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<p>Células, sua composição química e</p><p>membranas celulares</p><p>Os tipos celulares e a composição química da célula. A ultraestrutura, as funções e especializações da</p><p>membrana plasmática, bem como o transporte transmembrana e a sinalização celular.</p><p>Prof. Daniel Motta da Silva</p><p>1. Itens iniciais</p><p>Propósito</p><p>Conhecer os tipos celulares procarionte e eucarionte e os componentes inorgânicos e orgânicos da célula,</p><p>assim como a ultraestrutura e as funções da membrana plasmática, suas especializações e os mecanismos</p><p>que possibilitam o transporte de substâncias e a sinalização celular.</p><p>Objetivos</p><p>Diferenciar células procariontes e eucariontes e suas principais estruturas.</p><p>Distinguir os principais componentes inorgânicos e orgânicos da célula.</p><p>Descrever a estrutura, as funções e as especializações da membrana plasmática.</p><p>Reconhecer os mecanismos de transporte transmembrana e sinalização celular.</p><p>Introdução</p><p>A célula é a unidade básica de qualquer ser vivo do planeta. Entender sua estrutura, seus componentes, suas</p><p>especializações e as diversas funções que ela desempenha no organismo vivo é fundamental para o</p><p>profissional da área de saúde.</p><p>Neste conteúdo, vamos conhecer os diferentes tipos celulares (procarionte e eucarionte) e a composição</p><p>química da célula, que inclui os componentes inorgânicos (como a água e os minerais) e orgânicos (como os</p><p>ácidos nucleicos, carboidratos, lipídeos e proteínas). A partir dessa abordagem geral, focaremos as</p><p>membranas celulares, especialmente a membrana plasmática – barreira de permeabilidade seletiva que</p><p>delimita cada célula de um ser vivo.</p><p>Estudaremos, desse modo, a ultraestrutura, as funções (como o transporte de substâncias, o reconhecimento</p><p>celular e a adesão celular) e as especializações (como microvilosidades, cílios, flagelos, desmossomos e</p><p>outros) da membrana plasmática. Compreenderemos ainda a importância dela como barreira limitante e de</p><p>comunicação entre o meio externo e o intracelular, permitindo o transporte e a sinalização transmembrana por</p><p>meio de uma diversidade de mecanismos necessários para que a vida na Terra seja sustentada.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Archaea - Halobacterium sp. , estirpe NRC-1. Cada</p><p>célula tem 5μm de comprimento.</p><p>1. Células procariontes e eucariontes</p><p>Tipos celulares e células procariontes</p><p>Os tipos celulares</p><p>Todos os seres vivos são constituídos por células. Elas são o centro dos processos fundamentais à vida,</p><p>entendendo-se aqui a expressão e transmissão de características hereditárias e as reações químicas</p><p>metabólicas. Todas as células são formadas a partir de outra preexistente.</p><p>Esses três pressupostos são a base da Teoria Celular, proposta por Mathias Schleiden (1804-1881) e Theodor</p><p>Schwann (1810-1882).</p><p>As células carregam as informações genéticas, o DNA, que vão determinar como elas serão individualmente e</p><p>como componentes de uma espécie. Tais informações genéticas são passadas entre as gerações por meio</p><p>dos processos de divisão celular e reprodução, os quais são realizados por todos os seres vivos.</p><p>As células podem apresentar estruturas, formas e tamanhos muito diversos entre todos os organismos vivos.</p><p>Tal diversidade das características das células está relacionada às moléculas que as compõem.</p><p>Entretanto, é preciso considerar que as diferentes formas encontradas nas células dos organismos</p><p>pluricelulares tendem a ser estáveis ou fixas em condições normais, podendo variar conforme fatores</p><p>adversos.</p><p>Exemplo</p><p>Os eritrócitos humanos (células do sangue) variam de forma em indivíduos portadores de anemia</p><p>falciforme. O tamanho das células pode variar de poucos micrômetros de diâmetro ou comprimento,</p><p>como ocorre na maioria dos organismos, a alguns centímetros, como na alga Acetabularia, ou chegar a</p><p>um metro de comprimento, como se verifica em algumas fibras nervosas humanas.</p><p>Apesar de toda essa diversidade, encontramos dois tipos básicos de células em todos os organismos vivos</p><p>que conhecemos: as células procariontes e as células eucariontes. Essa classificação tem relação com a</p><p>estrutura celular, que é mais complexa nas eucariontes do que nas procariontes.</p><p>Células procariontes</p><p>O termo “procarionte” vem dos termos gregos pro (primeiro)</p><p>e karyon (núcleo).</p><p>Os seres vivos com células procariontes recebem a</p><p>denominação de procariotos ou procariontes, são</p><p>unicelulares e pertencem aos domínios Bacteria e Archaea</p><p>(Arquea).</p><p>Vamos estudar as características da célula procarionte.</p><p>Envoltório</p><p>Podemos encontrar em algumas células procariontes uma camada mais externa denominada cápsula. Ela é</p><p>formada de polissacarídeos (polímeros de açúcar), que as protegem contra a dessecação e permitem aos</p><p>procariontes se ligarem entre si e aderirem a superfícies. Em procariontes patogênicos, a cápsula protege o</p><p>patógeno do sistema de defesa do organismo infectado.</p><p>Estrutura do envoltório da bactéria Escherichia coli.</p><p>A parede celular é um envoltório presente em todos os</p><p>procariontes. Ela é bastante rígida. Responsável pela forma</p><p>das células e pela proteção mecânica, essa parede impede</p><p>que a célula se rompa caso absorva muita água. Nas</p><p>bactérias, ela é constituída de peptidoglicano, enquanto nas</p><p>arqueas sua composição inclui principalmente</p><p>pseudopeptidoglicano ou proteínas.</p><p>Abaixo da parede celular de todos os procariontes, existe</p><p>uma membrana plasmática constituída por uma bicamada</p><p>fosfolipídica. Essa membrana é uma barreira permeável e</p><p>tem função no transporte de moléculas para dentro e para</p><p>fora da célula.</p><p>A membrana plasmática pode apresentar invaginações no citoplasma, denominadas mesossoma, ou algumas</p><p>membranas paralelas associadas à clorofila ou aos outros pigmentos responsáveis por captação de luz nas</p><p>células que realizam fotossíntese.</p><p>Saiba mais</p><p>As arqueas possuem uma característica na membrana plasmática que as difere das bactérias e dos</p><p>eucariontes: em espécies que colonizam fontes de águas ferventes, as caudas de fosfolipídios opostos</p><p>na bicamada se unem, formando uma só camada. Essa estrutura em monocamada fosfolipídica</p><p>proporciona estabilidade à membrana em altas temperaturas.</p><p>As células procarióticas também podem apresentar apêndices no seu envoltório, cujas funções são aderir as</p><p>células às superfícies, permitir movimentos das células ou auxiliar na transferência de DNA entre as células.</p><p>Os apêndices são dos seguintes tipos:</p><p>Estrutura bacteriana.</p><p>Fímbrias</p><p>São aqueles que permitem a adesão das células às superfícies.</p><p>Pili</p><p>São mais longos que as fímbrias e podem ter função na transferência de</p><p>DNA entre células durante a conjugação ou auxiliar na locomoção das</p><p>bactérias no ambiente.</p><p>Flagelos</p><p>São encontrados em menor quantidade na célula e têm a função de</p><p>produzir movimentos rotatórios em ambiente aquoso.</p><p>Citoplasma</p><p>As células procarióticas possuem o material genético imerso no conteúdo celular, que chamamos de</p><p>citoplasma. Essa é a principal característica que as distingue das células eucarióticas.</p><p>O material genético é constituído por um só cromossomo</p><p>circular, localizado em uma região chamada de nucleoide.</p><p>Muitos procariontes têm, além desse cromossomo,</p><p>pequenos anéis de DNA chamados de plasmídeos. Os</p><p>plasmídeos podem ser copiados dentro da própria célula de</p><p>forma independente do cromossomo circular e transferidos</p><p>para outras células procariontes.</p><p>Outra característica das células procariontes é a carência</p><p>de compartimentos membranosos individualizados no</p><p>citoplasma, onde são encontrados ribossomos dispersos</p><p>que estão ligados a moléculas de RNA mensageiro.</p><p>Células eucariontes</p><p>Conceito</p><p>Componentes de células eucarióticas.</p><p>Membrana plasmática.</p><p>O nome “eucarionte”, em grego, significa verdadeiro (eu) e</p><p>núcleo (karyon). Isso quer dizer que as células eucariontes</p><p>possuem um núcleo verdadeiro, onde os cromossomos</p><p>estão separados do citoplasma por um envoltório nuclear.</p><p>Essa é a principal diferença entre procariontes e</p><p>eucariontes.</p><p>Vamos estudar as características da célula eucarionte.</p><p>Membrana plasmática e parede</p><p>celular</p><p>A membrana plasmática é a parte mais externa das células</p><p>de muitos organismos eucariontes, como</p><p>é o caso de todos</p><p>os animais, exceto fungos e plantas. É o envoltório que</p><p>delimita a célula e separa o citoplasma do meio extracelular,</p><p>servindo para manter constante a sua individualidade.</p><p>A membrana plasmática pode ser observada em</p><p>eletromicrografia como duas linhas escuras separadas por</p><p>uma linha clara. Sua estrutura organizacional é comum à</p><p>das demais membranas encontradas em organelas dentro</p><p>da célula eucariótica. Ela está morfologicamente</p><p>estruturada como uma bicamada fosfolipídica,</p><p>apresentando outros componentes diversos que</p><p>estudaremos adiante em detalhes.</p><p>Já a parede celular está presente nas células vegetais e fúngicas, envolve a membrana plasmática e confere</p><p>resistência mecânica às células.</p><p>Atenção</p><p>Nos vegetais, o principal componente da parede celular é a celulose; nos fungos, é a quitina.</p><p>Citoplasma e núcleo</p><p>As células eucarióticas são compartimentalizadas, apresentando duas regiões morfológicas distintas: o</p><p>citoplasma e o núcleo. O núcleo está separado do citoplasma pelo envoltório nuclear, também chamado de</p><p>carioteca, por meio do qual há um fluxo constante de moléculas diversas entre as duas regiões nos dois</p><p>sentidos.</p><p>No citoplasma dos eucariotos, encontram-se organelas</p><p>membranosas, como retículo endoplasmático, mitocôndrias,</p><p>lisossomos, peroxissomos e aparelho de Golgi, além de</p><p>substâncias diversas, como grânulos de glicogênio e gotas</p><p>lipídicas. O espaço entre essas estruturas é preenchido pela</p><p>matriz citoplasmática, que também é conhecida como</p><p>citosol.</p><p>A matriz citoplasmática é composta por água, diferentes</p><p>íons, aminoácidos, precursores dos ácidos nucleicos,</p><p>enzimas e outras moléculas importantes para o</p><p>metabolismo celular. Ela ainda possui microfibrilas e microtúbulos responsáveis pela movimentação</p><p>citoplasmática.</p><p>Um ponto de destaque no que diz respeito à diferença entre procariontes e eucariontes é a ausência</p><p>do citoesqueleto nos procariontes. Em eucariontes, ele tem como função os movimentos e a forma</p><p>celular, a qual, muitas vezes, é altamente complexa. A morfologia simples apresentada pelos</p><p>procariontes (normalmente esférica ou em bastonete) é mantida unicamente pela parede celular,</p><p>que é sintetizada no citoplasma e agregada à face externa da membrana celular.</p><p>A diferença mais marcante entre os dois tipos celulares é a pobreza de membranas observada nos</p><p>procariotos. Já o citoplasma dos eucariotos é subdividido em compartimentos membranosos e microrregiões</p><p>com diferentes proteínas que executam funções especializadas.</p><p>Atenção</p><p>Enquanto os procariotos são sempre organismos unicelulares, os eucariotos podem ter uma organização</p><p>pluricelular, formando, assim, seres ainda mais complexos. Na organização pluricelular, as células não</p><p>trabalham mais individualmente, e sim em conjunto. Cada uma, portanto, adota funções específicas para</p><p>garantir o bom funcionamento do organismo.</p><p>As células eucariontes em organismos pluricelulares tendem a se especializar de tal forma que passam a</p><p>depender do funcionamento das demais, já que o papel de cada uma é altamente específico. A própria</p><p>morfologia celular está relacionada ao tipo de função que a célula vai executar:</p><p>Organismos unicelulares</p><p>A forma da célula tende a favorecer uma</p><p>dinâmica compatível com o seu tipo de</p><p>deslocamento no meio e de nutrição.</p><p>Organismos pluricelulares</p><p>A forma depende da função a ser executada e</p><p>da pressão exercida pelas células vizinhas.</p><p>Notamos que não há uma forma padrão de célula: tudo depende do modo como ela interage com o meio e as</p><p>células vizinhas, assim como de sua função e de seu grau de especialização.</p><p>Atenção</p><p>Entre os componentes citoplasmáticos, merecem destaque os cloroplastos e o vacúolo, duas organelas</p><p>exclusivas das células vegetais. Já o centríolo é uma estrutura presente nas células animais e ausente</p><p>nas vegetais.</p><p>O núcleo dos eucariotos abriga o material genético das células, sendo representado por um número de</p><p>cromossomos que varia de acordo com a espécie. Diferentemente dos procariontes, os cromossomos dos</p><p>eucariontes têm formato de bastão e ocorrem aos pares na maioria das células.</p><p>Ainda estão presentes no núcleo o nucléolo, cuja função é produzir ribossomos, e uma matriz nuclear com</p><p>composição primordialmente proteica, que está associada principalmente ao DNA.</p><p>Como vimos, podemos, de forma ampla, classificar as células dos seres vivos em procariontes e eucariontes.</p><p>A principal diferença entre ambas é a presença ou a ausência de membrana delimitando um núcleo.</p><p>Entre as células eucarióticas, observamos ainda que é possível diferenciar as células animais das vegetais e</p><p>fúngicas pela presença ou não de uma parede celular e pela constituição dessa parede.</p><p>Saiba mais</p><p>Os vírus não são capazes de se multiplicar sozinhos: eles só executam esse processo enquanto</p><p>parasitam uma célula. Para isso, usam a estrutura da célula parasitada a fim de produzir as moléculas</p><p>que formarão novos vírus, pois não possuem todas as estruturas e enzimas necessárias para a formação</p><p>de novos vírus. Desse modo, são considerados parasitas intracelulares obrigatórios que induzem a célula</p><p>parasitada a sintetizar as moléculas virais no lugar das moléculas da própria célula. Com isso, seguindo a</p><p>Teoria Celular, os vírus não são considerados seres vivos.</p><p>Evolução dos microscópios e sua importância para o estudo das células</p><p>Neste vídeo, abordaremos os principais aspectos relativos à evolução dos microscópios e à sua importância</p><p>para o estudo das células.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.</p><p>Células procariontes</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Células eucariontes</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>A parede celular é uma estrutura presente em todas as células procariontes e em todos os vegetais e fungos,</p><p>que são eucariontes. Embora a estrutura da parede seja rígida, conferindo proteção mecânica e mantendo a</p><p>forma das células, especialmente quando há entrada de água, a sua constituição química difere entre os</p><p>grupos de organismos. Marque a opção que descreve corretamente a diferença entre a parede celular de</p><p>bactérias e a de fungos.</p><p>A As bactérias possuem parede celular constituída de peptidoglicano; os fungos, de celulose.</p><p>B A parede celular das bactérias é constituída de celulose; a dos fungos, de peptidoglicano.</p><p>C As bactérias possuem parede celular constituída de peptidoglicano; os fungos, de quitina.</p><p>D A parede celular das bactérias é constituída de celulose; a dos fungos, de quitina.</p><p>E As bactérias possuem parede celular constituída de quitina; os fungos, de celulose.</p><p>A alternativa C está correta.</p><p>A parede celular é um envoltório presente em bactérias, Arqueas e eucariontes. Nas bactérias, ela é</p><p>constituída de peptidoglicano. Já nos fungos, que são eucariontes, ela é constituída de quitina.</p><p>Questão 2</p><p>Com base nos pressupostos da Teoria Celular, identifique os organismos que não são considerados seres</p><p>vivos.</p><p>A Vírus</p><p>B Bactérias</p><p>C Fungos</p><p>D Algas</p><p>E Animais</p><p>A alternativa A está correta.</p><p>Os vírus não podem ser considerados seres vivos, pois não possuem células. A Teoria Celular admite que</p><p>todos os seres vivos são formados por elas. Contudo, alguns pesquisadores os consideram seres vivos</p><p>mesmo na ausência de células por eles serem capazes de se reproduzir e por apresentarem variabilidade</p><p>genética.</p><p>2. Componentes inorgânicos e orgânicos da célula</p><p>Componentes inorgânicos da célula</p><p>Conceituação</p><p>A célula é composta basicamente por quatro elementos: carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, que se</p><p>combinam para formar uma série de moléculas organizadas de forma muito específica. Conhecer tais</p><p>moléculas é indispensável para entender a biologia das células, uma vez que elas são os elementos</p><p>primordiais para a formação celular, assim como as células são para os tecidos e os organismos.</p><p>As moléculas que participam</p><p>da composição química da célula podem ser divididas em dois grupos:</p><p>Moléculas inorgânicas</p><p>Água e minerais.</p><p>Moléculas orgânicas</p><p>Ácidos nucleicos, carboidratos, lipídeos e</p><p>proteínas.</p><p>Entre os componentes químicos da célula, de 75% a 85% corresponde à água, 2% a 3% são os sais inorgânicos</p><p>ou sais minerais e o restante diz respeito aos elementos orgânicos. Vamos entender isso melhor.</p><p>Água</p><p>A água é o elemento mais abundante da célula, havendo algumas exceções, que incluem as células altamente</p><p>especializadas de dentes, ossos, caules e sementes. No entanto, é preciso considerar que a quantidade de</p><p>água no organismo é variável em relação ao nível de atividade metabólica celular e à própria idade do</p><p>indivíduo.</p><p>A água tem o papel de solvente natural para os íons e serve como meio para dispersão da maioria das</p><p>macromoléculas. Ela é indispensável para o funcionamento metabólico, já que todos os processos fisiológicos</p><p>ocorrem em meio aquoso.</p><p>Molécula de água.</p><p>A molécula da água é morfológica e eletricamente</p><p>assimétrica. O ângulo formado pelos dois átomos de</p><p>hidrogênio em relação ao de oxigênio é estimado a 104,9°,</p><p>fazendo com que a estrutura molecular representada pela</p><p>fórmula H-O-H não seja linear. A conformação estrutural da</p><p>molécula da água faz com que as cargas positivas e</p><p>negativas fiquem organizadas de maneira irregular, com</p><p>uma extremidade concentrando as cargas positivas e a</p><p>outra, as negativas. As moléculas de água funcionam como</p><p>ímãs umas das outras (as ligações de hidrogênio mantêm a</p><p>coesão das moléculas de água entre si), e seu polo negativo</p><p>é atraído pelo polo positivo de outras moléculas. A molécula</p><p>de água é um dipolo, e sua conformação é fundamental</p><p>para a vida e lhe confere propriedades exclusivas.</p><p>Vamos conhecer as propriedades fundamentais da água:</p><p>Capacidade de dissolver substâncias</p><p>A natureza bipolar é o que faz da água um dos melhores solventes conhecidos. Considerada um</p><p>solvente universal, ela é capaz de dissolver muitas substâncias cristalinas em outros íons por sua</p><p>tendência de combinar a íons positivos ou negativos. Substâncias que possuem características</p><p>polares parecidas com as da água são dissolvidas com facilidade, como, por exemplo, o sal e o</p><p>açúcar.</p><p>Alto calor específico</p><p>Para que a temperatura da água se eleve, é necessária uma quantidade muito alta de energia na</p><p>forma de calor; por isso, dizemos que a água possui alto calor específico. Para os seres vivos, isso é</p><p>extremamente importante, pois mantém a sua estabilidade térmica. Pense, por exemplo, num dia de</p><p>calor muito forte na praia. Enquanto a areia está escaldante, a água do mar está fria, refrescante,</p><p>porque a energia emanada do Sol foi suficiente para aumentar rapidamente a temperatura da areia,</p><p>mas não para elevar a temperatura da água da mesma forma.</p><p>Alto calor latente de vaporização</p><p>Está relacionado à energia necessária para promover a mudança de estado líquido em estado de</p><p>vapor. Por exemplo, quando suamos, as moléculas da água do suor se desprendem da superfície do</p><p>nosso corpo na forma de vapor, causando o resfriamento dessa superfície.</p><p>Coesão</p><p>É uma propriedade ligada à atração que uma molécula de água exerce sobre as outras em</p><p>consequência das ligações de hidrogênio, mantendo a água fluida e estável.</p><p>Cristal de sal (NaCl).</p><p>Difusão</p><p>Propriedade observada em meio aquoso, a difusão é o movimento espontâneo de substâncias</p><p>(soluto) de uma região de alta concentração para outra região de baixa concentração até que as</p><p>concentrações das duas regiões fiquem iguais, sem que haja gasto de energia. Esse é o tipo de</p><p>transporte dominante em nível celular. É importante perceber que, quanto mais curta for a distância a</p><p>ser percorrida pelas moléculas, mais rápida será a difusão.</p><p>A difusão pode ser: simples, quando as moléculas de soluto fluem livremente através da membrana;</p><p>facilitada, quando, para as moléculas de soluto fluírem através da membrana, é necessário haver</p><p>proteínas transmembranas que promovam a passagem.</p><p>Osmose</p><p>Envolve o fluxo da água (solvente) através de uma barreira seletiva, como</p><p>uma membrana celular, por exemplo. Nesse processo, a água é quem se</p><p>desloca da região de menor concentração para uma de maior</p><p>concentração de soluto.</p><p>Resumindo</p><p>Como vimos, a água está relacionada a diversas funções nos seres vivos, que vão desde o transporte de</p><p>substâncias, meio para reações químicas, até o controle de temperatura.</p><p>Minerais</p><p>Os minerais desempenham funções importantes nas células</p><p>e no organismo vivo de forma geral. Podem estar</p><p>dissolvidos em água caso se dissociem em íons. Os íons são</p><p>espécies químicas (átomos ou grupos de átomos) com</p><p>carga elétrica pelo fato de o número de prótons (carga</p><p>positiva) ser diferente do número de elétrons (carga</p><p>negativa).</p><p>Os minerais são divididos em dois grupos, os microminerais</p><p>e os macrominerais, de acordo com as proporções</p><p>encontradas dentro do organismo e suas necessidades. Os</p><p>microminerais são encontrados em proporções menores nos</p><p>organismos, enquanto os macrominerais possuem</p><p>proporções maiores. Para se ter uma ideia, os microminerais representam menos de 1% do total de minerais</p><p>em um animal.</p><p>Os principais elementos químicos minerais para os organismos vivos são: cálcio (Ca), fósforo (P), sódio (Na),</p><p>cloro (Cl), potássio (K), magnésio (Mg), ferro (Fe) e iodo (I). Cada um realiza um papel de extrema importância</p><p>no metabolismo celular. Vamos estudar um pouco mais sobre eles.</p><p>Ca</p><p>O cálcio está associado à estrutura de dentes e ossos dos animais,</p><p>participa do processo de contração muscular e está envolvido no</p><p>funcionamento de nervos e na coagulação sanguínea. Ele é encontrado</p><p>em alimentos vegetais, como brócolis, espinafre, soja, linhaça e outros,</p><p>assim como em derivados do leite e nas sardinhas.</p><p>P</p><p>O fósforo também participa da formação de dentes e ossos, além de ser</p><p>fundamental para a estruturação dos ácidos nucleicos. Diversos</p><p>alimentos são fonte de fósforo: carnes (bovina, aves, peixes), ovos,</p><p>derivados do leite, feijões, ervilhas e outros.</p><p>Na</p><p>O sódio tem participação na regulação da homeostase celular, na</p><p>transmissão de impulsos nervosos e na estrutura das membranas</p><p>celulares. É adquiro naturalmente nos alimentos que possuem sal, como o</p><p>sal marinho utilizado na preparação de refeições.</p><p>Cl</p><p>O cloro é um ânion do fluido extracelular e tem participação na regulação</p><p>osmótica da célula junto com o sódio. As concentrações de cloro são</p><p>influenciadas pelas concentrações de sódio e potássio. É possível</p><p>verificar sua presença facilmente no ácido clorídrico do estômago,</p><p>participando do processo de digestão nos animais. O cloro pode ser</p><p>adquirido pela ingestão do sal comum combinado com o sódio.</p><p>K</p><p>O potássio, assim como o sódio e o cloro, participa do equilíbrio osmótico</p><p>da célula e do funcionamento das membranas. É encontrado em frutas,</p><p>verduras, feijão, leite e cereais.</p><p>Mg</p><p>O magnésio participa de processos químicos com enzimas e vitaminas,</p><p>sendo fundamental na formação da clorofila, pigmento fotossintetizante</p><p>presente nos cloroplastos dos vegetais. Também tem participação na</p><p>formação dos ossos nos animais e no funcionamento dos nervos e</p><p>músculos. Ele é encontrado em alimentos, como hortaliças de folhas</p><p>verdes, cereais, peixes, carnes, ovos, banana, feijão e soja.</p><p>Fe</p><p>O ferro é um mineral essencial para a homeostase celular, participando</p><p>da síntese de DNA e do metabolismo energético. Sua capacidade de</p><p>receber e doar elétrons o torna fundamental para diversos processos</p><p>metabólicos. Nas mitocôndrias, ele é importante para as enzimas da</p><p>cadeia respiratória, além de participar da fixação do nitrogênio. Em</p><p>alguns animais, o ferro é parte da estrutura da hemoglobina que</p><p>transporta gases nos eritrócitos, na mioglobina e no citocromo. Ele é</p><p>facilmente adquirido por meio da ingestão de carnes, ovos, legumes e</p><p>hortaliças de folhas verdes.</p><p>I</p><p>O iodo atua nos processos de oxidação celular e pode interferir no</p><p>metabolismo da água, proteínas, lipídeos e outros minerais. É um</p><p>elemento relativamente raro, embora seja encontrado em todos os</p><p>tecidos animais em diferentes concentrações.</p><p>Peixes e frutos do mar são</p><p>fontes de iodo. Por questões legislativas, o sal de cozinha é iodado</p><p>devido à importância desse mineral para o funcionamento do corpo</p><p>humano.</p><p>Componentes orgânicos da célula</p><p>Definição</p><p>Os componentes orgânicos são substâncias formadas a partir de cadeias carbônicas e apresentam diferentes</p><p>funções nas células e no corpo dos organismos vivos. Incluem-se nesse grupo as vitaminas, os carboidratos,</p><p>os lipídios, as proteínas, as enzimas e os ácidos nucleicos. Vamos estudá-los em mais detalhes?</p><p>Vitaminas</p><p>Vitaminas são substâncias orgânicas necessárias em pequenas quantidades para as atividades metabólicas</p><p>de um organismo. Trata-se de substâncias que o organismo não sintetiza, com exceção da vitamina D.</p><p>As vitaminas são divididas em duas classes:</p><p>Hidrossolúveis</p><p>São aquelas solúveis em água.</p><p>Lipossolúveis</p><p>São aquelas solúveis em lipídeos.</p><p>Veja no esquema a seguir as vitaminas, suas ações no organismo e as principais fontes alimentares:</p><p>A (retinol)</p><p>Evita a cegueira noturna e a xeroftalmia. Importante para o crescimento</p><p>normal das crianças. Essencial para os tecidos epiteliais do corpo.</p><p>B1 (tiamina)</p><p>Necessária para as funções específicas do coração e sistema nervoso.</p><p>Evita o beribéri.</p><p>B2 (riboflavina)</p><p>Necessária para a saúde da pele. Corrige a extrema sensibilidade dos</p><p>olhos à luz. Essencial para o crescimento e a proteção dos tecidos do</p><p>corpo.</p><p>B3 (niacinamida)</p><p>Necessária para converter os alimentos em energia. Colabora no sistema</p><p>nervoso. Combate a falta de apetite. Evita a pelagra.</p><p>B5 (ácido pantotênico)</p><p>Essencial para a fisiologia das suprarrenais, a saúde do sistema nervoso</p><p>e a produção de anticorpos.</p><p>B6</p><p>Importante para a saúde de dentes e gengivas, vasos sanguíneos,</p><p>glóbulos vermelhos e sistema nervoso.</p><p>B8 (biotina)</p><p>Necessária para a conservação da pele e das membranas mucosas.</p><p>Importante para o crescimento de pelos, cabelo e unhas.</p><p>B9 (ácido fólico)</p><p>Necessário para a produção de glóbulos vermelhos, para o sistema</p><p>nervoso e para o peristaltismo.</p><p>B12 (cobalamina)</p><p>Importante para a formação dos glóbulos vermelhos, a preservação da</p><p>saúde do sistema nervoso e a ativação do crescimento das crianças.</p><p>C (ácido ascórbico)</p><p>Essencial para o funcionamento do sistema imunológico, para a absorção</p><p>do ferro e para a saúde de dentes, gengivas e ossos. Fortalece as células</p><p>dos tecidos e os vasos sanguíneos.</p><p>D</p><p>Necessária para fortalecer os dentes e os ossos. Evita o raquitismo. Ativa</p><p>a absorção do cálcio e do fósforo.</p><p>E (tocoferóis)</p><p>Importante para a formação e o funcionamento de glóbulos vermelhos,</p><p>músculos e outros tecidos.</p><p>K</p><p>Essencial para a coagulação normal do sangue.</p><p>Atenção</p><p>Não ingerir a quantidade necessária para o organismo pode causar doenças. A falta de vitaminas é</p><p>conhecida como avitaminose e o seu excesso, por hipervitaminose.</p><p>Carboidratos</p><p>Os carboidratos são os açúcares, também conhecidos como glicídios. Eles são divididos em três grupos:</p><p>Monossacarídeos</p><p>São os açúcares mais simples. Possuem como fórmula geral (CH2O)n. Os</p><p>principais monossacarídeos são as pentoses (açúcares com 5 carbonos) e as</p><p>hexoses (açúcares com 6 carbonos). As pentoses mais importantes são as</p><p>que compõem os ácidos nucleicos: a ribose (RNA) e a desoxirribose (DNA). A</p><p>hexose mais conhecida é a glicose.</p><p>Dissacarídeos</p><p>São formados pela união de dois monossacarídeos. Na reação desses dois,</p><p>há a liberação de uma molécula de água e a síntese por desidratação. Por</p><p>outro lado, na quebra de um dissacarídeo, ocorre a entrada de uma molécula</p><p>de água na hidrólise. Exemplos de dissacarídeos incluem a sacarose (glicose</p><p>+ frutose), a maltose (duas moléculas de glicose) e a lactose (glicose +</p><p>galactose).</p><p>Polissacarídeos</p><p>São formados por várias moléculas de monossacarídeos, principalmente a</p><p>glicose. São insolúveis em água e podem ser quebrados em açúcares simples</p><p>por hidrólise. Tal insolubilidade é vantajosa para os seres vivos, pois permite</p><p>que eles participem como componentes estruturais da célula ou que</p><p>funcionem como armazenadores de energia.</p><p>Veja nas guias a seguir os principais polissacarídeos encontrados nos seres vivos, seja como reserva</p><p>energética, seja como componente estrutural das células.</p><p>Esferas lipídicas.</p><p>Amido</p><p>Importância biológica: Armazenado no amiloplasto de raízes tuberosas (mandioca, batata-doce, cará),</p><p>caules do tipo tubérculo (batatinha), frutos e sementes. Principal reserva energética dos vegetais.</p><p>Monossacarídeo constituinte: Glicose.</p><p>Glicogênio</p><p>Importância biológica: Armazenado no fígado e nos músculos. Principal reserva energética de animais</p><p>e fungos.</p><p>Monossacarídeo constituinte: Glicose.</p><p>Celulose</p><p>Importância biológica: Função estrutural na composição da parede celular da célula vegetal.</p><p>Monossacarídeo constituinte: Glicose.</p><p>Quitina</p><p>Importância biológica: Constitui o exoesqueleto dos artrópodes e é o componente principal da parede</p><p>celular dos fungos.</p><p>Monossacarídeo constituinte: Acetilglicosamina.</p><p>Lipídeos</p><p>Os lipídeos são as gorduras, abrangendo uma classe de</p><p>compostos variada que exerce funções biológicas</p><p>diferentes. Eles são essenciais para a manutenção da vida</p><p>celular e destacam-se como um componente fundamental</p><p>da formação das membranas das células.</p><p>Os lipídeos são insolúveis em água, mas solúveis em</p><p>solventes orgânicos, como o éter, o benzeno, o álcool e o</p><p>clorofórmio.</p><p>Proteínas</p><p>Estrutura tridimensional da mioglobina.</p><p>As proteínas são constituídas essencialmente por carbono</p><p>(C)</p><p>oxigênio (O)</p><p>nitrogênio (N) e hidrogênio (H). Participam da composição</p><p>de diversas estruturas do corpo dos seres vivos e possuem</p><p>função plástica e energética.</p><p>As proteínas são formadas pela união de aminoácidos. A</p><p>ligação que os une é conhecida como ligação peptídica.</p><p>Ligações peptídicas podem ser quebradas por hidrólise,</p><p>com os aminoácidos retornando à condição inicial.</p><p>Dois aminoácidos unidos por uma ligação peptídica formam</p><p>uma molécula de dipeptídeo, enquanto vários aminoácidos</p><p>unidos formam uma macromolécula denominada</p><p>polipeptídeo. A hemoglobina, por exemplo, é formada por</p><p>quatro cadeias polipeptídicas. Observe a ligação dos</p><p>aminoácidos a seguir.</p><p>Enzimas, anticorpos e hormônios são exemplos de proteínas</p><p>que exercem funções importantes para os seres vivos. Veja:</p><p>Enzimas</p><p>Aumentam a velocidade das reações químicas,</p><p>sendo conhecidas como catalisadores</p><p>biológicos.</p><p>Anticorpos</p><p>Participam dos mecanismos de defesa do</p><p>organismo.</p><p>Hormônios</p><p>Podem atuar diretamente no metabolismo de</p><p>açúcares, como a insulina e o glucagon.</p><p>Ácidos nucleicos</p><p>Existem duas classes de ácidos nucleicos encontrados nas células: ácido desoxirribonucleico (DNA) e ácido</p><p>ribonucleico (RNA). Ambos são macromoléculas de grande importância biológica, sendo responsáveis por</p><p>carregar as informações genéticas necessárias para o funcionamento da célula.</p><p>Os ácidos nucleicos são formados por nucleotídeos, os quais, por sua vez, são formados por açúcar</p><p>do tipo pentose, base nitrogenada e ácido fosfórico. A molécula de ácido nucleico é uma estrutura</p><p>linear de nucleotídeos unidos por ligações fosfodiéster. Essas ligações unem o carbono 3’ da</p><p>pentose ao carbono 5’ da pentose seguinte.</p><p>Dois tipos de pentose podem ser utilizadas na formação do nucleotídeo: as riboses, que formam o RNA; e as</p><p>desoxirriboses , que formam o DNA. As pentoses são açúcares cíclicos com cinco carbonos em sua estrutura,</p><p>formando a parte central do nucleotídeo.</p><p>A diferença entre as duas pentoses consiste no fato de a desoxirribose ter um átomo de oxigênio a menos no</p><p>carbono 2. Ao todo, existem cinco tipos diferentes de nucleotídeos. Em uma extremidade, fica o ácido</p><p>fosfórico; na outra, uma das cinco bases nitrogenadas.</p><p>Observe agora estrutura do DNA.</p><p>As bases nitrogenadas dos ácidos nucleicos são de dois tipos: as purinas e as pirimidinas. As purinas são</p><p>formadas por dois anéis cíclicos fusionados, enquanto as pirimidinas apresentam apenas um anel</p><p>heterocíclico.</p><p>No DNA, encontram-se as pirimidinas timina (T) e citosina (C) e as purinas adenina (A) e guanina (G). No RNA,</p><p>a uracila (U) está no lugar</p><p>da timina (T).</p><p>De forma resumida, há três diferenças fundamentais entre as moléculas de DNA e RNA:</p><p>O DNA possui açúcar desoxirribose e timina.</p><p>O RNA tem açúcar ribose e uracila.</p><p>O DNA apresenta fita dupla, ou seja, duas cadeias polinucleotídicas unidas por ligações de hidrogênio,</p><p>enquanto o RNA possui somente uma fita simples.</p><p>As duas cadeias do DNA estão unidas por ligações de hidrogênio entre as bases nitrogenadas formando</p><p>pares. Esses pares mantêm uma distância fixa e ocorrem entre certas bases. Os pares possíveis são entre:</p><p>adenina (A) e timina (T), guanina (G) e citosina (C).</p><p>As moléculas de RNA estão divididas em três classes principais: RNA mensageiro (RNAm); RNA ribossômico</p><p>(RNAr) e RNA transportador (RNAt). As três participam da síntese de proteínas.</p><p>O RNAm carrega a informação copiada do DNA que dita a sequência de aminoácidos, o RNAr forma os</p><p>ribossomos e o RNAt identifica e leva os aminoácidos até os ribossomos.</p><p>Atenção</p><p>Todos os seres vivos têm os dois tipos de ácidos nucleicos. Já os vírus apresentam somente um deles:</p><p>RNA ou DNA.</p><p>Os ácidos nucleicos</p><p>Neste vídeo, abordaremos como o conhecimento acerca dos ácidos nucleicos permitiu o desenvolvimento das</p><p>tecnologias moleculares atuais.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.</p><p>Componentes inorgânicos da célula</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Componentes orgânicos da célula</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>A água é a molécula mais importante para vida, exercendo muitos papéis moleculares. Sobre as funções da</p><p>água como componente celular, analise as assertivas a seguir:</p><p>I - Capaz de dissolver variadas substâncias.</p><p>II - Responsável pelo transporte de diversas substâncias.</p><p>III - Impede a ocorrência de reações químicas.</p><p>IV - Importante fator de regulação térmica dos organismos.</p><p>Estão corretas:</p><p>A I, somente.</p><p>B I e II, somente.</p><p>C III e IV, somente.</p><p>D I, II e IV.</p><p>E I, III e IV.</p><p>A alternativa D está correta.</p><p>A água é considerada solvente universal, tem como funções importantes o transporte de substâncias para</p><p>dentro e para fora das células e a regulação da temperatura corporal dos organismos. Ainda, atua como</p><p>meio ideal para a realização de diversas reações químicas nos seres vivos.</p><p>Questão 2</p><p>Amido e celulose são dois carboidratos sintetizados pelas plantas a partir da fotossíntese. Enquanto o amido</p><p>tem a função de reserva de energia, a celulose tem função estrutural, compondo a parede celular. Sobre</p><p>amido e celulose, podemos afirmar que são:</p><p>A Monossacarídeos</p><p>B Dissacarídeos</p><p>C Trissacarídeos</p><p>D Oligossacarídeos</p><p>E Polissacarídeos</p><p>A alternativa E está correta.</p><p>Os polissacarídeos são moléculas formadas por muitos monossacarídeos. São exemplos de polissacarídeos</p><p>o amido, o glicogênio e a celulose.</p><p>Ilustração 3d da membrana celular.</p><p>3. Características, funções e especializações da membrana plasmática</p><p>Características da membrana plasmática</p><p>A membrana plasmática é uma estrutura delgada que</p><p>envolve a célula. Medindo entre 7,5 e 10nm de espessura,</p><p>ela é visível apenas em microscopia eletrônica. Além de ser</p><p>composta por lipídios, proteínas e hidratos de carbono, sua</p><p>estrutura básica é semelhante à encontrada nas demais</p><p>membranas celulares, nos sistemas de endomembranas,</p><p>nas organelas e no envoltório nuclear.</p><p>Ultraestrutura da membrana</p><p>As membranas celulares, incluindo a membrana plasmática,</p><p>possuem a mesma estrutura básica e são formadas pelos</p><p>componentes apresentados a seguir.</p><p>Fosfolipídios</p><p>Os lipídios são substâncias insolúveis em água, mas solúveis em solventes orgânicos. Os fosfolipídios, a</p><p>categoria mais abundante de lipídios da membrana, são constituídos de dois ácidos graxos ligados por fosfato</p><p>de glicerol a um grupo polar. Essa estrutura forma uma cabeça polar ou hidrofílica e duas caudas de</p><p>hidrocarbonetos apolares ou hidrofóbicas.</p><p>Existem diferentes tipos de fosfolipídios encontrados nas membranas. As cadeias de hidrocarbonetos dos</p><p>fosfolipídios podem ser saturadas ou não.</p><p>Essa conformação dos fosfolipídios, com uma região hidrofílica e outra hidrofóbica, os caracteriza como</p><p>moléculas anfipáticas.</p><p>Em meio aquoso, os fosfolipídios tendem naturalmente a formar bicamada, com as caudas apolares voltadas</p><p>para a região hidrofóbica e as cabeças hidrofílicas em contato com a água na área citoplasmática ou não</p><p>citoplasmática. A bicamada lipídica proporciona fluidez à membrana e forma uma barreira de permeabilidade</p><p>seletiva.</p><p>Esfingolipídios</p><p>São componentes de membrana encontrados em menor quantidade. Os esfingolipídios possuem a mesma</p><p>estrutura dos fosfolipídios, embora haja diferenças químicas na formação da cabeça hidrofílica e das caudas</p><p>hidrofóbicas.</p><p>Colesterol</p><p>Trata-se de um esterol. Presente nas células animais, o colesterol está relacionado à fluidez da membrana</p><p>pela sua localização entre as caudas hidrofóbicas, alterando a compactação dos ácidos graxos. Ele reforça a</p><p>bicamada lipídica, tornando-a mais rígida e menos permeável.</p><p>Os lipídios correspondem aproximadamente a 40% da composição das membranas celulares, mas esse teor</p><p>pode variar em outros tipos de membranas. Quanto mais moléculas de colesterol na membrana, mais rígida ela</p><p>é, enquanto menos moléculas fazem com que ela fique mais fluida.</p><p>Cadeias saturadas</p><p>O fosfolipídio adota uma configuração</p><p>plana, criando, assim, conjuntos bem</p><p>compactos.</p><p>Cadeias não saturadas</p><p>Nas cadeias não saturadas, são</p><p>formadas angulações que separam os</p><p>fosfolipídios e dão à bicamada uma</p><p>configuração menos compacta.</p><p>Proteínas</p><p>São as moléculas responsáveis pela maioria das funções específicas das membranas, como transporte de íons</p><p>e moléculas polares, transdução de sinais, interação com hormônios, neurotransmissores e fatores de</p><p>crescimento, entre outros indutores químicos.</p><p>As proteínas de membrana se associam aos lipídios de duas formas, como: proteínas intrínsecas ou integrais e</p><p>proteínas extrínsecas ou periféricas. Veja detalhadamente a seguir!</p><p>Proteínas intrínsecas ou integrais</p><p>Atravessam a membrana, ficando com uma porção voltada para o citoplasma, uma parte mergulhada</p><p>na bicamada lipídica e outra voltada para a região não citoplasmática; por isso são conhecidas como</p><p>transmembrana. Canais iônicos, proteínas transportadoras e receptoras são exemplos de funções</p><p>dessas proteínas. Tal disposição das proteínas está relacionada à hidrofilia e à hidrofobia de seus</p><p>aminoácidos.</p><p>Proteínas extrínsecas ou periféricas</p><p>Não interagem diretamente com a região hidrofóbica da bicamada lipídica, ficando voltadas para a</p><p>região citoplasmática ou a não citoplasmática. A assimetria apresentada pelas proteínas é bem maior</p><p>do que a encontrada nos lipídios. Proteínas periféricas podem ser encontradas nas duas faces da</p><p>membrana plasmática aderidas aos fosfolipídios ou às proteínas integrais por meio de ligações</p><p>covalentes.</p><p>A proporção de proteínas nas membranas pode variar de acordo com a atividade funcional da membrana. As</p><p>membranas plasmáticas são compostas de 50% de proteínas. Na bainha de mielina das células nervosas, as</p><p>proteínas correspondem a 25% do peso total, enquanto nas membranas internas de mitocôndrias e</p><p>cloroplastos elas chegam a 75%.</p><p>Carboidratos</p><p>São encontrados na região não citoplasmática das membranas. Na membrana plasmática, portanto, os</p><p>carboidratos estão voltados para o meio extracelular, enquanto nas organelas citoplasmáticas eles se voltam</p><p>para o lúmen .</p><p>Os glicolipídios servem de proteção para a membrana contra ácidos e enzimas, além de participar dos</p><p>processos de reconhecimento celular. A combinação dos diferentes glicolipídios na superfície celular forma o</p><p>glicocálix, com uma espessura de cerca de 10 a 20nm, que é o principal responsável pela carga negativa da</p><p>superfície celular e confere proteção à célula.</p><p>Glicolipídios</p><p>Moléculas de lipídios ligadas a um resíduo</p><p>de açúcar.</p><p>Exemplo</p><p>Para que uma bactéria entre numa célula, é necessário que essa célula apresente determinado tipo de</p><p>glicolipídio na sua superfície.</p><p>A principal função dos carboidratos ligados às membranas é o reconhecimento molecular, permitindo a</p><p>comunicação intercelular.</p><p>Modelo do mosaico fluido</p><p>Considerando sua fluidez, o modelo estrutural da membrana plasmática foi proposto por Singer e Nicolson em</p><p>1972. Conhecido como modelo do mosaico fluido, ele foi o resultado de anos de pesquisas e experimentos</p><p>considerando estudos físicos, químicos e biológicos.</p><p>Como vimos, a natureza anfipática do fosfolipídio é responsável pela organização da membrana plasmática em</p><p>duas camadas. Nas faces externas das células e na parte voltada para o citoplasma, existe água, que faz com</p><p>que as cabeças dos fosfolipídios fiquem direcionadas a esses ambientes. Entre as camadas, onde não há</p><p>água, são encontradas apenas as caudas de cadeias de hidrocarbonetos.</p><p>As duas faces da membrana plasmática não são exatamente idênticas em suas composições. Por isso,</p><p>dizemos que a membrana plasmática é assimétrica. A distribuição dos fosfolipídios na face externa da</p><p>membrana difere da distribuição da face interna. Também há pequenas diferenças ao se comparar a</p><p>membrana plasmática às endomembranas da célula, assim como existem discrepâncias na comparação entre</p><p>membranas de diferentes tipos celulares.</p><p>Endomembranas</p><p>Membranas que delimitam as organelas citoplasmáticas.</p><p>Fluidez da membrana</p><p>A membrana plasmática apresenta fluidez em temperaturas fisiológicas porque os fosfolipídios não estão</p><p>estáticos: eles podem se movimentar livremente pela bicamada.</p><p>Essa fluidez relaciona-se à capacidade de seus componentes se movimentarem livremente pela superfície da</p><p>membrana, podendo se movimentar lateralmente, rodar no próprio eixo e ainda trocar de camada, embora</p><p>esse último movimento seja menos frequente.</p><p>Atenção</p><p>A fluidez da membrana varia conforme o comprimento e o número de duplas ligações das cadeias de</p><p>ácidos graxos dos lipídios. Quanto maior for o número de fosfolipídios insaturados (com duplas ligações),</p><p>mais fluida a membrana será. No entanto, quanto mais longas as cadeias carbônicas, maior será a</p><p>rigidez. Cadeias longas possuem maior interação, limitando a movimentação de cada uma.</p><p>Em temperatura alta</p><p>Com temperaturas mais altas, os fosfolipídios</p><p>se movimentam mais, fazendo com que a</p><p>membrana fique mais fluida.</p><p>Em temperatura baixa</p><p>Em temperaturas mais baixas, eles</p><p>tendem a formar grupos mais</p><p>compactos, deixando, assim, a</p><p>membrana mais rígida.</p><p>Membrana plasmática.</p><p>Células intestinais com modificações da membrana que</p><p>aumentam sua capacidade de absorção de substâncias</p><p>externas.</p><p>Alguns organismos mais simples podem modular a síntese dos fosfolipídios com mais duplas ligações em</p><p>situações de temperatura mais baixa, garantindo, assim, a manutenção da fluidez da membrana.</p><p>Estrutura da membrana</p><p>Neste vídeo, a professora explica como está organizada a membrana plasmática e descreve suas</p><p>características, as quais lhe conferem as propriedades de fluidez e seletividade.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Funções e especializações da membrana plasmática</p><p>Funções da membrana plasmática</p><p>As membranas celulares não representam somente barreiras de compartimentalização da célula, mas também</p><p>são estruturas de atividades complexas.</p><p>Trata-se de barreiras reais com permeabilidade seletiva que</p><p>controlam a entrada e a saída de íons e pequenas</p><p>moléculas, o que impede a troca indiscriminada de</p><p>elementos das organelas entre si e dos componentes</p><p>internos da célula com o meio extracelular. Além disso, dão</p><p>suporte físico para toda atividade organizada das enzimas</p><p>dentro da célula.</p><p>Essas membranas podem formar pequenas vesículas de</p><p>transporte, permitindo o deslocamento de substâncias</p><p>através do citoplasma. Elas participam do processo de</p><p>incorporação de substâncias presentes no meio</p><p>extracelular, chamado de endocitose, e do processo de</p><p>secreção de substâncias para o meio extracelular, denominado exocitose.</p><p>Outra função da membrana plasmática é a sua intervenção nos mecanismos de reconhecimento</p><p>celular por meio de receptores específicos, o que garante à célula a manutenção de suas condições</p><p>ideais ao longo de sua vida, garantindo a homeostase celular.</p><p>A membrana plasmática também é responsável pelos processos de adesão celular, que são essenciais para a</p><p>estruturação de organismos multicelulares.</p><p>Especializações da membrana plasmática</p><p>Algumas células possuem modificações ou especializações</p><p>de certos trechos da membrana plasmática, cuja principal</p><p>função é aumentar a adesão celular.</p><p>Além de unir células, determinadas especializações</p><p>impedem ou facilitam o trânsito de substâncias de uma</p><p>célula para outra ou para o meio externo, auxiliando até</p><p>mesmo no movimento de algumas células.</p><p>Eis alguns exemplos de especializações na estrutura da</p><p>membrana plasmática das células:</p><p>Microvilosidades</p><p>Projeções citoplasmáticas delgadas, imóveis. Localizadas na região apical</p><p>da célula, elas aumentam a superfície de contato e de troca da célula</p><p>com o meio, permitindo maior eficiência na absorção; logo, estão</p><p>presentes nas faces que não encostam em outras células vizinhas.</p><p>Podem ser encontradas nas células absortivas do epitélio intestinal e nos</p><p>túbulos proximais dos rins.</p><p>Cílios</p><p>Numerosas projeções cilíndricas curtas com movimentos rítmicos que</p><p>deslocam muco e outras substâncias na superfície do epitélio, como os</p><p>cílios encontrados no epitélio das tubas uterinas.</p><p>Flagelos</p><p>Projeções cilíndricas longas, móveis, os flagelos dão movimento à célula,</p><p>como o que existe nos espermatozoides. As células geralmente possuem</p><p>um ou pouquíssimos flagelos.</p><p>Interdigitações</p><p>São saliências e reentrâncias da membrana celular que estabelecem a</p><p>união e a comunicação com as células vizinhas e aumentam a extensão</p><p>da superfície celular, facilitando as trocas entre as células. São</p><p>encontradas, por exemplo, em células epiteliais.</p><p>Desmossomos</p><p>Encontrados nas células epiteliais, os desmossomos são especializações</p><p>em forma de placa arredondada que aumentam a adesão entre células</p><p>vizinhas, constituindo-se pelas membranas de duas células vizinhas.</p><p>Trata-se de locais onde o citoesqueleto se prende à membrana celular e,</p><p>ao mesmo tempo, as células aderem umas às outras. Esse tipo de adesão</p><p>é dependente de íons de cálcio. A face das duas células epiteliais em</p><p>contato com a lâmina basal apresenta estruturas parecidas com a dos</p><p>desmossomos, chamados de hemidesmossomos, pelo fato de elas não</p><p>possuírem a metade correspondente à outra célula epitelial.</p><p>Zonas de adesão</p><p>Também chamadas de junções aderentes, elas são responsáveis pela</p><p>adesão entre as células. Trata-se de estruturas semelhantes às dos</p><p>desmossomos, que formam um cinto contínuo em volta da célula. Tais</p><p>zonas são formadas por filamentos de actina e miosina e encontradas em</p><p>células epiteliais.</p><p>Zonas oclusivas</p><p>Também denominadas junções de oclusão, elas são responsáveis pela</p><p>vedação entre as células. Formam um cinturão ao redor das células</p><p>epiteliais por meio da união entre as células vizinhas para impedir a</p><p>passagem e o armazenamento de substâncias nos espaços</p><p>intercelulares, vedando a comunicação entre os meios.</p><p>Junções comunicantes</p><p>Têm como função a sinalização celular por meio de íons e moléculas</p><p>sinalizadoras que atravessam do citoplasma de uma célula diretamente</p><p>para o da célula seguinte sem a necessidade de passar pelo meio</p><p>extracelular. A passagem do sinalizador se dá pelo interior de um poro</p><p>formado pelas extremidades de duas proteínas, cada uma proveniente de</p><p>uma célula em junção. Esse transporte é muito rápido, tornando essa</p><p>especialização juncional a mais eficiente forma de comunicação entre</p><p>células animais. O tamanho e a forma da junção comunicante são</p><p>variáveis e mudam de acordo com o momento funcional da célula. Trata-</p><p>se do tipo de junção mais frequente entre as células, sendo encontrado</p><p>em praticamente todas as células dos vertebrados, exceto em células</p><p>sanguíneas, espermatozoides e músculo esquelético.</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.</p><p>Características gerais da membrana plasmática</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Funções da membrana plasmática</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Especializações da membrana plasmática</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>A membrana plasmática é o envoltório celular que tem fluidez e permeabilidade seletiva. Marque, entre as</p><p>opções a seguir, aquela que descreve corretamente a composição bioquímica da membrana plasmática.</p><p>A A membrana plasmática é composta por uma camada lipídica e outra camada proteica, com</p><p>carboidratos inseridos em ambas as faces.</p><p>BA membrana plasmática é composta por uma bicamada fosfolipídica, contendo proteínas integrais e</p><p>periféricas, além de carboidratos apenas na área não citoplasmática.</p><p>CO colesterol é um lipídio que fica preso à cabeça hidrofílica da bicamada fosfolipídica e às proteínas</p><p>periféricas, enquanto os carboidratos ficam voltados para a área citoplasmática.</p><p>DA bicamada lipídica da membrana plasmática é composta por uma camada de fosfolipídios e outra de</p><p>colesterol, contendo proteínas e carboidratos periféricos.</p><p>E A membrana plasmática é formada por uma bicamada de colesterol, onde fosfolipídios estão ancorados</p><p>junto com proteínas e carboidratos.</p><p>A alternativa B está correta.</p><p>A membrana plasmática é formada por uma bicamada de fosfolipídios com colesterol preso à cauda</p><p>hidrofóbica. Ela possui também proteínas integrais e periféricas, além de carboidratos voltados para a</p><p>região não citoplasmática.</p><p>Questão 2</p><p>A doença da inclusão das microvilosidades é um distúrbio congênito das células epiteliais do intestino que se</p><p>manifesta essencialmente por diarreia aquosa persistente desde o primeiro dia de vida, caracterizando uma</p><p>doença grave. Os alimentos não são absorvidos devido à superfície lisa e desorganizada das células do</p><p>epitélio intestinal.</p><p>(Adaptado de: OLIVEIRA et al., 2007).</p><p>Marque a opção que descreve corretamente as microvilosidades.</p><p>A São especializações da membrana que possuem movimento e auxiliam no deslocamento de muco e</p><p>outras substâncias.</p><p>B São especializações da membrana que formam um cinturão, ligando células adjacentes por meio de</p><p>canais de passagem.</p><p>C São especializações da membrana que aumentam a superfície de contato absortiva e de troca entre a</p><p>célula e o meio.</p><p>D São especializações cilíndricas e longas da membrana que possuem movimento e dão mobilidade às</p><p>células.</p><p>E São especializações da membrana que reforçam a adesão entre células vizinhas na forma de</p><p>ancoragem.</p><p>A alternativa C está correta.</p><p>As microvilosidades são especializações da membrana plasmática caracterizadas por serem projeções</p><p>citoplasmáticas presentes nas faces livres das células que aumentam a superfície de contato e de troca</p><p>entre a célula e o meio, tendo papel fundamental na absorção de células epiteliais do intestino.</p><p>4. Transporte transmembrana e sinalização celular</p><p>Permeabilidade e mecanismos de transporte</p><p>transmembrana</p><p>Permeabilidade da membrana</p><p>A membrana plasmática limita a célula, separando o</p><p>conteúdo citoplasmático do meio extracelular. No entanto,</p><p>as células passam sua vida interagindo com o ambiente</p><p>externo, seja pelas trocas gasosas por conta da respiração</p><p>celular, seja pela obtenção de íons e outras moléculas</p><p>necessárias para a sua manutenção metabólica.</p><p>Dizemos que a membrana possui permeabilidade seletiva,</p><p>isto é, a capacidade de controlar quais moléculas</p><p>atravessam seus domínios, devido à sua natureza lipídica.</p><p>Independentemente do tipo de célula e da função que</p><p>executa, para que os elementos possam atravessar a</p><p>membrana, é necessário corresponder a alguns critérios</p><p>que envolvem tamanho, polaridade e carga. Veja:</p><p>Moléculas menores têm mais facilidade de atravessar a bicamada da membrana.</p><p>Moléculas apolares atravessam a bicamada da membrana com mais facilidade do que moléculas</p><p>polares. Isso ocorre pelo fato de a membrana ser apolar.</p><p>Moléculas com carga, mesmo as muito pequenas, não conseguem atravessar a bicamada lipídica.</p><p>Esses critérios atuam em conjunto, de modo que as moléculas pequenas, apolares e sem carga atravessam</p><p>com mais facilidade a bicamada lipídica.</p><p>Atenção</p><p>Outro ponto a se considerar é a concentração: algumas moléculas atravessarão a membrana somente</p><p>quando houver diferença de concentração entre o meio intracelular e o extracelular. O oxigênio, por</p><p>exemplo, entra na célula quando sua concentração no meio extracelular é maior do que no intercelular.</p><p>Isso também vale para a saída de moléculas da célula.</p><p>Mecanismos de transporte transmembrana</p><p>Como dissemos, a permeabilidade seletiva está relacionada à natureza da molécula, seja ela física ou química,</p><p>e não tem relação com a função dela. Basicamente, dividimos os transportes transmembrana em dois tipos:</p><p>É importante saber que as substâncias se movem naturalmente, segundo um gradiente de concentração, da</p><p>região de alta concentração para a de mais baixa concentração ou do meio hipertônico para o meio</p><p>hipotônico:</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Meio isotônico</p><p>É aquele em que a concentração de soluto está</p><p>em equilíbrio entre as duas regiões.</p><p>Meio hipertônico</p><p>É aquele no qual a concentração de soluto é</p><p>maior em uma região (hipertônica) do que na</p><p>outra.</p><p>Meio hipotônico</p><p>É aquele em que a concentração de soluto é</p><p>menor em uma região (hipotônica) do que na</p><p>outra.</p><p>Tipos de transporte passivo</p><p>Existem dois tipos de transporte passivo: difusão e osmose. Vamos saber mais sobre eles a seguir.</p><p>Difusão</p><p>É o movimento de substâncias do meio hipertônico para o hipotônico até que haja equilíbrio entre os meios,</p><p>conforme se pode observar na imagem a seguir.</p><p>Nesse movimento, há dois tipos de difusão:</p><p>Difusão simples</p><p>As substâncias fluem do meio hipertônico para o hipotônico, respeitando os critérios de tamanho,</p><p>polaridade e carga. A entrada e a saída de moléculas por difusão simples ocorrem de modo que as</p><p>concentrações de soluto e solvente sejam equivalentes entre o meio intracelular e o extracelular. Da</p><p>mesma forma, dentro da própria célula, as substâncias podem se difundir dentro do citoplasma.</p><p>Difusão facilitada</p><p>Funciona de maneira semelhante à difusão simples, embora ocorra com o auxílio de proteínas que</p><p>regulam o transporte. Os íons e as moléculas sem carga precisam de auxílio para atravessar a</p><p>bicamada através de proteínas transmembranares. Inúmeras moléculas podem atravessar a</p><p>membrana sem gasto de energia seguindo o gradiente de concentração, mas a difusão facilitada se</p><p>realiza em velocidade maior que a simples. Isso ocorre por causa dos componentes proteicos (canais</p><p>iônicos e permeases), que facilitam e regulam o transporte de soluto entre os lados da membrana.</p><p>As proteínas transportadoras atravessam a bicamada lipídica de um lado ao outro. Por atravessarem a</p><p>membrana mais de uma vez, essas proteínas são do tipo multipasso. Elas podem ser formadas por duas ou</p><p>mais cadeias de proteínas diferentes e são altamente específicas, transportando somente um tipo de</p><p>molécula.</p><p>Como funcionam as proteínas transportadoras?</p><p>Existem dois grandes grupos de proteínas transportadoras de acordo com o tipo de transporte:</p><p>Proteínas carreadoras</p><p>Ligam-se à molécula em um dos lados da membrana e a liberam do outro</p><p>lado.</p><p>Canais proteicos</p><p>Funcionam para formar um canal que permite a passagem de um grande</p><p>número de moléculas ao mesmo tempo. A maioria dos canais proteicos</p><p>transporta íons; por isso, eles são chamados de canais iônicos. Esses</p><p>canais são altamente específicos e reconhecem apenas um tipo de íon;</p><p>assim, as células apresentam muitos canais iônicos distintos.</p><p>Existe uma proteína transportadora específica para a passagem de moléculas de água: trata-se das</p><p>aquaporinas. Elas estão presentes em muitos tipos celulares, como nos eritrócitos, mas estão ausentes em</p><p>ovócitos de anfíbios</p><p>e peixes.</p><p>Osmose</p><p>É semelhante à difusão simples, mas, nesse caso, as moléculas de água que se movimentam do meio menos</p><p>concentrado em soluto (hipotônico) para o meio mais concentrado em soluto (hipertônico).</p><p>Vimos que o transporte passivo por difusão ocorre do meio hipertônico para o hipotônico até que as</p><p>concentrações extra e intracelular se igualem. Mas há casos em que é necessário manter a desigualdade</p><p>entre os meios intra e extracelular, ocorrendo o movimento de moléculas contra o gradiente de concentração.</p><p>Isso ocorre por meio do transporte ativo.</p><p>Transporte ativo</p><p>É o movimento de substâncias ou moléculas contra o gradiente de concentração, cujo gasto energético</p><p>geralmente ocorre na forma de ATP. Esse tipo de transporte se dá somente por meio de proteínas</p><p>carreadoras.</p><p>Transporte ativo e passivo</p><p>Neste vídeo, a professora demonstra as diferenças entre os transportes ativo e passivo.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>O transporte ativo mais conhecido é a bomba de sódio e potássio. Nele, o sódio (Na+) é bombeado para fora</p><p>da célula, enquanto o potássio (K+) é bombeado para dentro. Ele é chamado de transporte ativo por ocorrer</p><p>contra o gradiente de concentração e haver gasto de energia a partir da quebra de uma molécula de ATP em</p><p>ADP + Pi.</p><p>Isso se dá porque normalmente há mais Na+ no espaço extracelular do que K+, enquanto no espaço</p><p>intracelular existe mais K+ do que Na+. Em resumo, o sódio entra na célula passivamente e é bombeado para</p><p>fora ativamente, enquanto que, no caso do potássio, ocorre o inverso.</p><p>As proteínas carreadoras podem ser classificadas em três grupos:</p><p>Antiporte</p><p>Transportam dois tipos de moléculas de cada</p><p>vez, mas em sentidos opostos.</p><p>Uniporte</p><p>Transportam apenas um tipo de molécula de</p><p>cada vez.</p><p>Simporte</p><p>Transportam dois tipos de moléculas de cada</p><p>vez no mesmo sentido.</p><p>Transporte de macromoléculas</p><p>Os tipos de transporte até agora discutidos servem apenas para que pequenas moléculas e íons atravessem a</p><p>membrana celular, entrando ou saindo da célula. No entanto, as células são capazes de transferir para o seu</p><p>interior macromoléculas, como as proteínas e até mesmo outros organismos.</p><p>Nesse caso, torna-se necessária a alteração na morfologia da membrana celular, formando dobras que</p><p>englobam o material a ser transportado para o interior da célula. Esse tipo de transporte é chamado de</p><p>endocitose e pode ocorrer por dois processos: a fagocitose e a pinocitose.</p><p>Fagocitose</p><p>A célula forma projeções denominadas pseudópodes que englobam partículas sólidas. Pela natureza</p><p>das partículas a serem transportadas e por suas dimensões, esse tipo de processo pode ser</p><p>facilmente observado em microscopia óptica. A fagocitose é um processo de alimentação de muitas</p><p>células. Para os animais, ela representa o mecanismo de defesa no qual suas células do sistema</p><p>imune englobam e destroem partículas estranhas ao organismo, recebendo o nome de células</p><p>fagocitárias.</p><p>Pinocitose</p><p>Inicialmente descrita como englobamento de partículas líquidas, ela é observada em praticamente</p><p>todas as células e ocorre a partir da invaginação da membrana plasmática, o que leva à formação de</p><p>pequenas vesículas de tamanho uniforme (200nm) que são puxadas para o interior da célula pelo</p><p>citoesqueleto. De maneira geral, a pinocitose é seletiva, ocorrendo somente quando a substância</p><p>adere a receptores de membrana. Ela, porém, pode ser não seletiva quando as vesículas englobam</p><p>todo tipo de fluido presente no meio extracelular.</p><p>Atenção</p><p>No caso de o transporte ser no sentido do citoplasma para o meio extracelular, esse processo recebe o</p><p>nome de exocitose.</p><p>Mecanismo de sinalização celular</p><p>Comunicação entre células.</p><p>Em organismos multicelulares, a comunicação entre células</p><p>é fundamental, permitindo que cada região do organismo</p><p>execute determinada função. Essa comunicação ocorre por</p><p>meio de sinais químicos, o que torna necessária a presença</p><p>de estruturas receptoras na membrana das células.</p><p>Na membrana plasmática, estão presentes moléculas</p><p>receptoras capazes de se ligar como moléculas</p><p>sinalizadoras ou simplesmente ligantes. As receptoras são</p><p>específicas para determinado tipo de ligante e</p><p>desencadeiam uma resposta na célula correspondente ao</p><p>estímulo do ligante.</p><p>Atenção</p><p>Nem sempre o ligante vai ser encontrado no meio: ele também pode fazer parte da membrana das</p><p>células sinalizadoras. Para isso, a membrana precisa estar perto da célula-alvo a fim de que tenha</p><p>contato com o receptor.</p><p>Há alguns tipos de sinalização de acordo com o tipo de molécula sinalizadora e com as células que possuem</p><p>receptores para esse fim. Vamos conhecê-las a seguir.</p><p>Sinalização autócrina</p><p>As moléculas têm vida curta e atuam na própria</p><p>célula.</p><p>Sinalização parácrina</p><p>As moléculas atuam nas células vizinhas e</p><p>possuem vida curta, sendo inativadas logo após</p><p>executar as suas funções.</p><p>Sinalização endócrina</p><p>A molécula sinalizadora, como os hormônios,</p><p>possui vida longa. Os hormônios são liberados</p><p>no espaço intercelular e carregados pela</p><p>circulação sanguínea.</p><p>Na sinalização dependente de contato, o sinalizador não é liberado. Ele fica disposto na membrana da célula</p><p>sinalizadora, sendo necessário o contato com o receptor da célula-alvo para que ocorra a ligação.</p><p>Ao ser liberado no meio celular, o ligante pode se conectar a um vasto número de células, porém um número</p><p>restrito delas possui o receptor para ele. A resposta ao ligante vai variar de acordo com as características do</p><p>receptor.</p><p>A maioria das células possui um conjunto específico de receptores para diferentes sinais químicos que podem</p><p>ativar ou inibir suas atividades. O tipo de resposta emitido por cada célula depende da estrutura molecular de</p><p>seu receptor.</p><p>Exemplo</p><p>Um bom exemplo dessa variação é o efeito que a acetilcolina tem em músculos esqueléticos e no</p><p>músculo cardíaco. No primeiro, ela estimula a contração; no segundo, diminui o ritmo e a força das</p><p>contrações.</p><p>A comunicação por meio de hormônios tende a ser lenta, pois leva um tempo para eles se distribuírem pela</p><p>corrente sanguínea. Somente após deixarem os vasos por difusão, os hormônios podem ser captados pelas</p><p>células com receptores.</p><p>A especificidade do hormônio depende da sua natureza química e do tipo de característica da célula-alvo. Os</p><p>hormônios ficam bastante diluídos na corrente sanguínea, e o líquido extracelular é fundamental para que os</p><p>receptores se liguem a eles.</p><p>Os receptores podem ser intracelulares no caso de a molécula sinalizadora ser pequena ou hidrofóbica</p><p>suficiente para deixar a membrana plasmática. No caso das moléculas sinalizadoras que não podem</p><p>atravessar a membrana, eles são extracelulares, ficando expostos na superfície da membrana.</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.</p><p>Permeabilidade e mecanismos de transporte transmembrana</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Transporte de macromoléculas na célula</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Mecanismos de sinalização celular</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>A membrana plasmática possui como uma de suas principais funções o controle da entrada e saída de</p><p>substâncias da célula. Por causa da sua permeabilidade seletiva, há moléculas que podem atravessá-la</p><p>livremente seguindo o gradiente de concentração, ou seja, movendo-se da região mais concentrada para a</p><p>menos concentrada sem que haja gasto de energia.</p><p>O tipo de transporte em questão é:</p><p>A o transporte bilateral.</p><p>B o transporte unilateral.</p><p>C o transporte ativo.</p><p>D o transporte passivo.</p><p>E o transporte em bloco.</p><p>A alternativa D está correta.</p><p>As substâncias podem entrar e sair da célula por transporte passivo, como a difusão simples e a difusão</p><p>facilitada, sem que haja gasto de energia e seguindo o gradiente de concentração.</p><p>Questão 2</p><p>Além de íons e moléculas, as células são capazes de englobar e expulsar macromoléculas e</p><p>até mesmo</p><p>organismos microscópicos através da sua membrana. Observe a imagem a seguir e identifique quais</p><p>processos estão ocorrendo nas células A e B.</p><p>A A: endocitose; B: fagocitose.</p><p>B A: fagocitose; B: endocitose.</p><p>C A: exocitose; B: pinocitose.</p><p>D A: pinocitose; B: exocitose.</p><p>E A: fagocitose; B: pinocitose.</p><p>A alternativa D está correta.</p><p>A pinocitose é um tipo de endocitose em que a célula engloba partículas e caracteriza-se pela formação de</p><p>uma invaginação. A exocitose é o processo de expulsão de partículas de dentro da célula para o meio</p><p>extracelular.</p><p>5. Conclusão</p><p>Considerações finais</p><p>Neste conteúdo, estudamos as diferenças entre as células procariontes, que incluem as bacterianas, e as</p><p>eucariontes, mais complexas e que incluem as células animais, vegetais e fúngicas. Ainda conhecemos a</p><p>composição química das células e a importância das moléculas orgânicas e inorgânicas tanto para seu</p><p>funcionamento quanto para o próprio funcionamento do organismo vivo como um todo.</p><p>Após um enfoque geral nas células, voltamos nossos estudos para as membranas celulares, principalmente</p><p>para a membrana plasmática. Essa membrana forma uma barreira que delimita a célula e fornece suporte</p><p>físico para as organelas celulares e as atividades intracelulares.</p><p>A membrana plasmática possui permeabilidade seletiva, controlando a entrada e a saída de substâncias, e é</p><p>responsável por outros processos, como a sinalização e a comunicação com o meio externo e outras células,</p><p>por exemplo. Ela ainda pode apresentar especializações que propiciam maior eficiência na absorção de</p><p>substâncias (por exemplo, as microvilosidades de células absortivas do epitélio intestinal), maior</p><p>deslocamento de substâncias do meio externo (os cílios de células do epitélio das tubas uterinas que</p><p>deslocam muco) ou até mesmo o movimento das células (os flagelos dos espermazoides), entre outras.</p><p>Conhecer os diferentes tipos celulares, sua composição e as funções desempenhadas pela membrana</p><p>plasmática é, portanto, primordial para o estudo da vida de forma geral.</p><p>Podcast</p><p>Ouça o podcast sobre as principais características das membranas celulares.</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para ouvir o áudio.</p><p>Explore +</p><p>Para aprofundar o seu conhecimento acerca das estruturas celulares, visite o interior de uma célula</p><p>animal assistindo ao vídeo Biologia: estrutura celular, disponível no canal Nucleus medical media, no</p><p>YouTube.</p><p>Você também pode observar como o transporte através da membrana ocorre! Veja o vídeo Transporte</p><p>de membrana, disponível no canal BioMol I, também no YouTube.</p><p>Referências</p><p>ALBERTS, B. et al. Biologia molecular da célula. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.</p><p>AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia: biologia das células. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2015.</p><p>JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.</p><p>JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO J. Histologia básica: texto e atlas. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,</p><p>2013.</p><p>•</p><p>•</p><p>MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J. L. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. 13.ed. Rio de</p><p>Janeiro: Elsevier, 2013.</p><p>OLIVEIRA, A. et al. Doença da inclusão das microvilosidades: a importância do trabalho de enfermagem na</p><p>doença crónica grave. Nascer e crescer. v. 16. n. 2. 2007. p. 81-83.</p><p>ROBERTIS, E. M. F. de. Bases da biologia celular e molecular. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.</p><p>TACO. Tabela brasileira de composição de alimentos. 4.ed. Campinas: NEPA-UNICAMP, 2011.</p><p>Células, sua composição química e membranas celulares</p><p>1. Itens iniciais</p><p>Propósito</p><p>Objetivos</p><p>Introdução</p><p>1. Células procariontes e eucariontes</p><p>Tipos celulares e células procariontes</p><p>Os tipos celulares</p><p>Exemplo</p><p>Células procariontes</p><p>Envoltório</p><p>Saiba mais</p><p>Fímbrias</p><p>Pili</p><p>Flagelos</p><p>Citoplasma</p><p>Células eucariontes</p><p>Conceito</p><p>Membrana plasmática e parede celular</p><p>Atenção</p><p>Citoplasma e núcleo</p><p>Atenção</p><p>Organismos unicelulares</p><p>Organismos pluricelulares</p><p>Atenção</p><p>Saiba mais</p><p>Evolução dos microscópios e sua importância para o estudo das células</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Células procariontes</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Células eucariontes</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>2. Componentes inorgânicos e orgânicos da célula</p><p>Componentes inorgânicos da célula</p><p>Conceituação</p><p>Moléculas inorgânicas</p><p>Moléculas orgânicas</p><p>Água</p><p>Capacidade de dissolver substâncias</p><p>Alto calor específico</p><p>Alto calor latente de vaporização</p><p>Coesão</p><p>Difusão</p><p>Osmose</p><p>Resumindo</p><p>Minerais</p><p>Ca</p><p>P</p><p>Na</p><p>Cl</p><p>K</p><p>Mg</p><p>Fe</p><p>I</p><p>Componentes orgânicos da célula</p><p>Definição</p><p>Vitaminas</p><p>Hidrossolúveis</p><p>Lipossolúveis</p><p>A (retinol)</p><p>B1 (tiamina)</p><p>B2 (riboflavina)</p><p>B3 (niacinamida)</p><p>B5 (ácido pantotênico)</p><p>B6</p><p>B8 (biotina)</p><p>B9 (ácido fólico)</p><p>B12 (cobalamina)</p><p>C (ácido ascórbico)</p><p>D</p><p>E (tocoferóis)</p><p>K</p><p>Atenção</p><p>Carboidratos</p><p>Monossacarídeos</p><p>Dissacarídeos</p><p>Polissacarídeos</p><p>Amido</p><p>Glicogênio</p><p>Celulose</p><p>Quitina</p><p>Lipídeos</p><p>Proteínas</p><p>Enzimas</p><p>Anticorpos</p><p>Hormônios</p><p>Ácidos nucleicos</p><p>Atenção</p><p>Os ácidos nucleicos</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Componentes inorgânicos da célula</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Componentes orgânicos da célula</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>3. Características, funções e especializações da membrana plasmática</p><p>Características da membrana plasmática</p><p>Ultraestrutura da membrana</p><p>Fosfolipídios</p><p>Esfingolipídios</p><p>Colesterol</p><p>Proteínas</p><p>Proteínas intrínsecas ou integrais</p><p>Proteínas extrínsecas ou periféricas</p><p>Carboidratos</p><p>Exemplo</p><p>Modelo do mosaico fluido</p><p>Fluidez da membrana</p><p>Atenção</p><p>Estrutura da membrana</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Funções e especializações da membrana plasmática</p><p>Funções da membrana plasmática</p><p>Especializações da membrana plasmática</p><p>Microvilosidades</p><p>Cílios</p><p>Flagelos</p><p>Interdigitações</p><p>Desmossomos</p><p>Zonas de adesão</p><p>Zonas oclusivas</p><p>Junções comunicantes</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Características gerais da membrana plasmática</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Funções da membrana plasmática</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Especializações da membrana plasmática</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>4. Transporte transmembrana e sinalização celular</p><p>Permeabilidade e mecanismos de transporte transmembrana</p><p>Permeabilidade da membrana</p><p>Atenção</p><p>Mecanismos de transporte transmembrana</p><p>Meio isotônico</p><p>Meio hipertônico</p><p>Meio hipotônico</p><p>Tipos de transporte passivo</p><p>Difusão</p><p>Difusão simples</p><p>Difusão facilitada</p><p>Proteínas carreadoras</p><p>Canais proteicos</p><p>Osmose</p><p>Transporte ativo</p><p>Transporte ativo e passivo</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Antiporte</p><p>Uniporte</p><p>Simporte</p><p>Transporte de macromoléculas</p><p>Fagocitose</p><p>Pinocitose</p><p>Atenção</p><p>Mecanismo de sinalização celular</p><p>Atenção</p><p>Sinalização autócrina</p><p>Sinalização parácrina</p><p>Sinalização endócrina</p><p>Exemplo</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Permeabilidade e mecanismos de transporte transmembrana</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Transporte de macromoléculas na célula</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Mecanismos de sinalização celular</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 2</p><p>5. Conclusão</p><p>Considerações finais</p><p>Podcast</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Explore +</p><p>Referências</p>