinosa - infiltração do corpo da lesão cariosa, antes da cavitação a lesão em esmalte apresenta aspecto poroso - a infiltração corrói alguns micrometros da camada superficial para abrir acesso ao corpo da lesão através da aplicação de um ácido; ressecamento do esmalte por um álcool para que a resina de alta penetração seja infiltrada por capilaridade no corpo da lesão e lá seja polimerizada, criando uma barreira de difusão ácido-resistente dentro da lesão cariosa - indicada no controle de lesões cariosas proximais não cavitadas - é preciso existir uma lesão para que a técnica seja indicada - indicada para lesões do tipo E1, E2 e D1, lesões proximais que envolvem metade externa do esmalte, metade interna do esmalte e o terço mais externo de dentina - lesões cariosas proximais infiltradas é que o infiltrante não é radiopaco, e assim, não aparece em radiografias de controle -é preciso existir uma lesão para que a técnica seja indicada - casos nos quais não há cavitação - infiltração resinosa é amplamente utilizada em lesões de mancha branca, casos de fluorose ou de hipomineralização de molares e incisivos III. Invasivos - há necessidade de remoção de estrutura dentária para o acesso e execução do tto - consistem em inserção na cavidade de material restaurador -restaurar ou não restaurar tem o mesmo índice de regressão da doença se deixado aberto, estudo do Paranoá - lesões cariosas em dentes desciduos, primeiros molares permanentes, molares permanentes - dor; impossibilidade de desorganização da placa; estética; problemas funcionais e risco à saúde e/ou vitalidade pulpar. critérios para realizar procedimentos restauradores - remover menos tecido dentário nos preparos cavitários, estimular a remineralização do esmalte e dentina remanescentes, manter a vitalidade pulpar, realizar preparos menos Vitória Silva agressivos e obter boa longevidade das restaurações com espessuras mais delgadas de material - as principais razoes para se restaurar uma lesão cariosa são: a) permitir o controle da placa b) proteger o complexo dentino pulpar c) paralisar a lesão através de selamento d) restaurar função e) forma e estética do dente - nos casos que é possível obter esses objetivos sem restauração, a intervenção invasiva é desnecessária - só devem ser realizadas quando intervenções não invasivas ou micro invasivas não forem mais eficazes IV. Intervenções Mistas - aquelas que combinam conceitos de diferentes graus de invasividade - Técnica de Hall, utiliza coroas de aço pré-fabricadas que são cimentados por ionômero de vidro sobre molares desciduos com lesões cariosas - se baseia no conceito de que em lesões cariosas cavitadas, remover a estrutura dentária que deixa a cavidade com um formato retentivo para o biofilme - com a cavidade expulsiva e acessível a higiene oral o biofilme pode ser removido e a lesão controlado sem a necessidade de restauração -lesões cariosas em dentes desciduos, primeiros molares permanentes, molares permanentes Limites para intervenção - princípios de custo-efetividade, reversibilidade do tto e riscos de possível insucesso I. Critério - atividade de cárie - avaliar a atividade da lesão de cárie -acompanhamento clínico e radiográfico em intervalos de tempo mostrando a progressão da doença - possibilidade de desorganização do biofilme, ligado diretamente a existência ou não de cavitação -cavidades são mais difíceis de serem limpas e logo o biofilme ser desorganizado - risco de cárie do paciente e suas características de comportamento - análise do paciente e de sues hábitos - cooperação do paciente - higiene bucal - uso de fluoretos - saúde salivar e fatores associados - abordagens específicas de acordo com a idade e dentição II. Especificidades em lesões proximais - lesões cariosas proximais inativas não há necessidade de intervenção específica - lesões ativas existência de cavitação e com isso difícil higienização - E1 ou E2 raramente há cavitação e medidas não invasivas e/ou micro invasivas são indicadas - na dúvida essas lesões devem ser observadas e tratadas como não cavitadas - D2 e D3 há normalmente cavitação -devido a suas cavitações progresso elas necessitam de intervenção invasiva III. Especificidades em lesões oclusais -lesões cariosas oclusais inativas não precisam de intervenção específica além da manutenção de medidas não invasivas que previnam as lesões - em casos de franca cavitação oclusal com envolvimento da dentina, abordagens invasivas restauradoras são geralmente necessárias (ou mista em caso de dentes decíduos) - lesões microcavitadas com extensão em dentina mais superficial D! ficam na transição entre a possibilidade de intervenções não invasivas mais selamento e acompanhamento e a execução de uma restauração - D2 e D3 apresentam geralmente dentina já bastante desmineralizada, colágenos desnaturado e alta contaminação microbiana, devendo ser restauradas Vitória Silva IV. Especificidades em lesões radiculares - progressão mais rápida do que lesões proximais ou oclusais - podem ser inativadas pelo controle da dieta associado a escovação com dentifrício fluoretado de mais alta concentração (500ppm) - dinamino de fluoreto de prata, géis e vernizes de clorexidina parecem colaborar com o controle não invasivo da doença - criação de cavidade em pacientes idosos - técnica ART: onde o tecido cariado é removido apenas utilizando instrumentos manuais, e a cavidade restaurada com CIV de alta viscosidade devido a maior acessibilidade, especialmente em pacientes idosos com algum tipo de comprometimento Diagnóstico Pulpar Endodontia: responsável pela prevenção, reconhecimento, diagnóstico e tratamento dos problemas relacionados com o tecido pulpar e suas repercussões para a região perirradicular e tecidos adjacentes - se a endodontia não for corretamente tratada gera repercussões nos tecidos adjacentes (periodonto) - maioria das vezes a endodontia está relacionada com a dor - complexo dentina-polpa: dentina e polpa estão intimamente ligadas uma nas outras - na remoção de esmalte já existe exposição pulpar - na endodontia se trabalha com sinais subjetivos, como a dor - uma vez visto sangramento na cavidade isso dignifica grande exposição pulpar, não importando a quantidade de sangramento - pacientes mais novos possuem capacidade de reparo aumentada quando comparados com pacientes mais velhos - acesso endodôntico: remoção completa da dentina que compõe o teto do complexo dentino- pulpar - manutenção da vitalidade pulpar - obtenções de materiais que possam evitar grande quantidade de tecido, evitando a exposição pulpar - a polpa já pode ter sofrido necrose e ainda ocorrer cárie - radiografia: as panorâmicas trazem uma informação mais geral, no caso da doença já estiver muito extensa. - a radiografia periapical é o padrão ouro da endodontia - a quantidade de tecido pulpar é um parâmetro importante pois revela que a polpa possui maior condição de lidar com as agressões da cavidade bucal - dor: ocasionada na inflamação da polpa num ambiente em que ela se encontra aprisionada sem possibilidade de expansão - é como a polpa sinaliza agressão - o suprimento da polpa ocorre pelo ápice - se houver necrose pulpar se tem mais substrato para os microrganismos patogênicos, podendo evoluir para uma fístula ou abcesso- doenças periapicais ocorrem dessa forma Vitória Silva - caso não haja o tto adequado as doenças pulpares podem ir em direção a face -prognóstico da polpa em lesões em esmalte é melhor do que na dentina - a cavidade pulpar é determinada pela anatomia do dente em questão Como ocorre o estímulo doloroso - o estímulo provocado, é levado até a cavidade pulpar através dos túbulos dentinários que se acredita que possuam essa função - antes de chegar à polpa o estímulo atravessa: saliva; esmalte; dentina; polpa; terminações nervosas e assim Sistema nervoso -fibras amielínicas tipo A: - localizadas na periferia da polpa - mais numerosas na polpa coronária - dor aguda e pulsátil (choque) - mielina: passagem rápida - fibras mielínicas tipo C: - localizadas profundamente na polpa - dor difusa da polpa - sinalizam uma agressão mais extensa - se o paciente possuir um tto de canal ele não sente mais estímulos naquela região - se a dor persiste após a remoção do estímulo ocorre anormalidade - estímulo doloroso pode ser traumático quando houver exposição de dentina - alterações osmóticas podem provocar estímulos dolorosos: algo muito doce ou muito salgado - sinal de exposição dentinária - depois do estímulo removido a dor passou, - buscar área de exposição de dentina: bruxismo; cárie; recessão gengival... - ocorre perda do esmalte por cárie ou desgaste - do cemento por recessão gengival e traumas mecânicos (escovação) Teste de Sensibilidade Pulpar - para avaliar a vitalidade pulpar se utilizam testes - um deles é o uso de gás refrigerante na bolinha de algodão aplicado na superfície vestibular dos dentes - o paciente sempre sentirá dor, o que muda é a persistência do estímulo e sua duração - dor em dentes saudáveis deve ser curta após o estímulo Vitória Silva Doenças da polpa Agudas pulpite reversível ulcerativa hiperplásica fase de transição pulpite irreversível Nível de comprometimento pulpar Dor: provocada x espontânea Declínio: rápido x lento Duração: Intermitente ou contínua Local: localizada (tipo a ) difusa (tipo c) Pulpite reversível - dor provocada – principalmente com o frio - curta duração – desaparece num pequeno espaço de tempo - localizada – fácil de se estabelecer o dente envolvido - aguardar a reversibilidade Pulpite irreversível - episódios de dor espontânea – violenta - duração prolongada – pode exacerbar ou até diminuir com frio - difusa – mais difícil a localização - continua – sem ser permanente Dente normal: -dor provocada – principalmente com frio -curtíssima duração – desaparece imediatamente -localizada – fácil identificar o dente submetido ao teste Necrose: - ausência de sintomatologia - não apresenta resposta ao frio - pode fazer o teste de sensibilidade dentro da cavidade, se na vestibular dos dentes for percebido que não houve reposta Crônicas necrose -reversível: quadro inflamatório da polpa em que a polpa inflamada após a remoção do estímulo(cárie) volta para um quadro de normalidade - irreversível: quadro inflamatório que após a remoção do estímulo não volta a normalidade, resulta em necrose pulpar - transição: pacientes jovens, com maior fluxo sanguíneo com pulpite irreversível que com o tto conservador conseguem torná-la reversível - hiperplasia: apesar da gravidade da lesão a polpa busca sua proteção, ocorre em pacientes mais jovens Vitória Silva Cimento de Ionômero de vidro Introdução - foi desenvolvido entre as décadas de 60 e 70 por dois pesquisadores, entre eles Alan D. Wilson - foi desenvolvido para melhorar o desempenho químico e reduzir o risco de injúria pulpar - combina as propriedades dos cimentos de silicato (anticariogênico) e do policarboxilato de zinco (adesão) - cimento de silicato também é dividido entre líquido e pó, líquido contendo: ácido fosfórico e o pó, sílica, alumina e fluoreto de cálcio - cimento policarboxilato, pó: oxido de zinco, de alumínio e de magnésio, líquido contendo, ácido polimérico, poliacrílico, itacônico e tartárico - adesividade, único cimento odontológico que possui a característica química de adesão a estrutura dentária - possui uma ação anti-cariogênica pela liberação de flúor Apresentação comercial - dois frascos, pó + líquido (mais comum) - cápsulas, pó e líquido separados por membrana eles entram em contato e é colocado no agitador mecânico - duas pastas Composição e reação a presa - convencional/ químico - modificado por resina - pré-encapsulado - modificado por metais, não é vinculado comercialmente, não é estético Composição-convencional: Pó Líquido CaF2 Água Al2O3 Ácido poliacrílico SiO2 Ácido tartárico Ácido itacônico - pó: partículas de vidro, óxido de silício, cálcio, alumínio e flúor - líquido: solução aquosa de ácidos policarboxílicos água, ácido poliacrílico (possui uma cadeia muito longa e deixa ele viscoso), ácido tartárico (acelera a reação de presa, reduzindo a viscosidade) e itacônico (possui cadeia menor e é menos viscoso, aumenta a vida útil do material) - a reação de presa do CIV convencional é uma reação ácido-base Vitória Silva - convencional é químico por causa da reação ácido-base - a parte química dos CIV é semelhante para os quatro tipos, mudando as concentrações - formulação anidra, como água pode evaporar com o tempo, deixaria mais viscoso, ele liofiliza o poliacrílico e adiciona no pó, liofilizado. - o líquido pode ser só a água, na formulação anidra e a água mais os ácidos em não anidra - ácidos carboxílicos, possuem carboxilas que ne ionizam em solução e liberam H+, vai ocorrer dissolução superficial das partículas liberando cátions alumina, cálcio e flúor, esses cátions vão se ligar aos grupos carboxilas formando uma matriz de policarboxilato de cálcio e alumina - a reação de presa é dividida e três fases para o CIV convencional e quatro para o modificado por resina Fase I: dissolução - ácido poliacrílico dissolve a camada externa das partículas de vidro do pó - H+ liberado do grupamento poliacrílico desloca os íons Ca, Na e Al, F que reagem inicialmente com o Flúor - a mesma reação ocorre entre líquido e as paredes cavitárias - brilho característico do ionômero mostra os grupos carboxílicos livres para a união química Fase II: geleificação - início do endurecimento – presa do material - essa fase dura cerca de 4 minutos - perda do brilho - deve ser protegido contra a umidade nessa fase - formação de complexos reduzindo a mobilidade das cadeias policarboxilato de cálcio e de alumínio - cálcio (+) reage com as cadeias de poliácidos (-) = policarboxilato de cálcio - diminuição da mobilidade das cadeias = sal de hidrogel (matriz de ligação) = cimento apresenta aspecto borrachóide - a formação da matriz de policarboxilato de alumínio se da a partir de 4 minutos - após 7 a 8 min ocorre melhora das propriedades mecânicas Fase III: endurecimento Dissolução - fase I extração de íons das partículas de vidro pelo ácido Geleificação - fase II formação da matriz de poliácidos Endurecimento - fase III formação do gel de sílica e incorporação do vidro à matriz Polimerização - fase IV * polimerização dos grupos metacrilatos exclusivo em CIV modificado por resina Vitória Silva - precipitação da matriz de gel de sílica, na qual são aprisionados os vidros que atuam como carga - primeiras 48hrs - após as 48hrs o CIV torna-se insolúvel Fase IV: polimerização - polimerização dos grupos metacrilatos (física pela luz e/ou química dependendo do material concomitante com a fase I) Propriedades Liberação de flúor - liberação é dependente do tempo e de outras fontes disponíveis de flúor - reação de curto prazo 1: rápida dissolução de íons na solução, acontece um pico na liberaçãode flúor - grande concentração liberada no primeiro momento - logo após o pico, que acontece nas primeiras 24hrs, ocorre uma diminuição gradativa 2 - difusão através do cimento, que acontece em menor concentração - padrão de liberação do flúor - o melhor flúor para prevenir processos cariosos é o liberado constantemente, menos em menores quantidades - o CIV mostra-se efetivo contra o tto de cárie devido a essa propriedade de liberação constante - reservatório de flúor, porque quando exposto a outras fontes de flúor eu tenho um pico de liberação - a liberação em questão de concentração é pequena, porem importante - a desmineralização é muito maior em resinas compostas, em comparação ao CIV, sem dentifrício fluoretado sendo aplicado 3x ao dia - em resinas compostas, utilizando-se dentifrício fluoretado 3x ao dia a desmineralização é semelhante - materiais dentários que liberam flúor apresentam as propriedades necessárias para serem eficazes no controle da cárie - o efeito do flúor liberado por materiais dentários pode ser substituído pelo flúor fornecido pelo dentifrício fluoretado - o efeito CIV mais dentifrício não é aditivo Adesividade - único material que possui adesão química a estrutura dentária - o ácido poliacrílico possui grupos carboxílicos, que se ligam ao cálcio do fluoreto de cálcio e se liga ao cálcio da hidroxiapatita Vitória Silva - a adesão química se dá pela ligação iônica entre acido poliacrílico e o cálcio da tita - ocorre a quelação do cálcio entre as moléculas poliácidas com o cálcio da estrutura dental, íons fosfato da estrutura dental pegam um íon cálcio (do cimento adjacente ao dente) - existe um mecanismo de adesão secundário *sugerido* que é a formação de pontes de hidrogênios entre os grupos carboxílicos do cimento e grupamento reativo do colágeno dentário - ionômeros convencionais tem adesão a superfícies metálicas - confere ao material um bom vedamento marginal - vedamento é importante para que não haja infiltração bacteriana que poderia causar uma cárie secundária - a adesão é muito mais efetiva ao esmalte do que a dentina devido a sua composição, o esmalte é 95% componentes inorgânicos, possui muito mais tita que a dentina - a adesão da dentina esclerosada é superior à dentina normal - a presença do brilho indica que eu tenho radicais carboxílicos disponíveis para o ligamento - para uma boa adesividade ao dente é necessária uma limpeza da superfície dentária, como uma bolinha algodão embebida em ácido poliacrílico Expansão térmica - componente de expansão térmica próximo ao da cavidade dentária - menor possibilidade de ocorrência de fendas na interface dente – restauração - coeficiente de expansão térmica parecido com o do esmalte e dentina Resistência a tração e compressão - em relação ao CIV para restauração e resina composta, o melhor é a resina - CIV convencional e o modificado por resina, o melhor é o CIV resinoso - o CIV para cimentação é melhor do que o fosfato de zinco - CIV para forramento é melhor que o cimento de hidróxido de cálcio Limitações - baixas propriedades mecânicas - não é indicado para lugares com solicitação mecânica grande - baixa consistência ao desgaste, compressão - pode sofrer sinérise (exsudação de líquido de um gel) em embebição - sinérise é perda de água e íons, embebição é o material sugar água e íons do meio - em ambos os casos há perda das propriedades mecânicas - durante a presa inicial e presa final o material pode sofrer sinérise ou embebição - para evitar é necessário a proteção da superfície desse cimento Vitória Silva - as camadas protetoras podem ser feitas com vaselina, verniz cavitário, adesivo, esmalte de unha incolor - não possui uma estética muito favorável em relação as resinas compostas - alta sensibilidade à técnica - é um material opaco e rugoso e poroso, indisponibilidade de cores Classificação Viscosidade/ consistência - viscosidade normal: tipos I, III e IV - alta viscosidade (presa rápida para maturação mais rápida): tipo I Quanto ao tipo de presa Cura dual ou tripla - ionômeros resinosos: reação ácido-base + químico+ fotoativos - recomenda-se aguardar alguns minutos até que a presa química enrijeça o material para iniciar a foto ativação, isso ajuda a reduzir a contração do material Sistema foto-ativado - reação ácido-base + fotopolimerização Sistema de tripla- presa - reação ácido-base + fotopolimerização e presença de iniciadores químicos para polimerizar os radicais metacrilados (na ausência de luz) Evolução do material CIV convencional Classificação quanto a evolução dos materiais: CIV de alta viscosidade CIV reforçado por metais – cerments (desuso) CIV modificados por resina Aplicação do CIV Classificação quanto a Aplicação: Tipo I- cimentação - indicação de peças protéticas - acessórios ortodônticos - partículas de pó mais finas escoamento melhor ajuste das peças Tipo I – C: cimentação de coroas, pontes e braquetes ortodônticos Tipo IIIa- R: restauração- restauradores convencionais Tipo IIb-R: restauradores reforçados – cerments e mistura milagrosa (em desuso) Tipo III-F material de base, forramento ou selante Tipo IV: modificados por resina Vitória Silva Tipo II: -granulação grossa -resistência a fratura inferior aos compósitos -regiões de baixo esforço mastigatório -deve ser evitado em pontas de cúspides Tipo III – base/ forramento/ selante - granulação intermediária - efetivo selamento à dentina - baixo nódulo de elasticidade - propriedades térmicas próximas a da estrutura dental - bom protetor térmico CIV modificado por resina - tipo IV- CIV modificado por resina - presa chamada de cura dual ou tripla - reação ácido-base + químico + fotoativos - CIV modificado por resina foi feito tentando sanar as deficiências do CIV convencional - indicado para base, forramento, núcleo de preenchimento, restauração definitiva e cimentação definitiva - vantagens: - tripla cura - liberação de flúor - alta resistência a flexão (que os ionômeros de vidro convencionais) - facilidade de manuseio - desvantagens: - a expansão pode limitar a indicação de determinadas marcas para cimentação de coroas totalmente em cerâmica (trincas em coroas cerâmicas) - maracas comerciais: Rely X plus (3M ESPE), Fuji Cem (GC), Resinomer (Bisco) No pó foram adicionados: - foi adiciona iniciadores da polimerização (fotoiniciador), além da reação de presa ácido-base vamos ter também uma reação de polimerização - partículas de reforço para o deixar com propriedades mecânicas melhores No líquido foram adicionados: - monômero resinoso (HEMA) CIV modificado sobre o convencional: - vantagens: - propriedades mecânicas superiores -formação de matriz polimérica, que interfere nos fenômenos de sinérise e embebição, não ocorrem Vitória Silva - melhor adesividade à dentina - melhor tempo de trabalho - coeficiente de expansão térmica linear semelhante ao dente - estética superior por ser mais translucido - desvantagens: - contração devido a polimerização, desvantagem, com a contração podem surgir fendas na interface dente-restauração - expansão tardia, algumas marcas não recomendam para cimentação de coroas - a rede polimérica interfere na liberação de flúor, é um material que possui menor liberação de flúor quando comparado ao convencional Tratamento superficial - remoção da Smear layer - Smear Layer: microfragmentos ou microdentritos deixados sobre a dentina durante o processo cavitário - substrato dinâmico, produzido clinicamente - em dentes, para realizar o tto superficial utiliza-se pedra pomes e água, mais o ácido poliacrílico 15 segundos e enxague abundante. É necessário manter a superfície limpa e seca, mas sem ressecamento - na dentina deve ser manipulado emplaca de vidro ou bloco de papel, incorporar o pó ao líquido rapidamente e utilizar uma espátula firme de plástico - o ácido poliacrílico é um ácido fraco, que promove a limpeza e exposição do cálcio, ao mesmo tempo mantem o necessário para a adesão química - lavar após 15 segundos em média - o ácido fosfórico empregado nos sistemas adesivos mesmo que por um curto período é contraindicado por ser agressivo e compromete a adesão pela reduzida quantidade de cálcio presente na união Indicações clínicas ART: tratamento restaurador atraumático - pacientes que apresentam muitas lesões de cárie - atraumático porque é realizado sem anestesia e a remoção do tecido cariado se da por instrumentos materiais cortantes - é indicado devido a liberação de flúor e a adesão química -restaurar dentes da dentição decídua - devido a baixa de propriedades mecânicas são dentes que ficam na boca por um tempo menor, então suportam o atrito do CIV - carga mastigatória é muito menor em relação a um adulto -restaurações definitivas de classe III e V - regiões com menor carga mastigatória Vitória Silva - restaurações provisórias de longa duração - base sob restaurações - quanto de almagma e resina - selantes de fóssulas e fissuras - regiões que possuem maior risco de lesões de cárie -tipo III - cimentação de bandas ortodônticas - tipo I - cimentação de peças indiretas - tipo I Armazenamento do produto - frascos bem fechados - devem ser mantidos sempre limpos, sem resquícios de pó no frasco - não se deve reaproveitar o pó retirado do frasco - o líquido não deve ser armazenado na geladeira Proporcionamento e manipulação - deve-se aglutinar pó e líquido separados no bloco de papel - utilizar uma espátula de ágata – plástica rígida - pó e líquido na proporção 1:1 - a consistência final deve ser homogênea e brilhante - metade do pó é incorporado ao líquido por 5-15 segundos e o restante incorporado até atingir aspecto uniforme e brilhante - o tempo de mistura não pode exceder 45 segundos - pó deve estar solto e livre de excesso na colher - seguir sempre as orientações do fabricante - a espátula metálica pode oxidar o cimento - deve estar com brilho superficial, homogeneidade e livre de bolhas - deve ser inserido na cavidade pela seringa centrix - a viscosidade varia de acordo com o propósito: cimentação, restauração ou forramento Vitória Silva - na apresentação em capsulas a manipulação é mais fácil, porque a proporção já está estabelecida, ocorre uma maior agregação pó-líquido, minimiza as bolhas intrínsecas, facilita inserção, entretanto é mais caro e necessita de dispositivos para ativação e aplicação - se houver muito pó: - menor tempo de trabalho e de presa - menor adesividade - menor translucidez - se houver pouco pó: - mistura fluída - aumenta a solubilidade - diminui a resistência da abrasão - o acabamento da superfície é imediato - a matriz de poliéster causa lisura na superfície - e a proteção deve ser feita com verniz - para o polimento deve-se esperar a maturação do cimento Mensagens chave a) Propriedades - liberação de flúor e adesão química a estrutura dentária - a maior liberação de flúor acontece nas primeiras 24hrs - união química a estrutura dentaria e proveniente da quelação dos grupos carboxílicos dos poliácidos com o cálcio existente na apatita do esmalte b) Limitações - os CIVs convencionais são altamente sensíveis a perda ou sorção de água nas primeiras 24hrs após sua inserção na cavidade bucal, por isso devem ser protegidos - baixa resistência ao desgaste quando submetido a cargas oclusais Remoção do Tecido Cariado e Proteção do Complexo Dentino-Pulpar I- Terminologia II- Como remover o tecido amolecido III- Qual tipo de material devo utilizar sobre o tecido amolecido IV- Quanto remover? Isso realmente importa? a. Protocolos clínicos “históricos” b. Protocolos clínicos conservadores (Mínima Intervenção) V- Considerações finais Complexo Dentino-Pulpar - Manejo em dentística vai até o complexo dentino-pulpar Vitória Silva - manejar lesões enquanto a polpa está viva - conteúdo orgânico - ¼ a 1/3 da junção amelocementária(rasa-média) -1/4 a 1/3 dapolpa (profunda) - o melhor protetor pulpar é a dentina - proteção do CDP é manter a dentina - manutenção da vitalidade pulpar Dentina Cariada - lactobacilos vivem melhor na dentina - pH nas lesões em dentina são maiores - zonas distintas = lesões cariosas em dentina - dentina terciária: sobre o órgão pulpar - dentina reacional é a autoproteção da polpa - a própria dentina é a melhor proteção da polpa Critérios clínicos - dentina infectada: dentina cariada superficial (amolecida) - dentina contaminada: dentina cariada profunda (coriácea) - mais profunda é coriácea, e a outra é afetada Cariada Superficial - intima relação com a zona necrótica - presença de bactérias - irreversivelmente comprometida - rede colágena degradada - dentina cariada “infectada” Cariada Profunda - menor contaminação - dentina passível de remineralização - rede colágena intacta - dentina cariada “afetada” Amolecida - removida facilmente com instrumento manual, pouca força - sem resistência a remoção do explorador - aspecto de massa - sem resistência para escavação com curetas - parece papelão molhada Coriácea - ainda pode ser facilmente removida sem forçar a cureta Vitória Silva - sai em lascas Firme - fisicamente resistente a pressão do explorador -pressão precisa ser exercida para a escavação - apresenta resistência a remoção do explorador Dura - somente uma cureta bem afiada ou broca carbide pode remover - grito da dentina - dentina sadia - selamento: controle local da doença por estar deixando o biofilme - vedar a lesão igual uma restauração, impedir que os microrganismos não tenho acesso a dieta - abaixo do selante eu vou ter uma lesão com características de inatividade Remoção não seletiva até a dentina dura -não é mais indicada - realizada somente nas paredes circundantes porque é onde vai ser realizado a adesão, então ela precisa estar sadia - mais chances de problemas endodônticos Remoção seletiva até dentina firme -realizada somente nas paredes de fundo - realizada em cavidades rasas e médias (até profundas) - remoção de dentina até consistência firme Remoção seletiva até dentina amolecida - somente nas paredes de fundo - cavidades profundas Remoção de tecido cariado - não remove a cárie, e sim o tecido - técnica mais antiga que visava a remoção de todo o tecido onde pudesse haver cárie Como realizar o manejo de lesões cariosas? - inativação/controle do processo carioso (não invasivo) - evitar a entrada no ciclo restaurador repetitivo - máxima preservação dos tecidos - preservar o dente ao longo de toda a vida do indivíduo Durante a restauração - manter a saúde pulpar - evitar expor a polpa - preservar tecidos que possam ser remineralizados - fornecimento de margens de cavidades adequadas para alcançar um bom selamento marginal através da adesão Vitória Silva Para que serve o tto restaurador - impossibilidade de acesso a limpeza - estética -dor - fortalecer estrutura dental remanescente - CIV ou resina composta Como remover o tecido amolecido? - preparo cavitário pode fazer a polpa sofrer - altas velocidades/rotação a polpa sofre menos - refrigeração é menos nociva para a polpa - quanto mais profundo o preparo cavitário, mais intensa será a reação inflamatória da polpa - a polpa é mais suscetível na ausência de dentina terciária Como minimizar - instrumentos rotatórios novos e compatíveis com o tamanho da cavidade - refrigeração abundante - aplicar menor pressão de corte - realizar corte intermitente (encosta e tira) - hidratação constante dacavidade - minimizar a secagem com ar - ponta diamantada: desgaste - broca: corte, remoção de tecido cariado - esmalte é sempre alta rotação - dentina: brocas em baixas rotação ou instrumentos manuais (curetas, escavadores) - broca do tamanho da cavidade Como remover tecido cariado - remoção químico-mecânica - removem mais do que deveria - remove a rede colagenolítica -removendo mais produto mais dentina Qual tipo de material utilizar na remoção? - agentes físicos mecânicos - calor ficcional - ressecamento da dentina - profundidade do reparo Vitória Silva - agentes químicos -monômeros -clareadores -agentes biológicos - estudo mostrou que não há diferença entre hidróxido de cálcio, CIV e cera - Hidróxido de Cálcio quando se chega perto da polpa Abordagem histórica - remoção completa da dentina cariada - remoção não seletiva de tecido cariado até a dentina dura - proteção pulpar indireta - remoção não seletiva de tecido cariado - forramento com hidróxido de cálcio - selamento com CIV - restauração com qualquer material - não é indicada!! - técnica sanduíche - proteção pulpar direta - diminuir a contaminação microbiana - abrir a cavidade, - vai sangrar muito, se não conseguir controlar vai para a endodontia - pó de hidróxido de cálcio - cimento de hidróxido de cálcio - quando a polpa não está em estágio de inflamação irreversível - curetagem pulpar - é que corta um pedaço da polpa para ver se ela para de sangrar - cortar o tecido para diminuir a inflamação -pulpotomia - exposição pulpar acidental - remoção de tecido cariado inadequada - traumatismo dental - sucesso clínico após a exposição pulpar é muito baixa, 30% em um ano Lesão COM risco de exposição pulpar - dentes assintomáticos - tto baseado na mínima intervenção - tto expectante (permanente) Vitória Silva - estágio 1: dentina amolecida - estágio 2: reabertura da cavidade e remoção até a dentina firme Contaminação: - lesões inativas apresentam conteúdo microbiana e isso não impede que elas se tornem inativas - não precisa de material para selamento, a dentina faz sozinha - ácidos podem matar as bactérias - não precisa de desinfecção, como clorexidina - o importante é selamento, não a desinfecção nem o material - a própria dentina é o material protetor - espessura de dentina 0,7 mm já é importante - hidróxido de cálcio é solúvel, dentina de desmineralizada libera hormônios que estimula a polpa a formar dentina reacional - menos 0,5 da polpa precisa usar material (CIV) - MTA se houver exposição pulpar, é caro Isolamento do Campo Operatório - responsável pela manutenção de um campo limpo, seco e com adequado acesso - tem por objetivo a realização de procedimentos restauradores sem a interferência dos tecidos moles, língua, saliva e outros fluidos - tem por objetivo um campo limpo e seco e um acesso adequado ao dente - pode ser realizado com ou sem o uso de lençóis de borracha -isolamento absoluto: com a utilização do dique/lençol de borracha - isolamento relativo: sem a utilização do dique/lençol de borracha Isolamento Absoluto - permite um ótimo controle da contaminação e umidade, essencial para materiais restauradores - melhor visibilidade ao profissional, permitindo maior precisão - quando se utiliza instrumentos rotatórios a precisão é muito importante para não se danificar tecido dental sadio -protege o paciente contra deglutição e aspiração acidental de objetos e resíduos - previne lesões aos tecidos moles, devido a retração dos tecidos moles - aumenta a segurança do operador, protegendo-o de possíveis infecções existentes na cavidade bucal - reduz o tempo necessário para a realização do procedimento, pelo fato do paciente não poder falar ou expectorar - é altamente recomendável sempre que for possível - traz tranquilidade durante o procedimento por saber que o campo de trabalho está adequado e irá se manter assim Vitória Silva - qualidade do campo operatório se mantem ao longo de todo o procedimento - restaurações adesivas nos dentes posteriores devem sempre serem executadas com isolamento absoluto - reduz risco de contaminação no covid Recomendações: 1. remoção do tecido cariado, especialmente em cavidades profundas 2. remoção de restaurações insatisfatórias 3. procedimentos que envolvam amálgama, para reduzir aspiração ou deglutição do mercúrio 4. procedimentos adesivos, diretos ou indiretos, porque esses dependem da ausência de contaminação e o controle da umidade 5. Acesso a lesão ou cavidade depende do afastamento gengival promovido por grampos retratores 6. Pacientes com necessidades especiais e/ou dificuldades motoras Contraindicações: 1. Pacientes com asma ou dificuldade respiratória 2. Dentes com erupção incompleta 3. Pacientes alérgicos ao látex Materiais que devem ser utilizados: Lençol de borracha: - responsável por separar o campo operatório da cavidade bucal - lençóis mais espessos são mais resistentes, promovem maior afastamento gengival e oferecem melhor vedamento da interface entre borracha e o dente - a melhor cor para ser utilizada deve ser a que possuir maior contraste com os elementos dentais (verde ou azul) -lençóis de vinil também podem ser utilizados, para pacientes alérgicos ao látex Arco de Young - dispositivo metálico em forma de U - serve para esticar e apreender o lençol de borracha - conta com pequenos grampos ao longo da sua haste para manter o lençol levemente preso - o arco possui uma curvatura na região central que indica como ele deve ser utilizado (parte côncava deve ficar voltado para o lençol) Perfurador de borracha: - utilizado para realizar os furos correspondente a cada um dos dentes que vão ser isolados - perfurador de Ainsworth, parte giratória com 5 orifícios de diâmetros diferentes Pinça Porta-Grampos - apreende e abre o grampo - permite o posicionamento do grampo no dente - empregada na apreensão e remoção do grampo Vitória Silva - é importante que as pontas ativas da pinça sejam adequadas para apreender firmemente o grampo e desprender com facilidade do mesmo Grampos - possui a função de manutenção e estabilização do lençol de borracha - é também responsável pela retração dos tecidos gengivais - 200 a 205 – molares - 2006 a 209 – pré - 210 e 211 - incisivos e caninos - W8A e 26 – dentes posteriores, especialmente quando apresentam coroas curtas e/ou expulsivas - 212- quando há necessidade de retração dos tecidos gengivais 212L e 212R – quando há necessidade de retração simultânea em dois dentes contíguos *em alguns casos é necessário modificar a curvatura das garras lingual e/ou vestibular do grampo 212 para se obter maior retração em uma das faces sem ocasionar danos ao periodonto da face oposta - se quiser maior retração na face vestibular, a garra vestibular deve ser curvada para a apical e a garra língua para a incisal, e vice-versa - grampos com asas laterais e grampos sem asas laterais - a técnica de inserção simultânea do grampo e do lençol exige a utilização de grampos com asas laterais para que o grampo fique preso ao lençol Lubrificante Hidrossolúvel -aplicado na face do lençol diretamente sobre as perfurações - facilita a passagem pelos pontos de contato interdentais - deve ser hidrossolúvel para que seja possível sua remoção completa antes dos procedimentos restauradores - pode ser utilizado creme de barbear que pode ser removido com spray de ar ou água - vaselina é totalmente contraindicada por não ser hidrossolúvel Caneta - utilizada para marcar as posições onde o lençol deve ser perfurado - uma marcação para cada dente isolado Vitória Silva - ponta úmida do tipo canetinha para que não seja necessário pressão para marcar o lençol, ao contrário das canetas esferográficasFio Dental - empregado para avaliar a pressão dos contatos proximais - se forem muito justos, os contatos devem ser ajustados antes da instalação do lençol para que ele seja inserido sem dificuldade - a presença de bordas cortantes e/ou excesso de material restaurador podem impedir a passagem do lençol de borracha nas regiões interproximais - sempre que o fio dental sofrer ruptura ou for desfiado recomenda-se que os espaços sejam ajustados previamente a inserção do lençol de borracha - também é utilizado para auxiliar na passagem do lençol de borracha nas regiões interproximais, promovendo a invaginação deste nos espaços sulculares Tiras de Lixa - eventualmente utilizadas para o ajuste das superfícies proximais para facilitar a passagem do lençol de borracha Espátula com ponta Romba: - colabora na invaginação do lençol e na instalação de amarrias Tesoura - essencial durante a etapa de remoção do isolamento absoluto, cortando o lençol de borracha e facilitando sua retirada Isolamento Relativo - o isolamento absoluto consome um considerável tempo clínico e limita a visualização das regiões dentogengivais - procedimentos de execução rápida e simples o isolamento absoluto não traz vantagens frente a um bom isolamento relativo - isolamento relativo é tão bom quanto um isolamento absoluto - extremamente dependente da colaboração do paciente - requer esforço e vigilância contínuas Sugadores - sucção da saliva e da água presentes na cavidade bucal - traz conforto ao paciente e possibilita ganho de tempo ao profissional - permite sucção da água acumulada dentro da cavidade Roletes de algodão - devem ser posicionados na saída das glândulas salivares e nas regiões de fundo de sulco vestibulares - essencial para o sucesso do isolamento relativo Vitória Silva - controle da umidade Afastadores Labiais - capazes de retrair os lábios e as bochechas, mantendo-os afastados durante todo o procedimento - pode priorizar o afastamento lateral, útil ao trabalhar nas regiões posteriores - afastamento vertical ideal para uso na região anterior Compressas de Gaze - posicionados sobre a língua para auxiliar no controle da umidade - protegem o paciente contra a deglutição de materiais e resíduos Fios Retratores - além de retrair a gengiva, afastando-a das áreas de interesse para a execução dos procedimentos - colaboram no controle da umidade, ao impedir o fluxo do fluido crevicular proveniente do sulco gengival Passo a passo- Isolamento Absoluto- Posterior - deve-se evitar a adaptação do grampo sobre o dente que será restaurado Com o grampo antes do lençol 1. O lençol de borracha deve ser adaptado ao arco de Young, sendo levemente esticado até que fiquei preso as garras existentes ao longo do arco 2. O conjunto arco-lençol é posicionado sobre a cavidade bucal e o lençol é pressionado de encontro aos dentes que serão isolados, até que seus contornos possam ser vistos na borracha 3. Com a caneta, deve se fazer uma marcação sobre cada um dos dentes que se planeja isolar, o lençol deve estar estável da primeira à última marcação 4. Deve se iniciar a marcação pelo último dente do hemiarco e seguir em direção a linha média 5. Após as marcações todos os dentes devem ser facilmente identificados A extensão até o hemiarco aposto melhora o acesso e a visualização 6. Após a marcação o lençol deve ser perfurado O maior orifício do dente é reservado para o dente que leva o grampo O segundo usado para molares Terceiro para prés e caninos O quarto para incisivos superiores O quinto para incisivos inferiores 7. Antes da inserção do lençol os contatos proximais devem ser conferidos com o fio dental 8. Se necessário utilizar uma tira de lixa 9. O grampo selecionado deve ser posicionado de forma estável sobre o dente com cuidado para não comprimir indevidamente os tecidos gengivais 10. A superfície interna do lençol deve ser lubrificada com um agente hidrossolúvel 11. Com o grampo posicionado, posiciona-se o conjunto arco-lençol -grampo com asas laterais, é adaptado ao lençol por meio das asas - o porta grampo é muito importante - grampo em posição, espátula de ponta romba é posicionada sob a porção do lençol de borracha que recobre as asas promovendo o deslocamento do lençol para baixo das asas do grampo - utilização do fio dental 12. Delicadamente, passa a borracha sobre o grampo 13. Estabilização do dente mais anterior do isolamento, uma pequena seção de borracha ou uma armaria com fio dental Vitória Silva 14. Estabilização de ambos os extremos 15. Os orifícios devem assumir sua posição sobre cada um dos dentes 16. Tensionar levemente o lençol de borracha para permitir sua passagem pelos pontos de contato interproximais 17. Utilização do fio ou fita dental para a passagem do lençol em espaços apertados 18. Importante que o dique seja invaginado adequadamente na região do sulco gengival 19. Fio dental e espátula com ponta romba Ao mesmo tempo que o fio é apertado ao redor do dente e tensionado em direção cervical a espátula é empregada na face oposta 20. A remoção do isolamento começa pela retirada do grampo 21. Corte do lençol de borracha com uma tesoura 22. Após a remoção deve se observar se algum pedaço de borracha permanece entre os dentes Passo a passo- Isolamento Absoluto- Anterior 1. Pressão dos contatos e a regularidade das superfícies proximais devem ser avaliadas 2. Se necessário, juste com tiras de lixa interproximais 3. Adaptação do lençol de borrachão Arco de Young 4. Demarcação das superfícies com a caneta 5. Perfuração do lençol 6. Posicionamento do conjunto arco-lençol 7. Com o auxílio do fio dental os festoes de borracha interdentais são passados através dos pontos de contato 8. Inserção de amarrias em ambos os extremos 9. Espátula com ponta romba utilizada na face oposta ao nó 10. Concluído o isolamento - o isolamento no segmento anterior segue os mesmos princípios do segmento posterior - é interessante que os procedimentos de preparo sejam conduzidos sob isolamento relativo, para minimizar a desidratação da estrutura dental e com isso a cor - isolamento absoluto apenas no momento que o preparo está concluído - ensaio restaurador, aplicação dos compósitos diretamente sobre a estrutura dental - o isolamento dos dentes anteriores pode ser conduzido sem o uso de grampos - se houver necessidade de retração dos tecidos gengivais, pode ser necessário a utilização de grampos - a armarria pode ser confeccionada com fio dental, cunhas de madeira, fios de borracha especiais ou secções da própria borracha - a escolha da armarria é de acordo com o profissional - caso houvesse diastemas entre os caninas e o pré-molares, nenhuma armarria seria capaz de estabilizar o lençol e seria necessário a utilização de grampos Adesão aos Substratos Dentais - o protocolo clínico da utilização de resinas compostas exigem que os substratos sejam previamente tratados com um sistema adesivo - restaurações de amalgama não são adesivas, e a retenção era puramente mecânica - retenção mecânica se faz pelo formato geométrico cavitário - odontologia adesiva com menor risco biológico, risco de exposição pulpar - condicionamento em ácido é micromecânica Vitória Silva -tratamento do aderente é para que o ângulo que se forma entre líquido e substrato seja o menor possível, menor o ângulo maior o molhamento e a interação entre substrato e adesivo - molhamento: energia de superfície (substrato sólido) / tensão superficial (adesivo- líquido) – viscosidade - superfície mais rugosa gruda mais - adesão favorável - substrato limpo -alta energia de superfície -baixo ângulo de contato -bom molhamento - desfavorável: -substrato contaminado -baixa energia de superfície -alto ângulo de contato -péssimo molhamento - remoção de colágenoEsmalte -88% de mineral (hidroxiapatita) - 2% de conteúdo orgânico - 10 % de água - para adesão, o melhor preparo do esmalte é o condicionamento ácido - ácido fosfórico, com concentrações entre 30 e 40% aplicado por 15 a 60 segundos - ácido fosfórico provoca uma dissolução mineral superficial, limpando-o e criando uma superfície irregular com maior energia de superfície -condicionamento ácido do esmalte: dissolução parcial de alguns micrometros do esmalte - como no esmalte tem muito mineral o condicionamento aumenta, em relação a dentina - não é tão crítico aumentar o tempo, por ser muito mineralizado - dissolve o prisma do esmalte, hidroxiapatita - adesivo tem iniciadores do processo de polimerização - união micromecânica, interlocking - camada de intradifusão, hibridização do esmalte, camada híbrida onde tem os furinhos - adesão ao esmalte se bem feita, é muito melhor que a da dentina, e muito mais longeva, preservação do esmalte - adesivo hidrofóbico: película maior que pode absorver estresse - praticamente se trabalha sobre tecido mineral e seco - inorgânica se remover bem a umidade, o adesivo que você coloca deve ser hidrófobo, baixa absorção na água, hidrófobos precisam de superfícies condicionadas e secas - ao longo prazo não pega água, durabilidade maior por não pegar água - adesão ao esmalte com adesivos hidrófobos possuem maior longevidade Vitória Silva - não necessita de primer - por não possuir conteúdo orgânico a degradação é mais lenta e a adesão mais duradoura Dentina: - 50% conteúdo mineral -25% conteúdo orgânico (colágeno tipo I) -25% de água - túbulos dentinários repletos de fluidos sob constante pressão pulpar - mais perto da polpa maior quantidade de túbulos - os túbulos são circundados por uma dentina mais mineralizada, dentina peritubular - e entre os túbulos existe a dentina intertubular - quando a dentina é cortada durante um preparo cavitário, forma-se uma camada de dendritos orgânicos e inorgânicos chamada de smear layer - o condicionamento ácido da dentina remove totalmente a smear layer a estratégia autocondicionante incorpora a smear layer a camada adesiva - abre a embocadura do túbulo e desmineraliza alguns micrometros de dentina, removendo a HAp e expondo as fibrilas colágenas - espera-se uma ótima infiltração e polimerização do adesivo na trama colágena exposta, o que nem sempre ocorre formando uma camada híbrida pobre em HAp - após o ácido e sua lavagem, a dentina apresenta uma superfície orgânica e inerente úmida - o conteúdo orgânico exposto, faz com que a energia de superfície da dentina condicionada seja baixa o que não favorece a adesão - para isso, deve ser utilizado um primer -primer: solução normalmente constituída de solventes orgânicos (álcool, água ou álcool, acetona) e monômeros hidrófilos que preparam a dentina condicionada para permitir a posterior difusão do adesivo - deve ser aplicado por um tempo adequado - é preciso evaporar os solventes bem, deve-se aplicar um jato de ar após a aplicação do primer - esfregar o máximo possível - a resina adesiva é aplicada na dentina com o objetivo de ocupar os espaços obtidos com o condicionamento e lá sofrer polimerização, formando uma camada de interdifusão resina-dentina (camada híbrida) - camada híbrida: é a zona de interdifusão entre resina (adesivo) e estrutura dentária desmineralizada - mais profunda a dentina mais difícil é a adesão - mais fundo em dentina: maior número e diâmetros dos tubos - os dois principais mecanismos de degradação da camada híbrida são: degradação hidrolítica da resina adesiva e a degradação do colágeno - a resina adesiva, principalmente em sistemas simplificados nos quais não há uma camada hidrófoba em separado tendem a se degradar com o passar do tempo - essa degradação pode ser acelerada devido a hidrofilia do polímero formado, pela má evaporação dos solventes, por uma polimerização deficiente Vitória Silva - já o colágenos da camada híbrida formada em dentina tende a ser degradado pela ação de enzimas presentes no próprio tecido dentário (MMPs- metaloproteinases da matriz) - para prevenir a degradação pode ser utilizado a aplicação ativa e vigorosa dos sistema adesivo sobre a dentina - repetidas camadas do sistema adesivo - aplicação de uma camada de adesivo hidrófobo sobre os sistemas adesivos simplificados - aumento do tempo de fotopolimerização - reduzir a degradação do colágeno com substâncias que aumentem suas ligações cruzadas intra e intermoleculares, reforçando o colágeno e inibindo a ação de enzimas colagenolíticas Condicione e lave (etch-and-rinse/convencionais) -o ácido fosfórico aumenta a energia de superfície e promove uma desmineralização, aumentando a área de superfície -uma vez que o esmalte é lavado e seco o adesivo é aplicado - esse adesivo (resina adesiva) penetra no esmalte condicionado e polimerizado, promovendo uma excelente adesão estabelecida principalmente por microretenção mecânica (imbricamento) - 3 passos: ácido é realizado pelo ácido fosfórico, primer e adesivo (frascos separados) -2 passos: ácido fosfórico, primer + adesivo= frasco único - em longo prazo ele se degrada um pouco mais rápido -precisa condicionar esmalte e dentina - condicionamento ácido começa no esmalte, conta 15 segundos e aplica em dentina por mais 15 e remove os dois juntos - preenche a cavidade com bolinha de algodão, e seca o esmalte com jato de ar, após a utilização do ácido - condicionamento em dentina para funcionar bem é essencial expulsar a umidade e infiltrar o adesivo na plena profundidade na dentina desmineralizada e polimerizá-lo lá - colágeno sofre autodestruição, logo, se não há completa remoção da umidade inicia-se um processo de degradação do colágeno -adesivo vai se degradar devido a umidade: degradação hidrolítica - em pouco tempo ocorre perda da adesão - não pode errar - pontos desfavoráveis: a. O ácido fosfórico é muito agressivo em dentina, deixando-as expostas a susceptíveis a degradação b. A camada híbrida é espessa e nem sempre ocorre uma completa infiltração e polimerização do adesivo na dentina c. Há pouca interação química entre dentina e adesivo d. O passo a passo tem mais etapas, podendo estar sujeito a mais erros e. Os resultados clínicos de longo prazo em lesões cervicais dos sistemas de dois passos e os autocondicionantes - pontos positivos: a. Adesão ao esmalte condicionado com ácido fosfórico é provadamente muito mais eficaz e longeva Vitória Silva b. Os adesivos de 3 passos, que a última camada é utilizada uma resina mais hidrófoba, costumam apresentar boa longevidade clínica Autocondicionantes (self-etch) - aplicação prévia de ácido fosfórico não é necessária para a adesão - não tem ácido fosfórico - a smear layer é modificada/impregnada por resina e a menor capacidade de desmineralização do adesivo leva a uma remoção apernas parcial da HAp em uma delgada espessura de dentina, nessa região o adesivo é infiltrado e polimerizado - essa disponibilidade de HAp na camada híbrida que possibilita a união com monômeros funcionais - solubiliza e modifica a smear layer e cria uma camada hibrida mais fina e com menor remoção de HAp do colágeno - 2 passos: primer ácido (ácido + primer) e adesivo - solução all in one: ácido, primer e adesivo em um frasco - deve se repetir a aplicação mais de uma vez - não é tão bem equilibrado - pH forte: menor que 1 - pH intermediário-forte: entre 1 e 2 - pH ameno/suave: aproximadamente 2 -pH ultra-ameno/ultra-suave: maior que 2,5 - em dentina, a adesão obtida por boa parte dos sistemas fortes, não foi boa. A dentina era desmineralizada em profundidade e o colágeno era exposto - não havia interação química estável e fatores como a hidrofilia e pobre mineralização dos adesivos levavam a uma degradação mais rápida da camada híbrida - ossistemas mais amenos tem sido bastante utilizados porque reagem de forma mais branda com a superfície da dentina, sem remover toda a smear layer - não removem por completo os cristais de hidroxiapatita ao redor das fibrilas colágenas - a camada híbrida é mais fina porem mais rica em hidroxiapatita - em uma dentina na qual a hidroxiapatita foi preservada pode ocorrer uma reação química entre os monômeros funcionais do adesivo autocondicionante e o cálcio - 10-MDP (monômero) que ao reagir com o mineral disponível na dentina forma uma ligação química iônica estável por meio de nanocamadas de sais MDP-Ca - acredita-se que aumenta a durabilidade da adesão à dentina - é uma ligação passível de degradação e dependente da qualidade e quantidade do monômero 10-MDP presente em cada marca comercial - mecanismo de pH ameno e monômero funcional não promove bom padrão de condicionamento e união micromecânica no esmalte - monômeros funcionais como o 10-MDP não reagem tão bem com HAp do esmalte que por características funcionais não disponibiliza tão bem cálcio - em esmalte, é sugerido um condicionamento com ácido fosfórico prévio a aplicação de adesivos autocondicionantes mais amenos, conhecida como técnica do condicionamento ácido seletivo de esmalte - só aplica ácido fosfórico no esmalte Vitória Silva - melhora manchamento marginal - pontos positivos a. Menor desmineralização da dentina, com reduzida exposição de colágenos b. Camada híbrida mais fina facilitando a difusão do adesivo em toda a profundidade desmineralizada c. União química entre mineral da dentina e monômero funcional especialmente com o 10-MDP d. Ótimo resultado clínico a longo prazo (10-MDP de 2 passos) e. Técnica adesiva menos sensível em dentina -limitações: a. Forte indicação de necessidade de condicionamento ácido prévio seletivo em esmalte b. Possível interferência de smear layer mais espessas nos autocondicionantes ultra- amenos c. Histórico clínico não favorável dos autocondicionantes fortes Universais/ multi-modo - podem ser vistos como uma evolução dos autocondicionantes de um passo - pode ser utilizado em várias estratégias - pode ser realizado como etch and rinse, self etch ou em condicionamento seletivo - normalmente, apresentam frasco único e podem ser utilizados na estratégia condicione e lave ou pelo condicionamento ácido seletivo de esmalte - por ser versátil é amigável ao clínico ou operador, visto que é menos sensível a variações - a maior parte possui pH próximo ao ameno e monômeros ácidicos funcionais como o 10-MDP - dessa forma, o condicionamento ácido do esmalte é muito recomendado para uma interface mais longeva e com menor chance de manchamento marginal - acredita-se que o condicionamento ácido seletivo de esmalte seja a melhor técnica para uso com esse tipo de adesivos - eficácia bastante satisfatória dos sistemas universais especialmente quando o esmalte é previamente condicionado com ácido fosfórico - por serem todos em apenas uma solução apresentam certo grau de degradação hidrolítica no longo prazo - sua facilidade pode ser um benefício, visto que apresenta resultados surpreendentes e obtiveram melhor performance do que alguns adesivos de utilização mais complexa - condicionamento ácido seletivo + sistema universal Fatores mais relevantes que os sistemas adesivos: a. Máxima preservação de esmalte, visto que a adesão é melhor b. Controle dos fatores etiológicos que levaram a necessidade do procedimento restaurador, uma vez que a falha adesiva não é a razão mais frequente para substituição e/ou necessidade de reparo de uma restauração c. Execução cuidadosa e correta de todos os passos do protocolo adesivo, visto a notável influência de operador nos resultados dos estudos Vitória Silva Recomendações Gerais para o passo-a-passo do protocolo adesivo das principais categorias de adesivos disponíveis no mercado Condicione e lave, 3 passos (a) condicionamento com ácido fosfórico de esmalte (15-30s) e dentina (máx.15s em dentina); (b) lavagem abundante (10s), secagem do esmalte com jatos de ar e remoção do excesso de umidade dentinária; (c) aplicação do primer por no mínimo, 15-20s, de forma ativa; (d) volatilização dos solventes por, no mínimo,5-10s com suaves jatos de ar; (e) aplicação do adesivo hidrófobo, remoção de excessos e uniformização de camada com suave jato de ar (5s); (f) ótima fotoativação do adesivo. Condicione e lave, 2 passos (a) condicionamento com ácido fosfórico de esmalte (15-30s) e dentina (máx.15s em dentina); (b) lavagem abundante (10s), secagem do esmalte com jatos de ar e remoção do excesso de umidade dentinária; (c) aplicação do sistema adesivo simplificado (primer/adesivo) de forma ativa por 15-20s; (d) volatilização dos solventes por, no mínimo, 10s com suaves jatos de ar; (e) repetição dos passos (d) e (e); (f) ótima fotoativação do adesivo. Autocondicionante, 2 passos (a) condicionamento seletivo com ácido fosfórico do esmalte, por 15-30s; (b) lavagem abundante e secagem; (c) aplicação ativa do primer ácido por ao menos 15-20s sobre esmalte e dentina; (d) volatilização dos solventes por ao menos 5-10s com jatos de ar; (e) aplicação do adesivo hidrófobo, remoção de excessos e uniformização de camada com suave jato de ar (5s); (f) ótima fotoativação do adesivo. Universal a) condicionamento seletivo com ácido fosfórico do esmalte, por 15-30s; (b) lavagem abundante e secagem; (c) aplicação ativa por ao menos 20s do sistema adesivo sobre esmalte e dentina; (d) volatilização dos solventes por ao menos 10s com jatos de ar; (e) ótima fotoativação do adesivo; * Na técnica do condicionamento ácido seletivo de esmalte. Em caso de abordagem apenas autocondicionante, eliminam-se passos (a) e (b) A maioria das marcas comerciais que ofertavam sistemas adesivos autocondicionantes de um passo hoje oferecem adesivos universais. Em adesivos self-etch de um passo o protocolo de aplicação é geralmente o mesmo do universal, reforçando-se nesses a expressa contra-indicação de condicionar previamente a dentina. **Alguns estudos sugerem que uma camada hidrófoba (adesivo puro ou camada de resina fluida) aplicada após o adesivo simplificado pode colaborar na longevidade da interface obtida. Ionômeros de vidro -apresentam capacidade de se unir ao tecidos mineralizados por ligações iônicas entre seus grupamentos carboxílicos e o cálcio da HAp - os ionômeros devem ser utilizados diretamente sobre esmalte e dentina Vitória Silva - pode ser condicionado com ácido fraco, geralmente o poliacrílico a 10% Desempenho clínico dos sistemas adesivos contemporâneos - restaurações adesivas tem como relevante motivo de insucesso as falhas na união entre dente e restauração - ionômero de vidro, sistemas autocondicionantes de dois passos de pH suave e sistemas condicionantes de 3 passos se destacam como as mais baixas taxas de falhas atuais Adesão aos materiais restauradores indiretos Cerâmicas Vítreas - são ricas em sílica e normalmente possuem sua superfície interna normalmente jateada por óxido de alumínio e condicionada por um ácido fluorídrico com concentrações entre 5 e 10% - esse condicionamento promove microretenções, aumentando a energia de superfície e expondo grupamentos carboxílicos - as superfícies ricas em sílica após o condicionamento com o ácido fluorídrico são tratadas com silano, molécula bifuncional da qual uma das extremidades se liga quimicamente as hidroxilas da cerâmica - mais utilizado na cimentação de peças cerâmicas - facetas, inlays, onlays e coroas Zircônia e Metais - associam um jateamento com partículas de óxido de alumínio ao uso de primers específicos que contenham monômeros éster fosfatados - esse jateamento promoveria uma limpeza da superfície e criaria microretenções e os monômeros éster fosfatados promoveriam ligaçãoquímica com os óxidos metálicos da superfície da zircônia dos metais - um dos monômeros e o 10-MDP Resinas compostas indiretas - criação de microretenções por meio de um jateamento com óxido de alumínio ou asperização com instrumentos rotatórios antes da aplicação de um agente silano Incompatibilidade entre alguns sistemas adesivos e cimentos resinosos - alguns cimentos apresentam polimerização que independe da luz da unidade fotoativadora - esses cimentos normalmente são compostos por aminas terciárias e peróxido de benzoíla - os sistema adesivo (ácido) pode reagir com as aminas (básicas) prejudicando a polimerização química do cimento resinoso - essa incompatibilidade pode comprometer a cimentação de peças protéticas Resinas Compostas Vitória Silva Como escolher uma resina: -preço -marca -cursos -indicações -representante Resina acrílica - pó + líquido, mistura e vai formar uma resina - monômeros de metilacrilato que dão origem a polímeros de polimetilmetacrilato - surgiram em 1934 na Alemanha -contraia e a carga se deslocava fácil -desgastava fácil Resina Epóxica - no início da década de 50 - baixa taxa de contração - baixa taxa de solubilidade -alta resistência mecânica -longo período de polimerização (várias horas) Bis-GMA (bisfenol A glicidil metacrilato) - juntaram as suas resinas, apóxica e a acrílica e foi evoluindo ao longo do tempo - 1956 - alto peso molecular - menor contração de polimerização - rápida reação de presa Resina composta - união do bis-GMA - matriz é aonde você vai ter a reação do material, dos monômeros - as partículas é onde você vai ter a resistência do material - restaurações anteriores e posteriores - resinas para todas as restaurações Contra indicações das resinas compostas - bruxismo, desgastar a resina num tempo muito menor -higiene deficiente, toda restauração de resina você precisa de adesivo, tudo isso prejudica a durabilidade da adesão Vitória Silva -adesivo precisa de várias coisas para sua adequação Vantagens -estética -conservação da estrutura dentária - adesão a estrutura dentária Desvantagens -sensibilidade a técnica (umidade, tempo de adesividade, polimerização) Composição: - matriz orgânica - monômeros – sofrem reação e geram o polímero - iniciador- -inibidor- -pigmentos- cor -carga inorgânica: -vidro -quartzo (mais utilizada) -silica coloidal (mais utilizada) -agente de união (sobre as partículas para juntá-las a matriz) Monômeros -mantem as partículas inorgânicas juntas - dão as características de manuseio - bisfenol A glicidil metacrilato (bis-GMA) -uretano dimetacrilato (UEDMA) - trietileno glicol dimetacrilato (TEGMA) - a manipulação é dada pela proporção dos monômeros - ormocer (organic modified ceramics ormocers) - menor desgaste mesmo apresentando menor quantidade de partículas -contração menor -silorane -siloxanes e oxiranes - não tem no Brasil Vitória Silva -contração é inerente a restauração com resina composta - se não contrair ela não está polimerizada - não pode contração em excesso Matriz Resinosa a) Componentes Orgânicos - Bis-GMA (bisfenol-Aglicidil metacrilato) - UDMA (uretano dimetacrilato) - trietileno glicol dimetacrilato (TEGMA) - a manipulação é dada pela proporção dos monômeros - ormocer (organic modified ceramics ormocers) - menor desgaste mesmo apresentando menor quantidade de partículas -contração menor -silorane -siloxanes e oxiranes - não tem no Brasil -mantem as partículas inorgânicas juntas - dão as características de manuseio - são componentes orgânicos constituem a parte quimicamente ativa das resinas compostas - são esses monômeros que irão estabelecer ligações cruzadas no momento da polimerização, conferindo resistência ao material - Bis-GMA e UDMA, possuem alto peso molecular e devido a isso são extremamente viscosos a temperatura ambiente -por serem viscosos, os fabricantes adicionam diluentes a base de dimetacrilatos com o objetivo de tornar o material fluido para ser utilizado clinicamente b) diluentes - os diluentes empregados são: TEGDMA (trietileno glicol dimetacrilato) e o EDMA (etinol glicol dimetacrilato), que reduzem a viscosidade dp Bis-GMA e UDMA - a incorporação de diluentes aumenta a contração de polimerização das resinas compostas c) inibidor de polimerização - inibidor de polimerização: garante maior vida útil ao material -butalato de hidroquinona: utilizada em quantidades inferiores a 0,1% em peso -previnem a polimerização instantânea po calor, luz -aumentam a validade -cada fabricante tem um inibidor Vitória Silva - algumas marcas apresentam como matriz resinosa o Bis-EMA (bisfenol A polietileno glicol dimetacrilato), possibilitando uma contração de polimerização reduzida - matriz orgânica é a parte sensível das resinas d) pigmentos e protetores UV -pigmentos -óxidos metálicos (foto tem mais dificuldade de polimerizar) -responsáveis pela cor e opacidade -óxidos titânio e alumínio -protetores UV -previnem descoloração - resinas de dentina tem maior tempo de polimerização, por possuírem mais óxidos metálicos Partículas de Carga - partículas inorgânicas a parte orgânica, para otimizar as prop físicas do material -quartzo, sílica coloidal e o vidro de fluorsilicato de alumínio - bário e o estrôncio foram incorporados para conferir radiopacidade ao material - a incorporação de cargas possibilitou a diminuição da quantidade de matriz orgânica - resinas com carga nanométricas, apresentam como vantagem: uma maior lisura e maior resistência a abrasão do que as resinas compostas híbridas e micro-híbridas - a contração de polimerização e a sorção de água foram diminuídas e a resistência ao desgastaste aumentada como consequência da adição de água - partículas de carga aumentam a viscosidade do material, por isso existe um limite para a implementação de partículas - as partículas de cargas com tamanhos menores apresentam maior área de superfície dentro do mesmo volume de material, sendo assim sua incorporação em grandes quantidades pode aumentar a viscosidade do material ao ponto de dificultar sua utilização clínica - a incorporação de partículas de carga excessiva pode prejudicar as características estéticas do material, principalmente em dentes anteriores -dureza e polimento Silanos - une as partículas de carga de uma maneira estável a matriz orgânica - agente de união bifuncional - carga inorgânica – matriz resinosa - transferência de tensões - silano se une ao grupo hidroxila da partícula, metacrilato se une ao silano - moléculas que possuem capacidade de unir quimicamente a superfície da carga, bem como a matriz orgânica propiciando uma interface adesiva bastante confiável - permite que as resinas compostas atuem como unidade quando submetidas a tensões, as quais são dissipadas ao longo da interface adesiva criada pelo silano Vitória Silva -evita o desgaste Iniciadores - desencadeiam a reação de polimerização das resinas compostas - quimicamente ativados: pasta base e catalisador são misturados, a amina terciária segmenta o peróxido de benzoila, dando início ao processo de autopolimerização - nas resinas fotopolimerizáveis, a luz visível ativa a canforoquina (iniciador), propiciando a interação reativa com uma amina terciária - iniciador mais comum - absorve comprimento da luz azul (400-500nm) - iniciador reage com a amina ativadora - forma os radicais livres -inicia a polimerização -pode causar descoloração/amarelamento Classificação: Quanto ao tamanho das partículas inorgânicas a) macropartículadas: aquelas em que as partículas têm tamanho entre 15 e 100 micrometros, podem ser chamadas de convencionais -desenvolvidas nos anos 70 -partículas de quartzo-
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