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CENTRO UNIVERSITÁRIO – CATÓLICA DE SANTA CATARINA 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
RELATÓRIO DE TCC 
DOUGLAS DALL AGNOLO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE COMPARATIVA DE LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO 
CONVENCIONAL E LEVANTAMENTO COM VANT: ESTUDO DE CASO DE UM 
TERRENO URBANO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOINVILLE 
2019 
FICHA CATALOGRÁFICA
Dados internacionais de catalogação na publicação - CIP
(Catalogado na fonte pela Biblioteca Centro Universitário Católica de Joinville)
Carla Maria Rodrigues de Souza CRB-14 /1640
Agnolo, Douglas Dall
 Análise comparativa de levantamento topográfico convencional e
 com VANT: estudo de caso de um terreno urbano/ Douglas Dall Agnolo-
 Joinville:D.D.Agnolo, 2019.
 74p. fig., quadros., colorida.
 Orientador Msc: Sosnoski, Jonatas
 Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Centro Universitário
 Católica de Joinville / SC, Curso de Engenharia Civil.
 Inclui bibliografia
1. Topografia 2. Drone 3. Vant. I. Sosnoski, Jonatas Prof. Msc. Orientador.
 CDD-526.89
 
 
DOUGLAS DALL AGNOLO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE COMPARATIVA DE LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO 
CONVENCIONAL E LEVANTAMENTO COM VANT: ESTUDO DE CASO DE UM 
TERRENO URBANO 
 
Relatório de Conclusão de Curso 
apresentado ao Curso de Graduação em 
Engenharia Civil, do Centro Universitário 
– Católica de Santa Catarina em Joinville, 
como requisito parcial à obtenção do título 
de Bacharel. 
Orientador: Prof. MSc.JonatasSosnoski 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOINVILLE 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A meus pais Dario e Maria Ivanir 
por todo apoio, incentivo, confiança 
depositado no meu crescimento pessoal e 
profissional e a minha esposa Thayse 
pelo amor e compreensão nas horas de 
ausência. Ao meu filho Théo razão do 
meu viver. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço primeiramente a Deus por ter me iluminado durante toda essa 
caminhada, dando-me força para enfrentar as dificuldades, humildade para 
reconhecer e corrigir os erros, e sabedoria para agradecer as conquistas. 
Aos meus pais Dario e Maria Ivanir, que confiam no meu potencial e nunca 
mediram esforços para me oferecer o melhor estudo. Agradeço também por todo 
amor, apoio e incentivo dados durante toda a minha vida, permitindo o traçado de 
um caminho digno e correto do qual me orgulho muito. 
Meu agradecimento mais que especial, a minha esposa Thayse Maria 
Torques, grande incentivadora dos meus projetos de vida, agradeço pelo apoio, 
companheirismo e incentivo para conclusão da minha segunda graduação. 
Ao meu filho Théo que mesmo ainda muito pequeno me fez reforçar a 
vontade de vencer e de me tornar um exemplo de pai. 
A meu professor orientador Msc. Jonatas Sosnoski, por ter acreditado e 
confiado em mim, dando-me todo suporte e ideias construtivas. Também pela 
paciência, disponibilidade e incentivo no desenvolvimento de todo este trabalho. 
Aos amigos e colegas, que ao longo destes cinco anos de convívio me 
ajudaram nesta conquista, minha sincera gratidão. 
A todos os professores do curso de Engenharia Civil, que sempre tentaram da 
melhor maneira possível passar seus conhecimentos e experiências. 
Ao Centro Universitário – Católica de Santa Catarina em Joinville, pelo 
ensino, estrutura oferecida e pela oportunidade de concluir o curso de graduação em 
Engenharia Civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O levantamento topográfico possui um importante papel no ramo da construção civil, 
pois engloba o estudo da superfície, suas dimensões, extensão e distância, de modo 
a reproduzir as informações de um respectivo terreno, em razão disso, esse serviço 
é fundamental para coleta de dados e confecção de muitos projetos encomendados 
por engenheiros e arquitetos, além é claro, de pessoas físicas comuns que precisam 
da confirmação de seus terrenos. O presente trabalho identifica quais são os 
métodos de topografia utilizados, suas características, margens de erro e quais os 
aparelhos são necessários. Posteriormente, realizou-se uma análise comparativa 
entre os métodos tradicionais e modernos, ou seja, o levantamento topográfico com 
a utilização da estação total e GPS geodésico e o com fotogrametria aérea utilizando 
VANT, que são veículos aéreos não tripulados. A realização se deu através de um 
estudo de caso, através do levantamento topográfico de uma área urbana de 8,51 
hectares na cidade de Joinville – Santa Catarina - Brasil, utilizando duas 
metodologias separadamente. Inicialmente avaliou-se a técnica de execução dos 
dois métodos e posteriormente o custo financeiro de cada uma, para que fosse 
possível verificar qual método é mais vantajoso ou que possui mais eficácia na sua 
realização, para isso, comparou-se o custo de cada operação, relacionado à mão de 
obra, dias ou horas para realização do serviço e necessidade de equipamentos. 
Sendo que, o levantamento convencional demonstrou menor performance e maior 
custo, fazendo que o levantamento com o VANT seja mais vantajoso em áreas 
extensas, desde que não possua muita vegetação ou obstáculos sobre o local. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Levantamento topográfico. GPS. VANT. Drone. Fotogrametria. 
Aerolevantamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The topographic survey has an important role in the construction industry, since it 
encompasses the study of the surface, its dimensions, extension and distance, in 
order to reproduce the information of a respective terrain, therefore, this service is 
fundamental for data collection and making many projects commissioned by 
engineers and architects, and of course ordinary people who need the confirmation 
of their land. The present work identifies the topography methods used, their 
characteristics, error margins and which devices are required. Subsequently, a 
comparative analysis was performed between traditional and modern methods, that 
is, the topographic survey using the total station and geodetic GPS and the aerial 
photogrammetry using VANT, which are unmanned aerial vehicles. The study was 
carried out through a case study, through a topographic survey of an urban area of 
8.51 hectares in the city of Joinville - Santa Catarina - Brazil, using two 
methodologies separately. Initially, the technique of executing the two methods and 
then the financial cost of each one was evaluated, so that it was possible to verify 
which method is most advantageous or which has more efficiency in its 
accomplishment. For this, the cost of each operation , related to labor, days or hours 
to perform the service and equipment requirements. The conventional survey 
showed lower performance and higher costs, making the survey with the UAV more 
advantageous in large areas, as long as it does not have much vegetation or 
obstacles on the site. 
 
KEYWORDS: Topographic survey. GPS. VANT. Drone. Photogrammetry. Aerial 
survey 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Representação do resultado de um levantamento planialtimétrico. .......... 19 
Figura 2 - Superfície geoidal, elipsiodal e terrestre. .................................................. 21 
Figura 3 - Constelação de satélites GPS. ................................................................. 23 
Figura 4 - Levantamento estático de coordenada com GPS ..................................... 25 
Figura 5 - Levantamento cinemático RTK de coordenada com GPS ........................ 26 
Figura 6 - Superposição longitudinal e lateral ........................................................... 28 
Figura 7 - Precisão e acurácia. .................................................................................. 31 
Figura 8 - Exemplos de trenas métricas .................................................................... 32 
Figura 9 - Eixos e círculos de um teodolito ...............................................................33 
Figura 10 - Exemplo de teodolito analógico e digital. ................................................ 34 
Figura 11 - Exemplo nível óptico. .............................................................................. 35 
Figura 12 - Exemplo de mira normal e com código de barras. .................................. 35 
Figura 13 - Estação Total .......................................................................................... 36 
Figura 14 - Prisma refletor. ........................................................................................ 37 
Figura 15 - GPS de navegação ................................................................................. 38 
Figura 16 - GPS geodésico e Rádio externo. ............................................................ 39 
Figura 17 - VANT de asa-fixa. ................................................................................... 40 
Figura 18 - VANT Multirotores. .................................................................................. 41 
Figura 19 - Área de estudo ........................................................................................ 42 
Figura 20 - Estação Total M3 Trimble ....................................................................... 43 
Figura 22 - Tela do Trimble Access Versão. ............................................................. 45 
Figura 21 - GPS Receptor Trimble RTK R4 .............................................................. 44 
Figura 23 - Implantação dos pontos de apoio. .......................................................... 46 
Figura 24 - Drone AnafiWork da Fabricante Parrot. .................................................. 48 
Figura 25 - Aplicativo Pix4Dcapture. ......................................................................... 49 
Figura 26 - Plano de voo no aplicativo Pix4Dcapture. ............................................... 50 
Figura 27 - Pontos de Apoio implantados. ................................................................ 51 
Figura 28 - Erros e tolerâncias da poligonal topográfica. .......................................... 54 
Figura 29 - Localização das câmeras e sobreposição das imagens ......................... 55 
Figura 30 - Representação do erro relacionado ao posicionamento de cada captura
 .................................................................................................................................. 57 
Figura 31- Representação do erro relacionado aos pontos de controle .................... 58 
 
 
Figura 32 - Representação em Curvas de Nível a cada 1 m ..................................... 59 
Figura 33 - Mosaico de Ortoimagens ........................................................................ 60 
Figura 34 - Modelo Digital de Elevação correspondente a superfície ....................... 61 
Figura 35 - Representação em Curvas de Nível a cada 1 m ..................................... 62 
Figura 36 - Representação tridimensional da área .................................................... 62 
Figura 37 - Comparação das curvas de nível a cada 1 m ......................................... 63 
Figura 38 - Vetorização por topografia convencional (a) aerolevantamento (b) ........ 63 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 - Exemplos de Data. .................................................................................. 22 
Quadro 2 - Classificação dos Teodolitos. .................................................................. 34 
Quadro 3 - Classificação dos Níveis. ........................................................................ 36 
Quadro 4 - Classificação das Estações Totais .......................................................... 37 
Quadro 5 - Coordenadas dos pontos de partida da poligonal e de apoio. ................ 53 
Quadro 6 - Resultados obtidos com o VANT............................................................. 56 
Quadro 7 - Erro em relação a posição de captura de cada imagem ......................... 57 
Quadro 8 - Avaliação do erro médio quadrático dos pontos de apoio. ...................... 59 
Quadro 9 - Custos com a equipe de topografia com levantamento convencional ..... 64 
Quadro 10 - Custos com a equipe de topografia com levantamento com VANT ...... 65 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ANAC Agência Nacional de Aviação Civil 
CPU Central Processing Unit 
DEM Modelo Digital de Elevação 
DoD Departamento de Defesa 
EUA Estados Unidos da América 
GALILEO European Satellite Navigation System 
Gb Giga Byte 
GHz Giga-Hertz 
GLONASS Global Orbiting Navigation Satellite System 
GNSS Global Navigation Satellite System 
GPS Global Positioning System 
HD Hard Disk 
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
ISPRS Socity for Photogrammetry and Remote Sensing 
MDE Modelo Digital de Elevação 
NMM Nível Médio das Marés 
PPM Partes por milhão 
PPM Partes Por Milhão 
RAM Random Access Memory 
RBMC Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo 
RPA Remotly Piloted Aircraft 
RTK Real Time Kinematic 
SGB Sistema Geodésico Brasileiro 
TBC Trimble Business Center 
UAV Unmanned Aerial Vehicle 
USNO United States Naval Observatory 
UTM Universal Transversa de Mercator 
VANT Veículo Aéreo Não Tripulado 
VGA Video Graphics Array 
WGS Sistema Geodésico Global 
 
 
LISTA DE SÍMBOLOS 
 
m² Metro quadrado 
km kilometro 
mm/km milímetro por kilometro 
Dist. Distância 
mm milímetro 
m metro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 14 
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ........................................................................ 14 
1.2 JUSTIFICATIVA............................................................................................ 15 
1.3 OBJETIVOS ................................................................................................. 16 
1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................. 16 
1.3.2 Objetivos Específicos ................................................................................ 16 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 18 
2.1 TOPOGRAFIA .............................................................................................. 18 
2.2 GEODÉSIA ................................................................................................... 20 
2.2.1 Geoide e Elipsoide ...................................................................................... 21 
2.2.2 Datum Horizontal ........................................................................................ 22 
2.2.3 Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS) ................................. 23 
2.3 FOTOGRAMETRIA ...................................................................................... 26 
2.3.1 Levantamento Aerofotográmetrico ........................................................... 27 
2.3.2 Fototriangulação ......................................................................................... 28 
2.3.1 Resolução ................................................................................................... 29 
2.4 ERROS ......................................................................................................... 29 
2.4.1 Erros Grosseiros ........................................................................................ 30 
2.4.2 Erros Sistemáticos ..................................................................................... 30 
2.4.3 Erros Acidentais ou Aleatórios ................................................................. 30 
2.4.4 Precisão e Acurácia ....................................................................................31 
2.5 APARELHOS TOPOGRÁFICOS DE MEDIÇÃO .......................................... 32 
2.5.1 Trena ............................................................................................................ 32 
2.5.2 Teodolito ..................................................................................................... 33 
2.5.3 Níveis ........................................................................................................... 34 
2.5.4 Aparelho Estação Total .............................................................................. 36 
2.5.5 Receptores GPS.......................................................................................... 37 
2.5.6 Veículos Aéreos não Tripulados (VANTS) ................................................ 39 
3 METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................................. 42 
3.1 ÁREA DE ESTUDO ...................................................................................... 42 
3.2 LEVANTAMNTO TOPOGRÁFICO COM MÉTODO CONVENCIONAL ........ 43 
3.2.1 Estação Total .............................................................................................. 43 
 
 
3.2.2 GPS RTK ...................................................................................................... 44 
3.2.3 Softwares .................................................................................................... 44 
3.2.4 Planejamento e Métodos ............................................................................ 45 
3.3 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICOCOM RPA ............................................ 48 
3.3.1 RPA (Drone) ................................................................................................ 48 
3.3.2 Softwares .................................................................................................... 49 
3.3.3 Plano do voo ............................................................................................... 49 
3.3.4 Pontos de apoio ou controle ..................................................................... 50 
3.3.5 Processamento dos dados ........................................................................ 51 
3.4 APRESENTAÇÃO E REPRESENTAÇÃO GRÁFICA ................................... 52 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................. 53 
4.1 GEORREFERENCIAMENTO ....................................................................... 53 
4.2 LEVANTAMENTO TRADICIONAL COM ESTAÇÃO TOTAL E GPS RTK ... 54 
4.3 LEVANTAMENTO COM VANT .................................................................... 55 
4.3.1 Resultados obtidos .................................................................................... 55 
4.3.2 Posição estimada de captura de imagens ................................................ 56 
4.3.3 Avaliação dos pontos de apoio ................................................................. 57 
4.4 ANÁLISE TÉCNICA DOS RESULTADOS .................................................... 59 
4.4.1 Planta planialtimétrica ................................................................................ 59 
4.4.2 Produtos Fotogramétricos ......................................................................... 60 
4.4.3 Comparação entre os métodos ................................................................. 62 
4.5 ANÁLISE ECONÔMICA DOS RESULTADOS ............................................. 64 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 67 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 69 
ANEXOS ................................................................................................................... 73 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Neste capítulo estão apresentados o problema de pesquisa e sua justificativa, 
bem como os objetivos do trabalho. 
 
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA 
 
Para maior parte das atividades no ramo da construção civil é fundamental o 
prévio levantamento topográfico do local onde se implantará qualquer obra de 
engenharia, arquitetura ou agronomia (ESPARTEL, 1982). 
Para levantamento das informações topográficas de um terreno, existem 
diferentes metodologias, podendo ser diretas com a Topografia e Geodésia, e 
indiretas como a Fotogrametria e o Sensoriamento Remoto (NICHETTI, 2016). 
Nos métodos diretos, a topografia tem como finalidade, mapear uma pequena 
parte da superfície terrestre, não levando em consideração as deformações sofridas 
pela esfericidade do globo terrestre (BRANDALIZE, 2000). Já a Geodésia é uma 
ciência que estuda o contorno e as dimensões da Terra, o arranjo de pontos sobre a 
superfície e modelagem do campo de gravidade (ESPARTEL, 1982). 
Nos métodos indiretos, a fotogrametria, que, segundo Vetorazzi (1996) é a 
arte e ciência de se obter imagens e informações sobre uma área, objeto ou 
fenômeno, sem a necessidade de se ter contato com o objeto. 
Para levantamentos topográficos através da utilização dos métodos diretos e 
indiretos, os equipamentos mais conhecidos são a Estação Total e o Global 
Positioning System (GPS) com a tecnologia Real Time Kinematic (RTK), que são 
inquestionáveis quanto a sua acurácia, entretanto demandam equipes de 
operadores e prazos extensos para realização e conclusão do serviço. Deste modo, 
com o desenvolvimento de novas tecnologias e a necessidade de otimização dos 
serviços de topografia, para realização em menor tempo e menos recursos, surgiram 
ferramentas que vieram para auxiliar nas atividades de topografia, como por 
exemplo, os Veículos Não Tripulados (VANT’s), comumente chamados de Drone. 
O Global Navigation Satellite System (GNSS) é um sistema de 
posicionamento por satélites que permite que o usuário, em qualquer local da 
superfície terrestre, tenha a sua disposição no mínimo quatro satélites para serem 
rastreados (MONICO, 2008), uma vez que, conhecendo as coordenadas dos 
15 
 
satélites que estão no espaço, é possível estabelecer a localização do receptor que 
está na superfície terrestre. O autor ainda ressalta que apesar da maior constelação 
em atividade ser o GPS, os receptores GNSS abrangem também o sistema 
GLONASS (Global Orbiting Navigation Satellite System) da Rússia e GALILEO 
(European Satellite Navigation System) da Europa. 
Uma aplicação que vem tendo grande impacto recentemente é o 
levantamento cinemático preciso em tempo real (GPS RTK) que proporciona 
exatidão centimétrica, ou seja, os pontos são coletados simultaneamente e após o 
processamento, os dados podem ser utilizados para mapeamentos e projetos de 
engenharia. 
Já a aerofotogrametria utilizando VANT na aquisição de aeroimagens, é 
adequada para projetos de engenharia onde utilizam-se informações da superfície 
terrestre, com elevada resolução espacial e relacionada a coleta de informações 
freqüentes. 
Como monitoramento de impactos ambientais, na agricultura de precisão, no 
deslocamento de terra, mapeamento de minas a céu aberto, cadastro urbano e rural, 
mapeamento de pequenas áreas em projetos de engenharia e no sensoriamento 
remoto. (EISENBEISS, 2009). 
Segundo Gonçalves et.al. (2015, p1), a utilização do método VANT começa a 
fazer parte integrante da atividade de obtenção de dados de informações 
geoespacial, quer como complemento aos métodos clássicos de topografia ou 
através da sua substituição, devido ao rigor e eficiência que podem proporcionar. 
Baseado nisso, pretende-se analisar técnica e economicamente os dois tipos 
de levantamentos topográficos através do VANT e da topografia convencional, 
utilizando estação total e GPS RTK. 
 
1.2 JUSTIFICATIVA 
 
Tendo em vista que o país apresenta uma vasta área de extensão territorial 
constituída por diferentes aspectos físicos, assim como uma grande variedadede 
vegetação e relevo, a realização dos projetos topográficos se apresenta como uma 
atividade de suma importância para o mapeamento das regiões e nas obras civis. 
Um dos grandes desafios dos serviços de agrimensura é o levantamento de 
feições em áreas onde existem limitações de acesso, devido a impedimentos físicos 
16 
 
ou restrições ambientais, como à abertura de acessos, que dificultam a presença de 
uma equipe de agrimensores no local. Para isto, faz-se necessária a utilização de 
alguns métodos que possibilitem sua realização de modo rápido e eficaz. 
Segundo Jeronymo e Pereira (2015, p. 15), certas obras têm ritmo muito 
acentuado e em parte das vezes torna-se inviável a constante verificação pela 
equipe de topógrafos. 
Diante disso, o potencial do uso do VANT se mostra como alternativa as 
ações que antes dependiam de aeronaves tripuladas, e hoje essa tecnologia tem a 
vantagem de um menor custo operacional, além de apresentar uma maior rapidez 
na aquisição dos dados. (DIAS, 2014) 
Neste contexto, este trabalho justifica-se pela necessidade observada em 
abordar novas tecnologias e verificar a qualidade dos levantamentos topográficos, a 
viabilidade técnica e econômica através de dois métodos diferentes: topografia com 
estação total e GPS RTK e aerofotogrametria usando VANT para uma área definida. 
Para o desenvolvimento dos estudos definiu-se uma área de 85.115,00 m² (8,51 ha) 
localizada na Rua Carlos Guilherme Jerke em Joinville, Santa Catarina, mediante a 
utilização de um quadricóptero do modelo ANAFI da Parrot. 
 
1.3 OBJETIVOS 
 
Os objetivos da pesquisa estão classificados em geral e específicos, e são 
apresentados abaixo. 
 
1.3.1 Objetivo Geral 
 
Analisar comparativamente a viabilidade técnica e econômica do método de 
execução de levantamento topográfico através de estação total e um GPS RTK e do 
método utilizando VANT, para um terreno urbano. 
 
1.3.2 Objetivos Específicos 
 
Os objetivos específicos desta pesquisa são: 
 Elaborar pesquisa bibliográfica sobre levantamentos topográficos na 
engenharia civil; 
17 
 
 Definir área de estudo para executar os levantamentos topográficos, o 
convencional (estação total, GPS e RTK) e utilizando o VANT; 
 Analisar tecnicamente o levantamento topográfico utilizando estação total e 
GPS RTK referente a área em estudo; 
 Analisar tecnicamente o levantamento topográfico utilizando VANT referente a 
área em estudo; 
 Compilar dados obtidos através dos levantamentos topográficos propostos; 
 Comparar técnica e economicamente os resultados obtidos. 
 
18 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Nesse capítulo estão brevemente introduzidas considerações gerais sobre 
topografia, geodésia e geoprocessamento, normas de levantamento e fotogrametria, 
apresentando suas definições, aplicações na engenharia civil e demais itens 
particulares relacionados a cada um dos temas. 
 
2.1 TOPOGRAFIA 
 
Com a necessidade do homem produzir o próprio alimento através da 
agricultura, vem à tona a necessidade do reconhecimento dos acidentes do relevo e 
principalmente dos limites entre as propriedades agrícolas. Desta forma surgiram os 
primeiros procedimentos para demarcação de áreas. (TULER, 2014). 
Ainda segundo o autor, a prática desses métodos de medição e 
representação, foi repassada para os gregos pelos mesopotâmios a 
aproximadamente 3.500 a.C., que denominaram de topografia. 
 
A palavra TOPOGRAFIA é de origem grega, onde "topos" indica "lugar" e 
"graphen", significa "descrever". Portanto, é a descrição exata e minuciosa 
de um lugar. Logo, podemos definir classicamente a TOPOGRAFIA como 
sendo a ciência que estuda a representação detalhada de uma superfície 
terrestre, representada através de uma Projeção Ortogonal Cotada, 
denominada Superfície Topográfica. Isto equivale dizer que, não só os 
limites desta superfície, bem como todas as suas particularidades naturais 
ou artificiais, serão projetados sobre um plano considerado horizontal, sem 
levar em conta a curvatura resultante da esfericidade terrestre (ANDRADE, 
1979, p. 406). 
 
O objetivo da topografia é representar em escala adequada uma porção da 
superfície terrestre por meio do levantamento topográfico, o qual consiste em 
operações efetuadas a campo, como medição de ângulos, distâncias e desníveis, 
que permita representar uma porção da superfície terrestre em uma escala 
adequada (VEIGA, 2012). Às operações efetuadas em campo, com o objetivo de 
coletar dados para posteriormente representação, denomina-se e levantamento 
topográfico. 
De acordo com a NBR 13133 (ABNT, 1994, p. 3), Norma Brasileira para 
execução de Levantamento Topográfico, o levantamento topográfico é definido por: 
 
“Conjunto de métodos e processos que, através de medições de ângulos 
horizontais e verticais, de distâncias horizontais, verticais e inclinadas, com 
19 
 
instrumental adequado à exatidão pretendida, primordialmente, implanta e 
materializa pontos de apoio no terreno, determinando suas coordenadas 
topográficas. A estes pontos se relacionam os pontos de detalhe visando a 
sua exata representação planimétrica numa escala pré-determinada e à sua 
representação altimétrica por intermédio de curvas de nível, com 
equidistância também pré-determinada e/ou pontos cotados.” 
 
Como citou Tuler (2014), o levantamento topográfico pode ser dividido em: 
 Levantamento topográfico planimétrico: conjunto de operações para a 
determinação de pontos no terreno, os quais são representados 
bidimensionalmente, ou seja, são projetados em um plano horizontal de 
referência por meio de suas coordenadas x e y; 
 Levantamento topográfico altimétrico: conjunto de operações para a 
determinação de pontos no terreno, que são projetados em um plano de 
referência vertical ou de nível, por meio de sua coordenada z. 
 Levantamento planialtimétrico: conjunto de métodos abrangidos pela 
planimétrica e altimetria, em que os pontos no terreno são representados 
tridimensionalmente, ou seja, são projetados em um plano horizontal de 
referência por meio de suas coordenadas x e y e também são projetados em 
um plano de referência vertical ou de nível, por meio de sua coordenada z. 
Um exemplo de representação de um levantamento planialtimétrico 
pode ser observado na Figura 1. 
 
Figura 1 - Representação do resultado de um levantamento planialtimétrico. 
 
Fonte: Veiga, 2012 
20 
 
Os objetivos dos estudos topográficos, são fundamentais no planejamento e 
execução de atividades, otimizando as estratégias de tomada de decisão, 
determinando assim o primeiro passo de uma atividade mais elaborada, onde o grau 
de precisão e detalhamento é requerido (DOUBECK, 1989). 
O uso da topografia se aplica nas mais diversas áreas e serve como base 
para diversos trabalhos de Engenharia, onde o conhecimento das formas e 
dimensões do terreno é importante. Alguns exemplos de aplicações são: Locação de 
obras, trabalhos de terraplenagem, planejamento urbano, projeto e execução de 
estradas, grandes obras de engenharia como pontes, viadutos, túneis, portos, etc., 
Irrigação e drenagem, projetos ambientais, monitoramento de estruturas, 
reflorestamento, entre outras. 
 
2.2 GEODÉSIA 
 
A Geodésia é a ciência que estuda o contorno e as dimensões da Terra, o 
arranjo de pontos sobre a superfície e a modelagem do campo de gravidade. 
Também se usa o termo Geodésia, em Matemática, para a medição e o cálculo 
acima de superfícies curvas usando métodos análogos aos usados na superfície 
curva da Terra (MARINHO, 2012). 
A Geodésia é uma ciência que estuda a superfície da Terra para conhecer a 
sua forma quanto ao contorno e ao relevo e sua orientação, levando em 
consideração a curvatura da Terra. McCormac (2007) comenta que a Terra não é 
uma esfera perfeita e sim é achatada nos pólos e seu semi-eixo polar é 
aproximadamente 21 km menor que seu semi-eixo equatorial. A superfície terrestre 
é aproximadamente naforma de um elipsoide, ou também chamada de esferoide. 
Ainda cita que o geoide é definido como uma figura hipotética que representa a 
forma elipsóidica da Terra, sendo que o geoide é uma superfície que pode variar até 
100 metros do elipsoide. 
Segundo TULER(2014), os objetivos da Topografia e Geodésia como ciência 
são similares, pois ambas referem-se a representações de porções sobre a 
superfície da Terra. No entanto, a Topografia estuda de forma mais particular, ou 
seja, de limita-se a representar dimensões reduzidas de áreas, que geralmente de 
uma obra de engenharia de pequeno porte. Já a Geodésia estuda de forma mais 
 
geral,procurando referenciar o levantamento de pontos localmente, em um 
referencial global. 
 
2.2.1 Geoide e Elipsoide 
 
Segundo McCormac (2007) o 
que representa a forma elipsóidica da Terra, mas com sua superfície representa 
como o nível médio dos mares (NMM). Também segundo 
superfície terrestre sofre 
tectônicos, erosão e etc.) e a ação do homem, portanto, não é possível definir uma 
forma sistemática da Terra. 
Para poder simplificar os cálculos de coordenadas da superfície terrestre 
foram adotadas algumas superfícies matemáticas simples, para tanto, utilizou
uma figura geométrica chamada elipse, que ao girar em torno do seu seixo menor 
forma um volume, o elipsoide
elipsoide é uma superfície curva que se apro
Assim o elipsoide é a superfície de referência utilizada nos cálculos que fornecem 
subsídios para elaboração de uma representação cartográfica.
Partes do geoide, de um 
Figura 2. 
 
Figura 2 -
geral,procurando referenciar o levantamento de pontos localmente, em um 
 
ac (2007) o geoide é definido como uma figura hipotética 
que representa a forma elipsóidica da Terra, mas com sua superfície representa 
como o nível médio dos mares (NMM). Também segundo BORGES
superfície terrestre sofre frequentes alterações devido à natureza
etc.) e a ação do homem, portanto, não é possível definir uma 
forma sistemática da Terra. 
Para poder simplificar os cálculos de coordenadas da superfície terrestre 
umas superfícies matemáticas simples, para tanto, utilizou
uma figura geométrica chamada elipse, que ao girar em torno do seu seixo menor 
elipsoide de revolução. Segundo McCormac (2007), um 
é uma superfície curva que se aproxima da forma e dimensões da Terra. 
é a superfície de referência utilizada nos cálculos que fornecem 
subsídios para elaboração de uma representação cartográfica. 
, de um elipsoide e da superfície da Terra são mostradas na 
- Superfície geoidal, elipsiodal e terrestre. 
Fonte: Veiga, 2012 
 
 
 
21 
geral,procurando referenciar o levantamento de pontos localmente, em um 
é definido como uma figura hipotética 
que representa a forma elipsóidica da Terra, mas com sua superfície representa 
BORGES (2002), a 
alterações devido à natureza (movimentos 
etc.) e a ação do homem, portanto, não é possível definir uma 
Para poder simplificar os cálculos de coordenadas da superfície terrestre 
umas superfícies matemáticas simples, para tanto, utilizou-se 
uma figura geométrica chamada elipse, que ao girar em torno do seu seixo menor 
ac (2007), um 
xima da forma e dimensões da Terra. 
é a superfície de referência utilizada nos cálculos que fornecem 
Terra são mostradas na 
 
22 
 
2.2.2 Datum Horizontal 
 
Para que ocorra uma boa representação, cada país ou região acabou 
adotando um elipsoide de referência diferente e que melhor se ajusta as suas 
dimensões. Ao utilizar um elipsoide numa determinada posição, cria-se uma nova 
superfície, ou seja, um novo Datum. 
O Elipsoide internacional usado para representar a superfície terrestre para 
levantamentos topográficos com GPS é conhecido como WGS 84 (Sistema 
Geodésico Global). 
Segundo McCormac (2007), para definição de uma Datum é necessário 
conter três elementos: 
 Forma e tamanho do elipsoide. 
 Posição do elipsoide relativo ao geoide, que pode ser Topocêntrico (vértice 
na superfície terrestre que serve para a amarração do elipsoide ao geoide) 
ou Geocêntrico (amarrado ao centro de massa da terra). 
 Parâmetros para conversão para o Datum Internacional WGS-84. 
No Quadro 01 é possível observar alguns exemplos de data que foram 
utilizados no Brasil. 
No Brasil o referencial planimétrico ou Datum horizontal oficial no Brasil é o 
SIRGAS-2000 (Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas de 2000), até 
2014 o Datum utilizado era o SAD-69 (South American Datumof 1969). 
 
Quadro 1 - Exemplos de Data. 
Datum Tipo Raio 
Equatorial 
semi-eixo 
maior a 
Raio Equatorial 
semi-eixomenor b 
∆X ∆Y ∆Z 
Córrego Alegre Topocêntrico 6378388 6356912,00000 -205,57 +168,77 -4,12 
SAD69/1996 Topocêntrico 6378160 6356774,71920 -66,87 +4,37 -38,52 
SAD69/2005 Topocêntrico 6378160 6356774,71920 67,35 +3,88 -38,22 
WGS84(G1150) Geocêntrico 6378137 6356752,31425 0,00 0,00 0,00 
SIRGAS2000 Geocêntrico 6378137 6356752,31414 0,00 0,00 0,00 
Astro Chuá Topocêntrico 6378388 6356912,00000 -143,87 243,37 -33,52 
Fonte: Veiga, 2012 
 
 
 
 
 
 
23 
 
2.2.3 Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS) 
 
Conforme BARBIAN (2013), os sistemas de navegação por satélite são 
sistemas capazes de estabelecer o posicionamento geoespacial de um objeto na 
superfície da Terra através do uso de satélites artificiais que orbitam ao redor do 
planeta. 
Esses satélites trabalham com faixa de deslocamento, com trajeto definido e 
controlado por bases de controle e monitoramento. Por exemplo, inserido no GNNS, 
está o Sistema de Posicionamento Global (GPS), que foi desenvolvida pelo 
Departamento de Defesa (DoD) dos Estados Unidos da América (EUA) na década 
de 70 com o objetivo de oferecer a posição instantânea, bem como a velocidade e o 
horário de um ponto qualquer sobre a superfície terrestre ou bem próxima dela num 
referencial tridimensional (TIMBÓ, 2000). Na Figura 3 representa-se uma 
constelação de satélites sobre a Terra. 
 
Figura 3 - Constelação de satélites GPS. 
 
Fonte: Vetorazzi, 1996 
 
Segundo dados da United States Naval Observatory (USNO), atualmente a 
constelação GPS contém 33 satélites ativos), uma vez que conhecendo as 
coordenadas dos satélites é possível estabelecer a localização do receptor que se 
localiza na superfície terrestre. Segundo MONICO (2008),ressalta-se que apesar da 
maior constelação em atividade ser GPS, os receptores GNSS abrangem também o 
24 
 
sistema GLONASS (Global Orbiting Navigation Satellite System) da Rússia e 
GALILEO (European Satellite Navigation System) da Comunidade Europa e o 
COMPASS ou BIDOU em desenvolvimento na China. 
O GPS é uma revolução na navegação, ele é uma tecnologia que determina a 
localização do usuário em qualquer ponto do mundo, 24 horas por dia, em quaisquer 
condições de tempo. Projetado inicialmente para fins militares, logo o sistema 
tornou-se disponível para uso civil em aviação, levantamentos marítimos e para o 
mercado geral de recreação ao ar livre. Hoje em dia, milhões de pessoas utilizam 
essa tecnologia para diversas atividades com para caçar, pescar, passear, voar e 
navegar. 
O sistema foi concebido para que a constelação de satélites (Figura 03) exista 
no mínimo quatro satélites visíveis acima do horizonte em qualquer ponto da 
superfície e em qualquer altura. Através do receptor instalado no equipamento, 
começará a calcular sua posição através de uma triangulação, quando o 
equipamento estiver recebendo sinal de mais de quatro satélites, normalmente entre 
cinco e doze, o mesmo selecionará continuamente os melhores para a determinação 
do seu posicionamento. ROCHA (2004). 
Quanto aos métodos de posicionamento e determinação da coordenada que 
o receptor se localiza, dependerá do objeto e exatidão que se deseja. Segundo 
HOFFMANN (2001), as principais técnicas de levantamento com observações por 
GPS são: posicionamento estático e cinemático. 
 
2.2.3.1 LEVANTAMENTO POR POSICIONAMENTO ESTÁTICONesse procedimento um receptor é colocado em um ponto cujas coordenadas 
são conhecidas e determinadas, também chamado de base, e outro receptor é 
colocado sobre um ponto cuja coordenada é desconhecia e desejada (McCormac, 
2013). Segundo GONÇALVES (2012), os receptores devem ser instalados em um 
ponto conhecido e outro no ponto a coordenar por um período de trinta minutos a 
uma hora. As coordenadas dos pontos de referência devem estar referenciadas a 
um Datum conhecido, como visto no item 2.2.2 no Brasil é utilizado o SIRGAS 2000. 
Essa técnica de observação permite obter a posição do ponto com alto grau 
de acurácia, podendo chegar a precisão centimétrica ou milimétrica, dependendo do 
 
comprimento entre a base e o receptor.
sistema de levantamento por posicionamento estático
 
Figura 4 - Levantamento estático de coorden
 
O posicionamento estático é passível de ser executado com apenas um 
receptor, desde que o usuário disponha de dados de uma ou mais estações do 
Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) homologados pelo 
Geografia e Estatística (IBGE
 
2.2.3.1 LEVANTAMENTO POR POSICIONAMENTO 
 
Uma aplicação de grande impacto recentemente é o levantamento cinemático 
preciso em tempo real (RTK) que proporciona exatidão 
levantamentos. Costa et al. (2008) afirma que para a realização de um levantamento
RTK é necessário um receptor instalado em uma estação com coordenadas 
conhecidas, denominado de estação de referência ou base RTK, um
(rover), e um rádio de comun
RTK ao receptor móvel (rover
e o receptor móvel, desempenha um papel fundamental para o sucesso do 
levantamento RTK, tendo em vistas que as correções
base e rover devem ser realizadas em tempo
levantamento cinemático com a tecnologia RTK utilizando dois receptores de GPS.
 
 
 
 
comprimento entre a base e o receptor. A Figura 4 demonstra o funcionamento do 
sistema de levantamento por posicionamento estático. 
Levantamento estático de coordenada com GPS
 
Fonte: Neto, 2006 
O posicionamento estático é passível de ser executado com apenas um 
receptor, desde que o usuário disponha de dados de uma ou mais estações do 
Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) homologados pelo Instituto Brasileiro de 
IBGE). 
POR POSICIONAMENTO CINEMÁTICO (RTK)
grande impacto recentemente é o levantamento cinemático 
preciso em tempo real (RTK) que proporciona exatidão centimétrica nos 
et al. (2008) afirma que para a realização de um levantamento
RTK é necessário um receptor instalado em uma estação com coordenadas 
conhecidas, denominado de estação de referência ou base RTK, um 
), e um rádio de comunicação para enviar os dados da estação 
rover). O link de comunicação entre a estação de referência 
receptor móvel, desempenha um papel fundamental para o sucesso do 
tendo em vistas que as correções da posição (dist
devem ser realizadas em tempo real. Na Figura 5, exemplifica um 
levantamento cinemático com a tecnologia RTK utilizando dois receptores de GPS.
25 
A Figura 4 demonstra o funcionamento do 
ada com GPS 
 
O posicionamento estático é passível de ser executado com apenas um 
receptor, desde que o usuário disponha de dados de uma ou mais estações do 
Instituto Brasileiro de 
(RTK) 
grande impacto recentemente é o levantamento cinemático 
centimétrica nos 
et al. (2008) afirma que para a realização de um levantamento 
RTK é necessário um receptor instalado em uma estação com coordenadas 
 receptor móvel 
estação de referência 
de comunicação entre a estação de referência 
receptor móvel, desempenha um papel fundamental para o sucesso do 
da posição (distância) entre 
igura 5, exemplifica um 
levantamento cinemático com a tecnologia RTK utilizando dois receptores de GPS. 
26 
 
Figura 5 - Levantamento cinemático RTK de coordenada com GPS 
 
Fonte: Neto, 2006 
 
Para obter-se melhores resultados nesse método, a antena do GPS da base 
deve ser montada preferencialmente em um local aberto, ou seja, longe de prédios e 
vegetações altas. Com esse cuidado, evita-se a perda do sinal, captura de maior 
quantidade de satélites e efeitos de multicaminhamento de sinal. É ideal que a 
antena com o rádio seja montada o mais alto possível para maximizar a área de 
cobertura do sinal. 
 
2.3 FOTOGRAMETRIA 
 
Segundo Coelho e Brito (2007), a palavra fotogrametria, cuja origem dos 
radicais vêm do grego: photon [luz], graphos [escrita] e metron [medições], que 
significa medições executadas através de fotografias. 
Já segundo a Internacional Socity for Photogrammetryand Remote Sensing 
(ISPRS), a fotogrametria é definida como sendo a arte, ciência e tecnologia de 
obtenção de informações confiáveis sobre os objetos físicos e o meio ambiente 
através de processos de gravação, medição e interpretação de imagens fotográficas. 
Com o avanço tecnológico a evolução ocorreu ao longo dos anos passando 
da fotogrametria analógica para analítica e na modernidade passou para digital. 
Na década de 1960 surgiu à fotogrametria analógica, na mesma época da 
invenção dos estereoscópios, que foi o responsável por grande parte dos 
mapeamentos topográficos. O advento dos microcomputadores, a fotogrametria 
27 
 
analítica se desenvolveu consideravelmente, pois possibilitou o aumento da 
velocidade nas etapas de ajustamento de observações. 
A fotogrametria Digital deu-se início nos anos oitenta, mas teve sua grande 
ascensão na próxima década, onde os computadores já possuíam uma capacidade 
maior de processamento dos dados das análises de imagens digitais. A imagem 
digital pode ser adquirida de duas maneiras, por digitalização de filmes analógicos 
ou diretamente de uma câmera digital. 
Com o desenvolvimento da aviação e tecnologia, a fotogrametria ganhou 
destaque no mapeamento de áreas. Atualmente a técnica da aerofotogrametria é a 
mais utilizada para o mapeamento de áreas com grande dimensão, principalmente 
no mapeamento sistemático. Isso ocorre principalmente em razão de apresentar 
produtos precisos a custos relativamente baixos (ALMEIDA, 2014). 
 
2.3.1 Levantamento Aerofotogramétrico 
 
A Fotogrametria Aérea (Aerofotogrametria) é uma subdivisão da 
Fotogrametria, onde as fotografias da área a ser levantada são tomadas por uma 
câmera de precisão montada em uma aeronave (TOMMASELLI, 2004). 
A técnica aerofotogramétrica é aplicada nas atividades de mapeamento para 
cartografia, planejamento e desenvolvimento urbano, monitoramento de obras civis, 
na área agronômica e florestal, com a finalidade de determinar a posição dos 
objetos, a forma e dimensões contidas na fotografia. 
Segundo Paredes (1987), para um levantamento fotogramétrico completo, 
deve ser feita uma cuidadosa programação do voo fotogramétrico, que tem por 
objetivo a obtenção da cobertura aerofotogramétrica da área do terreno, cujo 
levantamento topográfico será realizado por meio de fotogrametria. 
A cobertura aerofotogramétrica é um conjunto de fotografias aéreas verticais 
tecnicamente tiradas a partir de uma aeronave, de forma a assegurar uma correta e 
completa representação de toda a área do terreno a ser estudado (PAREDES, 
1987). 
Para Coelho e Brito (2007), duas imagens adjacentes devem ter um 
recobrimento mínimo (área de superposição) nominal de 60%, também chamado de 
recobrimento longitudinal e duas faixas de voo devem possuir, pelo menos, um 
recobrimento lateral (transversal) de 30% de modo a garantir a operacionalidade do 
28 
 
método, conforme Figura 6. No caso de uma cobertura aerofotogramétrica cuja 
finalidade é a obtenção de parâmetros planialtimétricos, a taxa de recobrimento deve 
ser de pelo menos 75%. 
 
Figura 6 - Superposição longitudinal e lateral 
 
Fonte: Tommaselli (2004) 
 
2.3.2 Fototriangulação 
 
Segundo Lugnani (1987), a fototriangulação é um método de determinação de 
coordenada de pontos de interesse no espaço objeto, sendo necessário conhecer a 
relação geométrica entre as fotografias adjacentes, o controlede campo mediante 
pontos de apoio e o conjunto de valores aproximados de parâmetros de orientação 
das fotogrametrias. 
Os pontos de apoio são objetos ou alvos identificáveis no terreno que irão 
aparecer nas imagens aéreas (fotografias), ou seja, pontos de referência com 
coordenada geográfica processada com GPS geodésico que são utilizados nos 
processamentos das imagens para aumentar a qualidade dos produtos 
fotogramétricos, pois fazem a relação entre o sistema de coordenadas das imagens 
com o sistema de coordenada do terreno. 
Coelho (2007) destaca que o planejamento da fototriangulação deve iniciar na 
cobertura fotogramétrica, pois é necessário conhecer o número de pontos de campo, 
realizar um voo apoiado, entre outros fatores que modificam os procedimentos 
futuros, pois é necessário confiar que os dados para a triangulação foram obtidos 
com qualidade. 
Coelho (2007) também afirma que, a obtenção de coordenadas de todos os 
pontos do levantamento aerofotogramétrico estão vinculados através da interpolação 
29 
 
de apenas alguns pontos obtidos em campo, por esse motivo, o método de 
fototriangulação caracteriza um importante passo nas técnicas fotogramétricas. 
 
2.3.1 Resolução 
 
Um parâmetro fundamental nos aerolevantamentos é o Ground Sample 
Distance (GSD), que em tradução literal significa: Distância de Amostra do Solo. 
Segundo Silva Neto (2015) o GSD é um conceito relacionado à resolução espacial 
do levantamento aerofotogramétrico digital, que representa o tamanho do pixel de 
uma imagem em unidades de terreno. 
A definição do GSD está atrelada a nitidez desejada para o mapeamento e é 
uma das variáveis mais importantes a serem definidas. Essa relação está em função 
da altura do voo e a distância focal da câmera instalada no drone. 
O tamanho do GSD de um levantamento é inversamente proporcional ao nível 
detalhamento atingido, porém GSDs menores irão exigir maior quantidade de 
imagens, maior tempo de voo e maior a capacidade de processamento, para mapear 
uma área de mesma dimensão, do que um GSO maior, segundo Silva Neto (2015). 
 
2.4 ERROS 
 
Para qualquer levantamento topográfico de uma área qualquer na superfície 
terrestre, esta suscetível a erros. Segundo VEIGA (2012) as fontes de erros poderão 
ser: 
 Condições ambientais: causados pelas variações das condições ambientais, 
como vento, temperatura, etc. Exemplo: dilatação no comprimento de uma 
trena metálica com a variação da temperatura. 
 Instrumentais: causados por problemas como a imperfeição na fabricação do 
equipamento ou no ajuste do mesmo. A maior parte dos erros instrumentais 
pode ser reduzida adotando técnicas de verificação, calibração e 
classificação. 
 Pessoais: causados por falhas humanas, como falta de atenção ao executar 
uma medição, cansaço, etc. 
 
30 
 
Segundo o mesmo autor, os erros causados por estes três elementos 
apresentados anteriormente, poderão ser classificados em: 
 Erros grosseiros 
 Erros sistemáticos 
 Erros aleatórios 
 
2.4.1 Erros Grosseiros 
 
Podem ser causados por um equívoco na medição, leitura errada nos 
instrumentos, identificação de alvo, etc., normalmente está relacionado a 
desatenção do operador ou uma falha no equipamento de medição. 
Como exemplo de erros grosseiros pode-se registrar o número 169 ao invés 
de 196 ou contar de maneira errada os lances da medição de uma distância com 
uma trena. 
Para evitar esses tipos de erros o operador deve cerca-se de cuidados para 
evitar a sua ocorrência ou ficar atento para detectar sua presença. Uma forma de 
evitar erros grosseiros e realizar repetições de leituras das medições. 
 
2.4.2 Erros Sistemáticos 
 
São erros cuja magnitude e sinais algébricos podem ser determinados, 
seguindo leis matemáticas ou físicas. São erros produzidos por causas conhecidas e 
que se acumulam ao longo das medições e podem ser eliminados mediante a 
aplicação de formulas específicas. 
Exemplo de erros sistemáticos, que podem ser corrigidos através de fórmulas 
específicas, como a correção do efeito da temperatura e pressão na medição de 
distância através da estação total ou correção do efeito da dilatação de uma trena 
em função da temperatura. 
 
2.4.3 Erros Acidentais ou Aleatórios 
 
De acordo com GEMAEL (1991, p.63), quando o tamanho de uma amostra de 
medição é elevado, os erros acidentais apresentam uma distribuição de freqüência 
31 
 
que aproxima-se da distribuição normal. Ou seja, são aqueles erros que acabam 
permanecendo quando os erros grosseiros e sistemáticos já foram eliminados. 
Como exemplo de erros acidentais, identifica-se a inclinação da baliza na 
hora de realizar a medição ou o erro de pontaria na leitura da direção horizontal. 
 
2.4.4 Precisão e Acurácia 
 
Segundo AMORIM (2004), o termo precisão é o grau de refinamento com o 
qual uma grandeza é medida. Ou seja, a capacidade de um instrumento de medição 
fornecer a mesma leitura quando repetidamente medir a mesma quantidade sob as 
mesmas condições prescritas (condições ambientais, operador e etc.) sem 
considerar a coincidência ou discrepância entre os resultados e o valor verdadeiro. 
Precisão implica em proximidade entre medidas sucessivas. 
Já acurácia, segundo VEIGA (2012), também é chamado de exatidão, 
expressa o grau de aderência das observações em relação ao seu valor verdadeiro, 
estando vinculada a efeitos aleatórios e sistemáticos. A Figura 6 ilustra estes 
conceitos. 
 
Figura 7 - Precisão e acurácia. 
 
Fonte: Veiga, 2012 
 
O seguinte exemplo pode ajudar a compreender a diferença entre eles: um 
atirador treinando tiro ao alvo. No primeiro exemplo da Figura 07 ele foi muito 
preciso, mas não teve uma boa acurácia, ou seja, os tiros firam muito próximos um 
dos outros mais ficaram longe do centro do alvo. Já no segundo exemplo, o atirador 
foi preciso e acurado, pois atingiu vários tiros dentro do alvo. E por fim, no terceiro 
 
exemplo o atirador não foi nem preciso e nem acurado, pois os tiros ficaram 
dispersos longe do alvo central.
 
2.5 APARELHOS TOPOGRÁFICOS DE MEDIÇÃO
 
Na topografia e g
levantamento topográfico 
determinação geométrica é obtida a partir destas duas informações. Nos itens
seguir, serão demonstrados alguns instrumentos ou
utilizados para obter essas duas grandezas citadas acima.
 
2.5.1 Trena 
A trena é um dos instrumentos mais comum para medição e é composto por 
uma fita métrica metálica, fibra de vidro, plástico ou de pano. Geralmente 
para facilitar o transporte é possível fazer medições de comprimento, largura, altura 
ou profundidade de um objeto ou área. Seu corpo possui graduações em metros, 
centímetros e milímetros, e alguns ainda apresentam graduaçõe
Figura 8 é possível verificar dois exemplos de trena
 
Figura 
 
 
 
dor não foi nem preciso e nem acurado, pois os tiros ficaram 
dispersos longe do alvo central. 
APARELHOS TOPOGRÁFICOS DE MEDIÇÃO 
Na topografia e geodésia os parâmetros base para qualquer tipo de
levantamento topográfico são a partir dos ângulos e das distâncias. Qualquer 
determinação geométrica é obtida a partir destas duas informações. Nos itens
seguir, serão demonstrados alguns instrumentos ou aparelhos topográficos mais 
utilizados para obter essas duas grandezas citadas acima. 
é um dos instrumentos mais comum para medição e é composto por 
uma fita métrica metálica, fibra de vidro, plástico ou de pano. Geralmente 
para facilitar o transporte é possível fazer medições de comprimento, largura, altura 
um objeto ou área. Seu corpo possui graduações em metros, 
centímetros e milímetros, e alguns ainda apresentam graduações em polegadas. Na 
é possível verificar dois exemplos de trenas métricas. 
Figura 8 - Exemplos de trenas métricas 
 
 
Fonte: Veiga, 2012 
32 
dor não foi nem preciso e nem acurado, pois os tiros ficaram 
eodésia os parâmetros base para qualquer tipo de 
distâncias. Qualquer 
determinação geométrica éobtida a partir destas duas informações. Nos itens a 
aparelhos topográficos mais 
é um dos instrumentos mais comum para medição e é composto por 
uma fita métrica metálica, fibra de vidro, plástico ou de pano. Geralmente é retrátil, 
para facilitar o transporte é possível fazer medições de comprimento, largura, altura 
um objeto ou área. Seu corpo possui graduações em metros, 
s em polegadas. Na 
 
33 
 
2.5.2Teodolito 
 
Os são instrumentos de precisão óptico que são utilizados na topografia para 
determinar ângulos verticais e horizontais e prolongar linhas retas. O equipamento 
possuí dois principais eixos (vertical e horizontal) que são equipados com círculos 
graduados que podem ser lidos através de lentes de aumento. O limbo horizontal 
permite o travamento em qualquer posição, realizando leitura de graus, minutos e 
segundos (sistema analógico). A representação dos eixos pode ser verificada na 
Figura 8. 
 
Figura 9 - Eixos e círculos de um teodolito 
 
Fonte: Wikipédia, 2019 
 
Durante as últimas décadas, com o avanço da eletrônica surgiram o teodolito 
eletrônico, cuja função é fornecer os ângulos diretamente em uma tela de 
visualização, ou seja, sem a necessidade de microscópios que era preciso utilizar 
no teodolito analógico. Para realização das distâncias até os pontos, utilizava-se 
uma trena convencional ou um distanciômetro que era acoplado sobre o teodolito e 
fazia uma leitura da distância até o ponto desejado. Um exemplo de teodolito 
analógico e eletrônico respectivamente são apresentados na Figura 10. 
 
 
 
34 
 
Figura 10 - Exemplo de teodolito analógico e digital. 
 
Fonte: Wikipédia, 2019 
 
Quanto à precisão a NBR 13.133 (ABNT, 1994, p.6) classifica os teodolitos 
segundo o desvio padrão de uma direção observada em duas posições da luneta, 
conforme Quadro 2 
 
Quadro 2 - Classificação dos Teodolitos. 
Classes de Teodolitos Desvio padrão 
Precisão Angular 
1 – Precisão baixa ≤ ± 30” 
2 – Precisão média ≤ ± 07” 
3 – Precisão alta ≤ ± 02” 
Fonte: (NBR 13.33/94 – ABNT) 
 
2.5.3 Níveis 
 
Os níveis são equipamentos utilizados somente para determinação de 
diferença de altura entre dois pontos, também chamado de desnível, através de 
visadas horizontais com utilização de miras. Apresenta-se na Figura 11 um nível 
óptico. 
As principais partes de um nível são: 
 Luneta; 
 Nível de bolha; 
35 
 
 Sistemas de compensação (para equipamentos automáticos); 
 Dispositivos de calagem. 
 
Figura 11 - Exemplo nível óptico. 
 
Fonte: Wikipédia, 2019 
 
Quando ao funcionamento, os níveis podem ser classificados como ópticos ou 
digitais, sendo que no primeiro a leitura é feita pelo operador e a segunda faz-se de 
forma automática empregando miras com códigos de barras conforme verifica-se na 
Figura 12. 
 
Figura 12 - Exemplo de mira normal e com código de barras. 
 
Fonte: Wikipédia, 2019 
 
Os níveis são classificados conforme o desvio padrão apresentados na 
Quadro3. 
 
 
 
 
Quadro
Classes de Níveis
1 – Precisão baixa
2 – Precisão média
3 – Precisão alta
5 – Precisão muito alta
 
2.5.4 Aparelho Estação Total
 
Atualmente a Estação Total 
realizar medições como ângulos
lineares de forma eletrônica, além de haver um sistema de armazenamento das 
informações obtidas em campo
transferir os dados armazenados nos equipamentos para computadores pessoais ou 
cartões de memória e posteriormente importar em algum 
topografia e processar os dados e pontos. Na 
Estação Total. 
 
 
As estações totais são classificadas de acordo com o
apresentados no Quadro4. 
 
 
Quadro 3 - Classificação dos Níveis. 
Classes de Níveis Desvio padrão 
Precisão baixa > ± 10 mm/km 
Precisão média ≤ ± 10 mm/km 
Precisão alta ≤ ± 3 mm/km 
Precisão muito alta ≤ ± 1 mm/km 
Fonte: (NBR 13.33/94 – ABNT) 
Aparelho Estação Total 
stação Total é o principal aparelho utilizado e é capaz de 
realizar medições como ângulos verticais e horizontais, assim como 
de forma eletrônica, além de haver um sistema de armazenamento das 
informações obtidas em campo e executar alguns cálculos em campo
transferir os dados armazenados nos equipamentos para computadores pessoais ou 
cartões de memória e posteriormente importar em algum software específico para 
topografia e processar os dados e pontos. Na Figura 13apresenta-se um exempl
Figura 13 - Estação Total 
 
Fonte: Wikipedia, 2019 
As estações totais são classificadas de acordo com o 
 
36 
o principal aparelho utilizado e é capaz de 
is e horizontais, assim como de distâncias 
de forma eletrônica, além de haver um sistema de armazenamento das 
em campo. É possível 
transferir os dados armazenados nos equipamentos para computadores pessoais ou 
específico para 
um exemplo de 
 desvio padrão 
37 
 
Quadro 4 - Classificação das Estações Totais 
Classes de Estações Totais Desvio padrão 
Precisão Angular 
Desvio Padrão 
Precisão linear 
1 – Precisão baixa ≤ ± 30” ± (5 mm + 10 ppm x Dist) 
2 – Precisão média ≤ ± 07” ± (5 mm + 5 ppm x Dist.) 
3 – Precisão alta ≤ ± 02” ± (3 mm + 3 ppm x Dist.) 
Fonte: (NBR 13.33/94 – ABNT) 
 
Para realização das medições a estação total utiliza de um prisma refletor 
(Figura 14) que é acoplado em um bastão metálico. Colocando este prisma sobre o 
ponto onde se deseja medir, a Estação total emite um feixe de laser que reflete no 
prisma e retorna ao equipamento. Através do tempo de resposta e do ângulo que a 
luneta está posicionada, a estação total calcula o ângulo e a distância do objeto 
medido. 
Figura 14 - Prisma refletor. 
 
Fonte: Wikipedia, 2019 
 
Alguns instrumentos mais modernos possuem a habilidade de fazer leitura 
diretamente no objeto desejado, outros ainda, são robotizados permitindo que o 
operador controle a estação total a distância via controle remoto. 
 
2.5.5 Receptores GPS 
 
Os receptores são aparelhos que fazem o rastreio de sinal de satélites, sendo 
que, com apenas quatro satélites já possibilita a determinação da posição fixa 
tridimensional, porém deseja-se uma quantidade maior de satélites seja rastreada 
simultaneamente para melhor acurácia da coordenada. 
38 
 
Na atualidade os equipamentos de GPS voltados à mensuração, são 
comercializados diversos modelos de receptores e para mais as diversas aplicações, 
sendo que, existem os receptores de posicionamento ou navegação e receptores de 
aplicações geodésicas. 
 
2.5.5.1 Receptor GPS para navegação 
 
O GPS de navegação são receptores que não exigem muita precisão nem 
exatidão na determinação da sua posição, por isso possui menor custo. Ele é um 
aparelho normalmente destinado para navegação sobre a terra ou no mar, para 
atividades como esporte e lazer, onde o usuário tem apenas uma noção do ponto 
onde esta localizado ou o seu deslocamento. Geralmente os modelos possuem um 
mapa na tela para melhor interatividade com o usuário. 
O GPS de navegação, também conhecido como GPS de mão, possui um erro 
de 3 a 15 metros em suas coordenadas e não registra os dados do rastreamento 
para posteriores processamentos, refinamento ou análise dos dados. Os sinais 
coletados são usados instantaneamente para o cálculo das coordenadas, em tempo 
real, no local em que o receptor localiza-se. Não ocorre ajustes ou controle de erros 
sistemáticos inerentes ao sistema, além de receber apenas uma frequência de sinal 
dos satélites (código C/A). A Figura 15 demonstra um receptor de navegação. 
 
Figura 15 - GPS de navegação 
 
Fonte: Garmin, 2019 
 
 
39 
 
2.5.5.2 Receptor GPS geodésico 
 
São aparelhos de dupla frequência L1 e L2 e os receptores apresentam uma 
maior acurácia e confiabilidade (NETO, 2006). 
A precisão nominal dos receptores geodésicos é da ordem de 1 a 3mm + 0,5 
partes por milhão (ppm) independente do comprimento da linha de base. Na Figura 
16 demonstra um receptor geodésico com um emissor de sinal rádio acoplado no 
tripé utilizado para levantamentos topográficos.Figura 16 - GPS geodésico e Rádio externo. 
 
Fonte: Wikipédia, 2019 
 
2.5.6 Veículos Aéreos não Tripulados (VANTS) 
 
Segundo Vidal (2013 apud. Venturini, 2015, p. 27), um VANT ou no inglês 
Unmanned Aerial Vehicle (UAV) é uma nomenclatura genérica para identificar 
aeronaves, que poderão ter várias dimensões e características distintas, e que 
podem voar sem um piloto a bordo. Já conforme Dias et al. (2015, p. 30), o VANT 
também é conhecido como drone, que significa zangão em inglês, e trata-se de 
aeronaves controladas remotamente que se constituem como ferramentas bastante 
conhecidas no exterior, especialmente por órgãos governamentais e militares. 
No Brasil, como observa Figueira et al. (2015, p. 214), existem outras 
expressões utilizadas para designar esse tipo de aeronave, que são pilotados 
remotamente, com contato visual ou não, caracterizando-se como Remotly Piloted 
Aircraft (RPA), VANT’s, vulgarmente denominados drones. Ainda segundo o autor, 
estes equipamentos têm sido usados amplamente, nas quais são embarcados 
40 
 
sensores de altitude, câmeras digitais,câmeras infravermelho termal e sistema de 
GPS. Os dados coletados durante o voo podem ser transmitidos por tecnologia sem 
fio ou então são armazenados em gravadores a bordo (JENSEN, 2009). 
Conforme Souza (2015, p. 14), de maneira geral, o uso do VANT se limita em 
áreas consideradas reduzidas para serem mapeadas com o uso de aeronaves 
tradicionais, porém extensas demais para serem mapeadas por métodos 
topográficos. 
Desse modo, conforme Gonçalves et al. (2016, p.4), a recente 
disponibilização e utilização dos UAS aliada com o desenvolvimento e facilidade de 
uso de Software Fotogramétrico baseado em algoritmos e correlação densa, abre as 
portas para o uso intensivo desta geotecnologia na monitorização topográfica das 
superfícies. No entanto, ressalta-se que esta tecnologia está sendo recentemente 
usada no Brasil para fins de mapeamento, embora utilizada para outros fins, como 
de ordem ambiental e de ordem jornalística, atividades em que a obtenção de 
medidas precisas não é um objetivo fundamental (DIAS et al., 2014, p. 30). 
2.5.6.1 Tipos de VANT’s 
Os Segundo MONTEIRO (2017), VANT’s podem ser divididos em duas 
categorias baseadas em seu mecanismo de voo, que são: 
 Drones de Asa-Fixa: são mais similares a aviões, por serem dotados de 
asas, as quais o tornam capazes de realizar voos com velocidades 
elevadas, com maiores tempos de duração. Não necessariamente 
precisam de uma pista de pouso e decolagem, pois são capazes de 
realizar de maneira programada e automática, mas são inadequados para 
operações em locais pequenos e em operações de inspeção/vigilância 
representado na Figura 17. 
 
Figura 17 - VANT de asa-fixa. 
 
Fonte: Sensefly, 2019 
41 
 
 Multirotores: Capazes de pairar em uma posição fixa e de voar em 
qualquer direção, sendo, com isso, capazes de realizar manobras de forma 
mais rápida e com maior eficiência se comparado ao UAV de asa-fixa. 
Possuem ainda a vantagem de poderem decolar verticalmente, não sendo 
necessária a utilização de uma rampa ou pista de decolagem representada 
na Figura 18. 
 
Figura 18 - VANT Multirotores. 
 
Fonte: DJI, 2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
3 METODOLOGIA DA PESQUISA 
 
O método de pesquisa aplicado para o desenvolvimento deste trabalho trata-
se um estudo de caso, tendo como objetivo efetuar levantamento topográfico de 
maneira convencional através do uso de estação total e GPS RTK, e para efetuar o 
comparativo técnico e econômico dos resultados obtidos para a mesma área porém 
com levantamento utilizando-se RPA e GPS RTK. 
 
3.1 ÁREA DE ESTUDO 
 
Definiu-se uma área localizada no bairro Vila Nova na cidade de Joinville em 
Santa Catarina. A propriedade possui aproximadamente 85.115,00 m² (5,51 ha), 
confrontando ao norte com as ruas Márcio Luckow, rua Carlos Guilherme Jerke, rua 
Haroldo Carlos Miers e algumas propriedades particulares, ao leste confronta com 
uma área particular, ao oeste com um condomínio de prédios residenciais e ao Sul 
confrontando com rio do Motucas. A área escolhida, apresentada na Figura 19 é 
uma antiga plantação de arroz e que atualmente tem potencial para ampliação do 
bairro e implantação de loteamento residencial. Para caracterizar a localização, o 
imóvel possui a seguinte coordenada geográfica: N=7089723,3414 e 
E=708733,6093. 
 
Figura 19 - Área de estudo 
 
Fonte: Google maps, 2019 
43 
 
3.2 LEVANTAMNTO TOPOGRÁFICO COM MÉTODO CONVENCIONAL 
 
Os equipamentos utilizados para a coleta de dados em campo foram GPS 
Receptor Trimble RTK R4 e Estação Total M3 Trimble. Estes equipamentos 
permitem a coleta dos dados em meio digital, bem como sua transferência direta 
para um microcomputador. Esta característica evita a intervenção ou manipulação 
destes dados de forma analógica, preservando-se assim a total integridade física e 
fidelidade dos mesmos. 
 
3.2.1 Estação Total 
 
Para a execução deste trabalho utilizou-se uma Estação Total eletrônica da 
marca Trimble, modelo M3, ilustrada na Figura 20. Este modelo tem as seguintes 
especificações técnicas: 
 Quanto à precisão: 
 Precisão angular de 2”; 
 Precisão linear de 2mm + 2ppm; 
 Quanto ao alcance de medição 
 5.000m com 1 prisma; 
 300m sem primas; 
 Quanto às características físicas: 
 À prova d’água (IP66) 
 Amplo display de tela cristal líquido sensível ao toque; 
 Teclado alfanumérico expandido; 
 Prumo a laser 
 
Figura 20 - Estação Total M3 Trimble 
 
Fonte: Santiagoecintra, 2019 
44 
 
3.2.2 GPS RTK 
 
Utilizou-se o GPS Receptor Trimble RTK R4, para o levantamento de campo 
e pode ser verificado na Figura 21. Este modelo tem as seguintes especificações 
técnicas: 
 Quanto ao receptor e rádio: 
 Receptor GNSS L1/L2 e L2C (GPS e GLONASS). 
 Sistema de rádiocom 220 canais. 
 Quanto à características físicas: 
 Antena, memória e bateria integrados com tecnologia Bluetooth para 
conexão com o coletor de dados e com o PC. 
 Totalmente a prova d´água e poeira (IP67). 
 Precisão: 
 Para levantamento GNSS estático 3mm + 0,1 ppm na horizontal 
 Para levantamento GNSS estático 3,5mm + 0,4 ppm na vertical 
 Para levantamento cinemático RTK 8 mm + 1 ppm na horizontal 
 Para levantamento cinemático RTK 15 mm + 1 ppm na vertical 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Santiagoecintra, 2019 
 
3.2.3 Softwares 
 
Como são equipamentos do mesmo fabricante, tanto na estação total como 
no GPS, o software utilizado foi o Trimble Access (Figura 21). 
Figura 21 - GPS Receptor Trimble RTK R4 
45 
 
Figura 22 - Tela do Trimble Access Versão. 
 
Fonte: Santiagoecintra, 2019 
 
Para realização da coleta dos dados em campo, o software possibilitou 
armazenar as informações necessárias para posterior cálculo e processamento das 
coordenadas dos pontos. 
Quanto aos softwares utilizados no escritório para processamento dos dados 
foram Trimble Business Center (TBC) versão 2.96 para processamento de dados 
dos pontos de controle e pontos de base do levantamento, Sistema Topograph SE 
versão 4.03 para cálculo da poligonal e irradiações com a estação total e desenho 
prévio do levantamento planialtimétrico e por fim, o AutoCAD versão 2016 da 
AutoDesk para o desenho da planta topográfica. 
 
3.2.4 Planejamento e Métodos 
 
A realização desse estudo iniciou-se com a visita até o imóvel para vistoria. 
Após esta etapa, procede-se com a implantação dos pontos de apoio, que serão 
usados para o georreferenciamento e pontos iniciais do levantamento topográfico 
com a estação total. O ponto de apoio pode ser observado na Figura 23. 
 
 
 
46 
 
Figura 23 - Implantação dos pontos de apoio. 
 
Fonte: o Autor, 2019 
 
Então, instalou-se o equipamento GPS RTK Trimble sobre os pontos de apoio 
para início do rastreio GNSS, ou seja, o georreferenciamento dos pontosimplantados. Após levantamento dos dados com GPS, o processamento realizou-se 
em função da Estação SCAQ (Araquari-SC) da Rede Brasileira de Monitoramento 
Contínuo do IBGE, esses dois pontos foram definidos como pontos de referência 
para o levantamento dos dados. 
Para o levantamento topográfico definiu-se dois métodos de coleta de dados: 
levantamento geodésico com GPS RTK e levantamento topográfico através de 
poligonação com estação total. Como a área possuía pouca vegetação optou-se, na 
maior parte, em efetuar o levantamento com o sistema cinemático, excluindo a área 
próxima ao rio Motucas, pois possuía alguma vegetação e fez-se o levantamento 
com a estação total. 
O levantamento topográfico dos pontos iniciou-se instalando o GPS RTK no 
ponto de base, e efetuando a configuração, como nome da obra, local, Datum, altura 
do equipamento entre outros. Após isso, fez-se configuração do bastão com o rover, 
também incluindo as informações da altura do bastão em relação ao solo. Então, 
seguiu-se o levantamento para coletar informações espaciais dos elementos 
planimétricos, compostos basicamente pelos alinhamentos de divisas entre 
propriedades, malha do sistema viário local, alinhamentos prediais, testadas de 
lotes, postes, sistemas de drenagem, sistemas de esgoto, sistemas de distribuição 
de água, cursos hídricos, vegetação, taludes, vertentes e rios. 
47 
 
As informações altimétricas do terreno natural eram obtidas a partir da malha 
de pontos com elevação, coletados sistematicamente de acordo com as 
características e feições físicas do terreno, ou seja, pontos representativos da 
superfície do terreno. Com base nestes pontos, e para cada projeto ou serviço 
técnico prestado, definiu-se a interpolação dos pontos a fim de criar as superfícies 
físicas do terreno e curvas de nível. 
Com relação ao levantamento com a estação total, iniciou-se com a 
instalação, nivelamento e configuração do aparelho sobre o ponto onde o GPS 
estava instalado determinou-se a leitura da ré em outro ponto de coordenada 
conhecida. Após esse procedimento, realizou-se a leitura do ponto da vante e 
também o levantamento de pontos irradiados, alguns desses procedimentos foram 
repetidos até concluir o levantamento com a estação total. 
Após finalizar o levantamento planialtimétrico do imóvel, os equipamentos 
(Estação Total TrimbleM3 e GPS Trimble R4 RTK), tiveram seus arquivos de 
projetos descarregados e organizados em hierarquias de pastas, sistematizadas 
para cada projeto. Em seguida, após os dados brutos dos levantamentos serem 
organizados, efetuou-se o processamento dos dados em softwares específicos para 
topografia como Topograph98SEe o TBC. 
O processamento dos dados os arquivos de pontos foram importados na 
plataforma AutoCAD2016. No ambiente do software de desenho eram iniciados os 
projetos baseados em arquivos templates. Os templates são capazes de salvar 
configurações padronizadas de grafia e visualização de objetos entidades do 
AutoCAD, como estilos de pontos, superfícies, platôs de terraplenagem, 
alinhamentos, perfis, estradas, redes de saneamento e etiquetas descritivas para 
cada um destes elementos. 
Com base na sequência de etapas descritas acima deu-se prosseguimento às 
atividades de desenho para produção da peça técnica do levantamento topográfico 
planialtimétrico cadastral. Nesta etapa importaram-se os pontos do respectivo 
levantamento, vetorizando os elementos planimétricos que constituem a base 
cartográfica e realizado a interpolação à superfície natural do terreno. Então, 
realizam-se as curvas de nível de metro em metro, planta de localização, quadro de 
áreas, informações do terreno, situação com grades de coordenadas Universal 
Transversa de Mercator (UTM) e demais informações cartográficas como Datum 
utilizados, fuso UTM, meridiano central, nortes de quadricula, geográfico e 
48 
 
magnético, convergência meridiana, legendas e escalas. 
 
3.3 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICOCOM RPA 
 
3.3.1 RPA (Drone) 
 
O RPA utilizado no aerolevantamento foi o ANAFI WORK, Ilustrado na Figura 
24. É uma ferramenta compacta, e possui uma câmera 4k HDR / 21 MP com 
orientação vertical de 180° (gimbal), permitindo capturar imagens de áreas 
inacessíveis. O Drone consegue operar por uma hora e quarenta minutos com 4 
baterias, onde cada voo pode durar até vinte e cinco minutos. 
 
Figura 24 - Drone AnafiWork da Fabricante Parrot. 
 
Fonte: Parrot, 2018 
 
Características e especificações técnicas: 
 Câmera fotográfica de 21 MP e vídeo 4K 
 Gimbal 180° 
 Resiste a ventos de até 50 km/h 
 4 baterias 
 Carregador múltiplo de até 5 baterias 
 Portabilidade com 320g 
 Entrada de cartão de memória 
 Sistemas de posicionamento por satélite: GPS E GLONASS 
 Lente: Abertura: f / 2.4 
49 
 
 Distância focal (equivalente no formato 35mm): 23-69mm (foto), 
26-78mm (vídeo) 
 Velocidade do obturador: obturador eletrônico de 1 a 1 / 10000s 
 Faixa de ISO: 100-3200 
 
3.3.2 Softwares 
 
Os sistemas para controle do RPA e capturas das imagens ocorreram pelo 
aplicativo de celular Pix4Dcapture, sendo possível sua visualização na Figura 25. 
 
Figura 25 - Aplicativo Pix4Dcapture. 
 
Fonte: Pix4D, 2019 
 
Para o processamento das imagens utilizou-se o sistema Agisoft Metashape e 
Global Mapper 19. 
 
3.3.3 Plano do voo 
 
Para mapear a área de estudo foram sobrevoados cerca de 151.536 m² 
(15,15 ha) e um polígono de 246 m x 652 m aproximadamente. O plano de voo foi 
elaborado com o apoio do aplicativo Pix4Dcapture, pois é o software que melhor 
apresentou compatibilidade com RPA utilizado para captura das imagens durante a 
missão de voo e com o dispositivo Android utilizado para o pareamento e controle da 
aeronave. 
50 
 
Para o levantamento, o voo foi planejado com uma sobreposição lateral e 
longitudinal (overlap) de 80%, com a câmera posicionada em 90°, a uma altitude de 
141 metros, um GSD de 3,87 cm/pixel e um voo de 9min:00s, conforme a Figura 26. 
 
Figura 26 - Plano de voo no aplicativo Pix4Dcapture. 
 
Fonte: Pix4D, 2019 
 
3.3.4 Pontos de apoio ou controle 
 
Os pontos de apoio foram demarcados comum piquete de madeira cravado 
no solo e fazendo um “x”com cal sobre o mesmo, como mostra a Figura 22. Os 
pontos de controle registram os pontos que depois serão identificáveis nas fotos 
realizadas pelo RPA e são importantes para fazer a correção entre o sistema de 
coordenadas da imagem com o do terreno através do software de processamento. 
Planejou-se a distribuição dos pontos de apoio em função do plano de voo, e foram 
posicionados em sua maioria dentro da propriedade, conforme Figura 27. Antes de 
realizar o voo, os pontos de controle foram georrefenciados com o equipamento de 
GPS, assim obteve-se a coordenada de cada ponto implantado na área. 
 
 
 
 
 
51 
 
Figura 27 - Pontos de Apoio implantados. 
 
Fonte: Google Earth, 2019 
 
3.3.5 Processamento dos dados 
 
As fotos do voo foram processadas no software de processamento digital de 
imagens chamado Agisoft Metashape, utilizando computador com o processador um 
CPU Intel Core i3-2330M 2,2GHz, com 4Gb de memória RAM, VGA Intel 3000 e HD 
de 500Gb de capacidade. 
O objetivo desta etapa efetivou a geração dos produtos fotogramétricos, 
modelo tridimensional da superfície, modelo digital de elevação, o mosaico de 
orotoimagens e o mapa de curvas de nível. 
A sequência dos passos executados para o processamento das imagens foi a 
seguinte: 
I. Importação das imagens para o software 
II. Inspeção das falhas e remoção de imagens 
III. Calibração os parâmetros da câmera 
IV. Alinhamento das fotos 
V. Conversão da referência das fotos para Datum SIRGAS 2000 
VI. Importação das coordenadas georreferenciadas dos pontos de apoio 
VII. Filtrar as fotos que capturaram dos pontos de apoio 
VIII. Referenciar as fotos para os pontos de apoio 
IX. Alinhamento das fotos 
X. Geração da malhadensa de pontos (Dense Cloud) 
XI. Classificação dos pontos 
52 
 
XII. Geração do modelo digital de elevação (DEM) 
XIII. Geração do ortomosaico 
XIV. Exportação dos resultados com pontos de apoio 
XV. Geração dos relatórios com pontos de apoio 
 
3.4 APRESENTAÇÃO E REPRESENTAÇÃO GRÁFICA 
 
Para esta pesquisa os produtos cartográficos relacionados a cada 
metodologia apresentada neste capítulo, são demonstrados nos Anexos 1 e 2 que 
reúne os seguintes elementos: 
 Escala 1:1500 planta com a representação do imóvel através do 
levantamento topográfico convencional e curvas de nível a cada 1 metro. 
 Escala 1:1500 planta do mosaico de ortoimagens com a marcação dos 
pontos de apoio e curvas de nível a cada 1 metro. 
53 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
A apresentação dos resultados obtidos pelo desenvolvimento desta pesquisa 
está organizada nas seguintes etapas: georreferenciamento, resultados através do 
levantamento tradicional e com o VANT, análise técnica e econômica. 
 
4.1 GEORREFERENCIAMENTO 
 
Para o georreferenciamento foram necessárias quatro horaspara realizar as 
seguintes etapas: instalação do equipamento GPS sobre o primeiro ponto, que 
serviu como base do rastreio GPS, confecção dos pontos da poligonal topográfica e 
os pontos de apoio para o levantamento com drone, rastreio GPS de todos os 
pontos e a demarcação com cal em forma de “X”. 
Com os resultados do georreferenciamento realizado na área de estudo com 
o GPS RTK, obtiveram-se as coordenadas dos pontos de partida para a poligonal do 
levantamento topográfico com estação total e os pontos de apoio para o 
levantamento com o VANT, conforme Quadro 5. As coordenadas UTM estão em 
Datum SIRGAS 2000 zona 22S, ajustados através da Rede Brasileira de 
Monitoramento Contínuo (RBMC) - SCAQ, estes dados possuem uma precisão de 
0,003m na horizontal e 0,013m na vertical, obtidos através do processamento da 
linha base (Anexo 3). 
 
Quadro 5 - Coordenadas dos pontos de partida da poligonal e de apoio. 
PONTO N (m) E (m) Z (m) APLICAÇÃO 
P1 7.089.723,3414 708.733,6093 12,693 
Poligonal 
e Apoio VANT 
P0 7.089.766,4396 708.707,4569 12,611 Poligonal 
X1 7.089.752,8024 708.784,7803 12,503 Apoio VANT 
X2 7.089.737,0025 708.784,7134 12,611 Apoio VANT 
X3 7.089.741,7469 708.853,0800 11,737 Apoio VANT 
X4 7.089.550,8160 708.874,5752 11,468 Apoio VANT 
X5 7.089.330,6409 708.802,0604 11,406 Apoio VANT 
X6 7.089.577,6851 708.682,4563 13,663 Apoio VANT 
Fonte: O Autor, 2019 
 
54 
 
4.2 LEVANTAMENTO TRADICIONAL COM ESTAÇÃO TOTAL E GPS RTK 
 
O levantamento com a estação total iniciou-se com um técnico que operou o 
equipamento e dois auxiliares para aquisição dos pontos planialtimétricos com o 
bastão do prisma. A poligonal de apoio do levantamento é constituída de sete 
pontos, demarcados em campo com piquetes de madeira e um prego no centro, de 
forma a permitir a instalar a estação total e efetuar a leitura das irradiações do 
terreno. 
Com a estação total foram cadastrados 331 pontos de irradiações, 
principalmente para levantamento de fundo de valas, crista e pé de taludes, limite de 
mato e o rio Motucas, para tanto, foram necessárias oito horas de levantamento para 
esta etapa. 
A poligonal de apoio foi do tipo fechada e após o processamento no software 
Topograph98SE da cardeneta de campo, a mesma apresentou os seguintes erros e 
tolerâncias conforme Figura 28. 
 
Figura 28 - Erros e tolerâncias da poligonal topográfica. 
 
Fonte: O Autor, 2019 
 
Com esse resultado a poligonal não apresentou erros superiores as 
tolerâncias do equipamento e descritas na norma NBR 13.333 da ABNT. 
Com relação ao levantamento cinemático como GPS, foram cadastrados 567 
pontos de irradiação. Com esse equipamento foram levantadas as ruas, pontos de 
cota do terreno, taludes, muros e postes. Por se tratar de um terreno relativamente 
plano, procurou-se fazer seções de aproximadamente 20 metros para o 
levantamento de cotas e que posteriormente possibilite a confecção da planta 
55 
 
topográfica planialtimétrica com curvas de nível de metro em metro. Esta etapa 
foram necessárias 12 horas de levantamento com o GPS RTK. 
 
4.3 LEVANTAMENTO COM VANT 
 
O resultado do processamento será apresentado de acordo com o relatório 
gerado pelo software de processamento das imagens Agisoft Metashape. 
 
4.3.1 Resultados obtidos 
 
Foram importadas 126 fotografias feitas pelo VANT e gerou um produto 
cartográfico com um GDS = 4,11 cm/pix a uma altura média real de 167 metros, uma 
diferença de 26 metros dos planos originais, cobrindo uma área de 
aproximadamente 41,7ha ao invés de 15,15ha planejados. 
Estas diferenças eram esperadas e consideradas nos planos de voo através 
dos fatores internos do próprio aplicativo de planejamento Pix4Dcapture. 
A Figura 29 trata-se da representação das áreas contempladas pela 
sobreposição de imagens em relação ao ponto de captura das mesmas. 
 
Figura 29 - Localização das câmeras e sobreposição das imagens 
 
Fonte: O Autor, 2019 
 
56 
 
Através da análise do mapa de cores, é possível denotar que toda área 
definida para o mapeamento teve sobreposição de pelo menos 9 imagens, valor 
considerado adequado para geração dos produtos fotogramétricos e que atende o 
critério definido como sendo 80% de sobreposição lateral e longitudinal.Os pontos 
pretos tratam-se da posição da captura das imagens aéreas. 
Estas informações são obtidas através do processamento das capturas, que 
também gerou uma nuvem de pontos esparsa com 82.351pontos, projetos 481.977 
vezes com erro de apontamento de 0,860pix. Estas informações estão resumidas no 
Quadro 6. 
Quadro 6 – Resultados obtidos com o VANT 
 
Fonte: O Autor, 2019 
 
4.3.2 Posição estimada de captura de imagens 
 
Através da posição estimada da captura de imagens é possível estimar qual 
seria a incerteza do mapeamento caso não fossem aplicados pontos de apoio e 
controle em campo, e o referenciamento ocorresse apenas baseado no GPS 
embarcado no VANT, que atribui em cada captura suas coordenadas. Os resultados 
obtidos com esta consideração estão representados no Quadro 7. Obtidos através 
do cálculo da média do erro medido entre a coordenada de captura de cada 
imagem, registrada pelo GPS embarcado no VANT, e a estimativa desta mesma 
coordenada através do modelo numérico, ajustado com o uso dos pontos apoio 
georreferenciados. 
 
 
 
Imagens Alinhadas 126 
Altura de voo estimada 167 m 
GDS final 4,11 cm/pix 
Área de Cobertura 0,417 km² = 41,7 ha 
Posição de câmera 126 
Nuvem Esparsa 82.351 
Projeção 481.977 
Erro de projeção 0,86 pix 
57 
 
Quadro 7 – Erro em relação a posição de captura de cada imagem 
E erro (m) N erro (m) E N Erro (m) Z erro (m) Erro Total (m) 
1,75119 6,92526 3,80526 7,14324 8,09357 
Fonte: O Autor, 2019 
 
Em analise a Figura 30, que representa em cada ponto de captura o erro dos 
eixos E e N por uma elipse, sendo a excentricidade da elipse indicativo da 
magnitude do erro representada o eixo Z através da coloração elipse. 
 
Figura 30 - Representação do erro relacionado ao posicionamento de cada captura 
 
Fonte: O Autor, 2019 
 
4.3.3 Avaliação dos pontos de apoio 
 
Os pontos de apoio, tomados como principal indicador de qualidade do 
levantamento com o drone, mediante o cálculo da discrepância da coordenada 
estimada pelos processos de aerotriangulação executados pelo software e a 
58 
 
coordenada adquirida em campo pelo processo de georreferenciamento, ao indicar o 
erro médio quadrático referente às várias observações.As elipses dos pontos de 
controles na Figura 31 têm a mesma representação quando a sua excentricidade e 
cor apresentados na Figura 28. 
 
Figura 31– Representação do erro relacionado aos pontos de controle 
 
Fonte: O Autor, 2019 
 
Para este mapeamento o resultado obtido foi igual a 17,86cm, que comparado 
como valor do GSD final, não é considerado um bom valor,uma vez que parte deste 
erro advém da componente relacionada ao eixo vertical 12,85 cm, e quando 
consideramos apenas o erro de projeção no plano E-N o erro observado é de 12,40 
cm, ficando acima da resolução espacial obtida GSD=4,11cm, Quadro 8. 
 
 
 
 
 
Quadro 8 – Avaliação do erro 
PONTO E erro [cm] 
P1 8,79273 
X1 2,50824 
X2 2,36088 
X3 -11,7417 
X4 -21,6623 
X5 6,34025 
X6 12,9387 
Total 12,4028
 
4.4 ANÁLISE TÉCNICA DOS RESULTADOS
 
4.4.1 Planta planialtimétric
 
Após o processamento dos pontos
topográfico com a estação total e GPS RTK, realizou
das curvas de nível sobre o imóvel, sendo que a
encontrada foi de 9,0m e a mais alta foi de 13,0m. Na Figura 3
curvas de nível de metro em metro.
 
Figura 32 – Representação em Curvas de Nível a cada 1 m
Avaliação do erro médio quadrático dos pontos de apoio.
N erro (cm) Z erro (cm) Erro Total 
6,57934 1,71863 11,1155 
3,85572 -5,12981 6,89005 
4,19962 -3,45256 5,92712 
0,58329 -10,8348 15,9875 
-7,05749 25,8809 34,4802 
-6,63843 -14,682 17,3156 
-1,69728 10,6095 16,8182 
12,4028 12,8537 17,8619 
Fonte: O Autor, 2019 
LISE TÉCNICA DOS RESULTADOS 
planialtimétrica 
Após o processamento dos pontos georreferenciados do levantamento 
topográfico com a estação total e GPS RTK, realizou-se a interpolação e geração 
das curvas de nível sobre o imóvel, sendo que a cota da curva mais baixa 
encontrada foi de 9,0m e a mais alta foi de 13,0m. Na Figura 32, representa
curvas de nível de metro em metro. 
Representação em Curvas de Nível a cada 1 m
Fonte: O Autor, 2019 
 
 
59 
médio quadrático dos pontos de apoio. 
Erro (pix) 
0,831 (31) 
0,775 (35) 
0,796 (39) 
1,088 (29) 
0,916 (23) 
1,293 (33) 
0,791 (23) 
0,945 
do levantamento 
se a interpolação e geração 
cota da curva mais baixa 
, representa-se as 
Representação em Curvas de Nível a cada 1 m 
 
60 
 
4.4.2 Produtos Fotogramétricos 
 
O principal produto fotogramétrico extraído pelo processamento é o mosaico 
de ortoimagens, Figura 33, com GSD = 5.04 cm/pix, georreferenciado em 
coordenadas UTM, Zona 22 S no Datum SIRGAS 2000. 
 
Figura 33 - Mosaico de Ortoimagens 
 
Fonte: O Autor, 2019 
 
O Modelo Digital de Elevação (MDE), Figura 33, foi gerado através da nuvem 
densa de pontos, com classificação. Portanto, descreve a superfície exposta as 
capturas das imagens, sendo reconstruídos 37 pontos/m² mapeando, a resolução do 
produto fotogramétrico foi igual e 16,5 cm/pix. Nesse modelo de representação 
georreferenciado em coordenadas UTM, Zona 22 S no Datum SIERGAS 2000, a 
altimetria do terreno é representada por uma escala de cores, variando de pixel a 
61 
 
pixel, onde cores mais quentes representam área com maiores altitudes, e cores 
mais frias áreas mais baixas. 
 
Figura 34–Modelo Digital de Elevação correspondente a superfície 
 
Fonte: O Autor, 2019 
 
Na cartografia e na topografia, uma das formas mais difundidas e 
simplificadas de representação de elevação é a representação por curvas de nível, 
para tanto com os resultados obtidos com o modelo digital de elevação apresentado, 
foi possível gerar o seguinte mapa com a representação da altimetria do terreno em 
curvas de nível conforme demonstrado na Figura 34, sendo que, a cota da curva 
mais baixa encontrada foi de 9,0m e a mais alta foi de 25,0m. Sendo que esta 
última, correu por causa de uma má qualificação do software sobre os pontos das 
copas das árvores. Sobre o terreno natural a maior cota foi de 13,0m, a mesma, é 
encontrada pelo método convencional apresentado no item 4.4.1. 
 
 
 
 
 
 
Figura 35 - Representação em Curvas de Nível a cada 1 m
Na Figura 36 está a representação tridimensional 
mapeado, produto fotogramétrico que pode ter diversas aplicações tanto na 
arquitetura quanto no planejamento urbano, viário entre outras aplicações, este 
modelo possuí resolução de 5,5 cm/p
 
Figura 36
 
4.4.3 Comparação entre os métodos
A relação dos dados altimétricos adquiridos pelo método utilizando a estação 
total e o método com o VANT é apresentado na Figura 36.
 
 
 
 
Representação em Curvas de Nível a cada 1 m
Fonte: O Autor, 2019 
 
está a representação tridimensional texturizada do terreno 
produto fotogramétrico que pode ter diversas aplicações tanto na 
arquitetura quanto no planejamento urbano, viário entre outras aplicações, este 
possuí resolução de 5,5 cm/pix. 
36 –Representação tridimensional da área 
Fonte: O Autor, 2019 
4.4.3 Comparação entre os métodos 
 
os dados altimétricos adquiridos pelo método utilizando a estação 
método com o VANT é apresentado na Figura 36. 
62 
Representação em Curvas de Nível a cada 1 m 
 
urizada do terreno 
produto fotogramétrico que pode ter diversas aplicações tanto na 
arquitetura quanto no planejamento urbano, viário entre outras aplicações, este 
 
os dados altimétricos adquiridos pelo método utilizando a estação 
63 
 
Figura 37 – Comparação das curvas de nível a cada 1 m 
 
Fonte: O Autor, 2019 
 
É possível observar que o processamento dos dados obtidos com os dois 
métodos empregados a campo, revela uma diferença no traçado das curvas de nível 
em alguns pontos. Isso ocorreu, pois foi feito uma classificação automática pelo 
software dos pontos do aerolevantamento e não de forma manual. O sistema não 
conseguiu identificar as árvores próximas ao rio Motucas e acabou considerando 
como terreno natural erroneamente. 
Quanto à criação dos produtos topográficos, existe uma diferença entre os 
métodos, devido ao fato que no levantamento convencional o desenho é feito 
utilizando os pontos irradiados Figura 38(a), e o aerolevantamento, é realizado pela 
vetorização das feições diretamente do ortofoto, conforme Figura 38(b). 
 
Figura 38 – Vetorização por topografia convencional (a) aerolevantamento (b) 
 
Fonte: O Autor, 2019 
64 
 
4.5 ANÁLISE ECONÔMICA DOS RESULTADOS 
 
Para a composição e comparação dos custos, realizou-se uma pesquisa junto 
a algumas empresas de topografia para determinar o valor por hora dos profissionais 
de uma equipe de topografia. Da mesma maneira, quanto ao aluguel de 
equipamentos e veículo foram verificados junto a fornecedores. Nos Quadros 9 e 10, 
evidencia-se o tempo médio gasto nas atividades, assim como o custo que envolve 
os dois métodos. 
 
Quadro 9 – Custos com a equipe de topografia com levantamento convencional 
1. MÃO DE OBRA UNID. 
QUANT. 
FUNCIONARIOS 
CUSTO 
(R$) 
ALOCAÇÃO POR 
FUNCIONARIO (h) PREÇO (R$) 
1.1 Campo 
Coordenador hora 1 R$ 22,73 3 R$ 68,18 
Técnico hora 1 R$14,20 24 R$ 340,91 
Aux. De Topógrafo hora 2 R$ 7,39 24 R$ 354,55 
 
1.2 Escritório 
Coordenador hora 1 R$ 22,73 3 R$ 68,18 
Cadista/calculista hora 1 R$ 8,52 12 R$ 102,27 
 
 
SOMA R$ 934,09 
ENCARGOS SOCIAIS 80% R$ 747,27 
SOMA 01 R$ 1.681,36 
2. LOCOMOÇÃO UNID. QUANT. 
CUSTO 
(R$) DIÁRIAS PREÇO (R$) 
2.1 Coordenador de campo 
Veículo (Hatch Compacto) dia 1 R$ 23,69 1 R$ 23,69 
Combustível (Km/dia / km/l) L 1,76 R$ 4,00 1 R$ 7,04 
2.2 Equipe de Campo 
Veículo (Hatch Compacto) dia 1 R$ 23,69 3 R$ 71,07 
Combustível (Km/dia / km/l) L 1,76 R$ 4,00 3 R$ 21,12 
 SOMA 02 R$ 122,92 
3. EQUIPAMENTOS UNID. QUANT. 
CUSTO 
(R$) ALOCAÇÃO VALOR (R$) 
3.1 GPS (Geodésico L1/L2) dia 1 R$204,55 2 R$ 409,09 
3.2Software dia 1 R$ 22,73 1,5 R$ 34,09 
3.3 Estação Total dia 1 R$ 65,91 1 R$ 65,91 
 SOMA 03 R$ 509,09 
SUBTOTAL = 1+2+3 R$2.313,37 
4. BDI (35%) R$ 809,68 
5. VALOR TOTAL DO SERVIÇO R$ 3.123,06 
Fonte: O Autor, 2019 
 
65 
 
Quadro 10 – Custos com a equipe de topografia com levantamento com VANT 
1. MÃO DE OBRA UNID. 
QUANT. 
FUNCINÁRIOS 
CUSTO 
(R$) 
ALOCAÇÃO POR 
FUNCIONARIO (h) PREÇO (R$) 
1.1 Campo 
Coordenador hora 1 R$ 22,73 3 R$ 68,18 
Técnico hora 1 R$ 14,20 8 R$ 113,64 
Aux. De Topógrafo hora1 R$ 7,39 8 R$ 59,09 
 
1.2 Escritório 
Coordenador hora 1 R$ 22,73 3 R$ 68,18 
Cadista/calculista hora 1 R$ 8,52 20 R$ 170,45 
 SOMA R$ 479,55 
 ENCARGOS SOCIAIS 80% R$ 383,64 
SOMA 01 R$ 863,18 
2. LOCOMOÇÃO UNID. QUANT. 
CUSTO 
(R$) DIÁRIAS PREÇO (R$) 
2.1 Coordenador de campo 
Veículo (Hatch Compacto ) dia 1 R$ 23,69 1 R$ 23,69 
Combustível (Km/dia / km/l) L 1,76 R$ 4,00 1 R$ 7,04 
 
2.2 Equipe de Campo 
Veículo (Hatch Compacto ) dia 1 R$ 23,69 1 R$ 23,69 
Combustível (Km/dia / km/l) L 1,76 R$ 4,00 1 R$ 7,04 
 SOMA 02 R$ 61,46 
3. EQUIPAMENTOS UNID. QUANT. 
CUSTO 
(R$) ALOCAÇÃO VALOR (R$) 
3.1 GPS (Geodésico L1/L2) dia 1 R$204,55 1 R$ 204,55 
3.2 Software dia 1 R$22,73 2,5 R$ 56,82 
3.3 VANT (Drone) dia 1 R$ 65,91 1 R$ 65,91 
 SOMA 03 R$ 327,27 
SUBTOTAL = 1+2+3 R$ 1.251,91 
4. BDI (35%) R$ 438,17 
5. VALOR TOTAL DO SERVIÇO R$ 1.690,08 
Fonte: O Autor, 2019 
 
Cabe ressaltar que o tempo de atividade de campo pode sofrer alteração 
significativa caso a equipe de campo não tenha experiência em levantamento 
topográfico ou manuseio dos equipamentos. 
Constatou-se ainda que, o tempo de processamento das imagens do VANT é 
diretamente proporcional a capacidade operacional do computador utilizado. Nesse 
aspecto, o levantamento aerofotogramétrico apresenta a possibilidade de melhorara 
execução com a utilização de hardware com maior desempenho. Neste estudo de 
caso, não utilizou-se um computador de alto rendimento para a necessidade de 
66 
 
processamento que envolve os aerolevantamentos. Sendo assim, não influenciou no 
resultado do processamento, mas no seu tempo de execução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
67 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Para levantamento das informações topográficas de um terreno, existem 
diferentes metodologias. O objetivo deste trabalho consistiu em analisar e comparar 
técnica e economicamente um levantamento elaborado por dois métodos diferentes. 
Dessa análise, constatou-se que os aerolevantamentos executados por VANT 
podem ser utilizados para projetos e levantamento topográficos, que geralmente são 
realizados mediante topografia convencional. Os métodos de levantamento podem 
ser aplicados de forma independente ou conjunta, para tanto, depende da 
produtividade e precisão requerida por cada projeto. 
O levantamento com estação total e GPS RTK apresentou uma acurácia 
posicional melhor, quando comparada com a fotogrametria, entretanto, o uso do 
método escolhido depende dos pré-requisitos que o projeto pretende solucionar. No 
estudo de caso apresentado, os resultados obtidos evidenciam que, em termos de 
acurácia, poder-se-ia utilizar ambos os métodos. 
 Constatou-se que alguns elementos não são possíveis cadastrar com a 
aplicação do RPA, como por exemplo: profundidade de valas e rios, objetos sob 
algum obstáculo (árvores e edificações) e etc. Desta maneira, é importante a 
complementação de informações com outras metodologias. 
Quando se analisa a quantidade de dados e produtos gerados pela 
fotogrametria, é nítido, que a mesma proporciona um melhor detalhamento do 
terreno em muito menos tempo, principalmente, quando deseja-se mapear áreas 
mais amplas. Em contra partida, o processamento dos dados é muito mais morosa 
se comparado ao levantamento convencional. 
Verificou-se que, em termos de custos operacionais, o aerolevantamento com 
VANT, apresentou um menor custo, por razão da necessidade de número reduzido 
de colaborares em campo, também resultou em melhor performance na coleta dos 
dados, consequentemente, menos gasto com deslocamento da equipe. 
Deste modo, é possível concluir que a fotogrametria com VANTS é uma 
alternativa com melhor desempenho e menos oneroso para levantamento 
topográfico de áreas extensas, a depender dos critérios de tolerância requeridos em 
projeto, e o refinamento necessário dos dados, de modo que não possua muita 
vegetação ou obstáculos sobre o local. 
68 
 
Como sugestão de trabalhos futuros, uma análise comparativa de cálculo de 
volume de terraplenagem entre levantamento topográfico convencional e 
levantamento com drone. 
69 
 
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73 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO 1 – PLANTA TOPOGRÁFICA PLANIALTIMÉTRICA ATRAVÉS DO 
MÉTODO CONVENCIONAL - ESCALA 1:500 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
74 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO 2 – PLANTA TOPOGRÁFICA PLANIALTIMÉTRICA ATRAVÉS DO 
MÉTODO UTILIZANDO DRONE - ESCALA 1:500 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P
R
O
D
U
C
E
D
 
B
Y
 
A
N
 
A
U
T
O
D
E
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ANEXO 3 – RELATÓRIO DE PROCESSAMENTO DA LINHA DE BASE (P1 - SCAQ) 
 
 
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