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<p>UNIDADE I</p><p>GUIA DE ESTUDO</p><p>Psicopedagogia Clínica e</p><p>Institucional</p><p>2</p><p>PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA</p><p>E INStItuCIONAL</p><p>uNIDADE 1</p><p>Para IníCIo de Conversa</p><p>Olá, Caro (a) aluno (a), fico feliz em estar com você nessa nova etapa de sua caminhada acadêmica.</p><p>Antes de discursarmos sobre a intervenção psicopedagógica clínica, você terá a necessidade de contex-</p><p>tualizar alguns aspectos e conceitos relevantes à temática.</p><p>Está preparado para essa troca de informações? Então, vamos lá.</p><p>orIentações da dIsCIPlIna</p><p>Pois bem, a Psicopedagogia é uma área do conhecimento que apesar de ainda não ser considerada uma</p><p>ciência específica, engloba outras áreas como psicologia, pedagogia, linguagem, psicanálise, dentre</p><p>outras, e que visa ter a compreensão do processo de aquisição e construção da aprendizagem humana, ou</p><p>seja, ela irá utilizar diversos conhecimentos e saberes na tentativa de compreender fatores que estejam</p><p>interferindo ou dificultando o processo de aprendizagem.</p><p>Fonte: http://sereduc.com/N9zk5t</p><p>Esta Ciência é a área do conhecimento que dialoga com diversas ciências como por exemplo, o campo da</p><p>educação e da saúde. Esta área apresenta enquanto foco, o objeto de estudo a aprendizagem humana e</p><p>analisa as possibilidades do sujeito-aprendiz, sua disponibilidade interna de saber, ser e de fazer, consi-</p><p>derando que esse saber é um fator inerente ao saber humano.</p><p>Palavras do Professor</p><p>Caro (a) estudante, você nesse momento deve estar se perguntando: Mas onde sur-</p><p>giu a psicopedagogia? Surgiu na Europa no século XIX, porém somente em 1970,</p><p>surgiram os primeiros cursos de especialização em psicopedagogia no Brasil. Nesse</p><p>momento, as especializações na área foram pensadas para complementar a formação</p><p>dos psicólogos e educadores que buscavam solucionar certos problemas.</p><p>Os cursos foram estruturados com base em conhecimentos científicos e dentro de um contexto histórico,</p><p>onde vários estudiosos e pesquisadores se debruçaram, sobre o problema do fracasso escolar, dificulda-</p><p>3</p><p>des de aprendizagem, problemas esses que se tornaram visíveis e incômodos diante de uma sociedade</p><p>que valoriza cada vez mais o conhecimento cientifico e exclui os analfabetos.</p><p>Diante dessas demandas apresentadas, a psicopedagogia foi sendo consolidada e se construindo assim</p><p>suas áreas de atuação e enfoques. Nas suas áreas de atuação, está a psicopedagogia clínica e a psicope-</p><p>dagogia institucional. Cada um desses espaços tem seu método específico de trabalho. Porém, em ambos,</p><p>deve-se considerar o contexto sociocultural o qual o sujeito está inserido.</p><p>http://rafaelcarvalho.tv/wp-content/uploads/2013/10/apresentando-um-projeto-proprio-no-trabalho.jpg</p><p>Embora não seja nosso foco no momento, mas para que você conheça a área de atuação da psicopeda-</p><p>gogia Institucional, faz- se necessário compreender que nessa área de atuação os sujeitos estão direta-</p><p>mente envolvidos com a instituição e sua complexa rede de relações. O profissional atua na construção de</p><p>conhecimento do sujeito que, neste caso, é a instituição, com sua filosofia, valores e ideologia.</p><p>Enquanto institucional, a psicopedagogia pode apresentar sua contribuição em empresas, hospitais e es-</p><p>colas, por exemplo. Aqui enfocaremos a instituição escolar. Na instituição escolar, o trabalho se desdobra</p><p>na esfera da socialização de conhecimentos disponíveis, no fomento do desenvolvimento cognitivo e na</p><p>elaboração de regras de conduta, num projeto social de maior amplitude.</p><p>PoIs entÃo, QUal serIa de fato a fUnçÃo do PsICoPedaGoGo?</p><p>Entre as funções primordiais do psicopedagogo estão: definir e caracterizar seu trabalho em todo seu</p><p>dinamismo priorizando todo o processo ensino-aprendizagem, no intuito de oferecer ao sujeito-aprendiz</p><p>que por diversas circunstâncias, não pode e/ou não consegue aprender de modo formal ou não. Vale a</p><p>pena salientar aqui que o psicopedagogo tem como possibilidade implementar seu trabalho por meio da</p><p>intervenção, ou seja, ultrapassar aos modelos formais, considerando toda a dinâmica da psicopedagogia.</p><p>http://www.skiportillo.com/assets/img/espanol/sala-juegos.jpg</p><p>4</p><p>Em outras palavras, o trabalho da psicopedagogia consiste em compreender a situação de aprendizagem</p><p>do sujeito-aprendiz, o que implica necessariamente numa modalidade especifica de processamento para</p><p>cada caso em especial no que se refere a forma de abordar, tratar e atuar. Assim, o trabalho adquire um</p><p>desenho clínico ou Institucional próprio e o psicopedagogo deve buscar o significado de informações que</p><p>lhe permitirá dar sentido ao sujeito observado, objetivando a aprendizagem do conteúdo.</p><p>aCesse o aMbIente vIrtUal</p><p>Para irmos adiante com nosso estudo, sugiro que você interrompa a leitura desse Guia</p><p>de Estudo, vá até a Biblioteca Virtual e busque pelo livro “Fundamentos da Psicope-</p><p>dagogia”, Patrícia Jeronimo Sobrinho. Leia a página 11 e 12, onde a autora faz uma</p><p>explanação acerca do conceito da psicopedagogia, bem como os princípios norteadores</p><p>da mesma.</p><p>leItUra CoMPleMentar</p><p>Caro Aluno (a), seria interessante também, a título de complementação, ler o artigo</p><p>da Associação Brasileira de Psicopedagogia, da autora Elizabete Marcondes de Melo,</p><p>publicado em 02 de junho, 2011, com o título: Intervenções Psicopedagógicas nas Dife-</p><p>rentes Organizações: Educação, saúde e /ou Trabalho, disponível no link.</p><p>PsICoPedaGoGIa ClInICa</p><p>No que concerne à intervenção da psicopedagogia clínica, a mesma tem como tarefa a investigação e a</p><p>intervenção para que compreenda o significado, a causa e a modalidade de aprendizagem do sujeito, com</p><p>o intuito de sanar suas dificuldades.</p><p>Acerca da Psicopedagogia clínica, a mesma busca abarcar de forma geral, integrada as atividades cogni-</p><p>tivas, emocionais, sociais, culturais, orgânicas e pedagógicas que influenciam no processo de aprendiza-</p><p>gem, no intuito de encontrar meios que recuperem a satisfação de aprender em plenitude, sem descon-</p><p>siderar a participação de todos os coadjuvantes envolvidos neste processo. Partindo do reconhecimento</p><p>deste sujeito aprendiz como um ser social, busca ainda a causa do que gerou as dificuldades de aprendi-</p><p>zagem com o objetivo maior de colaborar para edificação de um sujeito que possa viver em plenitude, sem</p><p>ser alienado ao mundo que o cerca, e, portanto, crítico, mas sobretudo um sujeito feliz.</p><p>Fonte: Adaptação do Próprio autor</p><p>http://www.abpp.com.br/intervencoes-psicopedagogicas-nas-diferentes-organiza%C3%A7%C3%B5es-educa%C3%A7%C3%A3o-saude-e-ou-trabalho</p><p>5</p><p>GUarde essa IdeIa!</p><p>É importante notar ainda que na clínica, o psicopedagogo atua como terapeuta, con-</p><p>comitante ou não a uma equipe multidisciplinar, desenvolvendo intervenções para a</p><p>superação de dificuldades de aprendizagem.</p><p>O principal objetivo da psicopedagogia clinica então, é a investigação da etiologia da dificuldade de</p><p>aprendizagem, ou seja, o que está causando ou interferindo na aprendizagem, bem como a compreensão</p><p>do seu processamento considerando todas as variáveis que intervém.</p><p>http://iesp-rn.com.br/img/fundopsico.jpg</p><p>Sendo assim, esta ciência, apresenta um papel fundamental na realização do diagnóstico na tentativa de</p><p>perceber a existência de fatores que dificultam o desenvolvimento da aprendizagem. Durante a primeira</p><p>etapa do trabalho psicopedagógico torna-se imprescindível buscar não apenas as fragilidades, dificul-</p><p>dades que o sujeito apresenta quando procura ou quando é encaminhado para o psicopedagogo, mas</p><p>sim, suas potencialidades e capacidades, facilitando na avaliação e criando desta forma um vínculo de</p><p>confiança, posteriormente com o sujeito.</p><p>voCê sabIa?</p><p>Você sabia que o diagnóstico tem enquanto especificidade investigar os aspectos que</p><p>diretamente ou indiretamente justificam o aparecimento da sintomatologia? Pois é, ela</p><p>procura ainda, compreender de forma global e integrada os processos cognitivos, emo-</p><p>cionais, sociais, culturais, orgânicos e pedagógicos, que interferem na aprendizagem,</p><p>a fim de possibilitar situações que resgatem o prazer de aprender em sua totalidade,</p><p>incluindo a promoção da integração</p><p>entre pais, professores, orientadores educacionais</p><p>e demais especialistas.</p><p>Caro (a) estudante, dentre os instrumentos de avaliação também podemos destacar: escrita livre e dirigi-</p><p>da, visando avaliar a grafia, ortografia e produção textual; leitura; provas de avaliação do nível de pensa-</p><p>mento e outras funções cognitivas; cálculos; jogos simbólicos e jogos com regras; desenho e análise do</p><p>grafismo.</p><p>???</p><p>6</p><p>InstrUMentos</p><p>Fonte: Adaptação do autor</p><p>fIQUe atento!</p><p>Fique atento pois cabe aqui dar a devida importância a avaliação psicopedagógica que</p><p>é um dos componentes críticos da intervenção, pois nela se fundamenta as decisões</p><p>voltadas à prevenção e solução das possíveis dificuldades dos alunos, promovendo me-</p><p>lhores condições para o seu desenvolvimento. A avaliação consiste num processo de</p><p>coleta e análise de informações relevantes acerca dos vários elementos que intervêm</p><p>no processo de ensino e aprendizagem.</p><p>A avaliação desta ciência deve ser um processo dinâmico, pois é ela que irá direcionar a intervenção do</p><p>profissional. Ela é a investigação do processo de aprendizagem do indivíduo visando entender a origem</p><p>da dificuldade e/ou distúrbio apresentado.</p><p>7</p><p>Fonte: http://sereduc.com/vr3Zmp</p><p>Nesta sistematização, incluímos também a entrevista inicial com os pais ou responsáveis, avaliação do</p><p>material escolar, aplicação de diversos modelos de atividades e utilização de testes para checagem do</p><p>nível do desenvolvimento, áreas de desempenho e dificuldades apresentadas. Agora cabe expor para você</p><p>leitor, as etapas importantes e necessária consideradas na avaliação diagnóstica.</p><p>Essas etapas contribuem para que a própria Avaliação seja um processo e que forneça dados para a futura</p><p>intervenção que deverá centrar-se intimamente com a (s) queixa (s), considerando sempre o significado, as</p><p>causas, as dificuldades da demanda apresentada, como já vimos anteriormente. As etapas, aqui citadas,</p><p>a seguir, serão: o motivo da consulta, a história vital, a hora do jogo, as provas de diagnóstico</p><p>operatório, as provas projetivas, e por fim, a análise do ambiente.</p><p>PratICando</p><p>Visando melhorar o seu entendimento acerca dos instrumentos de avaliação, podemos</p><p>citar como exemplo a escrita livre e dirigida, visando avaliar a grafia, ortografia e pro-</p><p>dução textual, leitura, provas de avaliação do nível de pensamento e outras funções</p><p>cognitivas; cálculos, jogos simbólicos e jogos com regras; desenho e análise do gra-</p><p>fismo. Depois de coletadas informações que considera importante para a avaliação, o</p><p>psicopedagogo irá intervir visando à solução de problemas de aprendizagem em seus</p><p>devidos espaços.</p><p>8</p><p>Fonte: http://sereduc.com/DT1qsL</p><p>aCesse o aMbIente vIrtUal</p><p>Para aprofundarmos nosso estudo, sugiro que você interrompa a leitura desse Guia</p><p>de Estudo, vá até a Biblioteca Virtual e busque pelo livro “Psicopedagogia Clinica e</p><p>Institucional/ Recursos Eletronicos /Cengarg Learning”. Leia a página, 11 a 19, onde</p><p>encontrará uma explanação sobre a atuação do psicopedagogo clinico, objetivos espe-</p><p>cíficos da psicopedagogia clínica e, o diagnóstico e a intervenção.</p><p>veja o vídeo!</p><p>Que tal você assistir ao vídeo “Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institu-</p><p>cional na UEM” apresenta uma entrevista com a professora de teoria e prática da</p><p>educação da UEM – Janira Ciqueira Camargo, que aborda a definição objeto de estudo</p><p>e exemplifica a área de atuação da psicopedagogia. O vídeo tem uma duração de 19</p><p>minutos e 8 segundos. Eu espero que goste, pois será um bom material auxiliar para o</p><p>seu entendimento.</p><p>afetIvIdade e IntervençÃo PsICoPedaGÓGICa</p><p>Continuando nosso raciocínio, vimos no nosso estudo anterior que a Psicopedagogia procura compreender</p><p>o sujeito de forma global e integrada. Como podemos falar em sujeito integral sem falar nos afetos que o</p><p>regem? É sobre isso que vamos estudar agora.</p><p>Falar sobre afetividade no processo de ensino-aprendizagem tem como meta trazer uma reflexão sobre a</p><p>importância desta intrínseca relação para que você se aproprie da necessidade de enfatizá-la nos eixos</p><p>que formam este processo, observando a necessidade de aprofundar e repensar as discussões que enfo-</p><p>cam essa relação e suas dificuldades.</p><p>Sabendo que a psicopedagogia tem como foco o sujeito-aprendiz, ou seja, a soma do sujeito do pensa-</p><p>mento visto na epistemologia somado ao sujeito do desejo visto pela psicanálise, uma coisa é certa, não</p><p>existe uma aquisição de conhecimentos estritamente intelectual.</p><p>Palavras do Professor</p><p>Caro (a) aluno (a), ao mencionarmos a palavra afeto, o que vem a sua mente? Como</p><p>você poderia defini-lo? Aqui nos referimos a “afeto”, enquanto sentimentos, interes-</p><p>ses, desejos, valores e emoções. Estes pilares estruturam a formação da personalidade</p><p>que, quando bem organizada do ponto de vista afetivo, auxilia no desenvolvimento da</p><p>aprendizagem, ou seja, emoções positivas estimulam e potencializam o aprendizado.</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=-n4Q4BPYY8k</p><p>9</p><p>Você se sente afetado pela relação que nós estamos desenvolvendo neste curso? Você já observou seus</p><p>afetos ao recordar seu primeiro e último dia na sua primeira escola?</p><p>http://blog.portalpositivo.com.br/informativospe/files/2014/12/imagem-11.jpg</p><p>dICa</p><p>É importante notar ainda que as primeiras experiências de ensino-aprendizagem</p><p>ocorrem no convívio da criança com sua família. A família enquanto primeiro meio</p><p>de socialização ao qual somos inseridos nos propicia, por meio desta convivência o</p><p>contato com o mundo externo, com a linguagem e com seus valores. Além disto, o</p><p>afeto familiar promove o desenvolvimento da autoestima, sentimento que possui uma</p><p>relação direta com a motivação e o interesse em aprender. Sendo assim, a família</p><p>representa um papel fundamental na inserção da criança no meio escolar.</p><p>Fonte: http://sereduc.com/iTezkj</p><p>Já no ambiente escolar, para que o sujeito-aprendiz tenha o desenvolvimento adequado, é necessário</p><p>também o estabelecimento de relações interpessoais positivas, aceitação, estímulo e apoio. Assim, a</p><p>afetividade constitui-se como facilitadora no processo de ensino-aprendizagem, onde o sujeito-aprendiz</p><p>passa a ser alvo da empatia do professor, que utiliza os recursos mais adequados e, ao mesmo tempo,</p><p>estimulantes, facilitando a troca de conhecimentos.</p><p>CoMo se dÁ o trabalHo do PsICoPedaGoGo?</p><p>O afeto interfere de forma positiva ou negativa no desenvolvimento do aluno-aprendiz e o apoio de um</p><p>profissional qualificado ajuda na identificação destas interferências e, como resultado, na evolução da</p><p>sua aprendizagem e do desenvolvimento escolar. Diante disso a intervenção psicopedagógica visa entre</p><p>outras coisas levar as escolas a repensarem o privilégio dado ao aspecto cognitivo em detrimento do</p><p>10</p><p>aspecto afetivo, bem como entender porque muitos professores ainda resistem ou desconhecem a impor-</p><p>tância de se trabalhar a afetividade como elo de desenvolvimento e construção do processo de ensinar e</p><p>aprender.</p><p>Cabendo ao psicopedagogo juntamente com toda equipe buscar refletir a importância das relações afeti-</p><p>vas desvendando as dificuldades inerentes ao processo de aprendizagem, sabendo que afeto e cognição</p><p>constituem aspectos inseparáveis, presentes em quaisquer atividades, embora em proporções variáveis.</p><p>Sobretudo, o psicopedagogo indica a necessidade das instituições desempenharem trabalhos que levem</p><p>em conta a afetividade como direção necessária a trilhar, enfatizando a importância deste aspecto a todos</p><p>os componentes desse grande guarda-chuva que é a escola, visando despertar o respeito as diferenças</p><p>e elegendo esse lugar que é a escola, não apenas no espaço de aquisição ou repasse de conhecimento,</p><p>mas um algo que transcende contribuindo para o desenvolvimento do ser humano como um ser global e</p><p>integrado.</p><p>leItUra CoMPleMentar</p><p>Caro (a) estudante, para uma melhor compreensão do conteúdo e irmos aprofundando</p><p>nosso estudo, sugiro que você interrompa a leitura desse Guia de Estudo, e acesse</p><p>este link, que se intitula: Afetividade, reconhecimento e o trabalho dos professores,</p><p>da autora: Ana Cristina Lass Stankievicz,este artigo de 2009 discute a afetividade no</p><p>trabalho do professor, analisando como a relação professor-aluno está perpassada por</p><p>questões psicológicas e éticas.</p><p>Gostou da leitura? Que bom, vamos então continuar com nosso conteúdo.</p><p>Hoje, com o aprofundamento do saber sobre o desenvolvimento dos aspectos cognitivos do ser humano</p><p>e com os estudos de neurociências, as estratégias de ensino-aprendizagem devem priorizar o desejo de</p><p>conhecer, buscar e trocar aprendizados. E nunca é demais enfatizar que esse desejo deve estar na cogni-</p><p>ção e não fora dela.</p><p>http://arquivos.tribunadonorte.com.br/fotos/113560.jpg</p><p>Assim, desde os tempos antigos, filósofos e pensadores supunham uma separação entre razão e emoção,</p><p>por influência destes pensamentos dicotómicos temos hoje uma educação moderna em crise, porque</p><p>http://www.grupouninter.com.br/intersaberes/index.php/revista/article/viewFile/180/144</p><p>11</p><p>separa o pensador do conhecimento e ou separa o sujeito do objeto.</p><p>As escolas deveriam entender os participantes como sujeitos de pensamentos e afetos muito mais do</p><p>que de conteúdos e técnicas educativas. Portanto, a qualidade do diálogo afetivo que se estabelece entre</p><p>educador e aluno-aprendiz, cria vínculos, Tais vínculos, influenciam o sucesso ou fracasso escolar de uma</p><p>criança.</p><p>Caro (a) estudante, ter afeto no ambiente escolar é olhar para cada aluno como único, é reconhecê-lo</p><p>como sujeito autônomo, com uma experiência de vida diferente da sua, com direito a ter interesses e</p><p>motivações nem sempre iguais aos seus, é vê-lo como um eterno aprendiz.</p><p>Palavras do Professor</p><p>Cabe aos pais e aos professores contribuírem com afetividade no desenvolvimento</p><p>do aluno aprendiz, onde sejam trabalhadas as emoções de forma prazerosa, pois o</p><p>resultado do trabalho com essas emoções pode resultar em aprendizagens significati-</p><p>vas, seja ela em casa ou na escola. É preciso que os pais se impliquem nos processos</p><p>educativos dos filhos no sentido de sensibilizá-los afetivamente para o aprendizado, é</p><p>preciso entender que o aprender é um processo contínuo e não cessa quando a criança</p><p>está em casa.</p><p>Fonte: http://sereduc.com/wh6iLt</p><p>Caro (a) estudante, ao se refletir sobre o papel da afetividade na aprendizagem, verifica-se que o educador</p><p>proporcione um clima de harmonia e segurança, estimulando seus alunos-aprendizes a pensarem, criarem</p><p>e se relacionarem de forma gratificante e transformando o espaço escolar em algo atrativo e interessan-</p><p>te, bem como relacione o conteúdo com aquilo que o aluno-aprendiz já sabe, dando-lhe a capacidade de</p><p>ampliar a construção do seu conhecimento e fazer conexões entre os saberes.</p><p>Enfim, acredita-se que o conhecimento dos sentimentos e das emoções requer ações cognitivas, da mes-</p><p>ma forma que tais ações cognitivas pressupõem a presença de aspectos afetivos. É nesta interrelação</p><p>que o ser humano nasce essencialmente sujeito, motivando-se, como já dissemos anteriormente para a</p><p>plenitude, criticidade e felicidade.</p><p>O estudo da afetividade, bem como dos processos cognitivos, que outrora era abordado principalmente</p><p>pela filosofia e pela psicologia, através dos poucos trabalhos realizados, e que ainda apresentam lacunas</p><p>12</p><p>nas pesquisas realizadas nos últimos anos tem evoluído bastante. Então, a própria ciência tem nos mos-</p><p>trado que não podemos continuar compreendendo o ser humano de uma forma tão fragmentada, dividido</p><p>entre a emoção e a razão. Surge a necessidade de considerar de forma integrada o desenvolvimento da</p><p>afetividade com os demais âmbitos da natureza humana e em especial com o cognitivo. Essa tendência</p><p>de integração é particularmente o grande desafio contemporâneo.</p><p>Palavras do Professor</p><p>Então, nosso estudo conclui-se que a relação entre inteligência e afetividade, razão</p><p>e emoção tem um papel imprescindível nesse processo de desenvolvimento do aluno</p><p>aprendiz, no entanto, o meio deve proporcionar relações de afetividade entre pais e</p><p>filhos, professores e alunos, cidadãos e a comunidade.</p><p>Fonte: http://sereduc.com/GL4qV1</p><p>Por fim, a abordagem afetiva da dimensão humana que quisemos discutir com você, serve para pensarmos</p><p>a organização dos saberes e construirmos uma prática que saiba lidar com esta complexidade da mesma</p><p>forma, precisamos direcionar a formação dos educadores à partir desse caminho complexo.</p><p>veja o vídeo!</p><p>Para encerrar, gostaríamos que você assistisse a este vídeo intitulado:“Sem afetivi-</p><p>dade não há aprendizagem ” da Psicóloga Clínica Marilú Montenegro, que aborda as</p><p>questões relativas a relação intrínseca entre afetividade e ensino-aprendizagem atra-</p><p>vés de slides, com duração de 2 minutos e 20 segundos.</p><p>Espero que tenha gostado de nosso primeiro contato, em breve a segunda unidade virá com mais informa-</p><p>ções para seu crescimento acadêmico.</p><p>Até a próxima!</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=AOTTh-X2JwI&feature=youtu.be</p>