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AV1 DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO PRA PROVA
Prof. Abelardo Sampaio
Malu Leite Goes Boavista
1. ORIGEM DO DIREITO EMPRESARIAL
- Na antiguidade existiam normas primitivas sobre o comércio, mas ainda não existia
o direito comercial. Não havia nada que separasse o direito civil e o direito
comercial, tudo era direito privado.
- 1ª FASE DO DIREITO COMERCIAL - FASE SUBJETIVA
. Na idade média os comerciantes se reuniram e constataram que havia a
necessidade de regras específicas para o comércio. Criaram as corporações de
mercadores (Companhia da India Ocidental e Companhia da India Oriental)
. Era a fase subjetiva porque o que importava era quem exercia a atividade; o
indivíduo se configurava comerciante a partir de uma característica própria.
. JUS MERCATORUM: a origem do direito comercial. As normas que
regulamentavam os comerciantes deram origem ao direito comercial.
- as normas eram criadas e aplicadas pelos próprios comerciantes
- haviam tribunais específicos para julgar questões de direito comercial
- o Estado ainda não regulava.
- o Jus Mercatorum era:
1. Um direito consuetudinário: costumeiro; baseado nas práticas
tradicionais dos comerciantes;
2. Dotado de mutabilidade: os costumes mudaram com o passar do
tempo, alterando as normas;
3. Universal: atuava em todos os pontos comerciais.
- Idade Moderna e Absolutismo (final da 1ª fase): com o poder absoluto de um
monarca, não haveria como coexistir o jus mercatorum. A partir deste
momento o direito comercial passou a ser regulamentado pelo Estado.
- 2ª FASE DO DIREITO COMERCIAL - FASE OBJETIVA
. Houve o monopólio da criação e aplicação do direito comercial pelo Estado
. Com a Revolução Francesa em 1789 passou a existir um problema diante do seu
próprio lema: o aspecto de igualdade. A ideia de que ‘’todos são iguais perante a lei’’
entrou em conflito com a ideia de que haveria uma esfera normativa que regula
exclusivamente os comerciantes e burgueses e, a partir disso, passou a se aplicar
normas comerciais que não fosse em razão de pessoas (valor subjetivo).
. Fase objetiva = importava qual atividade era exercida, e não mais quem a exercia
. Teoria dos Atos de Comércio: seria considerado comerciante aquele que
praticava atividades de comércio
* Alfredo Rocco definiu que ato de comércio seria o que a lei definisse,
estabelecendo um conceito jurídico para o comércio. A partir disso, decorrem:
- Sistema descritivo: a lei conceitua de modo descritivo e generalizado quais são
esses atos;
- Sistema enumerativo: listagem por meio de legislação das atividades que se
enquadravam. Porém há um problema, já que a constante evolução das
atividades econômicas, passaram a existir novas atividades que ainda não eram
reconhecidas por lei (os costumes se modificam mais rápido que a lei)
- 3ª FASE DO DIREITO COMERCIAL - SUBJETIVA-MODERNA/EMPRESARIAL
. Com a explosão da Revolução Industrial, as inúmeras atividades econômicas
passaram a exigir o seu reconhecimento como ato de comércio.
- TEORIA DA EMPRESA: foi criada em 1922 no Código Civil Italiano e, não
mais importava quem exercia (fase subjetiva) ou qual atividade seria exercida
(fase objetiva), o que importava era o modo como a atividade era exercida
*Se inaugura o modo empresarial, que é o modo organizado e profissional de
exercer uma atividade econômica. Quem segue esse modo não é mais
comerciante: é um empresário.
2. EMPRESA:
● CONCEITO DE EMPRESA: A empresa é, economicamente, a organização dos
fatores da produção com o fim de obter ganhos ilimitados.
● Alberto Aschini analisa 4 perfis de utilização do termo empresa:
1- Perfil Subjetivo: usa o termo para identificar quem exerce a atividade empresarial;
2- Perfil Objetivo: usa o termo para identificar o posto empresarial;
3- Perfil Funcional: é o mais adequado - a empresa como atividade econômica
organizada e profissional;
4- Perfil Corporativo: a empresa como um órgão com vida própria que visa unificar a
sociedade e empresas em busca dos mesmos objetivos.
3. EMPRESÁRIO:
● CONCEITO DE EMPRESÁRIO: O empresário é aquele que exerce
profissionalmente a atividade econômica organizada para a produção ou circulação
de bens e serviços. Ele é sujeito de direito, sendo dotado de personalidade.
● Pode ser pessoa física (na condição de empresário individual) ou pessoa jurídica (na
condição de sociedade empresária)
● Sociedade empresária NÃO é empresa, são empresários.
● O profissionalismo é uma das características de empresa e é composto pela
habitualidade, pessoalidade e monopólio de informação:
1- HABITUALIDADE: deve exercer habitualmente a atividade, de maneira reiterada.
Não será considerado profissional quem exerce a atividade eventualmente;
2- PESSOALIDADE: tem como objetivo diferenciar o empresário do seu
auxiliar/colaborador. A atividade é exercida em nome próprio. O empregado, ao
circular e produzir bens, faz em nome do empresário.
3- MONOPÓLIO DE INFORMAÇÃO: está associado ao dever anexo de informação;
o empresário deve ter informações e conhecimento sobre o produto ou serviço
objeto da sua empresa. Qualidade, uso, riscos e defeitos.
● Atividade econômica: é o exercício de uma atividade com finalidade lucrativa ->
intenção de aumento patrimonial.
- É diferente de existência de lucro; uma atividade sem fins lucrativos pode até
obter lucros, mas não vai aumentar o seu patrimônio
- Não é considerada atividade econômica aquela desenvolvida para satisfazer
necessidades pessoais do responsável
● Organização: o empresário é o organizador da união de 4 elementos para que o
conjunto deles garanta uma atividade econômica:
- CAPITAL: é preciso o emprego de capital para ser empresário;
- MÃO DE OBRA: visão conservadora; seria a força de trabalho
- INSUMOS: matéria prima; envolvimento direto com a produção
- TECNOLOGIA: é exigido do empresário o conhecimento técnico/tecnologia
para realizar a atividade econômica
3.1 - EXCEÇÕES AO CONCEITO DE EMPRESÁRIO:
- Profissional intelectual (Art. 966, §único): é aquele que desempenha atividades de
cunho intelectual, literário, artístico, científico… ainda que possua colaboradores.
Possui natureza personalíssima
Atrela-se a criatividade e ao intelecto do indivíduo
OBS: O advogado jamais poderia se considerar empresário
- Sociedades cooperativas: são associações de pessoas com um interesse comum;
são consideradas sociedades simples.
- Exercente de atividade rural: basta que se registre na Junta Comercial
3.2 - FORMAS DE EXERCÍCIO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL
EXERCÍCIO INDIVIDUAL DA EMPRESA: É pelo empresário/empresa individual de
responsabilidade limitada, quase sempre constituída por pessoas físicas, onde a
pessoa jurídica só pode constituir EIRELIs
EXERCÍCIO COLETIVO DA EMPRESA: Pela sociedade empresária, constituída por
pessoas jurídicas
SOCIEDADE SIMPLES: aquelas que seguem atividade civil (as exceções ao conceito
de atividade empresarial; a prestação de serviço por meio dos seus sócios e formam
uma sociedade para oferecer serviços alinhados com suas atividades pessoais. Ex:
uma parceria entre um médico e um nutri, um advogado e um pesquisador, etc.
Geralmente abrange atividades intelectuais
SOCIEDADES EMPRESÁRIAS: tem por objeto social o desenvolvimento de atividade
típica de empresário; prevalece a atividade empresária e comercial; meios de produção
de produtos ou serviços. Organização (insumos, mão de obra, tecnologia e capital)
Obs: Diante de uma sociedade empresária, o empresário é a própria sociedade, não
seus sócios.
3.3 EMPRESÁRIO INDIVIDUAL:
- É a pessoa física que exerce a empresa em seu próprio nome, sem a necessidade
de um sócio.
- Não há necessidade de capital social mínimo e lhe é atribuído um CNPJ próprio
- CONSTITUIÇÃO DO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL: o indivíduo (que é pessoa física)
vai até a Junta Comercial e se registra como empresário ou firma individual, que
consiste na pessoa física exercente de atividade empresarial
- RESPONSABILIDADE CIVIL ILIMITADA: é a maior característica do empresário
individual.
A pessoa física que compõe a firma individual responderá civilmente com todoseu
patrimônio, pois não existe uma separação patrimonial fática do patrimônio da
pessoa física com a firma individual.
● EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA - EIRELI
- Foi criada pelo ordenamento jurídico brasileiro como uma possibilidade da
pessoa física exercer atividade empresarial com responsabilidade limitada.
- A EIRELI é uma pessoa jurídica criada como centro autônomo de direitos e
obrigações para o exercício individual da atividade empresarial
- O empresário individual é o único titular do capital social, que não pode ser
inferior a 100x o maior salário mínimo vigente no país.
- A pessoa natural, conforme o art. 980-A do Codex, só pode constituir uma
única EIRELI
- O nome EIRELI deve estar presente após o nome da firma
- É possível abrir uma EIRELI simples (para garantir responsabilidade limitada,
mesmo que em sociedades simples)
- CAPITAL SUBSCRITO: o indivíduo ‘’promete’’ o pagamento. Ainda não
houve a integração do valor, mas sim a promessa dele (o valor de 100x mais
que o salário mínimo vigente).
CAPITAL INTEGRALIZADO: o indivíduo já realizou a transferência do capital
e a obrigação de aporte comprometida no momento da subscrição já foi
efetuada.
3.4 CAPACIDADE PARA SER EMPRESÁRIO
● Artigo 972 do Código
● O empresário individual deve exercer a atividade, a princípio, em seu próprio nome,
assumindo obrigações e adquirindo direitos em decorrência aos atos praticados.
● Tem capacidade para ser empresário os que tiverem pleno gozo de capacidade civil
e não forem legalmente impedidos.
- EMPRESÁRIOS CAPAZES: aqueles que são maiores de 18 anos e os emancipados
- INCAPACIDADE CIVIL PARA SER EMPRESÁRIO: menores de 18 anos não
emancipados, ébrios habituais (alcoolatras), viciados em tóxicos, deficientes mentais
e excepcionais e os pródigos.
-> O INCAPAZ PODERÁ EXERCER ATIVIDADES EMPRESARIAIS EM DOIS
CASOS:
❖ EMPRESÁRIO INCAPAZ: O incapaz menor de 16 anos, devidamente
representado ou assistido, NÃO pode JAMAIS iniciar a atividade empresarial,
entretanto pode dar continuidade ao exercício de atividade que já vinha
sendo exercida ou por ele quando capaz, ou por seus pais ou pelo autor da
herança, desde que possua autorização judicial. Isso se justifica pelo
Princípio da Preservação da Empresa. ART. 974
- Conforme o art. 976, o que for emancipado, deverá registrar a prova
de emancipação e de autorização do incapaz nas Juntas Comerciais.
- A continuação da empresa por incapazes tem por objetivo a
preservação da empresa e a proteção dos interesses que circundam.
❖ INCAPAZ ENQUANTO SÓCIO: Art. 974
- A personalidade do sócio não se confunde com a da sociedade, por
tanto o sócio incapaz não irá exercer a atividade empresarial em seu
nome.
- Não é necessária a autorização judicial.
- Ele não pode exercer a administração da sociedade, pois ela implica
responsabilidades pessoais
- O capital social deve ser totalmente integralizado para que o incapaz
conste como empresário enquanto sócio
- O sócio incapaz deve ser assistido ou representado por
representantes legais.
- IMPEDIMENTOS: os indivíduos legalmente impedidos não poderão, assim como os
incapazes, exercer a atividade empresária, conforme artigo 972. O legalmente
impedido que exercer atividades de empresário terá que responder por todas as
obrigações contraídas. São eles:
1. FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS: o estatuto dos funcionários públicos proíbe de ser um
empresário individual, contudo, pode ser sócio desde que não exerça a parte
administrativa da empresa. Essa proibição existe em virtude da incompatibilidade
devido a carga horária;
2. LEILOEIRO: pois é considerado essencial à atividade empresária devendo sempre
ser imparcial, ou seja, atua em interesses opostos; ele é impedido de exercer outras
atividades econômicas que não a de leiloeiro;
3. FALIDO NÃO REABILITADO: o indivíduo que entrou em falência e ainda não foi
reabilitado, ou seja, ainda não extinguiu todas as suas obrigações durante a falência.
Por isso, seu acesso ao exercício de qualquer atividade econômica é impedido. Este
impedimento só vai perdurar até que ele seja considerado reabilitado, através da
declaração de que as obrigações foram extintas. Contudo, este impedimento é para
ser empresário individual ou administrar uma empresa. O falido não reabilitado pode
ser sócio.
4. CONDENAÇÃO CRIMINAL: o indivíduo está legalmente impedido de exercer a
função de empresário quando se tratar de uma condenação criminal que vede o
acesso à atividade econômica. Crimes contra o sistema financeiro, contra a ordem
econômica, crimes falimentares, são crimes que além da pena, impedem o
condenado de exercer atividade econômica enquanto não reabilitado penalmente.
Dois anos após cumprir a pena, os efeitos são cessados e a partir disso o sujeito é
considerado reabilitado penalmente.
5. ATIVIDADES DE INTERESSE NACIONAL: é a ideia de que empresas de rádio e TV
não podem ter um capital totalmente estrangeiro, apenas 25% no máximo, pois o
estrangeiro não pode controlar os meios de comunicação brasileiros. Empresas de
aviação estrangeira também são vedadas de realizarem vôos nacionais, visando
preservar o mercado nacional.
● EMPRESÁRIO CASADO: Art. 977 - 980 do Codex
- Para a alienação de bens imóveis de natureza comum, é necessária a
outorga uxória (autorização marital para que um cônjuge permita a venda de
imóveis do casal). No entanto, no caso do empresário individual casado com
união de bens, se o imóvel ou bem tiver sido destinado a atividade
econômica de sua empresa, não haverá necessidade de outorga uxória,
porque o empresário precisa ter uma autonomia patrimonial e de poder para
exercer a atividade empresarial.
- PARA A VENDA DE BENS DE PESSOA JURÍDICA, NÃO HÁ
NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO DO CÔNJUGE DO SÓCIO.
- Na hipótese de constituir uma sociedade, no momento da transferência, o
cônjuge do sócio precisa anuir a transação. Entretanto, uma vez esse bem já
sendo da sociedade, para vendê-lo, não é necessária a autorização.
- O artigo 977 versa sobre a sociedade entre cônjuges. É possível, desde que
o casamento não tenha sido sob regime de comunhão universal ou de
separação obrigatória de bens.
. Quanto a comunhão universal: inexistiria a pluralidade de sócios, já que
este regime torna o patrimônio ‘’uno’’
. Quanto a separação obrigatória de bens: a lei veda a constituição de
sociedade entre eles, visando evitar eventuais fraudes no regime de bens.
4. REGISTRO DE EMPRESAS
● O registro possui natureza declaratória. O indivíduo que exerce atividade
empresarial, antes mesmo do registro, já é um empresário. O registro serve como
forma de regularização da empresa.
● Todo empresário tem três obrigações: registrar a empresa, escriturar seus livros
empresariais e elaborar balanços periódicos.
● FUNÇÕES DO REGISTRO: lei 8.934/94
- O registro público de empresas será exercido em todo território nacional
pelos órgãos federais, estaduais e distritais, seguindo certas formalidades.
❖ FUNÇÃO CARTORÁRIA: caráter erga omnes, visa garantir
notoriedade aos atos jurídicos das empresas mercantis, assegurando
a fé pública e garantindo a publicidade, autenticidade, segurança e
eficácia dos documentos e atos submetidos a registro.
❖ FUNÇÃO ESTATÍSTICA: coletar dados; o registro tem a função de
fornecer aos indivíduos informações estatísticas referentes a sua
atividade. Os registros fornecem uma base de dados capaz de
instituir políticas públicas e servindo como fonte de informação ao
governo, por exemplo, de saber quantas sociedades foram
constituídas ou desconstituídas.
❖ FUNÇÃO DE ÓRGÃO DE CLASSE: função de servir como órgão de
classe aos funcionários do comércio: os leiloeiros, trapicheiros,
intérpretes, tradutores, etc. Na junta comercial, serve como órgão de
classe a essas profissões citadas.
● ORGANIZAÇÃO DO SISREM!!
- O registro de empresas se organiza de forma sistêmica através do SISREM, que é o
Sistema Nacional de Registro das Empresas Mercantis.
- É composto pelas Juntas Comerciais e pelo DREI (Departamento Nacional de
Registro Empresarial e Integração).
- DREI:É um órgão federal vinculado à Secretaria de Micro e Pequenas Empresas. É
o órgão central do SISREM e a sua principal função é a supervisão, orientação,
coordenação e normativa na área técnica, além da função supletiva na área
administrativa. Possui as seguintes funções: nosc
. Função Normativa: criação das instruções normativas responsáveis pela regulação
do processo de registro das empresas;
. Função de Orientação: como um órgão de consulta por meio da função
orientadora;
. Função de Supervisão: atuação do DREI como um órgão de fiscalização que
possui o dever de analisar a regularidade dos registros efetuados pelas juntas
comerciais;
. Função de Coordenação: idéia de que o DREI é o responsavel por coordenar todo
o funcionamento do sistema.
- JUNTAS COMERCIAIS: São 27 juntas comerciais que, como órgãos locais, tem as
funções administradoras e executoras dos serviços de registro. As Juntas
Comerciais são as responsáveis pela realização de registro e servem como órgao de
classe para os funcionários da junta (trapicheiros, leiloeiros, intérpretes, etc), além
do assentamento de certos usos e práticas comerciais como costumes na Unidade
Federativa em que se encontram.
. Elas sofrem a chamada Dupla Subordinação, pois elas devem se submeter tanto
ao DREI (órgão federal) quanto aos seus órgãos superiores em âmbito estadual. Por
isso, a competência para propor ações contra as juntas varia de acordo com a
matéria.
. Quanto a organização das Juntas Comerciais:
1. PRESIDÊNCIA: órgão representativo composta pelo presidente e pelo vice,
que são os representantes legais e respondem por ela;
2. PLENÁRIO: constituída por 11 a 23 vogais e eles são os responsáveis pelas
deliberações (órgão deliberativo superior) e têm poder de decisão;
3. TURMAS: é o órgão deliberativo inferior e é composto por 3 vogais. O
presidente e o vice não participam das turmas, somente do plenário.
4. SECRETARIA GERAL: se baseia no órgão administrativo e é responsável
pela determinação do funcionamento e operação diária das Juntas, bem
como pela aplicação das normas determinadas pelo presidente;
5. PROCURADORIA: é o órgão jurídico, tanto consultivo como contencioso. Irá
se manifestar em alguns casos pelos próprios vogais da junta ou então em
processos judiciais em que a junta for parte ou em processos de registro em
que a junta for recorrente.
● ATOS DO REGISTRO: podem ser o arquivamento, a matrícula ou a autenticação
dos documentos submetidos a registro.
- MATRÍCULA: é o ato de registro dos auxiliares do comércio: leiloeiros,
trapicheiros, intérpretes, tradutores e administradores de armazéns.
- ARQUIVAMENTO: é o registro de todos os documentos de constituição,
alteração ou extinção do empresário ou da sociedade empresária, ou
qualquer outro documento importante para o empresário ou para a
sociedade. Serão arquivados na Junta Comercial todos os documentos e
atos do empresário, com exceção dos livros empresariais.
- AUTENTICAÇÃO: tem duas funções:
1. Quanto aos livros empresariais: a autenticação é um elemento
essencial aos livros empresariais para que não sejam modificados,
sob pena de irregularidade dos mesmos;
2. Quanto a função cartorária: para garantir a regularidade da cópia de
um documento, que deve ser autenticado pela Junta para que seja
reconhecido.
● PROCESSO DECISÓRIO DOS REGISTROS: qualquer ato deve ser levado a
registro no prazo de 30 dias, devido ao fato de que todo ato levado a registro dentro
desse prazo irá produzir efeitos desde a data em que o ato foi praticado, e não a
partir da data do registro. São dois processos decisórios nas juntas:
1. Processo de Decisão Singular: é a decisão tomada por uma única pessoa -
em regra o presidente - e possui capacidade de delegar tal decisão para um
vogal. É uma decisão proferida em torno de matérias de atos simples
(matrículas, autenticações e arquivamentos não complexos) que deve ser
proferida no prazo de 2 dias úteis.
2. Processo de Decisão Colegiada: é a decisão tomada por um colegiado de
vogais, tomada pela Turma das Juntas Comerciais. É a decisão proferida em
torno de atos complexos (arquivamentos relativos a toda e qualquer S.A.,
consórcios, operações societárias) e devem ser proferidas no prazo de 5 dias
úteis.
- Exame de formalidades: ao realizar um registro (matrícula, autenticação e
arquivamento), a Junta Comercial não analisa o mérito do ato, realiza apenas um
exame formal, podendo se deparar com vícios sanáveis ou insanáveis.
. Vícios sanáveis: ex: cep errado. A JC colocará o processo em exigência e será
necessária uma correção para que o ato seja registrado em um prazo de até 30 dias.
Caso passe o tempo, a JC irá entender o processo como um novo protocolo e
pedido de registro, sendo necessário novamente o pagamento da taxa e gerando um
novo processo.
. Vícios insanáveis: a JC decidirá pelo indeferimento do processo.
● PROCESSO REVISIONAL DOS REGISTROS: consiste na revisão das decisões
proferidas no processo decisório. Não possui efeito suspensivo
1. Pedido de Reconsideração
2. Recurso ao plenário
3. Recurso ao Ministro de Estado
● IRREGULARIDADE DO EMPRESÁRIO: Como visto anteriormente, o registro é de
natureza declaratória, ou seja, serve para regularizar a empresa. O exercente de
atividade empresária é empresário mesmo antes do seu registro. Apenas nos casos
de exercentes de atividade rural é necessário que se realize o registro para que seja
constituída a figura de empresa e empresário. Por tanto, caso o empresário não se
registre ou tenha o seu registro cancelado, o mesmo continuará sendo empresário,
entretanto, um empresário irregular.
- INATIVIDADE: a lei obriga que o empresário não fique por mais de 10 anos
sem realizar o arquivamento. Para que o registro não seja cancelado caso
não haja nenhum arquivamento durante este período, o empresário pode
comunicar a JC que deseja manter-se em funcionamento.
Para que haja o cancelamento devido ao decorrer dos 10 anos da
inatividade, a JC deverá notificar previamente a empresa mercantil por meio
de comunicação direta ou edital. Após o cancelamento, a JC comunicará as
autoridades arrecadadoras dentro do prazo de 10 dias.
- CONSEQUÊNCIAS DA IRREGULARIDADE: o empresário poderá perder a
proteção ao nome empresarial (caso uma empresa regular utilize o mesmo
nome que a empresa irregular, ainda que a irregular tenha sido criada antes,
perderá a proteção), o empresário será ilegítimo para pedir recuperação
judicial e para pedir falência de terceiros. Perderá também a força probatória
dos livros empresariais e a perda do CNPJ.
5. LIVROS COMERCIAIS
● A escrituração comercial é o registro cronológico e específico da natureza de todos
os fatos que ocorrem na empresa, sendo uma obrigação de todo e qualquer
empresário ou sociedade empresária.
● São documentos/arquivos em que são feitas as escriturações contábeis.
● Ao registrar a empresa no CNPJ, é necessário que toda empresa tenha um
contador, pois só ele possui atribuição para escriturar livros contábeis
● É uma obrigação do empresário
● Deve ser cronológica, fiel (sem rasuras, etc), sigilosa e específica.
● FUNÇÕES:
1. Função Gerencial: armazenar informações para consulta, como uma espécie
de banco de dados;
2. Função Documental: fonte de provas que podem ser usadas a favor ou
contra o empresário
3. Função Fiscal: a Fazenda Pública vai fiscalizar o cumprimento das
obrigações fiscais, previdenciárias e tributparias.
● ESPÉCIES:
1. LIVROS OBRIGATÓRIOS
- COMUNS: o livro diário; registra tudo que impacta o patrimônio
empresarial;
- ESPECIAIS: específicos para atividade empresarial
2. FACULTATIVOS: é de livre e espontânea vontade do empresário em
escriturar, com o objetivo de organizar e sistematizar as operações da
empresa. Podem ser obrigatórios caso sirvam de referência no Livro Diário
- Exceções: microempresas, empresas de pequeno porte (livro caixa + livro de
registro de inventário) e pequenos empresários (empresário individual que fatura até
81k)
● REQUISITOS DA ESCRITURAÇÃO:
- Requisitos intrínsecos: determina os padrões da escrituração,tornando-a
compreensível para que qualquer contador possa compreender. Deve ser em
português e em moeda nacional, escrito de forma compreensível.
- Requisitos extrínsecos: determinam a forma do livro em si. É a necessidade
de autenticar os livros nas Juntas Comerciais.
● IRREGULARIDADE DOS LIVROS: caso não esteja regular, o livro não pode servir
como prova favorável ao empresário e servir de prova contra ele -> CRIME
FALIMENTAR
● EXIBIÇÃO DO LIVRO: o livro é protegido pelo princípio do sigilo e só pode ser
exibido por determinação por lei.
1. Fiscalização administrativa: mostra a parte do livro que é objeto de
fiscalização;
2. Fiscalização judicial:
- Parcial: mostra a parte que de fato interessa. Requerimento por ofício.
- Total: consiste na entrega do livro. Requerimento
6. BALANÇOS
Além da obrigação em escriturar os livros empresariais, o empresário tem o dever de
elaborar balanços periódicos. É um relatório da situação financeira da empresa.
● BALANÇO PATRIMONIAL: divide-se entre o ativo e o passivo do empresário. É a
demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, em
uma determinada data, a posição patrimonial e financeira da empresa. É como se
fosse o raio-x dos direitos e obrigações do empresário.
● BALANÇO DE RESULTADO ECONÔMICO: é a DRE: demonstração de resultado. É
o relatório que vai mostrar os detalhes dos rendimentos e dos gastos durante um
determinado período daquela empresa, possibilitando ver se houve lucro ou
prejuízo.
OBS: microempresas, EPPs e pequenos empresários estão dispensados de levantar
balanços.
Boa sorte (carinha de nervoso)

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