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<p>Referências Projetuais</p><p>Abrigo para vítimas de violência doméstica em Israel 1.</p><p>Casa da mulher Brasileira (CBM)2.</p><p>Casa Albergue KWIECO3.</p><p>Centro Comunitário Altenessen / Heinrich Böll Architekt4.</p><p>O Centro de Mulheres de Rufisque5.</p><p>Abrigo para vítimas de violência doméstica em Israel</p><p>Localização: Tel Aviv, Israel</p><p>Arquitetos responsáveis: Amos Goldreich e Jacobs Yanv</p><p>Medida do local: 1.600 m2</p><p>Área do projeto: Não divulgada</p><p>Ano: 2018</p><p>Ficha Técnica</p><p>O abrigo para vítimas de violência doméstica, liderado por Ruth Rasnic,</p><p>oferecerá um refúgio essencial para mulheres em profunda angústia e seus</p><p>filhos, que muitas vezes enfrentam problemas psicológicos graves. O</p><p>objetivo é proporcionar-lhes uma sensação tangível de calma e segurança,</p><p>criando um ambiente acolhedor e terapêutico onde possam reconstruir suas</p><p>vidas com orientação e apoio durante um período crítico de transição. Este</p><p>projeto exemplifica o compromisso da instituição de caridade 'No To</p><p>Violence' e promete contribuir significativamente para seu trabalho</p><p>contínuo, demonstrando o sucesso na criação de um lar longe de casa para</p><p>pessoas de diversas origens lidarem com seus traumas individuais.</p><p>Implantação projeto e entorno. ARCHDAILY, 2018</p><p>Áreas Comuns</p><p>Patio interno e Playground</p><p>Escritório e Serviços</p><p>Assistência e Apoio Social</p><p>Quartos de família</p><p>Cozinha e Refeitório</p><p>Acessos Principal</p><p>Vista da fachada interna e externa. FONTE:Amos Goldreich Arquitetura</p><p>O edifício possui duas fachadas distintas: uma exterior segura e protegida</p><p>e uma interior que dá acesso a um jardim central terapêutico. Cada família</p><p>recebe uma "casa" dentro do abrigo, separada das áreas comuns, e a creche é</p><p>fisicamente isolada para permitir um funcionamento normal. O pátio interno</p><p>serve como um ponto de encontro e proporciona conexões visuais entre os</p><p>residentes e a equipe.</p><p>Planta Pav. Térreo setorização e funções.</p><p>Fonte:agarchitecture.net/portfolio. Adaptado pelo autora.</p><p>Planta Pav. Superior Administrativo.</p><p>O abrigo oferece uma variedade de funções e espaços compartilhados,</p><p>incluindo salas de TV, lojas externas e uma sala de informática. A área de</p><p>apoio social inclui uma creche, um psicólogo infantil, professores e</p><p>cuidadores infantis. Além disso, são disponibilizados serviços adicionais,</p><p>como psicoterapeutas, terapeutas artísticos e voluntários, como</p><p>esteticistas, cabeleireiros e massagistas. As dependências independentes</p><p>para cada família, com acomodações funcionais e banheiros privativos, estão</p><p>destacadas em lilás. Por fim, a área de escritórios, em azul, abriga</p><p>assistentes sociais e advogados.</p><p>Como observação sobre o projeto, ao analisar a planta térrea, nota-se que</p><p>apenas o setor de serviços e coordenação está localizado na parte superior</p><p>da edificação, onde estão situadas as salas de trabalho, uma pequena copa e</p><p>um espaço multiuso. Este bloco é o único que se destaca nas imagens</p><p>internas e externas do abrigo, em comparação com os demais.</p><p>Vista do pátio central de convivências</p><p>Análise Crítica:</p><p>O Abrigo em Israel demonstra uma infraestrutura bem organizada, tanto em</p><p>termos de setorização quanto de serviços oferecidos para o acolhimento de</p><p>mulheres acompanhadas de seus filhos e dependentes. O amplo espaço</p><p>disponível para as vítimas no dia a dia é evidente desde a construção da</p><p>edificação, refletindo o compromisso com a segurança e o conforto durante</p><p>toda a estadia no abrigo.</p><p>Um aspecto destacado no projeto é a ênfase na transmissão de conforto e</p><p>esperança através dos espaços internos e externos. Isso é evidenciado pela</p><p>escolha de materiais claros, pela presença de vidros em todo o edifício e</p><p>pelo uso da vegetação para suavizar a sensação de confinamento que os muros</p><p>e portões poderiam causar. Esses elementos não apenas contribuem para o</p><p>bem-estar dos residentes, mas também refletem a intenção por trás do tema e</p><p>do projeto arquitetônico como um todo.</p><p>https://agarchitecture.net/portfolio/shelter-for-victims-of-domestic-violence/</p><p>https://agarchitecture.net/portfolio/shelter-for-victims-of-domestic-violence/</p><p>Casa da Mulher Brasileira(CMB)</p><p>Localização: SEN Setor de Grandes Áreas Nortes 601 - Brasilia, DF.</p><p>Tipologia: Assistência Social</p><p>Arquitetos Responsáveis: Marcelo Pontes, Raul Holfiger e Valéria Laval</p><p>Área do projeto: 3500m²</p><p>Ano do projeto: 2015</p><p>Ficha Técnica</p><p>A Casa da Mulher Brasileira, estabelecida pelo Decreto 8086 de 30 de agosto</p><p>de 2013, é parte do Programa Mulher Segura e Protegida. Ela serve como um</p><p>ponto central para uma variedade de serviços multidisciplinares destinados</p><p>a mulheres vítimas de violência. Gerenciada pelo Governo em conjunto com o</p><p>Estado e o Município, a Casa oferece uma gama de serviços especializados,</p><p>incluindo acolhimento, apoio psicossocial, delegacia, Juizado, Ministério</p><p>Público, Defensoria Pública, promoção da autonomia econômica, cuidado</p><p>infantil através de uma brinquedoteca, alojamento temporário e uma central</p><p>de transportes.</p><p>O programa de implantação da Casa da Mulher Brasileira tem alcance</p><p>nacional, visando estabelecer pelo menos uma sede em cada capital do país.</p><p>Atualmente, várias capitais já possuem essas sedes, como Boa Vista (RR),</p><p>Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), São Luís</p><p>(MA) e São Paulo (SP), porém, devido à falta de investimento, apenas duas</p><p>estão funcionando plenamente. Apesar de haver diversas Casas da Mulher</p><p>Brasileira espalhadas pelo Brasil, elas seguem um projeto padronizado</p><p>elaborado por arquitetos designados pelo Governo Federal. Esse projeto</p><p>busca garantir a integração dos serviços, oferecer um ambiente acolhedor e</p><p>seguro, reduzir custos e manter uma identidade visual unificada em todas as</p><p>capitais, tornando a Casa uma referência para mulheres em situação de</p><p>violência.</p><p>Vista da fachada. Fonte: ArcoWeb (2015).</p><p>A Casa da Mulher Brasileira em Brasília, inaugurada em junho de 2014,</p><p>possui uma área de cerca de 3500m² e pode atender até 250 pessoas por dia.</p><p>Localizada no setor de Grandes Áreas Norte 601, próxima ao encontro do Eixo</p><p>Monumental com o Eixo Rodoviário, sua estrutura é organizada em torno de um</p><p>eixo longitudinal central de simetria. O programa da Casa foi distribuído</p><p>nas duas laterais, garantindo acesso restrito aos espaços que demandam</p><p>maior privacidade, como o setor de alojamentos, situado na parte posterior</p><p>do edifício. O processo de atendimento começa com triagem e apoio</p><p>psicossocial, seguido pela possibilidade de utilizar os serviços da</p><p>Defensoria Pública e do Ministério Público, caso seja desejado pela vítima.</p><p>O projeto apresenta uma setorização dos ambientes com um pátio central que</p><p>integra os 8 pavilhões de setores ao redor. Esse pátio serve como um ponto</p><p>de encontro e convivência, mas carece de mobiliário e áreas verdes,</p><p>tornando-o pouco atrativo. Apesar de acessível por todos os setores, sua</p><p>presença contradiz a ideia de criar um espaço ao ar livre seguro para as</p><p>vítimas, conforme proposto no programa de necessidades do trabalho de</p><p>conclusão de curso.</p><p>ArcoWeb (2015).</p><p>Pátio Central . Fonte: 2015, Arcoweb</p><p>O projeto da Casa da Mulher Brasileira utiliza alvenaria estrutural, com</p><p>divisórias internas em drywall para flexibilidade no layout, visando</p><p>redução de custos e rapidez na execução por ser um edifício público. Cada</p><p>módulo possui 65x65m e abriga os setores de apoio à mulher. A cobertura com</p><p>curvas suaves, inspirada nos projetos do arquiteto Lelé, incorpora as cores</p><p>verde, amarelo e roxo, simbolizando a nacionalidade e a proteção à mulher.</p><p>A área de acolhimento, iluminada naturalmente pelo pátio central, é</p><p>decorada predominantemente em roxo, representando apoio à luta feminista.</p><p>Uma parede de cobogós divide o setor psicossocial e a brinquedoteca,</p><p>proporcionando feminilidade e delicadeza ao ambiente.</p><p>Fachada do edifício e Ambiente de recepção . Fonte: 2015, Arcoweb</p><p>A Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher ocupa dois módulos, com</p><p>áreas para registro de ocorrência, administração e alas provisórias. Uma</p><p>sala multiuso sem palco ou arquibancada é flexível para reuniões,</p><p>capacitações e oficinas. Os alojamentos, localizados</p><p>nos fundos da</p><p>edificação, abrigam mulheres em risco extremo por até 48 horas, com leitos</p><p>coletivos e falta de privacidade. O refeitório é compartilhado e não há</p><p>atendimento médico disponível na Casa.</p><p>Sala multiuso e Alojamentos . Fonte: 2015, Arcoweb</p><p>https://revistaprojeto.com.br/acervo/casas-acolhimento-mulheres-vitimas-violencia/</p><p>https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/defesa-civil-interdita-sede-da-</p><p>casa-da-mulher-brasileira-em-brasilia.ghtml</p><p>https://pvmulher.com.br/inauguracao-da-casa-da-mulher-brasileira-em-brasilia-</p><p>reforca-tolerancia-zero-a-violencia/</p><p>Análise Crítica:</p><p>A Casa da Mulher Brasileira possui um programa de necessidades abrangente,</p><p>porém, devido às diferentes escalas das edificações, nem todos os elementos</p><p>foram contemplados nesta proposta, como a inclusão de um Tribunal de</p><p>Justiça. Além disso, a arquitetura da Casa da Mulher Brasileira tem um</p><p>caráter predominantemente institucional e carece de uma abordagem mais</p><p>humanizada, apresentando espaços formais e com pouco espaço de acolhimento.</p><p>https://revistaprojeto.com.br/acervo/casas-acolhimento-mulheres-vitimas-violencia/</p><p>https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/defesa-civil-interdita-sede-da-casa-da-mulher-brasileira-em-brasilia.ghtml</p><p>https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/defesa-civil-interdita-sede-da-casa-da-mulher-brasileira-em-brasilia.ghtml</p><p>https://pvmulher.com.br/inauguracao-da-casa-da-mulher-brasileira-em-brasilia-reforca-tolerancia-zero-a-violencia/</p><p>https://pvmulher.com.br/inauguracao-da-casa-da-mulher-brasileira-em-brasilia-reforca-tolerancia-zero-a-violencia/</p><p>Casa Albergue KWIECO</p><p>Localização: Moshi, Tanzânia</p><p>Área: 423 m²</p><p>Arquitetos: Hollmén, Reuter and Sandman Architects</p><p>Ano do projeto: 2015</p><p>Ficha Técnica</p><p>A KWIECO, fundada em 1987, oferece orientação jurídica, de saúde, social e</p><p>econômica para mulheres na região do Kilimanjaro, onde elas enfrentam</p><p>sérias vulnerabilidades aos seus direitos fundamentais. Diante das lacunas</p><p>legais e das normas sociais que perpetuam a violência contra as mulheres, a</p><p>KWIECO e a ONG Ukumbi desenvolveram o conceito de Casa Abrigo, buscando</p><p>financiamento do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Finlândia para sua</p><p>implementação. A primeira fase da construção foi concluída em maio de 2015,</p><p>com uma arquitetura que respeita a cultura local e utiliza materiais,</p><p>energia e conhecimentos regionais, garantindo participação comunitária para</p><p>promover um senso de pertencimento entre os usuários. Atualmente, estão em</p><p>busca de fundos para finalizar a segunda e última fase do projeto.</p><p>O projeto consiste em um espaço com blocos amarelos contrastando com a</p><p>terra vermelha, dispostos em torno de um pátio central. Os edifícios estão</p><p>localizados no fundo do terreno, afastados da estrada principal, criando</p><p>assim um grande pátio dianteiro que proporciona privacidade às vítimas</p><p>abrigadas. Esta disposição é uma estratégia importante a ser considerada. O</p><p>espaço inclui quartos, banheiros, área para primeiros socorros, cozinha e</p><p>uma área de jantar comum ao ar livre. Para promover a ventilação natural,</p><p>foram projetados vazios e aberturas ao longo do edifício, enquanto a</p><p>iluminação natural é favorecida por clarabóias em todos os quartos. Além</p><p>disso, nos banheiros, foram propostas paredes revestidas com azulejos</p><p>feitos de garrafas de vidro recicladas, permitindo a transferência da luz</p><p>externa para o interior do ambiente.</p><p>vista norte do edifício e maquete fisíca.</p><p>Fonte:architectural-review e ukumbi.org</p><p>Sanitários</p><p>Circulação</p><p>Dormitórios</p><p>Área de Serviço</p><p>Espaço Coletivo</p><p>Pátio Interno e Externo</p><p>Acessos Principal</p><p>O projeto permite que mulheres e seus filhos usem todo o espaço livremente,</p><p>transmitindo uma sensação de liberdade semelhante à ausência de muros e com</p><p>controle de acessos garantido por grandes grades ao redor do terreno,</p><p>mantendo a sensação de segurança.</p><p>vista área central e da parte inferior. Fonte:architectural-</p><p>review e ukumbi.org</p><p>O Albergue é composto por dez quartos individuais, capazes de acomodar até</p><p>10 famílias. Na planta, esses quartos estão identificados em azul. As áreas</p><p>comuns e sanitárias estão marcadas em marrom e amarelo, incluindo um</p><p>fraldario e um sanitário adaptado para pessoas com mobilidade reduzida. Os</p><p>espaços coletivos, como a cozinha, refeitório, lavanderia, salas e</p><p>depósitos variados, são destacados em lilás. O pátio interno e externo,</p><p>junto com uma área verde contendo vegetação nativa preservada ao redor do</p><p>abrigo, são representados em verde.</p><p>Planta Pav Térreo. Fonte:ukumbi.org</p><p>https://revistaprojeto.com.br/acervo/casas-acolhimento-mulheres-vitimas-violencia/</p><p>https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/defesa-civil-interdita-sede-da-</p><p>casa-da-mulher-brasileira-em-brasilia.ghtml</p><p>https://pvmulher.com.br/inauguracao-da-casa-da-mulher-brasileira-em-brasilia-</p><p>reforca-tolerancia-zero-a-violencia/</p><p>Análise Crítica:</p><p>O projeto da Casa de Abrigo Albergue KWIECO surgiu como uma iniciativa</p><p>privada para fornecer assistência social a uma comunidade vulnerável, onde</p><p>a legislação local não protege adequadamente as mulheres. Ambos os projetos</p><p>enfrentam desafios em um contexto de sociedade machista e recursos</p><p>limitados para a construção do centro.</p><p>A casa possui poucas áreas comuns para convívio das usuárias com funções</p><p>específicas, com exemplo, oficinas, centro de ensino, que representam um</p><p>avanço na recuperação e reintegração das mulheres na sociedade. É essencial</p><p>não apenas fornecer abrigo, mas também buscar avanços na proteção das</p><p>mulheres.</p><p>https://revistaprojeto.com.br/acervo/casas-acolhimento-mulheres-vitimas-violencia/</p><p>https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/defesa-civil-interdita-sede-da-casa-da-mulher-brasileira-em-brasilia.ghtml</p><p>https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/defesa-civil-interdita-sede-da-casa-da-mulher-brasileira-em-brasilia.ghtml</p><p>https://pvmulher.com.br/inauguracao-da-casa-da-mulher-brasileira-em-brasilia-reforca-tolerancia-zero-a-violencia/</p><p>https://pvmulher.com.br/inauguracao-da-casa-da-mulher-brasileira-em-brasilia-reforca-tolerancia-zero-a-violencia/</p><p>Centro Comunitário Evangélico Altenessen</p><p>Localização: Mallinckrodtplatz, Alemanha</p><p>Área: 970 m²</p><p>Arquitetos: Heinrich Böll Architekt</p><p>Ano do projeto: 2018</p><p>Ficha Técnica</p><p>O projeto do novo edifício do centro comunitário é concebido como um espaço</p><p>de comunidade, com um pátio central de três lados que se abre para o sul,</p><p>convidando a interação. A leve rotação na disposição da planta cria um</p><p>diálogo com a igreja local, destacando sua importância como ponto de</p><p>encontro espiritual.</p><p>O centro comunitário em Mallinckrodtplatz, Alemanha, é projetado para se</p><p>integrar ao tecido urbano como um espaço acolhedor e central. Sua abertura</p><p>para o sul cria um ambiente convidativo, destacando-se ao lado de outros</p><p>pontos de referência da comunidade, como o hospital e a igreja, de maneira</p><p>imponente.</p><p>vista do pátio interno do edifício e vista para a igreja vizinha</p><p>Fonte:https://architekt-boell.de/</p><p>Implantação</p><p>Fonte:https://architekt-boell.de/</p><p>Nascer do Sol</p><p>Por do Sol</p><p>https://architekt-boell.de/</p><p>https://architekt-boell.de/</p><p>vista do pátio interno do edifício e vista da lateral do Centro</p><p>Comunitário Altenessen</p><p>Fonte:https://architekt-boell.de/</p><p>Salas de Reuniões</p><p>Serviço</p><p>Sala Multiuso</p><p>Pátio</p><p>Loja de Caridade</p><p>Garagem</p><p>Acessos Principal</p><p>As três alas do edifício são destinadas a diferentes funções: a ala leste é</p><p>designada para atividades juvenis, a ala norte abriga salas de reuniões e a</p><p>ala oeste é reservada para escritórios e vestiários. A distribuição das</p><p>áreas de uso no térreo garante acessibilidade sem obstáculos em todas as</p><p>partes do edifício.</p><p>O projeto utiliza principalmente tijolos aparentes na fachada externa, em</p><p>harmonia com a igreja adjacente, enquanto o interior é composto por vidro,</p><p>com portas que facilitam a transição entre os espaços interno e externo</p><p>durante o verão. Os corredores internos são direcionados para o pátio,</p><p>promovendo uma comunicação contínua no local.</p><p>Planta baixa</p><p>Fonte:https://architekt-boell.de/</p><p>A escolha dos materiais</p><p>é intemporal: tijolo para a fachada, chapa de zinco</p><p>para o telhado, madeira para os caixilhos das janelas. Há também uma árvore</p><p>no quintal que convida a ficar.</p><p>https://architekt-boell.de/</p><p>https://architekt-boell.de/</p><p>https://architekt-boell.de/projekte/gemeindezentrum-altenessen</p><p>Análise Crítica:</p><p>O Centro Comunitário em Mallinckrodtplatz é um excelente exemplo de</p><p>arquitetura que atende às necessidades da comunidade, interação social,</p><p>inclusão e sustentabilidade, ao mesmo tempo que se integra de forma</p><p>harmoniosa ao ambiente urbano e cultural circundante.</p><p>Sua abordagem espacial e material é notável, com o uso predominante de</p><p>tijolos aparentes na fachada externa, em sintonia com a estética da igreja</p><p>local. Internamente, o emprego do vidro facilita uma transição suave entre</p><p>os espaços interno e externo, promovendo uma sensação de continuidade e</p><p>conexão com o entorno.</p><p>A estrutura do edifício foi cuidadosamente projetada para garantir</p><p>acessibilidade e funcionalidade, com suas três alas dedicadas a diferentes</p><p>funções de interação comunitária.</p><p>https://architekt-boell.de/projekte/gemeindezentrum-altenessen</p><p>Localização: MRufisque,Senegal</p><p>Área: 220,00m²</p><p>Arquitetas: Hollmèn, Reuter e Sandman</p><p>Ano do projeto: 2001</p><p>Ficha Técnica</p><p>O programa de necessidades foi elaborado em colaboração com a comunidade</p><p>destinada a usufruir das atividades do centro. Era imperativo que o centro</p><p>contribuísse para o desenvolvimento de habilidades associadas às atividades</p><p>tradicionais das mulheres, visando à geração de renda. Isso incluía</p><p>oficinas de tingimento, costura, tricô, tapeçaria e macramê, entre outras.</p><p>Além disso, o centro oferece um espaço semelhante a uma creche, onde as</p><p>crianças podem ficar enquanto suas mães participam das atividades, e</p><p>desempenha um papel vital no entretenimento local, com a realização de</p><p>danças típicas aos sábados à noite, conhecidas como soirées, que são</p><p>abertas à comunidade local, incluindo homens e mulheres de todas as idades.</p><p>O Centro de Mulheres de Rufisque, localizado no Senegal, é uma estrutura</p><p>que se destaca no contexto do "tecido urbano informal" no norte da cidade.</p><p>Sua presença na paisagem é marcada por paredes pintadas com uma cor</p><p>vibrante, evocando as antigas edificações coloniais.</p><p>vista da Fachada. Fonte:ukumbi.org</p><p>Implanta baixa. Fonte:architectureindevelopment</p><p>O Centro de Mulheres de Rufisque</p><p>Sanitários</p><p>Sala Multiuso</p><p>Pátio</p><p>Guarita</p><p>Acessos Principal</p><p>O projeto começa com um ponto de guarita localizado na esquina do lote,</p><p>facilitando a circulação das pessoas que entram, saem e se movimentam</p><p>próximo ao centro. Este é o único volume que possui uma laje de concreto,</p><p>pois também serve como base para o reservatório de água. Os edifícios</p><p>destinados às atividades do centro são dispostos em forma de U ao redor do</p><p>pátio central. No canto oposto à guarita, estão localizados dois banheiros:</p><p>um para a comunidade em geral, aberto para a rua, e outro para os usuários</p><p>do centro, aberto para o pátio central. Um muro conecta todos esses</p><p>prédios, proporcionando uma sensação de unidade. Em uma das fachadas desse</p><p>muro, há um elemento de cobogó em concreto, que contribui para o sistema de</p><p>ventilação.</p><p>vista da entra do centro e vista do pátio e área de</p><p>circulação.Fonte:ukumbi.org</p><p>O projeto adota materiais e técnicas construtivas locais para garantir a</p><p>adequação ao contexto. As paredes foram erguidas com blocos de concreto</p><p>moldados no local, enquanto o telhado é feito de metal leve. Observar o</p><p>edifício foi construído em uma elevação considerável, devido à área</p><p>propensa a alagamentos durante as chuvas. Uma fundação de pilares foi</p><p>planejada devido ao solo composto por argila cinza, que retém água</p><p>subterrânea e é instável devido ao histórico de ser uma área de despejo de</p><p>lixo. O piso do pátio interno foi produzido com técnicas locais, combinando</p><p>concreto, areia e conchas esmagadas.</p><p>O telhado de metal corrugado é suportado por vigas metálicas, com "forro"</p><p>de esteiras de palha. A circulação de ar entre o telhado corrugado e o</p><p>forro contribui para a ventilação cruzada, mantendo os ambientes internos</p><p>mais frescos. Detalhes do telhado e dos cobogós de concreto, que auxiliam</p><p>na circulação de ventilação, são ilustrados na Figura 30. O conforto</p><p>climático é alcançado através dessa ventilação cruzada, áreas sombreadas,</p><p>telhado e forro de palha, além das posições estratégicas das aberturas de</p><p>janelas.</p><p>Detalhes do cobogó e do telhado.Fonte:ukumbi.org</p><p>Devido à escassez de madeira na região, as esquadrias foram feitas de</p><p>metal, uma alternativa mais viável economicamente. Materiais reciclados,</p><p>como aros de rodas de carros usados como janelas nos banheiros e bases de</p><p>garrafas de vidro incorporadas nas paredes para aumentar a entrada de luz</p><p>natural, foram amplamente empregado. É digno de nota que a construção do</p><p>centro foi realizada pelas mãos das mulheres da comunidade.</p><p>Os aros de rodas de carros, parede com garradas de vidros verde, e</p><p>esquadrias metálicas.o.Fonte:ukumbi.org</p><p>https://www.ukumbi.org/projects/womens-centre.html</p><p>https://s3.us-east-1.amazonaws.com/media.archnet.org/system/publications/contents/1213/original/FLS1244.pdf?1384750108</p><p>Forro de Palha</p><p>Vigas Metálicas e Ventilação</p><p>Cobogós de Concreto</p><p>Telha de Metal Corrugado</p><p>https://www.ukumbi.org/projects/womens-centre.html</p><p>https://s3.us-east-1.amazonaws.com/media.archnet.org/system/publications/contents/1213/original/FLS1244.pdf?1384750108</p><p>Análise Crítica:</p><p>O Centro de Mulheres de Rufisque é um exemplo notável de arquitetura que</p><p>considera cuidadosamente o contexto cultural, ambiental e social. Ele é</p><p>projetado para promover a participação da comunidade, a sustentabilidade e</p><p>a funcionalidade, com o objetivo de atender às necessidades das mulheres e</p><p>da comunidade em geral. No entanto, um ponto crítico a ser considerado é a</p><p>ausência de instalações de acolhimento para mulheres e seus dependentes não</p><p>têm um local de permanência, isso pode ser uma limitação séria para a</p><p>eficácia do centro em atender às necessidades mais prementes da comunidade.</p><p>O centro oferece uma ampla gama de atividades, desde oficinas que ensinam</p><p>habilidades tradicionais às mulheres até espaços para cuidados infantis e</p><p>eventos sociais. A disposição dos edifícios em torno de um pátio central em</p><p>forma de U não só facilita a circulação, mas também cria um ambiente</p><p>propício para atividades ao ar livre.</p>