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<p>Entendendo o Transtorno de</p><p>Oposição Desafiante</p><p>Emilli Ferrari- Psicóloga</p><p>Fernanda Schwartz- Psicóloga</p><p>Vinicius Luz- Psiquiatra</p><p>Transtorno de Oposição</p><p>Desafiante</p><p>Transtornos de</p><p>comportamentos</p><p>externalizantes</p><p>Transtornos disruptivos: TOD</p><p>faz parte dos transtornos</p><p>diagnosticados pela primeira</p><p>vez na infância e adolescência.</p><p>Transtorno de Oposição</p><p>Desafiante (TOD)</p><p> Padrão persistente de comportamentos negativistas,</p><p>hostis, desafiadores e desobedientes;</p><p> Podem ser observados nas relações da criança com</p><p>seus pares e com adultos, como pais, avós e</p><p>professores.</p><p> Prejuízo significativo na qualidade das interações e,</p><p>consequentemente, na performance geral do indivíduo.</p><p>Principais características</p><p> Perda frequente da paciência;</p><p> Discussões com adultos;</p><p> Dificuldade para respeitar autoridades;</p><p> Desafio e recusa a obedecer a solicitações ou regras;</p><p> Perturbação e implicância com as pessoas.</p><p>Critérios diagnósticos (DSM-V)</p><p>Causas</p><p>Multifatorial: Associação de aspectos genéticos, biológicos,</p><p>psicológicos e sociais</p><p> Fatores biológicos</p><p> Fatores psicológicos</p><p> Fatores sociais</p><p>Causas- fatores biológicos</p><p> Estudos indicam a possível relação genética familiar no</p><p>desenvolvimento do transtorno, porém ainda não há</p><p>evidências sobre a origem genética!</p><p> Fatores de risco: mulheres que fumam e ingerem álcool de</p><p>forma abusiva durante a gravidez; prematuridade;</p><p>complicações na gestação ou no parto;</p><p>Causas- fatores psicológicos</p><p> Surgimento do transtorno pode estar ligado a questões</p><p>referentes ao aprendizado social/ modelos aprendidos no</p><p>ambiente familiar;</p><p> Avaliar os estilos parentais (rigidez na educação- permissão</p><p>excessiva).</p><p>Causas- fatores sociais</p><p> Resultados de pesquisas indicam relação entre famílias</p><p>com baixos níveis socioeconômicos e o transtorno;</p><p> Comportamento agressivo precoce e rejeição no grupo</p><p>de amigos são fatores sociais importantes que</p><p>aumentam a chance do diagnóstico.</p><p>Prevalência</p><p> Varia de 1 a 11%; Média: 3,3%</p><p> duas vezes mais prevalente em meninos</p><p>do que em meninas.</p><p>Transtornos e sintomas comumente associados:</p><p> TDAH</p><p> Transtornos de Humor (humor deprimido, são mais</p><p>facilmente aborrecidas, dificuldade na regulação</p><p>emocional);</p><p> Transtornos de ansiedade</p><p> Baixa autoestima, baixa tolerância à frustração</p><p>Comorbidades</p><p>Avaliação e diagnóstico</p><p>Entrevista com os responsáveis:</p><p> Sintomas, características, motivo da busca por</p><p>atendimento;</p><p> Compreender os padrões de comportamento dos pais,</p><p>métodos de criação parental empregados, interação</p><p>social entre os familiares, histórico familiar.</p><p>Avaliação e diagnóstico</p><p>Avaliação escolar</p><p> Informações sobre o desempenho acadêmico,</p><p>comportamentos no ambiente escolar, interação social</p><p>com os pares e adultos.</p><p> As características relevantes para o diagnóstico estão</p><p>relacionadas a um histórico de desobediência e de</p><p>desafio às autoridades, às ações impulsivas e aos</p><p>constantes conflitos com os colegas de sala de aula.</p><p>Avaliação e diagnóstico</p><p>O TOD pode ser diagnosticado apenas quando:</p><p> Os comportamentos ocorrerem em alta frequência;</p><p> Os comportamentos acarretam comprometimento</p><p>significativo no funcionamento social, acadêmico ou</p><p>ocupacional.</p><p>Avaliação- Qual a gravidade?</p><p>LEVE: Os sintomas limitam-se a apenas um ambiente</p><p>(ex: casa ou escola);</p><p>MODERADA: Alguns sintomas estão presentes em</p><p>pelo menos dois ambientes;</p><p>GRAVE: Alguns sintomas estão presentes em três ou</p><p>mais ambientes.</p><p>Curso e prognóstico</p><p> Sintomas leves Melhores prognósticos!</p><p> Sintomas severos tendem a tornar-se crônicos quando</p><p>não tratados.</p><p> Cerca de 67% das crianças com TOD deixarão de</p><p>apresentar os sintomas nos anos seguintes, desde que</p><p>acompanhadas terapeuticamente.</p><p>Curso e prognóstico</p><p> Porém, crianças e jovens com diagnóstico de TOD tendem a</p><p>ter risco aumentado para desenvolver o Transtorno de</p><p>Conduta (agressão, violência, violação de leis).</p><p> Cerca de 30% das crianças irão evoluir para o transtorno de</p><p>conduta na adolescência;</p><p> Aproximadamente 10% das crianças com TOD, após</p><p>evoluírem para o TC, terão uma evolução para o transtorno</p><p>de personalidade antissocial (sociopatia).</p><p>TOD na escola</p><p> Discute com professores e colegas</p><p> Recusa-se a trabalhar em grupo</p><p> Não aceita ordens, desafia autoridades</p><p> Dificuldade em lidar com críticas</p><p> “Pavio curto” da turma</p><p>Déficits em processos cognitivos</p><p> Déficits inteligência verbal e na linguagem;</p><p> Déficits nas funções executivas (atenção, flexibilidade</p><p>cognitiva, planejamento, julgamento, abstração, inibição</p><p>de comportamentos impulsivos ou inadequados e</p><p>automonitoramento).</p><p>Tratamento</p><p> Quando não tratados na infância ou tratados de forma</p><p>insuficiente Alta correlação com o</p><p>desenvolvimento de transtornos mentais na vida adulta.</p><p>Principal abordagem- tratamento empiricamente validado</p><p> Orientação comportamental, cognitiva ou cognitivo-</p><p>comportamental;</p><p>Terapia Cognitivo-Comportamental</p><p>(TCC)</p><p>Proposições fundamentais:</p><p>1. A atividade cognitiva influencia o comportamento</p><p>2. A atividade cognitiva pode ser monitorada e alterada</p><p>3. O comportamento desejado pode ser influenciado</p><p>mediante a mudança cognitiva</p><p>Técnicas</p><p>Comportamentais:</p><p> Reforçamento positivo e reforçamento negativo;</p><p> Time out;</p><p> Economia de fichas.</p><p>Técnicas</p><p>Cognitivas:</p><p> Psicoeducação sobre os transtornos disruptivos e sobre</p><p>o Modelo Cognitivo;</p><p> Identificação de Distorções Cognitivas, tanto dos pais</p><p>quanto das crianças.</p><p>Empatia</p><p> Discriminação do estado emocional: Identificar o</p><p>sentimento que o outro está experienciando.</p><p> Tomada de perspectiva: Capacidade de compreender a</p><p>experiência do outro a partir do ponto de vista dele.</p><p> Responsividade emocional: Reação comportamental à</p><p>experiência do outro.</p><p>Empatia</p><p> Observar, prestar atenção</p><p> Ouvir e demonstrar interesse</p><p> Reconhecer/inferir sentimentos do outro</p><p> Expressar compreensão e apoio</p><p>Resolução de problemas</p><p>Cinco passos:</p><p> Admitir a existência de um problema</p><p> Identificar o problema e definir objetivos ou metas</p><p> Formular alternativas de solução</p><p> Prever consequências e escolher uma alternativa</p><p> Implementar a alternativa de solução escolhida e</p><p>avaliar os resultados</p><p>Treino de pais</p><p> Possibilidade da intervenção ser associada ou não à</p><p>psicoterapia infantil;</p><p> A efetividade do TP depende, em boa medida, da</p><p>melhoria das habilidades de empatia e da demonstração</p><p>do afeto pela criança por parte dos pais;</p><p>Intervenções escolares</p><p> Psicoeducação para a equipe escolar;</p><p>Programas educacionais escolares:</p><p> Trabalho de prevenção ao bullying</p><p> Prevenção ao consumo de álcool e outras drogas</p><p>Tratamento Farmacológico</p><p>Tratamento Farmacológico</p><p> Não recomendado no manejo inicial do</p><p>TOD!</p><p> Indicado quando:</p><p>◦ Não há resposta a intervenção psicossocial</p><p>◦ Indisponibilidade de tratamento psicoterápico</p><p>◦ Situações de crise</p><p>Tratamento Farmacológico</p><p> Estimulantes (Metilfenidato,</p><p>Lisdexanfetamina):</p><p>◦ Reduzem sintomas de oposição, agressividade e</p><p>problemas de conduta em crianças com TDAH</p><p> Risperidona:</p><p>◦ Redução da agressividade em crianças com QI</p><p>dentro da média</p><p>◦ Redução na agressividade e nos problemas de</p><p>conduta em crianças com QI abaixo da média</p><p>Tratamento Farmacológico</p><p> Antipsicóticos ou estabilizadores de</p><p>humor (Lítio, Divalproato de</p><p>sódio, Quetiapina, Haloperidol e</p><p>Tioridazina):</p><p>◦ Evidências positivas em estudos de menor</p><p>qualidade</p><p>Obrigada!</p><p>Contato:</p><p>emilli.pferrari@gmail.com</p><p>fernandaschwartz@outlook.com</p><p>vinicluz@yahoo.com.br</p>