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<p>Aula do Dr. Takatani (2021) por Joelma Torres</p><p>EXAME DO SISTEMA MOTOR</p><p>Tônus muscular</p><p>Normal</p><p>Hipotonia: flacidez da parte muscular; diminuição do tônus.</p><p>1. Lesões do neurônio periférico</p><p>i. Polineurites, poliomielite e radiculite</p><p>2. Síndrome cerebelar</p><p>3. Miopatias</p><p>“Todas doenças musculares causam hipotonia, lembrar da síndrome 2º NM”</p><p>4. Coréias</p><p>“Distúrbio extrapiramidal”</p><p>5. “Fase aguda” do AVC</p><p>“Nas primeiras 24h a 48h, há hipotonia e arreflexia no AVC. Na sequela de AVC, apresenta hipertonia</p><p>espástica e hiperreflexia.”</p><p>Hipertonia: consistência muscular aumentada</p><p>1. Espasticidade (sinal do canivete)</p><p>“Imagine uma flexão do MS, quando você tentar estender, haverá uma</p><p>resistência e em seguida, liberação.”</p><p>• Lesão da via piramidal (1º NM)</p><p>• Hipertonia elástica</p><p>“Para memorizar a elasticidade, saiba que após o sinal do canivete, quando você soltar o membro, ele retorna à</p><p>posição inicial – igual a um elástico”,</p><p>Ex.: sequela de AVC (fase “crônica”) – isquêmico ou hemorrágico</p><p>2. Rigidez (sinal da roda dentada = denteada)</p><p>“Você pega um segmento do MS (pulso, cotovelo ou ombro), faz o movimento de</p><p>flexão e extensão e percebe movimentos em “etapas” como se fosse uma catraca.”</p><p>• Lesão da via extrapiramidal</p><p>• Hipertonia plástica</p><p>“Qualquer movimentação que você faça terá a mesma resistência. Lembrar de um plástico espesso, se fizer</p><p>movimento para cima tem a mesma resistência do que o movimento para baixo).”</p><p>Ex.: doença de Parkinson (tétrade de sintomas: rigidez + bradicinesia + tremores + instabilidade postural).</p><p>SEMIOLOGIA DO SISTEMA MOTOR II</p><p>Aula do Dr. Takatani (2021) por Joelma Torres</p><p>Força muscular</p><p>1. Testar a força fazendo o paciente manter uma oposição, enquanto o examinador tenta vencer a resistência;</p><p>Ex.: se ele for elevar o membro superior, você faz uma contra-resistência “empurrando” para baixo;</p><p>2. Sempre avaliar a força de um músculo com o seu oposto (comparativo);</p><p>3. Avaliar a força (proximal e distal dos membros superior e inferior);</p><p>4. Registrar a força (graduar) em números.</p><p>GRADUAÇÃO DA FORÇA</p><p>Escore do Medical Research Council (MRC)</p><p>Graduação internacional de 0 a 5</p><p>5. Força normal</p><p>4. Força menor do que o esperado</p><p>• Pode ser simplesmente 4 ou</p><p>o 4+ (limite “superior” mais próximo de 5)</p><p>o 4- (limite “inferior” mais próximo de 3)</p><p>▪ Ex. aperta devagar quando você pede</p><p>3. Movimenta contra a gravidade, não vence a resistência</p><p>2. Movimenta a articulação, não vence a gravidade</p><p>1. Movimentos visíveis (esboço de movimento na porção distal do</p><p>membro), não movimenta a articulação</p><p>0. Ausência de força</p><p>TESTAR O MÚSCULO OU GRUPO MUSCULAR</p><p>Abdução do braço após 45° Deltoide</p><p>Flexão do cotovelo Bíceps</p><p>Extensão do cotovelo Tríceps</p><p>Apertar dois dedos do examinador Flexores da mão</p><p>Abdução dos dedos Abdutores dos dedos</p><p>Flexão da coxa Iliopsoas</p><p>Extensão do joelho Quadríceps</p><p>Flexão do joelho Isquiofemorais</p><p>Extensão do tornozelo Tibial anterior</p><p>Extensão do hálux Extensor do hálux</p><p>Aula do Dr. Takatani (2021) por Joelma Torres</p><p>- MMSS</p><p>Avaliar a força proximal em MMSS</p><p>1. Manobra do juramento (dos braços</p><p>estendidos): se ele tiver algum déficit motor,</p><p>o braço deficiente vai pender e ficar abaixo</p><p>do outro;</p><p>2. Avaliação da força do tríceps (extensão)</p><p>com contra-resistência;</p><p>3. Avaliação da elevação do ombro com</p><p>contra-resistência;</p><p>4. Avaliação da adução dos braços com</p><p>contra-resistência;</p><p>5. Mesma avaliação anterior, mas com semiflexão dos MMSS.</p><p>6. Contra-resistência aplicada na avaliação de elevação do MS</p><p>Avaliar a força distal dos MMSS</p><p>1. Pede para ele apertar seus dedos;</p><p>2. Grau de resistência, facilidade ou</p><p>dificuldade om o pinçamento de papel</p><p>por todos os dedos. Tenta puxar o</p><p>papel da mão dele para avaliação</p><p>completa;</p><p>3. Pede para fazer extensão do polegar</p><p>aplicando contra-resistência;</p><p>4. Avaliação da abdução das falanges</p><p>com contra-resistência;</p><p>5. Avaliação para cima e para baixo com a contra-resistência do punho.</p><p>- MMII</p><p>Avaliar a força proximal dos MMII</p><p>1. Avaliação da elevação, flexão e extensão do</p><p>MI com contra-resistência sentado e deitado;</p><p>2. Avaliação da abdução e adução da coxa com</p><p>contra-resistência;</p><p>3. Avaliação da extensão da perna deitado com</p><p>contra-resistência;</p><p>4. Avaliação da flexão da perna deitado com</p><p>contra-resistência.</p><p>Ponderar a força do</p><p>paciente de acordo com a</p><p>sua idade (diferente entre</p><p>idosos e jovens)</p><p>1 2 3</p><p>4 5 6</p><p>1</p><p>2</p><p>3</p><p>4</p><p>3</p><p>5</p><p>5</p><p>5</p><p>5</p><p>1 1 1</p><p>2 3 4</p><p>Aula do Dr. Takatani (2021) por Joelma Torres</p><p>Manobra de Mingazzini – paciente deitado de costas (decúbito dorsal) com membros elevados em 90°</p><p>• A perna fraca (por ex., grau 4) vai caindo</p><p>Manobra de Barré – paciente em decúbito ventral com a manutenção de 90° com a perna.</p><p>• Manter os pés levemente inclinados nas pontas para que a perna parética (fraca) caia mais rápido</p><p>Dica: Barré lembrar de barriga, Mingazzini lembrar de bebê esperneando pedindo mingau.</p><p>Avaliar a força proximal dos MMII</p><p>Avaliação através contra-resistência</p><p>durante dorsiflexão e extensão do pé.</p><p>CLÔNUS (CLONO)</p><p>Movimento involuntário observado quando o examinador causa estiramento brusco de um músculo e tenta</p><p>manter o músculo estirado (sustenta o movimento).</p><p>• Esgotável: faz um pouco e para.</p><p>• Inesgotável.</p><p>A presença de clônus indica lesão do SNC (1° neurônio motor)</p><p>• Geralmente vem associado à Hipertonia Espástica</p><p>• Deve ter também sinal de Babinski e hiperreflexia</p><p>Se o paciente tiver clônus, fará estes movimentos</p><p>involuntários durante a sustentação do examinador.</p><p>Obs.: a depender da postura prolongada da pessoa, o clônus</p><p>pode ser fisiológico.</p><p>Manobras que</p><p>paciente realiza</p><p>sem a ajuda do</p><p>examinador.</p><p>Clônus do pé e</p><p>clônus patelar</p><p>Aula do Dr. Takatani (2021) por Joelma Torres</p><p>DEFINIÇÕES DAS FRAQUEZAS</p><p>Paresia – paralisia parcial</p><p>Plegia – paralisia completa</p><p>Monoparesia – paralisia parcial de único membro (direito ou esquerdo e braquial ou crural)</p><p>Monoplegia – paralisia completa de único membro (direito ou esquerdo e braquial ou crural)</p><p>• Se for direito e esquerdo usa o prefixo “Di” = diparesia e diplegia (braquial ou crural).</p><p>o O termo “diparesia/diplegia crural” é pouco utilizado; denomina-se “paraparesia/plegia”</p><p>Hemiparesia – envolvimento incompleto da metade do corpo</p><p>Hemiplegia – envolvimento completo de metade do corpo</p><p>Paraparesia – paralisia parcial das pernas</p><p>• É necessário graduar a força (de 1 a 4, pois 5 é normal e 0 é perda completa da força = paraplegia)</p><p>Paraplegia – paralisia completa das pernas</p><p>Tetraparesia – paralisia parcial dos quatro membros</p><p>Tetraplegia – paralisia completa dos quatro membros</p><p>Se o paciente apresentar força grau 0 em MMII e movimentação discreta em MMSS, classificar pelo déficit</p><p>maior; ou seja, ele tem tetraplegia de predomínio crural.</p><p>EXAME DOS REFLEXOS</p><p>São dois os tipos de reflexo: superficiais e profundos.</p><p>Reflexos superficiais (exteroceptivos)</p><p>Estímulos sobre a pele ou mucosa</p><p>REFLEXO CUTÂNEO PLANTAR: Arco reflexo a nível de L5 a S2</p><p>Estímulo na face externa da planta do pé até o hálux (onde o pé</p><p>toca o solo) com um objeto pontiagudo.</p><p>Tipos de resposta:</p><p>A. Flexão plantar – normal ↓</p><p>B. Indiferente →</p><p>a. Ex.: Polineuropatias</p><p>C. Em extensão – sinal de Babinski ↑</p><p>A extensão pode ser só do hálux ou de todos (em leque)</p><p>Braquial – membro superior</p><p>Crural – membro inferior</p><p>Aula do Dr. Takatani (2021) por Joelma Torres</p><p>Sinal de Babinski: indica lesão do trato piramidal (1° NM) ou</p><p>disfunção cerebral difusa por hipóxia (PCR) ou hipoglicemia.</p><p>Obs.: indica lesão ou disfunção do SNC</p><p>- Pode existir uma lesão no SNC sem Babinski, então você deve</p><p>analisar os outros sinais: hipertonia espástica e hiperreflexia.</p><p>Pode estar presente na criança até 1 ano de idade de forma fisiológica e</p><p>desaparece quando inicia a deambulação pois para isso, há uma flexão</p><p>inconsciente na deambulação.</p><p>Sucedâneos do</p><p>sinal de Babinski</p><p>O significado são os mesmos do sinal de Babinski.</p><p>Realizar quando tiver dúvida do resultado do reflexo cutâneo-plantar.</p><p>1. Sinal de Schaeffer</p><p>Apertar o tendão de Aquiles</p><p>causa extensão.</p><p>2. Sinal de Chaddock</p><p>Estimular a lateral do</p><p>maléolo causa a</p><p>extensão.</p><p>3. Sinal de Gordon</p><p>Aperta panturrilha do</p><p>paciente e ocorre</p><p>extensão.</p><p>4. Sinal de Oppenheim</p><p>Paciente sentado ou</p><p>deitado, a pressão na</p><p>crista da tíbia gera</p><p>extensão.</p><p>REFLEXO CUTÂNEO ABDOMINAL: Nível de T6 a T12</p><p>• T6 a T19 – superior</p><p>• T9 a T11 – médio</p><p>• T11 a T2 – inferior</p><p>Aparece mais jovens. Difícil em idosos, obesos,</p><p>mulheres com história de cirurgia cesariana.</p><p>Aula do Dr. Takatani (2021) por Joelma Torres</p><p>REFLEXO CREMASTÉRICO: Nível de L1 e L2 (término da medula)</p><p>O estímulo de cima para baixo, ou de baixo para cima, eleva o</p><p>testículo ipsilateral.</p><p>Cutâneo abdominal e Cremastérico são relevantes para verificar a integridade da</p><p>medula. Em qual nível está a lesão, por exemplo, em um paciente com paraplegia.</p><p>REFLEXO CÓRNEO-PALPEBRAL: Ponte</p><p>Estimular a córnea do paciente</p><p>• O reflexo é dado pela via aferente do NC trigêmeo (NC V) e via eferente</p><p>do NC facial (NC VII), além do NC oculomotor (NC III) responsável pela</p><p>inervação do músculo elevador da pálpebra.</p><p>REFLEXO ANAL: Nível de S4 e S5</p><p>Estímulo perianal promova contração do esfíncter anal.</p><p>REFLEXO PALMO -MENTONIANO</p><p>Observar a contratura do mento homolateral ao estimular a palma da mão.</p><p>• Normal: não ocorre contratura do mento</p><p>• Anormal: caso ocorra a contratura do mento</p><p>homolateral, significa desfrontalização</p><p>o Liberação frontal – comprometimento</p><p>degenerativo e atrófico.</p><p>o Ex.: demências</p><p>Os sinais de liberação frontal são de “involução”, ou seja, o reflexo</p><p>palmo-mentoniano, reflexo de preensão e de sucção (fisiológicos no bebê).</p><p>Reflexos profundos (miotáticos, tendinosos ou proprioceptivos)</p><p>Estímulo dos tendões e dos músculos</p><p>• Paciente relaxado e corretamente posicionado</p><p>antes do exame;</p><p>• Percutir o ponto tendinoso firmemente;</p><p>Aula do Dr. Takatani (2021) por Joelma Torres</p><p>Caso não obtenha resposta (suspeita de arreflexia), peça ao paciente para</p><p>executar uma discreta contração do músculo pesquisado ou realizar a</p><p>Manobra de Jendrassik (fechar os olhos e executar contração isométrica dos</p><p>membros não pesquisados)</p><p>Se os reflexos parecerem hiperativos, pesquisar presença de clônus:</p><p>• Clônus patelar: paciente com a perna semifletida, executar movimento</p><p>súbito da rótula contra o tendão e sustentar em posição;</p><p>• Clônus do pé (Aquileu): paciente com a perna semifletida, executar movimento</p><p>súbito de flexão do pé e sustentar em posição</p><p>Lembrar: se clônus presente, é lesão do SNC; não é periférico (radiculopatia ou miopatia).</p><p>- MMSS</p><p>Em geral, em pessoas normais, quase não há resposta.</p><p>É importante para adicionar na investigação do déficit de força</p><p>REFLEXO BICIPITAL na anterior: arco reflexo simples em C5</p><p>• O braço faz ligeira flexão após a percussão;</p><p>• Estímulo do nervo musculocutâneo</p><p>REFLEXO ESTILORADIAL (BRAQUIORRADIAL) no punho: C6</p><p>• Ligeira abdução da mão quando estimulado;</p><p>• Estímulo de nervo radial</p><p>REFLEXO TRICIPITAL na posterior: C7</p><p>• O braço faz ligeira extensão após a percussão;</p><p>• Estímulo do nervo radial</p><p>REFLEXO FLEXORES DOS DEDOS</p><p>1. Flexores de dedos Watenberg</p><p>O examinador coloca dois dedos sobre a mão do paciente e percute sob eles.</p><p>Anormal: flexão forçada das falanges do paciente.</p><p>- Sugestivo de lesão SNC</p><p>Central: Hiperreflexia</p><p>Periférico: Hipo ou arreflexia</p><p>Os principais reflexos dos MMSS</p><p>Aula do Dr. Takatani (2021) por Joelma Torres</p><p>2. Reflexo de Hoffmann</p><p>O examinador segura a parte mediana da mão do paciente (3º quirodáctilo) e</p><p>faz uma leve percussão na falange distal deste dedo.</p><p>Normal: não ocorre flexão dos demais dedos do paciente; no máximo,</p><p>pequena elevação.</p><p>Anormal: movimento em garra de todos os dedos da mão do paciente</p><p>- Sugere lesão do SNC (comprometimento do trato corticoespinhal), mas não é 100% fidedigno, é</p><p>necessário investigar outros sinais.</p><p>- MMII</p><p>Importante memorizar o nível onde ocorre o arco reflexo simples.</p><p>Arreflexia ou Hiporreflexia: comprometimento periférico</p><p>REFLEXO PATELAR: Arco reflexo no nível de L3-L4 (nervo femoral)</p><p>Avaliação com paciente:</p><p>• Sentado</p><p>• Deitado: cruzar os braços por trás das pernas do paciente; à</p><p>percussão, a perna irá se elevar ou os músculos da coxa contrair.</p><p>“Paciente com doença cerebelar tem ataxia e hipotonia sem déficit motor, pois ele tem força ao apertar a mão do</p><p>examinador. O reflexo patelar desse paciente é pendular devido a hipotonia.”</p><p>REFLEXO AQUILEU: Nível L5-S1 (nervo tibial)</p><p>Avaliação da extensão do pé (ficar nas “pontas do pé”) com paciente na posição:</p><p>• Sentado</p><p>• Deitado: apoiar o lado a ser avaliado sobre a perna contralateral.</p><p>Aula do Dr. Takatani (2021) por Joelma Torres</p><p>“Paciente queixa lombalgia intensa e dificuldade para deambular, você suspeita de hérnia de disco (protusão</p><p>discal) e pesquisa os reflexos dos MMII. Se o reflexo patelar estiver diminuído ou ausente, a hérnia está</p><p>possivelmente no nível de L3-L4; se o reflexo patelar estiver normal e o aquileu diminuído ou ausente, a hérnia</p><p>deve estar em L5-S1. Caso a hérnia esteja no “meio termo” – entre L4 e L5 – ambos reflexos estarão normais”.</p><p>GRADUAR OS REFLEXOS</p><p>0. Ausente</p><p>+. Diminuído</p><p>++. Normal</p><p>+++. Vivo</p><p>++++. Exaltado (clônus, hipercinético)</p><p>Relembrando a representação do cutâneo-plantar:</p><p>↓ Flexão</p><p>→ Indiferente</p><p>↑ Extensão (Babinski)</p><p>- Reflexo aumentado: indica lesão do SNC (exceto a fase aguda do AVC que tem arreflexia)</p><p>- Reflexo diminuído ou ausente: pode indicar lesão do SNP (ocorre na lesão aguda do AVC)</p><p>OUTROS REFLEXOS IMPORTANTES:</p><p>REFLEXO NASOPALPEBRAL = GLABELAR = ORBICULAR DAS PÁLPEBRAS</p><p>Fazer percussão da glabela e verificar o piscar dos olhos do paciente:</p><p>Normal: ocorrerá piscamento que logo se esgota;</p><p>Anormal: o piscamento não se esgota.</p><p>• Ex.: Parkinsonismo e Doença de Parkinson.</p><p>Aula do Dr. Takatani (2021) por Joelma Torres</p><p>REFLEXO DE SUCÇÃO</p><p>Toque no canto da boca produz movimento de sucção dos lábios e desvio da boca na direção do estímulo.</p><p>Anormal: Presença do reflexo de sucção.</p><p>• Ex.: demências</p><p>REFLEXO DE PREENSÃO</p><p>Normal em bebês abaixo de 4 meses de idade</p><p>Ocorre em doenças neurodegenerativas com atrofia cortical ou subcortical</p><p>REFLEXO MANDIBULAR (MASSETERINO): Ramo motor no NC trigêmeo (NC V)</p><p>Percussão da região mentoniana, com boca entreaberta.</p><p>Anormal: Elevação da mandíbula</p><p>Exaltado nas lesões supranucleares bilaterais:</p><p>• Lesão da via piramidal, acima da ponte.</p><p>Utilidade na prática: quando o paciente perde o movimento das pernas e dos braços, para avaliar se a lesão é</p><p>cervical ou intracraniana, realiza o teste do reflexo mandibular. Lesão cervical não gera reflexo exaltado,</p><p>porém se a lesão é acima do forame magno (intracraniano) pode ter esse reflexo exaltado.</p><p>ORBICULAR DA BOCA = ORBICULAR DOS LÁBIOS</p><p>Avaliação através da percussão acima do lábio superior</p><p>Anormal: Similar ao reflexo de sucção</p><p>EXAME DA MOTRICIDADE</p><p>Marcha</p><p>Verificar como o paciente anda:</p><p>1. Com ou sem apoio</p><p>2. Impossibilidade de andar (abasia)</p><p>3. Observar os movimentos associados dos MMSS</p><p>4. Andar nos calcanhares, ponta dos pés, de olhos fechados</p><p>5. Corrida</p><p>6. Andar num pé só (saltando)</p><p>7. Marcha de olhos fechados, indo e voltando três passos sem virar</p><p>“Ocorre um processo neurológico</p><p>involutivo, diminuição da população</p><p>neuronal e atrofia cerebral. O paciente</p><p>volta a ser bebê, por isso esses</p><p>reflexos (sucção e preensão) são</p><p>fisiológicos nos bebês.”</p><p>Aula do Dr. Takatani (2021) por Joelma Torres</p><p>TIPOS DE MARCHA</p><p>→ Avalia os passos</p><p>→ Marcha em Tandem</p><p>Na “corda bamba”</p><p>Pé na frente do outro</p><p>→ Andar de Calcâneo</p><p>• Pé caído (lesão dos</p><p>nervos peroneal/fibular)</p><p>impossibilitam este andar.</p><p>→ Andar Pontas dos pés</p><p>1. MARCHA ESPÁSTICA (CEIFANTE = HELICOIDAL)</p><p>Sequela de AVC – atitude Wernicke-Mann:</p><p>• Hemiparesia, braço fletido e aduzido e perna estendida.</p><p>o Abre a perna e joga para frente pois não consegue flexionar o joelho.</p><p>• Possui sinal do canivete – espasticidade - hipertonia elástica.</p><p>Paraparesia espástica: ambas as pernas estão espásticas; sugere doença medular.</p><p>2. MARCHA EM PÉ CAÍDO = ESCARVANTE</p><p>Lesão do nervo poplíteo onde não consegue fazer dorsiflexão do pé.</p><p>• Unilateral - paralisia poplítea lateral</p><p>• Bilateral – neuropatia periférica</p><p>3. MARCHA ATÁXICA</p><p>Por perda da informação sensorial dos pés, olha para os pés (auxílio da visão) para superar a instabilidade</p><p>(Romberg positivo) ou um distúrbio de função cerebelar, marcha de base ampla, não afetado por informação</p><p>visual (Romberg negativo).</p><p>Aula do Dr. Takatani (2021) por Joelma Torres</p><p>• Romberg +: indica lesão de via sensitiva (periférica ou cordão posterior) e de labirinto.</p><p>o Periférico: polineuropatia.</p><p>o Cordão posterior: tabes dorsalis – neurossifílis</p><p>4. MARCHA ANSERINA = MIOPÁTICA</p><p>Andar de “pato/ganso”</p><p>Similar à de gestantes com lordose lombar exagerada, porém com fraqueza proximal:</p><p>• Doença muscular (miopatia)</p><p>5. MARCHA PARKINSONIANA</p><p>Doença de Parkinson</p><p>Pequenos passos (bradicinesia). Postura fletida, passos diminui, o balançar do braço</p><p>diminui, dificuldade de iniciar ou parar a marcha, dar a volta é difícil.</p><p>6. MARCHA APRÁXICA</p><p>Tendência a ficar congelado no solo (dificuldade de iniciar movimento)</p><p>Incapaz de iniciar um movimento, existe um problema com a organização da marcha</p><p>- “Perna não obedece ao comando cerebral”</p><p>• Ex.: hidrocefalia com pressão normal – HPN e doença de Parkinson avançada</p><p>Principalmente em idosos. Sinais (3): demência + marcha apráxica + incontinência urinária.</p><p>7. MARCHA HISTÉRICA</p><p>Deambulação é errática e imprevisível: paciente se joga.</p><p>Balança fortemente, movimento exagerado dos braços</p><p>Quedas e lesões não excluem a possibilidade de uma reação de conversão histérica.</p><p>• Pacientes psiquiátricos</p><p>COORDENAÇÃO (TAXIA)</p><p>Capacidade de realizar movimentos múltiplos e complexos</p><p>A) COORDENAÇÃO (EQUILÍBRIO) ESTÁTICO</p><p>Avalia o equilíbrio através do teste de Romberg.</p><p>Deverá ser pesquisado com paciente em pé olhos abertos e fechados – “posição de sentido” braços colados no</p><p>tronco, pés unidos e olhando para frente ou “abraçando o corpo”.</p><p>• Astasia: incapacidade de manter-se em pé</p><p>o Diferente da abasia que é quando o paciente que não consegue andar</p><p>Aula do Dr. Takatani (2021) por Joelma Torres</p><p>Em pé ao fechar os olhos, se o desequilíbrio surgir ou aumentar chamamos de Sinal de Romberg positivo</p><p>(comprometimento da sensibilidade proprioceptiva). Este pode ser sensibilizado empurrando-se o corpo</p><p>subitamente ou, então, pedindo para paciente colocar o calcanhar de um pé em frente dos dedos do outro.</p><p>Obs.: o paciente cerebelar não tem sinal de Romberg, seu equilíbrio oscila tanto de olhos abertos quanto fechados.</p><p>PROVA DE ROMBERG</p><p>Tipos de pesquisa:</p><p>1. Normal</p><p>2. Sensibilizado</p><p>- Usar o bom senso com pessoas com</p><p>problema de articulação de joelho e idosos</p><p>pois terão dificuldade no sensibilizado.</p><p>Tipos de sinais:</p><p>1. Negativa</p><p>2. Positiva</p><p>a. Lesões dos nervos periféricos (polineuropatia);</p><p>b. Lesões dos cordões posteriores da medula;</p><p>c. Labirintopatias (aparelho vestibular)</p><p>“Romberg positivo significa comprometimento da propriocepção. Toda a informação do solo é feita pelo córtex</p><p>parietal, através dos receptores periféricos e a ascensão pela via do cordão posterior. Na labirintopatias, o</p><p>paciente sempre cai para o lado lesado do labirinto; nas demais condições, a queda é aleatória.”</p><p>B) COORDENAÇÃO DINÂMICA (DISMETRIA)</p><p>Avalia a metragem (acerto ao alvo) com a movimentação do paciente.</p><p>Geralmente são provas de avaliação cerebelar.</p><p>Prova dedo-nariz</p><p>• Paciente realiza sozinho com olhos abertos e olhos fechados.</p><p>Prova dedo-nariz-dedo:</p><p>• Examinador movimenta o seu dedo – o alvo – e o paciente deve tocá-lo.</p><p>Prova do Rebote (Stewart Holmes)</p><p>Indica incoordenação de origem cerebelar</p><p>• Paciente faz força no membro em que o examinador faz contra-resistência (ex.: braço) e, ao soltar</p><p>bruscamente, o paciente não consegue “frear” a força que exercia.</p><p>1 1</p><p>2</p><p>Aula do Dr. Takatani (2021) por Joelma Torres</p><p>Prova calcanhar joelho</p><p>• Avaliação com o paciente tocando o calcâneo no pé contralateral e</p><p>deslizando sobre a perna, subindo e descendo, repetidas vezes.</p><p>Prova dos movimentos alternantes</p><p>Pesquisar diadococinesia (paciente com monoplegia não pode realizar o teste)</p><p>Avaliação de coordenação, de rigidez (Parkinson) e déficit motor (diferenciar as etiologias).</p><p>• Teste alternando palma da mão-coxa e dorso da mão-coxa simultaneamente</p><p>• Eudiadococinesia: normal.</p><p>• Disdiadococinesia: paciente não faz os movimentos alternante de forma simétrica, atrasa os movimentos;</p><p>• Adiadococinesia: não consegue realizar.</p><p>C) COORDENAÇÃO MUSCULAR (MARCHA)</p><p>Avaliação dinâmica da marcha</p><p>1. Normal</p><p>2. Ponta dos pés</p><p>3. De calcâneo</p><p>4. Marcha de Tandem</p><p>FIM</p>