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<p>METODOLOGIA</p><p>APLICADA</p><p>TE</p><p>X</p><p>TO</p><p>B</p><p>A</p><p>SE</p><p>Profª. Esp. Leila Aparecida Perez Sanchez</p><p>UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL</p><p>Portal: www.uscs.edu.br</p><p>Tel.: (11) 4239-3200</p><p>Av. Goiás, 3400 – São Caetano do Sul – SP – CEP: 09550-051</p><p>Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial</p><p>por qualquer forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia,</p><p>gravação e distribuição na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de</p><p>dados sem a permissão por escrito da Universidade Municipal de São Caetano do Sul.</p><p>DÚVIDAS? FALE CONOSCO!</p><p>eadsuporte@online.uscs.edu.br</p><p>(11) 4239-3351</p><p>EQUIPE TÉCNICA EDITORIAL</p><p>Pró-reitoria de Inovação em Ensino: Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda.</p><p>Professora conteudista: Profª. Esp. Leila Aparecida Perez Sanchez</p><p>Projeto grá� co: Renata Kuba, Luana Santos do Nascimento, Juliana Pereira Alves e</p><p>Wallace Campos de Siqueira.</p><p>Design Instrucional: Kethly Garcia e Luciana de Almeida Cunha.</p><p>Capa: Kaique Biscaro e Pedro Minganti Juliano.</p><p>Diagramação: Kaique Biscaro e Pedro Minganti Juliano.</p><p>Revisão: Profª. M.e Marialda Almeida, Paola Gomes Ribeiro, Larissa Müller e Profª.</p><p>M.e Karen Francis Bellomo Ringis</p><p>O Núcleo de Educação a Distância da USCS garante a revisão gramatical e ortográfi ca dos</p><p>conteúdos dos Textos-Base de todas as disciplinas ofertadas desde que seus autores respeitem</p><p>os prazos de entrega de acordo com o calendário acadêmico corrente. No entanto, lembramos</p><p>que o conteúdo apresentado nesses livros é de autoria e de total responsabilidade do professor</p><p>conteudista, profi ssional qualifi cado para desenvolver esses materiais.</p><p>METODOLOGIA</p><p>APLICADA</p><p>Profª. Esp. Leila Aparecida Perez Sanchez</p><p>A LEITURA COMO MÉTODO DE ESTUDO</p><p>INTRODUÇÃO ...............................................05</p><p>A LEITURA COMO MÉTODO DE ESTUDO .....06</p><p>OBJETIVO DA LEITURA ................................................08</p><p>ELEMENTOS AUXILIARES DA LEITURA .......................12</p><p>FASES DA LEITURA .....................................................13</p><p>TÉCNICA DE SUBLINHAR: ...........................................15</p><p>TÉCNICA DE RESUMO .................................................15</p><p>TÉCNICA DE RESENHA ................................................17</p><p>FICHAMENTO ..............................................................17</p><p>PRODUÇÕES ACADÊMICAS ..........................19</p><p>MONOGRAFIA ..............................................................20</p><p>TESE.............................................................................22</p><p>DISSERTAÇÃO .............................................................23</p><p>ARTIGO CIENTÍFICO ....................................................24</p><p>ENSAIO TEÓRICO ........................................................25</p><p>PAINEL CIENTÍFICO .....................................................26</p><p>TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ....................28</p><p>REFERÊNCIAS ...............................................35</p><p>A Leitura como Método de Estudo</p><p>5</p><p>Unidade 1</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>É inquestionável a importância da escrita e da leitura para o ser</p><p>humano. A humanidade foi evoluindo e melhorando e a sua forma</p><p>de se comunicar e a capacidade de o indivíduo ler, entender e dar</p><p>signifi cado à mensagem continua, sendo uma alavanca para o de-</p><p>senvolvimento humano e também para a construção do bem-estar</p><p>social.</p><p>A relevância do domínio da escrita e da leitura para a produção</p><p>acadêmica e vice-versa, como você pode perceber ao longo da vida</p><p>acadêmica, e em especial nessa modalidade de estudo. A produ-</p><p>ção de conhecimento exige o desenvolvimento das competências</p><p>de comunicação, sendo que tanto a leitura quanto a escrita são ta-</p><p>refas complexas.</p><p>Partindo do pressuposto de que ambas, leitura e escrita, são com-</p><p>petências que o indivíduo utiliza continuamente em seu cotidiano,</p><p>o desenvolvimento direcionado para uma produção acadêmica de-</p><p>veria ser simples, mas não é. Tanto a leitura quanto a escrita aca-</p><p>dêmica, fazem parte desse período específi co e necessita de um</p><p>aprendizado. No caso da escrita é preciso identifi car o contexto que</p><p>se quer falar, sobre o que, para quem, como e quando de forma a</p><p>integrar esses elementos na escrita.</p><p>A leitura é um processo de representação e interação em que o</p><p>leitor e o texto e que através palavras passa a dar sentido ao sig-</p><p>nifi cado proposto pelo autor do texto e que antecipadamente foi o</p><p>objetivo do leitor. Segundo Castro (2019, p. 28) é a necessidade</p><p>(motivação) de um objetivo para a leitura e que decorre a interpreta-</p><p>ção (contexto e sentido) que o leitor faz do texto:</p><p>Dessa necessidade de um objetivo para a leitura, decorre, lem-</p><p>bra Solé (1998), a interpretação que o leitor faz do texto. Assim,</p><p>ainda que as palavras impressas não se alterem, diferentes ob-</p><p>jetivos fazem com que o leitor apreenda aspectos diversos de</p><p>um mesmo texto. Isso não signifi ca, evidentemente, que qual-</p><p>Dessa necessidade de um objetivo para a leitura, decorre, lem-</p><p>bra Solé (1998), a interpretação que o leitor faz do texto. Assim,</p><p>Metodologia Aplicada</p><p>6</p><p>Unidade 1</p><p>quer leitura seja possível. Há uma limitação determinada pelas</p><p>escolhas de vocabulário, de organização textual e de argu-</p><p>mentação feitas pelo autor na produção do texto. O objetivo do</p><p>leitor é determinante, contudo, no que concerne aos elementos</p><p>aos quais ele atentará na leitura. Dessa maneira, resume Solé</p><p>(1998), o processo de leitura exige do leitor tanto o seu co-</p><p>nhecimento de mundo (saber prévio e objetivos) quanto o seu</p><p>conhecimento de texto (as palavras e como elas são utilizadas</p><p>no escrito em questão).</p><p>A medida em que o estudante tem como objetivo desenvolver o</p><p>texto acadêmico, a sua atenção e interpretação e postura crítica em</p><p>relação às escolhas para a leitura passam a gerar melhor resultado</p><p>nos estudos.</p><p>Tendo como propósito para essa disciplina a produção acadêmi-</p><p>ca para a conclusão, direcionamos os seus esforços de leitura para</p><p>essa finalidade.</p><p>A LEITURA COMO MÉTODO DE ESTUDO</p><p>No ambiente acadêmico, a leitura é um método de estudo, o que</p><p>reforça a relevância e o entendimento daquilo de se lê. Esse método</p><p>para o estudo é recomendado tanto para a vida acadêmica quanto</p><p>para sua atuação profissional.</p><p>Segundo TERRA (2019 p. 172), a leitura é “substantivo abstrato e</p><p>esse tipo de substantivo, ao contrário do concreto, não nomeia um</p><p>ser (coisa, pessoa, lugar etc.), mas uma qualidade ou ação. O subs-</p><p>tantivo leitura nomeia o ato de ler, ou resultado da ação de ler, a lei-</p><p>tura que se fez de um livro, de uma notícia de jornal, de uma mensa-</p><p>gem no WhatsApp etc. Então, para conceituar leitura, inicialmente,</p><p>deixamos claro o que entendemos por ler”. Ler significa “construir</p><p>sentido”(TERRA, 2019 p.172) e, quanto mais leitura, melhor a habi-</p><p>lidade de ler de um indivíduo. O processo interativo da leitura entre</p><p>leitor e autor é diferente e contextualizado:</p><p>A Leitura como Método de Estudo</p><p>7</p><p>Unidade 1</p><p>O autor, ao produzir o texto, tem em mente um sentido que pre-</p><p>tende transmitir ao leitor; este, ao ler o texto, vai (re) construir</p><p>o sentido a partir de seus conhecimentos prévios e das pistas</p><p>que o autor deixou espalhadas na superfície do texto. O sen-</p><p>tido, portanto, não está no texto, mas é uma (re) construção</p><p>do leitor na interação, por isso leitores diferentes construirão</p><p>sentidos diferentes para um mesmo texto. Se o sentido é uma</p><p>construção do leitor, fi ca a pergunta: qualquer sentido que se</p><p>atribua ao texto é válido? Evidentemente que não. O texto com-</p><p>porta vários sentidos, mas não qualquer sentido, pois é preciso</p><p>que este seja autorizado pelo texto (TERRA, 2019, p. 173).</p><p>A medida em que é necessária mais de uma leitura para o enten-</p><p>dimento de um texto, se faz necessário organizar seu estudo para</p><p>auxiliá-lo a selecionar, analisar, compreender e avaliar um texto.</p><p>Ainda como reforço da tratativa da leitura como uma construção</p><p>de sentido, é oportuno algumas considerações</p><p>conforme apresen-</p><p>tadas por Terra (2019), que destacam a importância da interação</p><p>com o texto para essa construção tanto do conhecimento linguístico</p><p>quanto do conhecimento textual e do conhecimento enciclopédico.</p><p>• O conhecimento linguístico através da língua que conhece-</p><p>mos e que permite a interação entre os indivíduos, compreende o</p><p>vocabulário, a regras gramaticais, novas palavras (léxico) e gírias.</p><p>• O conhecimento textual através da organização do texto que</p><p>escabeçam relações a partir da coesão gramatical e lexical; ele-</p><p>mentos que permitam reconhecer as cenas e tempos apresentados;</p><p>a possibilidade de entender a intencionalidade do autor; a intertex-</p><p>tualidade (relação com outros textos) e as diferenças discursivas no</p><p>texto.</p><p>• Conhecimento enciclopédico é o que conhecemos sobre as</p><p>coisas do mundo e que pode variar de pessoa para pessoa. Adqui-</p><p>rimos por vivência e obviamente interesse em conhecer e se atuali-</p><p>zar pelas coisas do mundo, principalmente com tantos recursos que</p><p>permitem ousar a partir da curiosidade sobre coisas e fatos.</p><p>O autor, ao produzir o texto, tem em mente um sentido que pre-O autor, ao produzir o texto, tem em mente um sentido que pre-</p><p>tende transmitir ao leitor; este, ao ler o texto, vai (re) construir</p><p>Metodologia Aplicada</p><p>8</p><p>Unidade 1</p><p>Complementando essa questão dos conhecimentos, ainda exis-</p><p>tem as informações explícitas manifestadas claramente pelo autor</p><p>no seu texto e as informações implícitas que são percebidas não</p><p>pelo signifi cado das expressões usadas num texto, mas são enten-</p><p>didas por dados do contexto da relação apresentada. Essas rela-</p><p>ções segundo Ernani (2019) são estabelecidas por:</p><p>• Pressupostos que não estão claramente escritos na frase, e</p><p>que são entendidos em função de uma palavra ou expressão con-</p><p>tida na sentença. Normalmente uma informação que depende do</p><p>pressuposto para fazer sentido.</p><p>• Subentendidos envolve um julgamento com juízo de valores e</p><p>poderá levar a distorção, são normalmente insinuações. Nesse caso</p><p>deve se estar mais atendo a contextualização do texto.</p><p>Os pressupostos e subentendidos nos auxiliam nas inferências so-</p><p>bre o texto. Inferências é um processo que acontece quando lemos</p><p>e concluíamos algumas coisas a partir de outra que já conhecemos.</p><p>OBJETIVO DA LEITURA</p><p>O interesse pela leitura deve ser claro ao selecionar um texto. A</p><p>seleção e organização dos textos que pretende ler é a melhor forma</p><p>de utilizar seu tempo e não perder o foco. Segundo Marconi e Laka-</p><p>tos (2003, p. 21) esses são os principais objetivos:</p><p>• scanning – como o termo inglês sugere – varredura – de for-</p><p>ma mais ágil procurar por tópicos, pode se utilizar do índice ou su-</p><p>mário, e até a leitura de linhas, parágrafos, visando encontrar frases</p><p>ou palavras-chave;</p><p>• skimming – também é um termo em inglês que leva a uma “rá-</p><p>pida passada pelo texto “ captando a tendência geral, sem entrar</p><p>em minúcias, através do títulos, subtítulos e até ilustrações; pode</p><p>até ler parágrafos, tentando encontrar a metodologia e a essência</p><p>do trabalho;</p><p>Inferência é um processo</p><p>mental que acontece quando</p><p>na leitura utilizamos na con-</p><p>strução de sentidos que não</p><p>estão explícitos no texto, mas</p><p>que fi cam subentendidos</p><p>e são recuperados a partir</p><p>das pistas textuais, consid-</p><p>erando o respectivo contexto.</p><p>As inferências são, portanto,</p><p>produzidas com base em el-</p><p>ementos linguísticos, situacio-</p><p>nais, históricos, culturais, entre</p><p>outros, que operam integrada-</p><p>mente.</p><p>Atenção</p><p>A Leitura como Método de Estudo</p><p>9</p><p>Unidade 1</p><p>• Do signifi cado – visão ampla do conteúdo, principalmente do</p><p>que interessa, deixando de lado aspectos secundários, percorrendo</p><p>tudo de uma vez, sem voltar;</p><p>• De estudo ou informativa – absorção mais completa do con-</p><p>teúdo e de todos os signifi cados, devendo-se ler, reler, utilizar o di-</p><p>cionário, marcar ou sublinhar palavras ou frases-chave e fazer resu-</p><p>mos;</p><p>• Crítica – estudo e formação de ponto de vista sobre o texto,</p><p>comparando as declarações do autor com todo o conhecimento an-</p><p>terior de quem lê; avaliação dos dados e informações no que se re-</p><p>fere à solidez da argumentação, sua fi dedignidade, sua atualização,</p><p>e também verifi cação de se estão corretos e completos.</p><p>Antes de fecharmos os tópicos dessa unidade é importante suge-</p><p>rimos que você leia o box destaque “A leitura e a escrita no cotidiano</p><p>e na universidade” e os pontos que Castro (2019) destacaremos a</p><p>seguir, sobre a postura em relação a escrita acadêmica, pois são</p><p>relevantes para a organização da sua produção acadêmica.</p><p>A leitura e a escrita no cotidiano e na universidade</p><p>Ler e escrever são tarefas complexas, e quem disser o contrário está mentindo. Se</p><p>fossem trabalhos simples, não haveria um sem-número de pessoas buscando (muitas</p><p>vezes desesperadamente) dicas, manuais, aulas particulares, enfi m, todo um arsenal de</p><p>ferramentas para aprimorar ou mesmo iniciar a leitura de algum livro ou a escrita de um</p><p>texto, seja para qual for a fi nalidade. Essa complexidade é fácil de explicar. Os instrumentos</p><p>naturais dos seres humanos são a escuta e a fala — as situações primordiais, portanto, de</p><p>oralidade. A escrita e, consequentemente, a leitura surgiram a partir da necessidade que</p><p>as pessoas sentiram de registrar fatos, encontros, negociações, histórias. As crianças só</p><p>aprendem a ler e a escrever depois de passarem anos usando perfeitamente a fala de sua</p><p>língua materna (aos três anos, dominam o seu próprio idioma de modo integral). Isso não</p><p>muda o fato, contudo, de que a escrita surgiu de necessidades humanas, e é aprimorada</p><p>em um processo contínuo.</p><p>Metodologia Aplicada</p><p>10</p><p>Unidade 1</p><p>A escrita cotidiana</p><p>Mesmo naqueles casos em que não há uma exigência formal de escrita, ela está presente</p><p>no dia a dia. Fazer uma lista de compras, mandar uma mensagem por correio eletrônico</p><p>e fazer uma anotação como lembrete são apenas os usos mais corriqueiros da escrita.</p><p>Muitas pessoas precisam preencher formulários ou entregar relatórios profi ssionais, por</p><p>exemplo, o que já exige uma rigidez maior de formato e cuidado com o estilo. Entretanto,</p><p>com a disseminação das diferentes redes sociais, grande parcela da população faz</p><p>cotidianamente inúmeras postagens com textos dos mais variados tipos. Esses textos</p><p>são tão importantes para quem os escreve quanto os textos que você precisa fazer para</p><p>atender a uma tarefa de trabalho ou estudo. No entanto, há uma característica que faz</p><p>com que eles apresentem uma diferença enorme entre si. Trata-se do fato de que, nos</p><p>textos acadêmicos, há um rigor muito maior, devido aos distintos contextos. Como você já</p><p>viu, o contexto, no caso da escrita, tem alguns elementos: Quem fala, para quem, sobre</p><p>o quê, de que modo, em que momento e em que espaço. Desconsiderar qualquer um</p><p>desses elementos fará com que, de alguma forma, o seu texto falhe — não só o texto</p><p>acadêmico, mas de qualquer tipo. Imagine, por exemplo, que uma pessoa vá escrever</p><p>um bilhete para a mãe e, em lugar de “Mãe, fui para a faculdade”, escreva algo como,</p><p>“Cara senhora, precisei me ausentar. Dirigi-me ao espaço destinado aos estudos que</p><p>realizo com a fi nalidade de completar minha graduação”. No mínimo, a pobre mãe vai</p><p>fi car preocupada — isso se não começar a imaginar acontecimentos piores, como um</p><p>sequestro, ou a duvidar da sanidade do fi lho. Da mesma forma, um texto acadêmico não</p><p>pode ser coloquial, porque, além de causar estranhamento, não vai transmitir a seriedade e</p><p>a sobriedade necessárias a esse tipo de interação.</p><p>A escrita acadêmica</p><p>Salvo casos muito específi cos, em que ao aluno é solicitada a escrita de algum texto</p><p>narrativo — como em uma disciplina de produção textual —, os textos acadêmicos são</p><p>usualmente dissertativos. Isso signifi ca que a eles subjaz uma estrutura evidentemente</p><p>argumentativa. É claro que qualquer texto é argumentativo (como você viu anteriormente),</p><p>A Leitura como Método de Estudo</p><p>11</p><p>Unidade 1</p><p>à medida</p><p>que se relaciona (dialogicamente) a outros textos e que traz uma opinião,</p><p>mesmo que de forma implícita. O texto dissertativo se destaca nesse sentido porque</p><p>objetiva explicitamente discutir uma questão, resolver um problema (no sentido de</p><p>“discussão, temática”). Desse modo, em nenhum outro texto a argumentação é tão</p><p>evidente. Por isso, ele é encarado aqui simplesmente como texto argumentativo, porque</p><p>dissertar é argumentar. A escrita científi ca é fundamental para a constituição da ciência.</p><p>Pereira (2013, p. 21) afi rma que “[...] a escrita científi ca busca dar corpo à interpretação</p><p>objetiva da realidade, superando o imediatismo da opinião e do senso comum, buscando</p><p>expedientes de universalização e generalidade”. Os textos argumentativos, portanto, visam</p><p>a expor provas de que o seu conteúdo é verdadeiro, ou de que a forma como o assunto</p><p>é exposto é a melhor. Pode-se dizer, em suma, que um texto argumentativo precisa ser</p><p>coerente internamente e com os dados que apresenta, além de ter consistência, refl etindo</p><p>uma questão específi ca por meio de justifi cativas, avaliações, explicações. Nesse</p><p>sentido, a leitura permeia todo o percurso acadêmico do aluno, sendo essencial para o</p><p>desenvolvimento da escrita. Duarte, Pinheiro e Araújo (2012) mencionam essa estreita</p><p>relação entre a melhora na escrita que decorre da leitura frequente. Machado (2017, p.</p><p>40), por sua vez, afi rma que “[...] a prática da leitura se torna decisiva para o sucesso</p><p>de um aluno, integrando-se à rotina de estudos como forma privilegiada para acesso,</p><p>compreensão e interpretação de conhecimentos”, o que é essencial na argumentação.</p><p>Fonte: Trecho do Livro Leitura e Escrita Acadêmicas, CASTRO, 2019 p.18-20</p><p>Metodologia Aplicada</p><p>12</p><p>Unidade 1</p><p>ELEMENTOS AUXILIARES DA LEITURA</p><p>A medida em que o objetivo de leitura para o estudo for determi-</p><p>nado é necessário organizar o material de leitura. Tanto a procura</p><p>pelos livros quanto os textos relacionados ao seu estudo podem ser</p><p>pesquisados de forma mais ágil e direcionada ao seu propósito. Es-</p><p>ses são os chamados elementos auxiliares para que você possa</p><p>identifi car as leituras que mais lhe interessar, sempre de acordo com</p><p>o seu propósito (MARCONI, 2003, p.19):</p><p>• O título – apresenta-se acompanhado ou não por subtítulo,</p><p>estabelece o assunto e, às vezes, até a intenção do autor;</p><p>• A data da publicação – fornece elementos para certifi car-se</p><p>de sua atualização e aceitação (número de edições), exceção feita</p><p>para textos clássicos, onde não é a atualidade que importa;</p><p>• A “orelha” ou contracapa – permite verifi car as credenciais</p><p>ou qualifi cações do autor; é onde se encontra, geralmente, uma</p><p>apreciação da obra, assim como indicações do “público” a que se</p><p>destina;</p><p>• O índice ou sumário – apresenta tanto os tópicos abordados</p><p>na obra quanto as divisões a que o assunto está sujeito;</p><p>• A introdução, prefácio ou nota do autor – propicia indícios</p><p>sobre os objetivos do autor e, geralmente, da metodologia por ele</p><p>empregada;</p><p>• A bibliografi a – tanto fi nal como as citações de rodapé, per-</p><p>mite obter uma ideia das obras consultadas e suas características</p><p>gerais.</p><p>Procure organizar um acervo pessoal do material selecionado de</p><p>acordo com o seu propósito de leitura para o estudo, mais adiante</p><p>falaremos do fi chamento para que registre as informações importan-</p><p>tes.</p><p>Você sabia que acervo pesso-</p><p>al é o conjunto de publicações,</p><p>livros, anotações, cartas, foto-</p><p>grafi as, manuscritos, e outros</p><p>suportes documentais que a</p><p>pessoa reúne (e guarda) du-</p><p>rante certo período de sua</p><p>vida?</p><p>Você sabia ? Você sabia ?</p><p>A Leitura como Método de Estudo</p><p>13</p><p>Unidade 1</p><p>FASES DA LEITURA</p><p>Não é possível assegurar que suas escolhas para leitura sejam to-</p><p>talmente aproveitadas no desenvolvimento da sua produção de tex-</p><p>to, pois os indicadores exteriores que o levou a essa escolha podem</p><p>não ter aderência ao seu propósito. Isso pode ocorrer, mas é raro à</p><p>medida em que se acostume aos meios auxiliares a leitura.</p><p>No intuito de assegurar a melhor utilização dos textos seleciona-</p><p>dos para a leitura informativa (que também é chamada de leitura de</p><p>estudo) você poderá se concentrar e se organizar a partir de algu-</p><p>mas fases, conforme Marcioni e Lakatos (2003 p.22) descrevem:</p><p>• De reconhecimento ou prévia – leitura rápida, cuja finalida-</p><p>de é procurar um assunto de interesse ou verificar a existência de</p><p>determinadas informações. Faz-se olhando o índice ou sumário, ve-</p><p>rificando os títulos dos capítulos e suas subdivisões;</p><p>• Exploratória ou pré-Leitura – leitura de sondagem, tendo em</p><p>vista localizar as informações, uma vez que já se tem conhecimento</p><p>de sua existência. Parte-se do princípio de que um capítulo ou tó-</p><p>pico trata de assunto que nos interessa, mas pode omitir o aspecto</p><p>relacionado diretamente com o problema que nos preocupa. Exami-</p><p>na-se a página de rosto, a introdução, o prefácio, as “orelhas” e a</p><p>contracapa, a bibliografia e as notas de rodapé;</p><p>• Seletiva – leitura que visa à seleção das informações mais</p><p>importantes relacionadas com o problema em questão. A determi-</p><p>nação prévia dos distintos propósitos específicos é importante para</p><p>esta fase, que se constitui no último passo de localização do mate-</p><p>rial para exame e no primeiro de uma leitura mais séria e profunda.</p><p>A seleção consiste na eliminação do supérfluo e concentração em</p><p>informações verdadeiramente pertinentes ao nosso problema;</p><p>• Reflexiva – mais profunda do que as anteriores, refere-se ao</p><p>reconhecimento e à avaliação das informações, das intenções e dos</p><p>propósitos do autor. Procede-se à identificação das frases-chave</p><p>para saber o que o autor afirmar e por que o faz;</p><p>Metodologia Aplicada</p><p>14</p><p>Unidade 1</p><p>• Crítica – avalia as informações do autor. Implica saber es-</p><p>colher e diferenciar as ideias principais das secundárias, hierarqui-</p><p>zando-as pela ordem de importância. O propósito é obter, de um</p><p>lado, uma visão sincrética e global do texto e, de outro, descobrir as</p><p>intenções do autor. No primeiro momento da fase de crítica deve-se</p><p>entender o que o autor quis transmitir e, para tal, a análise e o julga-</p><p>mento das ideias dele devem ser feitos em função de seus próprios</p><p>propósitos, e não dos do pesquisador; é no segundo momento que</p><p>devemos, com base na compreensão do quê e do porquê de suas</p><p>proposições, retificar ou ratificar nossos próprios argumentos e con-</p><p>clusões;</p><p>• Interpretativa – relaciona as afirmações do autor com os pro-</p><p>blemas para os quais, através da leitura de textos, está-se buscan-</p><p>do uma solução. Se, de um lado, o estudo aprofundado das ideias</p><p>principais de uma obra é realizado em função dos propósitos que</p><p>nortearam seu autor, de outro, o aproveitamento integral ou parcial</p><p>de tais proposições está subordinado às metas de quem estuda ou</p><p>pesquisa: trata-se de uma associação de ideias, transferência de si-</p><p>tuações e comparação de propósitos, mediante os quais seleciona-</p><p>-se apenas o que é pertinente e útil, o que contribui para resolver os</p><p>problemas propostos por quem efetua a leitura. Assim, é pertinente</p><p>e útil tudo aquilo que tem a função de provar, retificar ou negar, de-</p><p>finir, delimitar e dividir conceitos, justificar ou desqualificar e auxiliar</p><p>a interpretação de proposições, questões, métodos, técnicas, resul-</p><p>tados ou conclusões;</p><p>• Explicativa – leitura com o intuito de verificar os fundamentos</p><p>de verdade enfocados pelo autor (geralmente necessária para a re-</p><p>dação de monografias ou teses).</p><p>Como destacamos no início dessa unidade o nosso objetivo é au-</p><p>xiliá-lo na elaboração do seu trabalho de conclusão de curso ofere-</p><p>cendo uma formação básica em metodologia aplicada que poderá</p><p>ser utilizada em outros momentos da sua carreira profissional, sendo</p><p>assim é importante incluirmos algumas dicas das técnicas de subli-</p><p>nhar e de resumir para a leitura informativa (ou leitura de estudo):</p><p>A Leitura como Método de Estudo</p><p>15</p><p>Unidade 1</p><p>TÉCNICA DE SUBLINHAR:</p><p>Pode ser utilizada de diferentes formas, mas consiste em basi-</p><p>camente acentuar, marcar, destacar, frisa alguma palavra, frase, ou</p><p>ideia que ache interessante e esteja conectada ao seu propósito de</p><p>estudo.</p><p>Fazer a leitura prévia do texto e em seguida outra sublinhando os</p><p>pontos importantes é mais prudente uma vez que entenderá as se-</p><p>quências e ideias expostas no todo.</p><p>Um recurso que pode facilitar a marcação é grifar a frase de inte-</p><p>resse com um traço e destacar com dois traços a palavra-chave im-</p><p>portante na sua análise. E caso a frase ou um trecho será totalmente</p><p>relevantes para seu estudo marque com uma linha vertical na lateral</p><p>do trecho.</p><p>Alguma frase ou trecho que eventualmente lhe causar alguma dú-</p><p>vida ou necessidade de maior detalhamento poderá ser destacada</p><p>com um sinal de interrogação na lateral.</p><p>Caso tenha alguma dúvida sobre o significado de alguma palavra</p><p>que não consiga dar sentido a frase ou trecho no qual ela está inse-</p><p>rida, acesse um dicionário e anote o significado, pois numa releitura</p><p>poderá ser útil. Quanto mais lemos, mais encontramos palavras no-</p><p>vas e ampliamos nosso vocabulário.</p><p>TÉCNICA DE RESUMO</p><p>A utilização da técnica de resumir consiste basicamente em des-</p><p>tacar nos textos selecionados para o seu propósito as principais e</p><p>relevantes informações relacionadas ao seu estudo.</p><p>Cotidianamente nos comunicamos resumindo acontecimentos,</p><p>contando histórias, filmes, capítulos das séries para outras pessoas.</p><p>Ao fazermos esse resumo estamos selecionando de forma organi-</p><p>zada os principais fatos que levarão o outro a entender a situação.</p><p>Metodologia Aplicada</p><p>16</p><p>Unidade 1</p><p>Desenvolver a habilidade de separar as informações principais</p><p>das secundárias é um exercício importantes para o trabalho aca-</p><p>dêmico. Inicialmente leia o texto completo, depois leia novamente</p><p>sublinhando as ideias/informações importantes/relevantes e então</p><p>faça o resumo em forma de anotações sequenciais. Lembrando que</p><p>o resumo deve destacar as ideias principais e não deve ser longo</p><p>(se comparado com o texto original).</p><p>Essa técnica provavelmente você já utilizou durante sua vida</p><p>acadêmica e deve estar mais familiarizado, porém o que destaca-</p><p>mos como relevante nessa técnica é que a partir do resumo é a</p><p>importância de evitar julgamento, nessa fase se pretende consolidar</p><p>pontos importantes para posterior analise, comparação e crítica.</p><p>Algumas dicas que podem ajudar na elaboração um resumo ade-</p><p>quado ao seu propósito são:</p><p>• Ler, reler e interpretar atenciosamente o texto,</p><p>• Sublinhar as partes relevantes e importantes do texto</p><p>• Identificar o tema central e o foco do texto,</p><p>• Destacar as ideias principais,</p><p>• Identificar as ideias e conexões com o propósito do seu estu-</p><p>do,</p><p>• Anotar e organizar as informações de forma sequencial e ob-</p><p>jetivamente sem julgamentos,</p><p>• Elaborar o texto do resumo.</p><p>O resumo, portanto, reproduz de forma concisa os pontos impor-</p><p>tantes e/ou relevantes de um texto original sem avaliação ou opinião</p><p>sobre o conteúdo apresentado no texto.</p><p>Resumindo: Ler, resumir e entender.</p><p>A Leitura como Método de Estudo</p><p>17</p><p>Unidade 1</p><p>TÉCNICA DE RESENHA</p><p>A Resenha é uma técnica parecida com o resumo, a diferença</p><p>fundamental é que a resenha tem o caráter opinativo e crítico em</p><p>relação ao texto original. O termo resenhar significa apresentar cri-</p><p>ticamente uma obra, filme, peça de teatro, artigo ou livro, sendo que</p><p>o autor da resenha, deve além de conhecer o conteúdo da obra,</p><p>emitir sua análise dos aspectos positivos e/ou negativos da obra</p><p>resenhada.</p><p>No contexto acadêmico, essas resenhas são produzidas com o</p><p>objetivo de determinada área de conhecimento. A estrutura básica</p><p>de uma resenha considera em sua análise, o momento e lugar o</p><p>texto foi produzido, o autor, o lugar social que ele fala; a quem se</p><p>destina o texto, qual o tema e o objetivo do texto.</p><p>No campo da Educação, por exemplo, é muito comum as revistas</p><p>acadêmicas dedicarem uma seção à resenha de livros importantes</p><p>publicados na área. O texto da resenha é um resumo que incluí os</p><p>comentários e a avaliação da obra.</p><p>FICHAMENTO</p><p>Como já dissemos anteriormente a forma como você organizar o</p><p>seu material de leitura levará a melhores resultados na sua pesquisa</p><p>e no desenvolvimento do trabalho. O fichamento é um procedimen-</p><p>to que ajuda na organização e sistematização do seu trabalho. A</p><p>medida em que muitas informações, citações e pontos relevantes</p><p>aparecem na sua leitura, é preciso registrar para posterior uso; e o</p><p>fichamento é o procedimento para isso, a atividade de registro de</p><p>leituras, conforme Castro (2019).</p><p>Normalmente o fichamento as seguintes informações:</p><p>Metodologia Aplicada</p><p>18</p><p>Unidade 1</p><p>Figura 1 – Itens de um fi chamento Básico</p><p>Fonte: Adaptação Castro (2019 p.56)</p><p>Obviamente que o formado fi chamento pode ser tanto em papel</p><p>manual, quanto eletrônico num arquivo, você decide a melhor forma.</p><p>O importante é o cuidado que se deve ter ao fazer a paráfrase, pois</p><p>quando você repete a ideia de outro autor com as suas palavras é</p><p>paráfrase. No fi chamento identifi que claramente o que são paráfra-</p><p>ses e o que são cópias direta do autor. Quando elaborada a pará-</p><p>frase no seu fi chamento deve se manter as ideias presentes na obra</p><p>original, quanto melhor você elaborar seu fi chamento, desde o início</p><p>organizando as ideias, mais facilidade terá ao ter que recorrer aos</p><p>apontamentos do fi chamento na construção do seu texto.</p><p>Em todos os caminhos a percorrer na preparação de uma produ-</p><p>ção acadêmica além de seguir as normas da ABNT é necessário</p><p>que direcione seus esforços para o tema escolhido, sem perder o</p><p>foco, razões pela qual o fi chamento contribui para efi ciência e efi cá-</p><p>cia do estudo. Veja na Figura 02, os diferentes tipos de fi chamento,</p><p>segundo Castro (2019).</p><p>A Leitura como Método de Estudo</p><p>19</p><p>Unidade 1</p><p>Figura 2 - Tipos de Fichamento</p><p>Fonte: Adaptado de Castro (2019 p. 56)</p><p>O fi chamento é importante para o desenvolvimento do trabalho</p><p>acadêmico escolha o tipo ideal para seu estudo. É possível também</p><p>mesclar os tipos de fi chamento de acordo com a organização que</p><p>quiser dar ao estudo.</p><p>PRODUÇÕES ACADÊMICAS</p><p>Com o avanço da tecnologia e a facilidade na disponibilização de</p><p>informações, acesso à livros digitais, artigos científi cos, vídeo aulas,</p><p>entre outros recursos também interessantes para quem vai produzir</p><p>um trabalho científi co, aumentou o interesse (talvez provocado por</p><p>essa facilidade de acesso) pela busca de informações. Assim como</p><p>a tecnologia também disponibilizou ferramentas que identifi cam o</p><p>plágio, por isso a atenção, a dedicação e a originalidade ao escre-</p><p>ver são fundamentais.</p><p>Metodologia Aplicada</p><p>20</p><p>Unidade 1</p><p>Os diferentes formatos de produção acadêmica sejam na gradua-</p><p>ção ou pós-graduação devem ser tratados com o rigor científico e a</p><p>metodologia adequada ao seu propósito, seguindo as normas esta-</p><p>belecidas para esta finalidade. Para seu conhecimento incluiremos</p><p>nessa unidade os diferentes tipos de produções acadêmicas, seus</p><p>diferenciais e características.</p><p>Antes de iniciarmos as apresentações das principais produções</p><p>acadêmicas cabe destacar que todo o material desenvolvido nessa</p><p>disciplina partiu da nossa crença de que tanto pessoal quanto pro-</p><p>fissionalmente serão importantes para você. As transformações so-</p><p>ciais decorrentes dos avanços tecnológicos já são objeto de estudo</p><p>e fortalecem a questão da especialização como um diferencial no</p><p>mercado de trabalho e as recentes mudanças provocadas a partir</p><p>da pandemia COVID 19 deixa uma série de incertezas que podem</p><p>se tornar hipóteses no campo da pesquisa. Aproveite este tempo na</p><p>disciplina para pensar nas oportunidades desse momento e como</p><p>poderá utiliza-la da melhor forma na escolha do seu tema.</p><p>MONOGRAFIA</p><p>É um trabalho sistemático e completo sobre um determinado as-</p><p>sunto, detalhado no tratamento, porém não extenso em termos de</p><p>alcance. Requer um estudo sobre</p><p>o tema específico com represen-</p><p>tatividade obedecendo a metodologia. É importante que a base de</p><p>escolha de uma unidade ou elemento social considere ser suficien-</p><p>temente representativo de uns todos cujas características se preten-</p><p>de analisar, e também ser possível reunir os elementos constitutivos</p><p>de um sistema social ou de refletir as incidências e fenômenos de</p><p>caráter autenticamente coletivo. (Marconi e Lakatos,2003)</p><p>A Leitura como Método de Estudo</p><p>21</p><p>Unidade 1</p><p>As principais características da monografia são:</p><p>• trabalho escrito, sistemático e completo;</p><p>• tema específico ou particular de uma ciência ou parte dela;</p><p>• estudo pormenorizado e exaustivo, abordando vários aspec-</p><p>tos e ângulos do caso;</p><p>• tratamento extenso em profundidade, mas não em alcance</p><p>(nesse caso, é limitado);</p><p>• metodologia específica;</p><p>• contribuição importante, original e pessoal para a ciência.</p><p>Estrutura da Monografia:</p><p>A estruturação da monografia tem aspectos similares a de outras</p><p>produções (introdução, desenvolvimento e conclusão) e alguns di-</p><p>ferenciais quanto ao material e enfoque dado. Considerando a se-</p><p>guintes estrutura:</p><p>a) Introdução. Formulação clara e simples do tema da investiga-</p><p>ção; é a apresentação sintética da questão, importância da metodo-</p><p>logia e rápida referência a trabalhos anteriores, realizados sobre o</p><p>mesmo assunto.</p><p>b) Desenvolvimento. Fundamentação lógica do trabalho de pes-</p><p>quisa, cuja finalidade é expor e demonstrar.</p><p>No desenvolvimento, podem-se levar em consideração três fases</p><p>ou estágios: explicação, discussão e demonstração.</p><p>• Explicação deve apresentar o sentido de uma noção, é analisar</p><p>e compreender, procurando suprimir o ambíguo ou obscuro.</p><p>• Discussão é o exame, a argumentação e a explicação da pes-</p><p>quisa: explica, discute, fundamenta e enuncia as proposições.</p><p>• Demonstração é a dedução lógica do trabalho; implica o exer-</p><p>cício do raciocínio. ‘Demonstra que as proposições, para atingirem</p><p>o objetivo formal do trabalho e não se afastarem do tema, devem</p><p>obedecer a uma sequência lógica.</p><p>c) Conclusão. Fase final do trabalho de pesquisa, mas não so-</p><p>mente um fim. Como a introdução e o desenvolvimento, possui uma</p><p>estrutura própria.</p><p>Metodologia Aplicada</p><p>22</p><p>Unidade 1</p><p>Importante destacar a escolha do tema, que poderá ser um as-</p><p>sunto ou problema de trabalho que foi conhecendo durante o cur-</p><p>so de graduação. Pode levar em consideração na escolha alguma</p><p>sugestão de um professor ou do orientador em função de interesse</p><p>recíproco. O importante é que essa escolha seja consciente, que o</p><p>nível de interesse leve à dedicação ao estudo e que agregue valor</p><p>ao meio científico acadêmico.</p><p>Pelo grau de complexidade envolvido na produção acadêmica em</p><p>termos de monografia, quando são desenvolvidas pelo estudante</p><p>universitário são consideradas estudos iniciais de pesquisa.</p><p>TESE</p><p>A tese é desenvolvida com a finalidade de proposição sobre de-</p><p>terminado aspecto de qualquer ciência e deve ser apresenta e de-</p><p>fendida publicamente. A proposta desse trabalho é solucionar um</p><p>problema utilizando da argumentação, evidências de fatos e o ob-</p><p>jetivo principal provar (ou não) as hipóteses preliminarmente apon-</p><p>tadas.</p><p>É um trabalho de alto nível de pesquisa que requer além da expo-</p><p>sição e explicação do material coletado, exige a análise e interpre-</p><p>tação dos dados. A profundidade necessária para levantar, colocar</p><p>e solucionar problemas, argumentando com base nas evidencias</p><p>dos fatos, para provar (falso ou verdadeiro) as hipóteses levantadas.</p><p>Cabe ressaltar que a originalidade e criação do conhecimento</p><p>nesse estudo é imprescindível para o caminhar da ciência e da pro-</p><p>dução do conhecimento do estudante. Deve seguir rigorosamente</p><p>os apontamentos teóricos e científicos para sua aprovação. Solidez</p><p>e argumentação são requisitos para a conclusão desse tipo de tra-</p><p>balho. Deve ser apresentado publicamente a comunidade acadêmi-</p><p>ca, passando pela aprovação de uma Banca Examinadora.</p><p>A Leitura como Método de Estudo</p><p>23</p><p>Unidade 1</p><p>DISSERTAÇÃO</p><p>A dissertação é um estudo teórico, reflexivo, ordenado e rigoroso</p><p>em relação às ideias sobre determinado tema; também pode aplicar</p><p>uma teoria para analisar um determinado problema. A dissertação</p><p>aborda ao tema com maior extensão e profundidade que uma mo-</p><p>nografia, assim como é decorrente de reflexão e rigor cientifico pró-</p><p>prios da tese.</p><p>A escolha do tema é o ponto de partida importante que direciona-</p><p>rá todo o percurso do estudo, portanto deve ser bem definido para</p><p>que possa ser aprofundado. Segundo Marconi e Lakatos (2003)</p><p>para selecionar o tema procure responder algumas questões rela-</p><p>cionadas ao tema como que conhecimento e/ou experiência você</p><p>tem; que documentação está disponível, quais as técnicas de ex-</p><p>perimentação podem ser utilizadas; o que já existe sobre o tema;</p><p>e se tem algum especialista no tema que possa te orientar. A partir</p><p>dessas primeiras respostas ainda será preciso delimitar o tema para</p><p>a formulação do problema específico.</p><p>Para ser validado e considerado adequado um problema precisa</p><p>ser analisada sob a ótica da sua viabilidade, relevância, novidade,</p><p>oportunidade e exequibilidade (poder de chegar a uma conclusão</p><p>válida), conforme Marconi e Lakatos (2003).</p><p>A redação da dissertação deve estar de acordo com o método</p><p>científico, e a estrutura deve seguir a de outros trabalhos científicos:</p><p>• Introdução: Apresenta a formulação do tema, delimitação no</p><p>tempo e no espaço, objeto, objetivos, justificativa metodologia e re-</p><p>ferência teórica;</p><p>• Desenvolvimento: Corpo da dissertação, incluindo a revisão</p><p>da literatura; formulação do problema, hipóteses e variáveis, pres-</p><p>supostos teóricos; descrição dos métodos e técnicas da pesquisa;</p><p>explicitação dos conceitos; análise e interpretação dos dados. A</p><p>disposição do corpo da dissertação faz-se em três estágios: expli-</p><p>cação, discussão e demonstração. O desenvolvimento é subdividi-</p><p>do em partes ou capítulos</p><p>Metodologia Aplicada</p><p>24</p><p>Unidade 1</p><p>• Conclusões: Os principais resultados obtidos, vinculados à</p><p>hipótese de investigação, cujo conteúdo foi comprovado ou refuta-</p><p>do.</p><p>ARTIGO CIENTÍFICO</p><p>O artigo científi co se diferencia dos demais trabalhos acadêmicos</p><p>pela característica de apresentar o resultado de estudo ou pesquisa</p><p>de reduzida dimensão e conteúdo. Normalmente são publicações</p><p>para periódicos ou revistas especializadas.</p><p>Em termos de estrutura são as mesmas dos demais artigos como:</p><p>introdução, desenvolvimento e conclusão. Normalmente a redação</p><p>do artigo levará em consideração as características e natureza da</p><p>revista e o público para a qual a produção será direcionada. A escri-</p><p>ta deve ser clara e concisa e deve ser adequado ao entendimento</p><p>sobre o tema e o seu propósito e com a seguinte estrutura, conforme</p><p>Marconi e Lakatos (2003) na Figura 03: Estrutura do Artigo Cientifi co.</p><p>Figura 3 - Estrutura do Artigo Científi co.</p><p>Fonte: Adaptado de Marconi, Lakatos (2003 p.259)</p><p>A Leitura como Método de Estudo</p><p>25</p><p>Unidade 1</p><p>ENSAIO TEÓRICO</p><p>O ensaio teórico é um estudo que exige o alto nível de intepreta-</p><p>ção e julgamento, além da exposição lógica e rigorosa do estudo.</p><p>Apesar de ter maior flexibilidade para o aparato documental e biblio-</p><p>gráfico que os modelos anteriores, deve manter o rigor na estrutura-</p><p>ção lógica e coerente da argumentação.</p><p>O ensaio acadêmico tem como característica a exposição das</p><p>ideias, reflexões, impressões e reflexões pessoais sobre um deter-</p><p>minado tema. A partir da opinião do autor e requer uma interpreta-</p><p>ção e análise mais aprofundada sobre o tema e segue a seguinte</p><p>estrutura:</p><p>• Título</p><p>• Autor e Afiliação</p><p>• Resumo</p><p>• Introdução: apresentando o tema, a ideia principal, a hipótese</p><p>e alguns dados que se quer provar e que será desenvolvida ao lon-</p><p>go do texto.</p><p>• Desenvolvimento: considera se o eixo central do ensaio e cor-</p><p>responde a maior parte do conteúdo, pois é ai que se expõe os ar-</p><p>gumentos,</p><p>dados conceitos e referências que sustentam a hipótese.</p><p>• Considerações finais: apresenta os resultados da pesquisa</p><p>sobre a hipótese, sobre a ótica do autor.</p><p>• Referências Bibliográficas: a fonte das informações que sus-</p><p>tentaram o desenvolvimento do texto.</p><p>Aparentemente é mais sintético, porém não menos aprofundado</p><p>que os demais artigos. A interpretação original que o autor faz do</p><p>assunto é que dará peso acadêmico ao tema/assunto tratado. Deve</p><p>se considerar o mesmo rigor com relação as normas da ABNT para</p><p>a produção científica.</p><p>Metodologia Aplicada</p><p>26</p><p>Unidade 1</p><p>PAINEL CIENTÍFICO</p><p>O painel científico (pôster ou banner) é uma modalidade de tra-</p><p>balho científico com o objetivo de apresentar os resultados de uma</p><p>pesquisa completa ou em andamento de forma objetiva e clara.</p><p>Essa modalidade de comunicação científica organizada através da</p><p>redação científica, dos recursos visuais e exposição oral.</p><p>O painel científico é um recurso que chama a atenção das pes-</p><p>soas na intenção de gerar interesse para entender a proposta apre-</p><p>sentada. Ao apresentar a proposta do estudo através do banner e</p><p>da explicação é possível avaliar o grau de aprofundamento ainda</p><p>necessário e eventuais contribuições daqueles que passam a co-</p><p>nhecer o projeto.</p><p>Muito utilizado em eventos acadêmicos e científicos com o propó-</p><p>sito de apresentar o trabalho a um público num local de exposição</p><p>onde normalmente as pessoas estão em movimento. A possibilida-</p><p>de da avaliação para um conteúdo ainda em andamento é um ponto</p><p>positivo da utilização do pôster, assim como a objetividade da apre-</p><p>sentação, utilizando gráficos, tabelas e outros recursos podem de-</p><p>monstrar se o entendimento dos resultados é o mesmo para aqueles</p><p>que apreciarem o trabalho através do pôster.</p><p>O pôster pode ser confeccionado conforme as normas da Asso-</p><p>ciação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT - NBR 15347 (2006)</p><p>para o Painel Científico no que se refere à formatação e estrutura es-</p><p>pecífica que deve ter, conforme figura 04: Estrutura do Painel Cien-</p><p>tífico (pôster ou banner).</p><p>A Leitura como Método de Estudo</p><p>27</p><p>Unidade 1</p><p>Figura 4 – Estrutura do Painel Científi co (pôster ou banner)</p><p>Fonte: Adaptado de ABNT- NBR 15347(2006)</p><p>A principal parte da estrutura é o resumo, pois deve apresentar de</p><p>forma concisa os elementos importantes do estudo. O resumo não</p><p>deve passar de 100 palavras e deve apresentar o objetivo, méto-</p><p>do, principais resultados e conclusões do estudo; e a apresentação</p><p>deve ser em frases e não em tópicos.</p><p>No caso das ilustrações conforme ABNT (NBR 12256) identifi ca-</p><p>-las pelo nome seguida de travessão e respectivo número de ordem</p><p>na apresentação. (Ilustrações: gráfi cos, esquemas, plantas, fotogra-</p><p>fi a, desenho, estampa, diagrama, fl uxo, organograma etc.).</p><p>Metodologia Aplicada</p><p>28</p><p>Unidade 1</p><p>TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO</p><p>Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é parte da grade curricu-</p><p>lar da maioria dos cursos de graduação e pode ser realizado indivi-</p><p>dualmente ou em grupo. A escolha do tema de estudo para o desen-</p><p>volvimento do TCC deve necessariamente levar em consideração</p><p>os conteúdos ministrados nas disciplinas, a vivência no campo do</p><p>estágio (caso ocorra) e a relevância para a área de formação.</p><p>O orientador designado para esse trabalho deve auxiliar na orga-</p><p>nização do projeto de pesquisa que poderá ser uma investigação</p><p>teórica, documental ou de campo; em alguns casos até mesmo arti-</p><p>culando essas perspectivas. O mais importante dessa orientação é</p><p>o direcionamento para consolidar o conhecimento científico na res-</p><p>pectiva área de formação.</p><p>A apresentação do TCC à uma Banca examinadora é um exercício</p><p>importante para a transição do até então estudante para o profissio-</p><p>nal que se apresentará ao mercado de trabalho. É a demonstração</p><p>da apropriação dos diversos conteúdos aprendidos ao longo da for-</p><p>mação num trabalho científico e na perspectiva da carreira profissio-</p><p>nal que se inicia.</p><p>Para a formatação e apresentação do TCC deixaremos como su-</p><p>porte o “Manual Prático de Produção do Trabalho de Conclusão de</p><p>Curso”, realizado pelas Profas. Marialda Almeida e Karen Ringis</p><p>para nossa Universidade, lá você encontrará o detalhamento das</p><p>três partes da estrutura pré-textuais, textuais e pós-textuais, confor-</p><p>me as normas da ABNT.</p><p>A Leitura como Método de Estudo</p><p>29</p><p>Unidade 1</p><p>Figura 5 - Estrutura do Trabalho de Conclusão de Curso TCC</p><p>Fonte: Adaptação de Manual Prático de TCC – M. Almeida e K. Ringis</p><p>Evidentemente que a parte sobre a leitura como método de estudo</p><p>que apresentamos no início dessa unidade é importante para a ela-</p><p>boração do TCC e a seguir apresentaremos outras considerações</p><p>para seu projeto de estudo.</p><p>Em termos de extensão a produção do TCC pode ter de 30 a 40</p><p>páginas/laudas, já considerando a formatação fi nal, conforme o Ma-</p><p>nual Prático do TCC que você poderá consultar nos textos comple-</p><p>mentares dessa unidade.</p><p>Figura 6 – Formação do Texto do TCC</p><p>Fonte: Adaptação de Manual Prático de TCC – M. Almeida e K. Ringis</p><p>Metodologia Aplicada</p><p>30</p><p>Unidade 1</p><p>Incoerente da nossa parte dizer que é um trabalho simples e fácil,</p><p>uma vez que até criamos disciplina e manual para ajuda-lo; porém é</p><p>inegável o fato de ser um trabalho que exige dedicação de tempo e</p><p>atenção para que seja um TCC memorável (em todos os sentidos) e</p><p>agregue valor à sua carreira profi ssional.</p><p>Figura 7 – Consulta sobre normas para Produções Acadêmicas – ABNT</p><p>Fonte: Autora</p><p>Como material complementar dessa primeira unidade deixamos</p><p>o Manual Prático do TCC que será muito útil; e aqui no box desta-</p><p>que incluímos um trecho interessante do livro Como escrever artigos</p><p>científi cos, Aquino (2019), pois ele parte dos erros mais frequentes</p><p>na produção dos artigos científi cos. Tenho que certeza que você vai</p><p>ler várias vezes essas duas recomendações, pois serão extrema-</p><p>mente úteis para você.</p><p>A Leitura como Método de Estudo</p><p>31</p><p>Unidade 1</p><p>Erros mais frequentes em produções científi cas</p><p>CAPA</p><p>1. Nome científi co (ausência, sem itálico ou sublinhado, repetição: itálico e sublinhado); 2.</p><p>Ponto após o título;</p><p>3. Chamada1 (sem sobrescrito);</p><p>4. Cidade sem Estado; 5. Parêntesis com espaço: e.g. (Café com leite);</p><p>6. Ano com ponto: 2.018;</p><p>7. Colaborador x Coautor: há autores em trabalhos que, na verdade, deveriam estar listados</p><p>em agradecimentos. O simples fato de ter emprestado uma calculadora não credencia um</p><p>colega a pegar um “gancho” de autor em seu trabalho.</p><p>TÍTULO</p><p>1. Nome científi co (ausência, sem itálico ou sublinhado, repetição: itálico e sublinhado); 2.</p><p>Ponto após o título;</p><p>3. Muito longo;</p><p>4. Informações de Material e Métodos (ver exemplo do Capítulo 5); 5. Presença de fórmulas</p><p>e símbolos;</p><p>6. Acentuação (ex.: orgânica; correto: orgânica);</p><p>7. Grafi a (ex.: componentes; correto: componentes);</p><p>8. “Entre aspas”.</p><p>RESUMO</p><p>1. Com muita informação;</p><p>2. Com frases longas;</p><p>3. Começando com Material e Métodos;</p><p>4. Começando com Objetivo;</p><p>5. Contendo citações bibliográfi cas.</p><p>Metodologia Aplicada</p><p>32</p><p>Unidade 1</p><p>ABSTRACT</p><p>1. Tradução via software de tradução em computador;</p><p>2. Conteúdo da tradução diferente do Resumo.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>1. Falta de objetividade;</p><p>2. Frase solta (parecendo um parágrafo);</p><p>3. Frases longas;</p><p>4. Sem conectividade (cada frase independente);</p><p>5. Muita citação de citação (apud).</p><p>OBJETIVO</p><p>1. Sem ser específi co e claro;</p><p>2. Quando envolve seres vivos, omissão do nome científi co;</p><p>3. Justifi car o objetivo com uma, duas ou três frases.</p><p>MATERIAL E MÉTODOS</p><p>1. Latitude e longitude do local da pesquisa em trabalho que não requer tal informação; 2.</p><p>Revisão de literatura;</p><p>3. Presença de Figuras e Tabelas;</p><p>4. Ausência de nome científi co (e, às vezes, de nome comum).</p><p>A Leitura como Método de Estudo</p><p>33</p><p>Unidade 1</p><p>RESULTADOS</p><p>1. Apresentados fora da ordem mostrada no objetivo ou na metodologia; 2. Figura e/ou</p><p>Tabelas apresentadas com fonte muito pequena;</p><p>3. Figura em 3D com</p><p>apenas 2 parâmetros;</p><p>4. Moldura na Figura;</p><p>5. Figura com legenda fora do lugar;</p><p>6. Ausência do nome científi co no título de Figura e Tabela;</p><p>7. Figuras e Tabelas incompletas;</p><p>8. Figura pequena no meio de uma página;</p><p>9. Vários gráfi cos em uma única página.</p><p>DISCUSSÃO</p><p>1. Sem segurança no que está argumentando;</p><p>2. Pequena (sem conteúdo).</p><p>CONCLUSÃO</p><p>1. Ausência de nome científi co (e, às vezes, de nome comum);</p><p>2. Apresentação em forma de parágrafos longos;</p><p>3. Distorcida do objetivo.</p><p>AGRADECIMENTOS</p><p>1. Ausência ou escrito com “prosa e poesia”;</p><p>2. Informação incompleta (comum agradecer a instituições com apenas a sigla).</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS</p><p>1. Número elevado de referências (especialmente home pages);</p><p>2. Ausência de referências recentes.</p><p>Fonte: Adaptação de Aquino (2019, p.107-108-110)</p><p>Metodologia Aplicada</p><p>34</p><p>Unidade 1</p><p>Assim que defi nir o tema do seu estudo e já sabendo as etapas</p><p>que deverá cumprir elabore um cronograma com as atividades pre-</p><p>vistas para cada etapa. É uma forma de acompanhar a evolução</p><p>das etapas, de reorganizar algo que não estiver caminhando con-</p><p>forme previsto; e ao mesmo tempo caso seja necessário incluir algo</p><p>que passou a ser importante.</p><p>Figura 8 - Exemplo de Cronograma para TCC</p><p>Fonte: Autora</p><p>A necessidade de especialização profi ssional, em todas as áreas</p><p>de trabalho, fez com que as produções acadêmicas fossem ainda</p><p>mais valorizadas. A produção científi ca seja na busca de melhores</p><p>formas para o trabalho, nas demandas por inovações ou por melho-</p><p>res condições de vida e bem-estar social, são fundamentais para o</p><p>desenvolvimento humano. Assim, a escolha do seu tema e estudo</p><p>deve ser feita com muito critério. O nosso propósito agora é dei-</p><p>xar informações iniciais que possam contribuir para sua caminhada</p><p>pessoal e profi ssional na organização e sistematização do TCC. Na</p><p>sequência nas demais unidades vamos apresentar outros temas de</p><p>suporte ao desenvolvimento da sua pesquisa e estudo. Até breve!</p><p>A Leitura como Método de Estudo</p><p>35</p><p>Unidade 1</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>Almeida,M. Ringi,Karen. Manual Prático de Produção do Trabalho</p><p>de Conclusão de Curso - USCS 2020.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12256:</p><p>informação e documentação: citações em documentos: apresenta-</p><p>ção. Rio de Janeiro, 2005.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15347:</p><p>informação e documentação: citações em documentos: apresenta-</p><p>ção. Rio de Janeiro, 2006.</p><p>APOLINÁRIO, Fábio. Metodologia Científica. São Paulo: Cengage</p><p>Learning Brasil, 2015. 9788522122424. Disponível em: https://inte-</p><p>grada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522122424/. Acesso</p><p>em: 03 fev. 2022.</p><p>AQUINO, Ítalo de S. Como escrever artigos científicos. 9. ed.</p><p>São Paulo: Editora Saraiva, 2019. 9788571440289. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440289/.</p><p>Acesso em: 05 fev. 2022.</p><p>BOSCO, MEDEIROS, J.; CAROLINA, TOMASI, Como escrever tex-</p><p>tos - Gêneros e Sequências Textuais. São Paulo: Grupo GEN, 2017.</p><p>9788597011135. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.</p><p>com.br/#/books/9788597011135/. Acesso em: 05 fev. 2022.</p><p>CARLOS, GIL, A. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 6. ed. Rio</p><p>de Janeiro: Grupo GEN, 2017. 9788597012934. Disponível em: ht-</p><p>tps://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597012934/.</p><p>Acesso em: 31 jan. 2022.</p><p>Metodologia Aplicada</p><p>36</p><p>Unidade 1</p><p>CASTRO, Nádia Studzinski Estima D.; BIZELLO, Aline; NUNES, Kari-</p><p>na da S.; CREMONESE, Lia E. Leitura e acadêmicas. Porto Alegre:</p><p>Grupo A, 2019. 9788533500228. Disponível em: https://integrada.</p><p>minhabiblioteca.com.br/#/books/9788533500228/. Acesso em: 01</p><p>fev. 2022.</p><p>CASTRO, Silvia Pereira D. Trabalho de conclusão de curso (TCC):</p><p>abordagem leve, divertida e prática. São Paulo: Editora Saraiva,</p><p>2019. 9788571440708. Disponível em: https://integrada.minhabiblio-</p><p>teca.com.br/#/books/9788571440708/. Acesso em: 03 fev. 2022.</p><p>LOZADA, Gisele; NUNES, Karina da S. Metodologia Científica. Por-</p><p>to Alegre: Grupo A, 2019. 9788595029576. Disponível em: https://</p><p>integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595029576/. Aces-</p><p>so em: 04 fev. 2022.</p><p>KOLLER, Sílvia H.; COUTO, Maria Clara de P.; HOHENDORFF, Jean</p><p>V. Manual de Produção Científica. Porto Alegre: Grupo A, 2014.</p><p>9788565848909. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.</p><p>com.br/#/books/9788565848909/. Acesso em: 31 jan. 2022.</p><p>LAKATOS, Maria E.; ANDRADE, MARCONI, Marina D. Metodologia</p><p>Científica. 7. ed. São Paulo: Grupo GEN, 2017. 9788597011845.</p><p>Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/</p><p>books/9788597011845/. Acesso em: 31 jan. 2022.</p><p>LAKATOS, Maria E.; ANDRADE, MARCONI, Marina D. Fundamen-</p><p>tos de métodos de estudo científico. 5. ed. São Paulo: Editora</p><p>Atlas S.A, 2003.</p><p>APOLINÁRIO, Fábio. Dicionário de metodologia científica: um</p><p>guia para a produção do conhecimento científico. 2. ed. São Paulo:</p><p>Grupo GEN, 2011. 9788522466153. Disponível em: https://integra-</p><p>da.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522466153/. Acesso em:</p><p>31 jan. 2022.</p><p>A Leitura como Método de Estudo</p><p>37</p><p>Unidade 1</p><p>TERRA, Ernani. Práticas de leitura e escrita. São Paulo: Editora</p><p>Saraiva, 2019. 9788571440074. Disponível em: https://integrada.mi-</p><p>nhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440074/. Acesso em: 01 fev.</p><p>2022.</p>