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<p>BOVINOS DE LEITE</p><p>O aumento na produção de leite observado no Brasil nos últimos anos se deve ao processo acelerado de adoção de tecnologias, especialmente as relacionadas a seleção genética dos animais, melhorias no manejo e na nutrição adequada dos rebanhos.</p><p>Quando falamos em gado leiteiro e produção de leite, um ponto que devemos levar em consideração são as diferentes condições climáticas. O Brasil é um país com grande extensão territorial e em função disso, para cada região temos características climáticas distintas, sendo um desafio para as raças de gado de leite não aptas ou adaptadas às regiões em que estão inseridas.</p><p>*As raças de bovinos de leite são divididas em Taurinas e Zebuínas.</p><p>-TAURINAS: São animais provenientes da Europa, apresentam alta produtividade e desempenho, porém são animais com baixa rusticidade, ou seja, animais mais sensíveis às condições climáticas e de manejo. Portanto, são animais mais adaptados a regiões onde as temperaturas são mais amenas,</p><p>como a região Sul. As raças Taurinas mais comuns no Brasil são a Holandesa, Jersey e a Pardo Suíça. As vacas holandesas, por exemplo, são reconhecidas pelo seu alto potencial produtivo, porém sua produção diminui significativamente nos dias mais quentes do ano, mesmo em regiões de clima mais ameno como a região sul. A zona termoneutra (temperatura ideal), para vacas holandesas, situa-se entre 5 e 26 graus. Por esse motivo, o uso de ferramentas como ventilação e aspersão são imprescindíveis para manter a produção de leite/animal/dia estável.</p><p>-ZEBUÍNAS: São provenientes da Ásia, são animais mais rústicos e tolerantes a clima quente, porém com menor produção, aproveitam eficientemente alimentos grosseiros e de baixa qualidade e resistem a endo e ectoparasitas. Temos como exemplo as raças Gir, Guzerá, Sindi e também a Raça brasileira Girolando, a qual foi formada através do cruzamento entre uma raça Taurina (Holandesa) e uma raça Zebuína (Gir), com objetivo de aliar as características produtivas e precoces da raça Holandesa com a rusticidade e adaptação a climas mais quentes da raça Gir. É uma raça que se adapta bem a praticamente todas as regiões.</p><p>*CARACTERÍSTICAS GERAIS DO GADO LEITEIRO:</p><p>-Possuem menos massa muscular;</p><p>-São mais angulosos, profundos e com ossos aparentes;</p><p>-Vacas de leite muito gordas não são boas produtoras de leite;</p><p>-Devem possuir boa conformação de úbere e tetos;</p><p>-Boa conformação de membros locomotores e cascos fortes;</p><p>-Alta produção de leite com bom percentual de gordura e proteína;</p><p>-Ter boa fertilidade e facilidade ao parto;</p><p>-Boa persistência a lactação;</p><p>-Serem animais longevos e saudáveis, pois permanecem na propriedade por no mínimo 5 lactações.</p><p>*RAÇAS LEITEIRAS:</p><p>1. HOLANDESA</p><p>-Raças mais especializadas para a produção de leite;</p><p>-Raça difundida em todo mundo;</p><p>-Grande porte;</p><p>-Acentuada precocidade sexual;</p><p>-Animais mais exigentes: cuidados, conforto e clima;</p><p>-Mandíbulas fortes;</p><p>-Vértebras dorsais: sobressaem-se ao largo peito, com grande capacidade circulatória e respiratória;</p><p>-Dorso: reto e forte;</p><p>-Garupa: comprida(distância grande entre ísquio e íleos), larga</p><p>(distância grande entre íleos) e ligeiramente desnivelada;</p><p>-Coxas: retas, delgadas ligeiramente côncavas, bem</p><p>separadas entre si, cedendo amplo lugar para o úbere;</p><p>-Úbere: simétrico, largura e profundidade moderada está</p><p>fortemente inserido ao abdômen e à base do osso da bacia;</p><p>-Membros: com ossatura limpa, chata e de movimentos</p><p>funcionais que terminam em patas fortes e cascos bem</p><p>torneados;</p><p>-Produção média diária = 29,63 kg (9.036 kg em 305 dias);</p><p>-Idade ao primeiro parto= 25 a 27 meses;</p><p>-Intervalo de partos= 15 a 17 meses.</p><p>2. JERSEY</p><p>-Segunda raça leiteira mais criada no mundo;</p><p>-Uma das mais rústicas (europeias);</p><p>-Pequeno porte;</p><p>-Eficiência alimentar/ boa produtividade;</p><p>-Elevada precocidade, fertilidade e longevidade;</p><p>-Menor intervalo de partos;</p><p>-Leite com altos teores de sólidos;</p><p>-Adaptação a climas diversos;</p><p>-Pele escura;</p><p>-Garupa bem desenvolvida, nivelada, larga (distância grande entre íleos) e comprida (distância grande entre ísquios e íleos);</p><p>-Sistema locomotor: ossatura plana e compacta(proporcional ao tamanho);</p><p>-Úbere: profundidade mediana, bem desenvolvido e boa sustentação;</p><p>-Produção em 305 dias= 3.500 a 5.500kg;</p><p>-Idade ao primeiro parto: 26 a 30 meses;</p><p>-Intervalo de partos: 12 a 14 meses.</p><p>3. PARDO - SUÍÇA</p><p>-Raça leiteira conhecida mais antiga do mundo;</p><p>-Fortes características físicas;</p><p>-Animais de grande porte;</p><p>-Adaptação a climas quentes.</p><p>-Corpo: amplo e peito largo;</p><p>-Garupa: ampla e larga;</p><p>-Estrutura óssea sólida e musculatura forte;</p><p>-Membros curtos com bons aprumos (um dos melhores entre as raças leiteiras) e cascos resistentes;</p><p>-Úbere: bem implantado e volumoso;</p><p>-Produção média (305 dias): 6.000kg;</p><p>-Idade ao primeiro parto: 27 a 30 meses;</p><p>-Intervalo de partos: 15 meses.</p><p>4. GIR</p><p>-Origem: sul da Índia;</p><p>-Grande porte e musculosidade;</p><p>-Pelagem variada;</p><p>-Temperamento dócil;</p><p>-Mais utilizada em cruzamentos mestiços leiteiros;</p><p>-Predomínio região Sudeste;</p><p>-Produção média (305 dias): 2.965kg de leite;</p><p>-Idade aoprimeiroparto: 42 meses.</p><p>5. GUZERÁ</p><p>-Origem:Norte da Índia (Paquistão);</p><p>-Dupla aptidão;</p><p>-Altamente rústica: termotolerância, resistência a endo e ectoparasitas e capacidade de utilizar forrageiras grosseiras;</p><p>-Regiões: Sudeste e Nordeste;</p><p>-Brasil e Índia são os principais criadores da raça no mundo.</p><p>-Produção média ajustada para idade adulta (305 dias)= 2.121kg leite;</p><p>-Idade ao primeiro parto: 42 meses.</p><p>6. SINDI</p><p>-Origem: Norte do Paquistão;</p><p>-Duplo propósito;</p><p>-Rusticidade;</p><p>-Elevada fertilidade;</p><p>-Dócil;</p><p>-Região Nordeste;</p><p>-Produção média= 1.700kg leite/ lactação;</p><p>-Pele preta ou escura;</p><p>-Dorso largo ereto ligado à garupa de forma harmoniosa,</p><p>com boa cobertura muscular (aptidão leiteira);</p><p>-Garupa comprida e larga;</p><p>-Membros: ossatura forte, com boa cobertura muscular e aprumos;</p><p>-Úbere: volume médio.</p><p>7. KIWICROSS</p><p>-Facilidade de parto;</p><p>-Excelente fertilidade;</p><p>-Animais mais duradouros;</p><p>-Maior produção de sólidos no leite;</p><p>-Eficiência alimentar;</p><p>-Ocupam menos espaço e demandam menos alimento.</p><p>MANEJO DE VACAS EM LACTAÇÃO</p><p>Necessidade de estar atento a</p><p>todas as variáveis de uma</p><p>propriedade, todo sistema pode ser funcional, como pode ser desastroso. Existe a melhor tecnologia para cada produtor e para cada sistema.</p><p>· FASES DA LACTAÇÃO:</p><p>1- Início: é o momento de maior exigência nutricional, a estratégia é de aumentar a densidade energética e proteica da dieta.</p><p>2- Meio: o animal neste momento já alcançou o pico de lactação e</p><p>capacidade máxima de IMS. A partir deste momento ocorre a diminuição gradativa da</p><p>produção, a dieta não necessita mais estar muito adensada.</p><p>3- Fim: a dieta é menos densa, deve adicionar maior quantidade de fibras. A relação de volumoso/concentrado deve ser menor e começa a preparação da vaca para a secagem.</p><p>· DIETA:</p><p>Mudanças na dieta alteram a curva</p><p>de lactação para cima ou para baixo, as respostas acontecem gradualmente, após 7 dias ocorre 66% do efeito. Em um período de 14 a 21 dias após a troca da dieta pode-se observar o completo efeito da mesma.</p><p>· DIVISÃO DOS ANIMAIS:</p><p>Os objetivos são reduzir estresse, melhorar o trânsito dos animais pelas instalações, aumentar a qualidade da alimentação, permitir adequados manejos nutricionais dos lotes e diminuir a competição entre animais.</p><p>· DIVISÃO POR LOTES:</p><p>Pode ser baseado na:</p><p>–Produção de leite;</p><p>–Escore corporal;</p><p>–“Status” reprodutivo;</p><p>–Estágio da lactação.</p><p>· NÚMERO DE GRUPOS:</p><p>Existem no mínimo quatro grupos:</p><p>–Vacas recém paridas, permanece no grupo 30 a 40 dias;</p><p>–Vacas de alta produção, permanecem no grupo por 2 a 3</p><p>meses;</p><p>–Vacas de produção média permanecem animais que estão no último terço de lactação;</p><p>–Vacas produção baixa ou próximo a secagem.</p><p>· PRIMÍPARAS:</p><p>A novilha torna-se primípara após o primeiro parto. Esse animal ainda está em fase de crescimento e, portanto, não alcançou seu peso adulto e, durante o período pós-parto, tem uma necessidade nutricional maior. É recomendável fazer um lote apenas de primíparas, pois há ação de dominância pelas vacas adultas.</p><p>· ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL:</p><p>É uma medida subjetiva da quantidade de gordura, ou</p><p>quantidade de reserva que um animal possui. 50 a 70% das reservas de vacas holandesas</p><p>encontram-se nos tecidos subcutâneos, 20 a 30% estão na gordura intra-abdominal. A gordura subcutânea é a primeira a ser mobilizada.</p><p>· UTILIZAÇÃO DE ENERGIA:</p><p>Metabolismo basal (é o mínimo de energia necessária para manter as funções do organismo em repouso, como os batimentos cardíacos, a pressão arterial, a respiração e a manutenção da temperatura corporal), atividades, crescimento, reserva energética básica, gestação, lactação, reservas energéticas adicionais, ciclicidade reprodutiva e excesso de reserva.</p><p>· ORDENHA MANUAL E MECÂNICA:</p><p>A ordenha manual é o sistema mais comumente utilizado, sendo a ordenha mecânica mais empregada em propriedades com nível tecnológico elevado e vacas de maior produção.</p><p>Todo sistema de ordenha mecânica possui cinco elementos básicos:</p><p>1– sistema de geração de vácuo;</p><p>2- sistema de condução;</p><p>3- regulação de vácuo;</p><p>4– sistema de pulsação;</p><p>5– sistema de extração de leite.</p><p>1- HIGIENE NA ORDENHA:</p><p>É definida como um conjunto de práticas necessárias para evitar que microrganismos tenham acesso à glândula mamária. Deste conjunto fazem parte: limpeza correta das tetas e equipamentos, água limpa em abundância, desinfecção das tetas e instalações. Evitar a presença de microrganismos nas extremidades das tetas constitui o desafio para o</p><p>controle da mastite.</p><p>2- LOCAL DE ORDENHA:</p><p>Optar por um terreno mais alto para facilitar as tarefas de limpeza e escoamento de água e dejetos. Deve, ainda, ser distante de locais causadores de odores, tais como: esterqueiras, chiqueiros, galinheiros e fossas, pois o leite pode absorver odores de acordo com o ambiente onde é extraído. O local destinado à ordenha deve possuir água de boa qualidade e em quantidade suficiente para manter o local rigorosamente limpo. É importante que seja ventilado, pois o calor excessivo e a presença de umidade permitem a proliferação de moscas.</p><p>a) Práticas que devem ser adotadas diariamente:</p><p>- Remover fezes e lavar a sala de ordenha com água corrente.</p><p>- Manter o local rigorosamente seco. b) Prática adotada mensalmente:</p><p>- Desinfetar as instalações com produtos à base de cresóis ou cal queimada.</p><p>3- Sequência recomendada para a ordenha manual:</p><p>-Conduzir as vacas, sem maus-tratos, para a sala de ordenha. -Conter a cauda e as pernas da vaca. -Prender o banquinho na altura do quadril do ordenhador.</p><p>-Lavar as mãos e os antebraços com auxílio de escova e sabão e secá-los com uma toalha limpa.</p><p>-Lavar as tetas com água fria, corrente e tratada.</p><p>-Secar as tetas com papel-toalha descartável ou papel higiênico apropriado.</p><p>-Examinar os primeiros jatos de leite, em caneca de fundo escuro. Os primeiros jatos arrastam as bactérias que ficam no canal da teta e contaminam o leite, o exame do leite é importante para identificar as vacas com mastite clínica.</p><p>-Iniciar a ordenha em um minuto, obedecendo à seguinte ordem (linha de ordenha):</p><p>1°) vacas de primeira cria;</p><p>2°) vacas sadias;</p><p>3°) vacas com mastite reincidente, pois estas podem estar com mastite subclínica (mastite oculta ou inaparente);</p><p>4°) vacas em colostro;</p><p>5°) vacas doentes devem ser ordenhadas por último, em outro local.</p><p>*O leite das vacas em colostro e em tratamento (ordem 4 e 5) NÃO deve</p><p>ser misturado com o leite das demais (no tanque ou tarro), e NÃO deve ser</p><p>aproveitado para consumo humano.</p><p>*Desinfetar as tetas após a ordenha, com solução apropriada. Manter os animais de pé por até duas horas, tempo necessário para que o esfíncter da teta volte a se fechar após a ordenha. Para isso, recomenda-se fornecer alimentação no cocho.</p><p>4-DESINFECÇÃO DAS TETAS:</p><p>A desinfecção pode ser realizada antes da ordenha (pré-dipping) e a prática mais frequente é após a ordenha (pós-dipping).</p><p>*Preparação do animal:</p><p>-Mergulhar os tetos em solução desinfetante antes da ordenha (pré</p><p>dipping).</p><p>-Pode-se usar soluções comerciais à base de iodo, cloro, clorexidina.</p><p>-De forma geral, não se deve lavar os tetos.</p><p>-Só lavar em caso de úbere muito sujo e, neste caso, lavar apenas a</p><p>região dos tetos.</p><p>-Após a desinfecção, secar os</p><p>tetos com papel toalha descartável. Utilizar partes diferentes do papel para secar cada teto individualmente. Não usar</p><p>panos.</p><p>*Pós ordenha:</p><p>-Mergulhar os tetos em soluções desinfetantes (pós-dipping), pode-se usar soluções comerciais à base de iodo, clorexidina, mas precisam conter um emoliente (glicerina).</p><p>· QUANTIDADE DE ORDENHA:</p><p>– 1 ordenha indicada para animais que produzem menos de 10 L/dias;</p><p>– 2 ordenhas animais com mais de 10 L/dia;</p><p>– 3 ordenhas ou mais animais com produção maior que 30 L/dia.</p><p>· TESTES DE MASTITE:</p><p>1- Teste da caneca: realizar o teste da caneca diariamente em todas as ordenhas.</p><p>Como fazer: retirar os primeiros jatos de leite de cada quarto mamário em uma caneca de fundo preto.</p><p>Resultado:</p><p>Leite com grumos, sangue ou pus é positivo para mastite (primeira imagem).</p><p>Leite normal é negativo (segunda imagem).</p><p>2- Teste CMT (California Mastitis Test): realizar uma vez ao mês em todas as vacas.</p><p>Como fazer: retirar os primeiros jatos de leite de cada quarto mamário em uma divisão de bandeja de CMT, adicionar o reagente e homogeneizar.</p><p>Resultado: se constar algum tipo de viscosidade, é mastite subclínica.</p><p>LEITE E SUAS PROPRIEDADES</p><p>· RECEPÇÃO DO LEITE:</p><p>O leite é trazido das fazendas ou</p><p>centros de coleta para o laticínio</p><p>para processamento. São usados desde tambores plásticos até caminhões tanque. O leite deve ser resfriado a temperaturas menores do que 4ºC imediatamente após a</p><p>ordenha.</p><p>*Os primeiros passos da</p><p>manutenção da qualidade são realizados na granja leiteira. De maneira a diminuir a deterioração do leite, tanques refrigerados</p><p>com agitação podem ser utilizados.</p><p>*Temperatura máxima 7ºC, 3:00h após o término da ordenha.</p><p>Temperatura máxima 10ºC na Indústria/Posto de Refrigeração.</p><p>· PASSOS PARA A COLETA:</p><p>1- Contato com o proprietário e</p><p>proposta de parceria;</p><p>2- Cadastro do produtor no</p><p>programa de coleta;</p><p>3- Avaliação da propriedade:</p><p>Visita pelos setores da propriedade, pontos fortes e fracos, plano de ação e metas a atingir;</p><p>4- Material de coleta das amostras.</p><p>· O QUE É O LEITE:</p><p>Produto da secreção de glândulas</p><p>mamárias de fêmeas, cuja função natural é alimentar o recém- nascido.</p><p>É uma mistura homogênea de grande número de substâncias (lactose, lipídios, proteínas, sais, vitaminas, enzimas, água) das quais algumas estão em emulsão (lipídica) e outras em suspensão (caseína e sais minerais) e outras em dissolução verdadeira (lactose, proteínas do soro, vitaminas hidrossolúveis, sais).”</p><p>· HOMOGENEIZAÇÃO DO LEITE:</p><p>Reduz mecanicamente o tamanho</p><p>do glóbulo de gordura, prolongando a estabilidade da emulsão. Consiste em submeter o leite a grande pressão e forçá-lo a passar por uma abertura estreita.</p><p>Visa romper glóbulos de gordura em partículas menores, diminuindo a formação de nata e a tendência de agregação dos glóbulos.</p><p>· TIPOS DE LEITE:</p><p>-Pasteurização: Pasteurização rápida, que consiste no aquecimento do leite a 72ºC a 75ºC durante 15 a 20 segundos;</p><p>Pasteurização lenta, que consiste no aquecimento do leite de 62ºC a 65ºC, durante 30 minutos. Os dois métodos de pasteurização tem um único objetivo: eliminar todos os microrganismos patogênicos do leite. Após a pasteurização, o leite é resfriado imediatamente, sendo levado a uma temperatura de 2ºC a 4ºC em menos de 10 segundos. Isso é importante para evitar a proliferação dos microrganismos que restaram após a pasteurização do leite. Essa refrigeração imediata promove o controle dos microrganismos que restaram.</p><p>-Ultrapasteurização: Também conhecida pela sigla UHT ou UAT, é</p><p>uma técnica que caracteriza-se pelo aquecimento do leite a</p><p>temperaturas entre 130 e 150°C por 2 a 4 segundos, sendo em</p><p>seguida rapidamente resfriado para uma temperatura abaixo de 32°</p><p>C. Esse leite deve, então, ser envasado em embalagens estéreis e</p><p>hermeticamente fechadas, podendo ser embalagens tetrapak ou garrafas de plástico. Ela pode estender a vida útil</p><p>do leite em até seis meses, dispensando o armazenamento em refrigeração.</p><p>-Tipo A: É obtido de um único rebanho e não há contato manual</p><p>com o leite em nenhuma fase do processo, ou seja, a ordenha é mecânica e o leite segue por tubulações diretamente para o compartimento onde sofre</p><p>pasteurização, homogeneização e envase. O número máximo de bactérias permitido para este leite é de 500/ml.</p><p>-Tipo B: É obtido de rebanhos diferentes e sua ordenha pode ser realizada mecânica ou manualmente. O leite deve ser refrigerado no próprio local da ordenha (propriedade rural) por até 48 horas em temperatura igual ou inferior a 4 ºC e transportado em tanques até o local apropriado, onde será processado. O número máximo de bactérias permitido para este leite é de 40.000/ml.</p><p>-Tipo C: Tem a mesma origem e tipo de ordenha do leite tipo B. Entretanto, não é refrigerado na fazenda leiteira. Após a ordenha, o leite é transportado em tanques até um local apropriado (estabelecimento industrial) até as 10:00 h do dia de sua obtenção, onde só então é processado, seguindo os prazos estipulados por lei. Este processo eleva bastante o número de bactérias presentes no leite, que pode chegar, por determinação da lei, a 100.000/ml.</p><p>-Teor de gordura:</p><p>1- Integral, com 3%;</p><p>2- Semidesnatado, com 0,6 a 2,9%;</p><p>3- Desnatado, com até 0,5%.</p><p>-Embalagem: Pode ser de plástico, em caixa ou em garrafas plásticas.</p><p>image3.png</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image5.png</p><p>image7.png</p><p>image6.png</p><p>image8.png</p><p>image4.png</p>