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PRODUÇÃO GRÁFICA 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Humberto Costa 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Prezado(a) aluno(a), seja bem-vindo(a)! Esta aula expande o que foi 
inicialmente apresentado anteriormente. Em que tratamos de forma introdutória 
acerca dos principais processos de produção. Agora, vamos falar mais 
detidamente sobre eles. Nesta aula, trataremos dos seguintes processos: Offset, 
Flexografia, Rotogravura, Serigrafia e Tipografia. 
CONTEXTUALIZANDO 
Como vimos, no universo da Produção Gráfica, é imprescindível definir, 
antes de tudo, qual sistema de impressão é o mais adequado, considerando o 
tipo de papel, as cores, as tintas e os acabamentos que serão utilizados. Por isso 
é indispensável conhecer os processos de impressão para que tenhamos claro 
suas diferenças, assim como suas possibilidades e limitações. Isso tudo é 
indispensável para se alcançar o resultado ideal e satisfatório! 
A intenção nesta aula é tratar dos processos de impressão mais usados 
no mercado gráfico. Vamos tratar de suas particularidades e especificidades, 
buscando trazer informações para ajudá-lo a adquirir conhecimento acerca de 
um assunto de grande importância. 
TEMA 1 – OFFSET 
O Offset é o processo de impressão mais utilizado no segmento da 
Produção Gráfica. Esse processo favorece as demandas por grande quantidade 
de impressos (acima de 1000) e, de outro lado, torna-se praticamente inviável 
para demandas de baixa tiragem. Trata-se de um dos processos que aceita 
praticamente qualquer tipo de papel e alguns tipos de plástico, em especial o 
poliestireno (Villas-Boas, 2008). É também muito utilizado devido à alta 
qualidade dos materiais que são produzidos nesse sistema. 
O termo Offset origina-se da expressão latina offset litography que, se 
traduzido de forma literal, quer dizer “litografia fora do lugar”. Por ser derivado da 
Litografia, há uma relevância para essa significação. De outro lado, “é possível 
que o termo Offset tenha surgido do fato de não se utilizar matrizes metálicas ou 
relevográficas nesse processo de impressão” e há quem considere que “o prefixo 
off signifique ‘desligado’ e o sufixo set ‘espaço fechado’ (Caixa de Tipos). Sendo 
 
 
3 
assim, uma interpretação livre para o termo Offset seria: ‘desligado da caixa de 
tipos’” (Silva, 2008, p. 88). 
O processo de impressão Offset é uma evolução de outro processo de 
impressão chamado Linotipo. No linotipo, gravamos uma imagem em uma pedra 
e a transferimos para o papel mediante pressão exercida entre a pedra e o papel. 
Eis aqui o que chamamos de impressão direta. 
No sistema Offset, a impressão é indireta. Tudo começa com a parte mais 
característica desse processo: a blanqueta. Trata-se de uma chapa de borracha 
que circunda o cilindro intermediário (cilindro da blanqueta) que está entre a 
matriz e o suporte. Assim, a imagem que está na matriz (chapa) é transferida 
para um cilindro que está coberto com borracha (a blanqueta) e, então, para o 
suporte (papel, por exemplo). Em suma, podemos dizer que a matriz imprime a 
blanqueta e esta imprime o suporte. 
Figura 1 – Diagrama do mecanismo de funcionamento do Offset 
 
 
Como é possível notar, a partir da Figura 1, no sistema de impressão 
Offset, seis elementos são básicos: a blanqueta, a chapa, o suporte (papel ou 
outros), o cilindro de pressão, a água e a tinta. 
 
 
4 
A impressão no processo Offset acontece pela repulsão entre a água e a 
tinta gordurosa e, assim, não há a necessidade de relevo para que a tinta se 
assente nas áreas que devem ser impressas. Também, a umidade que está nas 
demais áreas impede que a tinta se espalhe e borre a imagem. Além disso, há a 
necessidade de regular a máquina impressora para que a quantidade de água, 
bem como de tinta, esteja adequada para que todo o mecanismo funcione 
satisfatoriamente (Silva, 2008). Nesse ponto, um bom impressor pode fazer a 
diferença entre um bom e um mau resultado. 
É importante ressaltar que a blanqueta é o fator relevante de qualidade da 
impressão final. Devidamente entintada, a chapa imprime a imagem na 
blanqueta que, por sua vez, transfere a imagem para o suporte, porque ele é 
pressionado contra a blanqueta. A imagem no suporte fica nítida dado ao fato de 
que a blanqueta também trata de conter qualquer excesso de tinta. A chapa, que 
está no cilindro porta-chapa, tem grande durabilidade, isso porque seu contato 
se dá com a superfície flexível da borracha. Já o suporte (geralmente o papel), 
resiste bem ao processo por não entrar em contato nem com a umidade, 
tampouco com a maior quantidade de tinta da chapa. Todo esse conjunto ajuda 
a conferir a qualidade que o processo de impressão Offset oferece ao resultado. 
Com relação à chapa, esta pode ser produzida por fotogravura e aqui se 
utiliza o fotolito. A chapa, que geralmente é feita de alumínio, é colocada no 
gravador ou prensa de contato, sob o fotolito. Após o tempo de exposição à luz, 
as imagens que estão presentes no fotolito são reproduzidas na chapa e essa 
parte é finalizada com a revelação. Na revelação, a chapa é banhada com 
químicos especiais que reagirão, formando área hidrófilas (atraem a umidade) e 
áreas lipófilas (atraem a gordura). Está na área lipófila as imagens que serão, de 
fato, impressas. Em outras palavras, as superfícies lipófilas atrairão a tinta (que 
é gordurosa) quando da impressão (Villas-Boas, 2008). 
As chapas também podem ser produzidas por gravação digital e aqui 
temos dois processos: o CtP (computer to plate) e o CtPress (computer to press). 
Ambos são sistemas mais sofisticados e mais caros. O sistema CtP usa chapas 
específicas, que são gravadas diretamente do arquivo digital por meio de feixes 
de laser. É importante colocar que podem ser produzidas chapas em CtP 
também para Rotogravura e Flexografia (falaremos na sequência). No sistema 
CtPress, o equipamento para a gravação das chapas está alojado na própria 
impressora. 
 
 
5 
As impressoras Offset podem ser planas ou rotativas. As planas utilizam 
folhas soltas. São comumente encontradas em gráficas pequenas e médias, 
uma vez que custam menos e requerem instalações menores. Já as impressoras 
rotativas utilizam bobinas de papel e geralmente são encontradas em grandes 
gráficas. As principais características desse tipo de impressora está na sua alta 
velocidade de impressão e a impressão frente-e-verso simultâneo. Também 
podem realizar certos acabamentos como refiles, dobras e certos tipos de 
encadernação. Tais características conferem grande velocidade ao processo de 
produção com a utilização de impressoras Offset rotativas. 
Com as inovações, há impressoras Offset que são capazes de imprimir 
até em quatro cores, de uma única vez, tal como mostra a Figura 2. Cada castelo 
(torre) é responsável por imprimir uma cor. Há impressoras mais modernas, 
compostas por 10 castelos que imprimem cores especiais e fazem acabamentos 
especiais, como aplicação de verniz localizado. 
Figura 2 – Impressora Offset com quatro castelos e com capacidade para 
imprimir 4 cores 
 
Créditos: Zefart/Shutterstock. 
 
 
 
 
 
 
6 
Saiba mais 
Para saber mais sobre o processo de impressão offset, assista ao vídeo 
disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NvmtlkOS3zE. Acesso em: 
27 jan. 2021. 
Em resumo, podemos dizer que o processo de impressão Offset 
possibilita alta resolução, alta qualidade, agilidade e grandes tiragens. Por tais 
características, esse processo é muito utilizado na produção gráfica, viabilizando 
a produção de diversos tipos de materiais promocionais e publicitários, tais como 
flyers, catálogos, folders, embalagens, cartazes etc. 
 TEMA 2 – FLEXOGRAFIA 
A Flexografia similar à que conhecemos hoje surgiu no começo do século 
XX, por meio dos fabricantes de máquinas Fischer & Krecke e Holweg, 
Windmoller & Holscher. Esses especialistas criaram novos elementos, tais como 
peças, tintas,bem como um dos principais elementos que possibilitou a 
flexografia: o fotopolímero (Villas-Boas, 2008). A flexografia é assim denominada 
porque consiste na impressão em diversos tipos de materiais flexíveis, tais como 
papéis, papelão ondulado, plásticos diversos, vidro e metal e não necessita de 
superfícies macias, como é o caso do Offset. 
A Flexografia é um processo de impressão relevográfica, isto é, trata-se 
de um processo de impressão que é realizado por meio de uma chapa que tem 
relevo e é constituída por uma borracha chamada cliché. Outro elemento 
importante é o anilox, que é dotado de pequenos sulcos nos quais a tinta é 
depositada e, assim, transferida do cilindro do tinteiro para o cilindro da borracha. 
A Figura 3 apresenta um esquema com os principais elementos que ilustram o 
funcionamento da Flexografia. 
A impressora flexográfica utiliza matrizes flexíveis, originalmente feitas de 
borracha (e nas últimas décadas, feitas de plástico). As borrachas apresentam 
as vantagens do custo mais acessível, alta durabilidade e podem ter formatos 
variados, o que facilita a adaptação em quaisquer máquinas (Silva, 2008). 
 
 
 
 
7 
Figura 3 – Diagrama do mecanismo de funcionamento da Flexografia 
 
 
Outra vantagem importante é que as impressoras flexográficas possuem 
várias etapas de acabamento, tais como a laminação, dobra, corte e colagem. 
Por exemplo, na fabricação de sacolas plásticas, tais como aquelas que são 
distribuídas no comércio em geral, a impressora imprime o plástico, faz a 
moldagem e a colagem (solda) e pode até finalizar com a montagem dos fardos 
para o transporte futuro. 
Com os diversos avanços ocorridos no processo de impressão 
flexográfico, faz-se necessário abordar tal processo de forma não genérica. 
Assim, podemos dizer que há uma divisão em três grandes grupos: Flexografia 
rudimentar, Flexografia convencional e Flexografia de última geração (Villas-
Boas, 2008). 
A Flexografia rudimentar está mais voltada a embalagens com a única 
função de conter um produto para estocagem ou transporte, tais como 
 
 
8 
maquinários industriais, materiais de construção, eletrodomésticos etc., e 
também pode ser utilizada na produção de materiais de baixo custo. 
A Flexografia convencional é a mais usada, no mundo inteiro, na produção 
de grandes tiragens, pois apresenta baixo custo em grandes tiragens, pode 
trabalhar com materiais diversos (com superfícies irregulares, flexíveis e 
tridimensionais) e oferece razoável qualidade de impressão para diversos tipos 
de projetos. Muitos projetos são realizados nesse processo de impressão. 
Podemos citar: embalagens de doces e balas, fitas, etiquetas, caixas, banners, 
rótulos de produtos de limpeza, produtos descartáveis como toalhas de papel, 
papel de presente e guardanapos, e sacolas plásticas que não demandam alta 
qualidade etc. A Figura 4 apresenta uma impressora flexográfica destinada à 
produção de etiqueta. 
Figura 4 – Impressora flexográfica sendo utilizada para a produção de etiquetas 
 
 
Créditos: Moreno Soppelsa/Shutterstock. 
A Flexografia de última geração é marcada por inovações que ocorreram 
com as matrizes, as tintas e os próprios equipamentos de impressão. O uso do 
CtP com feixes a laser para a gravação das matrizes tornou possível o uso 
massivo de retículas com excelente resolução. A substituição das borrachas 
planas pela forma cilíndrica foi outra importante inovação. Com isso, foi possível 
impressões mais precisas. 
 
 
9 
O desenvolvimento de tintas U.V. específicas para a Flexografia resolveu 
o problema da aquosidade e da baixa resistência das tintas, conferiu cores 
vibrantes aos impressos, meios-tons mais sutis e uma impressão com maior 
duração. Além disso, as impressoras flexográficas passaram por modificações 
sendo a mais relevante, a adoção do uso de cilindros porta-borracha que utiliza 
ar comprimido para soltar ou prender a matriz. Isso confere maior precisão ao 
processo, uma vez que a matriz fica exatamente no lugar. 
Saiba mais 
Para saber mais sobre a Flexografia, assista ao vídeo disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=sHyP1tdLyKE>. Acesso em: 27 jan. 2021. 
Para saber como é o dia a dia de um impressor flexográfico, ao vídeo 
disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=LsSotj1-EAE>. Acesso em: 
27 já. 2021. 
Quais as vantagens da impressão flexográfica? Leia este texto e 
descubra: <https://www.tiliform.com.br/flexografia-ou-rotogravura>. Acesso em: 
27 jan. 2021. 
Saiba mais sobre os benefícios da flexografia para a impressão de 
embalagens plásticas flexíveis: 
<https://mundodoplastico.plasticobrasil.com.br/gest-o/veja-os-benef-cios-da-
flexografia-para-impress-o-de-embalagens-pl-sticas-flex-veis>. Acesso em: 27 
jan. 2021. 
Com todos os avanços e as vantagens oferecidas pela Flexografia, esse 
processo de produção se tornou o mais utilizado na produção de rótulos e 
etiquetas. No Brasil, há um parque de impressão flexográfico de alta qualidade, 
capaz de competir com qualquer outra nação mundial. 
TEMA 3 – ROTOGRAVURA 
A Rotogravura é um processo encavográfico e utiliza uma matriz de baixo-
relevo. Foi Kark-Klick, artista, pesquisador e grande conhecedor de fotografia, 
quem criou esse processo de impressão (Silva, 2008). Em 1860, tendo por base 
suas pesquisas, Kark conclui que uma das formas possíveis de alterar os valores 
tonais era alterar a espessura das tintas impressas. O que motivou Kark foi a 
busca por uma técnica que fosse capaz de reproduzir ilustrações, pinturas e 
fotografias com riqueza de detalhes e variações de cores. 
 
 
10 
Esse processo consiste em uma impressão direta, com alimentação por 
bobina, possui alta velocidade de impressão e com qualidade uniforme. Algumas 
gráficas oferecem impressão em Rotogravura plana, sendo esse tipo de 
impressão voltada a impressos de luxo e livros de arte. Todavia, na impressão 
plana, o processo perde velocidade e, portanto, dificulta a possibilidade de se 
obter alta tiragem. 
Basicamente, na impressão rotográfica, o cilindro é constantemente 
entintado em toda a sua superfície e, em muitos casos, estão parcialmente 
imersos no repositório de tinta. Uma lâmina de aço, a racla, retira a tinta das 
áreas lisas do cilindro, mantendo a tinta apenas nos sulcos. A Figura 5 apresenta 
um diagrama do mecanismo de funcionamento da Rotogravura. 
Figura 5 – Diagrama do mecanismo de funcionamento da Rotogravura 
 
 
 
 
O processo de impressão Rotogravura é chamado de encavográfico 
porque a matriz está em baixo relevo e a imagem é gravada em um cilindro. Em 
outras palavras, o que deve ser impresso é formado por sulcos em baixo relevo 
na matriz (semelhante a alvéolos), que armazenam a tinta, que será transferida 
para o suporte por meio de forte pressão. Esse processo é o inverso do adotado 
na Flexografia (chapa em alto relevo). 
Alterando a profundidade dos alvéolos, altera-se a quantidade de tinta que 
ele carrega, e isso vai influenciar diretamente na definição da imagem. Assim, 
alvéolos rasos armazenam pouca tinta e alvéolos profundos e largos armazenam 
 
 
11 
mais tinta e são usados para imprimir cores escuras. Hoje em dia, podemos 
alterar, também, o tamanho dos alvéolos e isso vai melhorar a definição da 
imagem impressa, especialmente nas áreas de meio-tom. Veja o diagrama 
presente na Figura 6 para melhor compreender. 
Figura 6 – Alteração na profundidade e no tamanho dos alvéolos 
 
Na Figura 7, podemos ver uma impressora rotográfica. Atente-se para o 
cilindro que está imerso dentro do tinteiro e este está usando tinta na cor 
amarela. A secagem da tinta é muito rápida e se dá mediante a evaporação dos 
solventes. 
 
 
 
12 
Figura 7 – Diagrama do mecanismo de funcionamento da Rotogravura 
 
 
Créditos: Pavel L Photo and Video/Shutterstock. 
Se tivermos várias unidades, podemos imprimir em várias cores de uma 
única vez. Veja o diagramada presente na Figura 8. 
Figura 8 – Diagrama de impressão rotográfica em quatro cores 
 
 
 
 
A matriz, no processo de Rotogravura, pode ser gravada de duas formas: 
química ou eletrônica. A forma química é a mais antiga e a forma eletrônica mais 
recente e com grande aceitação, já que oferece melhor qualidade para os 
trabalhos. 
As vantagens de se usar a Rotogravura está na rápida secagem da tinta, 
na alta durabilidade da matriz que pode durar até 10 milhões de cópias e o fato 
de poder imprimir sobre qualquer suporte desde que seja flexível. 
 
 
13 
Financeiramente, a Rotogravura compensa quando empregada para produzir 
altas tiragens de materiais (milhões de impressos). 
A Rotogravura pode ser utilizada para imprimir: papéis em geral, cartões, 
azulejos, plásticos, tecidos, cortinas, alumínio, papéis de parede, papéis-toalha, 
toalhas de mesa, envoltórios, vinis, revestimentos de pisos. Também devemos 
considerar que a Rotogravura é muito requisitada no setor de embalagens para 
produzir embalagens flexíveis, cartonagens, dobráveis, papéis de diferentes 
tipos, cartonagens, adesivos, películas diversas e folhas de rótulos. 
Saiba mais 
Para saber mais sobre a Rotogravura, assista aos vídeos disponíveis em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=2_Uw2ZcZ_as> e 
<https://www.youtube.com/watch?v=Z4uym-gJvec>. Acesso em: 27 jan. 2021. 
TEMA 4 – SERIGRAFIA 
De acordo com os historiadores, a técnica de uso de estênceis para gravar 
algo foi inventada pelos antigos egípcios e, mais tarde, tal técnica foi utilizada 
pelos chineses (Silva, 2008). A Serigrafia, originada dos estênceis, é um 
processo permeográfico, também conhecida como silkscreen. No início, a tela 
usada no processo era feita de seda e daí deriva o nome silkscreen printing. A 
Serigrafia, tal como conhecemos hoje, surgiu no século XX e no Brasil, tal 
processo ganhou expressão a partir de 1970 (Villas-Boas, 2008). 
A Serigrafia foi popularizada especialmente pelas gráficas de médio e 
pequeno porte. Isso porque o processo é relativamente barato, permite 
pequenas tiragens e pode utilizar diversos suportes, tais como: tecido, papel, 
laminados plásticos, lonas, laminados rígidos, metais, vidro, cerâmica etc. Além 
do mais, outra grande vantagem da Serigrafia está na diversidade de tipos, 
texturas e densidades de tintas, o que favorece enormemente a variação de 
projetos. 
Para imprimir algo, temos de fazer a tinta vazar pela tela com o uso de 
pressão. Para tanto, utilizamos um rodo ou puxador (ver Figura 9). A tela (ou 
matriz serigráfica) é esticada em um bastidor de madeira, aço ou alumínio 
(quadro). 
Figura 9 – O puxador com tinta, pronto para ser utilizado por sobre a tela 
serigráfica 
 
 
14 
 
Créditos: Emerson Andre/Shutterstock. 
A Figura 10 apresenta uma tela gravada, pronta para receber a tinta e ser 
utilizada em um suporte (no caso da foto, tecido). 
A gravação da matriz ocorre pela fotossensibilidade. Em uma tela de 
náilon, aplica-se uma emulsão fotossensível. A seguir, um fotolito é colocado 
sobre a tela e esta é exposta à luz. Nos locais em que a luz não agir, teremos a 
área de grafismo, ou seja, o local por onde a tinta vai passar e se fixar no suporte. 
A qualidade da reprodução está ligada à densidade da trama do náilon 
utilizada na tela. Quanto mais densa for a tela, mais cara ela será e maior poderá 
ser a qualidade do produto final. O contrário também se aplica, ou seja, quanto 
menos densa for a tela de náilon, mais barata ela será e menor será a definição 
obtida. Outros fatores importantes e que influenciam muito na qualidade do 
trabalho é a qualificação do impressor, a qualidade dos equipamentos e o original 
a ser impresso. 
Figura 10 – A tela utilizada no processo de impressão Serigrafia 
 
 
Créditos: Odua Images/Shutterstock. 
 
Na Figura 11 podemos ver o trabalho de um impressor serigráfico. Note 
que as camisetas em tecido estão em uma mesa e sobre a camiseta vai a tela. 
 
 
15 
Então, com a ajuda do puxador, o impressor transfere a tinta para o suporte 
(camiseta). É importante ter em mente que o processo permite a impressão de 
uma cor por vez. Assim, várias cores demandarão várias telas e várias 
passagens. 
Figura 11 – O trabalho de um impressor serigráfico 
 
Créditos: Edusma7256/Shutterstock. 
 
Alguns avanços tecnológicos, como o desenvolvimento de novas tintas, 
softwares de computador específicos para a projetação de layouts serigráficos e 
a presença de vários processos informatizados para a gravação das telas 
impulsionaram esse processo de impressão. Ademais, o emprego do CtS 
(computer to screen) que permite a gravação da tela diretamente do arquivo 
digital e elimina o uso do fotolito, foi um grande avanço. 
Toda essa versatilidade permite a produção de diferentes produtos: 
camisetas promocionais, display de pontos de venda, brindes em geral, cartazes, 
faixas, elementos de sinalização, circuitos térmicos, circuitos eletrônicos, 
decoração de azulejos, capas de livros, capas de brochuras etc. 
No geral, devemos esperar um resultado mediano quando optamos pela 
Serigrafia. No entanto, isso é muito relativo, caso estejamos trabalhando com 
uma gráfica de ponta e que utiliza equipamentos atualizados. O fator mais 
importante a ser levado em conta é a tiragem e o tipo de suporte que receberá a 
impressão. Conforme for o caso, esse método de impressão oferecerá 
resultados e custos satisfatórios. 
 
 
 
 
16 
Saiba mais 
Para saber mais sobre Serigrafia ou silkscreen, assista aos vídeos 
disponíveis em: <https://www.youtube.com/watch?v=Y_nbbf0LHMM> e 
<https://www.youtube.com/watch?v=VesLrLQ5pog>. Acesso em: 27 jan. 
TEMA 5 – TIPOGRAFIA 
A Tipografia é outro processo de impressão relevográfico e, em essência, 
foi o processo criado por Gutenberg no século XV. Por quase cinco séculos, foi 
o principal processo de impressão utilizado. Começou a perder espaço para o 
processo Offset a partir dos anos de 1940 e, no Brasil, a partir de 1970 (Villas-
Boas, 2008). 
Trata-se de uma técnica de impressão que é ainda muito utilizada em 
gráficas de baixo custo, na confecção de impressos padronizados, tais como 
notas fiscais, formulários, talões de pedidos, peças gráficas com pouco texto (ex. 
convites e cartões de visita). É cada vez menos utilizada para produzir 
embalagens e livros. 
Na Tipografia, a matriz (chamada de rama) é formada for tipos móveis que 
contém um caractere em relevo em cada um deles, tal como podemos ver na 
Figura 12. Os tipos móveis são confeccionados em chumbo, bronze ou em latão, 
de modo tal que a área a ser impressa fica em alto relevo. Colocados lado a lado, 
os tipos formam aquilo que será impresso (matriz). 
Figura 12 – Tipos móveis 
 
Créditos: Spr/Shutterstock. 
Uma vez que a matriz está montada, ela será entintada. Usa-se uma tinta 
pastosa com o propósito de evitar respingos no suporte. A seguir, a matiz é 
prensada contra o suporte e temos, então, o resultado do trabalho. 
 
 
17 
A Tipografia permite apenas a impressão de uma cor. Por isso, tal 
processo é muito utilizado para a produção de textos ou de ilustrações de traços 
contínuos e simples. Além disso, trata-se de um processo lento, uma vez que, 
para preparar a matriz, é necessário arranjar os tipos móveis um a um. Imagine 
o trabalho que uma pequena alteração no texto pode causar no processo! Outro 
fator importante é que as tiragens não são altas devido ao processo de 
preparação. 
A Tipografia tem um valor histórico imenso. Foi o processo de impressão 
que viabilizou a popularização de livros e de jornais, uma vez que foi possível a 
impressão em escala praticamente industrial. Lembre-se, antes da invenção de 
Gutenberg, os livros eram, praticamente, feitos à mão (copiados à mão). 
Só a título de comparação e para quem conhece, as antigas máquinas de 
escrever utilizavam tipos. Ao digitar um caractere, este é projetado contra uma 
fita e ambosentram em contato com o papel para imprimir o caractere. Assim, 
toque a toque, tipo a tipo, os textos eram impressos naquela época. Atualmente, 
as máquinas de escrever viraram, na grande maioria, objetos de colecionadores 
e de museu. 
As vantagens da utilização desse processo de impressão se relacionam 
à densidade da tinta que não é diluída em álcool ou água e, assim, confere mais 
qualidade à impressão. Isso é muito importante na produção de trabalhos 
artísticos que exigem alta qualidade. 
No século XIX, os tipos móveis começaram a ser substituídos pelo 
linotipo, especialmente na produção de revistas, jornais e livros. No linotipo, 
podemos construir linhas inteiras e que são fundidas de uma só vez. 
Saiba mais 
Para saber mais sobre o processo de impressão Tipografia, assista aos 
vídeos disponíveis em: <https://www.youtube.com/watch?v=9W64dK9aszQ> e 
<https://www.youtube.com/watch?v=YzOhCiimbM0>. Acesso em: 27 jan. 2021. 
TROCANDO IDEIAS 
Nesta aula, vimos os principais processos de impressão. No entanto, há 
outros processos que também são usados em dias atuais. Para ampliar seus 
conhecimentos, pesquise por vídeos que mostrem como funciona o processo de 
impressão híbrido. 
 
 
18 
NA PRÁTICA 
Para ampliar os conhecimentos adquiridos nesta aula, propomos que 
você, prezado(a) aluno(a), faça uma pesquisa com o propósito de conhecer os 
seguintes processos: 
1) Tampografia; 
2) Água-forte; 
3) Talho-doce; 
É interessante que você diversifique os tipos de informações. Assim, 
procure por informações em blogues, artigos em sites da internet e vídeos. 
Por fim, elabore um pequeno texto que exponha as vantagens e 
desvantagens de cada um dos processos de impressão pesquisados. Troque 
com seus colegas para poder comparar as informações coletadas. Para tanto, 
você pode utilizar os fóruns de discussão. 
É muito importante que você faça essa atividade, pois ela enriquecerá seu 
repertório acerca dos processos de impressão e isso será um diferencial em 
termos de conhecimentos. 
FINALIZANDO 
Vimos, nesta aula, a importância de alguns dos mais difundidos e 
utilizados métodos de impressão. É importante adquirir conhecimentos acerca 
dos processos, pois, no universo da produção gráfica, é imprescindível definir de 
antemão qual sistema de impressão é o mais adequado, considerando o tipo de 
papel, as cores e os acabamentos que serão utilizados. 
Cada um dos processos de impressão tratados nesta aula apresentam 
vantagens e desvantagens. Alguns permitem a utilização com baixa tiragem de 
impressos. Outros só compensam quando o número de impressos atinge e 
ultrapassa a casa dos milhares. 
Há processos que conferem grande qualidade ao resultado final e há 
outros que permitem a utilização de diferentes suportes. 
Diante desse universo com muitas variações, o profissional deve 
selecionar aquele processo que oferece o melhor custo x benefício. Assim, o 
cliente ficará satisfeito, pois terá em mãos um produto de qualidade, sem gastar 
muito. 
 
 
19 
 
REFERÊNCIAS 
BANN, David. Novo manual de produção gráfica. Porto Alegre: Bookman, 
2012. 
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