Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

<p>Unidade 1</p><p>Adaptações Funcionais e Ambientais</p><p>Específicas das Necessidades do Idoso</p><p>Adaptações</p><p>Funcionais no</p><p>Idoso</p><p>Diretor Executivo</p><p>DAVID LIRA STEPHEN BARROS</p><p>Gerente Editorial</p><p>ALESSANDRA VANESSA FERREIRA DOS SANTOS</p><p>Projeto Gráfico</p><p>TIAGO DA ROCHA</p><p>Autoria</p><p>ALCIRIS MARINHO CORRÊA RODRIGUES</p><p>PAULO HERALDO COSTA DO VALLE</p><p>AUTORIA</p><p>Alciris Marinho Corrêa Rodrigues</p><p>Olá. Meu nome é Alciris Marinho Corrêa Rodrigues. Sou formada em</p><p>Enfermagem com Especialização em Micropolíticas de Saúde, Gestão da</p><p>Docência do Ensino Superior, MBA em Administração Hospitalar com uma</p><p>experiência técnico-profissional na área de saúde de 29 anos, trabalhando</p><p>em atenção básica em saúde. Trabalhei como supervisora do Programa</p><p>do Idoso na Unidade Básica de Saúde pelo Sistema Único de Saúde por</p><p>mais de 10 anos. Tenho experiência de 8 anos na docência no ensino</p><p>superior. Amo o que faço, e procuro transmitir a minha experiência de</p><p>trabalho, e de vida na assistência, aos acadêmicos que estão buscando</p><p>cada vez mais a se aperfeiçoar em suas profissões. Por isso fui convidada</p><p>pela Editora Telesapiens a agregar seu elenco de autores independentes.</p><p>Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e</p><p>trabalho. Conte comigo!</p><p>Paulo Heraldo Costa do Valle</p><p>Olá. Meu nome é Paulo Heraldo Costa do Valle. Sou formado em</p><p>fisioterapia, mestre e doutor em fisiologia pela Universidade Federal de</p><p>São Carlos (UFSCar), com experiência técnico, profissional e acadêmica</p><p>na área de saúde a mais de 25 anos. Trabalhei em várias universidades</p><p>do país. Já trabalhei como consultor AD HOC do MEC para autorização,</p><p>reconhecimento e renovação de cursos de graduação, fui membro da</p><p>Comissão Assessora do Curso de Fisioterapia do ENADE. Fui membro</p><p>da Comissão de Qualificação de Cursos e da Comissão de Educação do</p><p>COFFITO e membro da Comissão de Sindicância do CREFITO. Fui Vice-</p><p>presidente da Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia e Presidente</p><p>da Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia. Além da Telesapiens já</p><p>produzi conteúdos para 5G Educacional, Campanha Nacional de Escolas</p><p>da Comunidade, Delínea, DPContent, DTCOM, Editora Guanabara Koogan,</p><p>Kroton Educacional, Laureate Digital, Must, Phorte Educacional, SGS</p><p>Academy, Uniasselvi, Uninove, Unyleya e VG Educacional. Sou apaixonado</p><p>pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que</p><p>estão iniciando em suas profissões. Por isso trabalho junto com a Editora</p><p>Telesapiens compondo o seu elenco de autores independentes. Estou</p><p>muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho.</p><p>Conte comigo sempre.</p><p>ICONOGRÁFICOS</p><p>Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez</p><p>que:</p><p>OBJETIVO:</p><p>para o início do</p><p>desenvolvimento</p><p>de uma nova</p><p>competência;</p><p>DEFINIÇÃO:</p><p>houver necessidade</p><p>de apresentar um</p><p>novo conceito;</p><p>NOTA:</p><p>quando necessárias</p><p>observações ou</p><p>complementações</p><p>para o seu</p><p>conhecimento;</p><p>IMPORTANTE:</p><p>as observações</p><p>escritas tiveram que</p><p>ser priorizadas para</p><p>você;</p><p>EXPLICANDO</p><p>MELHOR:</p><p>algo precisa ser</p><p>melhor explicado ou</p><p>detalhado;</p><p>VOCÊ SABIA?</p><p>curiosidades e</p><p>indagações lúdicas</p><p>sobre o tema em</p><p>estudo, se forem</p><p>necessárias;</p><p>SAIBA MAIS:</p><p>textos, referências</p><p>bibliográficas</p><p>e links para</p><p>aprofundamento do</p><p>seu conhecimento;</p><p>REFLITA:</p><p>se houver a</p><p>necessidade de</p><p>chamar a atenção</p><p>sobre algo a ser</p><p>refletido ou discutido;</p><p>ACESSE:</p><p>se for preciso acessar</p><p>um ou mais sites</p><p>para fazer download,</p><p>assistir vídeos, ler</p><p>textos, ouvir podcast;</p><p>RESUMINDO:</p><p>quando for preciso</p><p>fazer um resumo</p><p>acumulativo das</p><p>últimas abordagens;</p><p>ATIVIDADES:</p><p>quando alguma</p><p>atividade de</p><p>autoaprendizagem</p><p>for aplicada;</p><p>TESTANDO:</p><p>quando uma</p><p>competência for</p><p>concluída e questões</p><p>forem explicadas;</p><p>SUMÁRIO</p><p>Envelhecimento do Idoso: Avaliação e Implicações</p><p>Funcionais ...................................................................................................... 12</p><p>Avaliação Multidimensional do Idoso ............................................................................... 12</p><p>Envelhecimento do Idoso e Implicações Funcionais de uma Idade</p><p>Avançada ............................................................................................................................................... 15</p><p>Adaptações funcionais específicas às necessidades dos</p><p>idosos .................................................................................................................................... 21</p><p>Treinamento Funcional para Idosos ....................................................23</p><p>Prevenção, Melhoramento e Restrições de Exercícios de Treinamento</p><p>Funcional para Idosos ..................................................................................................................26</p><p>Adaptações Ambientais Específicas às Necessidades do</p><p>Idoso .................................................................................................................29</p><p>Adaptação do Ambiente Interno e Externo do Idoso ...........................................29</p><p>Orientações de Adaptações do Ambiente Interno do Idoso ........................... 31</p><p>Padrões do Domicílio do Idoso .............................................................................................32</p><p>Orientações em Relação ao Ambiente Externo ao Idoso..................................33</p><p>Idosos em Instituições de Longa Permanência ............................. 35</p><p>Adaptação do Ambiente Interno em ILP ....................................................................... 36</p><p>9</p><p>UNIDADE</p><p>01</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>10</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Você sabia que a área de atenção à saúde do idoso, é uma das</p><p>áreas da saúde que a cada dia se torna mais valorizada? Isso porque o</p><p>envelhecimento populacional é um evento global. Segundo os dados do</p><p>Ministério da Saúde, o Brasil envelhece de maneira veloz e intensa, o País</p><p>tinha 28 milhões de idosos em 2018, ou seja 13,5% do total da população.</p><p>A projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), explicita</p><p>que em 2031, a população de idosos será de 43,2 milhões, e irá ultrapassar</p><p>pela primeira vez de crianças e adolescentes, de 0 a 14 anos que</p><p>abrangerá 42,3 milhões. O fato é que antes de 2050, os idosos já deverão</p><p>ser um grupo de parcela expressiva da população com idade entre 40 e</p><p>59, aproximando-se a 29,6 milhões irá perfazer o total de pessoas acima</p><p>dos 60 anos de idade. ELSI-Brasil concretizou pesquisas sobre a vida</p><p>da população idosa foram investidos R$ 7,3 milhões, para esta pesquisa</p><p>com verbas do Ministério da Saúde e Ministério da Ciência, Tecnologia,</p><p>Inovações e Comunicações, o estudo enfatizou sobre relatos sobre os</p><p>hábitos comportamentais, dos 43% dos idosos analisados os mesmos</p><p>temiam quedas ao saírem nas ruas das cidades. Partindo do pressuposto</p><p>de que o envelhecimento é um processo natural de redução orgânica e</p><p>funcional, ao longo desta unidade letiva você vai imergir neste universo!</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>11</p><p>OBJETIVOS</p><p>Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1 – Adaptações funcionais</p><p>e ambientais específicas das necessidades do idoso. Nosso objetivo é</p><p>auxiliar você os seguintes objetivos de aprendizagem profissionais até o</p><p>término desta etapa de estudos:</p><p>1. Relacionar as adaptações funcionais específicas às necessidades</p><p>do idoso em todo o aspecto relevante.</p><p>2. Reconhecer a importância do treinamento funcional para idosos.</p><p>3. Associar as necessidades de adaptações ambientais específicas</p><p>às necessidades do idoso.</p><p>4. Investigar a importância da acessibilidade e a adaptação ambiental</p><p>dos idosos em instituições de longa permanência, acessibilidade,</p><p>transformações no ambiente, em práticas e atitudes.</p><p>Então! Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento?</p><p>Vamos viajar!</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>12</p><p>Envelhecimento do Idoso: Avaliação e</p><p>Implicações Funcionais</p><p>OBJETIVO:</p><p>O objetivo deste capítulo é fazer com que você entenda</p><p>as questões relacionadas</p><p>ao envelhecimento e capacidade</p><p>motora. Isto será fundamental para o exercício de seu</p><p>conhecimento científico na aplicação na sua área de</p><p>especialização. Vamos atentar a redução da capacidade</p><p>fisiológica, a perda da independência, fatores estes de</p><p>grande encargo para os governos e a família e a sociedade.</p><p>E então? Determinado para desenvolver esta competência?</p><p>Então vamos lá. Avante!</p><p>Avaliação Multidimensional do Idoso</p><p>Para que o idoso seja avaliado em sua necessidade funcional ou</p><p>ambiental, deve obedecer a um parâmetro multidimensional da pessoa</p><p>idosa.</p><p>A avaliação multidimensional do idoso, também denominada</p><p>de Avaliação Geriátrica Ampla (AGA), é o foco central para qualquer</p><p>adaptação, pois esta abordagem multidimensional está estritamente</p><p>relacionada à funcionalidade global de cada um.</p><p>De acordo com a Classificação Internacional da Funcionalidade -</p><p>CIF (OMS, 2003), denomina-se declínio funcional a perda da autonomia</p><p>e/ou da independência, pois abrevia a participação social indivíduo.</p><p>Portanto, temos de avaliar que a independência e autonomia estão em</p><p>relacionamento conexo, pois abrangem o funcionamento harmonioso e</p><p>integrado dos imediatos comandos funcionais:</p><p>• Cognição: é vista como a capacidade mental de compreender e</p><p>resolver de maneira adequada as problemáticas cotidianas.</p><p>• Humor/Comportamento: é a motivação indispensável para a</p><p>concretização das atividades e também da participação social.</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>13</p><p>Compreende ainda o comportamento do indivíduo, que pode</p><p>ser afetado por processos mentais, como senso-percepção,</p><p>consciência e pensamento.</p><p>• Mobilidade: compreende a capacidade individual de deslocamento</p><p>e de manipulação do meio. Esta mobilidade vai depender de</p><p>quatro subsistemas funcionais que são: capacidade aeróbica</p><p>e muscular, que está dividido em massa e função, o alcance/</p><p>preensão/pinça que corresponde aos membros superiores e a</p><p>marcha/ postura/transferência. A continência esfincteriana, que é</p><p>avaliada como subdomínio da mobilidade, pois a sua ausência, a</p><p>chamada incontinência esfincteriana, tem a capacidade de intervir</p><p>na mobilidade e reduzir a participação social do indivíduo.</p><p>• Comunicação: estabelecida como um relacionamento produtivo</p><p>com o meio, que modifica informações, revela desejos, sentimentos</p><p>e ideias. Está relacionada a três subsistemas funcionais que se</p><p>detalham em: visão, audição e produção/motricidade orofacial. O</p><p>subsistema orofacial é representado pela voz, fala e mastigação/</p><p>deglutição.</p><p>A presença “Grandes Síndromes Geriátricas” ou “Gigantes da</p><p>Geriatria” vai maximizar a complexidade do manejo clínico e o risco de</p><p>iatrogenia. Estas síndromes estão adjuntas a um maior processo de</p><p>cuidados de longa duração, frequentemente realizados pela família, que</p><p>em geral não está preparada para este tipo de atuação, a isso chamamos</p><p>insuficiência familiar.</p><p>Em meados de 1963, Katz (et al., 1963) apresentou um índice</p><p>capaz de estraticar os indivíduos de acordo com o grau de dependência</p><p>nas atividades de vida diária pertinentes ao autocuidado. Este índice</p><p>desenvolvido, apresentou uma distinção clara entre idosos independentes</p><p>e dependentes para as atividades de vida diária básicas (AVD básicas),</p><p>anexa a uma exata hierarquia de comparação aos idosos dependentes.</p><p>Assim, ficou estabelecida nesta classificação para idoso:</p><p>• Independente: atinge todas as atividades básicas de vida diária de</p><p>configuração independente;</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>14</p><p>• Semi-dependente: apresenta comprometimento de uma das</p><p>funções influenciadas pela cultura e aprendizado (banhar-se e/ou</p><p>vestir-se e/ou usar o banheiro);</p><p>• Dependente incompleto: apresenta comprometimento de uma</p><p>das funções vegetativas simples (transferência e/ou continência),</p><p>sendo, por decorrência lógica, o indivíduo ser dependente para</p><p>banhar-se, vestir-se e usar o banheiro. A presença isolada de</p><p>incontinência urinária não deve ser analisada, pois é considerada</p><p>uma função e não uma atividade;</p><p>• Dependente completo: exibe o comprometimento do indivíduo</p><p>todas as funções influenciadas pela cultura e aprendizado e,</p><p>ainda, das funções vegetativas simples, abrangendo a capacidade</p><p>de alimentar-se sozinho. Neste grau concebida o grau máximo de</p><p>dependência funcional.</p><p>Em 1969, Lawton e Brody, enfatizaram a importância da avaliação</p><p>da funcionalidade do indivíduo nas atividades básicas de vida diária,</p><p>mas aconselharam que deveria haver a avaliação de competências</p><p>mais complexas do funcionamento humano, designadas AVD</p><p>instrumentais, catalogadas à automanutenção. Desta forma, os idosos</p><p>podem ser independentes ou dependentes parciais ou totais para as</p><p>AVD instrumentais. Rotineiramente o declínio funcional, é avaliado</p><p>pela hierarquia da funcionalidade do idoso, começando pelas AVD de</p><p>maior complexidade (avançadas e instrumentais) até comprometer o</p><p>autocuidado (AVD básicas). Além disso, a estratificação clínico-funcional</p><p>do idoso está ligada diretamente desta classificação funcional. Estas</p><p>escalas são fundamentais para uma avaliação objetiva do idoso e para</p><p>que se possa formular, implementar, e avaliar a fim de instrumentalizar o</p><p>processo do plano de cuidados.</p><p>A composição de várias conceituações e definições foram agregadas</p><p>para uma metodologia inovadora denominada de classificação clínico-</p><p>funcional do idoso. O modelo foi proposto pelos autores Moraes e Lanna</p><p>(2014). Nesse modelo multidimensional de saúde do idoso usa-se uma</p><p>escala visual de fragilidade (EVF), onde se exibe a relação opostamente</p><p>proporcional entre vitalidade e fragilidade e, concomitantemente, o</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>15</p><p>aspecto de declínio funcional urgente e estabelecido, comporta o grau</p><p>de dependência funcional nas atividades de vida diária, além dos fatores</p><p>que determinam o declínio funcional. A EVF resume todas as informações</p><p>consideradas de utilidade para o diagnóstico e elaboração do plano de</p><p>cuidados do idoso.</p><p>EXPLICANDO MELHOR:</p><p>Para entendermos qualquer tipo de adaptação para o idoso,</p><p>temos de refletir que existem parâmetros científicos para</p><p>avaliar o grau de dependência desses idosos. Somente</p><p>com uma abordagem alinhada a cada particularidade</p><p>do idoso, é que podemos então começar as adaptações</p><p>funcionais e ambientais. O conceito de saúde deve ser</p><p>categórico nesta avaliação multidimensional do idoso.</p><p>(MORAES & LANNA, 2014).</p><p>Envelhecimento do Idoso e Implicações</p><p>Funcionais de uma Idade Avançada</p><p>O envelhecimento ocorre de forma diferente de um indivíduo para</p><p>outro; para algumas pessoas é lento e para outras é um processo bem</p><p>mais rápido (CAETANO, 2006). Essas modificações estão condicionadas</p><p>à vários fatores, tais como o estilo de vida, doenças crônicas, condições</p><p>socioeconômicas.</p><p>Ao nos referirmos à parte “biológica” esse fator se relaciona</p><p>com os aspectos nos planos tecidual, orgânico, celular e molecular</p><p>do indivíduo. O aspecto psíquico correlaciona-se com dimensões</p><p>cognitivas e psicoafetivas, que vai se realçar na personalidade e afeto. O</p><p>envelhecimento é tema de sublimes interpretações que se entrelaçam</p><p>ao cotidiano e a expectativas culturais desiguais. As grandes síndromes</p><p>geriátricas estão diretamente relacionadas ao envelhecimento dos</p><p>órgãos e sistemas necessitando de exames conforme avaliação do</p><p>funcionamento global do idoso, representam um grande desafio para a</p><p>desempenhar a boa prática da integralidade, alinhada ao pensamento</p><p>preventivo, longitudinal e multiprofissional (UNASUS,2014).</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>16</p><p>A capacidade funcional materializa uma inovação no paradigma de</p><p>saúde, proposto pela Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI).</p><p>A independência e a autonomia, que são metas construídas para serem</p><p>alcançadas na atenção à saúde do idoso no Brasil (BRASIL,2006).</p><p>A decadência da capacidade funcional pode ser esclarecida na</p><p>maioria das vezes pela redução da eficácia dos sistemas cardiorrespiratório,</p><p>neuromuscular, somato-sensorial, osteoarticular, ocasionada pelo</p><p>processo de envelhecimento relacionado à redução das atividades físicas</p><p>habituais (FECHINE, 2012). Desta forma, a manutenção da capacidade</p><p>funcional dos idosos é uma das causas que cooperam para a mais</p><p>perfeita qualidade de vida dessa população alvo. Nessa perspectiva,</p><p>temos muitas situações que irão contribuir para a capacidade funcional,</p><p>tais como a prática de atividades físicas que deve ser priorizada, com</p><p>melhoramentos direcionadas à saúde biopsicossocial do idoso. Nos casos</p><p>em que o idoso tem agravamento de sua condição física, terá limitações</p><p>de suas atividades dentro e fora da residência, por temer sofrer quedas e</p><p>consequentemente traumas, como fraturas, pois com a redução de sua</p><p>capacidade física, a relação com o ambiente tende a ficar prejudicada.</p><p>Para tanto, a fim de evitar que certos eventos possam ocorrer,</p><p>é fundamental que a família e os cuidadores, fiquem atentos para a</p><p>segurança do lar desse idoso por meio da adaptação do ambiente,</p><p>sempre de preferência sob a orientação de profissionais qualificados.</p><p>Figura 1: Idosos em atividade diária</p><p>Fonte: ©Pixabay</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>17</p><p>De forma geral os idosos, tendo doença de base ou disfunções</p><p>orgânicas, não expõem necessariamente limitação de suas atividades</p><p>ou exceção da participação social. Portanto, devem continuar a</p><p>desempenhar os papéis sociais. As ações de saúde têm uma coligação</p><p>com a funcionalidade global do idoso, conceituada como a capacidade</p><p>de administrar a própria vida ou de seu autocuidado. O idoso pode ser</p><p>analisado saudável quando consegue realizar suas atividades sozinho,</p><p>independente e autônoma, mesmo com patologias. A avaliação</p><p>multidimensional do idoso, é o processo diagnóstico usado para avaliá-lo</p><p>na questão da saúde. (MORAES, 2009).</p><p>A instabilidade postural e as quedas no idoso compõem uma</p><p>problemática de saúde pública com ampla repercussão biopsicossocial</p><p>para os idosos, para a família, para a comunidade em geral e para o</p><p>sistema de saúde. Sua fundamental implicação está relacionada à alta</p><p>incidência de propensões a quedas e outros traumas, refletindo numa vida</p><p>de limitações, insegurança e receio de cair, o que desencadeia clausura e</p><p>obstáculo no desempenho das atividades habituais (SOUZA, 2011).</p><p>SAIBA MAIS:</p><p>Cuidados integrativos da pessoa idosa com biodança.</p><p>Os efeitos favoráveis da biodança para o bem-estar dos</p><p>indivíduos têm chamado atenção de muitos profissionais da</p><p>área, pois ela compõe uma prática presumível de atenuar</p><p>algumas patologias de base em idosos que participam</p><p>dessa prática. Quer saber mais? Clique aqui.</p><p>Os fatores de risco para quedas na população idosa estão</p><p>classificados como: intrínsecos e extrínsecos. Os fatores intrínsecos</p><p>apontados como de alto risco para quedas em idosos do sexo feminino,</p><p>com 80 anos ou mais são: equilíbrio diminuído, marcha lenta com passos</p><p>curtos, baixa aptidão física, fraqueza muscular dos membros inferiores,</p><p>deficiência cognitiva, uso de sedativos e/ou polifarmácia (ASSOCIAÇÃO</p><p>MÉDICA BRASILEIRA; CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2004).</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>https://saudedapessoaidosa.fiocruz.br/cuidados-integrativos-da-pessoa-idosa-com-biodan%C3%A7a</p><p>18</p><p>Os fatores ambientais podem ter desempenho importante em até a</p><p>metade dos traumas no idoso. Esses fatores são:</p><p>• Iluminação inadequada;</p><p>• Superfícies escorregadias;</p><p>• Tapetes soltos ou com dobras;</p><p>• Degraus altos ou estreitos;</p><p>• Obstáculos no caminho (móveis baixos, pequenos objetos, fios);</p><p>• Ausência de corrimãos em corredores e banheiros;</p><p>• Prateleiras excessivamente baixas ou elevadas;</p><p>• Calçados impróprios e/ou patologias dos pés;</p><p>• Maus-tratos;</p><p>• Roupas demasiadamente alongadas;</p><p>• Via pública malconservada, com buracos ou irregularidades</p><p>(ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA; CONSELHO FEDERAL DE</p><p>MEDICINA, 2004).</p><p>Os idosos que apresentam fatores de risco preponderantes para</p><p>quedas, principalmente os extrínsecos, devem ser questionados, de</p><p>maneira periódica, e de forma incisiva, pois devido ao medo de serem</p><p>institucionalizados, frequentemente, não informam a ocorrência desses</p><p>traumas, e com isso podem ter uma consequência maior se forem</p><p>tratados de forma tardia.</p><p>ACESSE:</p><p>Prevenção de quedas em Idosos. Quer se aprofundar nos</p><p>estudos? Clique aqui.</p><p>Algumas intervenções podem ser possíveis quando acompanhamos</p><p>e orientamos idoso, família e cuidador, conforme veremos no decorrer da</p><p>leitura deste ebook.</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=cYXwzmJKFNM</p><p>19</p><p>Os fatores extrínsecos somam mais de 70% das quedas que podem</p><p>ocorrer na residência. A incidência ocorre principalmente entre os idosos</p><p>que moram sozinhos. Veja a seguir alguns desses fatores:</p><p>• Otimização medicamentosa: existe uma associação bem</p><p>constituída entre o uso de psicoativos e quedas, devido à</p><p>instabilidade postural os medicamente envolvidos nesse rol são</p><p>os antidepressivos, neurolépticos, ansiolíticos, e os hipnóticos.</p><p>A suspensão desses medicamentos poderá reduzir o risco de</p><p>traumas por quedas, embora essa diminuição ocorra de maneira frequente</p><p>por motivo da reutilização dos fármacos pelos idosos.</p><p>• Exercício físico: a prática de um programa de exercícios físicos</p><p>que aprimore o equilíbrio e a força muscular poderá ajudar na</p><p>diminuição do risco de quedas. Lembrando que essa prática</p><p>deverá ser realizada de forma individualizada e orientada por</p><p>profissional com capacitação técnica. Essa intervenção também</p><p>se mostrou eficiente na prevenção de lesões ocasionadas por</p><p>quedas em idosos institucionalizados e idosos mais frágeis que</p><p>têm déficit de força muscular e de equilíbrio.</p><p>Figura 2: Exercício físico para idosos</p><p>Fonte: ©Freepik</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>20</p><p>• Correção dos fatores de risco ambientais: apesar de não ser</p><p>muito superestimado esses fatores estão muito presentes nas</p><p>quedas (20-58%). Esses fatores foram observados em objetos</p><p>como: tapetes soltos e desníveis no chão, os problemas com</p><p>degraus foram os mais prevalentes, assim como em superfícies</p><p>irregulares, superfícies molhadas/escorregadias, analisou-se uma</p><p>tendência de acréscimo nesses tipos de eventos, principalmente</p><p>quedas em ambientes externos, comumente precipitadas por fator</p><p>extrínseco. (OLIVEIRA,2014). Revela-se que a intervenção sobre</p><p>esses fatores, quando efetivada por profissional especializado,</p><p>poderá evitar quedas em idosos com história prévia.</p><p>• Tai Chi Chuan: o Tai Chi Chuan é uma forma de ginástica</p><p>chinesa que, que é muito usada na prática com idosos e tem</p><p>sido indicada como adequada para essa população, a fim de</p><p>ganhos de condicionamento físico, equilíbrio e força, bem como</p><p>na prevenção de quedas (OLIVEIRA,2001), tanto para idosos</p><p>saudáveis, quanto para os sedentários, já que a sua prática tem</p><p>efeito de melhoramento do no equilíbrio.</p><p>• Correção visual: O déficit visual leva à diminuição na qualidade</p><p>de vida dos idosos, visto que é um aspecto de risco constituído</p><p>para ocasionar quedas, além de acarretar impacto e implicações</p><p>diversas em condição individual e coletiva, podendo originar</p><p>problemas de ordem social, psicológicos, econômicos, provocar</p><p>perda de autoestima, de status, de dificuldades de ocupação e</p><p>consequente diminuição de renda. Para a sociedade, representa</p><p>encargo oneroso e a perda de força de trabalho. (BROMAN,2002).</p><p>• Intervenções multifatoriais: programas de intervenção multifatorial</p><p>são efetivos para redução de quedas em idosos, com fatores de</p><p>risco, ou esses fatores, pois compreendem exercícios físicos, além</p><p>de pelo menos outra das seguintes estratégias: correção da visão</p><p>e riscos ambientais, terapia da hipotensão ortostática, revisão de</p><p>medicamentos e aconselhamento sobre prevenção de quedas</p><p>(ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA; CONSELHO FEDERAL DE</p><p>MEDICINA, 2004; SOCIEDADE BRASILEIRA).</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>21</p><p>A incapacidade</p><p>funcional, ou disabilidade, atua de forma limitadora</p><p>na autonomia dos idosos, e por conseguintes na execução das</p><p>atividades de vida diária, reduzindo a qualidade devida, comprometendo</p><p>as suas atividades diárias e aumentando o risco de dependência,</p><p>institucionalização, principalmente se esse idoso mora sozinho, esse</p><p>fator pode levar a assistência direta com cuidadores e morte prematura</p><p>ocasionada por quedas. A maneira como o idoso vive, a adaptação do</p><p>ambiente, a importância da qualidade de vida alinhada a esses fatores</p><p>poderá produzir um efeito melhor ou pior dependendo do espaço onde</p><p>o idoso mora. É importante o conhecimento dos fatores intrínsecos e</p><p>extrínsecos por parte dos profissionais, melhorando a forma terapêutica</p><p>de abordagem em conformidade com a situação que envolve esse idoso.</p><p>Adaptações funcionais específicas às necessidades</p><p>dos idosos</p><p>Podemos definir o termo “adaptações ” e “funcionais” dentro do</p><p>contexto da palavra da seguinte forma:</p><p>DEFINIÇÃO:</p><p>“Adaptações” segundo o Dicionário Michaelis (2019)</p><p>representa ação ou efeito de adaptar (-se); adaptamento.</p><p>(Biol.) Processo pelo qual os indivíduos (ou as espécies)</p><p>passam a possuir caracteres adequados para viver em</p><p>determinado ambiente. O mesmo dicionário traz a seguinte</p><p>definição da palavra “Funcional”: relativo à função ou ao</p><p>exercício de uma função. (Biol.). Que exerce ou é capaz de</p><p>exercer sua função regularmente intrínseca.</p><p>Em outras palavras, o processo de envelhecimento em sua</p><p>concepção provoca várias alterações fisiológicas morfológicas e funcionais</p><p>no organismo da pessoa, podendo ser diferente dependendo do sistema</p><p>orgânico de cada indivíduo, as quais por vezes vai impossibilitar que esse</p><p>idoso realize atividades cotidianas como levantar e até mesmo andar. O</p><p>exercício de força se mostra como um instrumento bastante eficaz na</p><p>luta contra as perdas fomentadas pelo processo de envelhecimento no</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>22</p><p>sistema neuromuscular dos idosos. Os aspectos compreendidos com a</p><p>redução da força durante o processo de envelhecimento conglomeram</p><p>três megagrupos. O muscular com a diminuição da massa muscular,</p><p>alteração da contratibilidade e dos graus enzimáticos. O neurológico</p><p>com a redução no número de unidades motoras, as transformações no</p><p>sistema nervoso e as modificações endócrinas. E por último o ambiental</p><p>com o grau de atividade física, a deficiência nutricional e a existência de</p><p>inúmeras patologias (DIAS et al, 2006).</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>23</p><p>Treinamento Funcional para Idosos</p><p>OBJETIVO:</p><p>Neste item você verá como é importante para o idoso</p><p>a realização de exercícios físicos envolvendo a força,</p><p>flexibilidade e equilíbrio, pois são indicados para</p><p>desenvolver e aprimorar essas habilidades específicas para</p><p>a vida diária, para a promoção de melhor qualidade de vida.</p><p>Durante a evolução do processo de envelhecimento o idoso mostra</p><p>a redução da resistência física, episódio esse, que poderá acarretar</p><p>máxima dependência para as realizações das atividades de vida diária</p><p>(AVD) (CIVINSKI, MONTIBELLER e BRAZ, 2011).</p><p>Para os autores, o fator condicional humano do envelhecimento,</p><p>está pautado na redução da resistência muscular, principalmente em</p><p>realizar as atividades do cotidiano. A condição patológica desse idoso</p><p>tende a aumentar, bem como a sua resistência física e muscular.</p><p>Com o advento da terceira idade, o idoso pode apresentar alguns</p><p>processos patológicos degenerativos que comprometem o sistema</p><p>neuromuscular relacionados a perdas na força muscular, a dinapenia que</p><p>é a perda da força muscular que não está relacionada com uma patologia</p><p>neurológica ou muscular e os que acometem a massa muscular, tais</p><p>como a sarcopenia (BORDE, HORTOBÁGYI e GRANACHER, 2015).</p><p>IMPORTANTE:</p><p>A capacidade funcional é importante para que o idoso possa</p><p>desenvolver suas atividades diárias com independência,</p><p>tais como as relacionadas às atividades básicas: banhar-</p><p>se, vestir-se, arrumação do lar, realização de compras e</p><p>outras correlacionadas a esse tipo de tarefa. Quando os</p><p>idosos são acometidos de incapacidades funcionais ocorre</p><p>a diminuição da autonomia e da independência, portanto,</p><p>o cuidado para com esse torna essa tarefa, muitas vezes,</p><p>árdua e complexa (SOUZA & SOUZA, 2013).</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>24</p><p>Para Monteiro e Evangelista (2010) o treinamento funcional realizado</p><p>por profissionais da fisioterapia e da reabilitação que trabalham com a</p><p>finalidade de reintegrar pessoas com perda da capacidade funcional,</p><p>restabelece a funcionalidade habitual do idoso para realizar atividades do</p><p>cotidiano. Sendo assim, o treinamento funcional é realizado por meio de</p><p>movimentos integrados e fundamentados no domínio da coordenação</p><p>neuromotora, flexibilidade, e equilíbrio, visando a estabilização estática e</p><p>dinâmica.</p><p>A prática de exercícios físicos regulares em idosos pode configurar</p><p>múltiplos benefícios, por exemplo:</p><p>a. Redução de riscos de quedas e, e de forma consecutiva, de</p><p>fraturas;</p><p>b. Prevenção de patologias como hipertensão arterial, artrite,</p><p>osteoporose e depressão;</p><p>c. Diminuição da taxa de gordura corporal e perfil lipídico;</p><p>d. Melhoria das capacidades físicas como força, coordenação</p><p>motora, e equilíbrio (LIMA, 2016; MATSUDO, 2002; NAHAS, 2010;</p><p>QUEIROZ E COLABORADORES, 2016; VELASCO, 2006).</p><p>Em especial, a prática do treinamento de força exibe uma das</p><p>maneiras de intervenção que demonstra ampla eficácia na sustentação</p><p>e aumento da massa muscular, ajudando no progresso da aptidão física</p><p>funcional (DIAS, GURJÃO e MARUCCI, 2016).</p><p>O treinamento funcional é uma metodologia sistemática de</p><p>exercícios multifuncionais com o princípio básico de progresso do sistema</p><p>psicobiológico. Este treinamento se fundamenta na aplicação de treinos</p><p>integrados, multiarticulares e multiplanares, casados a movimentos de</p><p>aceleração, redução e estabilização, que tem como desígnio fundamental</p><p>aperfeiçoar a qualidade de movimento, aprimorar a força da região central</p><p>do corpo (core) e a eficácia neuromuscular, além de se harmonizar às</p><p>necessidades especiais de cada indivíduo (SILVA et al,2014; TEIXEIRA,2014).</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>25</p><p>SAIBA MAIS:</p><p>Vamos aprender mais sobre essa temática? Leia o ebook</p><p>“O envelhecimento ativo e seus fundamentos”, Clique aqui.</p><p>Figura 3: Treinamento funcional</p><p>Fonte: ©Freepik</p><p>A avaliação multidimensional do idoso é o procedimento diagnóstico</p><p>usado para avaliação de sua saúde. Busca desconceituar problemas</p><p>que estavam sendo impostos à ação de envelhecimento e de alguma</p><p>forma, que foram abordados de forma inadequada. É um processo global</p><p>e extenso que absorve o idoso e família, e que tem como fundamental</p><p>finalidade a recebimento do diagnóstico multidimensional e do plano de</p><p>cuidados (MORAES, 2012).</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>https://www.pucsp.br/sites/default/files/download/posgraduacao/programas/gerontologia/ebook_-_livro_o_envelhecimento_ativo_e_seus_fundamentos.pdf</p><p>26</p><p>Prevenção, Melhoramento e Restrições de</p><p>Exercícios de Treinamento Funcional para</p><p>Idosos</p><p>Com relação à prevenção e melhoramento, fatos científicos</p><p>explanam abertamente que o conhecimento em programas de atividades</p><p>físicas é uma forma autônoma para diminuir e/ou precaver uma série</p><p>de declínios funcionais interligados ao envelhecimento (VOGEL et al.</p><p>2009; NELSON et al. 2007; OMS, 2005). Desta maneira, os fundamentais</p><p>benefícios da conduta ativa do idoso são classificados essencialmente</p><p>nos campos biológico, psicológico e social. Ao falarmos na prática física</p><p>das atividades estas subdividem-se em quatro dimensões (MACIEL,2010):</p><p>1. Lazer: exercícios físicos/esportes;</p><p>2. Deslocamento ativo: a pé ou de bicicleta;</p><p>3. Atividades domésticas: lavar, passar, entre outros;</p><p>4. Laboral: atividades pertinentes à tarefa profissional.</p><p>A dimensão inicial classifica-se como uma atividade estruturada -</p><p>obedecendo as características de treinamentos físicos, as outras,</p><p>podem</p><p>não estruturadas, e que poderão ser feitas ao longo do dia.</p><p>REFLITA:</p><p>Em se tratando de idosos se faz necessário antes de iniciar</p><p>a prática de exercícios procurar a orientação médica, e o</p><p>acompanhamento de educador físico capacitado. Em</p><p>geral, idosos podem ter alguma patologia de base, ou não,</p><p>mas a questão da segurança dos exercícios de treinamento</p><p>funcional, está acima de tudo. Os profissionais envolvidos</p><p>neste tipo de trabalho ao avaliarem as condições do</p><p>idoso, devem evitar os exercícios que possam causar</p><p>hipertensão arterial, que coloquem em risco a integridade</p><p>física, observando também a questão dos exercícios com</p><p>complexidade avançada de movimentos.</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>27</p><p>Por isso, faz-se necessário que o idoso seja acompanhado de perto</p><p>nesse tipo de prática por um profissional da área, a fim de aumentar a sua</p><p>confiabilidade e, consequentemente aderir com mais facilidade a ela, e</p><p>assim, alcançar excelentes resultados.</p><p>Figura 4: Treinamento funcional idoso</p><p>Fonte: ©Freepik</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>28</p><p>RESUMINDO:</p><p>E então? Gostou do assunto abordado? Vamos num rápido</p><p>resumo? Somente para termos a certeza de que você</p><p>entendeu o estudo capitulado. Vamos lá? Você deve ter</p><p>estudado a importância de o idoso manter a capacidade</p><p>funcional, mas para isso o profissional engajado deve</p><p>atentar-se de alguns detalhes ao atender um idoso</p><p>em suas atividades diárias. O conceito de capacidade</p><p>funcional (CF) pode ser determinado como a eficiência</p><p>do idoso em satisfazer às questões físicas do cotidiano,</p><p>que envolve desde as atividades mais básicas da vida</p><p>independente até os atos mais complicados de sua rotina</p><p>do dia a dia. Já a incapacidade funcional é a dificuldade ou</p><p>necessidade de ajuda para o idoso executar tarefas no seu</p><p>dia a dia (ALVES,2008). Estas abrangem duas de atividades:</p><p>atividades básicas de vida diária (ABVD) e Atividades</p><p>Instrumentais de Vida Diária (AIVD). A abordagem geriátrica</p><p>tem como peça-chave a avaliação da funcionalidade</p><p>global, por meio das atividades de vida diária. A partir de</p><p>todo esse processo o idoso vai poder realizar a atividade</p><p>física diante de sua limitação, para tanto é muito importante</p><p>o acompanhamento de um profissional capacitado.</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>29</p><p>Adaptações Ambientais Específicas às</p><p>Necessidades do Idoso</p><p>OBJETIVO:</p><p>Ao término deste capítulo, você verá a importância de</p><p>um ambiente adaptado ao idosos, evitando prevenção de</p><p>quedas e acidentes no geral, especialmente no seu espaço</p><p>doméstico. Isso mostrará o valor de uma casa adaptada. A</p><p>avaliação do ambiente que o idoso mora, é fundamental</p><p>no acompanhamento longitudinal do profissional de saúde.</p><p>Com algumas adaptações, é aceitável a fim de trazer mais</p><p>qualidade de vida e segurança nessa fase tão extraordinária</p><p>da vida. Vamos lá mergulhar nesse espaço inovador!</p><p>Adaptação do Ambiente Interno e Externo</p><p>do Idoso</p><p>Sabemos que o ambiente externo e interno, são os grandes vilões</p><p>para trauma em idosos, por isso é importante desenvolver a qualidade de</p><p>vida e a independência do idoso em suas atividades diárias, em geral se</p><p>fazem necessárias as intervenções diretas no ambiente físico. A reflexão</p><p>da mudança da adaptação nos faz pensar em gastos. Porém, essa</p><p>adaptação pode ser desenvolvida de jeito simples, a maior problemática</p><p>não se trata apenas de condições de renda e sim, na maioria das vezes de</p><p>informação, pois, a adequação apropriada do idoso em sua casa depende</p><p>de mudanças no fator ambiental.</p><p>A redistribuição da mobília, é muito enfatizada de forma inicial,</p><p>portanto as áreas de circulação livres, fazem o ambiente domiciliar seguro,</p><p>para o idoso, isso qualificará a autonomia e independência, facilitando a</p><p>realização de um número maior de atividades de vida diária possíveis com</p><p>segurança e redução do risco de quedas. (MEIRA, 2005).</p><p>Outro fator importante é a iluminação destinada ao idoso na terceira</p><p>idade. Ao falar-se em iluminação podemos atingir duas finalidades: a</p><p>primeira em relação à quantidade e qualidade da luz. Estudos mostram</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>30</p><p>que os idosos tendem a ver mais a cor amarelo. Enfatiza-se também, que é</p><p>de extrema seriedade a questão da iluminação em corredores e escadas,</p><p>pois são esses espaços que conectam um cômodo a outro. Para o quarto,</p><p>o autor recomenda uma cama baixa, que os pés fiquem apoiados ao</p><p>chão enquanto sentado. (SOARES, 2013). Em relação a iluminação natural,</p><p>(CORBELLA, 2003), explica em sua obra “Em Busca pela Arquitetura</p><p>Sustentável” que a iluminação natural é muito importante, pois traz</p><p>benefícios à saúde, além de dar sensação psicológica cronológica, e</p><p>também climática, no ambiente que se vive. Não obstante, não podemos</p><p>deixar de valorizar a boa iluminação artificial, bem útil durante o período</p><p>da noite, e dias nublados.</p><p>Figura 5: Adaptações-casa 3ª Idade</p><p>Fonte: ©Freepik</p><p>Pensemos aqui, a importância de considerarmos não apenas as</p><p>residências dos idosos que vivem sozinhos, mas também daqueles que</p><p>vivem com a família, cuidador, responsável, entre outros. Vale aqui, lembrar</p><p>de que muitas pessoas da terceira idade, passam a residir em outros</p><p>ambientes, tais como, as instituições de longa permanência para pessoas</p><p>idosas (ILPIS), e centro de convivências, ou até mesmo condomínios</p><p>apropriados para a moradia dos idosos, estes, por meio de estímulo de</p><p>programas de governo e atos governamentais dos municípios e estados,</p><p>vêm cada vez mais, mostrando essa importância de adaptação ambiental.</p><p>Residências adaptadas para os idosos seguramente a refletirão na qualidade</p><p>de vida deles, pois terão uma melhor habilidade em circular nesses espaços,</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>31</p><p>até mesmo pela adaptabilidade serem o seu “território conhecido”, estamos</p><p>aqui falando de qualquer espaço onde este idoso resida ou está domiciliado.</p><p>Essas adaptações efetivadas no domicílio são de suma necessidade para a</p><p>implementação de programas de prevenção, com o objetivo de aprimorar a</p><p>qualidade de vida do idoso (BOERS et. al., 2001).</p><p>O ambiente do idoso está conexo aos fatores diretos que irão</p><p>influenciar a funcionalidade na velhice, para tanto, deve oferecer,</p><p>segurança, estímulos, controle pessoal, interação social, favorecer a</p><p>adaptação às modificações e ser familiar ao idoso (RIBEIRO et al,2008).</p><p>Sendo assim, para se obter êxito no alcance de metas (evitar quedas,</p><p>promover as atividades diárias, entre outros), faz-se necessária a</p><p>intervenção direta no ambiente físico, a fim de patrocinar a conservação da</p><p>capacidade funcional, independência e autonomia do idoso (LOPES,2002).</p><p>ACESSE:</p><p>Conheça a cartilha que orienta idosos quanto a adaptações</p><p>no ambiente domiciliar fazendo com que fique acessível e</p><p>funcional, e está disponível gratuitamente, Clique aqui.</p><p>Orientações de Adaptações do Ambiente</p><p>Interno do Idoso</p><p>Em estudos efetivados pelo Ministério da Saúde (2011), as adaptações</p><p>recomendadas vão desde dispositivos de apoio para a marcha, como</p><p>andador, bengala, evitar camas altas, retirar tapeçarias soltas, cordões e</p><p>cabos do piso, instalar vaso sanitário mais alto, os capachos e tapetes</p><p>devem ser antiderrapantes, barras de apoio próximo ao chuveiro e ao</p><p>vaso sanitário comprar novos móveis adaptados ou consertar móveis</p><p>instáveis, adaptar corrimões nas escadas e faixas indicativas nos degraus,</p><p>providenciar iluminação correspondente aos horários, instalar iluminação</p><p>adequada nas calçadas, portas e escadas, calçadas e degraus quebrados</p><p>devem passar por consertos.</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>https://docplayer.com.br/3814356-Cartilha-para-acessibilidade-ambiental-orientacoes-ilustradas-para-domicilios-de-pessoas-idosas.html</p><p>32</p><p>SAIBA MAIS:</p><p>Você sabia que existe um documento lançado pelo</p><p>Ministério da Previdência e Assistência Social de Normas e</p><p>Padrões de Funcionamento para Serviços e Programas de</p><p>Atenção à Pessoa Idosa a ser consolidado no âmbito dos</p><p>Estados e Municípios? Clique</p><p>aqui.</p><p>Padrões do Domicílio do Idoso</p><p>Para ser realizada uma boa adaptação podemos contar com os</p><p>parâmetros da Norma Brasileira de Acessibilidade - NBR 9050 (ABNT,</p><p>2004), Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos</p><p>urbanos, que nos direciona o trabalho. A Resolução de Diretoria Colegiada</p><p>- RDC nº 283, de 26 de setembro de 2005, criou o regulamento técnico</p><p>para o funcionamento das instituições de longa permanência para idosos.</p><p>A Lei n° 10.098, de 19/12/2000, constituiu as normas e critérios</p><p>básicos para promoção de acessibilidade para pessoas com deficiência</p><p>ou com mobilidade diminuída. A lei estipula a supressão de barreiras e</p><p>obstáculos em espaços e mobiliário urbanos, construção e reforma de</p><p>edifícios e nos meios de transporte e comunicação. Sendo de caráter</p><p>obrigatório, em vários espaços tais como: hospitais, clubes, escolas,</p><p>cinemas, edifícios públicos, museus e teatros.</p><p>Essas práticas orientam a questão da acessibilidade, e passam a</p><p>serem instrumentos norteadores para os profissionais aferirem aspectos</p><p>que abrangem segurança e funcionalidade na residência, podem</p><p>direcionar as ações de ajustamento ambiental. Os indivíduos na 3ª idade</p><p>com capacidade funcional diminuída e dependência demanda uma casa</p><p>adaptado às necessidades que o idoso apresenta, que podem ser vistas</p><p>como: alimentação, locomoção, de higiene, etc. Para tanto, a adaptação</p><p>do domicílio deve ser feita sob a orientação de uma gama de profissionais</p><p>da área de humanas e de saúde, extas, dentre estes temos: engenheiro,</p><p>arquiteto, enfermeiro, terapeuta ocupacional, assistente social, psicólogo,</p><p>fisioterapeuta, dentre outros.</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>https://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2014/10/servicos--de-atencao-ao-idoso.pdf</p><p>33</p><p>SAIBA MAIS:</p><p>Que o condomínio Cidade Madura/ PB, foi o primeiro</p><p>condomínio público construído e projetado para a moradia</p><p>da 3ª idade? Quer saber mais informações? Clique aqui.</p><p>Orientações em Relação ao Ambiente</p><p>Externo ao Idoso</p><p>As quedas podem provocar consequências graves, restrição da</p><p>mobilidade, depressão, medo de cair, e isolamento social. Portanto a</p><p>grande finalidade no que tende a essa questão é ter alguns cuidados</p><p>quando o idoso for caminhar em ruas e calçadas, por exemplo, atenção nas</p><p>calçadas esburacadas, cuidado ao subir e descer do ônibus. É importante</p><p>que seja observado que o ambiente externo em geral, incide a mínima</p><p>ocorrência de queda, pelo fato de o idoso passar a maior parte do tempo</p><p>no seu lar. O ambiente externo confere a este idoso um espaço diferente,</p><p>e que não obedece às normas de acessibilidade, ruas com calçadas</p><p>disformes, locais públicos sem acessibilidade, entre outros, portanto, o</p><p>que se percebe é que na maioria das cidades os espaços públicos não</p><p>foram planejados pensando nesse público.</p><p>A questão da mobilidade urbana nasce como um novo desafio</p><p>às políticas ambientais e urbanas, no cenário de desenvolvimento</p><p>econômico e social do país, com crescentes percentuais de urbanização.</p><p>A ausência de mudanças intensas nos padrões clássicas de mobilidade,</p><p>na expectativa de cidades politicamente justas e sustentáveis, induziu à</p><p>aprovação da Lei Federal nº 12.587 de 2012, que versa da Política Nacional</p><p>de Mobilidade Urbana e estabelece princípios, diretrizes e instrumentos</p><p>básicos para a metodologia de transição. (MINISTÉRIO DO MEIO</p><p>AMBIENTE, 2018). A mobilidade urbana vem em conexão com a inclusão</p><p>social. Em consonância com esta lei, temos a instituição do decreto federal</p><p>nº 5.296/04, que regulamenta a lei n° 10.048, de 8 de novembro de 2000,</p><p>que prioriza o atendimento às pessoas, e constitui normas gerais e critérios</p><p>fundamentais para a requerimento da acessibilidade dos indivíduos com</p><p>deficiência ou com mobilidade diminuída, e dá outras providências.</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>https://paraiba.pb.gov.br/diretas/secretaria-de-desenvolvimento-humano/programas/condominio-cidade-madura</p><p>34</p><p>Figura 6: Acessibilidade do idoso</p><p>Fonte: ©Freepik</p><p>RESUMINDO:</p><p>Vimos neste item que o ambiente onde o idoso vive</p><p>(interno) e o ambiente público (externo), são importantes</p><p>para ele, principalmente por manter a autonomia para a</p><p>realização de suas tarefas cotidianas. A adaptação da casa</p><p>é de suma importância a fim de evitar quedas e traumas,</p><p>além disso, temos a questão da mobília, da iluminação, etc.</p><p>Quando falamos do ambiente externo, foi falado que esses</p><p>têm poucas ocorrências de quedas e traumas, justamente</p><p>porque o idoso fica muito tempo em geral no domicílio. Mas,</p><p>vimos que algumas observações devemos levar em conta,</p><p>visto que em via pública, apesar de normas e leis, a questão</p><p>da acessibilidade precisa ser obedecida oferecendo um</p><p>espaço seguro para a pessoa idosa.</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>35</p><p>Idosos em Instituições de Longa</p><p>Permanência</p><p>OBJETIVO:</p><p>Neste capítulo, aprenderemos sobre a acessibilidade e</p><p>adaptação ambiental em Instituições de Longa Permanência</p><p>(ILP). É importante observar que essas instituições devem</p><p>ser adaptadas para a prevenção de quedas, auxiliando</p><p>nas condutas preventivas devendo garantir a autonomia</p><p>e independência do idoso, com o objetivo de qualidade</p><p>de vida na terceira idade dessa pessoa institucionalizada,</p><p>sendo um dos fatores fundamentais no processo de sua</p><p>inclusão social no ambiente institucionalizado.</p><p>Figura 7: Instituição de longa permanência para idosos</p><p>Fonte: ©Freepik</p><p>A maior finalidade para a admissão de idosos em instituições públicas</p><p>ou privadas, é a ausência, em domicílio, de programas públicos propostos</p><p>à conservação da autonomia e independência do idoso. As ILPI são locais</p><p>de abrigo de idosos, contudo, o acolhimento nessas instituições poderá</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>36</p><p>ter efeitos psíquicos e físicos na vida do idoso, tais como, o isolamento</p><p>voluntário, inatividade física, a tristeza pela perda do ambiente de origem.</p><p>Esses efeitos podem ocorrer devido a algumas dessas instituições serem</p><p>administradas por profissionais não adequadamente habilitados e pela</p><p>ausência de serviços de apoio (REIS & CEOLIM, 2007).</p><p>O atendimento prestado pelas instituições de longa permanência</p><p>volta-se, portanto, para a parcela mais carente da população idosa e</p><p>está presente na grande maioria de nossas comunidades, através dos</p><p>tradicionais asilos e vilas vicentinas. Nessas instituições existe uma grande</p><p>demanda por vagas, não só por parte de idosos com alta dependência,</p><p>em busca de cuidados especiais, mas também idosos plenamente</p><p>independentes em plena atividade no mundo do trabalho e da proteção</p><p>familiar em decorrência das transformações socioeconômicas em curso</p><p>na sociedade brasileira.</p><p>Adaptação do Ambiente Interno em ILP</p><p>Para Pynoss & Regnier (1992) as instituições de longa permanência</p><p>devem promover as mudanças ambientais, além de promover a prática</p><p>de atitudes que incorporem as proposições do modelo da inclusão</p><p>social. Voltando-se não só para a eliminação de barreiras físicas, mas</p><p>também, direcionando-se para modificações de práticas e atitudes que</p><p>discriminam a pessoa que tem problemas de imobilidade, pois essas,</p><p>dificultam a manutenção da independência e autonomia da pessoa idosa</p><p>institucionalizada</p><p>Os responsáveis por este tipo de estabelecimento devem estar</p><p>atentos às adaptações ambientais externas ao espaço, como: jardins,</p><p>espaços recreativos, entre outros. O ideal é que com relação às reformas</p><p>desses espaços, o projeto de reforma seja realizado por arquitetos e</p><p>engenheiros, além de contar com o apoio do corpo técnico da instituição,</p><p>incluindo os diretores, bem como dos próprios idosos residentes, onde</p><p>todos estariam comprometidos com a aceitação do projeto. Ou seja,</p><p>essas intervenções ambientais, devem ser voltadas para prevenção de</p><p>quedas e para a privacidade de espaço próprio. Por isso, a importância</p><p>desse idoso participar dando opiniões sobre o espaço onde vive.</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>37</p><p>Em tudo a segurança deve ser considerada,</p><p>principalmente quando</p><p>se trata da funcionalidade dos espaços, da estimulação do ambiente, da</p><p>familiaridade, da estética, do ambiente personalizado, lembrando que</p><p>sempre deve ser garantida a autonomia e independência da pessoa idosa,</p><p>e assim ocorra sua inclusão social. (SIQUEIRA,2019).</p><p>VOCÊ SABIA?</p><p>A Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 283, de 26 de</p><p>setembro de 2005, institui as condições gerais para esses</p><p>estabelecimentos. A Norma Brasileira de Acessibilidade-</p><p>NBR 9050 (ABNT, 2004), com versão corrigida 2005,</p><p>institui critérios e parâmetros técnicos a serem advertidos</p><p>quando do projeto, construção, instalação e adaptação de</p><p>edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos</p><p>às condições de acessibilidade.</p><p>Olá estudante, vamos dar uma parada na Estação Revisão? Nesta</p><p>competência você viu que os locais que os idosos são institucionalizados</p><p>devem ser espaços adaptados para as necessidades daqueles que ali</p><p>estão domiciliados. Viu também, a importância da segurança destes</p><p>territórios para autonomia e independência da pessoa idosa. Para tanto,</p><p>esses lugares devem obedecer aos parâmetros das leis e normas que</p><p>regulam a prática da acessibilidade. Só assim teremos idosos seguros e</p><p>tranquilos, e incluídos socialmente.</p><p>A funcionalidade dos espaços, a estimulação do ambiente,</p><p>familiaridade, estética, ambiente personalizado, sempre deve ser</p><p>garantida, assim como a autonomia e independência do idoso, e sua</p><p>inclusão social. (SIQUEIRA,2019). A Resolução de Diretoria Colegiada -</p><p>RDC nº 283, de 26 de setembro de 2005, institui as condições gerais para</p><p>esses estabelecimentos. A Norma Brasileira de Acessibilidade- NBR 9050</p><p>(ABNT, 2004), com versão corrigida 2005, institui critérios e parâmetros</p><p>técnicos a serem advertidos quando do projeto, construção, instalação e</p><p>adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos</p><p>às condições de acessibilidade.</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>38</p><p>RESUMINDO:</p><p>Vamos resumir geral! Chegamos ao final da Unidade 1, que</p><p>foi dividida em 4 tópicos: Adaptações funcionais específicas</p><p>as necessidades do idoso, treinamento funcional para</p><p>idosos, adaptações ambientais específicas as necessidades</p><p>do idoso, e idosos em instituições de longa permanência</p><p>acessibilidade, transformações no ambiente, em práticas</p><p>e atitudes. Cada tópico procurou mostrar a importância</p><p>da adaptação funcional e do ambiente do idoso. Nesta</p><p>Unidade, procuramos mostrar que o ambiente domiciliar é</p><p>o principal responsável por uma quantidade significativa de</p><p>traumas na população idosa, cerca de 70% desses eventos</p><p>ocorrem no lar da vítima. Essas quedas são provocadas pela</p><p>falta de adaptação do ambiente, a questão não perpassa</p><p>somente por dificuldade financeira de não ter recurso para a</p><p>adaptação da residência da população idosa, mas também</p><p>pela falta de informação em observar pequenos detalhes</p><p>como piso escorregadio, iluminação deficitária, objetos</p><p>espalhados pela casa tapetes soltos, falta de corrimãos</p><p>nos corredores da casa, degraus e solo irregular, algumas</p><p>adaptações nem afetam tanto o orçamento, o que afeta o</p><p>idoso nessas mudanças é a falta de informação. Finalizando</p><p>vimos que uma abordagem multidimensional desse idoso,</p><p>faz toda a diferença. Então? Espero que você tenha gostado</p><p>e acessado os links, e-Books, e assistido o vídeo para um</p><p>melhor entendimento e aprendizagem.</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>39</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ALVES. LC, Leite IC, Machado CJ. Conceituando e mensurando a</p><p>incapacidade funcional da população idosa: uma revisão de literatura.</p><p>Cienc Saude Colet 2008; 13(4):1199-1207. CAETANO, L. M. o Idoso e a</p><p>Atividade Física. Horizonte: Revista de Educação.</p><p>AMORIM, Camila Carvalho; PESSOA, Fabrício Silva. (Org.)</p><p>Envelhecimento e saúde da pessoa idosa: principais agravos e riscos à saúde.</p><p>São Luís: Universidade Federal do Maranhão. UNA-SUS/UFMA, 2014.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.</p><p>Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa</p><p>idosa / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento</p><p>de Atenção Básica – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 192 p. il. – (Série A.</p><p>Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 19).</p><p>CIVINSKI, C.; MONTIBELLER, A.; BRAZ, A. L. O. A importância o</p><p>exercício físico no envelhecimento. Revista da Unifebe (online). Vol. 9. p.</p><p>163-175. 2011.</p><p>BOERS, I. et al. Falls in the elderly: II. Strategies for prevention. The</p><p>Middle European Journal of Medicine, Austria, v. 113, n. 11-12, 15 jun. 2001.</p><p>BORDE.; HORTOBÁGYI, T.; GRANACHER, U. Relações dose-resposta</p><p>de resistência treinamento em idosos saudáveis: uma revisão sistemática</p><p>revisão e meta-análise. Medicina Esportiva. Vol. 45. Núm. 12. p. 1693-1720.</p><p>2015.</p><p>BROMAN, AT, Munoz B, Rodriguez J, Sanchez R, Quigley HA, Klein</p><p>R, et al. O impacto da deficiência visual e doenças oculares na qualidade</p><p>de vida relacionada à visão em uma população mexicana-americana:</p><p>proyecto VER. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2002; 43 (11): 3393-8.</p><p>DIAS, R. M. R.; GURJÃO, A. L. D.; MARUCCI, M. F. N. Benefícios do</p><p>treinamento com pesos para aptidão física de idosos. Revista Acta</p><p>Fisiátrica, São Paulo, v.13, n.2, p.90-95, 2006.</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>40</p><p>DUARTE, Y, A. O.; ANDRADE, C. L.; LEBRÃO, M. L. O Índex de Katz</p><p>na avaliação da funcionalidade dos idosos. Revista Escola Enfermagem/</p><p>USP, 41(2):317-25, 2007.</p><p>FECHINE, B. Trompieri N. Processo de Envelhecimento: As principais</p><p>alterações que acontecem com o idoso com o passar dos anos. Revista</p><p>Cientifica Internacional. 2012; 1(7): 106-32.</p><p>LOPEZ, PB. Terapia ocupacional em geriatria: 15 casos práticos.</p><p>Madrid: Panamericana; 2002.</p><p>MARCOS,G.M. Atividade física e funcionalidade do idoso.</p><p>Motriz, Rio Claro, v.16 n.4, p.1024-1032, out./dez. 2010.Disponível em:</p><p><https://bit.ly/3uAqUSf>. Acessoem: 20 de Out .2019.</p><p>MASSUD T, Morris RO. Epidemiologia das quedas. Envelhecimento</p><p>por idade. Num. Suppl. P. 3-7. 2001. 16.</p><p>MATSUDO, S. M. M. Envelhecimento: atividade física e saúde. Revista</p><p>Mineira de Educação Física. Vol. 10. Num. 1. p. 193-207. 2002.</p><p>MEIRA C. E. et al. Risco de quedas no ambiente físico domiciliar de</p><p>idosos.Textos sobre envelhecimento, Rio de Janeiro, v. 8 n. 3, 2005.</p><p>MONTEIRO, A. G.; EVANGELISTA, A. L. Treinamento Funcional. Uma</p><p>Abordagem Prática. São Paulo, SP: Phorte, 2010.</p><p>MORAES, Edgar Nunes. Atenção à saúde do Idoso: Aspectos</p><p>Conceituais. / Edgar Nunes de Moraes. Brasília: Organização Pan-Americana</p><p>da Saúde, 2012. 98 p.: il.</p><p>MORAES, Edgar Nunes de. Princípios básicos de geriatria e</p><p>gerontologia. Belo Horizonte: Coopmed, 2009.</p><p>MORAES, E.N.; LANNA, F.M. Avaliação Multidimensional do Idoso.</p><p>Ed. Folium, 2014 (versão impressa e versão e.Book).</p><p>NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: Conceitos</p><p>e sugestões para um estilo de vida ativo. Londrina, Editora Mediograf, 5ª</p><p>edição, 2010. 18.</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>41</p><p>NELSON, M.E.; REJESKI, W. J.; BLAIR, S.N.; DUNCAN, P.W.; JUDGE, J.O.;</p><p>et al. Physical activity and public health in older adults: recommendation</p><p>from the American College of Sports Medicine and the American Heart</p><p>Association. Medicine Science Sports Exercice. 2007, Aug; 39(8):1435-45</p><p>OLIVEIRA, RF et al. Efeitos do treinamento de Tai Chi Chuan na</p><p>aptidão física de mulheres adultas e sedentárias. Rev. Bras. Ciên. e Mov.</p><p>2001; 9:15-22.</p><p>ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). O papel da atividade</p><p>física no Envelhecimento saudável. Florianópolis, 2006.</p><p>QUEIROZ, D. B.; e colaboradores. Funcionalidade, aptidão motora</p><p>e condições de saúde em idosos longevos residentes em domicílio.</p><p>Arquivos de Ciências da Saúde. Vol. 23. Num. 2. p. 47-53. 2016.</p><p>RIBEIRO, AP, et al. A influência das quedas na qualidade de vida de</p><p>idosos. Ciênc Saúde Coletiva (Rio de Janeiro).2008;13(4):1265-73.</p><p>SIQUEIRA, M.E. C. Longa permanência: mudanças no ambiente, em</p><p>práticas e atitudes. <https://bit.ly/3vRL8an>. Acesso</p><p>em: 20 out. 2019.</p><p>PARANÁ. Secretaria de Estado da Saúde do Paraná. Superintendência</p><p>de Atenção à Saúde. P223a Avaliação multidimensional do idoso / SAS. -</p><p>Curitiba: SESA, 2017.</p><p>SOARES, E A. Análise da iluminação e decoração nas residências de</p><p>pessoas da terceira idade. ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line</p><p>IPOG - Goiânia - 6ª Edição nº 006 Vol.01/2013 - dezembro/2013.</p><p>SOUZA, Luiz Ricardo de Lima; SOUZA, Évitom Corrêa de. Os efeitos</p><p>do treinamentofuncional na capacidade funcional de idosos. Disponível</p><p>em: <http://bit.ly/37Uk4Mm>. Acesso em: 20 out. 2019.</p><p>TEIXEIRA, T. G.; BATISTA, A. C. Treinamento físico para idosos</p><p>vulneráveis: uma revisão sobre as estratégias de intervenção. Motriz, Rio</p><p>Claro, v.15 n.4 p.964-975, out./dez. 2009</p><p>VOGEL, T.; BRECHAT, P. H.; LEPRETTE, P. M.; KALTENBACH, G.; et al.</p><p>Health benefits of physical activity in older patients: a review. International</p><p>Journal of Clinical Practice. 63(2):303-20, 2009.</p><p>Adaptações Funcionais no Idoso</p><p>Envelhecimento do Idoso: Avaliação e Implicações Funcionais</p><p>Avaliação Multidimensional do Idoso</p><p>Envelhecimento do Idoso e Implicações Funcionais de uma Idade Avançada</p><p>Adaptações funcionais específicas às necessidades dos idosos</p><p>Treinamento Funcional para Idosos</p><p>Prevenção, Melhoramento e Restrições de Exercícios de Treinamento Funcional para Idosos</p><p>Adaptações Ambientais Específicas às Necessidades do Idoso</p><p>Adaptação do Ambiente Interno e Externo do Idoso</p><p>Orientações de Adaptações do Ambiente Interno do Idoso</p><p>Padrões do Domicílio do Idoso</p><p>Orientações em Relação ao Ambiente Externo ao Idoso</p><p>Idosos em Instituições de Longa Permanência</p><p>Adaptação do Ambiente Interno em ILP</p>

Mais conteúdos dessa disciplina