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<p>Estudo Dirigido</p><p>Patologia Geral</p><p>Nome: Milena Alvarenga Morais</p><p>Semestre: 5º semestre/Biomedicina</p><p>1. Descreva os diferentes tipos de morte celular existentes e quais as principais diferenças</p><p>entre elas?</p><p>2. O que é carcinogênese? Quais são as etapas envolvidas? Descreva cada uma delas</p><p>3. Quais os diferentes mecanismos de reparo tecidual? Cite as principais diferenças entre</p><p>eles e quais são as consequências de reparação tecidual por cicatrização?</p><p>4. Cite as principais diferenças existentes entre as neoplasias malignas e benignas. Esboce</p><p>essas informações em um gráfico.</p><p>5. Com a relação à capacidade reprodutiva dos diferentes tipos celulares e tecidos,</p><p>descreva as principais características e diferenças entre células lábeis, estáveis e</p><p>permanentes</p><p>6. O que é matriz extracelular? Quem são as células envolvidas neste processo? Qual a</p><p>função das citocinas FGFs, PDGF, TGF, MMPs?</p><p>7. Explique em que consiste o exame patológico clínico de sedimentoscopia de urinálise e</p><p>explique o que cada parâmetro da fita reativa significa e quais estruturas são</p><p>quantificadas e qualificadas na etapa de microscopia? O que indica a presença de</p><p>bactérias, leucócitos e hemácias na urina?</p><p>8. Como ocorre a etapa de angiogênese na fase de reparo tecidual por cicatrização?</p><p>Respostas:</p><p>1- Os tipos de morte celular existente são a necrose e a apoptose. A necrose é uma morte celular</p><p>não programada de origem invariavelmente patológica, na qual há rompimento da membrana</p><p>plasmática e inflamação adjacente. Já a apoptose é uma morte programada que pode ser</p><p>fisiológica ou patológica na qual a membrana plasmática permanece íntegra e não há inflamação</p><p>adjacente.</p><p>2- A carcinogênese é um fenômeno no qual ocorrem sucessivas alterações genéticas onde</p><p>células normais progressivamente adquirem caráter neoplásico. As quatro etapas da</p><p>carcinogênese são: iniciação, promoção, conversão e progressão.</p><p>• Iniciação: envolve a exposição de células normais a agentes químicos, físicos ou</p><p>biológicos que provocam danos irreversíveis em genes, levando a ativação de</p><p>oncogenes e/ou inativação de genes supressores de tumor</p><p>• Promoção: compreende a expansão clonal das células iniciadas até formar tumores</p><p>visíveis, geralmente lesões benignas ou focos de células preneoplásicas. Pode ocorrer</p><p>como consequência da exposição exógena ou por um processo endógeno.</p><p>• Conversão: é a transformação de células preneoplásicas em células que expressam o</p><p>fenótipo maligno. Esse processo necessita de mais trocas genéticas, que podem ocorrer</p><p>por erros na síntese de DNA, ativação de oncogenes e/ou inativação de genes</p><p>supressores de tumor.</p><p>• Progressão: fase em que a célula adquire características mais agressivas, devido à</p><p>enorme quantidade de mutações sofridas pela célula tumoral, podendo resultar em</p><p>maior taxa de crescimento e na aquisição de propriedades como invasão local e</p><p>disseminação metastática</p><p>3- Os diferentes mecanismos de reparo tecidual são a regeneração e a cicatrização. A</p><p>regeneração é caracterizada pela restituição dos componentes teciduais morfofuncionalmente</p><p>idênticos àqueles removidos. Já a cicatrização se caracteriza pela substituição dos componentes</p><p>teciduais perdidos por tecido cicatricial. Um reparo por cicatrização pode ter como</p><p>consequência a perda de função do tecido e, consequentemente, do órgão afetado.</p><p>4- As neoplasias podem ser benignas ou malignas. A tabela abaixo mostra as diferenças</p><p>principais entre ambas.</p><p>Neoplasia benigna Neoplasia maligna</p><p>Não cancerígena Sinônimo de câncer</p><p>Encapsulada Não encapsulada</p><p>Não invasiva Invasiva</p><p>Crescimento lento Crescimento rápido</p><p>Não ocorre metástase Ocorre metástase</p><p>Células semelhantes às normais Células anormais e pouco diferenciadas</p><p>5- Células lábeis: são células que são constantemente perdidas e substituídas, são capazes de se</p><p>regenerar completamente após a lesão, contanto que a reserva de células tronco esteja</p><p>preservada.</p><p>Células estáveis: possuem atividade proliferativa mínima em estado normal, porém são capazes</p><p>de se dividir em resposta à lesão ou perda de massa tecidual.</p><p>Células permanentes: são terminantemente diferenciadas e não se dividem na vida pós-natal.</p><p>Qualquer capacidade proliferativa é insuficiente para produzir regeneração dos tecidos após as</p><p>lesões e o reparo é feito exclusivamente por cicatrização.</p><p>6- A matriz extracelular é um complexo macromolecular dinâmico, de remodelação constante e</p><p>sintetizado localmente que se organiza em uma rede que circunda as células. As células</p><p>envolvidas no processo de reparo tecidual são os fibroblastos, plaquetas, macrófagos e células</p><p>endoteliais vasculares.</p><p>• O FGF (fator de crescimento fibroblástico) tem a função de estimular a proliferação de</p><p>células endoteliais.</p><p>• O PDGF (fator de crescimento derivado de plaquetas) recruta células musculares lisas.</p><p>• TGF-β (fator de crescimento transformante beta) inibe a proliferação e a migração</p><p>endotelial, além de melhorar a produção de proteínas da MEC</p><p>• As MMP (metaloproteinases de matriz) degradam a MEC para permitir o</p><p>remodelamento e a extensão do tubo vascular</p><p>7- A sedimentoscopia de urinálise serve para avaliar a presença de células, cristais, cilindros e</p><p>demais elementos microscópicos em uma amostra de urina.</p><p>Os parâmetros da fita reativa de urina são:</p><p>• Proteínas: avalia a presença de proteínas na urina, que pode ser indicativa de patologias</p><p>renais.</p><p>• Glicose: avaliação de diabetes mellitus e distúrbios de reabsorção tubular através da</p><p>presença de glicose na urina.</p><p>• Cetonas: Avaliação de cetoacidose diabética ou jejum prolongado, detectando a</p><p>presença de corpos cetônicos na urina.</p><p>• Hemoglobina: detecta e avalia as hematúrias, ou seja, a presença de sangue na urina.</p><p>• Bilirrubina: detecta a presença de bilirrubina na urina e pode ser indicativo precoce de</p><p>hepatopatias.</p><p>• Urobilinogênio: Detecta o urobilinogênio na urina e pode ser usado para avaliar</p><p>distúrbios hepáticos e hemolíticos.</p><p>• Nitrito: É utilizado para avaliar infecções do trato urinário e bacteriúrias.</p><p>• Esterase de leucócitos: avalia processos infeccioso e inflamatórios do trato urinário.</p><p>As estruturas que podem ser qualificadas e quantificadas no exame microscópico são: hemácias,</p><p>leucócitos, células epiteliais, leveduras, cilindros, cristais e bactérias.</p><p>A presença de bactérias na urina pode ser indicativa de infecções ou contaminação da amostra</p><p>por bactérias.</p><p>A presença de leucócitos na urina é indicativa de infecções e inflamações no trato urinário.</p><p>A presença de hemácias pode ser indicativa de contaminação por sangue menstrual, infecções,</p><p>hemorragias e cálculos renais.</p><p>8- O óxido nítrico provoca vasodilatação e o fator de crescimento endotelial vascular aumenta a</p><p>permeabilidade dos vasos. Os pericitos se separam da superfície abluminal e a membrana basal</p><p>é quebrada, permitindo a formação de um broto vascular, havendo migração de células</p><p>endoteliais para a área da lesão tecidual. As células endoteliais se proliferam logo atrás das</p><p>células migratórias orientadoras e há remodelação em tubos capilares. As células periendoteliais</p><p>são recrutadas para formar um vaso maduro e a proliferação é suprimida, com migração</p><p>endotelial e deposição da membrana basal</p>

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