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<p>Avaliação, Intervenção e</p><p>Reabilitação Neuropsicológica</p><p>com Crianças e Adolescentes</p><p>P Ó S - G R A D U A Ç Ã O</p><p>Autoria</p><p>JÉSSICA DE ASSIS SILVA</p><p>Oi! É um prazer saber que embarcaremos juntos</p><p>nesta jornada que se inicia agora! Eu sou doutora em</p><p>Psicologia pelo Departamento de Psicologia Clínica</p><p>do Instituto de Psicologia da Universidade de São</p><p>Paulo (USP), mestre em Psicologia pela Universidade</p><p>Federal de São Carlos (UFSCar/2014), Especialista em</p><p>Terapia Comportamental e Cognitiva pela USP (2016),</p><p>graduada em Psicologia pela Universidade Federal do</p><p>Pará (UFPA/2011). Tem experiência nos seguintes</p><p>temas: análise comportamental, terapia analítico-</p><p>comportamental subjetividade, Saúde do</p><p>Trabalhador, validação e análise de instrumentos,</p><p>prevenção a violência contra a criança e adesão ao</p><p>tratamento. Docente no Departamento de Psicologia</p><p>da Universidade de Taubaté. Estou muito feliz por</p><p>poder contribuir com a sua capacitação. Espero que</p><p>a experiência desta disciplina também seja boa para</p><p>você! Vamos lá?</p><p>Introdução</p><p>Você sabia que a área da neuropsicologia</p><p>especialmente no âmbito da avaliação, intervenção e</p><p>reabilitação neuropsicológica de crianças e</p><p>adolescentes é possível que conheçamos a</p><p>deficiência intelectual existente na infância.</p><p>Possibilitando compreender a dislexia, assim como as</p><p>dificuldades de aprendizagem que as crianças</p><p>possuem. Desse modo, é possível ainda que</p><p>conheçamos o transtorno de déficit de atenção e</p><p>hiperatividade, seja este na infância ou na</p><p>adolescência. Essa área nos permite ainda formar</p><p>conhecimento quanto ao comportamento antissocial</p><p>precoce e transtorno do espectro autista. Entendeu?</p><p>Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar</p><p>neste universo!</p><p>Competências</p><p>Olá. Seja muito bem-vindo à disciplina AVALIAÇÃO,</p><p>INTERVENÇÃO E REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA COM</p><p>CRIANÇAS E ADOLESCENTES. Nosso objetivo é auxiliar</p><p>você no desenvolvimento das seguintes competências</p><p>profissionais até o término dos estudos desta disciplina:</p><p>CAPÍTULO 1 - Compreender a deficiência intelectual na</p><p>infância, desde a avaliação à reabilitação</p><p>neuropsicológica; entender a dislexia infantil,</p><p>abrangendo o processo de reabilitação; identificar as</p><p>dificuldades de aprendizagem em crianças, incluindo as</p><p>estratégias de intervenção.</p><p>CAPÍTULO 2 - Identificar o TDAH na infância, avaliação e</p><p>reabilitação neuropsicológica; aplicar o treinamento</p><p>cognitivo em crianças com dificuldades de</p><p>aprendizagem, de atenção e hiperatividade (TDAH).</p><p>CAPÍTULO 3 - Entender como funciona a reabilitação das</p><p>funções executivas em adolescentes com transtorno de</p><p>déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>COMPETÊNCIAS</p><p>1.1 DEFINIÇÃO DA ABA</p><p>1.2 DIMENSÕES DA ABA</p><p>1.2.1 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO</p><p>1.2.2 INTERVENÇÃO COMPORTAMENTAL</p><p>1.2.3 AVALIAÇÃO DE RESULTADOS</p><p>1.3 PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS DA ABA</p><p>CAPÍTULO 2: VALIDADE DA INTERVENÇÃO E</p><p>PRINCÍPIOS ÉTICOS</p><p>2.1 VALIDADE DA INTERVENÇÃO</p><p>2.1.1 VALIDAÇÃO SOCIAL</p><p>2.2 PRINCÍPIOS ÉTICOS</p><p>CAPÍTULO 3: REFLEXO INATO E APRENDIDO, REFORÇO</p><p>E ANÁLISE FUNCIONAL</p><p>3.1 REFLEXO INATO E APRENDIDO DO</p><p>COMPORTAMENTO</p><p>3.2 REFORÇO DO COMPORTAMENTO</p><p>Competências</p><p>CAPÍTULO 4 - Compreender como ocorre a avaliação e</p><p>reabilitação neuropsicológia de adolescentes com</p><p>Comportamento Antissocial Precoce e Transtorno do</p><p>Espectro Autista.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>COMPETÊNCIAS</p><p>1.1 DEFINIÇÃO DA ABA</p><p>1.2 DIMENSÕES DA ABA</p><p>1.2.1 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO</p><p>1.2.2 INTERVENÇÃO COMPORTAMENTAL</p><p>1.2.3 AVALIAÇÃO DE RESULTADOS</p><p>1.3 PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS DA ABA</p><p>CAPÍTULO 2: VALIDADE DA INTERVENÇÃO E</p><p>PRINCÍPIOS ÉTICOS</p><p>2.1 VALIDADE DA INTERVENÇÃO</p><p>2.1.1 VALIDAÇÃO SOCIAL</p><p>2.2 PRINCÍPIOS ÉTICOS</p><p>CAPÍTULO 3: REFLEXO INATO E APRENDIDO, REFORÇO</p><p>E ANÁLISE FUNCIONAL</p><p>3.1 REFLEXO INATO E APRENDIDO DO</p><p>COMPORTAMENTO</p><p>3.2 REFORÇO DO COMPORTAMENTO</p><p>Sumário</p><p>CAPÍTULO 1</p><p>Deficiência intelectual, dislexia infantil e</p><p>dificuldade de aprendizagem na criança</p><p>1.1 Deficiência intelectual</p><p>1.2 Dislexia infantil</p><p>1.3 Dificuldades de aprendizagem em crianças</p><p>1.3.1 Distintos estilos de aprendizagem</p><p>1.3.2 Aprendizagem ativa e passiva</p><p>CAPÍTULO 2</p><p>Transtorno de déficit de atenção e</p><p>hiperatividade na infância e treino cognitivo</p><p>2.1 Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade</p><p>na infância</p><p>2.1.1 Sintomas identificados na classe predominantemente</p><p>desatento por pelo menos seis meses</p><p>2.1.2 Sintomas identificados na classe predominantemente</p><p>hiperativo-impulsivo por pelo menos seis meses</p><p>2.1.3 Sintomas identificados na classe de associação da</p><p>desatenção e hiperatividade/impulsividade</p><p>2.2 Treinamento Cognitivo em Transtorno de Déficit de</p><p>Atenção e Hiperatividade</p><p>Sumário</p><p>CAPÍTULO 3</p><p>Transtorno de Déficit de Atenção e</p><p>Hiperatividade na Adolescência</p><p>3.1 Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade</p><p>na Adolescência</p><p>3.1.1 Desatenção</p><p>3.1.2 Hiperatividade</p><p>3.1.3 Impulsividade</p><p>3.1.4 Avaliação diagnóstica</p><p>3.2 Reabilitação das funções executivas de adolescentes</p><p>com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade</p><p>CAPÍTULO 4</p><p>Comportamento Antissocial Precoce e</p><p>Transtorno do Espectro Autista</p><p>Referências</p><p>4.1 Comportamento Antissocial Precoce</p><p>4.2 Transtorno do Espectro Autista</p><p>Deficiência intelectual, dislexia</p><p>infantil e dificuldade de</p><p>aprendizagem na criança</p><p>C A P Í T U L O 1</p><p>OBJETIVO: Ao término deste capítulo você será capaz de entender como</p><p>funciona a compreensão da deficiência intelectual, dislexia infantil e as</p><p>dificuldades do processo de aprendizagem da criança. Isto será</p><p>fundamental para o exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram</p><p>avaliar, entender e identificar essas desordens sem a devida instrução</p><p>tiveram problemas ao aplicar técnicas de reabilitação e estratégias de</p><p>intervenção. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então</p><p>vamos lá. Avante!</p><p>1.1 Deficiência intelectual</p><p>A deficiência intelectual pode ser apontada como um transtorno</p><p>neuropsiquiátrico frequentemente diagnosticado em crianças e</p><p>adolescentes. Ao longo dos anos a definição de deficiência intelectual foi</p><p>alterada diversas vezes com vários conceitos e terminologias, como: retardo</p><p>mental, oligofrenia e deficiência mental (DUARTE, 2018).</p><p>Esta define-se como a deficiência do desenvolvimento mental, de ordem</p><p>congênita ou adquirida precocemente, que inclui personalidade,</p><p>comprometendo, principalmente, o comportamento intelectual do sujeito</p><p>(DUARTE, 2018).</p><p>DEFINIÇÃO</p><p>A oligofrenia corresponde a ao quadro clínico que implica na</p><p>deficiência do desenvolvimento mental, sendo esta congênita ou</p><p>adquirida precocemente, que inclui toda a personalidade,</p><p>compromete especialmente o comportamento intelectual. É uma</p><p>patologia que pode ser de origem hereditária, ou adquirida,</p><p>afetando o sistema nervoso.</p><p>A qual pode ainda ser definida como interrompimento do</p><p>desenvolvimento mental ou ainda incompleto, sendo descrito a partir do</p><p>comprometimento de habilidades expressas no período de</p><p>desenvolvimento, o que favorece o estado geral de inteligência, ou seja,</p><p>inteligência cognitiva, motora, de linguagem, além das habilidades sociais</p><p>(KE; LIU, 2015).</p><p>A deficiência afeta os indivíduos antes dos 18 anos de idade. Normalmente,</p><p>a Deficiência Intelectual é aplicada aos mesmo sujeitos que foram</p><p>diagnosticadas com retardo mental em algum tipo, grau, classe, período</p><p>de duração e precisão de serviço e apoio de outros. Toda pessoa que é ou</p><p>foi elegível para um diagnóstico de retardo mental é eletiva ao diagnóstico</p><p>de Deficiência Intelectual (KE; LIU, 2015).</p><p>A deficiência intelectual apresenta um grupo complexo de quadros</p><p>clínicos desenvolvidos a partir de distintas origens e se determina a partir</p><p>do desenvolvimento intelectual de maneira insuficiente (DUARTE, 2018).</p><p>A deficiência intelectual (DI) é conceituada em conformidade ao retardo</p><p>mental de acordo com o Código Internacional De Doenças (CID-10), este</p><p>faz uso da pontuação do QI (quociente de inteligência), como um meio de</p><p>relevância para sua definição, a partir do seguinte sistema de</p><p>classificação:</p><p>influências genéticas mais corriqueiras como sintomas como:</p><p>• Desatenção, associado à dislexia.</p><p>• Hiperatividade, associadas ao transtorno desafiador e de oposição.</p><p>• TDAH, associado ao espectro autista.</p><p>Os aspectos de risco ambientais, apresentam-se como intenso agravante</p><p>dessas circunstâncias, como o consumo de álcool, cigarro e outras drogas,</p><p>principalmente em períodos como:</p><p>• Gestação.</p><p>• Baixo peso ao nascer.</p><p>• Sofrimento fetal.</p><p>• Depressão maternal.</p><p>• Exposição a chumbo.</p><p>• Práticas parentais ruins.</p><p>• Vivência em comunidades menos favorecidas.</p><p>Ao apresentar as mesmas influências genéticas, em média 50% dos casos</p><p>diagnosticados do TDAH dispõe, ainda, de transtornos psiquiátricos e de</p><p>desenvolvimento, em maior a comportamentos como:</p><p>• Agressividade.</p><p>• Ansiedade.</p><p>• Deficiências de aprendizagem.</p><p>• Deficiências na linguagem.</p><p>• Dificuldades atreladas ao sono</p><p>• Enurese.</p><p>• Apneia do sono.</p><p>• Oposição.</p><p>• Baixa autoestima.</p><p>• Problemas motores.</p><p>• Transtornos de tiques.</p><p>E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora,</p><p>só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de</p><p>estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter</p><p>aprendido que a avaliação psíquica e a definição do diagnóstico do</p><p>Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade agregam um processo</p><p>minucioso de elevada complexidade, e, a avaliação de suspeitas de TDAH</p><p>deve ser desenvolvida de modo cauteloso, sendo preciso que ocorra</p><p>popularização de dados acerca deste, embora estas nem sempre sejam</p><p>claras para a sociedade como um todo. Deve ter compreendido que em</p><p>algumas circunstâncias, mesmo que o profissional possua competência e</p><p>habilidades esperadas, a determinação do diagnóstico para o TDAH é</p><p>possuidor de armadilhas, visto que se distingue de diagnósticos mais</p><p>exatos, assim, é essencial que os profissionais possuam conhecimento</p><p>clínico quanto a psicopatologia e que empreguem no seu dia a dia</p><p>recursos como escalas de testes neuropsicológicos e psicológicos, assim</p><p>como de demais profissionais para ajudá-lo nesse processo. Deve ter</p><p>aprendido que os sintomas do TDAH seguem um padrão constante, sendo</p><p>mais regulares e intensos do que manifestações parecidas identificadas</p><p>em sujeitos da mesma idade e grau de desenvolvimento. Deve ter</p><p>compreendido que a desatenção causa dificuldade em preservar o foco</p><p>em apenas uma tarefa por um período de tempo considerado mais longo;</p><p>a hiperatividade pode ser compreendida como a inquietação motora e</p><p>até agressiva dando a impressão de estar sempre ligado à tomada, visto</p><p>que encontra-se quase sempre em atividade; e, a impulsividade é uma</p><p>aspecto relevante no cenário do TDAH, visto que pode desenvolver</p><p>impacto significativo na interação social do sujeito, bem como ações que</p><p>desencadeiam risco físico verdadeiro. Deve ter aprendido que os</p><p>indicativos de comprometimento das funções executivas envolvem</p><p>principalmente o desempenho escolar, além de danos na memória de</p><p>trabalho, e, constantemente, podem comprometer a compreensão na</p><p>leitura, e habilidades de reconhecimento de palavras.</p><p>RESUMO DO CAPÍTULO</p><p>Comportamento Antissocial</p><p>Precoce e Transtorno do</p><p>Espectro Autista</p><p>C A P Í T U L O 4</p><p>OBJETIVO: Ao término deste capítulo você será capaz de entender como</p><p>funciona a avaliação e reabilitação neuropsicológica de Comportamento</p><p>Antissocial Precoce e Transtorno do Espectro Autista. Isto será fundamental</p><p>para o exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram avaliar</p><p>adolescentes com esses transtornos sem a devida instrução tiveram</p><p>problemas ao desenvolver técnicas de reabilitação. E então? Motivado para</p><p>desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!</p><p>4.1 Comportamento Antissocial Precoce</p><p>A conceituação de comportamento antissocial é muito amplo e remete</p><p>para uma realidade de caráter multidimensional, multideterminada e com</p><p>distintas manifestações. Desse modo, tal comportamento pode ser</p><p>determinado como um padrão estável de desrespeito do direito do outro ou</p><p>ainda pela violação de determinações sociais existentes em uma dada</p><p>sociedade (HENRIQUES, 2014).</p><p>O comportamento antisocial de crianças e adolescentes tem se atrelado a</p><p>aspectos constitucionais e mentais. De modo histórico, a definição de</p><p>quadros clínicos atrelados à saúde mental podem ser identificados quanto</p><p>ao desenvolvimento comportamental antissocial. Ao identificar a ampla</p><p>constância de problemas familiares e sociais no percurso de vida dos</p><p>delinquentes juvenis, constitui-se, portanto, a ideia de que a reação aos</p><p>problemas identificados no âmbito familiar e na sociedade (BORDI; OFFORD,</p><p>2000).</p><p>O comportamento antissocial é considerado como heterogêneo seja pelos</p><p>indícios ou etiologia biológica e histórica e, assim, deve-se investigar</p><p>diversas atribuições para tal. Os significados atrelados ao comportamento</p><p>antissocial são complexos, desse modo, as informações se distinguem dos</p><p>instrumentos de definição conforme a normalidade usada para identificar e</p><p>O comportamento antissocial é considerado como heterogêneo seja</p><p>pelos indícios ou etiologia biológica e histórica e, assim, deve-se investigar</p><p>diversas atribuições para tal. Os significados atrelados ao comportamento</p><p>antissocial são complexos, desse modo, as informações se distinguem dos</p><p>instrumentos de definição conforme a normalidade usada para identificar</p><p>e categorizar jovens com comportamento antissocial (HENRIQUES, 2014).</p><p>O termo antissocial possui significado de comportamentos que infringem</p><p>regras comunitárias relacionados acerca da vida e da propriedade alheia.</p><p>Assim, ato crônico e agressivo, desonestidade, destruição de propriedade</p><p>e roubo são aspectos denominados de antissociais. Contudo, poucos</p><p>adolescentes possuem todos esses comportamentos, assim como,</p><p>podem apresentar distintos aspectos podendo causar incêndio ou ainda</p><p>um roubo (HENRIQUES, 2014).</p><p>O antissocial diz respeito a comportamentos que quebram regras sociais,</p><p>ou que desenvolve uma ação contra outro sujeito, como algo agressivo ou</p><p>infrator, falta escolar, vandalismo, fugas de casa, mentiras, piromania,</p><p>dentre outros fatores com intensa constância e intensidade, ou ainda,</p><p>amplitude (HENRIQUES, 2014).</p><p>Tal padrão de comportamento é considerado como um transtorno de</p><p>conduta, determinado como um padrão de repetição e persistência do</p><p>comportamento e que são violados direitos essenciais do outro ou vias</p><p>com regras sociais relevantes e adequadas para a idade do sujeito. Esses</p><p>comportamentos incluem:</p><p>• Conduta agressiva que desenvolve ou ameaça danos físicos a outro</p><p>homem, ou animal, e que implica em perdas e/ou impactos nas</p><p>propriedades.</p><p>• Furto, fraude ou intensas violações de regras.</p><p>Para determinação do quadro antissocial é preciso que sejam elencados</p><p>no mínimo três desses aspectos no período de 12 meses, em ao menos um</p><p>deve ser identificado no período de 6 meses anteriores (HENRIQUES, 2014).</p><p>O comportamento agressivo pode ser desenvolvido com um traço estável</p><p>de acordo com o modo como tais indivíduos agem em contextos sociais.</p><p>O comportamento antissocial pode ser influenciado por aspectos como:</p><p>• História da infância.</p><p>• Papel das categorias sociais.</p><p>• Papel do temperamento no comportamento associal.</p><p>• Papel da cultura.</p><p>• A história da infância pode ser segregada em quatro tipos de histórias</p><p>passíveis:</p><p>• Hostilidade relativa em relação à sociedade.</p><p>• Membros de grupos antissociais.</p><p>• Socializado por familiares ou colegas de trabalho sendo ilícito agredir</p><p>quem lhes explorou.</p><p>• Experimentos quando um tipo de prazer hedônico após o</p><p>acometimento de ato associal (raro).</p><p>O papel das categorias sociais diz respeito às categorias sociais que o</p><p>sujeito se acha pertencente, visto que estas obtêm categorias sociais</p><p>quanto ao gênero e estágio de desenvolvimento que se encontra. Essa</p><p>categoria situa-se atrelada a perda da habilidade de persuasão moral,</p><p>isto é, toda categoria diversifica-se na extensão da variação psicológica</p><p>(HENRIQUES, 2014).</p><p>Relativamente ao papel</p><p>do temperamento do adolescente, identifica-se</p><p>elevada incidência de comportamento antissocial herdando</p><p>temperamentos que aumentam o índice de experimentação de aspectos.</p><p>Os quais podem ser:</p><p>• Ansiedade.</p><p>• Culpa.</p><p>• Medo.</p><p>• Vergonha.</p><p>Por fim, o papel da cultura é considerado como um aspecto essencial no</p><p>desenvolvimento do comportamento antissocial. Há duas contribuições</p><p>para o surgimento de um dado tipo de caráter, os quais encontram-se em</p><p>conformidade com as necessidades culturais, bem como as éticas, ou</p><p>seja, esta determina-se como o modo e o conteúdo da socialização do</p><p>sujeito dentro e fora do âmbito familiar (HENRIQUES, 2014).</p><p>Quando crianças, sujeitos que sofrem de transtorno antissocial passam</p><p>por privação afetiva do lar ou em um campo mais abrangente. Da ótica</p><p>psicodinâmica, do comportamento apresentam esperança é captar algo</p><p>relevante que foi aprendido , onde a falta da esperança a especificidades</p><p>fundamentais a criança que passou por privação (SILVA et al., 2019).</p><p>O jovem passa por impulso de procura por objeto, de alguém que pode ser</p><p>destinado a cuidar dele, podemos assegurar um local com estabilidade,</p><p>podendo suportar a tensão desenvolvida a partir de comportamento</p><p>impulsivo. O local é continuamente submetido a testes, quando a sua</p><p>habilidade de suportar alguns aspectos, quando algo é procurado e</p><p>encontrado (SILVA et al., 2019). Aspectos como:</p><p>• Suportar agressão.</p><p>• Impedir destruição.</p><p>• Tolerar incômodo.</p><p>• Preservar objetos.</p><p>Os fatores atrelados a comportamento antissocial na infância, como:</p><p>• Ser do sexo masculino.</p><p>• Viver em meio a discórdia conjugal.</p><p>• Ter mães com problemas de saúde mental.</p><p>• Receber cuidados maternos indevidos.</p><p>• Receber cuidados paternos indevidos.</p><p>• Ser criado por pais agressivos.</p><p>• Nível socioeconômico baixo.</p><p>• Ser criado por pais violentos.</p><p>• Residir na zona urbana.</p><p>Sujeitos com comportamentos antissociais costumam agir como tal de</p><p>acordo com os comportamentos gerados na eliminação de</p><p>circunstâncias que desenvolvem perturbações, ameaçar e/ou perigos,</p><p>com o intuito de reduzir a constância e intensidade de um dado estímulo</p><p>considerado negativo. Nesse processo a família possui papel relevante,</p><p>pais que apresentam comportamentos antissociais são vistos como</p><p>espelhos para que os filhos adquirem esse tipo de comportamento</p><p>(HENRIQUES, 2014).</p><p>O comportamento antissocial é identificado por uma fração de</p><p>sequências:</p><p>• Práticas educativas inadequadas dos pais consideradas como</p><p>definidores do problema do comportamento do sujeito.</p><p>• Idade escolar, a conduta do comportamento direciona o fracasso</p><p>acadêmico, bem como rejeição dos pares.</p><p>• Comportamento agressivo e coercitivo, elevando o risco de depressão</p><p>e envolvimento com agrupamento de rejeitados.</p><p>Comportamentos antissociais podem ser associados a disciplinaridade</p><p>intensa e inconstante, além de desenvolvimento do comportamento</p><p>infantil problemático, ausência de envolvimento familiar, falta de</p><p>supervisão de atividades, prática incorreta da disciplina parental,</p><p>comportamento antissocial em familiares, além de aspectos econômicos,</p><p>familiares e profissionais (HENRIQUES, 2014).</p><p>A reabilitação precoce em adolescentes portadores de comportamento</p><p>antissociais é de grande relevância pois trata-se de estratégias eficientes</p><p>para a prevenção, ou ainda a interrupção do percurso da problemática de</p><p>tal comportamento ainda na infância. Os programas de prevenção em</p><p>atividades se dão conforme a problemática do comportamento agressivo</p><p>ou ainda o uso de drogas iniciado na infância. O objetivo central dos</p><p>programas de reabilitação visa suspender a delinquência, uso/abuso de</p><p>drogas e substâncias ilícitas, bem como problemas sociais (BATISTA, 2012).</p><p>Os modos de intervenção presentes são voltados para adolescentes, pais,</p><p>professores, ou ainda, multifocal, incluindo pares de adolescentes,</p><p>familiares e professores.</p><p>A intervenção feita quanto ao comportamento antissocial visam ajudar o</p><p>portador do comportamento e suas vítimas, as quais podem ser:</p><p>• Pais.</p><p>• Irmãos.</p><p>• Amigos.</p><p>• Colegas.</p><p>• Professores.</p><p>• Conhecidos.</p><p>As ações interventivas são empregadas como meios de prevenção, as</p><p>quais se dão a partir de associação do âmbito familiar e escolar. A</p><p>intervenção precoce viabiliza habilidades sociais antecedentes a</p><p>comportamentos negativos em distintas realidades (BATISTA, 2012).</p><p>Várias situações podem oferecer suporte e intensificar o desenvolvimento</p><p>de habilidades, bem como o fornecimento de meios para a utilização e</p><p>globalização das competências captadas. A diversificação de aspectos</p><p>contextuais favorece o início e a preservação de problemas no</p><p>comportamento de adolescentes, em virtude da relevância de</p><p>intervenções que centralizam distintos fatores provenientes do ambiente</p><p>(BATISTA, 2012).</p><p>As avaliações do programa de reabilitação do comportamento antissocial</p><p>se dão a partir de tipos distintos:</p><p>• Análise das necessidades.</p><p>• Teoria do programa de processamento.</p><p>• Teoria do programa de resultados.</p><p>• Teoria do programa de eficiência.</p><p>Os tratamento apontados para o transtorno antissocial é bastante</p><p>diversificado, abrangendo intervenção associados a família e a escola,</p><p>tais como:</p><p>• Comunidades terapêuticas.</p><p>• Orientação de pais.</p><p>• Psicoterapia individual.</p><p>• Psicoterapia familiar.</p><p>• Professores de técnicas comportamentais.</p><p>• Treino de pais.</p><p>Embora nenhum destes apresente completa eficácia, especialmente</p><p>quando aplicada de modo isolado, quanto antes for iniciado e quando</p><p>mais jovem for o paciente, melhores serão os níveis de resultados obtidos</p><p>(BORDI; OFFORD, 2000).</p><p>Vale ressaltar a relevância das intervenções simultâneas e</p><p>complementares a longo prazo. Na faixa etária que corresponde dos 3 aos</p><p>8 anos de idade, os transtornos normalmente são identificados,</p><p>necessitando de ações preventivas associadas a crianças, bem como a</p><p>pais e professores. Diversas vezes o centro do problema é situado no</p><p>conflito existente entre os sujeitos, em outras situações, os mais estão</p><p>envolvidos demais com problemas pessoais, oque implica na</p><p>necessidade de apoio. Há pais que necessita de auxílio para determinar</p><p>limites e optar por métodos mais adequados de educação de seus filhos</p><p>(BORDI; OFFORD, 2000).</p><p>O contato com a escola pode ser utilizado para solucionar conflitos em</p><p>meio a docentes e discentes, e auxiliar docentes a eleger modos mais</p><p>corretos para lidar com as dificuldades apresentadas pela criança.</p><p>Quanto mais jovem for o paciente, menor gravidade serão os sintomas</p><p>apresentados por estes, sendo assim, maior serão as chances do sujeito</p><p>se beneficiar da psicoterapia (BORDI; OFFORD, 2000).</p><p>Quando este quadro é presente em adolescentes, e este já cometeu</p><p>algum tipo de infração, maior será a resistência apresenta por este na</p><p>aceitação da psicoterapia, o que pode ser útil para o envolvimento de</p><p>profissionais especializados na manipulação adequada de jovens com</p><p>transtorno anti social por meio práticas como:</p><p>• Oficinas de música.</p><p>• Oficinas de artes.</p><p>• Práticas de esportes.</p><p>Durante o desenvolvimento desse tipo de oficina, o adelescente dispõe de</p><p>chances para definir vínculo afetivo com profissionais incubidos pelo</p><p>desenvolvimento de tais atividades, empregando esse modelo, assim,</p><p>sendo capazes de identificar-se como capaz de criar e favorecer o</p><p>desenvolvimento de fatores como a autoestima (BORDI; OFFORD, 2000).</p><p>Quando possível, os familiares do sujeito precisam ser inseridos no</p><p>processo terapêutico, ressaltando que em diversas circunstâncias os pais</p><p>devem passar por tratamento psico igualitário, visto que em várias</p><p>situações estes fazem abuso do uso de drogas (BORDI; OFFORD, 2000).</p><p>Em alguns casos é necessário empregar o tratamento com</p><p>psicofármacos onde o sistema-alvo ou transtorno psiquiátrico</p><p>encontram-se presentes durante o diagnóstico.</p><p>• Sistema-alvo</p><p>▪ Ideias paranoides atreladas a agressividade.</p><p>▪ ideias paranoides atreladas a convulsões.</p><p>• Transtorno psiquiátrico</p><p>▪ Transtorno antissocial.</p><p>▪ Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.</p><p>▪ Depressão.</p><p>Desse modo, faz-se necessário o emprego da cautela na utilização de</p><p>neuroléptico para o tratamento de alguns traços do transtorno antissocial,</p><p>visto que, diante do abuso, os benefícios apresentam-se inferiores aos</p><p>benefícios (BORDI; OFFORD, 2000).</p><p>O profissional da saúde mental necessita definir as especialidades em</p><p>meio a várias alternativas terapêuticas elegíveis, recomendado ao</p><p>paciente a que considerar mais exata a ser indicada diante do quadro</p><p>clínico (BORDI; OFFORD, 2000).</p><p>O conceito de autismo passou por várias modificações durante o passar</p><p>do tempo, e, hoje em dia é denominado de Transtorno do Espectro Autista</p><p>(TEA), as particularidades do espectro causam danos persistentes na</p><p>comunicação e interação social, assim como no comportamento,</p><p>podendo abranger interesses e padrões de atividades, estes sintomas</p><p>normalmente encontram-se presentes desde a primeira infância,</p><p>limitando ou prejudicando o desenvolvimento corriqueiro dos sujeitos</p><p>(ONZI; DE FIGUEIREDO GOMES, 2015).</p><p>As subcategorias compõem o TEA, e, o comprometimento pode se dá em</p><p>três graus de gravidade, sendo estes:</p><p>• Nível 1 - o indivíduo necessita de apoio.</p><p>• Nível 2 - carece de apoio substancial.</p><p>• Nível 3 - exige abundante apoio substancial.</p><p>O TEA é classificado como transtorno que se estende para além da sua</p><p>complexidade, o qual não pode ser determinado com exatidão, visto que</p><p>não há técnicas pelas quais é possível testar, ou ser mensurado. De outro</p><p>modo falando, estamos longe de possuir uma cura para o autismo,</p><p>associando o sujeito como um todo em seu curso vital (ONZI; DE</p><p>FIGUEIREDO GOMES, 2015).</p><p>4.2 Transtorno do Espectro Autista</p><p>O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado como um</p><p>transtorno complexo do desenvolvimento, da óptica comportamental,</p><p>com distintas origens que exprimem em níveis de gravidade diversificada.</p><p>Este pode ser definido como o estado ou condição onde o sujeito parece</p><p>estar recolhido em si mesmo (ONZI; DE FIGUEIREDO GOMES, 2015).</p><p>Figura 2 - Símbolo de conscientização do TEA Fonte: Freepik.</p><p>Para o diagnóstico do TEA os pais geralmente são os primeiros a identificar</p><p>a anormalidade no desenvolvimento do seu filho. Nesse período</p><p>normalmente é iniciada a procura por ajuda, este período é classificado</p><p>como um período de incertezas que antecedem o processo de definição</p><p>diagnóstica. Contudo, é possível ressaltar a relevância do modo como o</p><p>diagnóstico é definido pelos pais das crianças com TEA. No instante em</p><p>que o diagnóstico é definido e comunicado aos pais faz-se necessário</p><p>apresentar aos pais recursos disponíveis, o que ajuda estes a formar a</p><p>sensação de que há algo real a ser desenvolvido (ONZI; DE FIGUEIREDO</p><p>GOMES, 2015).</p><p>No autismo, nem todos os sujeitos são iguais e não possuem as mesmas</p><p>características. Em meio a estes, pode-se apontar que uns são mais</p><p>atentos, enquanto uns apresentam maior grau de intelectualidade, já</p><p>outros são mais sociais, dentre outras especificidades (ONZI; DE FIGUEIREDO</p><p>GOMES, 2015).</p><p>A origem do autismo é pouco conhecida, diante desse transtorno os pais</p><p>podem expressar sentimentos de negação visto a necessidade de</p><p>respostas, Com o intuito de oferecer sentido ao que se vive, as dificuldades</p><p>existentes podem desenvolver sensações confusas. Sentimentos podem</p><p>ser atrelados a distintas reações, como:</p><p>• Negação.</p><p>• Raiva.</p><p>• Culpa.</p><p>• Pensamento mágico.</p><p>• Início da aceitação.</p><p>• Procura por soluções.</p><p>Depois da definição do diagnóstico ocorre o choque frente a uma nova</p><p>realidade, de algo inesperado, incertezas do futuro da criança e da família</p><p>como um todo. Algumas pessoas apresentam dificuldade em interagir</p><p>com o filho, reprimindo a dor, podendo se isolar da sociedade e destinar a</p><p>atenção para a família, impedindo que sejam desenvolvidos julgamentos</p><p>e críticas (ONZI; DE FIGUEIREDO GOMES, 2015).</p><p>Há disponível atualmente baixo quantitativo de recursos instrumentais que</p><p>viabilizam o diagnóstico de sujeitos que apresentam suspeitas de autismo,</p><p>visto que não há um marcador biológico que permite ser realizado um</p><p>exame exato para a confirmação ou o descarte do diagnóstico (ONZI; DE</p><p>FIGUEIREDO GOMES, 2015).</p><p>Assim, faz-se necessário ressaltar o modo como acontecerá a</p><p>comunicação do diagnóstico do autismo para pais e cuidadores. Trata-se,</p><p>portanto, de um processo sensível, oportunizando aos profissionais definir</p><p>relação de confiança entre pais-profissionais, possibilitando a elaboração</p><p>do diagnóstico de modo excelente e com poucos fatores estressores</p><p>(ONZI; DE FIGUEIREDO GOMES, 2015).</p><p>Após o estabelecimento do diagnóstico os pais devem compreender as</p><p>necessidades que os filhos possuem, deixando de lado o medo, buscando</p><p>por ajuda. Quanto antes a criança for diagnosticada, mais chances</p><p>haverá de se suceder de modo adequado. Entretanto, na prática muitas</p><p>vezes pode ocorrer de modo inadequado (ONZI; DE FIGUEIREDO GOMES,</p><p>2015).</p><p>As crianças quando diagnosticadas devem ser direcionadas à avaliação</p><p>o quanto antes, visto que, normalmente, os pais passam a desenvolver</p><p>questionamentos por volta dos 17 meses de vida da criança, sendo o</p><p>diagnóstico geralmente definido em cerca do 4º ano da criança. O</p><p>diagnóstico, quando realizado precocemente possibilita que as</p><p>intervenções sejam voltadas em prol da definição de um prognóstico,</p><p>facilitando distintos processos de adaptação e interações sociais (ONZI; DE</p><p>FIGUEIREDO GOMES, 2015).</p><p>Depois da definição do diagnóstico de modo precoce e da comunicação</p><p>adequada aos pais, é iniciada uma nova etapa, ou seja, a procura pelo</p><p>tratamento ideal associado ao processo de reabilitação.</p><p>A reabilitação é considerada como um processo variável e geral</p><p>direcionando a recuperação de aspectos físicos e psíquicos do sujeito que</p><p>possui deficiência, o que tem por objeto central a reintegração social</p><p>(ONZI; DE FIGUEIREDO GOMES, 2015).</p><p>Sabendo que a TEA não possui cura, a procura por tratamento adequado</p><p>possui junto a si, contudo, a relevância pela redução do déficit existente,</p><p>assim, alguns tratamentos podem ser mais eficientes para uns e para</p><p>outros não, pois cada portador de autismo possui um grau de</p><p>desenvolvimento distinto de outro (ONZI; DE FIGUEIREDO GOMES, 2015).</p><p>No entanto, ao que diz respeito ao tratamento, a psicoterapia</p><p>comportamental é a mais utilizada em associação a processo de</p><p>condicionamento que viabiliza a atuação de cuidados com o autista,</p><p>sendo assim, bem constituído ao âmbito emocional e organizativo (ONZI;</p><p>DE FIGUEIREDO GOMES, 2015).</p><p>A psicoterapia tem por intuito ajudar na interpretação de:</p><p>• Aprendizagem.</p><p>• Comunicação não verbal.</p><p>• Emoções.</p><p>• Interações sociais.</p><p>• Linguagem corporal.</p><p>A terapia cognitivo comportamental favorece para o ensino de autistas</p><p>em virtude dos distintos modos de usar, recordar e processar dados, como</p><p>ocorre no treino de autoinstrução (ONZI; DE FIGUEIREDO GOMES, 2015).</p><p>A musicoterapia é também uma técnica de tratamento individual do TEA,</p><p>este é o método que utiliza a música com intuito de salientar as</p><p>potencialidades através do uso de tendências e métodos, associado a</p><p>outras competências, como no caso da cognição (ONZI; DE FIGUEIREDO</p><p>GOMES, 2015).</p><p>O tratamento do TEA pode sofrer a influência de quatro modo essenciais</p><p>para o tratamento, tais como:</p><p>• Estimulação do desenvolvimento no âmbito comunicativo e social.</p><p>• Aprimoramento na competência de solucionar problemas e do</p><p>aprendizado.</p><p>• Redução dos comportamentos que impactam o acesso a novas</p><p>experiências cotidianas.</p><p>• Auxílio à família.</p><p>A depender do nível de comprometimento, sujeitos que apresentam</p><p>déficits de comunicação e desenvolvimento social podem empregar</p><p>distintos modos de comunicação como via alternativas para tal. Espécies</p><p>desse tipo de comunicação abrange o Picture Exchange Communication</p><p>System (PECS), assim como a linguagem de sinais (ONZI; DE FIGUEIREDO</p><p>GOMES, 2015).</p><p>O PECS foi criado no ano de 1993 e sua abordagem faz uso de:</p><p>• Auxílio físico.</p><p>• Combinação dos envolvidos.</p><p>•</p><p>Exibição de materiais visuais.</p><p>• Imagens.</p><p>• Livreto.</p><p>• Objetos.</p><p>• Palavras impressas.</p><p>• Placas de comunicação.</p><p>A interligação entre símbolos e exercícios otimizam a compreensão e</p><p>comunicação desse tipo de paciente.</p><p>A linguagem de sinais pode ser utilizada como uma excelente técnica de</p><p>tratamento, pois, a depender das habilidades cognitivas, motoras e</p><p>sensoriais do sujeito, visto que não existe carência quanto a utilização de</p><p>dispositivos físicos (ONZI; DE FIGUEIREDO GOMES, 2015).</p><p>Atualmente há várias técnicas de reabilitação disponíveis com o intuito do</p><p>favorecimento da autonomia dos portadores de TEA, em meio a</p><p>sucessivos comportamentos necessários para a convivência social para</p><p>com o outro e com a sociedade (ONZI; DE FIGUEIREDO GOMES, 2015).</p><p>E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora,</p><p>só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de</p><p>estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter</p><p>aprendido que a conceituação de comportamento antissocial é muito</p><p>amplo e remete para uma realidade de caráter multidimensional,</p><p>multideterminada e com distintas manifestações. Deve ter compreendido</p><p>que o comportamento antissocial é considerado como heterogêneo seja</p><p>pelos indícios ou etiologia biológica e histórica; o termo antissocial possui</p><p>significado de comportamentos que infringem regras comunitárias</p><p>relacionados acerca da vida e da propriedade alheia. Deve ter aprendido</p><p>que o papel das categorias sociais diz respeito às categorias sociais que o</p><p>sujeito se acha pertencente, visto que estas obtêm categorias sociais</p><p>quanto ao gênero e estágio de desenvolvimento que se encontra, a</p><p>reabilitação precoce em adolescentes portadores de comportamento</p><p>antissociais é de grande relevância pois trata-se de estratégias eficientes</p><p>para a prevenção, ou ainda a interrupção do percurso da problemática de</p><p>tal comportamento ainda na infância. Deve ter compreendido que o</p><p>Transtorno do Espectro Autista é caracterizado como um transtorno</p><p>complexo do desenvolvimento, da óptica comportamental, com distintas</p><p>origens que exprimem em níveis de gravidade diversificados. Deve ter</p><p>aprendido que o Transtorno do Espectro Autista é classificado como</p><p>transtorno que se estende para além da sua complexidade, o qual não</p><p>pode ser determinado com exatidão, visto que não há técnicas pelas</p><p>quais é possível testar, ou ser mensurado, assim, depois da definição do</p><p>diagnóstico de modo precoce e da comunicação adequada aos pais, é</p><p>iniciada uma nova etapa, ou seja, a procura pelo tratamento ideal</p><p>associado ao processo de reabilitação. Por fim, deve ter compreendido</p><p>que a depender do nível de comprometimento, sujeitos que apresentam</p><p>déficits de comunicação e desenvolvimento social podem empregar</p><p>distintos modos de comunicação como via alternativas para tal, e que a</p><p>linguagem de sinais pode ser utilizada como uma excelente técnica de</p><p>tratamento, pois, a depender das habilidades cognitivas, motoras e</p><p>sensoriais do sujeito, visto que não existe carência quanto a utilização de</p><p>dispositivos físicos.</p><p>RESUMO DO CAPÍTULO</p><p>Referências</p><p>ALBUQUERQUE, D. A. de; LIMA, J. K. F de; GONÇALVES, L. M. Dislexia e educação</p><p>infantil: refletindo sobre o olhar dos professores. 2017. Acesso em:</p><p>https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/3460/1/DAA02102017.</p><p>pdf. Disponível em: 08 mai. 2023.</p><p>ASSUNÇÃO, G. S. A dislexia e os desafios no processo de aprendizagem da</p><p>língua portuguesa. Monografia (Licenciatura em Língua Portuguesa e</p><p>Literaturas), v. 49, 2018. Acesso em:</p><p>https://www.dislexia.org.br/wp-content/uploads/2018/09/ASSUN%C3%87%</p><p>C3%83O-Gabrielle.pdf . Disponível em: 06 mai. 2023.</p><p>BATISTA, A. P. Programas de intervenção de comportamento antissocial em</p><p>crianças e adolescentes. 2012. Disponível em:</p><p>https://anais.unicentro.br/cis/pdf/iv1n1/5.pdf. Acesso em: 10 mai. 2023.</p><p>BORDIN, I. AS; OFFORD, D. R. Transtorno da conduta e comportamento</p><p>anti-social. Brazilian Journal of Psychiatry, v. 22, p. 12-15, 2000. Disponível em:</p><p>.https://www.scielo.br/j/rbp/a/6KyCKnGj4bHv7qBzXbqWzzK/?format=pdf&l</p><p>ang=pt. Acesso em: 25 mai. 2023.</p><p>CANTIERE, C. N et al . Treino cognitivo em crianças e adolescentes com</p><p>sinais de desatenção e hiperatividade: proposta de protocolo de</p><p>intervenção neuropsicológica nos domínios verbal e executivo. Cadernos</p><p>de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, v. 12, n. 1, 2012.</p><p>Disponível em:</p><p>https://www.mackenzie.br/fileadmin/ARQUIVOS/Public/6-pos-graduacao/</p><p>upm-higienopolis/mestrado-doutorado/disturbios_desenvolvimento/2012</p><p>/cadernos/1/Artigo_10_Treino_cognitivo_em_criancas_e_adoelscentes.p</p><p>df. Acesso em: 09 mai. 2023.</p><p>DALLA ROSA, M. I. P; DA ROCHA, G. S. Estudo psicanalítico sobre Transtorno de</p><p>Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade (TDAH) na infância. Cadernos de</p><p>Psicanálise| CPRJ, v. 42, n. 43, p. 249-264, 2020. Disponível em:</p><p>https://www.cprj.com.br/ojs_cprj/index.php/cprj/article/view/128/184.</p><p>Acesso em: 09 mai. 2023.</p><p>DA SILVA, E. M. F. et al. Avaliação e Reabilitação Neuropsicológica em Casos</p><p>de TDAH. 2019. Disponível em:</p><p>http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1315.pdf. Acesso em 25 mai. 2023.</p><p>DE SOUZA, I. GS et al. 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Acesso em: 09 mai. 2023</p><p>ROCHA, G. S; ROSA, M. I. P. D. Diagnóstico psicanalítico do Transtorno de</p><p>Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade (TDAH) na infância. Psicol. argum, p.</p><p>230-247, 2019. Disponível em:</p><p>https://periodicos.pucpr.br/psicologiaargumento/article/view/23367/pdf.</p><p>Acesso em: 10 mai. 2023.</p><p>ROCHA, P; NERY FILHO, J; ALVES, L. Jogos digitais e reabilitação</p><p>neuropsicológica: delineando novas mídias. Anais do Seminário</p><p>Tecnologias Aplicadas a Educação e Saúde, 2014.</p><p>SCHICOTTI, R. V. O. TDAH e infância contemporânea: um olhar a partir da</p><p>psicanálise / Rosana Vera de Oliveira Schicotti. Assis, 2013. Disponível em:</p><p>https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/105623/schicotti_rvo_</p><p>dr_assis.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 08 mai. 2023.</p><p>• Retardo mental leve (CID - F70).</p><p>• Retardo mental (CID - F71).</p><p>• Retardo mental grave (CID - F72).</p><p>• Retardo mental profundo (CID - F73).</p><p>IMPORTANTE</p><p>O retardo mental é um quadro normalmente irreversível, definido</p><p>por habilidade intelectual inferior à normal, podendo desenvolver</p><p>como consequência dificuldade na aprendizagem e adaptação</p><p>social, a qual, geralmente encontra-se presente desde o</p><p>nascimento, apresentando sinais e sintomas ainda na primeira</p><p>infância. Esta pode ser identificada através da observação quanto</p><p>a atrasos no desenvolvimento, sendo diagnosticada por meio de</p><p>testes de quociente de inteligência, podendo ser desenvolvido por</p><p>pediatra ou psicólogo.</p><p>A origem da deficiência intelectual é diversificada. Lesões, infecções e</p><p>toxinas são as causas de menor acometimento em virtude das melhorias</p><p>implementadas nos cuidados no período pré-natal, visto que aspectos</p><p>genéticos têm sido cada vez mais relevantes (KE; LIU, 2015).</p><p>No entanto, não há uma origem própria que possa ser identificada em</p><p>cerca de 40% dos casos, principalmente na deficiência intelectual de grau</p><p>leve. Fatores do meio ambiente podem desenvolver ou intensificar a</p><p>deficiência intelectual. Assim, entender a etiologia da deficiência</p><p>intelectual permite que sejam delineadas probabilidade de tratamento ou</p><p>prevenção em determinados casos, e, outros possibilitam algumas</p><p>dificuldades específicas (KE; LIU, 2015).</p><p>As modificações no neurodesenvolvimento causam déficits cognitivos, o</p><p>que implica em impactos severos na funcionalidade habitual dos sujeitos.</p><p>As crianças que possuem tal deficiência apresentam processos mais</p><p>lentos quanto a obtenção de novas habilidades e desenvolvimento de</p><p>funções habituais, necessitando assim, serem inseridas em programas de</p><p>reabilitação (RIBEIRO, 2019).</p><p>Nos casos de deficiência intelectual, o ponto central do tratamento é a</p><p>identificação e implementação de intervenções de modo precoce. Visto</p><p>que não há a determinação de origem específica em cerca de 40% dos</p><p>casos, várias causas não possuem cura, portanto, o</p><p>tratamento/reabilitação consistem em reduzir os sintomas e a</p><p>incapacidade, proporcionar o desenvolvimento de novas habilidades,</p><p>bem como, a implementação de melhorias na qualidade de vida, para o</p><p>portador da deficiência intelectual, seus familiares e cuidadores (KE; LIU,</p><p>2015).</p><p>As limitações, como o atraso no desenvolvimento da linguagem e da</p><p>IMPORTANTE</p><p>Pessoas com deficiência intelectual de grau leve podem levar uma</p><p>vida independente e desenvolver papel social adequado.</p><p>Desenvolver aspectos de leitura e escrita, podendo também</p><p>cursar faculdade quando bem direcionadas ao longo da vida</p><p>acadêmica. Geralmente, possuem empregos simples e são úteis</p><p>para a sociedade.</p><p>marcha são capazes de impossibilitar a interação social, bem como a</p><p>inserção em vários locais, especialmente quando se trata do âmbito</p><p>escolar. É possível notar que o atraso severo aponta falhas presentes no</p><p>mecanismo de desenvolvimento maturacional do cérebro. Desse modo,</p><p>vários casos são apontados quanto a um tipo de transtorno de</p><p>desenvolvimento, onde, quanto maior for o esse atraso, mais elevada será</p><p>a possibilidade de haver deficiência intelectual (RIBEIRO, 2019).</p><p>O comportamento desafiador é um tipo de comportamento que implica</p><p>diretamente na vida cotidiana dos sujeitos, diminuindo a qualidade de vida</p><p>e a taxa de sobrevivência. Desse modo, a ampla gama de diversidades de</p><p>problemas, abrange, em meio a outros aspectos, agressividade,</p><p>auto-lesão, como o ato de bater a cabeça; destruição de objetos, recuso,</p><p>hábitos idiossincráticos, como preferências por um quantitativo restrito de</p><p>alimentos; e, comportamento social considerado como indevido (KE; LIU,</p><p>2015).</p><p>A reabilitação das crianças com deficiência intelectual inclui ainda o uso</p><p>de medicações, embora provavelmente ocorra com abuso. Os</p><p>profissionais de saúde mental são procurados em episódios de crise, a</p><p>medicação é prescrita conforme o episódio para atenuar a crise, mas, o</p><p>medicamento deve ser usado de modo otimizado, após um período de</p><p>avaliação analitica completao, como porção de plano global no manejo</p><p>da deficiência intelectual em prol da reabilitação dos indivíduos. No uso de</p><p>medicamentos, é indicado iniciar com dose extremamente baixa, e,</p><p>O idiossincrático corresponde a predisposição do</p><p>temperamento que um sujeito possui, fazendo-o se sentir</p><p>especial e muito seu a influência de vários agentes.</p><p>Desenvolvem ações fora da normalidade padrão esperada.</p><p>Pode ainda ser determinada como o agrupamento de</p><p>elementos onde sua associação resulta no temperamento e</p><p>caráter do sujeito. Sendo, portanto, uma particularidade de</p><p>ordem psíquica da pessoa.</p><p>VOCÊ SABIA?</p><p>No âmbito educacional para a reabilitação dos portadores de deficiência</p><p>intelectual há a implementação de modelo educacional inclusivo, embora</p><p>este apresente resultados com falhas no desenvolvimento e</p><p>implementação de políticas inclusivas.</p><p>Geralmente, crianças com deficiência intelectual apresentam menor</p><p>efetividade no processo de aprendizagem quando comparado a outras</p><p>crianças. Conforme seu crescimento, dominam atividades rotineiras e</p><p>necessitam frequentar o ambiente escolar como as demais crianças (KE;</p><p>LIU, 2015; RIBEIRO, 2019).</p><p>As crianças quando inseridas no contexto escolar passam a desenvolver</p><p>habilidade não somente de ordem acadêmica, mas aspectos como a</p><p>autodisciplina, competências sociais e convívio com a vida na</p><p>comunidade. Embora apresentem certa dificuldade no processo de</p><p>aprendizado, são altamente passíveis a obtenção de habilidades</p><p>essenciais de escrita, leitura e aritmética (KE; LIU, 2015).</p><p>O processo de reabilitação inclui ainda redução de segregação desse</p><p>grupo ante o restante da comunidade, seja esta formada de pessoas da</p><p>mesma faixa etária e/ou a sociedade como um todo. Bem como,</p><p>fisioterapia e terapia ocupacional, fonoaudiologia e apoio familiar (KE; LIU,</p><p>2015).</p><p>1.2 Dislexia infantil</p><p>A dislexia é classificada como um Transtorno Específico da Aprendizagem</p><p>(TEA), sua etiologia é neurobiológica e impacta significativamente a leitura</p><p>e escrita dos indivíduos. É um transtorno que normalmente apresenta-se</p><p>no início da vida dos sujeitos, implicando em desordens na cognição</p><p>desenvolvidos a partir de alguma disfunção biológica (ASSUNÇÃO, 2018).</p><p>IMPORTANTE</p><p>A autodisciplina é a capacidade que motiva e impulsiona os</p><p>sujeitos a buscarem seus objetivos. Implica na habilidade de</p><p>autorregulação em prol de algo melhor para si mesmo, isto é,</p><p>possuir autodisciplina, priorizando e identificando atitudes que o</p><p>afastam e aproximam de seus objetivos e ideais.</p><p>Pessoas acometidas pela dislexia geralmente apresentam dificuldade na</p><p>associação do som à letra, trocando letras ou escrevendo-as em modo</p><p>contrário, expressa como a dificuldade na decodificação de palavras e</p><p>processamento fonoaudiológico. Por necessitar de diagnóstico e</p><p>tratamento especificamente adequado, o inibido e seus familiares</p><p>passam por intenso desgaste psíquico e financeiro (ASSUNÇÃO, 2018).</p><p>A dislexia é evidenciada no período de alfabetização, mesmo alguns</p><p>sintomas sendo presentes desde as primeiras fases da infância. Mesmo</p><p>com as instruções convencionais, correta inteligência e oportunização</p><p>sociocultural e falta de distúrbios de ordem cognitiva essenciais, a criança</p><p>portadora de dislexia apresenta falhas na obtenção da linguagem. A</p><p>dislexia não é associada a coisas de ordem intelectual, cultural e</p><p>emocional, embora possa ser hereditária e apresentar maior índice de</p><p>incidência em meninos (ALBUQUERQUE; LIMA; GONÇALVES, 2017).</p><p>Desse modo, a dislexia é tida como mais agressiva a classes menos</p><p>favorecidas, visto que famílias com maior poder aquisitivo podem arcar</p><p>com acompanhamento multiprofissional quando comparada a famílias</p><p>de condições financeiras menores, dependendo somente da prática</p><p>pedagógica aplicada na rede de ensino (ASSUNÇÃO, 2018).</p><p>Nessa ótica, a aprendizagem torna-se comprometida pelo transtorno e</p><p>pela ausência de tratamento efetivo,</p><p>bem como apoio e inclusão.</p><p>Faz-se necessário salientar que nos dias atuais o termo transtorno de</p><p>aprendizagem, assim como a dislexia, é empregado de modo banal. Toda</p><p>O processo fonoaudiológico é, corriqueiramente, atrelado a</p><p>processos de aprendizagem voltados à leitura e escrita.</p><p>Constitui-se por consciência fonológica, memória e resgate</p><p>lexical, sendo estes os fatores iniciais do desempenho da leitura</p><p>e escrita, bem como déficits em domínios associados à dislexia.</p><p>O resgate lexical possibilita o entendimento de aspectos</p><p>culturais, históricos e ideológicos associados à produção de</p><p>sentido ao realizar um discurso.</p><p>VOCÊ SABIA?</p><p>anormalidade desenvolvida pela criança é associada a um tipo de</p><p>distúrbio. É necessário investigar a situação em que toda criança</p><p>encontra-se inserida, com muita cautela, visto que as dificuldades</p><p>existentes a cada sujeito podem ser desencadeadas a partir do ensino</p><p>recebido pela criança (ASSUNÇÃO, 2018).</p><p>Crianças que possuem dislexia precisam ser submetidas a tratamento</p><p>específico que vise o desenvolvimento de aptidões linguísticas, e no</p><p>desenvolvimento do aprendizado.</p><p>Atraso no desenvolvimento motor desde a fase do engatinhar, sentar e andar;</p><p>Atraso ou deficiência na aquisição da fala, desde o balbucio à pronúncia de</p><p>palavras;</p><p>Dificuldade aparente para a criança entender o que está ouvindo;</p><p>Distúrbios do sono;</p><p>Enurese noturna;</p><p>Suscetibilidade à alergias e à infecções;</p><p>Tendência a hiper ou a hipo-atividade motora;</p><p>Choro recorrente e aparente inquietação ou agitação;</p><p>Dificuldades de adaptação nos primeiros anos escolares.</p><p>Sintomas da dislexia na primeira infância</p><p>Extrema lentidão ao fazer os deveres ou ocorrência de muitos erros nas</p><p>tarefas pelo fato de terem sido feitas rapidamente;</p><p>Pobre compreensão do texto ou falta de leitura do que escreve;</p><p>Inadequação da fluência em leitura para a idade;</p><p>Sintomas de dislexia a partir dos sete anos de idade</p><p>Tabela 1 - Alguns sintomas da dislexia Fonte: ASSUNÇÃO (p. 15 e 16, 2018).</p><p>A criança pode apresentar alguns sintomas mesmo sem possuir dislexia.</p><p>Pois, algumas crianças apresentam esse tipo de sintoma como algo</p><p>normal quando apresenta desenvolvimento tardio. Portanto, o adequado</p><p>é que em situações suspeitas, os pais levem seus filhos a atendimento</p><p>médico e consecutivamente a realização de exames de cunho</p><p>neurológico (ASSUNÇÃO, 2018).</p><p>Assim, é altamente identificável em tais sintomas as associações que</p><p>apresentam com a escrita, leitura, vem como desenvolvimento motor,</p><p>aspectos ópticos e auditivos na criança, os quais detém-se a</p><p>demonstração desses sinais no comportamento. As crianças que</p><p>Preferência por leitura silenciosa;</p><p>Letra mal grafada e, até, ininteligível;</p><p>Omissão, acréscimo, troca ou inversão da ordem e da direção de letras e</p><p>sílabas;</p><p>Esquecimento daquilo que aprendera muito bem, em poucas horas, dias ou</p><p>semanas;</p><p>Maior facilidade, capacidade de bem transmitir o que sabe através de</p><p>exames orais;</p><p>Capacidade de desligar-se facilmente de qualquer contexto;</p><p>Falta de concentração da atenção em um só estímulo;</p><p>Dificuldade para lidar com as noções de espaço e tempo;</p><p>Confusão entre direita e esquerda, em cima e em baixo; na frente e atrás;</p><p>Boa memória longa, mas pobre memória imediata, curta e de médio prazo;</p><p>Dificuldades para andar de bicicleta, para abotoar, para amarrar o cordão</p><p>dos sapatos;</p><p>Dificuldade extrema para manter o equilíbrio e fazer exercícios físicos;</p><p>Intolerância a muito barulho, o disléxico se sente confuso- desliga-se e age</p><p>como se estivesse distraído nesse contexto.</p><p>possuem sintomas conformados não apresentam menor grau de</p><p>inteligência, assim, não devem ser consideradas incapazes ou possuidoras</p><p>de algum problema (ALBUQUERQUE; LIMA; GONÇALVES, 2017).</p><p>O processo de reabilitação da dislexia ocorre principalmente no ambiente</p><p>escolar, onde é realizado o desenvolvimento cognitivo, e, desse modo, é</p><p>classificado como o principal criador de estratégias em prol da</p><p>aprendizagem e condições adaptativas da criança que possui dislexia</p><p>(ASSUNÇÃO, 2018).</p><p>A dislexia quando não diagnosticada o quanto antes, pode desenvolver</p><p>uma fração de desconforto para a vida do sujeito, não apenas na vida</p><p>escolar, mas na vida particular da criança, interferindo de maneira direta o</p><p>emocional destes, fazendo-as acreditar que são incapazes ou distintos a</p><p>outros, sentindo-se por vezes insuficientes ou burras (ALBUQUERQUE; LIMA;</p><p>GONÇALVES, 2017).</p><p>A dislexia é um transtorno que não possui cura, embora haja disponíveis</p><p>tratamentos que podem se desenvolver de maneira paliativa. Para que o</p><p>processo de reabilitação ocorra corretamente faz-se necessário haver</p><p>associação da tríade coordenação-professor-aluno, com o intuito de</p><p>atender as carências de cada sujeito. Contudo, não há dúvidas que lidar</p><p>com a dislexia é um intenso desafio, mas, a partir da implementação do</p><p>tratamento ideal e didático para as crianças (ASSUNÇÃO, 2018).</p><p>1.3 Dificuldades de aprendizagem em crianças</p><p>As dificuldades de aprendizado em crianças podem ser denominadas de</p><p>dificuldades de aprendizagem específicas, sendo esta determinada como</p><p>a dificuldade que uma criança apresenta em uma dada área, enquanto</p><p>apresenta performance razoável em outras áreas (HUDSON, 2019).</p><p>As dificuldades específicas do aprendizado apresentam-se</p><p>como desordens do neurodesenvolvimento que impactam</p><p>diretamente a habilidade de aprendizado quanto às</p><p>competências acadêmicas próprias, como ler, escrever e</p><p>relacionados a matemática, sendo, portanto, conhecidas</p><p>como, dislexia, disgrafia e discalculia, respectivamente.</p><p>VOCÊ SABIA?</p><p>Essas crianças não são curadas e não ultrapassam tais dificuldades,</p><p>embora possam ser ensinadas a descobrir uma fração de técnicas de</p><p>enfrentamento eletivo para auxiliá-lo na assimilação e preservação de</p><p>dados, ter aprovação em testes e ser bem sucedido na idade adulta.</p><p>Crianças com dificuldades no aprendizado normalmente possuem</p><p>diversos talentos e habilidades em outros âmbitos, o que pode implicar</p><p>significativamente no momento de escolha da carreira profissional a ser</p><p>seguida. Esses talentos podem ser apontados, como habilidade excelentes</p><p>para:</p><p>• Tocar instrumentos musicais.</p><p>• Artesanato.</p><p>• Desenho.</p><p>A solidariedade e flexibilidade nesses casos auxiliam crianças quanto ao</p><p>desenvolvimento de pontos fortes, bem como estilos de aprendizagem, o</p><p>que pode implicar em ampla discrepância, possibilitando seu</p><p>amadurecimento.</p><p>As dificuldades no aprendizado específico (DAEs) que mais afetam</p><p>crianças são:</p><p>• Dislexia: dificuldades na escrita, leitura e ortografia.</p><p>• Discalculia: dificuldades com números.</p><p>• Disfagia: dificuldades físicas com escrita a mão.</p><p>• Dispraxia: dificuldades de coordenação e movimento.</p><p>• Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): baixa</p><p>habilidade de concentração, agitação e impulsividade.</p><p>• Transtorno do Espectro Autista (TEA): dificuldade de comunicação e</p><p>socialização, constrangimento durante interação social, discurso factual</p><p>com ausência de imaginação e preocupação com interesse limitado.</p><p>• Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC): preocupações e medos sem</p><p>motivo aparente (obsessão), gerando repetição comportamental</p><p>(compulsão).</p><p>• Quando uma criança possui um tipo de dificuldade de aprendizado</p><p>específica, está sujeita a possuir mais de um tipo, ou não.</p><p>Desse modo, faz-se necessário conhecer acerca dos transtorno e tentar</p><p>compreender a associação singular que cada criança possui, assim como</p><p>a intensidade do seu problema, com o objetivo de trabalhar em prol do</p><p>êxito na qualidade de vida da criança, tratamento e técnicas de</p><p>reabilitação implementadas (HUDSON, 2019).</p><p>Todos os indivíduos apresentam pontos positivos e negativos, e predileções</p><p>quanto ao modo de aprendizado.</p><p>Figura 1 - Sobreposição de dificuldades de aprendizagem específica Fonte: HUDSON (p. 16, 2019).</p><p>A Síndrome de Asperger é um transtorno de desenvolvimento</p><p>que impacta diretamente a habilidade de socializar</p><p>e se</p><p>comunicar efetivamente. Trata-se de um estado do espectro</p><p>autista, que, normalmente apresenta maior adaptação</p><p>funcional. Indivíduos que possuem tal condição podem</p><p>apresentar dificuldade na interação social e interesse em</p><p>conhecer tudo acerca de tópicos específicos.</p><p>VOCÊ SABIA?</p><p>Tabela 2 - Funções dos lados esquerdo e direito do cérebro Fonte: HUDSON (p. 18, 2019).</p><p>Nosso cérebro possui duas porções distintas, lado esquerdo e lado direitos,</p><p>ambos possuem papéis distintos, são associados por nervos que</p><p>possibilitam que ocorra comunicação entre os dois lados, contudo, na</p><p>maioria dos humanos um lado se sobressaia ao outro, o que faz com que</p><p>sejamos orientados pelo lado direito ou esquerdo do cérebro. O que</p><p>impacta diretamente nas habilidades que possuímos, personalidade e</p><p>percepção. O que também influi no que apresentamos bons resultados, ou</p><p>ainda como desejamos aprender (HUDSON, 2019).</p><p>Ciências/Matemática</p><p>Análise/lógica</p><p>Dedução</p><p>Fatos/ordem</p><p>Pensamento linear</p><p>Linguagem e palavras</p><p>Letra de uma canção</p><p>Atenção aos detalhes</p><p>Estratégia</p><p>Ordem e padrão</p><p>Prudência/agir com cautela</p><p>Reage ao lado direito do corpo</p><p>Hemisfério esquerdo</p><p>Tudo é deixado em ordem, nada é deixado ao acaso</p><p>Hemisfério direito</p><p>Arte/música</p><p>Empatia/intuição</p><p>Pensamento lateral</p><p>Criatividade/imaginação</p><p>Percepção espacial</p><p>Ideias e imagens</p><p>Melodia da música</p><p>Holística - visão do todo</p><p>Multitarefa</p><p>Criatividade</p><p>Impulsividade/assumir riscos</p><p>Reage ao lado esquerdo do corpo</p><p>Tudo bem imaginar, criar e ser multitarefa</p><p>Tabela 3 - Estilos de aprendizagem Fonte: Adaptado do HUDSON (2019).</p><p>Crianças que possuem dificuldades de aprendizagem específicas</p><p>situam-se nos extremos do equilíbrio normal em meio ao hemisfério</p><p>esquerdo e direito do cérebro. Quando apresentam diagnóstico de dislexia</p><p>e são orientadas pela porção direita do cérebro, sendo em sua maioria,</p><p>criativos e imaginativos, já indivíduos que possuem TEA são orientados</p><p>pelo hemisfério esquerdo, estes apresentam predileção a fatos, ordem e</p><p>lógica. O que aponta para a relevância do uso de técnicas de ensino</p><p>diversificados e da utilização de vários modos para o fornecimento de</p><p>dados (HUDSON, 2019).</p><p>1.3.1 Distintos estilos de aprendizagem</p><p>As informações são captadas por meio de três canais centrais:</p><p>• Visual: aquilo que visualizamos.</p><p>• Auditivo: aquilo que ouvimos.</p><p>• Cinestésico: aquilo que sentimos.</p><p>A maior parte dos indivíduos possui predileção por um tipo de</p><p>aprendizagem específica, ou seja, por um canal. As lições de maior êxito</p><p>são em sua maior parte multissensoriais. O que incentiva as crianças a</p><p>empregar os três canais de aprendizagem e o produto do aprendizado é</p><p>intensificado de diversos modos. Em alguns casos os três estilos de</p><p>aprendizagem são segregados ainda mais (HUDSON, 2019).</p><p>1.3.2 Aprendizagem ativa e passiva</p><p>A aprendizagem ativa é classificada como as crianças podem participar</p><p>de atividades que envolvem grupos, discussões, experimentos e</p><p>apresentações. Elevam o potencial de aprendizado, enquanto a</p><p>aprendizagem passiva envolve os demais tipos de aprendizagem, ou seja,</p><p>Estilo de Aprendizagem Como se pode aprender melhor</p><p>Estilo visual</p><p>Estilo auditivo</p><p>Estilo cinestésico</p><p>Olhando e observando</p><p>Escutando e falando</p><p>Experiência física</p><p>aqueles que não necessitam da participação ativa (HUDSON, 2019).</p><p>Assim, durante o processo de aprendizagem, quando menor for o período</p><p>de processamento de informações adquiridas, mais rápido será o</p><p>pensamento, e, consecutivamente, mais rápido será a aprendizagem</p><p>(HUDSON, 2019).</p><p>A memória pode armazenar informações a curto prazo, isto é, de maneira</p><p>temporária, como instruções, compromissos, materiais. Enquanto a</p><p>memória a longo prazo é aquela em que armazenamos durante anos e</p><p>podemos acessá-las por vários anos (HUDSON, 2019).</p><p>A habilidade de concentração pode ser estimada como o intervalo de</p><p>tempo em que uma criança pode manter-se concentrada na realização</p><p>de uma única atividade, modificar o estilo de aprendizagem e o compasso</p><p>de tal auxilia na preservação do nível de concentração (HUDSON, 2019).</p><p>Por fim, as habilidades da função executiva encontram-se associadas a</p><p>capacidade de planejamento e organização, definição de metas,</p><p>aprendizado por meio de vivências e manejo do comportamento</p><p>impulsivo.</p><p>E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora,</p><p>só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de</p><p>estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter</p><p>aprendido que a deficiência intelectual pode ser apontada como um</p><p>transtorno neuropsiquiátrico frequentemente diagnosticado em crianças</p><p>e adolescentes; a deficiência intelectual apresenta um grupo complexo de</p><p>quadros clínicos desenvolvidos a partir de distintas origens e se determina</p><p>a partir do desenvolvimento intelectual de maneira insuficiente, e, as</p><p>modificações no neurodesenvolvimento causam déficits cognitivos, o que</p><p>implica em impactos severos na funcionalidade habitual dos sujeitos.</p><p>Deve ter compreendido que a dislexia é classificada como um Transtorno</p><p>Específico da Aprendizagem, sua etiologia é neurobiológica e impacta</p><p>significativamente a leitura e escrita dos indivíduos; a dislexia é</p><p>evidenciada no período de alfabetização, mesmo alguns sintomas sendo</p><p>presentes desde as primeiras fases da infância. Crianças que possuem</p><p>dislexia precisam ser submetidas a tratamento específico que vise o</p><p>desenvolvimento de aptidões linguísticas, e no desenvolvimento do</p><p>aprendizado. Deve ter aprendido que as dificuldades de aprendizado em</p><p>crianças podem ser denominadas de dificuldades de aprendizagem</p><p>específicas, e que crianças com dificuldades no aprendizado</p><p>normalmente possuem diversos talentos e habilidades em outros âmbitos,</p><p>o que pode implicar significativamente no momento de escolha da</p><p>carreira profissional a ser seguida. Deve ter compreendido que a maior</p><p>parte dos indivíduos possui predileção por um tipo de aprendizagem</p><p>específica, ou seja, por um canal. As lições de maior êxito são em sua</p><p>maior parte multissensoriais. Por fim, deve ter aprendido que a memória</p><p>pode armazenar informações a curto prazo, isto é, de maneira temporária,</p><p>como instruções, compromissos, materiais. Enquanto a memória a longo</p><p>prazo é aquela em que armazenamos durante anos e podemos</p><p>acessá-las por vários anos.</p><p>RESUMO DO CAPÍTULO</p><p>Transtorno de déficit de atenção</p><p>e hiperatividade na infância e</p><p>treino cognitivo</p><p>C A P Í T U L O 2</p><p>OBJETIVO: Ao término deste capítulo você será capaz de entender como</p><p>funciona a identificação do déficit de atenção e hiperatividade na infância</p><p>e o treino cognitivo em crianças. Isto será fundamental para o exercício de</p><p>sua profissão. As pessoas que tentaram aplicar métodos de avaliação e</p><p>reabilitação neuropsicológica, e treino cognitivo sem a devida instrução</p><p>tiveram problemas ao avaliar o transtorno. E então? Motivado para</p><p>desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!</p><p>2.1 Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade na infância</p><p>O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma</p><p>psicopatologia classificada como a disfunção apresentada a partir de</p><p>sintomas próprios, os quais abrangem padrões preservados de desatenção</p><p>e/ou hiperatividade, desordenando o funcionamento e realização de</p><p>atividades de interação social e aprendizado de crianças (DALLA ROSA; DA</p><p>ROCHA, 2020).</p><p>O TDAH encontra-se entre as psicopatologias infantis, o qual se sobressai</p><p>visto a ampla incidência de diagnóstico atualmente. O TDAH é responsável</p><p>pelo comprometimento de funções, como:</p><p>• Memória.</p><p>• Atenção.</p><p>DEFINIÇÃO</p><p>A desatenção é definida como o padrão de comportamento onde</p><p>o sujeito apresenta dificuldades para iniciar, preservar-se</p><p>envolvido e finalizar uma atividade. Apresentando dificuldades</p><p>para organização de atividades e tarefas, bem como de escura</p><p>quando alguém fala e, planejamento e desenvolvimento de ações.</p><p>• Planejamento.</p><p>• Autocontrole.</p><p>Através de</p><p>intensificações nas investigações quando a origem do TDAH, de</p><p>maneira singular para cada criança, permite que seja delineado com</p><p>exatidão a hipótese diagnóstica. De outro modo, faz-se necessário e precisa</p><p>de tal diagnóstico para moldá-lo por meio da formação subjetiva da</p><p>criança (DALLA ROSA; DA ROCHA, 2020).</p><p>O TDAH é tido como um transtorno de neurodesenvolvimento, tipo este que</p><p>inclui ainda desordens de cunho:</p><p>• Aprendizagem.</p><p>• Comunicativo.</p><p>• Intelectual.</p><p>• Espectro autista.</p><p>O TDAH pode ser reconhecido também a partir de três grandes categorias,</p><p>as quais são classificadas conforme o quantitativo e origem dos sintomas:</p><p>• Classe predominantemente desatenta.</p><p>• Classe predominantemente hiperativa e/ou impulsiva.</p><p>• Classe de associação da desatenção e hiperatividade/impulsividade.</p><p>A classe predominantemente desatenta é caracterizada pela inclusão de</p><p>aspectos como a ausência de atenção a detalhes, associada a dificuldade</p><p>de preservar a atenção em uma dada coisa, ausência de escuta, perda da</p><p>concentração, dificuldade organizativa e esquecimentos corriqueiros</p><p>(ROCHA; ROSA, 2019).</p><p>A classe predominantemente hiperativa e/ou impulsiva, inclui a ocorrência</p><p>de atividade motora excessiva, fala abundante, inquietação, impaciência,</p><p>ausência de controle corporal, dentre outros aspectos (ROCHA; ROSA, 2019).</p><p>DEFINIÇÃO</p><p>A memória é definida como a habilidade mental, na qual sua</p><p>função é principalmente codificar, armazenar e recuperar dados.</p><p>Esta permite que possamos guardar, no nosso interior, vivências</p><p>como acontecimento, imagens que já vimos, ideais, bem como</p><p>sentimentos, dentre outros elementos.</p><p>E, a classe de associação da desatenção e hiperatividade/impulsividade,</p><p>é classificada a partir de sintomas distintos, advindos das duas outras</p><p>classes predominantes (ROCHA; ROSA, 2019).</p><p>O TDAH é corriqueiramente diagnosticado na primeira fase educacional,</p><p>ou seja, ainda na primeira infância; visto que este período faz com que as</p><p>crianças encarem as exigências impostas pela sociedade, e que seja</p><p>necessário ocorrer a dominância de suas ações e sentimentos (DALLA</p><p>ROSA; DA ROCHA, 2020).</p><p>Por um longo período o TDAH foi compreendido de maneira errônea, tido</p><p>como um diagnóstico com baixo impacto na vida dos pacientes.</p><p>Corriqueiramente a criança era submetida a avaliação é tratada por um</p><p>profissional não especialista, o diagnóstico baseia-se de acordo com as</p><p>queixas de hiperatividade e impulsividade, expressas pelos pais,</p><p>cuidadores ou professores, permeando a crença de remissão dos</p><p>sintomas durante a puberdade (DE SOUZA, 2019).</p><p>A primeira infância corresponde a fase dos 0 aos 6 anos de</p><p>idade, define-se como um período fundamental onde se dá o</p><p>desenvolvimento de estruturas e circuitos cerebrais, assim</p><p>como a obtenção de habilidades essenciais que permitem o</p><p>aprimoramento de competências futuras de maior nível e</p><p>complexidade.</p><p>VOCÊ SABIA?</p><p>Crianças normalmente apresentam sinais de hiperatividade os</p><p>quais podem se dar a partir de tagarelice; distração;</p><p>desempenho escolar ruim, ou declínio súbito deste;</p><p>impulsividade; desatenção; ansiedade; agitação incontrolável;</p><p>dificuldades para compreender instruções, dentre outros sinais.</p><p>VOCÊ SABIA?</p><p>Essa crença considerava o transtorno como algo que afetava</p><p>especialmente meninas que apresentavam problemas de ordem</p><p>comportamental, e, muitas vezes, atualmente apresenta ampla difusão.</p><p>Experimentos clínicos em alguns segmentos da saúde tem alterado de</p><p>modo significativo o modo de compreensão do TDAH. Estes experimentos</p><p>e estudos são especificamente de origem:</p><p>• Genética.</p><p>• Neuroimagem.</p><p>• Neuropsicologia.</p><p>É possível identificar que hoje em dia a vida urbana não é completamente</p><p>adaptada às necessidades motoras das crianças, sendo ainda</p><p>intransigente quanto a agitação e instabilidade que acontece na fase da</p><p>infância, podendo ser apontado o ritmo escolar, a constante limitação de</p><p>apartamentos, falta de espaços verdes e ambientes voltados para o lazer,</p><p>dentre outros fatores (DALLA ROSA; DA ROCHA, 2020).</p><p>No mais, a variabilidade relativa é identificada depois da realização de</p><p>procedimentos cirúrgicos, segregações, desagregação familiar, dentre</p><p>outros. Ocasionalmente, outros tipos de psicopatologias relacionam-se à</p><p>instabilidade, como comportamento agressivo, distúrbios do sono,</p><p>dificuldades de aprendizado escolar, e enurese (DALLA ROSA; DA ROCHA,</p><p>2020).</p><p>A impulsividade que as crianças portadoras de TDAH é capaz de gerar</p><p>incômodos na rotina social, especialmente em locais que carecem de</p><p>controle e manipulação do impulso.</p><p>Nos primórdios, o diagnóstico do TDAH nos anos de 1900 era considerado</p><p>como uma patologia misteriosa, considerada como dano cerebral</p><p>mínimo. Nessa ótica, o histórico do diagnóstico do TDAH ressalta o</p><p>isolamento do espaço epistêmico, não considerando fatores culturais,</p><p>econômicos, institucionais, morais, políticos e sociais (ROCHA; ROSA, 2019).</p><p>Hoje em dia o TDAH é definido de acordo com os padrões perseverantes</p><p>de desatenção e/ou comportamento, seja este hiperativo ou/e impulsivo,</p><p>em um grau superior ao identificado em crianças de mesma idade e nível</p><p>de desenvolvimento. Por este motivo, é considerado um transtorno de</p><p>neurodesenvolvimento, associado às desordens intelectuais,</p><p>comunicativas, de aprendizado e do espectro autista (ROCHA; ROSA, 2019).</p><p>Para que seja determinado o diagnóstico, é preciso que haja um padrão</p><p>constante de sintomas que se desenvolvam por um período de pelo</p><p>menos seis meses e que impactam significativamente no</p><p>desenvolvimento de atividades acadêmicas, profissionais e sociais</p><p>(ROCHA; ROSA, 2019).</p><p>O processo para diagnóstico do TDAH é completo, não apenas por caráter</p><p>dimensional da sintomatologia de desatenção e/ou hiperatividade, bem</p><p>como pela frequência elevada de comorbidades psíquicas que acomete</p><p>os pacientes.</p><p>A avaliação diagnóstica deve considerar situações clinica,s presença de</p><p>distintas condições, como déficits cognitivos, transtorno de aprendizagem</p><p>ou transtornos invasivos de desenvolvimento, sendo esta essencial para</p><p>melhor compreensão da complexidade de cada casa e criança envolvida,</p><p>para o delineamento da intervenção e suporte (DE SOUZA, 2007).</p><p>De acordo com as classes TDAH para o diagnóstico, a criança deve</p><p>apresentar alguns sintomas por pelo menos seis meses.</p><p>2.1.1 Sintomas identificados na classe predominantemente</p><p>desatento por pelo menos seis meses</p><p>De acordo com Schicotti (2013) os sintomas identificados na classe</p><p>predominantemente desatenta se dão por um período de seis meses ou</p><p>mais, estes são:</p><p>A impulsividade é considerada como uma característica de</p><p>comportamento onde os sujeitos agem antes de pensar, não</p><p>levando em consideração as consequências que suas ações</p><p>podem causar. Até um dado ponto, ser precipitado não</p><p>apresenta riscos aos estado mental e qualidade de vida.</p><p>Qualquer indivíduo age sem pensar em algum momento da</p><p>vida, especialmente em circunstâncias que envolvem níveis de</p><p>ansiedade elevados.</p><p>VOCÊ SABIA?</p><p>a) Corriqueiramente deixa de prestar atenção a detalhes ou</p><p>desenvolvimento de erros por falta de cuidado em atividades escolares,</p><p>de trabalho, etc.</p><p>b) Constantemente possui dificuldades em preservar atenção em</p><p>tarefas e atividades de caráter lúdico.</p><p>c) Constantemente parece não ouvir quando lhe direcionam a palavra.</p><p>d) Constantemente não obedece comando e não finaliza deveres, ou</p><p>tarefas no trabalho (o que não ocorre em virtude ao comportamento de</p><p>oposição ou pela associação de entendimento dos comandos).</p><p>e) Constantemente apresenta dificuldade de organização nas tarefas</p><p>ou demais atividades.</p><p>f) Constantemente evita, se incomoda, apresenta relutância no</p><p>desenvolvimento de tarefas que precisam de esforço mental por longos</p><p>períodos, como atividades escolares ou lições de casa.</p><p>g) Constantemente perde objetivos necessários para suas atividades,</p><p>como brinquedos, atividades escolares, lápis, livros, dentre outros.</p><p>h) Constantemente se distrai com estímulos externos.</p><p>i) Constantemente se esquece das atividades</p><p>diárias a serem</p><p>desenvolvidas.</p><p>2.1.2 Sintomas identificados na classe predominantemente</p><p>hiperativo-impulsivo por pelo menos seis meses</p><p>De acordo com Schicotti (2013) sintomas identificados na classe</p><p>predominantemente hiperativo-impulsivo se dão por um período de seis</p><p>meses ou mais, estes são:</p><p>a) Agitação constante de mãos ou pés, ou se remexe demasiadamente</p><p>na cadeira.</p><p>b) Constantemente abandona sua carteira na sala de aula e em</p><p>circunstâncias que deve manter-se sentado.</p><p>c) Constantemente corre ou escala intensamente, em circunstâncias</p><p>inadequadas.</p><p>d) Constantemente apresenta dificuldade para brincar ou realizar</p><p>atividades de lazer de modo silencioso.</p><p>e) Constantemente encontra-se em estado a mil, denominado ainda</p><p>como a todo vapor.</p><p>f) Constantemente fala intensamente.</p><p>g) Constantemente desenvolve respostas precipitadas antes da</p><p>finalização de uma pergunta.</p><p>h) Constantemente apresenta dificuldades em esperar sua vez.</p><p>i) Constantemente faz interrupções ou se inclui em assuntos de outros,</p><p>podendo ser brincadeiras/conversas.</p><p>2.1.3 Sintomas identificados na classe de associação da desatenção</p><p>e hiperatividade/impulsividade</p><p>A classe de associação da desatenção e hiperatividade/impulsividade os</p><p>sintomas se manifestam em mais de um lugar, se estendendo por um</p><p>período igual ou superior a seis meses. Para a determinação dessa classe</p><p>é preciso observar critérios de maneira minuciosa, dentre estes:</p><p>a) Período igual ou superior a seis meses.</p><p>b) Incompatibilidade com o nível de desenvolvimento.</p><p>c) Adaptação comprometida.</p><p>2.2 Treinamento Cognitivo em Transtorno de Déficit de Atenção e</p><p>Hiperatividade</p><p>A reabilitação neuropsicológica é uma técnica que visa capacitar</p><p>pacientes que apresentam prejuízos de ordem cognitiva, permitindo</p><p>melhor adequação biopsicossocial, viabilizando, ao maior qual, sua</p><p>habilidade de autonomia e independência de outros. Assim, aponta ainda</p><p>na orientação de familiares e cuidadores para que sejam desenvolvidas</p><p>estratégias de enfrentamento situacional (DA SILVA et al., 2019).</p><p>Após avaliação neuropsicológica minuciosa, o profissional, especialmente</p><p>o neuropsicólogo determinará os objetivos do tratamento e suas técnicas.</p><p>O processo de reabilitação neuropsicológica deve incluir a associação em</p><p>meio a personalidade, o modo de vida e o nível de cognição do paciente</p><p>(DA SILVA et al., 2019).</p><p>A reabilitação neuropsicológica apresenta efetividade quanto às</p><p>melhorias nas funções cognitivas, desenvolvimento de atividades</p><p>cotidianas e elevação da qualidade de vida. Assim, se pode optar por</p><p>alternativas de maior efetividades direcionada a recuperação das</p><p>funções afetadas. Atividades próprias, definidas pelo profissional através</p><p>das necessidades do paciente, estimulando mais prejudicadas pelo</p><p>transtorno (DA SILVA et al., 2019).</p><p>A reabilitação neuropsicológica apresenta aspectos individuais</p><p>direcionados para as carências e competências de cada sujeito como ser</p><p>singular.</p><p>Evidencia-se que a reabilitação neuropsicológica que as investigação do</p><p>comportamento possibilita, em meio a diversos procedimentos , a</p><p>promoção do aprendizado e modificações do comportamento durante a</p><p>reabilitação neuropsicológica (DA SILVA et al., 2019).</p><p>O emprego da abordagem comportamental em prol da reabilitação é o</p><p>método de raciocínio clínico não um aglomerado predefinido de técnicas</p><p>a serem seguidas com rigor.</p><p>A melhoria da qualidade de vida dos indivíduos tem como centro a</p><p>reabilitação, com o objetivo de priorizar o uso de funções preservadas, seja</p><p>de modo parcial ou completo, através do ensino de método de</p><p>compensação, obtenção de novas funções e adaptação às que se</p><p>perderam permanentemente (DA SILVA et al., 2019).</p><p>O treinamento cognitivo pode ser implementado para a reabilitação</p><p>neuropsicológica em crianças portadoras de Transtorno de Déficit de</p><p>Atenção e Hiperatividade, visto são treinos que apresentam efetividades</p><p>quanto a melhora das funções cognitivas, desenvolvimento de atividades</p><p>rotineiras e qualidade de vida destas (CANTIERE et al., 2012).</p><p>O treinamento pode ser compreendido como uma técnica ativa e</p><p>habilitada para capacitar sujeito que possui déficits desenvolvidos por</p><p>lesões ou patologias, sejam estes quanto ao funcionamento de ordem</p><p>física, psíquica ou social ideal. O treinamento visa a reabilitação quanto a</p><p>ampliação das funções cognitivas por meio do bem-estar, dia a dia e</p><p>relações sociais (CANTIERE et al., 2012).</p><p>A neuropsicologia desenvolvida para a reabilitação deve integrar os</p><p>âmbitos da neuropsicologia clínica, investigação comportamental,</p><p>retreino cognitivo, psicoterapia individual ou de grupo. As investigações</p><p>desencadeadas pelo comportamento propiciam, em meio a diversos</p><p>procedimentos, a promoção do aprendizado e das modificações no</p><p>comportamento. Portanto, o uso da abordagem comportamental em prol</p><p>da reabilitação das crianças é um método que envolve raciocínio clínico,</p><p>não sendo estes um complexo fixo de técnicas a serem seguidas com</p><p>rigor (CANTIERE et al., 2012).</p><p>As melhorias implementadas na qualidade de vida das crianças é o foco</p><p>central da reabilitação, dá preferência ao uso de funções conservadas,</p><p>seja esta de modo completo ou parcial, através do ensino de estratégias</p><p>de compensação, obtenção de novas competências e adequação</p><p>quanto às perdas de caráter permanente (CANTIERE et al., 2012).</p><p>O treino de atenção quando desenvolvido em crianças com TDAH</p><p>implicam em melhorias instâncias relacionadas ao padrão de atenção,</p><p>vigilância e flexibilidade cognitiva. Desse modo, pode-se apontar a</p><p>diminuição dos sintomas do déficit de atenção e hiperatividade em</p><p>crianças que possuem diagnóstico de TDAH após a realização de treino</p><p>psicológico (DA SILVA et al., 2019).</p><p>Desse modo, a reabilitação neuropsicológica é um método amplamente</p><p>utilizado em casos de transtornos ou distúrbios que impactam o sistema</p><p>nervoso com lesões, como no caso do TDAH (CANTIERE et al., 2012).</p><p>O TDAH é definido por quadros de desatenção e</p><p>hiperatividade/impulsividade na criança, contudo, os sintomas que</p><p>exprimem impactos severos surgem antes dos 7 anos de idade, mesmo</p><p>que o diagnóstico seja estabelecido em período tardio. O</p><p>comprometimento de tal transtorno pode estender-se por distintas</p><p>circunstâncias, como na educação e relações sociais (CANTIERE et al.,</p><p>2012).</p><p>O TDAH é atrelado às modificações nas funções executivas e na porção do</p><p>córtex pré-frontal, o que diversas vezes faz com que este seja definido</p><p>como sintomas semelhantes a de uma síndrome disexecutiva.</p><p>As funções executivas se mantém em meio aos fatores de maior</p><p>complexidade existentes na cognição, o que inclui a seleção de dados,</p><p>integração de dados do momento com os já processados e memorizados,</p><p>planejamento, monitoramento e flexibilização da cognição (CANTIERE et</p><p>al., 2012).</p><p>No TDAH as características mais comum identificadas são a dificuldade de</p><p>preservar atenção, impulsividade, inquietação, seja esta psíquica ou</p><p>motora, o que implica diretamente no comprometimento psíquico,</p><p>familiar, acadêmico e educacional, elevando o usos e abuso de</p><p>substâncias psicoativas e desemprego trabalhista (CANTIERE et al., 2012).</p><p>O treinamento cognitivo para TDAH inclui atividades como:</p><p>Atividade Tarefa Objetivo Tempo</p><p>Tangram Reprodução de</p><p>imagens usando</p><p>figuras geométricas</p><p>Treinar atenção</p><p>e flexibilidade</p><p>15 min</p><p>Jogo dos</p><p>7 erros</p><p>Identificar erros na</p><p>figura</p><p>Treinar atenção 10 min</p><p>Labirinto Identificar caminho</p><p>ideal para ligar um</p><p>ponto a outro</p><p>Treinar habilidade</p><p>de atenção</p><p>10 min</p><p>Ligar pontos Ligar pontos em uma</p><p>dada sequência,</p><p>letras e números</p><p>Treinar atenção</p><p>e flexibilidade</p><p>cognitiva</p><p>10 min</p><p>Dominó de</p><p>imagens e</p><p>contas</p><p>matemáticas</p><p>Identificar a figura ao</p><p>par semelhante</p><p>Treinar atenção</p><p>e memória</p><p>10 min</p><p>Quebra-</p><p>cabeças</p><p>Montar figura por</p><p>meio de encaixes</p><p>específicos</p><p>Treinar habilidade</p><p>de atenção e</p><p>memória</p><p>10 min</p><p>Achando</p><p>opostos</p><p>Identificar figura</p><p>corresponder ao</p><p>oposto</p><p>Treinar atenção,</p><p>flexibilidade e</p><p>memória</p><p>10 min</p><p>Sudoku em</p><p>imagens</p><p>Identificar</p><p>sequência</p><p>que possibilita com</p><p>que a imagem não</p><p>se repita</p><p>Treinar atenção</p><p>e memória</p><p>10 min</p><p>Memória Identificar figura</p><p>correspondente</p><p>ao par</p><p>Treinar atenção</p><p>e flexibilidade</p><p>10 min</p><p>O treino de comportamento direcionado para a seleção de dados,</p><p>integração de dados atuais com os já armazenados, planejamento,</p><p>monitoração e flexibilidade cognitiva, favorecendo o desenvolvimento de</p><p>crianças que possuem indícios de desatenção e hiperatividades na</p><p>realização de atividades que envolvem ações independentes e</p><p>autônomas. Normalmente são desenvolvidos jofo para o treino dessas</p><p>funções, estes são de ampla importância para os níveis de cognição</p><p>(SILVA et al., 2019).</p><p>Atividade Tarefa Objetivo Tempo</p><p>Desenho</p><p>animado</p><p>Assistir sem som e</p><p>formar história</p><p>conforme o que se viu</p><p>Treinar atenção,</p><p>memória e</p><p>flexibilidade</p><p>15 min</p><p>Contar e</p><p>recontar</p><p>histórias</p><p>Contar história a partir</p><p>de texto lido e ao final</p><p>recontar usando</p><p>elementos centrais</p><p>Treinar</p><p>compreensão e</p><p>produção verbal,</p><p>atenção, memória</p><p>e flexibilidade</p><p>15 min</p><p>Organizar</p><p>figuras</p><p>Arrumar figuras</p><p>conforme ordem</p><p>lógica, e contar</p><p>história criada</p><p>Treinar atenção,</p><p>memória e</p><p>flexibilidade</p><p>10 min</p><p>Caça-</p><p>palavras</p><p>identificar uma série</p><p>de palavras em meio</p><p>a letras distorcidas</p><p>Treinar atenção</p><p>e memórias</p><p>10 min</p><p>Construção</p><p>de história</p><p>Contar história</p><p>baseada em</p><p>quadrinhos e</p><p>organizar história a</p><p>partir de figuras</p><p>Treinar atenção,</p><p>memória e</p><p>flexibilidade</p><p>15 min</p><p>Tabela 4 - Atividades aplicaveis no treinamento cognitivo no TDAH Fonte: Adaptado do CANTIERE</p><p>et al. (p. 5 e 6, 2012).</p><p>O jogo é considerado uma fonte de diversão, descontração e associação,</p><p>bem como dispõe de papel essencial no desenvolvimento cognitivo, não</p><p>apenas do sujeito durante a infância, mas em todas as fases da vida.</p><p>O jogo possibilita que o treino de habilidades em déficit em crianças com</p><p>hiperatividade, e, consecutivamente, pode direcionar a resultados</p><p>satisfatórios no desenvolvimento de demais habilidades (SILVA et al., 2019).</p><p>2.3 Transtorno De Déficit de Atenção e Hiperatividade e a dificuldade de</p><p>socialização</p><p>O Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) com relação à</p><p>interação social, o TDAH impacta diretamente os portadores , estejam</p><p>estes em qualquer etapa da sua vida, dispondo de vários modos em meio</p><p>a distintas faixas etárias desencadeando intensos transtornos com o</p><p>decurso do tempo (DA SILVA et al., 2019).</p><p>Contrariamente ao que imaginamos, crianças com TDAH podem</p><p>apresentar dificuldade de socialização em virtude da elevada timidez que</p><p>apresenta, ou, ainda, de acordo com o excesso de agitação. Normalmente,</p><p>de acordo com seu comportamento de extrema inquietação,</p><p>apresentam-se dificuldades quanto a interação com outras crianças, pois</p><p>normalmente aparentam ser elétrico a todo instante, onde,</p><p>constantemente, apresenta, graves acessos de raiva, exigência</p><p>comportamental, agressividade e não cooperação, implicando desse</p><p>mood, a preservação e manutenção em ambientes escolares. No mais,</p><p>relação familiar é impactada igualitariamente (DA SILVA et al., 2019).</p><p>Geralmente, portadores de TDAH são impedidos de participar de reuniões</p><p>familiares por dispor de comportamento que não condiz, sendo</p><p>considerado inadequado com o local em que encontram-se inseridos</p><p>acabando por desencadear angústia em todos. Assim, passeios como ir</p><p>ao parque, ou ao mercado podem se transformar em um transtorno,</p><p>assim como, o relacionamento com pessoas fora do seu ambiente familiar</p><p>(DA SILVA et al., 2019).</p><p>Constantemente, tais comportamentos são diagnosticados</p><p>erroneamente, como transtorno desafiador e de oposição, o que implica</p><p>em sofrimento para estes e para pais, pois se houver o diagnóstico do</p><p>TDAH pode atenuar, ou ainda, eliminar esses comportamentos (DA SILVA et</p><p>al., 2019).</p><p>E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora,</p><p>só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de</p><p>estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter</p><p>aprendido que o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)</p><p>é uma psicopatologia classificada como a disfunção apresentada a partir</p><p>de sintomas próprios, e esta encontra-se entre as psicopatologias infantis,</p><p>o qual se sobressai visto a ampla incidência de diagnóstico atualmente.</p><p>Deve ter compreendido que o TDAH pode ser reconhecido também a partir</p><p>de três grandes categorias: a classe predominantemente desatenta é</p><p>caracterizada pela inclusão de aspectos como a ausência de atenção a</p><p>detalhes; a classe predominantemente hiperativa e/ou impulsiva, inclui a</p><p>ocorrência de atividade motora excessiva; e, a classe de associação da</p><p>desatenção e hiperatividade/impulsividade, é classificada a partir de</p><p>sintomas distintos. Deve ter aprendido que a impulsividade que as</p><p>crianças portadoras de TDAH é capaz de gerar incômodos na rotina social,</p><p>especialmente em locais que carecem de controle e manipulação do</p><p>impulso. E, o processo para diagnóstico do TDAH é completo, não apenas</p><p>por caráter dimensional da sintomatologia de desatenção e/ou</p><p>hiperatividade. Deve ter compreendido que o treinamento cognitivo pode</p><p>ser implementado para a reabilitação neuropsicológica em crianças</p><p>portadoras de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, visto são</p><p>treinos que apresentam efetividades quanto a melhora das funções</p><p>cognitivas, bem como deve ter aprendido que a neuropsicologia</p><p>desenvolvida para a reabilitação deve integrar os âmbitos da</p><p>neuropsicologia clínica, investigação comportamental, retreino cognitivo,</p><p>psicoterapia individual ou de grupo, e que o treino de comportamento</p><p>direcionado para a seleção de dados, integração de dados atuais com os</p><p>já armazenados, planejamento, monitoração e flexibilidade cognitiva,</p><p>favorecendo o desenvolvimento de crianças que possuem indícios de</p><p>desatenção e hiperatividades na realização de atividades que envolvem</p><p>ações independentes e autônomas. Por fim, deve ter aprendido que com</p><p>relação à interação social, o TDAH impacta diretamente os portadores ,</p><p>estejam estes em qualquer etapa da sua vida, dispondo de vários modos</p><p>em meio a distintas faixas etárias desencadeando intensos transtornos</p><p>com o decurso do tempo</p><p>RESUMO DO CAPÍTULO</p><p>Transtorno de Déficit de</p><p>Atenção e Hiperatividade</p><p>na Adolescência</p><p>C A P Í T U L O 3</p><p>OBJETIVO: Ao término deste capítulo você será capaz de entender como</p><p>funciona a reabilitação das funções executivas em adolescentes com déficit</p><p>de atenção e hiperatividade. Isto será fundamental para o exercício de sua</p><p>profissão. As pessoas que tentaram compreender as funções executivas nos</p><p>adolescentes sem a devida instrução tiveram problemas ao aplicar técnicas</p><p>de reabilitação destas. E então? Motivado para desenvolver esta</p><p>competência? Então vamos lá. Avante!</p><p>3.1 Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade na Adolescência</p><p>Nos homens, o sistema nervoso é responsável por definir a comunicação</p><p>com o mundo externo a partir das porções internas do organismo. O cérebro</p><p>é considerado como a parte essencial desse sistema, visto que é por meio</p><p>deste que tem-se consciência das informações que são captadas pelos</p><p>órgãos em direção aos sentidos e são processados os dados captados</p><p>(SILVA et al., 2019).</p><p>No mais, é sabido que não há dois cérebros iguais, contudo, todos os</p><p>indivíduos apresentam vias motoras e sensoriais de modo padrão. Pode-se</p><p>salientar também, que a maior parte do sistema nervoso é formado ainda</p><p>durante a fase embrionária do desenvolvimento fetal. Contudo, há</p><p>circunstâncias em que o cérebro de um sujeito não age da mesmo modo</p><p>que atua em outros sujeitos, no mesmo nível de desenvolvimento (SILVA et al.,</p><p>2019).</p><p>As modificações funcionais e de estrutura, apresentam relação com os</p><p>fatores que interferem na constituição do cérebro ainda na vida intrauterina</p><p>ou a aspectos que atuam sobre o órgão que nasceu saudável. Desse modo,</p><p>crianças e adolescentes que possuem cérebros diferentes, como nos casos</p><p>de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH),</p><p>indicam</p><p>comportamentos, competências e potencialidades cognitivas distintas do</p><p>que o sujeito que não possui o sistema nervoso modificado (SILVA et al.,</p><p>2019).</p><p>Antes de tudo, é preciso compreender o que é e como se define com TDAH.</p><p>O TDAH é caracterizado como a disfunção da atenção e níveis de</p><p>execução bem como modificação no controle emocional e dos processos</p><p>mentais. É possível identificar problemas de atenção em alguns casos,</p><p>hiperatividade, assim como impulsividade inadequada a situação. O TDAH</p><p>assim, corresponde ao distúrbio de comportamento em que distintos</p><p>quantitativos implica no rendimento escolar, relações familiares e sociais,</p><p>bem como desenvolvimento emocional e aspectos relacionados à</p><p>autoestima (SILVA et al., 2019).</p><p>Galen, foi um um dos primeiros profissionais a indicar por meio de</p><p>prescrição médica ópio para crianças apresentando cólicas, impaciência</p><p>e inquietação. O transtorno foi descrito pela primeira vez no ano de 1854,</p><p>na Alemanha (SILVA et al., 2019).</p><p>No ano de 1902, Still, apontou a existência de um problema em crianças,</p><p>que implica na inabilidade para internalizar normas e limites, assim como</p><p>sintomas desatenção, inquietação e impaciência, denominou-se então,</p><p>de crianças que apresentavam desordens na conduta moral. Esta</p><p>apontou ainda que esses comportamentos resultam em aspectos como:</p><p>• Hereditariedade.</p><p>• Disfunção.</p><p>• Danos cerebrais.</p><p>• Problemas ambientais.</p><p>A avaliação psíquica e a definição do diagnóstico do Transtorno de Déficit</p><p>de Atenção e Hiperatividade (TDAH) agrega um processo minucioso de</p><p>elevada complexidade, o que necessita que o profissional possua aporte e</p><p>experiência clínica, embasamento teórico e capacidade reflexiva (GRAEFF;</p><p>VAZ, 2008).</p><p>Com o passar do tempo, no âmbito escolar são inseridas tendências a</p><p>serem empregadas quanto a explicação do mau desempenho que alunos</p><p>que possuem TDAH apresentam. Mesmo quando o diagnóstico feito na</p><p>escola se dá de modo errôneo, o TDAH é responsável pela maior parte dos</p><p>problemas de origem escolar, visto que este, independente de possuir ou</p><p>não relação com a hiperatividade impactam de maneira significativa no</p><p>desempenho escolar, e, arcaica por prejudicar os adolescentes no que diz</p><p>respeito aos aspectos essenciais da aprendizagem de maneira global</p><p>(GRAEFF; VAZ, 2008).</p><p>A avaliação de suspeitas de TDAH deve ser desenvolvida de modo</p><p>cauteloso, sendo preciso que ocorra popularização de dados acerca</p><p>deste, embora estas nem sempre sejam claras para a sociedade como</p><p>um todo.</p><p>A falta de conhecimento sobre o TDAH desenvolve dificuldades, visto que</p><p>adolescentes, assim como crianças, podem ser diagnosticados de modo</p><p>errôneo com TDAH, bem como outros tantos que possuem tal patologia</p><p>podem passar despercebidos e não ser tratado como deveria ser (GRAEFF;</p><p>VAZ, 2008).</p><p>Em algumas circunstâncias, mesmo que o profissional possua</p><p>competência e habilidades esperadas, a determinação do diagnóstico</p><p>para o TDAH é possuidor de armadilhas, visto que se distingue de</p><p>diagnósticos mais exatos, como diagnósticos em que se identificam</p><p>problemas de ordem física ou quadros psicológicos. A inexistência de</p><p>testes físicos, neurológicos ou psicológicos pode ser apontada como a</p><p>primeira dificuldade identificada para definição de diagnóstico, tendo em</p><p>vista que a falta deste não pode provar de fato se há TDAH no adolescente</p><p>ou ainda na criança. Outra dificuldade que pode ser apontada é no</p><p>momento da avaliação clínica, onde o paciente pode não manter-se</p><p>quieto, desenvolvendo impossibilidade ao profissional quanto aos</p><p>aspectos que permitem a identificação de sintomas pertencentes ao</p><p>transtorno (GRAEFF; VAZ, 2008).</p><p>O TDAH é um dos três transtornos mais diagnosticados na pediatria,</p><p>seguido do Transtorno Desafiador Opositivo e Transtorno de Conduta,</p><p>podendo ser diagnosticado com prevalência de 3 a 26% na população</p><p>adolescente e infantil. Partindo deste ponto, faz-se necessário a realização</p><p>de avaliação minuciosa usando vários instrumentos além do benefício da</p><p>troca e atuação de equipe multiprofissional. Essa equipe pode ser</p><p>formada por:</p><p>• Neurologistas.</p><p>• Psicológicos.</p><p>• Psiquiatras.</p><p>• Psicopedagogos.</p><p>É essencial que os profissionais possuam conhecimento clínico quanto a</p><p>psicopatologia e que empreguem no seu dia a dia recursos como escalas</p><p>de testes neuropsicológicos e psicológicos, assim como de demais</p><p>profissionais para ajudá-lo nesse processo (GRAEFF; VAZ, 2008).</p><p>O TDAH é um transtorno que afeta o desenvolvimento do autocontrole,</p><p>identificado por déficits relativos ao período de atenção, manipulação de</p><p>impulsos e grau de atividade. Essa patologia é especialmente definida</p><p>pela dificuldade de preservar atenção, bem como pela agitação e</p><p>inquietude que os sujeitos apresentam, podendo apresentar ou</p><p>caracterizar-se como agitação e inquietude (GRAEFF; VAZ, 2008).</p><p>Os sintomas do TDAH seguem um padrão constante, sendo mais regulares</p><p>e intensos do que manifestações parecidas identificadas em sujeitos da</p><p>mesma idade e grau de desenvolvimento, visto ser bem comum</p><p>apresentar comportamento ativo, desatento e com impulsividade quando</p><p>comparados a adultos (GRAEFF; VAZ, 2008).</p><p>Portadores de TDAH constantemente são descritos como:</p><p>• Aborrecidos.</p><p>• Bagunceiro.</p><p>• Desligados.</p><p>• Desmotivados.</p><p>• Desorganizado.</p><p>• Sem força de vontade.</p><p>Além dessas particularidades, é comum que portadores do TDAH possua</p><p>outros sintomas, como:</p><p>• Dificuldade de organização.</p><p>• Intolerância à frustração.</p><p>• Sonho diurno.</p><p>• Troca constante de atividades.</p><p>O TDAH pode ainda ser associa a:</p><p>• Dificuldades emocionais.</p><p>• Dificuldades de relacionamento.</p><p>• Fracasso escolar.</p><p>Atualmente, a maioria dos profissionais clínicos apostam que o TDAH se dá</p><p>a partir de 3 problemáticas primárias:</p><p>• Dificuldade na preservação da atenção.</p><p>• Controle ou inibição de impulsos.</p><p>• Atividade excessiva.</p><p>Desse modo, é possível identificar sintomas complementares, como:</p><p>• Dificuldade em seguir comandos.</p><p>• Dificuldade em seguir regras.</p><p>• Diversificação de reações ao lidar com várias circunstâncias.</p><p>Portanto, os principais sintomas do TDAH são agrupados em três, sendo</p><p>eles:</p><p>• Desatenção.</p><p>• Hiperatividade.</p><p>• Impulsividade.</p><p>3.1.1 Desatenção</p><p>O déficit de atenção/hiperatividade em sua história já ultrapassa 1 século,</p><p>sendo no início enfatizados pelos sintomas de hiperatividade. Contudo, por</p><p>volta de 1980 os sintomas passaram a ser, ou não associados à</p><p>hiperatividade, acontecendo desse modo o desvio central do distúrbio,</p><p>visto que danos mais intensos eram desenvolvidos a partir do sintoma de</p><p>desatenção e não por sintomas de hiperatividade (GRAEFF; VAZ, 2008).</p><p>Os sintomas de desatenção geralmente são identificados a partir de:</p><p>• Dificuldade para se atentar a detalhes.</p><p>• Dificuldade organizativa.</p><p>• Dificuldade em preservar atenção em atividades lúdicas ou tarefas no</p><p>geral.</p><p>• Equívocos por descuidos em âmbito escolar ou de trabalho.</p><p>• Esquecer atividades cotidianas.</p><p>• Fácil distração.</p><p>• Não seguir regras.</p><p>• Não finalizar atividades.</p><p>• Relutância no desenvolvimento de atividades de esforço mental.</p><p>A desatenção causa dificuldade em preservar o foco em apenas uma</p><p>tarefa por um período considerado mais longo. Visto a oscilação que</p><p>ocorre de um estímulo para outro, é desenvolvida a impossibilidade de</p><p>foco e concentração em uma única atividade, desencadeando a</p><p>impressão de não estar sendo ouvido (GRAEFF; VAZ, 2008).</p><p>Corriqueiramente a desatenção pode apresentar-se como:</p><p>• Constantes alterações de assunto.</p><p>• Ausência de atenção ao que é dito.</p><p>• Ausência de atenção a regras como as de jogo e atividades.</p><p>Mesmo diante da intensidade desses sintomas, o profissional pode ser</p><p>confundido, visto que diversas patologias podem desenvolvê-los. Por tal</p><p>motivo a avaliação desses quadros devem ser realizadas com atenção e</p><p>cautela (GRAEFF; VAZ, 2008).</p><p>3.1.2 Hiperatividade</p><p>A hiperatividade pode ser compreendida como a inquietação motora e até</p><p>agressiva dando a impressão de estar sempre ligado à tomada, visto que se</p><p>encontra quase</p><p>sempre em atividade. É definida por inquietação ou</p><p>dificuldade em se manter quieto quando necessário (GRAEFF; VAZ, 2008).</p><p>A hiperatividade não é frequente em adolescentes com TDAH, pois, estas</p><p>podem manter-se quietas em novas circunstâncias, fascinantes e até</p><p>assustadoras, assim como, em situações em que estão a sós com outra</p><p>pessoa. A quietude é capaz de dificultar a identificação de sintomas durante</p><p>a realização de avaliação clínica. Portanto, a avaliação da hiperatividade</p><p>deve ser desenvolvida que envolvam:</p><p>• Escola.</p><p>• Trabalho.</p><p>• Sociedade/grupo.</p><p>Neste quesito deve ser considerado também que a hiperatividade tende a</p><p>reduzir de modo natural conforme o avanço da idade.</p><p>3.1.3 Impulsividade</p><p>A impulsividade é um aspecto relevante no cenário do TDAH, visto que pode</p><p>desenvolver impacto significativo na interação social do sujeito, bem como</p><p>ações que desencadeiam risco físico verdadeiro. A impulsividade no</p><p>adolescente com TDAH é definida como a ação desenvolvida pela ausência</p><p>de controle racional, isto é, pode realizar o que quiser, o que dá vontade, sem</p><p>mensuração ou apresentar preocupações com consequências</p><p>provenientes desta (GRAEFF; VAZ, 2008).</p><p>Portadores de TDAH possuem dificuldade intensa em preservar suas</p><p>respostas em meio a circunstâncias e pensar antes de agir, visto que</p><p>Esse tipo de especificidade implica de maneira negativa, seja no âmbito</p><p>social ou na aprendizagem. Na sala de aula esses adolescentes costumam:</p><p>• Dificuldade em aguardar sua vez.</p><p>• Expressar comentário sem pensar.</p><p>• Expressar comentários sem autorização.</p><p>• Iniciar atividades sem ler instruções completamente ou atentamente.</p><p>• Iniciar testes sem ler instruções completamente ou atentamente.</p><p>• Interromper a aula.</p><p>• Responder ao questionamento antes destes serem finalizados.</p><p>Em meio a relevância da impulsividade no TDAH, abordagens de cunho</p><p>científico apontam que dificuldades podem estar atreladas a déficit</p><p>significativo no mecanismo de inibição quanto ao comportamento. Essa</p><p>dificuldade pode se aprender em:</p><p>• Parar.</p><p>• Pensar.</p><p>• Planejar.</p><p>• Agir depois de parar, pensar e planejar.</p><p>Aprender a lidar com esse tipo de estratégias é aprender a desenvolver o</p><p>autocontrole, visto que estes encontram-se atrelados a um déficit</p><p>significativo no mecanismo de inibição comportamental. Essa dificuldade</p><p>pode impactar de modo significativo a administração de ações, isto é, o</p><p>adolescente portador de TDAH apresenta falhas no autocontrole, o que</p><p>impede que este administre seus comportamentos de modo efetivo como</p><p>outros indivíduos (GRAEFF; VAZ, 2008).</p><p>3.1.4 Avaliação diagnóstica</p><p>O diagnóstico do TDAH é feito complementado por meio de avaliação clínica</p><p>criteriosa do paciente, entretanto, é possível e indicado o desenvolvimento</p><p>de processo abrangente, onde se pode empregar diversos recursos e</p><p>instrumentos, como:</p><p>• Entrevista.</p><p>• Escala.</p><p>• Testes psicológicos.</p><p>O objetivo central de uma avaliação abrangente, envolve a determinação</p><p>da existência ou não do TDAH, além de aspectos relevantes como a</p><p>investigação de condições acadêmicas, psíquicas, familiares e sociais para</p><p>traçar um plano terapêutico ideal para o tratamento correto (GRAEFF; VAZ,</p><p>2008).</p><p>Desse modo, é essencial que se tenha visão ampla do paciente, não</p><p>restringindo a avaliação apenas a sintomas, abrangendo ainda fatores do</p><p>processo como:</p><p>• Fatores multiníveis.</p><p>• Fatores multimodal.</p><p>• Fatores psicodinâmicos.</p><p>É preciso ainda considerar as especificidades primárias da patologia,</p><p>considerando que a discrepância entre o TDAH e a normalidade é</p><p>considerada como um dilema clínico relevante, incumbido por diversos</p><p>diagnósticos errôneos definidos, os quais adentram o ambulatório</p><p>especializados dos serviços de saúde (GRAEFF; VAZ, 2008).</p><p>3.2 Reabilitação das funções executivas de adolescentes com Transtorno</p><p>de Déficit de Atenção e Hiperatividade</p><p>Os déficits no funcionamento executivo encontram-se constantemente</p><p>atrelados ao diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção e</p><p>Hiperatividade (TDAH) os quais podem direcionar o comprometimento de</p><p>várias atividades rotineiras. Esse comprometimento é associado a</p><p>dificuldades como:</p><p>• Dificuldade de concentração.</p><p>• Falha ao finalizar atividades.</p><p>• Inconsistência no desenvolvimento de um objetivo delineado.</p><p>IMPORTANTE</p><p>A escala de diagnóstico do TDAH em uso no território brasilsior é o</p><p>questionário SNAP-IV , possui uso internacional, elenca sintomas e</p><p>especificidades comportamentais quanto a características</p><p>pertinentes ao TDAH. Seu emprego se dá na avaliação inicial,</p><p>indicando que existe um transtorno.</p><p>Os indicativos de comprometimento das funções executivas envolvem</p><p>principalmente o desempenho escolar, além de danos na memória de</p><p>trabalho, e, constantemente, podem comprometer a compreensão na</p><p>leitura, e habilidades de reconhecimento de palavras. No mais, adiar</p><p>atividades e/ou não concluí-las, dificuldades em centralizar foco e preservar</p><p>a atenção, bem como dificuldades de estruturação e hierarquização, falhas</p><p>na memória e prospectiva, o que pode causar intensos prejuízos a nível</p><p>acadêmico, emocional e social do sujeito (ROCHA; NERY FILHO; ALVES, 2014).</p><p>O consenso em meio aos profissionais especializados no TDAH é que o</p><p>tratamento desse transtorno é caracterizado como multimodal, esta é,</p><p>portanto, a técnica que melhor oportuniza resultados na manipulação deste</p><p>(ROCHA; NERY FILHO; ALVES, 2014).</p><p>Tal abordagem agrega uma associação de métodos de treino cognitivo,</p><p>técnicas de comportamento de modificação comportamental, não apenas</p><p>para pacientes, mas ainda para pais e professores. As intervenções, desse</p><p>modo, precisam reconhecer aspectos inclusivos e variados, englobando</p><p>processos psicoeducativos e metacognitivos em prol do treino de funções</p><p>executivas, e, consecutivamente, o manejo dos sintomas existentes no</p><p>quadro do TDAH (ROCHA; NERY FILHO; ALVES, 2014).</p><p>Desse modo, é essencial entender a influência de jogos empregados para o</p><p>ganho cognitivo, fortalecendo, portanto, o âmbito da reabilitação</p><p>neuropsicológica.</p><p>3.3 Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e dificuldades de</p><p>socialização no adolescente</p><p>Em adolescentes, o TDAH normalmente apresenta ampla diversidade de</p><p>problemas, seja em âmbitos comportamentais, acadêmicos ou</p><p>interpessoais, desenvolvendo uma fração de dificuldades atreladas a</p><p>relações familiares, amigáveis e educacionais (SILVA et al., 2019).</p><p>Adolescentes que possuem diagnóstico de TDAH tendem a ser imaturos e</p><p>envolve-se constantemente em conflito com seus pais, apresentam</p><p>habilidades sociais pobres, e tendem a envolver-se com atividades que</p><p>apresentam elevado risco, como sexo sem proteção, conduta de</p><p>automoveis imprudente, assim como abuso de substanicas como o alcool e</p><p>drogas (SILVA et al., 2019).</p><p>Em meninas, durante a adolescência, a definição do diagnóstico é</p><p>complicada em virtude dos sintomas apresentarem menor evidência</p><p>quando comparado aos meninos. Geralmente, os sintomas em meninas</p><p>apresentam-se como:</p><p>• Ansiedade.</p><p>• Baixa autoestima.</p><p>• Desorganização.</p><p>• Esquecimento.</p><p>Normalmente estes sintomas são reprimidos. De acordo com as alterações</p><p>hormonais, adolescentes constantes têm esses sintomas intensificados, e,</p><p>contrariamente aos meninos, tendem a apresentar risco de gradivez não</p><p>planejada e não desejada (SILVA et al., 2019).</p><p>Pacientes com TDAH apresentam risco elevado para:</p><p>• Acidentes de trânsito.</p><p>• Abuso de álcool.</p><p>• Abuso de drogas.</p><p>• Baixo índice de conclusão do ensino médio.</p><p>• Dificuldades em concluir trabalho.</p><p>• Gravidez na adolescência.</p><p>• Crianças nascidas fora do casamento.</p><p>3.4 Comorbidades no Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade</p><p>Geralmente o diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção e</p><p>Hiperatividade (TDAH) é atrelado a outros transtornos neuropsiquiátricos.</p><p>Aposta-se que sintomas de TDAH são intimamente associados a fatores</p><p>genéticos, podendo atingir em média 76%, e, essa influência genética</p><p>atrelada a outros transtornos neuropsicológicos (SILVA et al., 2019).</p><p>As</p>