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<p>PRODUÇÃO GRÁFICA</p><p>AULA 4</p><p>Prof. Humberto Costa</p><p>2</p><p>CONVERSA INICIAL</p><p>Prezado(a) aluno(a), seja bem-vindo(a)! Esta aula expande o que foi</p><p>inicialmente apresentado anteriormente. Em que tratamos de forma introdutória</p><p>acerca dos principais processos de produção. Agora, vamos falar mais</p><p>detidamente sobre eles. Nesta aula, trataremos dos seguintes processos: Offset,</p><p>Flexografia, Rotogravura, Serigrafia e Tipografia.</p><p>CONTEXTUALIZANDO</p><p>Como vimos, no universo da Produção Gráfica, é imprescindível definir,</p><p>antes de tudo, qual sistema de impressão é o mais adequado, considerando o</p><p>tipo de papel, as cores, as tintas e os acabamentos que serão utilizados. Por isso</p><p>é indispensável conhecer os processos de impressão para que tenhamos claro</p><p>suas diferenças, assim como suas possibilidades e limitações. Isso tudo é</p><p>indispensável para se alcançar o resultado ideal e satisfatório!</p><p>A intenção nesta aula é tratar dos processos de impressão mais usados</p><p>no mercado gráfico. Vamos tratar de suas particularidades e especificidades,</p><p>buscando trazer informações para ajudá-lo a adquirir conhecimento acerca de</p><p>um assunto de grande importância.</p><p>TEMA 1 – OFFSET</p><p>O Offset é o processo de impressão mais utilizado no segmento da</p><p>Produção Gráfica. Esse processo favorece as demandas por grande quantidade</p><p>de impressos (acima de 1000) e, de outro lado, torna-se praticamente inviável</p><p>para demandas de baixa tiragem. Trata-se de um dos processos que aceita</p><p>praticamente qualquer tipo de papel e alguns tipos de plástico, em especial o</p><p>poliestireno (Villas-Boas, 2008). É também muito utilizado devido à alta</p><p>qualidade dos materiais que são produzidos nesse sistema.</p><p>O termo Offset origina-se da expressão latina offset litography que, se</p><p>traduzido de forma literal, quer dizer “litografia fora do lugar”. Por ser derivado da</p><p>Litografia, há uma relevância para essa significação. De outro lado, “é possível</p><p>que o termo Offset tenha surgido do fato de não se utilizar matrizes metálicas ou</p><p>relevográficas nesse processo de impressão” e há quem considere que “o prefixo</p><p>off signifique ‘desligado’ e o sufixo set ‘espaço fechado’ (Caixa de Tipos). Sendo</p><p>3</p><p>assim, uma interpretação livre para o termo Offset seria: ‘desligado da caixa de</p><p>tipos’” (Silva, 2008, p. 88).</p><p>O processo de impressão Offset é uma evolução de outro processo de</p><p>impressão chamado Litografia. No litografia, gravamos uma imagem em uma</p><p>pedra e a transferimos para o papel mediante pressão exercida entre a pedra e</p><p>o papel. Eis aqui o que chamamos de impressão direta.</p><p>No sistema Offset, a impressão é indireta. Tudo começa com a parte mais</p><p>característica desse processo: a blanqueta. Trata-se de uma chapa de borracha</p><p>que circunda o cilindro intermediário (cilindro da blanqueta) que está entre a</p><p>matriz e o suporte. Assim, a imagem que está na matriz (chapa) é transferida</p><p>para um cilindro que está coberto com borracha (a blanqueta) e, então, para o</p><p>suporte (papel, por exemplo). Em suma, podemos dizer que a matriz imprime a</p><p>blanqueta e esta imprime o suporte.</p><p>Figura 1 – Diagrama do mecanismo de funcionamento do Offset</p><p>Como é possível notar, a partir da Figura 1, no sistema de impressão</p><p>Offset, seis elementos são básicos: a blanqueta, a chapa, o suporte (papel ou</p><p>outros), o cilindro de pressão, a água e a tinta.</p><p>4</p><p>A impressão no processo Offset acontece pela repulsão entre a água e a</p><p>tinta gordurosa e, assim, não há a necessidade de relevo para que a tinta se</p><p>assente nas áreas que devem ser impressas. Também, a umidade que está nas</p><p>demais áreas impede que a tinta se espalhe e borre a imagem. Além disso, há a</p><p>necessidade de regular a máquina impressora para que a quantidade de água,</p><p>bem como de tinta, esteja adequada para que todo o mecanismo funcione</p><p>satisfatoriamente (Silva, 2008). Nesse ponto, um bom impressor pode fazer a</p><p>diferença entre um bom e um mau resultado.</p><p>É importante ressaltar que a blanqueta é o fator relevante de qualidade da</p><p>impressão final. Devidamente entintada, a chapa imprime a imagem na</p><p>blanqueta que, por sua vez, transfere a imagem para o suporte, porque ele é</p><p>pressionado contra a blanqueta. A imagem no suporte fica nítida dado ao fato de</p><p>que a blanqueta também trata de conter qualquer excesso de tinta. A chapa, que</p><p>está no cilindro porta-chapa, tem grande durabilidade, isso porque seu contato</p><p>se dá com a superfície flexível da borracha. Já o suporte (geralmente o papel),</p><p>resiste bem ao processo por não entrar em contato nem com a umidade,</p><p>tampouco com a maior quantidade de tinta da chapa. Todo esse conjunto ajuda</p><p>a conferir a qualidade que o processo de impressão Offset oferece ao resultado.</p><p>Com relação à chapa, esta pode ser produzida por fotogravura e aqui se</p><p>utiliza o fotolito. A chapa, que geralmente é feita de alumínio, é colocada no</p><p>gravador ou prensa de contato, sob o fotolito. Após o tempo de exposição à luz,</p><p>as imagens que estão presentes no fotolito são reproduzidas na chapa e essa</p><p>parte é finalizada com a revelação. Na revelação, a chapa é banhada com</p><p>químicos especiais que reagirão, formando área hidrófilas (atraem a umidade) e</p><p>áreas lipófilas (atraem a gordura). Está na área lipófila as imagens que serão, de</p><p>fato, impressas. Em outras palavras, as superfícies lipófilas atrairão a tinta (que</p><p>é gordurosa) quando da impressão (Villas-Boas, 2008).</p><p>As chapas também podem ser produzidas por gravação digital e aqui</p><p>temos dois processos: o CtP (computer to plate) e o CtPress (computer to press).</p><p>Ambos são sistemas mais sofisticados e mais caros. O sistema CtP usa chapas</p><p>específicas, que são gravadas diretamente do arquivo digital por meio de feixes</p><p>de laser. É importante colocar que podem ser produzidas chapas em CtP</p><p>também para Rotogravura e Flexografia (falaremos na sequência). No sistema</p><p>CtPress, o equipamento para a gravação das chapas está alojado na própria</p><p>impressora.</p><p>5</p><p>As impressoras Offset podem ser planas ou rotativas. As planas utilizam</p><p>folhas soltas. São comumente encontradas em gráficas pequenas e médias,</p><p>uma vez que custam menos e requerem instalações menores. Já as impressoras</p><p>rotativas utilizam bobinas de papel e geralmente são encontradas em grandes</p><p>gráficas. As principais características desse tipo de impressora está na sua alta</p><p>velocidade de impressão e a impressão frente-e-verso simultâneo. Também</p><p>podem realizar certos acabamentos como refiles, dobras e certos tipos de</p><p>encadernação. Tais características conferem grande velocidade ao processo de</p><p>produção com a utilização de impressoras Offset rotativas.</p><p>Com as inovações, há impressoras Offset que são capazes de imprimir</p><p>até em quatro cores, de uma única vez, tal como mostra a Figura 2. Cada castelo</p><p>(torre) é responsável por imprimir uma cor. Há impressoras mais modernas,</p><p>compostas por 10 castelos que imprimem cores especiais e fazem acabamentos</p><p>especiais, como aplicação de verniz localizado.</p><p>Figura 2 – Impressora Offset com quatro castelos e com capacidade para</p><p>imprimir 4 cores</p><p>Créditos: Zefart/Shutterstock.</p><p>6</p><p>Saiba mais</p><p>Para saber mais sobre o processo de impressão offset, assista ao vídeo</p><p>disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NvmtlkOS3zE. Acesso em:</p><p>27 jan. 2021.</p><p>Em resumo, podemos dizer que o processo de impressão Offset</p><p>possibilita alta resolução, alta qualidade, agilidade e grandes tiragens. Por tais</p><p>características, esse processo é muito utilizado na produção gráfica, viabilizando</p><p>a produção de diversos tipos de materiais promocionais e publicitários, tais como</p><p>flyers, catálogos, folders, embalagens, cartazes etc.</p><p>TEMA 2 – FLEXOGRAFIA</p><p>A Flexografia similar à que conhecemos hoje surgiu no começo do século</p><p>XX, por meio dos fabricantes de máquinas Fischer & Krecke e Holweg,</p><p>Windmoller & Holscher. Esses especialistas criaram novos elementos, tais como</p><p>peças, tintas, bem como um dos principais elementos que possibilitou a</p><p>flexografia: o fotopolímero (Villas-Boas, 2008). A flexografia é assim denominada</p><p>porque consiste na impressão em diversos tipos de materiais flexíveis, tais como</p><p>papéis, papelão ondulado, plásticos diversos, vidro e metal e não necessita de</p><p>superfícies macias, como é o caso do Offset.</p><p>A Flexografia é um processo de impressão relevográfica, isto é, trata-se</p><p>de um processo de impressão que é realizado por meio de uma chapa que tem</p><p>relevo e é constituída por uma borracha chamada cliché. Outro elemento</p><p>importante é o anilox, que é dotado de pequenos sulcos nos quais a tinta é</p><p>depositada e, assim, transferida do cilindro do tinteiro para o cilindro da borracha.</p><p>A Figura 3 apresenta um esquema com os principais elementos que ilustram o</p><p>funcionamento da Flexografia.</p><p>A impressora flexográfica utiliza matrizes flexíveis, originalmente feitas de</p><p>borracha (e nas últimas décadas, feitas de plástico). As borrachas apresentam</p><p>as vantagens do custo mais acessível, alta durabilidade e podem ter formatos</p><p>variados, o que facilita a adaptação em quaisquer máquinas (Silva, 2008).</p><p>7</p><p>Figura 3 – Diagrama do mecanismo de funcionamento da Flexografia</p><p>Outra vantagem importante é que as impressoras flexográficas possuem</p><p>várias etapas de acabamento, tais como a laminação, dobra, corte e colagem.</p><p>Por exemplo, na fabricação de sacolas plásticas, tais como aquelas que são</p><p>distribuídas no comércio em geral, a impressora imprime o plástico, faz a</p><p>moldagem e a colagem (solda) e pode até finalizar com a montagem dos fardos</p><p>para o transporte futuro.</p><p>Com os diversos avanços ocorridos no processo de impressão</p><p>flexográfico, faz-se necessário abordar tal processo de forma não genérica.</p><p>Assim, podemos dizer que há uma divisão em três grandes grupos: Flexografia</p><p>rudimentar, Flexografia convencional e Flexografia de última geração (Villas-</p><p>Boas, 2008).</p><p>A Flexografia rudimentar está mais voltada a embalagens com a única</p><p>função de conter um produto para estocagem ou transporte, tais como</p><p>8</p><p>maquinários industriais, materiais de construção, eletrodomésticos etc., e</p><p>também pode ser utilizada na produção de materiais de baixo custo.</p><p>A Flexografia convencional é a mais usada, no mundo inteiro, na produção</p><p>de grandes tiragens, pois apresenta baixo custo em grandes tiragens, pode</p><p>trabalhar com materiais diversos (com superfícies irregulares, flexíveis e</p><p>tridimensionais) e oferece razoável qualidade de impressão para diversos tipos</p><p>de projetos. Muitos projetos são realizados nesse processo de impressão.</p><p>Podemos citar: embalagens de doces e balas, fitas, etiquetas, caixas, banners,</p><p>rótulos de produtos de limpeza, produtos descartáveis como toalhas de papel,</p><p>papel de presente e guardanapos, e sacolas plásticas que não demandam alta</p><p>qualidade etc. A Figura 4 apresenta uma impressora flexográfica destinada à</p><p>produção de etiqueta.</p><p>Figura 4 – Impressora flexográfica sendo utilizada para a produção de etiquetas</p><p>Créditos: Moreno Soppelsa/Shutterstock.</p><p>A Flexografia de última geração é marcada por inovações que ocorreram</p><p>com as matrizes, as tintas e os próprios equipamentos de impressão. O uso do</p><p>CtP com feixes a laser para a gravação das matrizes tornou possível o uso</p><p>massivo de retículas com excelente resolução. A substituição das borrachas</p><p>planas pela forma cilíndrica foi outra importante inovação. Com isso, foi possível</p><p>impressões mais precisas.</p><p>9</p><p>O desenvolvimento de tintas U.V. específicas para a Flexografia resolveu</p><p>o problema da aquosidade e da baixa resistência das tintas, conferiu cores</p><p>vibrantes aos impressos, meios-tons mais sutis e uma impressão com maior</p><p>duração. Além disso, as impressoras flexográficas passaram por modificações</p><p>sendo a mais relevante, a adoção do uso de cilindros porta-borracha que utiliza</p><p>ar comprimido para soltar ou prender a matriz. Isso confere maior precisão ao</p><p>processo, uma vez que a matriz fica exatamente no lugar.</p><p>Saiba mais</p><p>Para saber mais sobre a Flexografia, assista ao vídeo disponível em:</p><p><https://www.youtube.com/watch?v=sHyP1tdLyKE>. Acesso em: 27 jan. 2021.</p><p>Para saber como é o dia a dia de um impressor flexográfico, ao vídeo</p><p>disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=LsSotj1-EAE>. Acesso em:</p><p>27 já. 2021.</p><p>Quais as vantagens da impressão flexográfica? Leia este texto e</p><p>descubra: <https://www.tiliform.com.br/flexografia-ou-rotogravura>. Acesso em:</p><p>27 jan. 2021.</p><p>Saiba mais sobre os benefícios da flexografia para a impressão de</p><p>embalagens plásticas flexíveis:</p><p><https://mundodoplastico.plasticobrasil.com.br/gest-o/veja-os-benef-cios-da-</p><p>flexografia-para-impress-o-de-embalagens-pl-sticas-flex-veis>. Acesso em: 27</p><p>jan. 2021.</p><p>Com todos os avanços e as vantagens oferecidas pela Flexografia, esse</p><p>processo de produção se tornou o mais utilizado na produção de rótulos e</p><p>etiquetas. No Brasil, há um parque de impressão flexográfico de alta qualidade,</p><p>capaz de competir com qualquer outra nação mundial.</p><p>TEMA 3 – ROTOGRAVURA</p><p>A Rotogravura é um processo encavográfico e utiliza uma matriz de baixo-</p><p>relevo. Foi Kark-Klick, artista, pesquisador e grande conhecedor de fotografia,</p><p>quem criou esse processo de impressão (Silva, 2008). Em 1860, tendo por base</p><p>suas pesquisas, Kark conclui que uma das formas possíveis de alterar os valores</p><p>tonais era alterar a espessura das tintas impressas. O que motivou Kark foi a</p><p>busca por uma técnica que fosse capaz de reproduzir ilustrações, pinturas e</p><p>fotografias com riqueza de detalhes e variações de cores.</p><p>10</p><p>Esse processo consiste em uma impressão direta, com alimentação por</p><p>bobina, possui alta velocidade de impressão e com qualidade uniforme. Algumas</p><p>gráficas oferecem impressão em Rotogravura plana, sendo esse tipo de</p><p>impressão voltada a impressos de luxo e livros de arte. Todavia, na impressão</p><p>plana, o processo perde velocidade e, portanto, dificulta a possibilidade de se</p><p>obter alta tiragem.</p><p>Basicamente, na impressão rotográfica, o cilindro é constantemente</p><p>entintado em toda a sua superfície e, em muitos casos, estão parcialmente</p><p>imersos no repositório de tinta. Uma lâmina de aço, a racla, retira a tinta das</p><p>áreas lisas do cilindro, mantendo a tinta apenas nos sulcos. A Figura 5 apresenta</p><p>um diagrama do mecanismo de funcionamento da Rotogravura.</p><p>Figura 5 – Diagrama do mecanismo de funcionamento da Rotogravura</p><p>O processo de impressão Rotogravura é chamado de encavográfico</p><p>porque a matriz está em baixo relevo e a imagem é gravada em um cilindro. Em</p><p>outras palavras, o que deve ser impresso é formado por sulcos em baixo relevo</p><p>na matriz (semelhante a alvéolos), que armazenam a tinta, que será transferida</p><p>para o suporte por meio de forte pressão. Esse processo é o inverso do adotado</p><p>na Flexografia (chapa em alto relevo).</p><p>Alterando a profundidade dos alvéolos, altera-se a quantidade de tinta que</p><p>ele carrega, e isso vai influenciar diretamente na definição da imagem. Assim,</p><p>alvéolos rasos armazenam pouca tinta e alvéolos profundos e largos armazenam</p><p>11</p><p>mais tinta e são usados para imprimir cores escuras. Hoje em dia, podemos</p><p>alterar, também, o tamanho dos alvéolos e isso vai melhorar a definição da</p><p>imagem impressa, especialmente nas áreas de meio-tom. Veja o diagrama</p><p>presente na Figura 6 para melhor compreender.</p><p>Figura 6 – Alteração na profundidade e no tamanho dos alvéolos</p><p>Na Figura 7, podemos ver uma impressora rotográfica. Atente-se para o</p><p>cilindro que está imerso dentro do tinteiro e este está usando tinta na cor</p><p>amarela. A secagem da tinta é muito rápida e se dá mediante a evaporação dos</p><p>solventes.</p><p>12</p><p>Figura 7 – Diagrama do mecanismo de funcionamento da Rotogravura</p><p>Créditos: Pavel L Photo and Video/Shutterstock.</p><p>Se tivermos várias unidades, podemos imprimir em várias cores de uma</p><p>única vez.</p><p>Veja o diagrama da presente na Figura 8.</p><p>Figura 8 – Diagrama de impressão rotográfica em quatro cores</p><p>A matriz, no processo de Rotogravura, pode ser gravada de duas formas:</p><p>química ou eletrônica. A forma química é a mais antiga e a forma eletrônica mais</p><p>recente e com grande aceitação, já que oferece melhor qualidade para os</p><p>trabalhos.</p><p>As vantagens de se usar a Rotogravura está na rápida secagem da tinta,</p><p>na alta durabilidade da matriz que pode durar até 10 milhões de cópias e o fato</p><p>de poder imprimir sobre qualquer suporte desde que seja flexível.</p><p>13</p><p>Financeiramente, a Rotogravura compensa quando empregada para produzir</p><p>altas tiragens de materiais (milhões de impressos).</p><p>A Rotogravura pode ser utilizada para imprimir: papéis em geral, cartões,</p><p>azulejos, plásticos, tecidos, cortinas, alumínio, papéis de parede, papéis-toalha,</p><p>toalhas de mesa, envoltórios, vinis, revestimentos de pisos. Também devemos</p><p>considerar que a Rotogravura é muito requisitada no setor de embalagens para</p><p>produzir embalagens flexíveis, cartonagens, dobráveis, papéis de diferentes</p><p>tipos, cartonagens, adesivos, películas diversas e folhas de rótulos.</p><p>Saiba mais</p><p>Para saber mais sobre a Rotogravura, assista aos vídeos disponíveis em:</p><p><https://www.youtube.com/watch?v=2_Uw2ZcZ_as> e</p><p><https://www.youtube.com/watch?v=Z4uym-gJvec>. Acesso em: 27 jan. 2021.</p><p>TEMA 4 – SERIGRAFIA</p><p>De acordo com os historiadores, a técnica de uso de estênceis para gravar</p><p>algo foi inventada pelos antigos egípcios e, mais tarde, tal técnica foi utilizada</p><p>pelos chineses (Silva, 2008). A Serigrafia, originada dos estênceis, é um</p><p>processo permeográfico, também conhecida como silkscreen. No início, a tela</p><p>usada no processo era feita de seda e daí deriva o nome silkscreen printing. A</p><p>Serigrafia, tal como conhecemos hoje, surgiu no século XX e no Brasil, tal</p><p>processo ganhou expressão a partir de 1970 (Villas-Boas, 2008).</p><p>A Serigrafia foi popularizada especialmente pelas gráficas de médio e</p><p>pequeno porte. Isso porque o processo é relativamente barato, permite</p><p>pequenas tiragens e pode utilizar diversos suportes, tais como: tecido, papel,</p><p>laminados plásticos, lonas, laminados rígidos, metais, vidro, cerâmica etc. Além</p><p>do mais, outra grande vantagem da Serigrafia está na diversidade de tipos,</p><p>texturas e densidades de tintas, o que favorece enormemente a variação de</p><p>projetos.</p><p>Para imprimir algo, temos de fazer a tinta vazar pela tela com o uso de</p><p>pressão. Para tanto, utilizamos um rodo ou puxador (ver Figura 9). A tela (ou</p><p>matriz serigráfica) é esticada em um bastidor de madeira, aço ou alumínio</p><p>(quadro).</p><p>Figura 9 – O puxador com tinta, pronto para ser utilizado por sobre a tela</p><p>serigráfica</p><p>14</p><p>Créditos: Emerson Andre/Shutterstock.</p><p>A Figura 10 apresenta uma tela gravada, pronta para receber a tinta e ser</p><p>utilizada em um suporte (no caso da foto, tecido).</p><p>A gravação da matriz ocorre pela fotossensibilidade. Em uma tela de</p><p>náilon, aplica-se uma emulsão fotossensível. A seguir, um fotolito é colocado</p><p>sobre a tela e esta é exposta à luz. Nos locais em que a luz não agir, teremos a</p><p>área de grafismo, ou seja, o local por onde a tinta vai passar e se fixar no suporte.</p><p>A qualidade da reprodução está ligada à densidade da trama do náilon</p><p>utilizada na tela. Quanto mais densa for a tela, mais cara ela será e maior poderá</p><p>ser a qualidade do produto final. O contrário também se aplica, ou seja, quanto</p><p>menos densa for a tela de náilon, mais barata ela será e menor será a definição</p><p>obtida. Outros fatores importantes e que influenciam muito na qualidade do</p><p>trabalho é a qualificação do impressor, a qualidade dos equipamentos e o original</p><p>a ser impresso.</p><p>Figura 10 – A tela utilizada no processo de impressão Serigrafia</p><p>Créditos: Odua Images/Shutterstock.</p><p>Na Figura 11 podemos ver o trabalho de um impressor serigráfico. Note</p><p>que as camisetas em tecido estão em uma mesa e sobre a camiseta vai a tela.</p><p>15</p><p>Então, com a ajuda do puxador, o impressor transfere a tinta para o suporte</p><p>(camiseta). É importante ter em mente que o processo permite a impressão de</p><p>uma cor por vez. Assim, várias cores demandarão várias telas e várias</p><p>passagens.</p><p>Figura 11 – O trabalho de um impressor serigráfico</p><p>Créditos: Edusma7256/Shutterstock.</p><p>Alguns avanços tecnológicos, como o desenvolvimento de novas tintas,</p><p>softwares de computador específicos para a projetação de layouts serigráficos e</p><p>a presença de vários processos informatizados para a gravação das telas</p><p>impulsionaram esse processo de impressão. Ademais, o emprego do CtS</p><p>(computer to screen) que permite a gravação da tela diretamente do arquivo</p><p>digital e elimina o uso do fotolito, foi um grande avanço.</p><p>Toda essa versatilidade permite a produção de diferentes produtos:</p><p>camisetas promocionais, display de pontos de venda, brindes em geral, cartazes,</p><p>faixas, elementos de sinalização, circuitos térmicos, circuitos eletrônicos,</p><p>decoração de azulejos, capas de livros, capas de brochuras etc.</p><p>No geral, devemos esperar um resultado mediano quando optamos pela</p><p>Serigrafia. No entanto, isso é muito relativo, caso estejamos trabalhando com</p><p>uma gráfica de ponta e que utiliza equipamentos atualizados. O fator mais</p><p>importante a ser levado em conta é a tiragem e o tipo de suporte que receberá a</p><p>impressão. Conforme for o caso, esse método de impressão oferecerá</p><p>resultados e custos satisfatórios.</p><p>16</p><p>Saiba mais</p><p>Para saber mais sobre Serigrafia ou silkscreen, assista aos vídeos</p><p>disponíveis em: <https://www.youtube.com/watch?v=Y_nbbf0LHMM> e</p><p><https://www.youtube.com/watch?v=VesLrLQ5pog>. Acesso em: 27 jan.</p><p>TEMA 5 – TIPOGRAFIA</p><p>A Tipografia é outro processo de impressão relevográfico e, em essência,</p><p>foi o processo criado por Gutenberg no século XV. Por quase cinco séculos, foi</p><p>o principal processo de impressão utilizado. Começou a perder espaço para o</p><p>processo Offset a partir dos anos de 1940 e, no Brasil, a partir de 1970 (Villas-</p><p>Boas, 2008).</p><p>Trata-se de uma técnica de impressão que é ainda muito utilizada em</p><p>gráficas de baixo custo, na confecção de impressos padronizados, tais como</p><p>notas fiscais, formulários, talões de pedidos, peças gráficas com pouco texto (ex.</p><p>convites e cartões de visita). É cada vez menos utilizada para produzir</p><p>embalagens e livros.</p><p>Na Tipografia, a matriz (chamada de rama) é formada for tipos móveis que</p><p>contém um caractere em relevo em cada um deles, tal como podemos ver na</p><p>Figura 12. Os tipos móveis são confeccionados em chumbo, bronze ou em latão,</p><p>de modo tal que a área a ser impressa fica em alto relevo. Colocados lado a lado,</p><p>os tipos formam aquilo que será impresso (matriz).</p><p>Figura 12 – Tipos móveis</p><p>Créditos: Spr/Shutterstock.</p><p>Uma vez que a matriz está montada, ela será entintada. Usa-se uma tinta</p><p>pastosa com o propósito de evitar respingos no suporte. A seguir, a matiz é</p><p>prensada contra o suporte e temos, então, o resultado do trabalho.</p><p>17</p><p>A Tipografia permite apenas a impressão de uma cor. Por isso, tal</p><p>processo é muito utilizado para a produção de textos ou de ilustrações de traços</p><p>contínuos e simples. Além disso, trata-se de um processo lento, uma vez que,</p><p>para preparar a matriz, é necessário arranjar os tipos móveis um a um. Imagine</p><p>o trabalho que uma pequena alteração no texto pode causar no processo! Outro</p><p>fator importante é que as tiragens não são altas devido ao processo de</p><p>preparação.</p><p>A Tipografia tem um valor histórico imenso. Foi o processo de impressão</p><p>que viabilizou a popularização de livros e de jornais, uma vez que foi possível a</p><p>impressão em escala praticamente industrial. Lembre-se, antes da invenção de</p><p>Gutenberg, os livros eram, praticamente, feitos à mão (copiados à mão).</p><p>Só a título de comparação e para quem conhece, as antigas máquinas de</p><p>escrever utilizavam tipos. Ao digitar um caractere, este é projetado contra</p><p>uma</p><p>fita e ambos entram em contato com o papel para imprimir o caractere. Assim,</p><p>toque a toque, tipo a tipo, os textos eram impressos naquela época. Atualmente,</p><p>as máquinas de escrever viraram, na grande maioria, objetos de colecionadores</p><p>e de museu.</p><p>As vantagens da utilização desse processo de impressão se relacionam</p><p>à densidade da tinta que não é diluída em álcool ou água e, assim, confere mais</p><p>qualidade à impressão. Isso é muito importante na produção de trabalhos</p><p>artísticos que exigem alta qualidade.</p><p>No século XIX, os tipos móveis começaram a ser substituídos pelo</p><p>linotipo, especialmente na produção de revistas, jornais e livros. No linotipo,</p><p>podemos construir linhas inteiras e que são fundidas de uma só vez.</p><p>Saiba mais</p><p>Para saber mais sobre o processo de impressão Tipografia, assista aos</p><p>vídeos disponíveis em: <https://www.youtube.com/watch?v=9W64dK9aszQ> e</p><p><https://www.youtube.com/watch?v=YzOhCiimbM0>. Acesso em: 27 jan. 2021.</p><p>TROCANDO IDEIAS</p><p>Nesta aula, vimos os principais processos de impressão. No entanto, há</p><p>outros processos que também são usados em dias atuais. Para ampliar seus</p><p>conhecimentos, pesquise por vídeos que mostrem como funciona o processo de</p><p>impressão híbrido.</p><p>18</p><p>NA PRÁTICA</p><p>Para ampliar os conhecimentos adquiridos nesta aula, propomos que</p><p>você, prezado(a) aluno(a), faça uma pesquisa com o propósito de conhecer os</p><p>seguintes processos:</p><p>1) Tampografia;</p><p>2) Água-forte;</p><p>3) Talho-doce;</p><p>É interessante que você diversifique os tipos de informações. Assim,</p><p>procure por informações em blogues, artigos em sites da internet e vídeos.</p><p>Por fim, elabore um pequeno texto que exponha as vantagens e</p><p>desvantagens de cada um dos processos de impressão pesquisados. Troque</p><p>com seus colegas para poder comparar as informações coletadas. Para tanto,</p><p>você pode utilizar os fóruns de discussão.</p><p>É muito importante que você faça essa atividade, pois ela enriquecerá seu</p><p>repertório acerca dos processos de impressão e isso será um diferencial em</p><p>termos de conhecimentos.</p><p>FINALIZANDO</p><p>Vimos, nesta aula, a importância de alguns dos mais difundidos e</p><p>utilizados métodos de impressão. É importante adquirir conhecimentos acerca</p><p>dos processos, pois, no universo da produção gráfica, é imprescindível definir de</p><p>antemão qual sistema de impressão é o mais adequado, considerando o tipo de</p><p>papel, as cores e os acabamentos que serão utilizados.</p><p>Cada um dos processos de impressão tratados nesta aula apresentam</p><p>vantagens e desvantagens. Alguns permitem a utilização com baixa tiragem de</p><p>impressos. Outros só compensam quando o número de impressos atinge e</p><p>ultrapassa a casa dos milhares.</p><p>Há processos que conferem grande qualidade ao resultado final e há</p><p>outros que permitem a utilização de diferentes suportes.</p><p>Diante desse universo com muitas variações, o profissional deve</p><p>selecionar aquele processo que oferece o melhor custo x benefício. Assim, o</p><p>cliente ficará satisfeito, pois terá em mãos um produto de qualidade, sem gastar</p><p>muito.</p><p>19</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BANN, David. Novo manual de produção gráfica. Porto Alegre: Bookman,</p><p>2012.</p><p>CAPELASSO, E. L.; NICODEMO, S.; MENEZES, Vinicius D.R. Produção</p><p>Gráfica: do projeto ao produto. São Paulo: Editora Senac, 2018.</p><p>MEGGS, P. B.; PURVIS, A. W. História do Design Gráfico. São Paulo: Cosac</p><p>Naify, 2009.</p><p>SILVA, C. Produção gráfica: novas tecnologias. São Paulo: Pancrom, 2008.</p><p>VILLAS-BOAS, A. Produção Gráfica para Designers. 3. ed. Rio de Janeiro:</p><p>Editora 2AB, 2008.</p>

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