Aula 2_Controle Ambiental do Ar

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<p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>A poluição passou a ser sentida de forma acentuada quando as pessoas começaramA poluição passou a ser sentida de forma acentuada quando as pessoas começaram</p><p>a viver em assentamentos urbanos de grande densidade demográfica, em conseqüênciaa viver em assentamentos urbanos de grande densidade demográfica, em conseqüência</p><p>da Revolução Industrial, a partir de quando o carvão mineral começou a ser utilizado da Revolução Industrial, a partir de quando o carvão mineral começou a ser utilizado</p><p>como fonte de energiacomo fonte de energia..</p><p>As inovações tecnológicas ocorridas no século XX e a utilização do petróleo como As inovações tecnológicas ocorridas no século XX e a utilização do petróleo como</p><p>combustível acentuaram ainda mais essa poluição, bem como os processos industriais ecombustível acentuaram ainda mais essa poluição, bem como os processos industriais e</p><p>a crescente utilização dos automóveis e outros meios de transporte movidos a a crescente utilização dos automóveis e outros meios de transporte movidos a</p><p>combustíveis fósseis, passaram a predominar no cotidiano como agentes poluidores decombustíveis fósseis, passaram a predominar no cotidiano como agentes poluidores de</p><p>destaque.destaque.</p><p>HistóricoHistórico</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>A relação entre efeitos à saúde e poluição atmosférica foi estabelecida a partir de A relação entre efeitos à saúde e poluição atmosférica foi estabelecida a partir de</p><p>episódios agudos de contaminação do ar e estudos sobre a ocorrência do excesso de episódios agudos de contaminação do ar e estudos sobre a ocorrência do excesso de</p><p>milhares de mortes registradas em Londres, em 1948 e 1952milhares de mortes registradas em Londres, em 1948 e 1952.</p><p>No caso da Região Metropolitana de São Paulo - RMSP, o crescimento desordenado</p><p>verificado na Capital e nos municípios vizinhos, especialmente da região do ABC, a partir</p><p>da 2ª Guerra Mundial, levou à instalação de indústrias de grande porte, sem a</p><p>preocupação com o controle das emissão de poluentes atmosféricos, sendo possível a</p><p>visualização de chaminés emitindo enormes quantidades de fumaça.</p><p>No início da década de 1980, na região de Cubatão, registraram-se altos níveis de</p><p>poluição do ar, principalmente com material particulado.</p><p>HistóricoHistórico</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>• Cubatão</p><p>O problema da poluição do ar de Cubatão pode ser citado como exemplo maior da</p><p>degradação da qualidade do ar no Brasil já tendo sido chamada de “Vale da Morte” e</p><p>também como exemplo da capacidade brasileira de reverter a situação.</p><p>A disposição topográfica, mais a concentração populacional e industrial induz à</p><p>formação de um micro-clima local diferenciado das vizinhanças de Cubatão,</p><p>principalmente no tocante à dispersão de poluentes.</p><p>A qualidade do ar de Cubatão é determinada quase que exclusivamente por fontes</p><p>industriais.</p><p>HistóricoHistórico</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>O monitoramento da qualidade do ar, com a avaliação das concentrações de poluentes</p><p>no Estado de São Paulo, foi iniciado na Região Metropolitana de São Paulo, em 1972,</p><p>com a instalação de 14 estações para medição diária dos níveis de dióxido de enxofre</p><p>(SO2) e fumaça preta.</p><p>Em 1981, foi dado um salto qualitativo, com o início do monitoramento automático e a</p><p>instalação de novas estações, para a avaliação de SO2, material particulado inalável</p><p>(MP10), ozônio (O3), óxidos de nitrogênio – (NO, NO2 e NOx), monóxido de carbono –</p><p>(CO) e hidrocarbonetos não-metânicos – (NMHC),além dos parâmetros meteorológicos</p><p>como direção e velocidade do vento, temperatura e umidade relativa do ar.</p><p>Tudo indica que o século XX terminou com a tomada de consciência para uma nova</p><p>ordem mundial, rumo ao desenvolvimento sustentável, produtos e combustíveis mais</p><p>limpos ambientalmente, implementação de sistemas de gestão ambiental estruturados.</p><p>HistóricoHistórico</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Vários eventos de graves conseqüências, ocorridos principalmente no século XX,</p><p>demonstraram que a poluição do ar constitui-se em uma ameaça grave à saúde pública.</p><p>Tais eventos denominados EPISÓDIOS AGUDOS DEPOLUIÇÃO DO AR, caracterizam-se</p><p>pela pequena duração, de minutos a alguns dias, e por provocarem conseqüências graves.</p><p>• Vale do Meuse – Bélgica, 1 a 5 de dezembro de 1930</p><p>Episódio com duração de 5 dias, tendo como conseqüência a morte de sessenta pessoas,</p><p>principalmente idosos. As fontes prováveis das emissões foram indústrias siderúrgicas e</p><p>fundições de zinco. Os poluentes causadores foram o dióxido de enxofre e material parti</p><p>culado. A situação meteorológica durante o episódio era de inversão térmica e neblina.</p><p>• Poza Rica – México, 24 de dezembro de 1950</p><p>Episódio com duração de 25 minutos, ocasionando a morte de 22 pessoas e 320 hospitali</p><p>zações de pessoas acometidas de doenças respiratórias e nervosas. A causa do episódio</p><p>foi o lançamento de gás sulfídrico (H2S) de uma refinaria de petróleo, em condições</p><p>meteorológicas de inversão térmica e neblina.</p><p>HistóricoHistórico</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>• Londres – Inglaterra, 1952</p><p>Em dezembro de 1952 ocorreu um episódio com duração de cinco dias, tendo como</p><p>conseqüência a ocorrência de 4000 mortes em excesso, em relação à taxa de mortalidade</p><p>normal da cidade. As mortes ocorreram principalmente na faixa etária dos idosos. As altas</p><p>concentrações de fumaça (material particulado) e dióxido de enxofre na atmosfera e</p><p>também a presença de condições meteorológicas desfavoráveis, tais como inversão</p><p>térmica, calmaria e neblina (fog), dando origem ao termo smog Londrino.</p><p>• Bhopal – India, março de 1984</p><p>Em 12 de março de 1984 ocorreu o acidente de Bhopal, onde houve a liberação acidental</p><p>de isocianato de metila, resultando na morte de 2000 pessoas.</p><p>• Lago Nyos – Camarõe, África – 1986</p><p>Morte de 1.700 pessoas causada pela emissão natural proveniente de um lago. Supõe-se</p><p>que a emissão tenha sido de gás carbônico, segundo uma equipe internacional que</p><p>pesquisou o caso.</p><p>HistóricoHistórico</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Segundo o Banco Mundial (1998), o Brasil sofre de uma série de problemas que afetam</p><p>a saúde humana, reduzem a qualidade de vida e causam danos ecológicos a longo</p><p>prazo. A poluição do ar por particulados finos, óxidos de enxofre e nitrogênio, ozônio,</p><p>monóxido de carbono e aldeídos tem origem por processos de combustão e emissões de</p><p>compostos voláteis no setor de transportes e nas chamadas fontes fixas, em especial as</p><p>indústrias. Dentre os principais danos ao ser humano, podem-se citar as doenças respira</p><p>tórias e a mortalidade prematura.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>MexicoMexicoIndiaIndia ChinaChina</p><p>ÉÉ umum fatofato históricohistórico geralgeral que,que, quandoquando umum paíspaís subdesenvolvidosubdesenvolvido iniciainicia oo seuseu desenvolvidesenvolvi</p><p>mentomento industrial,industrial, suasua qualidadequalidade dodo arar piorapiora significativamentesignificativamente..</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>QualquerQualquer processo,processo, equipamento,equipamento, sistema,sistema, máquina,máquina, empreendimentoempreendimento queque possapossa liberarliberar</p><p>ouou emitiremitir matériamatéria ouou energiaenergia parapara aa atmosfera,atmosfera, dede formaforma aa tornátorná--lala poluída,poluída, podepode serser</p><p>consideradaconsiderada fontefonte dede poluiçãopoluição dodo arar..</p><p>AsAs emissõesemissões naturaisnaturais provémprovém dede erupçõeserupções vulcânicasvulcânicas queque lançamlançam partículaspartículas ee gasesgases</p><p>parapara aa atmosferaatmosfera comocomo osos compostoscompostos dede enxofreenxofre (H(H22SS ee SOSO22))..</p><p>Fontes de Poluição do ArFontes de Poluição do Ar</p><p>Decomposição de animais e vegetais; ação do evento, causando ressuspensão de Decomposição de animais e vegetais; ação do evento, causando ressuspensão de</p><p>poeira do solo</p><p>e de areia; formação de metano, principalmente nos pântanos; descargaspoeira do solo e de areia; formação de metano, principalmente nos pântanos; descargas</p><p>elétricas na atmosfera formando ozônio.elétricas na atmosfera formando ozônio.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>AlgunsAlguns gasesgases emitidosemitidos parapara aa atmosferaatmosfera aa partirpartir dede fontesfontes naturaisnaturais::</p><p>Fontes de Poluição do ArFontes de Poluição do Ar</p><p>CHCH44 MetanoMetano Decomposição Decomposição</p><p>biológica anaeróbiabiológica anaeróbia</p><p>NHNH33 AmôniaAmônia Decomposição Decomposição</p><p>biológica anaeróbiabiológica anaeróbia</p><p>HH22SS Sulfeto de hidrogênioSulfeto de hidrogênio Decomposição Decomposição</p><p>biológica anaeróbiabiológica anaeróbia</p><p>HClHCl Ácido clorídricoÁcido clorídrico VulcõesVulcões</p><p>CHCH33ClCl Cloreto de metilaCloreto de metila OceanosOceanos</p><p>CHCH33BrBr Brometo de metilaBrometo de metila OceanosOceanos</p><p>CHCH33II Iodeto de metilaIodeto de metila OceanosOceanos</p><p>COCO Monóxido de carbonoMonóxido de carbono IncêndiosIncêndios</p><p>SOSO22 Dióxido de enxofreDióxido de enxofre VulcõesVulcões</p><p>NONO Óxido nítricoÓxido nítrico RelâmpagosRelâmpagos</p><p>Fonte:Baird, C. Química Ambiental.2002 Fonte:Baird, C. Química Ambiental.2002</p><p>Fontes Antropogênicas:</p><p> Fontes fixas: principalmente as</p><p>indústrias. Outras: incineradores de</p><p>resíduos, usinas termoelétricas etc.</p><p> Fontes móveis: veículos automotores,</p><p>trens, aviões e embarcações marítimas.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>ConstituinteConstituinte FórmulaFórmula % em volume% em volume PPMPPM</p><p>NitrogênioNitrogênio NN22 78,0878,08 780.800780.800</p><p>OxigênioOxigênio OO22 20,9520,95 209.500209.500</p><p>ArgônioArgônio ArAr 0,930,93 9.3009.300</p><p>Dióxido de Dióxido de</p><p>carbonocarbono</p><p>COCO22 0,03580,0358 358358</p><p>NeônioNeônio NeNe 0,00180,0018 1818</p><p>HélioHélio HeHe 0,000520,00052 5,25,2</p><p>MetanoMetano CHCH44 0,000170,00017 1,71,7</p><p>CriptônioCriptônio KrKr 0,000110,00011 1,11,1</p><p>HidrogênioHidrogênio HH22 0,000050,00005 0,50,5</p><p>Óxido nitrosoÓxido nitroso NN22OO 0,000030,00003 0,30,3</p><p>OzônioOzônio OO33 0,0000040,000004 0,040,04</p><p>O Ar e a AtmosferaO Ar e a Atmosfera</p><p>Exemplo de composição da atmosfera seca e limpa (1994)Exemplo de composição da atmosfera seca e limpa (1994)</p><p>FonteFonte: Masters GM. Introduction to environmental engineering and: Masters GM. Introduction to environmental engineering and</p><p>Science. 2nd.ed. New Jersey:PrenticeScience. 2nd.ed. New Jersey:Prentice--Hall;1997.Hall;1997.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>O Ar e a AtmosferaO Ar e a Atmosfera</p><p>Uma das principais características da atmosfera da terra é que ela é um ambiente oxidante,Uma das principais características da atmosfera da terra é que ela é um ambiente oxidante,</p><p>fenômeno que se explica pela presença de alta concentração de oxigênio diatômico, Ofenômeno que se explica pela presença de alta concentração de oxigênio diatômico, O22..</p><p>quase todos os gases liberados no ar, sejam eles substâncias “naturais” ou “poluentes”,quase todos os gases liberados no ar, sejam eles substâncias “naturais” ou “poluentes”,</p><p>são totalmente oxidados.são totalmente oxidados.</p><p>Óxidos de nitrogênio gasosos são produzidos sempre que um combustível é queimado emÓxidos de nitrogênio gasosos são produzidos sempre que um combustível é queimado em</p><p>presença do ar com uma chama quente.presença do ar com uma chama quente.</p><p>Sabem por que ?Sabem por que ?</p><p>ChamaChama</p><p>NN22 + O+ O2 2</p><p>→ → 2 NO2 NO</p><p>Óxido NítricoÓxido Nítrico</p><p>O óxido nítrico no ar é gradualmente oxidado para formar dióxido de nitrogênio (NOO óxido nítrico no ar é gradualmente oxidado para formar dióxido de nitrogênio (NO22), em ), em</p><p>um período de minutos ou horas. Os NO e NOum período de minutos ou horas. Os NO e NO22 presentes no ar são denominados de presentes no ar são denominados de NONOxx..</p><p>A cor amarela na atmosfera de uma cidade envolvida pelo A cor amarela na atmosfera de uma cidade envolvida pelo smogsmog devedeve--se a presença do se a presença do</p><p>dióxido de nitrogênio, pois esse gás absorve um pouco de luz visível próximo ao limite dodióxido de nitrogênio, pois esse gás absorve um pouco de luz visível próximo ao limite do</p><p>violeta e, violeta e, consequentementeconsequentemente, a luz solar transmitida através da névoa parece amarela., a luz solar transmitida através da névoa parece amarela.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>SmogSmog</p><p>O processo de formação do O processo de formação do smogsmog ((smokesmoke ++ fogfog) abrange centenas de reações) abrange centenas de reações</p><p>diferentes, envolvendo um número indeterminado de substâncias químicas, diferentes, envolvendo um número indeterminado de substâncias químicas,</p><p>que ocorrem simultaneamente.que ocorrem simultaneamente.</p><p>O primeiro O primeiro smogsmog de que se tem notícia no Brasil ocorreu na cidade de São de que se tem notícia no Brasil ocorreu na cidade de São</p><p>Paulo em 1972 e foi provocado por emissões de veículos e indústrias, em Paulo em 1972 e foi provocado por emissões de veículos e indústrias, em fenôfenô</p><p>menomeno de inversão térmica com ausência de vento e de chuva.de inversão térmica com ausência de vento e de chuva.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>SmogSmog</p><p>Os produtos finais do Os produtos finais do smogsmog são ozônio, ácido nítrico e compostos orgânicos são ozônio, ácido nítrico e compostos orgânicos</p><p>parcialmente oxidados.parcialmente oxidados.</p><p>COVsCOVs + NO + luz solar + NO + luz solar → mistura de O→ mistura de O3, 3, HNOHNO3, 3, compostos orgânicoscompostos orgânicos</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>O Ar e a AtmosferaO Ar e a Atmosfera</p><p>• Cerca de 30 litros de ar passam por dia, pelos pulmões de uma pessoa adulta;</p><p>• Esse ar entra em contato muito íntimo com os alvéolos pulmonares;</p><p>• O ar, através dos alvéolos, entra em contato com a corrente sangüínea, fornecendo</p><p>oxigênio necessário à vida humana;</p><p>• A atmosfera se divide em camadas. A troposfera é a camada da atmosfera que vai</p><p>do solo até a altitude de cerca de 10 a 12 km e a estratosfera, é a camada que vai</p><p>desde a troposfera até cerca de 50 km de altitude. Setenta e cinco por cento (75%)</p><p>da massa da atmosfera está contida dentro da altitude de até 10 km, ou seja, basica</p><p>mente dentro da troposfera, sendo que 99% da massa de ar está contida dentro da</p><p>altitude de 33 km, envolvendo portanto, a troposfera e parte da estratosfera.</p><p>• Uma certa região da estratosfera, entre 20 e 30 km de altitude, denominada camada</p><p>de ozônio, tem função importante pela maior quantidade de ozônio. Esta camada</p><p>vem sendo destruída pela ação antrópica, em especial pelo cloro presente nos</p><p>clorofluorcabonos, conhecidas como CFCs.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>• Padrões de Qualidade do ar</p><p>Os padrões de qualidade do ar definem legalmente o limite máximo para a concentração</p><p>de um poluente na atmosfera, que garanta a proteção da saúde e do meio ambiente.</p><p>Os padrões de qualidade do ar são baseados em estudos científicos dos efeitos</p><p>produzidos por poluentes específicos e são fixados em níveis que possam propiciar uma</p><p>margem de segurança adequada</p><p>Os padrões nacionais foram estabelecidos pelo IBAMA - Instituto Brasileiro de Meio</p><p>Ambiente e aprovados pelo CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente, por meio</p><p>da Resolução CONAMA 03/90.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>São estabelecidos dois tipos de padrões de qualidade do ar: os primários e</p><p>os secundários.</p><p>São padrões primários de qualidade do ar as concentrações de poluentes que,</p><p>ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população. Podem ser entendidos como</p><p>níveis máximos toleráveis de concentração de poluentes atmosféricos, constituindo-se</p><p>em metas de curto e médio prazo.</p><p>São padrões secundários de qualidade do ar as concentrações de poluentes</p><p>atmosféricos abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem estar da</p><p>população, assim como o mínimo dano à fauna e à flora, aos materiais e ao meio</p><p>ambiente em geral.</p><p>Podem ser entendidos como níveis desejados de concentração de</p><p>poluentes, constituindo-se em meta de longo prazo.</p><p>Padrões nacionais de qualidade do ar</p><p>(Resolução CONAMA nº 03 de 28/06/90)</p><p>Poluente Tempo de</p><p>Amostragem</p><p>Padrão</p><p>Primário</p><p>µg/m³</p><p>Padrão</p><p>Secundário</p><p>µg/m³</p><p>Método de</p><p>Medição</p><p>partículas totais</p><p>em suspensão</p><p>24 horas1</p><p>MGA2</p><p>240</p><p>80</p><p>150</p><p>60</p><p>amostrador de</p><p>grandes volumes</p><p>partículas inaláveis 24 horas1</p><p>MAA3</p><p>150</p><p>50</p><p>150</p><p>50</p><p>separação</p><p>inercial/filtração</p><p>fumaça 24 horas1</p><p>MAA3</p><p>150</p><p>60</p><p>100</p><p>40 refletância</p><p>dióxido de enxofre 24 horas1</p><p>MAA3</p><p>365</p><p>80</p><p>100</p><p>40 pararosanilina</p><p>dióxido de nitrogênio 1 hora1</p><p>MAA3</p><p>320</p><p>100</p><p>190</p><p>100 quimiluminescência</p><p>monóxido de carbono</p><p>1 hora1</p><p>8 horas1</p><p>40.000</p><p>35 ppm</p><p>10.000</p><p>9 ppm</p><p>40.000</p><p>35 ppm</p><p>10.000</p><p>9 ppm</p><p>infravermelho</p><p>não dispersivo</p><p>ozônio 1 hora1 160 160 quimiluminescência</p><p>A mesma resolução estabelece ainda os critérios para episódios agudos de poluição do</p><p>ar. A declaração dos estados de Atenção, Alerta e Emergência requer, além dos níveis</p><p>de concentração atingidos, a previsão de condições meteorológicas desfavoráveis à</p><p>dispersão dos poluentes.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>* O nível de atenção é declarado pela CETESB com base na Legislação Estadual que é mais restritiva (200 µg/m3).</p><p>ParâmetrosParâmetros AtençãoAtenção AlertaAlerta EmergênciaEmergência</p><p>partículaspartículas</p><p>totais em suspensão totais em suspensão</p><p>(µg/m3) (µg/m3) -- 24h 24h</p><p>375375 625625 875875</p><p>partículas inaláveispartículas inaláveis</p><p>(µg/m3) (µg/m3) -- 24h 24h</p><p>250250 420420 500500</p><p>fumaçafumaça</p><p>(µg/m3) (µg/m3) -- 24h 24h</p><p>250250 420420 500500</p><p>dióxido de enxofredióxido de enxofre</p><p>(µg/m3) (µg/m3) -- 24h 24h</p><p>800800 1.6001.600 2.1002.100</p><p>SO2 X PTSSO2 X PTS</p><p>((µgµg/m3)(/m3)(µgµg/m3) /m3) -- 24h 24h</p><p>65.00065.000 261.000261.000 393.000393.000</p><p>dióxido de nitrogêniodióxido de nitrogênio</p><p>(µg/m3) (µg/m3) -- 1h1h</p><p>1.1301.130 2.2602.260 3.0003.000</p><p>ozônioozônio</p><p>(µg/m3) (µg/m3) –– 1h 1h</p><p>400400 800800 10001000</p><p>monóxido de carbonomonóxido de carbono</p><p>(ppm) (ppm) -- 8h 8h</p><p>1515 3030 4040</p><p>Critérios para episódios agudos de poluição do ar</p><p>(Resolução CONAMA nº 03 de 28/06/90)</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Principais Poluentes AtmosféricosPrincipais Poluentes Atmosféricos</p><p>Considera-se poluente qualquer substância presente no ar e que, pela sua concentração,</p><p>possa torná-lo impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, causando inconveniente ao bem</p><p>estar público, danos aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e</p><p>gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade.</p><p>Os poluentes são divididos em duas categorias: Poluentes Primários e Poluentes</p><p>Secundários:</p><p>Poluentes Primários: aqueles emitidos diretamente pelas fontes de emissão.</p><p>Poluentes Secundários: aqueles formados na atmosfera através da reação química</p><p>entre poluentes primários e componentes naturais da atmosfera.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Principais Poluentes AtmosféricosPrincipais Poluentes Atmosféricos</p><p>Os poluentes atmosféricos em forma de matéria podem ser classificados , em função</p><p>de seu estado físico, dividindo-se em dois grupos: (a) material particulado e (b) gases e</p><p>vapores.</p><p>Material Particulado (MP): Sob a denominação geral de Material Particulado se encontra</p><p>um conjunto de poluentes constituídos de poeiras, fumaças e todo tipo de material sólido</p><p>e líquido que se mantém suspenso na atmosfera por causa de seu pequeno tamanho.</p><p>As principais fontes de emissão de particulado para a atmosfera são: veículos</p><p>automotores, processos industriais, queima de biomassa, ressuspensão de poeira do</p><p>solo, entre outros.</p><p>O tamanho das partículas está diretamente associado ao seu potencial para causar</p><p>problemas à saúde, sendo que quanto menores maiores os efeitos provocados.</p><p>O particulado pode também reduzir a visibilidade na atmosfera.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Principais Poluentes AtmosféricosPrincipais Poluentes Atmosféricos</p><p>Material Particulado (MP):</p><p>O material particulado pode ser classificado como:</p><p>Partículas Totais em Suspensão (PTS)</p><p>Podem ser definidas de maneira simplificada como aquelas cujo diâmetro aerodinâmico</p><p>é menor que 50 µm. Uma parte destas partículas é inalável e pode causar problemas à</p><p>saúde, outra parte pode afetar desfavoravelmente a qualidade de vida da população,</p><p>interferindo nas condições estéticas do ambiente e prejudicando as atividades normais</p><p>da comunidade.</p><p>Partículas Inaláveis (MP10)</p><p>Podem ser definidas de maneira simplificada como aquelas cujo diâmetro aerodinâmico</p><p>é menor que 10 µm. São as de maior interesse para a saúde pública.</p><p>Fumaça (FMC)</p><p>Está associada ao material particulado suspenso na atmosfera proveniente dos</p><p>processos de combustão.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Principais Poluentes AtmosféricosPrincipais Poluentes Atmosféricos</p><p>Material Particulado (MP):</p><p>Poeiras</p><p>Partículas sólidas, geralmente formadas por processos de desintegração mecânica, tais</p><p>como moagem, britagem, abrasão, ação dos ventos, etc.</p><p>Fumos</p><p>Partículas sólidas formadas por condensação ou sublimação de substâncias gasosas</p><p>originadas da vaporização/sublimação de sólidos. A formação dos fumos é usualmente</p><p>acompanhadas de reações químicas, por exemplo, a oxidação no caso de fumos</p><p>metálicos. Ex: Fumos de zinco, fumos de alumínio, etc.</p><p>Névoas</p><p>Partículas líquidas produzidas por condensação ou por dispersão de um líquido, por</p><p>exemplo por atomização. Possuem tamanho normalmente maior do que 5 micrômetros.</p><p>Exemplos: névoas de tanques de tratamento superficial (galvanoplastia), névoas de</p><p>pesticidas nas operações de pulverização.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Principais Poluentes AtmosféricosPrincipais Poluentes Atmosféricos</p><p>Material Particulado (MP):</p><p>Partículas Inaláveis (MP10)</p><p>As partículas de pequeno diâmetro aerodinâmico (<2,5um) são prejudiciais à saúde, pois</p><p>podem atingir os alvéolos pulmonares, já as grossas ficam retidas na parte superior do</p><p>sistema respiratório.</p><p>Dióxido de Enxofre (SO2)</p><p>Resulta principalmente da queima de combustíveis que contém enxofre, como óleo</p><p>diesel, óleo combustível industrial e gasolina. É um gás incolor com odor pungente, que</p><p>pode ser transformado em trióxido de enxofre (SO3). É um dos principais formadores da</p><p>chuva ácida. O dióxido de enxofre pode reagir com outras substâncias presentes no ar</p><p>formando partículas de sulfato que são responsáveis pela redução da visibilidade na</p><p>atmosfera.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Principais Poluentes AtmosféricosPrincipais Poluentes Atmosféricos</p><p>Monóxido de Carbono (CO)</p><p>É um gás incolor, inodoro e insípido que resulta da queima incompleta de combustíveis</p><p>de origem orgânica (combustíveis fósseis, biomassa, etc). Em geral é encontrado em</p><p>maiores concentrações nas cidades, emitido principalmente por veículos automotores.</p><p>Altas concentrações de CO são encontradas em áreas de intensa circulação de veículos.</p><p>Ozônio (O3) e Oxidantes Fotoquímicos</p><p>“Oxidantes fotoquímicos” é a denominação que se dá à mistura de poluentes</p><p>secundários formados pelas reações entre os óxidos de nitrogênio e compostos</p><p>orgânicos voláteis, na presença de luz solar, sendo estes últimos liberados na queima</p><p>incompleta e evaporação de combustíveis e solventes. O principal produto desta reação</p><p>é o ozônio, por isso mesmo utilizado como parâmetro indicador da presença de</p><p>oxidantes fotoquímicos na atmosfera. Tais poluentes formam a chamada névoa</p><p>fotoquímica ou “smog fotoquímico”, que possui este nome porque causa na atmosfera</p><p>diminuição da visibilidade.</p><p>Ele provoca irritação nos olhos e vias respiratórias e diminuição da capacidade pulomo</p><p>nar.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Principais Poluentes AtmosféricosPrincipais Poluentes Atmosféricos</p><p>Camada de Ozônio: escudo protetor para a vida</p><p>A Camada de Ozônio estratosférico está localizada entre 20 e 40 km de altitude na</p><p>atmosfera terrestre. Atua como um escudo protetor, impedindo a penetração dos raios</p><p>ultravioleta</p><p>e permitindo a passagem da luz visível. Sem essa proteção, a intensidade</p><p>de radiação UV-A, UV-B e UV-C seria superior em algumas vezes alterando a vida,</p><p>na forma como é conhecida.</p><p>O buraco, ou seja, a rarefação da Camada de Ozônio estratosférico que se observa</p><p>com a chegada da primavera no Hemisfério Sul provoca os mais diversos problemas</p><p>como: no ser humano, câncer de pele e catarata; em diferentes animais, como peixes,</p><p>mamíferos e aves, mortandade; em espécies vegetais, doenças e redução da taxa de</p><p>crescimento; além de, com esses efeitos, contribuir para o agravamento de outros</p><p>problemas, como a redução da biodiversidade ou extinção de espécies ameaçadas e,</p><p>até mesmo, o aumento do efeito estufa, em conseqüência da redução das florestas</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Principais Poluentes AtmosféricosPrincipais Poluentes Atmosféricos</p><p>Métodos de determinação dos poluentes</p><p>Parâmetro Método de Medição</p><p>Partículas inaláveis radiação Beta</p><p>Dióxido de enxofre fluorescência de pulso (ultravioleta)</p><p>Óxidos de Nitrogênio quimilunimescência</p><p>Monóxido de carbono Infravermelho não dispersivo</p><p>Hidrocarbonetos cromatografia gasosa/ionização de chama</p><p>Ozônio ultravioleta</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Principais Poluentes AtmosféricosPrincipais Poluentes Atmosféricos</p><p>Métodos de determinação dos poluentes</p><p>Parâmetro Método de Medição</p><p>Partículas inaláveis radiação Beta</p><p>Dióxido de enxofre fluorescência de pulso (ultravioleta)</p><p>Óxidos de Nitrogênio quimilunimescência</p><p>Monóxido de carbono Infravermelho não dispersivo</p><p>Hidrocarbonetos cromatografia gasosa/ionização de chama</p><p>Ozônio ultravioleta</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Principais Poluentes AtmosféricosPrincipais Poluentes Atmosféricos</p><p>O Programa do Governo do Estado de São Paulo para a Proteção da Camada de Ozônio</p><p>Estratosférico (PROZONESP) foi criado em 1995. Desde então, a CETESB participa do</p><p>programa de banimento das Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio (SDOs) do</p><p>Governo Federal, em permanente cooperação com o Ministério do Meio Ambiente</p><p>(MMA) e o IBAMA.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Principais Poluentes AtmosféricosPrincipais Poluentes Atmosféricos</p><p>Óxido de Nitrogênio (NO) e Dióxido de Nitrogênio (NO2)</p><p>São formados durante processos de combustão. Em grandes cidades, os veículos</p><p>geralmente são os principais responsáveis pela emissão dos óxidos de nitrogênio. O</p><p>NO, sob a ação de luz solar se transforma em NO2 e tem papel importante na formação</p><p>de oxidantes fotoquímicos como o ozônio. Os óxidos de nitrogênio contribui de forma</p><p>Importante para formação de chuvas ácidas. Dependendo das concentrações, o NO2</p><p>causa prejuízos à saúde.</p><p>Hidrocarbonetos (HC)</p><p>São gases e vapores resultantes da queima incompleta e evaporação de combustíveis</p><p>e de outros produtos orgânicos voláteis. Diversos hidrocarbonetos como o benzeno são</p><p>cancerígenos e mutagênicos, não havendo uma concentração ambiente totalmente</p><p>segura. Participam ativamente das reações de formação da “névoa fotoquímica”.</p><p>Os Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPAs) são compostos formados por dois</p><p>ou mais anéis aromáticos condensados, contendo somente átomos de carbono e</p><p>hidrogênio. Dos muitos HPAs que podem existir, dezesseis são considerados prioritários</p><p>Pela USEPA, por causa de seu potencial tóxico.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Principais Poluentes AtmosféricosPrincipais Poluentes Atmosféricos</p><p>As moléculas de HPAs são planas sendo que cada carbono é coordenado por três</p><p>átomos muito parecidos com grafite.</p><p>As moléculas são altamente carcinogênicas mas muito comuns no ambiente.</p><p>São subprodutos da combustão de gasolina e querosene de aviação, sendo encontradas</p><p>também em carnes tostadas e em “hamburgers”.</p><p>Acenaftaleno</p><p>Antraceno</p><p>Benzo(a)pireno</p><p>Benzo(ghi)perileno</p><p>Criseno</p><p>Fluoranteno</p><p>Indeno(1,2,3-cd)pireno</p><p>Fenantreno</p><p>Acenaftileno</p><p>Benzo(a)antraceno</p><p>Benzo(b)fluoranteno</p><p>Benzo(k)fluoranteno</p><p>Dibenzo(a,h)antraceno</p><p>Fluoreno</p><p>Naftaleno</p><p>Pireno</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Para se controlar a poluição não basta fiscalizar de maneira instantânea um</p><p>determinado número de fontes. Um mesmo processo pode emitir grandes cargas</p><p>durante um curto período de tempo. Adicionalmente, um sem número de pequenos e</p><p>médios processos emitem de forma difusa os poluentes que refletirão na qualidade do</p><p>ar.</p><p>Os próprios poluentes primários emitidos podem transformar-se em secundários – através</p><p>de reações fotoquímicas, por exemplo. Podem ainda ser transportadas por longas</p><p>distâncias, cruzando fronteiras internacionais.</p><p>Cada local tem uma condição de suportar os impactos pelos poluentes a que são</p><p>submetidos, a chamada capacidade de suporte do meio. Esta também varia em função</p><p>de, por exemplo, condições meteorológicas.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Mistura de Poluentes Mistura de Poluentes</p><p>A atmosfera real envolve um conjunto de poluentes. Assim, os efeitos devem ser</p><p>considerados em relação a esse conjunto. Numa mistura de poluentes os efeitos</p><p>podem ser aumentados em relação à exposição a um só poluente (efeitos</p><p>sinérgicos ou aditivos).</p><p>Efeitos da Poluição do ArEfeitos da Poluição do Ar</p><p>Os efeitos podem ocorrer no âmbito local, regional e global. Esses efeitos podem se</p><p>manifestar na saúde, no bem estar da população, na vegetação e na fauna, sobre os</p><p>materiais, sobre as propriedades da atmosfera passando pela redução da visibilidade,</p><p>alteração da acidez das águas da chuva (chuva ácida), aumento da temperatura da</p><p>terra (efeito estufa) e modificação da intensidade da radiação solar (aumento da radia</p><p>ção ultravioleta pela diminuição da camada de ozônio).</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Efeitos da Poluição do ArEfeitos da Poluição do Ar</p><p>• Efeitos relacionados à saúde</p><p>Os principais efeitos da poluição atmosféri</p><p>ca à saúde humana são: problemas oftálmi</p><p>cos, doenças dermatológicas, gastrintesti</p><p>nais, cardiovasculares e pulmonares, além</p><p>de alguns tipos de câncer.</p><p>A exposição humana pode se dar por inalação, ingestão ou contato com a pele, mas a</p><p>inalação pode ser considerada a via mais importante e mais vulnerável.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Efeitos da Poluição do ArEfeitos da Poluição do Ar</p><p>• Efeitos relacionados à vegetação</p><p>Os principais efeitos da poluição do ar sobre a vegetação são: alteração do crescimento</p><p>e da produtividade da planta, colapso foliar, envelhecimento precoce, descoloração, cloro</p><p>se e outras alterações da cor e necrose do tecido foliar.</p><p>Os danos podem ser de origem aguda ou crônica e são ocasionados pela redução de</p><p>penetração da luz, com conseqüente redução da capacidade fotossintética, geralmente</p><p>por deposição de partículas nas folhas, pela penetração de poluentes pelas raízes ou</p><p>através de sua principal porta de entrada, os estômatos, que são pequenos poros na</p><p>superfície das plantas, onde se dá a troca de gases (O2 – CO2).</p><p>Os principais poluentes presentes na atmosfera que são fitotóxicos são o ozônio e o pero</p><p>xiacetilnitrato (PAN), o dióxido de enxofre, o dióxido de nitrogênio e os fluoretos.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Efeitos da Poluição do ArEfeitos da Poluição do Ar</p><p>• Efeitos relacionados à vegatação</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Efeitos da Poluição do ArEfeitos da Poluição do Ar</p><p>• Efeitos relacionados aos materiais</p><p>O primeiro efeito visível e de reconhecimento popular é a deposição de partículas,</p><p>principalmente poeira e fumaça, nas edificações e monumentos sujando-os, exigindo</p><p>portanto uma maior freqüência de limpeza ou de pintura.</p><p>A corrosão de partes metálicas é causada principalmente pelos gases ácidos, em</p><p>especial o dióxido de enxofre (SO2).</p><p>A borracha também é afetada pela poluição do ar, e especial pelo ozônio (O3) que ataca</p><p>a borracha natural e a borracha sintética de butadieno-estireno.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Controle da Poluição do ArControle da Poluição do Ar</p><p>O controle da poluição do ar envolve desde o planejamento do assentamento de núcleos</p><p>urbanos e industriais e do sistema viário, até a ação direta sobre a fonte de emissão.</p><p>As medidas usualmente utilizadas para controlar a Poluição do Ar são:</p><p>1. Medidas Indiretas</p><p>Medidas que visam a eliminação, redução, diluição segregação ou afastamento de</p><p>poluentes.</p><p>2. Medidas Diretas</p><p>Ações que visam reduzir a quantidade de poluentes descarregadas na atmosfera,</p><p>por meio da instalação de equipamentos de controle.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Controle da Poluição do ArControle da Poluição do Ar</p><p>1. Medidas Indiretas</p><p>a) Planejamento Urbano</p><p>b) Diluição por meio de chaminés altas</p><p>c) Medidas para impedir a geração de poluentes</p><p>d) Medidas para reduzir a geração de poluentes</p><p>2. Medidas Diretas</p><p>Ações que visam reduzir a quantidade de poluentes descarregadas na atmosfera,</p><p>por meio da instalação de equipamentos de controle.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Controle da Poluição do ArControle da Poluição do Ar</p><p>1. Medidas Indiretas</p><p>a) Planejamento Urbano</p><p>Método que consiste basicamente numa melhor</p><p>distribuição espacial das fontes da poluição,</p><p>aumentando a distância fonte-receptor.</p><p>RodoanelRodoanel</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Controle da Poluição do ArControle da Poluição do Ar</p><p>1. Medidas Indiretas</p><p>b) Diluição por meio de chaminés</p><p>A utilização de chaminés altas visa a redução da</p><p>concentração do poluente ao nível do solo, sem</p><p>a redução da quantidade emitida.</p><p>Trata-se de medida cuja eficácia fica dependente</p><p>da distribuição espacial das fontes e das condições</p><p>meteorológicas.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Controle da Poluição do ArControle da Poluição do Ar</p><p>1. Medidas Indiretas</p><p>c) Medidas para impedir a geração de poluentes</p><p>Em muitos casos os poluentes podem ser eliminados totalmente por meio da</p><p>substituição de combustíveis, matérias-primas e reagentes que entram no processo,</p><p>mudanças de equipamentos e processos.</p><p>Um exemplo típico é a eliminação da emissão de compostos de chumbo por veículos</p><p>a gasolina quando o chumbo tetraetila, um aditivo anti-detonante, deixa de ser</p><p>adicionado á gasolina, sendo substituído por etanol (álcool etílico).</p><p>A substituição de combustíveis com enxofre por combustíveis sem enxofre (por</p><p>exemplo gás natural) elimina a formação e a emissão de compostos de enxofre.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Controle da Poluição do ArControle da Poluição do Ar</p><p>1. Medidas Indiretas</p><p>d) Medidas para reduzir a geração de poluentes</p><p>A diminuição da quantidade de poluentes gerada pode ser conseguida pelas</p><p>seguintes medidas:</p><p>• operar os equipamentos dentro de sua capacidade nominal.</p><p>• operar e manter adequadamente os equipamentos produtivos, caldeiras, fornos,</p><p>veículos, etc.</p><p>• adequada limpeza do ambiente em conjunto com prédios projetados e construídos</p><p>adequadamente</p><p>• utilização de combustíveis de menor potencial poluidor.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Controle da Poluição do ArControle da Poluição do Ar</p><p>1. Medidas Diretas</p><p>Equipamentos de controle de poluentes (Por exemplo, filtros).</p><p>a) Equipamentos de Controle de Material Particulado</p><p>Coletores Secos/Coletores Úmidos</p><p>b) Equipamentos de Controle de Gases e Vapores</p><p>Incineradores de gás catalíticos/Incineradores com gás com chama direta/</p><p>absorvedores/adsorvedores</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Controle da Poluição do ArControle da Poluição do Ar</p><p>Os Veículos Automotores e a Poluição do Ar</p><p>Os veículos são atualmente a principal fonte de poluentes para atmosfera, nos</p><p>grandes centros urbanos. Na América Latina merecem destaque a Poluição do Ar na</p><p>Cidade do México, cidade de São Paulo, cidade do Rio de Janeiro e Santiago do Chile.</p><p>A Resolução CONAMA n. 18, de 6 de maio de 1986, instituiu o Programa Nacional de</p><p>Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE), com limites</p><p>máximos de emissão para motores e veículos novos.</p><p>A Resolução CONAMA n. 3, de 28 de julho de 1990, estabeleceu os Padrões Primários</p><p>e Secundários de Qualidade do Ar e os métodos de referência para aferição da qualidade</p><p>do ar, bem como os critérios para episódios agudos de poluição do ar.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Controle da Poluição do ArControle da Poluição do Ar</p><p>CatalisadorCatalisador</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Controle da Poluição do ArControle da Poluição do Ar</p><p>A CETESB adaptou as metodologias internacionais às necessidades brasileiras e</p><p>desenvolveu os fundamentos técnicos para combater a poluição gerada pelos veículos</p><p>automotores, que serviu de base para que o CONAMA criasse o Programa.</p><p>Todos os novos modelos de veículos e motores nacionais e importados são submetidos</p><p>obrigatoriamente à homologação quanto à emissão de poluentes.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Controle da Poluição do ArControle da Poluição do Ar</p><p>Os laboratórios de emissão veicular executam ensaios de emissão de poluentes de</p><p>veículos leves (motores de ignição por centelhas), contribuindo no processo da redução</p><p>da emissão por veículos novos.</p><p>Os principais ensaios são os seguintes:</p><p>1. Ensaio de emissão de escapamento, determinando a emissão de CO, HC, óxidos de</p><p>nitrogênio (NOx) e CO2.</p><p>2. Ensaio de emissão de aldeídos, fazendo a determinação através de cromatografia</p><p>líquida.</p><p>3. Ensaio de emissão evaporativa.</p><p>4. Ensaio de consumo de combustível.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Controle da Poluição do ArControle da Poluição do Ar</p><p>Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares - PROMOT,</p><p>com datas e metas pré estabelecidas.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>Controle da Poluição do ArControle da Poluição do Ar</p><p>Em 1979, iniciou-se o Programa Nacional do Álcool - PROALCOOL e a partir de então,</p><p>ocorreram novas e importantes modificações na composição dos combustíveis</p><p>utilizados pelos veículos automotores. Neste mesmo ano, foi iniciado o fornecimento</p><p>da mistura da gasolina com o álcool anidro, com 15% de etanol, chegando-se a 22%</p><p>nos anos seguintes e, ainda, iniciada a produção de veículos movidos a etanol.</p><p>A porcentagem de 22% de etanol em volume de gasolina foi adotada pelo CONAMA</p><p>em 1990, por recomendação do setor energético</p><p>CombustívelCombustível</p><p>Agravantes da Poluição Atmosférica</p><p> Inversão térmica</p><p> Aquecimento global</p><p> Chuva ácida</p><p> Diminuição (depleção) da camada de ozônio</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>INVERSÃO TÉRMICA</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>A inversão térmica se caracteriza por uma camada de ar quente que se forma sobre</p><p>a cidade, “aprisionando” o ar e impedindo a dispersão dos poluentes.</p><p>AQUECIMENTO GLOBALAQUECIMENTO GLOBAL</p><p>Fenômeno de elevação da temperatura média da Terra,</p><p>devido ao aumento da concentração de gases estufa</p><p>(aumento do efeito estufa), principalmente gás</p><p>carbônico (CO2), pelas atividades humanas, como a</p><p>queima de combustíveis fósseis em veículos e</p><p>fábricas.</p><p>Efeito estufa: é a forma que a Terra tem para manter</p><p>sua temperatura constante. A atmosfera é altamente</p><p>transparente à luz solar, porém cerca de 35% da</p><p>radiação que recebemos vai ser refletida de novo para</p><p>o espaço, ficando os outros 65% retidos na Terra.</p><p>•Derretimento das geleiras Elevação dos mares</p><p>Enchentes e inundações.</p><p>Controle Ambiental do ArControle</p><p>Ambiental do Ar</p><p>CHUVA ÁCIDACHUVA ÁCIDA</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>A chuva é considerada ácida quando tiver um pH inferior a 5, ocorrendo não</p><p>apenas sob a forma de chuva, mas também como neve, geada ou neblina.</p><p>Decorre da queima de combustíveis fósseis, produzindo CO2, formas oxidadas de</p><p>carbono, nitrogênio e enxofre. Estes gases combinam-se com a água presente na</p><p>atmosfera, sob a forma de vapor, transformando-se em ácidos (H2CO3, HNO3,</p><p>H2SO4).</p><p>•Acidificação do solo, mares e rios danos ao</p><p>homem, animais e plantas.</p><p>•Ameaça aos patrimônios culturais da humanidade,</p><p>corrosão das estruturas.</p><p>DIMINUIÇÃO DA CAMADADIMINUIÇÃO DA CAMADA</p><p>DE OZÔNIODE OZÔNIO</p><p>Camada de ozônio: é uma camada formada pelo O3 (gás ozônio)</p><p>nas partes altas da atmosfera, cerca de 12 a 50 km acima da Terra,</p><p>tendo como função proteger o planeta da incidência direta de</p><p>grande parte dos raios ultravioleta (raios UV), componente da</p><p>radiação solar. Nas últimas décadas com a liberação de</p><p>gases como o CFC (clorofluorcarbono)</p><p>que reagem com o ozônio, a camada vem</p><p>ficando cada vez menos espessa, o que</p><p>chamamos de “buraco”. Desde 1979 a</p><p>camada de ozônio tornou-se 4% mais fina.</p><p>•Doenças nos seres humanos</p><p>(envelhecimento e câncer de pele,</p><p>enfraquecimento do sistema</p><p>imunológico).</p><p>•Prejudica a fauna e a flora.</p><p>Controle Ambiental do ArControle Ambiental do Ar</p><p>GESTÃO AMBIENTAL</p><p>Prof. Paulo Simões</p>