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<p>LEGISLAÇÃO AMBIENTAL E</p><p>URBANÍSTICA</p><p>AULA 5</p><p>Prof. André Francisco Matsuno da Frota</p><p>2</p><p>CONVERSA INICIAL</p><p>Analisando a expansão urbana e a qualidade ambiental nos municípios</p><p>brasileiros, inúmeros estudos destacam que o crescimento desordenado do</p><p>espaço urbano e as intervenções antrópicas sobre o meio ambiente, sem</p><p>controle do Poder Público local, têm sido os principais responsáveis pelo</p><p>surgimento e acirramento dos graves problemas ambientais que, atualmente,</p><p>comprometem a qualidade de vida da população urbana. Nesse contexto,</p><p>Gonçalves e Guerra (2013) apontam como única saída para a ação do Poder</p><p>Público a aplicação e uso de instrumentos legais, como Leis de Uso e</p><p>Parcelamento do Solo e o Plano Diretor. De modo a complementar o conteúdo</p><p>das aulas anteriores, nesta aula são apresentados os principais instrumentos de</p><p>políticas urbanas e ambientais que buscam a integração de ações voltadas à</p><p>mitigação dos impactos negativos gerados pelos empreendimentos e atividades</p><p>que possam comprometer o equilíbrio ecológico e o bem-estar social.</p><p>TEMA 1 – IMPACTOS AMBIENTAIS URBANOS NO BRASIL</p><p>No Brasil, o acentuado processo de urbanização após a década de 1970</p><p>gerou considerável degradação ambiental, comprometendo os ecossistemas, a</p><p>qualidade ambiental e, consequentemente, a qualidade de vida nas cidades.</p><p>Desmatamento, ocupação de áreas de proteção ambiental, impermeabilização,</p><p>compactação e erosão do solo, acréscimo significativo da poluição doméstica e</p><p>industrial, saneamento ambiental deficitário etc. são processos e eventos</p><p>responsáveis por mudanças sociais e ecológicas (impactos ambientais) no</p><p>espaço urbano. A Lei da Política Nacional do Meio Ambiente traz o conceito de</p><p>meio ambiente como objeto específico de proteção em seus diversos aspectos.</p><p>Sob a perspectiva da gestão urbana, o Estatuto da Cidade (Lei n. 10.257/2001)</p><p>é uma lei imprescindível para garantir à população o uso da propriedade urbana</p><p>em prol do bem coletivo, utilizando uma série de instrumentos no controle dos</p><p>impactos socioambientais urbanos.</p><p>TEMA 2 – INSTRUMENTOS LEGAIS: POLÍTICAS URBANAS E AMBIENTAIS</p><p>Instrumentos são procedimentos pelos quais o Poder Público executa as</p><p>políticas urbanas e ambientais. A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA),</p><p>instituída pela Lei n. 6.938/1981, é um dos principais instrumentos jurídicos para</p><p>3</p><p>a implementação das diretrizes constitucionais voltadas ao desenvolvimento</p><p>sustentável e deve servir como base legal para o planejamento urbano. Segundo</p><p>Malheiros (2014), em 1988, a Constituição Federal constituiu referência</p><p>obrigatória para o entendimento da necessária integração entre as políticas</p><p>ambientais e as políticas de desenvolvimento urbano, consolidando os</p><p>princípios, diretrizes e instrumentos anteriormente adotados pela PNMA. Os</p><p>principais instrumentos da PNMA são: Licenciamento Ambiental, Estudo de</p><p>Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental. Em 2001, a Lei n. 10.257</p><p>estabelece o estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) como importante</p><p>instrumento para a qualidade de vida nas cidades.</p><p>O conjunto de instrumentos que serão demonstrados a seguir parte de</p><p>base normativa encontrada na política nacional de meio ambiente, tal como</p><p>supracitado. Cinco são as regras básicas que organizam as legislações</p><p>correlatas, todas extraídas do art. 10 da Lei n. 6.938/1981, alterado pela Lei</p><p>Complementar (LC) n. 140/2011.</p><p>Art. 10. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de</p><p>estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais,</p><p>efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma,</p><p>de causar degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento</p><p>ambiental.</p><p>§ 1o Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva</p><p>concessão serão publicados no jornal oficial, bem como em periódico</p><p>regional ou local de grande circulação, ou em meio eletrônico de</p><p>comunicação mantido pelo órgão ambiental competente.</p><p>§ 2o Nos casos e prazos previstos em Resolução do Conama, o</p><p>licenciamento de que trata este artigo dependerá de homologação da</p><p>Sema (revogado)</p><p>§ 3o O órgão estadual do meio ambiente e a Sema, esta em caráter</p><p>supletivo, poderão, se necessário e sem prejuízo das penalidades</p><p>pecuniárias cabíveis, determinar a redução das atividades geradoras</p><p>de poluição, para manter as emissões gasosas, os efluentes líquidos e</p><p>os resíduos sólidos dentro das condições e limites estipulados no</p><p>licenciamento concedido (revogado)</p><p>§ 4o Caberá exclusivamente ao Poder Executivo Federal, ouvidos os</p><p>Governos Estadual e Municipal interessados, o licenciamento previsto</p><p>no caput deste artigo, quando relativo a polos petroquímicos e</p><p>cloroquímicos, bem como a instalações nucleares e outras definidas</p><p>em lei (revogado).</p><p>Desse modo, podemos resumir o art. 10 da seguinte forma (Motta, Pêgo,</p><p>2013, p. 32):</p><p>1. Todo empreendimento potencialmente causador deve estar submetido ao</p><p>licenciamento;</p><p>2. O licenciamento deve ser efetivado em princípio pelo órgão estadual do</p><p>Sisnama;</p><p>4</p><p>3. O licenciamento exige publicidade (que é um princípio constitucional,</p><p>como será demonstrado no tema a seguir);</p><p>4. Os órgãos ambientais devem fiscalizar as permissões dadas pela licença;</p><p>5. Cabe à esfera federal a competência para o licenciamento de</p><p>empreendimentos de interesse nacional.</p><p>TEMA 3 – INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO PRÉVIA: EIA/RIMA</p><p>A Constituição Federal estabeleceu dois princípios jurídicos para o</p><p>estabelecimento dos Estudos de Impacto Ambiental: o princípio da significância</p><p>e o princípio da publicidade. Como descrito pelo art. 225 da CF, parágrafo 1º:</p><p>“para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público: [...] IV –</p><p>exigir, na forma de lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente</p><p>causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de</p><p>impacto ambiental, a que se dará publicidade”. Dessa maneira, ambos os</p><p>princípios devem ser tomados como norteadores dos estudos e dos instrumentos</p><p>que serão regulados pela legislação infraconstitucional, como é o caso da</p><p>Conama 001/1986 (Motta; Pêgo, 2013, p. 32).</p><p>Segundo Yamawaki e Salvi (2013), a Resolução Conama n. 001/1986</p><p>institui a obrigatoriedade da elaboração de um Estudo de Impacto Ambiental</p><p>(EIA) e da apresentação do respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA),</p><p>em caráter supletivo ao licenciamento de atividades modificadoras do meio</p><p>ambiente, como a construção de oleodutos, gasodutos, linhas de transmissão</p><p>(acima de 230 kV), barragens, aterros sanitários, emissários de esgotos</p><p>sanitários e a elaboração de projetos urbanísticos acima de 100 ha, ou em áreas</p><p>consideradas de relevante interesse ambiental. Ademais, é importante ressaltar</p><p>que o EIA e o RIMA representam documentos distintos. O EIA é de maior</p><p>abrangência e engloba o RIMA, abrange o levantamento da literatura científica</p><p>e legal pertinente, trabalhos de campo, análises de relatórios e a própria redação</p><p>do relatório. O RIMA, dessa forma, deve abordar os principais temas tratados no</p><p>EIA e ser apresentado de forma objetiva e em linguagem acessível.</p><p>TEMA 4 – LICENCIAMENTO AMBIENTAL</p><p>O conjunto de regramentos que incide sobre o licenciamento ambiental</p><p>pode ser sumarizado pelo seguinte conjunto direto:</p><p>5</p><p>1. Lei n. 6.938/1981, institui o licenciamento como instrumento da PNMA;</p><p>2. Lei n. 7804/1989, altera a lei de 1981 e define os casos de competência</p><p>do IBAMA;</p><p>3. Decreto n. 99274/1990, define os requisitos para exigência do EIA;</p><p>4. Resolução Conama n. 001/1986, estabelece as definições e diretrizes</p><p>para execução da Avaliação de Impacto (AIA);</p><p>5. Resolução Conama n. 237/1997, revisa os procedimentos do</p><p>licenciamento ambiental e organiza as competências para o licenciamento</p><p>(Motta; Pêgo, 2013, p. 32).</p><p>O Licenciamento Ambiental é uma obrigação legal que deve anteceder a</p><p>instalação de qualquer</p><p>empreendimento ou atividade que possa poluir ou</p><p>degradar o meio ambiente, constituindo-se em instrumento para a gestão</p><p>ambiental, instituído pela PNMA. A Resolução do Conselho Nacional do Meio</p><p>Ambiente (Conama) n. 001/1986 estabelece as áreas de competência dos</p><p>órgãos administrativos para emitir o licenciamento ambiental, segundo a</p><p>abrangência territorial dos empreendimentos, entre o Ibama, o órgão ambiental</p><p>de cada estado e o de cada município. Ao órgão ambiental municipal, quando</p><p>for o caso, cabe emitir o licenciamento de empreendimentos e atividades de</p><p>impacto ambiental local e daquelas que lhe forem delegadas pelo estado por</p><p>instrumento legal ou convênio (Berté, 2012).</p><p>Ademais, as fases do licenciamento ambiental foram estabelecidas pelo</p><p>art. 19 do Decreto n. 99.274/1990, que regulamenta a Política Nacional de Meio</p><p>Ambiente, lei n. 6.938/1981, e estão descritas a seguir:</p><p>I - Licença Prévia (LP), na fase preliminar do planejamento de</p><p>atividade, contendo requisitos básicos a serem atendidos nas fases de</p><p>localização, instalação e operação, observados os planos municipais,</p><p>estaduais ou federais de uso do solo ;II - Licença de Instalação (LI),</p><p>autorizando o início da implantação, de acordo com as especificações</p><p>constantes do Projeto Executivo aprovado; e III - Licença de Operação</p><p>(LO), autorizando, após as verificações necessárias, o início da</p><p>atividade licenciada e o funcionamento de seus equipamentos de</p><p>controle de poluição, de acordo com o previsto nas Licenças Prévia e</p><p>de Instalação.</p><p>A rigor, o licenciamento ambiental está dividido em três fases principais:</p><p>prévia, instalação e operação. Cada uma possui a respectiva licença vinculada</p><p>e um procedimento próprio para obtenção.</p><p>6</p><p>Saiba mais</p><p>Podemos ilustrar o procedimento administrativo básico para obtenção da</p><p>licença prévia para parcelamento do solo urbano da seguinte maneira: Fase 1 –</p><p>requerimento de LP, mediante formulário próprio elaborado pelo órgão ambiental</p><p>e entregue pelo empreendedor; Fase 2 – definição dos estudos ambientais</p><p>obrigatórios para o parcelamento, em que os técnicos do órgão ambiental</p><p>analisam a documentação, fazem uma visita a área impactada e definem o tipo</p><p>de estudo exigido; Fase 3 – o órgão ambiental apresenta o termo de referência</p><p>necessário para o estudo a ser elaborado; Fase 4 – o empreendedor elabora o</p><p>estudo ambiental; Fase 5 – se o estudo for um EIA/RIMA, o RIMA deve ser</p><p>colocado à disposição para consulta pública, deixando a possibilidade de</p><p>comentários da população por 45 dias corridos após o depósito do documento;</p><p>Fase 6 – o órgão ambiental cria um edital e publica pelo diário oficial da união</p><p>(dou) o recebimento do estudo ambiental e fixa a data para audiência pública;</p><p>Fase 7 – o órgão ambiental constitui uma comissão de técnicos para análise do</p><p>estudo; Fase 8 – emissão de um parecer com aprovação completa ou</p><p>demandando complementação do estudo, ou reprovação do empreendimento;</p><p>Fase 9 – concluída a análise, o órgão emite a licença prévia (LP); Fase 10 –</p><p>expedida a LP, com validade de até cinco anos, o empreendedor poderá solicitar</p><p>a LI (Motta; Pêgo, 2013, p. 44).</p><p>No caso do parcelamento do solo urbano, a LP é solicitada na fase de</p><p>planejamento do empreendimento e autoriza a “localização, concepção e</p><p>viabilidade ambiental do parcelamento e as condições a serem observadas na</p><p>elaboração dos projetos executivos” (Motta; Pêgo, 2013, p. 46). Já a Licença de</p><p>instalação (LI) permite a implantação do empreendimento, o que inclui a</p><p>infraestrutura urbana e os mecanismos de controle ambiental estabelecidos pelo</p><p>estudo exigido. Por fim, a Licença de Operação (LO) é emitida após a vistoria</p><p>que verifica a instalação e a eficácia dos sistemas de controle ambiental</p><p>estabelecidos ao longo do estudo ambiental elaborado. Nota-se que, no caso</p><p>do parcelamento do solo urbano, a LP é a etapa mais demandante, tanto para o</p><p>empreendedor, quanto para o órgão ambiental.</p><p>7</p><p>Figura 1 – Fluxograma do licenciamento ambiental para parcelamento do solo</p><p>urbano</p><p>Fonte: Motta; Pêgo, 2013, p. 47</p><p>TEMA 5 – ESTUDOS DE IMPACTO DA VIZINHANÇA (EIV)</p><p>O último tema desta aula versa sobre o Estudo de Impacto de Vizinhança</p><p>(EIV). Como um instrumento de intervenção no espaço, o estudo exige que se</p><p>leve em consideração o adensamento populacional, os equipamentos urbanos</p><p>disponíveis, o uso e ocupação do solo, o grau de valorização imobiliária do</p><p>8</p><p>espaço, o impacto no tráfego, o transporte público local, a disponibilidade de</p><p>iluminação e ventilação, assim como a existência e os impactos na paisagem</p><p>urbana e ao patrimônio natural e cultural. É o que diz o texto do Estatuto da</p><p>Cidade na seção XII:</p><p>Art. 36. Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades</p><p>privados ou públicos em área urbana que dependerão de elaboração</p><p>de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) para obter as licenças</p><p>ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a cargo</p><p>do Poder Público municipal.</p><p>Art. 37. O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos</p><p>positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à</p><p>qualidade de vida da população residente na área e suas</p><p>proximidades, incluindo a análise, no mínimo, das seguintes questões:</p><p>I – adensamento populacional;</p><p>II – equipamentos urbanos e comunitários;</p><p>III – uso e ocupação do solo;</p><p>IV – valorização imobiliária;</p><p>V – geração de tráfego e demanda por transporte público;</p><p>VI – ventilação e iluminação;</p><p>VII – paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.</p><p>Parágrafo único. Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do</p><p>EIV, que ficarão disponíveis para consulta, no órgão competente do</p><p>Poder Público municipal, por qualquer interessado.</p><p>Art. 38. A elaboração do EIV não substitui a elaboração e a aprovação</p><p>de estudo prévio de impacto ambiental (EIA), requeridas nos termos da</p><p>legislação ambiental.</p><p>Conforme supracitado, três artigos regulam o instrumento do Estudo de</p><p>Impacto de Vizinhança. O art. 36 deixa para os municípios a competência para</p><p>definir qual tipo de empreendimento e atividade precisa ser acompanhado do</p><p>estudo. O art. 37 define quais elementos devem constar no estudo, quando este</p><p>for requisitado. O art. 38 esclarece que o estudo de impacto de vizinhança não</p><p>substitui o estudo de impacto ambiental.</p><p>Em vias de síntese, o legislador definiu na seção XXI do estatuto,</p><p>competências compartilhadas para o EIV. Se por um lado, deixa aos municípios</p><p>a liberdade para exigir o estudo, por outro, mantém a obrigatoriedade dos</p><p>estudos de impacto ambiental, nos casos definidos pelas resoluções CONAMA.</p><p>NA PRÁTICA</p><p>Para exemplificar a aplicação de um instrumento da política ambiental no</p><p>âmbito municipal, foi selecionado o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do</p><p>Novo Aterro Sanitário implantado no município de Cuiabá, Mato Grosso.</p><p>Segundo o documento, os estudos realizados, cujos resultados e conclusão</p><p>constam no relatório, foram desenvolvidos em atendimento aos Termos de</p><p>9</p><p>Referência, emitidos pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Mato</p><p>Grosso e pela Prefeitura de Cuiabá, através do Processo Administrativo n.</p><p>PG976918-0/2014. Além dos Termos de Referência, foram consideradas</p><p>resoluções do CONAMA, bem como o Código Ambiental do Estado de Mato</p><p>Grosso e legislação urbana do município de Cuiabá. A abrangência dos</p><p>trabalhos, bem como os métodos empregados para sua realização, segue as</p><p>diretrizes da Resolução CONAMA n. 001/86, que institui o EIA/RIMA como</p><p>instrumento de política ambiental brasileira.</p><p>FINALIZANDO</p><p>O licenciamento ambiental é um dos aspectos da Política Nacional de</p><p>Meio Ambiente de maior significado operacional. Levado em conjunto, o</p><p>licenciamento estabelece os parâmetros para o engajamento do setor privado e</p><p>dos empreendimentos do setor público no território nacional, território este que</p><p>é formado por um conjunto de sistemas geoambientais em equilíbrio,</p><p>que</p><p>fornecem os serviços ecológicos responsáveis pela manutenção da vida humana</p><p>neste espaço. A disponibilidade de água, a fertilidade dos solos, os recursos</p><p>florestais, os ciclos regulares da chuva, a temperatura média, a biodiversidade.</p><p>Sem esses recursos e serviços, as condições para a vida humana são</p><p>impraticáveis. Por isso, o licenciamento deve ser considerado o instrumento</p><p>protetivo desse sistema e dos serviços e recursos que ele oferece. Trata-se de</p><p>uma das bases da política nacional de meio ambiente, como procuramos</p><p>enfatizar nesta aula.</p><p>10</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BERTE, R. Gestão socioambiental no Brasil. Editora IBPEX. 2012.</p><p>SCHVARSBERG, B.; MARTINS, G. C.; CAVALCANTI, C. B. (Org.). Estudo de</p><p>Impacto de Vizinhança: Caderno Técnico de Regulamentação e</p><p>Implementação. Brasília: Universidade de Brasília, 2016. Disponível em:</p><p><http://www.urbanismo.mppr.mp.br/arquivos/File/EIV.pdf>. Acesso em: 4 nov.</p><p>2020.</p><p>SÉGUIN, E. O Direito Ambiental: nossa casa planetária. 1. ed. Rio de Janeiro:</p><p>Forense, 2000.</p><p>YAMAWAKI, Y.; SALVI, L. T. Introdução à gestão do meio urbano. 2. ed.</p><p>Curitiba: InterSaberes, 2013.</p><p>MOTTA, D. M. da; PEGO, B. (Org.) Licenciamento ambiental para o</p><p>desenvolvimento urbano: avaliação de instrumentos e procedimentos. Rio</p><p>de Janeiro: IPEA, 2013. Disponível em:</p><p><http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/2336/1/Livro_Licenciamento_am</p><p>biental_para_o_desenvolvimento_urbano-</p><p>avalia%C3%A7%C3%A3o_de_instrumentos_e_procedimentos.pdf#page=115></p><p>. Acesso em: 4 nov. 2020.</p>