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<p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>1</p><p>1</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>2</p><p>Sumário</p><p>Introdução ........................................................................................................................................... 3</p><p>Manifestações patológicas – conceitos ....................................................................... 4</p><p>Causas das manifestações patológicas ...................................................................... 6</p><p>Análise de riscos em alvenaria ............................................................................................ 7</p><p>Belgo Murfor® como solução preventina ...................................................................... 9</p><p>Vegas e contra-vegas ..............................................................................................................12</p><p>Deformações Verticais ............................................................................................................. 14</p><p>Ação do vento e cargas laterais ....................................................................................... 15</p><p>Variações volumétricas e acomodações do terreno ......................................... 17</p><p>Cargas concentradas .............................................................................................................. 18</p><p>Instalação do Belgo Murfor® ................................................................................................ 19</p><p>Benefícios da Utilização do Belgo Murfor® em caso prático ........................ 22</p><p>Fechamento .................................................................................................................................... 24</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>3</p><p>Introdução</p><p>Neste curso, vamos abordar de forma abrangente e prática estratégias</p><p>para prevenir problemas comuns que afetam a estabilidade das alve-</p><p>narias e sua vida útil.</p><p>Nosso foco serão as manifestações patológicas, o que são, quais as</p><p>causas e, principalmente, como podemos minimizar seu aparecimento</p><p>mesmo antes de começar a construção.</p><p>Bons estudos!</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>4</p><p>Manifestações patológicas –</p><p>conceitos</p><p>As manifestações patológicas são anomalias que ocorrem nas estru-</p><p>turas devido a falhas de projeto, execução, uso ou manutenção.</p><p>Elas podem comprometer a durabilidade, a estabilidade e a funciona-</p><p>lidade das edificações, causando prejuízos econômicos, sociais e am-</p><p>bientais.</p><p>Alguns exemplos de manifestações patológicas que podemos menci-</p><p>onar em alvenarias são: fissuras, trincas, rachaduras, desplacamentos,</p><p>eflorescências, umidade, bolor, entre outros.</p><p>Rachaduras</p><p>Desplacamento</p><p>Eflorescências</p><p>Umidade</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>5</p><p>As manifestações patológicas em alvenarias podem ter diversas ori-</p><p>gens, como: movimentações térmicas, higroscópicas ou estruturais,</p><p>retração ou expansão dos materiais, sobrecargas, cargas de vento,</p><p>ataques químicos ou biológicos, infiltrações, corrosão, entre outras.</p><p>Cada tipo de manifestação patológica tem características próprias</p><p>que permitem identificar a sua causa e a sua gravidade.</p><p>Por isso, é importante fazer uma avaliação técnica das manifestações</p><p>patológicas para diagnosticar o problema e propor a solução ade-</p><p>quada.</p><p>Uma alvenaria comprometida por manifestações patológicas não</p><p>apenas compromete a estética do projeto, mas também pode resultar</p><p>em custos elevados de reparo e, em casos mais extremos, na necessi-</p><p>dade de reconstrução. Isso destaca a importância fundamental de en-</p><p>tender e abordar essas manifestações desde as fases iniciais de um</p><p>projeto.</p><p>Mas saiba que as manifestações patológicas em alvenarias podem ser</p><p>evitadas ou minimizadas com um bom planejamento, projeto, execu-</p><p>ção e manutenção das obras, seguindo as normas técnicas e as boas</p><p>práticas da construção civil.</p><p>Além disso, é recomendável fazer uma inspeção periódica das edifica-</p><p>ções para detectar e corrigir as anomalias antes que elas se agravem</p><p>e comprometam a segurança e o desempenho das estruturas.</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>6</p><p>Causas das manifestações</p><p>patológicas</p><p>As causas das manifestações patológicas em alvenarias podem ser</p><p>classificadas em quatro grupos:</p><p>- Ação da umidade,</p><p>- Variações térmicas,</p><p>- Ação do vento,</p><p>- Erros de projeto e execução.</p><p>Vamos ver cada uma delas em detalhes:</p><p>Em relação à ação da umidade, podemos falar que a umidade é uma</p><p>das principais vilãs quando se trata de manifestações patológicas em</p><p>alvenarias. Ela pode vir de fontes externas, como chuva, infiltração ou</p><p>lençol freático, ou de fontes internas, como vazamentos, condensação</p><p>ou uso inadequado.</p><p>A umidade pode provocar danos como eflorescências, bolor, manchas,</p><p>descolamento de revestimentos, corrosão de armaduras, entre outros.</p><p>Para evitar ou corrigir esses problemas, é preciso impermeabilizar as</p><p>alvenarias, fazer uma boa drenagem do solo, usar materiais adequa-</p><p>dos e resistentes à umidade, consertar os vazamentos e ventilar os</p><p>ambientes.</p><p>Em relação às variações térmicas, especialmente em regiões com cli-</p><p>mas extremos, exercem pressões significativas sobre as estruturas de</p><p>alvenaria.</p><p>A expansão e contração resultantes das mudanças de temperatura</p><p>podem levar à formação de fissuras e trincas.</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>7</p><p>Esses danos estruturais podem comprometer a integridade da alvena-</p><p>ria ao longo do tempo, impactando diretamente na durabilidade da</p><p>estrutura.</p><p>Já a exposição prolongada a ventos fortes pode ser uma fonte adici-</p><p>onal de estresse para as alvenarias.</p><p>A pressão do vento sobre as fachadas pode levar a deformações e mo-</p><p>vimentos indesejados na estrutura. Esse efeito, quando combinado</p><p>com outras variáveis, pode resultar em manifestações patológicas,</p><p>como deslocamento de elementos de alvenaria e aumento da vulne-</p><p>rabilidade às intempéries.</p><p>Agora, uma das causas mais significativas de manifestações patoló-</p><p>gicas está relacionada a erros durante as fases de projeto e execu-</p><p>ção.</p><p>Deficiências no dimensionamento estrutural, escolha inadequada de</p><p>materiais, falta de compatibilidade entre diferentes elementos cons-</p><p>trutivos e negligência nas práticas construtivas são exemplos de equí-</p><p>vocos que podem comprometer a qualidade da alvenaria.</p><p>Tais erros podem se manifestar ao longo do tempo, resultando em pro-</p><p>blemas que vão desde fissuras até colapsos estruturais.</p><p>Em conjunto, esses fatores destacam a importância de abordar a pre-</p><p>venção de manifestações patológicas, considerando tanto aspectos</p><p>de projeto quanto condições ambientais.</p><p>Análise de riscos em alvenaria</p><p>A análise de riscos em alvenarias é um processo que visa prevenir, de-</p><p>tectar e corrigir as anomalias que podem comprometer a durabilidade,</p><p>a estabilidade e a funcionalidade das edificações.</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>8</p><p>Ela envolve duas etapas principais: a identificação de áreas suscetíveis</p><p>a manifestações patológicas e a avaliação de condições ambientais.</p><p>Vamos ver cada uma delas em detalhes:</p><p>A primeira etapa na análise de riscos é a identificação de áreas que</p><p>são mais propensas a desenvolver manifestações patológicas.</p><p>Isso envolve uma avaliação cuidadosa da geometria da estrutura, ma-</p><p>teriais utilizados e condições ambientais locais.</p><p>Pontos críticos, como cantos, encontros de diferentes materiais e regi-</p><p>ões expostas à umidade, merecem atenção especial. Fissuras nesses</p><p>locais podem indicar possíveis problemas estruturais.</p><p>Além disso, é preciso veri-</p><p>ficar se as alvenarias es-</p><p>tão de acordo com as nor-</p><p>mas técnicas e as boas</p><p>práticas da construção</p><p>ci-</p><p>vil, como o dimensiona-</p><p>mento, a amarração, a</p><p>impermeabilização, a ven-</p><p>tilação, entre outros.</p><p>Caso sejam encontradas irregularidades, é preciso corrigi-las o quanto</p><p>antes, para evitar que se agravem e causem problemas maiores.</p><p>A segunda parte da análise de riscos está relacionada à avaliação das</p><p>condições ambientais. Fatores como o clima da região, exposição ao</p><p>sol, intensidade das chuvas e a proximidade de corpos d'água podem</p><p>influenciar diretamente na saúde das alvenarias.</p><p>Regiões com histórico de ventos intensos ou grandes variações térmi-</p><p>cas exigem uma análise mais detalhada, uma vez que essas condições</p><p>podem acelerar o desgaste e contribuir para o surgimento de mani-</p><p>festações patológicas.</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>9</p><p>Esses fatores podem provocar movimentações, deformações, desgas-</p><p>tes, ataques, entre outros, nas alvenarias, comprometendo a sua inte-</p><p>gridade e desempenho.</p><p>Para evitar ou minimizar esses efeitos, é preciso escolher materiais</p><p>adequados e resistentes às condições ambientais, fazer uma boa pro-</p><p>teção e isolamento das alvenarias, usar juntas de dilatação e de veda-</p><p>ção, fazer uma boa manutenção e limpeza das alvenarias, entre outras</p><p>ações.</p><p>Também é essencial envolver profissionais qualificados nesse pro-</p><p>cesso, como engenheiros estruturais e especialistas em patologias</p><p>construtivas.</p><p>Ferramentas de análise de riscos, como inspeções visuais e instrumen-</p><p>tação, também desempenham um papel crucial nessa fase.</p><p>Entender as áreas suscetíveis e as condições ambientais permite an-</p><p>tecipar potenciais problemas, implementando medidas preventivas</p><p>antes que manifestações patológicas se tornem sérias.</p><p>Belgo Murfor® como solução</p><p>preventina</p><p>O Belgo Murfor® é muito mais do que um simples reforço para alvena-</p><p>rias; é uma tecnologia projetada para enfrentar os desafios específicos</p><p>que as estruturas enfrentam ao longo do tempo.</p><p>Consiste em uma malha de fibra de vidro revestida com uma película</p><p>especial, oferecendo resistência mecânica e durabilidade excepcio-</p><p>nais.</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>10</p><p>Trata-se de uma armadura pré-fabricada de aço</p><p>galvanizado, que é colocada na argamassa de</p><p>união horizontal entre as camadas de blocos ou ti-</p><p>jolos.</p><p>Ela funciona como um reforço estrutural para as al-</p><p>venarias, aumentando a resistência à tração, à fle-</p><p>xão e ao cisalhamento.</p><p>O Belgo Murfor® é produzido pela Belgo Arames,</p><p>empresa líder no mercado de arames e soluções</p><p>para a construção civil.</p><p>É uma treliça plana galvanizada composta por dois fios de aço longi-</p><p>tudinais com diâmetro de 4,0 mm, dispostos de forma paralela e sepa-</p><p>rados por um fio em formato de sinusóide com diâmetro de 3,75 mm.</p><p>Esses elementos são eletrossoldados em todos os pontos de contato,</p><p>resultando em um plano único. Para proporcionar uma aderência mais</p><p>eficaz à argamassa, os fios longitudinais possuem uma superfície re-</p><p>cartilhada ou rugosa.</p><p>Essa treliça é totalmente plana devido ao processo de eletrossolda-</p><p>gem, e os pontos de solda são internos. Cada peça possui um compri-</p><p>mento de 3,05 metros. Os fios são galvanizados a fogo, garantindo uma</p><p>gramatura mínima de zinco de 70 g/m².</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>11</p><p>O uso do Belgo Murfor® traz vários benefícios para a prevenção de fis-</p><p>suras nas alvenarias, que são as anomalias mais comuns e indesejá-</p><p>veis nas construções.</p><p>As fissuras podem ser causadas por diversos fatores, como variações</p><p>térmicas, movimentações estruturais, sobrecargas, retração dos ma-</p><p>teriais, entre outros.</p><p>Elas podem ainda comprometer a estética, a funcionalidade e a dura-</p><p>bilidade das edificações, além de facilitar a entrada de umidade,</p><p>agentes químicos e biológicos, que podem causar outros danos.</p><p>Geralmente, as fissuras aparecem nas paredes, que são elementos ca-</p><p>racterizados pela rigidez e baixa capacidade de deformação. Em situ-</p><p>ações em que vigas ou lajes sofrem deformações significativas, elas</p><p>podem induzir níveis elevados de tensão nas paredes, resultando no</p><p>surgimento de fissuras.</p><p>Ao reforçar as paredes com treliças Belgo Murfor®, é possível alcançar</p><p>um desempenho estrutural aprimorado, reduzindo a ocorrência e a in-</p><p>tensidade dessas fissuras. Fissuras comuns, como aquelas a 45°, que</p><p>frequentemente se formam nas quinas dos vãos de janelas e portas,</p><p>podem ser minimizadas com o uso de Belgo Murfor®.</p><p>A inserção de Murfor® nas juntas horizontais de assentamento é uma</p><p>estratégia eficaz para melhorar significativamente o desempenho de</p><p>paredes e muros.</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>12</p><p>O Belgo Murfor® evita ou minimiza as fissuras nas alvenarias, pois dis-</p><p>tribui as tensões e as deformações nos elementos, absorve as movi-</p><p>mentações e os choques, e confere maior rigidez e estabilidade às es-</p><p>truturas.</p><p>Além disso, é fácil de aplicar, pois é uma treliça totalmente plana, com</p><p>pontos de solda internos, que não altera o padrão da alvenaria. Tam-</p><p>bém é econômico, pois reduz o consumo de materiais, o tempo de exe-</p><p>cução e a mão de obra.</p><p>Pode ser usado em diversos tipos de alvenarias, como de vedação, es-</p><p>trutural, armada, racionalizada, entre outras.</p><p>Também pode ser usado na construção de vergas, contra-vergas, cin-</p><p>tas, pilaretes, entre outros elementos como veremos a seguir.</p><p>Vegas e contra-vegas</p><p>Ao utilizar o Belgo Murfor® para substituir as vergas e contravergas con-</p><p>vencionais, observamos um significativo benefício na racionalização</p><p>dos processos construtivos. Isso simplifica e agiliza a execução, propor-</p><p>cionando ganhos em eficiência e economia de tempo.</p><p>Para garantir o suporte adequado aos esfor-</p><p>ços de tração e cisalhamento acima da</p><p>abertura, é recomendado o reforço com duas</p><p>treliças Belgo Murfor®. É fundamental ter, pelo</p><p>menos, três fiadas de blocos nessa parte da</p><p>estrutura para assegurar a eficácia desse re-</p><p>forço.</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>13</p><p>Ao lidar com vergas, é essencial prestar atenção ao tempo de escora-</p><p>mento, onde a argamassa deve garantir uma aderência sólida entre o</p><p>bloco e a treliça quando submetidos à flexão. Nas contravergas de ja-</p><p>nelas, a aplicação de duas treliças, uma na altura do peitoril e outra na</p><p>junta inferior, é uma prática recomendada.</p><p>Além do desempenho satisfatório, a utilização do Belgo Murfor® cria</p><p>uma parede com estética otimizada e uniformidade de materiais. Isso</p><p>significa uma estrutura sem vigas aparentes, constituída por materiais</p><p>com comportamento mecânico semelhante.</p><p>Vale destacar que é muito importante garantir um controle de quali-</p><p>dade rigoroso, incluindo uniformidade de recobrimento de argamassa,</p><p>adequação da largura do Belgo Murfor® em relação às paredes dos</p><p>blocos vazados, preenchimento de juntas verticais, e seguimento das</p><p>recomendações de ancoragem mínima de 50 cm para cada lado da</p><p>abertura.</p><p>Quando isso não for possível em função da existência de pilares ou in-</p><p>terferências estruturais, deve-se combinar tela de amarração ao Belgo</p><p>Murfor® solidarizados na mesma junta de assentamento através do</p><p>traspasse de pelo menos 30 cm.</p><p>Lembrando que nas vergas e contravergas, o Belgo Murfor® não deve</p><p>ser dobrado ou emendado. Caso existam falhas nesse quesito, reco-</p><p>menda-se o enchimento dos blocos nessa região para garantir uma</p><p>cobertura completa de argamassa das treliças.</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>14</p><p>Deformações Verticais</p><p>Você sabe o que é o efeito arco em paredes de alvenaria estrutural,</p><p>como ele ocorre, quais são as suas consequências e como evitá-lo?</p><p>Quando lidamos com paredes que possuem grandes extensões, ou em</p><p>situações em que ocorre deformação excessiva na estrutura de apoio,</p><p>é comum observar o surgimento do efeito arco.</p><p>Esse fenômeno pode comprometer a integridade da</p><p>construção e levar à formação de fissuras.</p><p>Isso acontece porque</p><p>a interação entre a viga de concreto</p><p>armado e a parede de alvenaria causa uma deformação</p><p>na viga, fazendo com que ela se desligue da parede na</p><p>região central do vão. Assim, a ação da parede sobre a</p><p>viga se concentra próximo aos apoios, gerando tensões</p><p>de compressão elevadas nessas áreas.</p><p>A principal consequência do efeito arco é a redistribuição de cargas e</p><p>esforços na estrutura, que pode não corresponder ao que foi previsto</p><p>no projeto. Isso pode causar o aparecimento de fissuras inclinadas nos</p><p>cantos inferiores da alvenaria, próximos às regiões de apoio, devido à</p><p>concentração de tensões de compressão. Essas fissuras podem com-</p><p>prometer a estética, a durabilidade e a segurança da estrutura.</p><p>Para evitar esse problema, utilizamos o Belgo</p><p>Murfor® nas juntas horizontais. Essa tecnologia atua</p><p>como tirantes, proporcionando maior estabilidade</p><p>à estrutura e impedindo a formação de fissuras in-</p><p>desejadas.</p><p>Vamos analisar alguns exemplos práticos de estru-</p><p>turas de apoio deformáveis. As vigas e lajes de edi-</p><p>fícios de múltiplos andares que suportam paredes</p><p>de vedações são um caso clássico.</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>15</p><p>Além disso, as vigas baldrames de casas térreas ou de muros divisórios</p><p>também são suscetíveis a deformações, especialmente em situações</p><p>de carga elevada.</p><p>Ao incorporar o Belgo Murfor® nas juntas horizontais das estruturas, ob-</p><p>temos benefícios significativos. Além de prevenir o efeito arco e fissu-</p><p>ras, essa solução contribui para a durabilidade e a segurança da cons-</p><p>trução.</p><p>Compreender as deformações verticais em estruturas é essencial para</p><p>garantir a durabilidade e a segurança das construções. O Belgo Murfor®</p><p>surge como uma ferramenta valiosa na prevenção de problemas</p><p>como o efeito arco, proporcionando soluções eficazes e duradouras.</p><p>Ação do vento e cargas laterais</p><p>O vento é um fenômeno natural que pode causar efeitos de</p><p>pressão ou sucção nas superfícies externas das edificações,</p><p>dependendo da sua direção, velocidade e forma da constru-</p><p>ção. Esses efeitos podem gerar esforços de tração e com-</p><p>pressão nas paredes, que tendem a se deformar ou se romper</p><p>sob a ação do vento.</p><p>Além do vento, existem outras cargas laterais que podem atuar nas</p><p>paredes de alvenaria, como por exemplo, o empuxo do solo em pare-</p><p>des de porões, a pressão da água em piscinas ou a carga de materiais</p><p>armazenados em baias.</p><p>Para que as paredes de alvenaria aguentem bem a pressão, é impor-</p><p>tante que elas consigam suportar os esforços laterais. Isso é chamado</p><p>de momentos fletores horizontais, que são como a soma dos esforços</p><p>de um lado da parede.</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>16</p><p>Quando isso acontece, um lado da parede é "esticado" e o outro é "es-</p><p>premido". Se a parede não for forte o suficiente para aguentar essa</p><p>pressão, ela pode ter rachaduras, ficar torta ou até mesmo cair.</p><p>Para enfrentar esses desafios, a alvenaria precisa de um aumento de</p><p>resistência ao momento fletor horizontal. É aí que entra o Belgo Murfor®.</p><p>Esse método proporciona a resistência necessária para lidar com as</p><p>cargas laterais, permitindo não apenas a resistência ao vento, mas</p><p>também a racionalização das cintas e pilaretes. Isso é especialmente</p><p>útil em alvenarias de vedação de galpões, onde a altura das paredes</p><p>pode ser um desafio.</p><p>Lembrando que o Belgo Murfor® não se limita apenas à resistência ao</p><p>vento. Ele é uma solução versátil que pode ser aplicada em diversas</p><p>situações, como paredes sujeitas a carregamentos laterais em porões,</p><p>piscinas ou baias de armazenamento. Essa versatilidade amplia as</p><p>possibilidades de utilização desse método inovador.</p><p>Vale destacar que um dos benefícios notáveis do Belgo Murfor® é a ca-</p><p>pacidade de viabilizar a construção de paredes mais altas. Isso não</p><p>apenas atende às demandas estéticas e funcionais, mas também oti-</p><p>miza a estrutura, contribuindo para uma construção mais eficiente.</p><p>De qualquer forma, é muito importante destacar que, em todos os ca-</p><p>sos mencionados, a aplicação do Belgo Murfor® requer uma avaliação</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>17</p><p>rigorosa pela Engenharia de Cálculo Estrutural. Cada projeto é único, e</p><p>a integração dessa solução deve ser cuidadosamente planejada para</p><p>garantir resultados seguros e duradouros.</p><p>Variações volumétricas e</p><p>acomodações do terreno</p><p>Blocos e argamassas experimentam variações dimensionais devido a</p><p>mudanças de temperatura e umidade.</p><p>Esse fenômeno, conhecido como higroscopia, torna-se mais perceptí-</p><p>vel em paredes com mais de 5 metros de comprimento.</p><p>Em paredes externas, sugere-se aplicar o Belgo Murfor® a cada duas</p><p>fiadas, enquanto nas internas a recomendação é a cada três fiadas.</p><p>Essa medida visa minimizar ou mesmo evitar a formação de fissuras,</p><p>ao mesmo tempo em que aumenta o espaçamento entre as juntas de</p><p>movimentação.</p><p>Esse conceito é especialmente relevante em muros divisórios, onde a</p><p>escolha do espaçamento das juntas é crucial e depende da espessura</p><p>da parede, do tipo de bloco utilizado e do número de reforços Belgo</p><p>Murfor® incorporados.</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>18</p><p>Quando a fundação da construção é superficial, aco-</p><p>modações do terreno podem gerar tensões de tração</p><p>nas paredes, resultando em fissuras.</p><p>O Belgo Murfor® desempenha um papel fundamental</p><p>ao permitir que as paredes absorvam essas tensões,</p><p>oferecendo uma solução eficaz para situações em</p><p>que a fundação está sujeita a movimentações dife-</p><p>renciais.</p><p>O conceito de absorção de tensões pelo Belgo Murfor® é especialmente</p><p>relevante em muros divisórios com fundação rasa, onde as movimen-</p><p>tações diferenciais do terreno podem ser mais significativas.</p><p>Incorporar o Belgo Murfor® nesses casos contribui não apenas para a</p><p>estabilidade, mas também para a durabilidade dessas estruturas.</p><p>Um ponto importante: a distância entre juntas de movimentação pode</p><p>variar dependendo de diversos fatores, como espessura da parede,</p><p>tipo de bloco e número de reforços.</p><p>A consulta a profissionais da Engenharia Civil é essencial para uma im-</p><p>plementação eficaz e segura.</p><p>Cargas concentradas</p><p>Paredes com apoios de cargas específicas podem enfrentar grandes</p><p>tensões localizadas, o que pode comprometer a estrutura da alvenaria</p><p>e levar à formação de fissuras.</p><p>Essas cargas específicas geram tensões localizadas, podendo com-</p><p>prometer a integridade da alvenaria e resultar em fissuras. Mas como</p><p>podemos lidar com esse problema? É aqui que entra o Belgo Murfor®.</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>19</p><p>Vamos explorar alguns exemplos práticos de cargas concentra-</p><p>das que encontramos em construções cotidianas.</p><p>Um caso clássico é o apoio de peças do engradamento do te-</p><p>lhado, como terças e cumeeiras nos oitões.</p><p>Essa região, que veda o vão triangular da cobertura, é frequente-</p><p>mente suscetível a fissuras devido à movimentação diferenciada</p><p>das peças de madeira em relação à alvenaria.</p><p>Outro exemplo relevante são os mezaninos com vigas me-</p><p>tálicas.</p><p>Essas estruturas, quando não devidamente reforçadas, po-</p><p>dem impor cargas concentradas nas paredes, elevando o</p><p>risco de fissuras.</p><p>A diversidade de situações exige uma avaliação cuidadosa</p><p>por parte da Engenharia de Cálculo Estrutural.</p><p>O Belgo Murfor® desempenha um papel extremamente</p><p>importante nesse contexto. Sua resistência proporciona</p><p>um suporte adicional às paredes, minimizando as ten-</p><p>sões causadas por cargas concentradas e prevenindo</p><p>assim a formação de fissuras.</p><p>Instalação do Belgo Murfor®</p><p>A seguir como fazer a instalação do Belgo Murfor® em 4 etapas e mais</p><p>algumas observações importantes.</p><p>1</p><p>O primeiro passo é identificar a largura</p><p>ideal do Belgo Murfor® com base no</p><p>bloco utilizado na obra. Consulte a</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>20</p><p>tabela fornecida para fazer essa esco-</p><p>lha de maneira adequada.</p><p>2</p><p>Adeque o Belgo Murfor® ao compri-</p><p>mento da aplicação, prevendo cortes</p><p>ou emendas das treliças conforme ne-</p><p>cessário.</p><p>Certifique-se de que as emendas sejam</p><p>realizadas corretamente, mantendo a</p><p>eficiência do reforço.</p><p>3</p><p>Inicie a aplicação sobre o bloco prepa-</p><p>rando uma camada de argamassa de</p><p>assentamento. Posicione o Belgo</p><p>Murfor® sobre essa camada e pressione</p><p>para garantir uma integração completa</p><p>na argamassa. Uma colher de pedreiro</p><p>pode ser útil nesse processo.</p><p>4</p><p>Repita o processo ao iniciar a próxima</p><p>fiada de blocos, garantindo a continui-</p><p>dade da aplicação do Belgo Murfor®.</p><p>Isso é imprescindível para um reforço</p><p>homogêneo ao longo da construção.</p><p>Algumas observações importantes:</p><p>- Em aplicações sobre blocos com furos verticais, posici-</p><p>one o Belgo Murfor® no eixo das paredes laterais desses</p><p>blocos para um suporte adequado.</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>21</p><p>Lembre-se de verificar que os fios longitudinais e os nós da treliça es-</p><p>tejam totalmente envolvidos pela argamassa para garantir a eficiên-</p><p>cia do reforço.</p><p>- Em casos em que o comprimento do Belgo</p><p>Murfor® não atende à necessidade, podem</p><p>ser realizadas emendas. O importante é</p><p>manter um traspasse lateral de pelo menos</p><p>25 cm entre as peças, não sendo necessário</p><p>amarração lateral ou sobreposição.</p><p>- Para cantos de parede, ajustem a treliça</p><p>Belgo Murfor® cortando e dobrando seus fios</p><p>conforme ilustrado. Essa adaptação é essen-</p><p>cial para um encaixe perfeito nos cantos.</p><p>- Recomenda-se o preenchimento das juntas verticais de assen-</p><p>tamento para um melhor desempenho.</p><p>- Garantir também um recobrimento lateral dos fios extremos do Belgo</p><p>Murfor® com argamassa, com espessura mínima de 15 mm.</p><p>Lembrando que o Belgo Murfor® com galvanização leve pode ser em-</p><p>pregado em ambientes secos não agressivos. Para locais sujeitos à</p><p>umidade, é recomendado o revestimento da face exposta. Em regiões</p><p>costeiras, o Belgo Murfor® galvanizado deve receber uma pintura ele-</p><p>trostática para proteção adicional.</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>22</p><p>Benefícios da Utilização do</p><p>Belgo Murfor® em caso prático</p><p>Para este último tópico, vamo analisar os custos indiretos e diretos e</p><p>entender como essa solução inovadora trouxe uma economia signifi-</p><p>cativa.</p><p>Nesta obra, enfrentamos o desafio de construir uma estrutura com-</p><p>plexa, composta por concreto pré-moldado, com uma área total de</p><p>construção de 6.600 metros quadrados, distribuídos em 110 metros de</p><p>comprimento por 60 metros de largura. A área de alvenaria, por sua</p><p>vez, totaliza 12.000 metros quadrados.</p><p>O prazo para a construção da estrutura e fechamento foi de 7 meses,</p><p>divididos em 4 meses para fundação e estrutura, e 3 meses para alve-</p><p>naria.</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>23</p><p>Ao nos depararmos com a alvenaria de vedação externa,</p><p>enfrentamos desafios relacionados aos esforços de</p><p>vento, estabilidade e deformações da estrutura. A solu-</p><p>ção tradicional envolveria elementos de enrijecimento,</p><p>como vergas a cada metro de altura, pilaretes a cada 2,8</p><p>metros e vigas intermediárias de 60 centímetros.</p><p>Na abordagem tradicional, o prazo estimado para a conclusão da al-</p><p>venaria de vedação externa seria de 5 meses.</p><p>No entanto, aqui entra o ponto importante: tempo é dinheiro, e nesse</p><p>caso, o prazo de execução é um fator essencial. A solução tradicional,</p><p>apesar de ser eficaz, demanda um tempo considerável para ser con-</p><p>cluída, o que impacta diretamente nos custos indiretos da obra, como</p><p>mão de obra prolongada e custos associados à manutenção do can-</p><p>teiro de obras.</p><p>Ao optarmos pela solução Belgo Murfor, ti-</p><p>vemos uma revolução nos prazos, redu-</p><p>zindo-os para incríveis 3 meses. Isso repre-</p><p>senta uma economia significativa de</p><p>tempo e recursos, tendo uma redução de</p><p>30% no tempo de execução.</p><p>O Belgo Murfor utilizou painéis de 12,80 me-</p><p>tros por 7,50 metros, proporcionando não</p><p>apenas eficiência no tempo, mas também</p><p>oferecendo resistência contra esforços de</p><p>vento, garantindo estabilidade e reduzindo de-</p><p>formações na estrutura.</p><p>Este caso prático evidencia claramente os bene-</p><p>fícios tangíveis da utilização do Belgo Murfor, não</p><p>apenas em termos de eficiência construtiva, mas</p><p>também em termos de economia substancial.</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>24</p><p>Fechamento</p><p>Chegamos ao fim deste material. Como forma de incentivar seus es-</p><p>tudos, fique de olho em três cursos que também falam sobre as mani-</p><p>festações patológicas. Pesquise por:</p><p>Caso eles ainda não estejam no ar, espere mais alguns dias e volte a</p><p>procurá-los. Temos certeza que você irá aproveitá-los tanto quanto</p><p>este aqui de “Como evitar manifestações patológicas em alvenarias”.</p><p>Um grande abraço,</p><p>Equipe do Parceiro da Construção</p><p>CURSO | COMO EVITAR MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ALVENARIAS</p><p>25</p>