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<p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p>TEORIA DA EMPRESA</p><p>(DIREITO EMPRESARIAL)</p><p>1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO EMPRESARIAL</p><p>- SURGE NA IDADE MÉDIA</p><p>- O COMÉRCIO: a palavra comércio tem sua origem no latim '' comutátion</p><p>mercium'' = '' troca de mercadorias por mercadorias''. Tal troca tornou-se um</p><p>elemento fundamental para o comércio em sociedade, desde os tempos mais</p><p>remotos, porque era cada vez mais difícil a autossatisfação de todas as</p><p>necessidades de uma pessoa. Posteriormente, surge o padrão monetário</p><p>(moeda para a facilitação da prática comercial).</p><p>OBS: essa atividade profissional retoma antiguidade, na qual podemos</p><p>ver exemplos de povo que exercerão o comércio com os FENÍCIOS.</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p> DEFINIÇÃO: para a definição do comércio já se deslumbrava três</p><p>elementos:</p><p> A intermediação</p><p> A habitualidade</p><p> O intuito de lucro</p><p>2. HISTÓRIA DO DIREITO COMERCIAL</p><p>O direito comercial surge de uma necessidade na idade média para</p><p>regulamentar as relações entre um novo personagem que se apresenta '' o</p><p>comerciante '' (ascensão da burguesia).</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p>OBS: na antiguidade, não tínhamos apenas normas muitos pequenos</p><p>regulamentando a atividade comercial, como o CÓDIGO DE MANÚ (INDIA) E</p><p>HAMURABBI (BABILÔNIA).</p><p>Apesar de existirem algumas regras sobre o comercio, o direito comercial</p><p>só surgiu na idade média como um direito autônomo e que pode ser dividido em</p><p>três partes: (sistema subjetivo, sistema objetivo e sistema subjetivo moderno).</p><p>ATENÇÃO !!! O comércio surgiu na antiguidade (idade antiga) e o direito</p><p>comercial surgiu no período medieval (idade média).</p><p>3. SISTEMAS DO DIREITO COMERCIAL</p><p>A. SISTEMA SUBJETIVO (IDADE MÉDIA)</p><p>A queda do império romano e a ausência de um poder estatal fizeram a</p><p>união dos comerciantes e formaram as grades corporações de MERCADORIAS.</p><p>A desorganização do estado medieval, faz com que os comerciantes se</p><p>unissem para se exercitarem a sua autodefesa. Essa classe passou a ter poder</p><p>econômico e militar. No sistema subjetivo, o direito comercial pode ser entendido</p><p>como o direito dos comerciantes já que disciplinavam as relações entre os</p><p>comerciantes. Era de início, normas costumeiras (uso e costumes) aplicada por</p><p>um juiz eleito pelas corporações. Começa também a surgir normas escritas, daí</p><p>a aplicação dos costumes e normas escritas para o caso concreto.</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p> No brasil, tal sistema predominou durante o século XVIII e a</p><p>primeira metade do século XIX.</p><p> Concluindo esse primeiro momento, o direito comercial se afirmar</p><p>como o direito de uma classe profissional fruto dos costumes mercantis e com</p><p>uma jurisdição própria na organização dos mercadores.</p><p>OBS: jurisdição é o poder de julgar (aplicar o direito) e nesse sistema era</p><p>feita pela corporação dos mercadores, eles buscavam a tutela jurisdicional e era</p><p>os próprios comerciantes que elaboravam as próprias leis comerciais. Portanto,</p><p>o estado não intervia.</p><p>B. SISTEMA OBJETIVO (IDADE MODERNA)</p><p> Surge a teoria dos atos comerciais pelo código napoleônico de 1807, o</p><p>brasil adotou esse ato comercial até 2002 com o novo código civil.</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p> A Itália libertou-se dessa teoria em 1942 e adotou a teoria da</p><p>empresa.</p><p> O novo código civil brasileiro de 2002 conceitua o termo empresário</p><p>no Art. 966 Código Civil '' considera-se empresário quem exerce</p><p>profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a</p><p>circulação de bens ou de serviços '‘.</p><p>Art. 966. Considera-se empresário quem exerce</p><p>profissionalmente atividade econômica organizada para a</p><p>produção ou a circulação de bens ou de serviços.</p><p>Parágrafo único. Não se considera empresário quem</p><p>exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária</p><p>ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou</p><p>colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir</p><p>elemento de empresa.</p><p>Na idade moderna, houve um movimento de centralização monárquico,</p><p>de modo que os comerciantes deixam de ser responsáveis pela elaboração do</p><p>direito comercial tarefa está que vai para as mãos do próprio estado. O direito</p><p>comercial é ESTATIZADO.</p><p>O código napoleônico de 1807 marca o início dessa nova fase do direito</p><p>comercial na medida em que se acolheu a teoria dos atos comerciais,</p><p>passando a disciplinar uma série de atos que não eram exclusivos dos</p><p>comerciantes que se entendiam aos não comerciantes.</p><p>Por esse sistema não objetivo o direito comercial passa a ser praticado</p><p>por quem quer que seja independente de qualquer qualificação profissional.</p><p> A CRISE DO SISTEMA OBJETIVO: o sistema objetivo sempre foi objeto</p><p>de duras críticas entre ela abarca os atos ocasionados e aquele que representam</p><p>uma atividade profissional.</p><p>C. SISTEMA SUBJETIVO MODERNO:</p><p> A crise do sistema objetivo deu origem aos novos contornos</p><p>do direito mercantil. O '' ato '' dá lugar a '' atividade econômica ''.</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p> Unem-se a ideia de '' ato de comércio '' e '' comerciante ''</p><p>numa realidade mais dinâmica a dar atividade econômica para a</p><p>SASTIFAÇÃO das necessidades do mercado geral de bens e serviços.</p><p> Portanto, no sistema subjetivo e moderno a concepção</p><p>passa a ser centrada em um sujeito empresário '' Art. 966 CC '' dai hoje</p><p>se fala em direito comercial.</p><p>O NOVO DIREITO EMPRESARIAL</p><p>1. DIREITO EMPRASARIAL PARA GILSEPPE FERRI:</p><p> À luz do código civil italiano de 1942 afirma que o direito</p><p>comercial constitui o complexo de normas que regulam a organização e o</p><p>exercício profissional de uma atividade intermediária dirigida a</p><p>SASTIFAÇÃO das necessidades do mercado em geral e</p><p>consequentemente s atos singulares nos quais essa atividade se</p><p>concretiza</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p> Conclusão: podemos afirmar que o direito empresarial é o</p><p>direito que regula a atividade empresarial e todos os atos que</p><p>normalmente praticados no exercício dessa atividade.</p><p>2. FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL</p><p>A. LEI: seriam fontes neste sentido a '' constituição federal, as leis no sentido</p><p>estrito, medidas provisórias e os regulamentos '' desde que possuam regras que</p><p>se apliquem à empresa.</p><p>B. OS USO E COSTUMES: são produzidos pela vontade jurídica geral de uma</p><p>coletividade manifestado normalmente mediante o uso</p><p>EX: uso de cheque para fazer compras no supermercado</p><p>C. PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO: eles são a abstração lógica da aquilo</p><p>que constitui o substrato comum das diversas normas positiva. Na condição de</p><p>base das normas positivas, é certo que há uma tendência na positivação dos</p><p>princípios gerais.</p><p>EX: o princípio da vedação do enriquecimento ilícito (Art. 884 CC).</p><p>Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se</p><p>enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o</p><p>indevidamente auferido, feita a atualização dos valores</p><p>monetários.</p><p>Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por</p><p>objeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a</p><p>restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição</p><p>se fará pelo valor do bem na época em que foi exigido.</p><p>3. AUTONOMIA DO DIREITO EMPRESARIAL</p><p>Pensou-se muito na unificação do direito privado onde uma mesma lei</p><p>poderia ser regulada as relações civis e empresariais.</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p>A unificação do direito privado não se concebe mais em razão das</p><p>diferenças de métodos e objeto próprio.</p><p>4. ALGUNS PRINCÍPIOS DO DIREITO COMERCIAL:</p><p>A) SIMPLICIDADE DAS FORMAS: a velocidade das relações econômicas</p><p>modernas não permite que o formalismo esteja presente nas relações de massa.</p><p>A velocidade da economia impõe celeridade nos negócios.</p><p>B) ONEROSIDADE: a finalidade da empresa e do direito regulamentador é o</p><p>‘'lucro’’, daí falar-se da sua onerosidade.</p><p>C) PROTEÇÃO DO CRÉDITO: o crédito é um elemento excencial para o</p><p>exercício da atitude</p><p>empresarial e como tal deve ser protegido.</p><p>D) COSMOPOLITISMO: é a própria internacionalidade de direito empresarial,</p><p>hoje o direito mercantil não se prende mais a uma única nação. Ele trancede</p><p>fronteiras (de estar em sintonia com as leis do mundo).</p><p>5. A EMPRESA</p><p> O QUE É EMPRESA?</p><p>É uma atividade econômica organizada para a produção ou circulação de</p><p>bens e serviços</p><p>OBS: a natureza jurídica da empresa é a de objeto de direito</p><p> ATIVIDADE: trata-se de uma atividade porque se tem um conjunto de</p><p>atos destinados a uma finalidade comum que organiza os fatores da</p><p>produção para produzir ou fazer circular bens ou serviços</p><p> ECONOMICIDADE: a economicidade da atividade exige que ela seja</p><p>capaz de criar novas utilidades e novas riquezas.</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p> ORGANIZAÇÃO: a atividade empresarial pressupões atos coordenados</p><p>e programados para se atingir o fim.</p><p> FINALIDADE: a empresa deve abranger a produção ou a circulação de</p><p>bens ou serviços para o mercado. Na produção temos a transformação</p><p>da matéria prima e na circulação temos a intermediação e negociação de</p><p>bens.</p><p> DIRIGIDO AO MERCADO: isto é, deve ser destinado à satisfação das</p><p>necessidades alheias.</p><p>6. O EMPRESÁRIO:</p><p>'' Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade</p><p>econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços (Art.</p><p>966 cc).''</p><p>Nessa condição a natureza jurídica do empresário será sujeito de direito.</p><p>Há dois tipos de empresários: individual (pessoa física) e sociedade empresarial</p><p>(pessoa jurídica de direito privado).</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p>7. ELEMENTOS CARACTERISTICOS DA CONDIÇÃO DE EMPRESÁRIO:</p><p>A. ECONOMICIDADE: ela envolve a idoneidade abstrata da atividade em</p><p>cobrir os seus custos, basta que a atividade se desenvolva de modo a não</p><p>gerar prejuízos. O capital investido na atividade produtiva deve, pelo menos,</p><p>reproduzir-se ao final do ciclo produtivo.</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p>B. ORGANIZAÇÃO: essa organização é de fundamental importância. Ela é</p><p>uma qualidade de iniciativa, de decisão, capacidade de escolha de homens e</p><p>bens, dentre outros.</p><p>C. PROFISSIONALIDADE: só é empresário quem exerce a empresa de modo</p><p>profissional. Tal expressão, refere-se à estabilidade e habitualidade da</p><p>atividade exercida.</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p>D. ASSUNÇÃO DO RISCO (ASSUMIR O RISCO): nas atividades econômica</p><p>em geral todos assumem riscos. O investidor retira capital de seu patrimônio e</p><p>coliga a determinadas atividades. Com essa conduta ele assume o risco de</p><p>perder o valor investido. O empresário assume o risco total da empresa. Tais</p><p>riscos são incertos e ilimitados e, o risco da atividade não é garantido por</p><p>ninguém.</p><p>E. DIRECIONAMENTO AO MERCADO: a atividade empresarial está voltada</p><p>para a satisfação das necessidades alheias. O empresário desenvolve a</p><p>produção ou a circulação de bens ou serviços para o mercado e não para se</p><p>próprio.</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p>8. EXCLUSÃO DO CONCEITO DE MERCADO</p><p>Art. 966 CC Parágrafo único: não se considera empresário quem exerce</p><p>profissão intelectual de natureza cientifica, literária ou artística.</p><p>- Não se considera empresário quem exerce ‘’Profissão intelectual de</p><p>natureza’’:</p><p>a. Científica: Advogado, Médico ...</p><p>b. Literária: Escritor</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p>c. Artística: Cantor, Ator, Pintor</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p>ATENÇÃO: o artigo 966 do código civil parágrafo único afirma que não são</p><p>empresários aquele que exerce profissão intelectual de natureza cientifica,</p><p>literária ou artística. Porém, temos que nos atentar para o fato do mesmo</p><p>dispositivo afirmar que serão empresários se o exercício da profissão constitui o</p><p>elemento de empresa.</p><p>Um médico especialista que inicialmente atende em um consultório</p><p>particular e conta somente com a ajuda de uma secretária. Após expandir suas</p><p>atividades vê a necessidade de contratar mais médicos especialistas para</p><p>trabalhar no local, bem como disponibilizar serviços referentes a atividade que</p><p>exercem, oferecer exames, estrutura hospitalar, atendimento personalizado</p><p>passando a contar com toda uma equipe de administradores, secretários, serviço</p><p>de limpeza, setor de Recursos Humanos, advogados. Assim, passa-se a</p><p>constituir uma empresa, onde o médico que deu início será um elemento da</p><p>empresa, fará parte do todo. Trata-se de estrutura organizacional da atividade,</p><p>que, ao ganhar complexidade na sua organização, deixa de ser tratada como</p><p>uma atividade desvinculada do mundo empresarial. Assim entende o STJ e</p><p>Fábio Ulhoa Coelho.</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p>9. O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL:</p><p>É a pessoa física que exerce a empresa em seu próprio nome assumindo</p><p>todo o risco da atividade. É a própria pessoa física que será o titular da atividade.</p><p>Ainda que seja atribuída um CNPJ próprio distinto do CPF, não há distinção entre</p><p>a pessoa física em se e o empresário individual.</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p>A. CAPACIDADE: para os atos da vida em geral, a pessoa deve ter capacidade</p><p>no sentido jurídico, ou seja, deve ser dotada de vontade e de discernimento para</p><p>exercer os atos por si só. Tal capacidade está geralmente ligada a fatores</p><p>objetivos como idade e estado de saúde.</p><p>OBS: a capacidade plena de agir se adquiri aos 18anos. Porém, quem</p><p>com 16 anos ou mais for emancipado também adquire a capacidade plena</p><p>de agir. Qualquer causa de emancipação é suficiente para a atribuição de</p><p>capacidade plena e consequentemente para permitir o exercício da</p><p>atividade empresarial.</p><p>B. EMPRESÁRIO INCAPAZ: o incapaz menor de 16 anos não pode jamais</p><p>iniciar uma atividade empresarial, mas pode continuar uma atividade que já vinha</p><p>sendo exercida. Tal permissão se justifica pelo princípio da preservação da</p><p>empresa, tentando evitar a extinção desta, preservando empregos e interesses</p><p>do fisco e da comunidade.</p><p>B1. CONTINUAÇÃO DA ATIVIDADE: a continuação da atividade</p><p>será obrigatoriamente precedida de autorização judicial, que analisará os riscos</p><p>da empresa, bem como a conveniência de continuá-la. Haverá uma ponderação</p><p>de risco e benefícios. Essa autorização deverá ser averbada na junta comercial</p><p>e ela é dada em caráter precário, podendo ser revogada a qualquer momento.</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p>Sendo deferida a continuação da empresa, o incapaz é quem será o</p><p>empresário. Porém, dada a sua condição ele poderá ser representado ou</p><p>assistido.</p><p>OBS: existe a possibilidade real de nomeação de gerente em situações em que</p><p>o juiz achar conveniente.</p><p>B2. A LIMITAÇÃO DE RISCO: a atividade empresarial é uma</p><p>atividade de risco. A continuação da empresa por incapazes tem por objetivo a</p><p>preservação da empresa e a proteção dos interesses dos que estão ao seu</p><p>redor. Esta preservação não é um valor absoluto e deve ser compatibilizada com</p><p>a proteção do incapaz.</p><p>C. PROIBIÇÕES: a lei 8.112/90 (lei dos servidores públicos federais) em seu</p><p>artigo 117 proíbe os servidores públicos federais de serem empresários</p><p>individuais ou de exercerem cargo de administração em sociedade, permitindo-</p><p>lhes a condição de cotista, acionista ou comanditário de sociedade. Tal proibição</p><p>decorre da exclusividade e da dedicação que os cargos públicos exigem.</p><p>OBS 1: a lei orgânica da magistratura também proíbe os magistrados de serem</p><p>empresários individuais. Eles também não podem exercer gestão em sociedade.</p><p>E da mesma forma também tal vedação é dada aos militares.</p><p>Para os deputados e senadores existe uma restrição, eles sendo proibidos</p><p>de serem proprietários, controladores ou administradores.</p><p>OBS 2: os falidos são impedidos de serem empresários individuais. Pode ser</p><p>sócio ou acionista.</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p>D. O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL</p><p>CASADO: serão averbados no registro</p><p>empresarial os pactos e declarações antenupciais do empresário. Tais</p><p>averbações são necessárias para o conhecimento público do estado geral do</p><p>empresário e de atos que dependam da outorga do CONJUJE.</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p>REGIME EMPRESARIAL</p><p>1. O REGIME EMPRESARIAL</p><p>Dá-se o nome de regime empresarial, regime tributário ou mesmo de</p><p>regime fiscal ao conjunto de leis que determinam e regem o conjunto de</p><p>impostos que uma determinada empresa deverá pagar ao governo.</p><p> O empresário sujeito exercente da empresa, deve estar submetido a</p><p>deveres e responsabilidade peculiares que denominamos de REGIME</p><p>EMPRESARIAL.</p><p> O Regime Empresarial, é marcado pelas:</p><p>o O REGISTRO DE EMPRESA (Art.1.150 a 1.154 do CC)</p><p>o ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL (Art.1.179 a 1.195 do CC)</p><p>o ELABORAÇÃO DE DEMOSTRAÇÃO FINANCEIRA</p><p>PERIÓDICAS.</p><p>2. DO REGIME DE EMPRESAS</p><p> Tem como finalidade dar publicidade aos atos da empresa</p><p> O registro tem natureza eminentemente declaratória e constitutiva</p><p> Todos os empresários são obrigados a se registrar, caso contrário será</p><p>conciderado empresário irregular</p><p>2.1 ORGÃO DO REGIME DE EMPRESA</p><p> Departamento de Registro Empresarial e Integração (DREI): É a</p><p>autarquia vinculada ao Ministério da Industria que supervisiona e</p><p>coordena a Junta comercial (COMPETÊNCIA NORMATIVA,</p><p>SUPERVISÃO E CONTROLE DO REGISTRO DE EMPRESA).</p><p> Junta Comercial (JC): É responsável por registrar e validar quaisquer</p><p>atividades empresariais que aconteçam no território nacional. Além disso,</p><p>é uma entidade de âmbito estadual.</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p>OBS: O direito comercial é de competência legislativa da União Federal (Art.22,</p><p>I CF) mas, a organização do serviço da Junta comercial é de competência</p><p>legislativa dos Estados, ou seja, cada estado terá a sua própria junta comercial.</p><p>2.2 ATOS DO REGISTRO DE EMPRESAS</p><p>A. MATRÍCULA: É a inscrição de atividades paracomerciais de alguns</p><p>profissionais, tais como:</p><p> Intérprete Comerciais</p><p> Leiloeiros</p><p> Tradutores Públicos</p><p> Trapicheiros</p><p> Administradores de armazéns gerais</p><p>B. ARQUIVAMENTO: É a documentação do ato de inscrição ou registro dos</p><p>atos de constituição, alteração ou dissolução de sociedades empresariais para</p><p>regularizar e permitir as atividades empresariais no território brasileiro.</p><p>OBS1: O Arquivamento deve ser solicitado até 30 dias após a data da</p><p>assinatura do ato, para que possa produzir efeitos. Passado o prazo, só</p><p>produzirá efeito com o despacho.</p><p>OBS2: O Empresário que passa 10 anos sem arquivar qualquer ato, o</p><p>registro de sociedade (INSCRIÇÃO / MATRICULA) será automaticamente</p><p>cancelado.</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p>C. AUTENTICAÇÃO: É a condição de regularidade dos instrumentos de</p><p>escrituração.</p><p> Livros (obrigatórios, facultativos e especiais);</p><p> Comerciais;</p><p> Fichas escriturais;</p><p>3. ESCRITURAÇÃO</p><p>A escrituração, serve para organizar o negócio e servir de prova para os</p><p>terceiros, é formado por um sistema de contabilidade mecanizado ou não em</p><p>que se registra todos os fatos ocorridos em uma empresa.</p><p>3.1 PRINCÍPIOS DA ESCRITURAÇÃO</p><p>De acordo com Marlon Tomazzete os princípios da escrituração são:</p><p>A. UNIFORMIDADE TEMPORAL: a escrituração deve ter semelhantes</p><p>métodos contábil (mesmo método contábil);</p><p>B. FIDELIDADE: o empresário deve ser fiel a tais documentos</p><p>correspondendo a realidade em que se apresente.</p><p>OBS: De acordo com o Art. 1.183 CC veda:</p><p> Rasura</p><p> Espaço em Branco</p><p> Borrões</p><p>C. SIGILO: é a privatização de livros e escrituração contábil</p><p>OBS: O Art. 1.190 CC determina a exibição integral dos livro e papéis</p><p>de escrituração para resolver questões relativa a:</p><p> Sucessão</p><p> Comunhão / Sociedade</p><p> Administração / gestão à conta de outrem</p><p> Falência</p><p> Fisco (fiscalização) o empresário seja parte</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p>3.2. INSTRUMENTO DE ESCRITURAÇÃO:</p><p>O instrumento de escrituração são os livros, sistemas de fichas, folhas</p><p>soltas ou microfichas geradas por computador. Os livro podem ser dividido em :</p><p>A. LIVROS OBRIGATÓRIOS: é chamado de ‘’ Livro diário’’, pois o</p><p>empresário é obrigado a lançar todas as operações dia a dia</p><p>(BALANÇO PATRIMONIAL e BALANÇO RESULTADO</p><p>ECONÔMICO). O livro diário pode ser trocado por ficha ou</p><p>escrituração (mecanizada ou eletrônica).</p><p>B. LIVROS FACULTATIVOS: serve apenas para facilitar a escrituração.</p><p>Temos como exemplo o Livro razão (registra os atos praticados pelo</p><p>empresário pelas contas crédito e débito) e o Livro caixa (registra a</p><p>entrada e saída de dinheiro).</p><p>C. LIVROS ESPECIAIS: São livros obrigatórios para determinados</p><p>empresários. Exemplo:</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p>ATIVIDADE LIVRO ESPECIAL</p><p>EMPRESÁRIO QUE EMITE</p><p>DUPLICATAS</p><p>LIVRO DE REGISTRO DE</p><p>DUPLICATAS</p><p>BANCOS LIVROS DE BALANCETES</p><p>DIARIOS E BALANÇOS</p><p>ARMAZENS LIVRO DE ENTRADA E SAIDA</p><p>DE MERCADORIA</p><p>DOS AUXILIARES DO EMPRESÉRIO</p><p>Dificilmente o empresário tem a capacidade de praticar todos os atos por</p><p>si só, sendo frequente o auxílio de colaboradores. Apesar de atuarem em prol da</p><p>empresa, esses colaboradores não assumem o risco da atividade, sendo apenas</p><p>auxiliares do empresário.</p><p>Francesco Ferreira Júnior classifica os auxiliares em subordinados e</p><p>autônomos:</p><p>A. SUBORDINADOS: seriam aqueles ligados diretamente ao</p><p>empresário, normalmente vinculado por um contrato de trabalho: Ex:</p><p>empregados em geral.</p><p>B. AUTÔNOMOS: seriam os auxiliares externos a empresa sem uma</p><p>relação de dependência imediata. Ex: os representantes comerciais</p><p>1. DOS PREPOSTOS EM GERAL</p><p>Esses auxiliares normalmente são vinculados ao empresário por</p><p>um contrato de trabalho.</p><p>1.1 O CONTRATO DE PREPOSIÇÃO</p><p>É um contrato autônomo que tem alguns elementos do mandato e da</p><p>locação de serviços. A dependência é uma característica excencial da</p><p>preposição, na medida em que há uma subordinação hierárquica do</p><p>preposto em relação ao empresário. O que caracteriza a preposição é o</p><p>poder de representação. O preposto substitui o preponente em</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p>determinados atos, seja na organização interna seja nas relações</p><p>externas com terceiros.</p><p> CONCLUSÃO: Podemos afirmar que o preposto é o auxiliar</p><p>dependente que exerce determinadas atividades dentro da</p><p>empresa, substituindo o empresário em determinados atos, seja na</p><p>orbita interna, seja na orbita externa em relação a terceiros.</p><p> COMPLIANCE: é o ato de estar em conformidade com determinadas as</p><p>leis, normas e regras.</p><p> DPO ( Data Protection Officer ): é o profissional que dentro da empresa</p><p>fica encarregado de cuidar das questões referentes à PROTEÇÃO DE</p><p>DADOS da organização de seus clientes.</p><p>1.2 PERSONALISMO DA RELAÇÃO</p><p>Essa relação de confiança torna a relação de preposição uma relação</p><p>personalíssima (não pode ser delegado), isto é, os encargos decorrentes da</p><p>preposição devem ser exercidos pessoalmente pelo preposto, salvo se houver</p><p>autorização em sentido contrário do preponente.</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p>1.3 DA VINCULAÇÃO DO PREPONENTE</p><p>Os atos que o preposto pratica nessa condição não são atos pessoais</p><p>dele, mas atos do preponente. Quando os prepostos agem dentro do</p><p>estabelecimento empresarial, há perante terceiros, toda a aparência de que se</p><p>trata de um ato do empresário.</p><p> TEORIA DA APARENCIA = tudo que o empregado faz dentro da</p><p>empresa, presume-se que tal ato foi praticado pelo empresário.</p><p>OBS: A jurisprudência já vem reconhecendo a muito tempo a aplicação da teoria</p><p>da aparência nessas situações</p><p>1.4 DO DEVER DE LEALDADE</p><p>O preposto é uma pessoa de confiança do empresário e como tal acaba</p><p>tendo acesso a segredos e informações privilegiadas. Portanto, o preposto deve</p><p>agir de forma leal para não prejudicar o preponente. O código civil estabelece no</p><p>seu artigo 1.170 a proibição de concorrência</p><p>ao empresário por parte do</p><p>preposto.</p><p> O Bob Esponja não pode montar uma lanchonete para concorrer com Seu</p><p>Siriguejo.</p><p>2. DO GERENTES</p><p>De acordo com o artigo 1.172 do Código Civil os gerentes são os prepostos</p><p>permanentes no exercício da empresa, em sua sede sucursal filial ou agência</p><p>dos poderes</p><p>REVISÃO TEORIA DA EMPRESA</p><p>2.1 DOS PODERES DO GERENTE</p><p>Os poderes aos gerentes são normalmente atribuídos de forma mais genérica.</p><p>O gerente é dotado dos poderes necessário para o exercício das funções que</p><p>são atribuídas pelo empresário.</p><p>2.2 DA VINCULAÇÃO DOS PREPONENTES</p><p>Quando o gerente age dentro dos seus poderes, o ato não pode ser atribuído a</p><p>ele, mas sim ao preponente.</p><p>3. DO CONTABILISTA</p><p>Os empresários são obrigados a fazer escrituração de suas atividades são</p><p>necessários conhecimentos técnicos que são inerentes aos contabilistas.</p><p>Havendo erros nos lançamentos causados por:</p><p> CULPA (Negligência, Imprudência ou Imperícia): o contabilista</p><p>será responsável perante o preponente pelos prejuízos causados.</p><p> DOLO: responderão perante terceiros, o contabilista e o</p><p>preponente solidariamente.</p><p>4. OS CONTRATOS DE COLABORAÇÃO</p><p>Ao lado dos auxiliares dependentes, existem os auxiliares independentes, que</p><p>se ligam ao empresário por meio dos contratos de colaboração.</p><p>4.1 CONTRATOS DE COLABORAÇÃO POR INTERMEDIAÇÃO</p><p>O colaborador ocupa um dos elos da cadeia, comprando os produtos do</p><p>fornecedor para revende-los.</p><p>Ex: CONTRATO DE DISTRIBUIÇÃO = FIGURA DO REVENDEDOR.</p><p>4.2 CONTRATO DE COLABORAÇÃO POR APROXIMAÇÃO</p><p>O colaborador procura empresários interessados em negociar com o fornecedor</p><p>Ex: CONTRATO DE REPRESENTAÇÃO COMERCIAL</p>

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