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<p>INTRODUÇÃO Á PESQUISA EM FILOSOFIA PRÉ-SOCRÁTICA</p><p>Acadêmicos:</p><p>Elenilda Alves da Silva</p><p>Francisco Correia Sampaio Júnior</p><p>Marcus Vinicius Costa da Conceição</p><p>Mariana Carolina S. Dias</p><p>Tutor: Gerinaldo Oliveira Pinheiro Júnior</p><p>Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI</p><p>Curso de Publicidade e Propaganda</p><p>RESUMO</p><p>Esta produção acadêmica tem por objetivo apresentar o tema “filosofia pré-socrática” onde se faz perceber que os dois primeiros períodos da Filosofia grega têm como referência o filósofo Sócrates, de Atenas, de onde a divisão em Filosofia pré-socrática e socrática tem sua importância para o pensamento mítico dar entrada ao pensamento lógico e o surgimento dos primeiros passos em direção às ciências. Uma vez que ciência se caracteriza pelo questionamento e na busca por respostas com base no uso da razão, muito além das explicações míticas das coisas na época.</p><p>Palavras-chave: Filosofia - Sócrates - conhecimento</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>Considerada como a “rainha das ciências” a filosofia de origem grega é a mais antiga das ciências, sendo desenvolvida no final do século VII a.C. no período conhecido como pré-socrático ou cosmológico até o século V a.C. este foi o primeiro dos quatro grandes períodos da filosofia grega. Neste período a filosofia busca esclarecer a origem do mundo, bem como, todas as transformações da natureza e suas causas, buscando inclusive explicar a origem e as mudanças dos seres humanos.</p><p>2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA</p><p>O filosofia pré-socrática teve suas teorias desenvolvidas do século VII ao V a.C. que tinham como intuito encontrar respostas sobre a origem do ser e do mundo principalmente através de elementos da natureza. Dentre os elementos primordiais, a arché foi considerada elemento inicial ao processo da criação. “Para os pré-socráticos, arché não está submetida a um conceito de tempo linear (pelo qual se pensa um começo e um fim), mas de tempo cíclico. Deste ponto de vista, arché não seria sinônimo de começo, mas designa procedência no tempo”. (SPINELLI, 2002, p1)</p><p>Por sua vez, de “uma forma nova e inusitada de pensar, os gregos deram o nome de filosofia. Essa palavra, atribuída a Pitágora de Samos, é composta de filo (Vinda de philia*, amizade) e sofia (sophia*, sabedoria)” (Chauí, 2002, p.15).</p><p>Ainda Chauí (2002, p. 127) aponta que “no princípio, o mundo humano não tinha ordem nem lei”. Recorrências determinaram as antecipações nas disputas antropológicas e cosmológicas, iniciando a convocação do agrupamento e equipamentos para resistir “pode-se perceber que os dois primeiros períodos da Filosofia grega têm como referência o filósofo Sócrates de Atenas, donde a divisão em Filosofia pré-socrática e socrática” (CHAUÍ, 2001, p. 35).</p><p>Antes, o ser humano criava fantasias sem embasamento para explicar o que não tinha explicação, mas a partir dos pré-socráticos, o ser humano passa a recorrer à racionalidade para entender o Universo e tudo o que há nele. Este era o principal objetivo da filosofia pré-socrática: compreender a origem precisa de tudo o que existe.</p><p>[...] Há certa confusão quando se fala do mito na antiguidade, pois muitos imaginam que seja uma maneira não convencional para explicar os fenômenos naturais e a própria existência. Todavia, vale ressaltar que o mito fazia parte do cotidiano das pessoas, inclusive durante muito tempo, os primeiros filósofos gregos compartilharam de diversas crenças míticas, enquanto desenvolviam o conhecimento racional que caracteriza a filosofia. (Anacleto, 2018, p.3)</p><p>Através dos filósofos pré-socráticos houve a transição da consciência mítica para a consciência filosófica. “A Filosofia é uma das áreas do conhecimento mais antigas da história da humanidade, inclusive, ela própria se mistura com o conhecimento das outras áreas do saber e com o desencadear da própria ciência.” (FRAINER, 2020, p.3).</p><p>[...] O termo grego mythos significa um tipo de discurso fictício ou imaginário. O discurso imaginário não é o mesmo que uma mentira, embora em alguns momentos o mito possa ter sido um sinônimo de mentira. Entretanto, tem sua origem na capacidade humana de raciocinar e buscar uma explicação diante daquilo que causa espanto. Assim, o mito é concebido como uma narrativa que pretende dar uma direção para aquilo que parece confuso e fora de lugar. (Anacleto, 2018, p.4)</p><p>Para obter respostas racionais para descobrir e explicar qual foi a primeira força da natureza que originou todas as outras coisas, eles abandonaram os ideais da mitologia grega que explicava o universo através da cosmogonia. “Além da data e do local, a filosofia também possui, ao nascer, um conteúdo preciso: é uma cosmologia, isto é, uma explicação racional sobre a origem e a ordem do mundo, o cosmos” (CHAUÍ, 2002, p.16).</p><p>Neste momento que os filósofos deram origem a toda uma produção de conhecimento e de representação da realidade. De acordo com (JAEGER, 2003, p. 191) “tão estreita a interpenetração do elemento racional e do ‘pensamento mítico’ que mal se pode separá-los”. Nas palavras de Vernant (2004, p. 76) “o filósofo não se contenta em repetir em termos de physis o que o teólogo tinha expressado em termos de poder divino.” Sugerindo que o posicionamento do espírito na zona da inteligência há uma modificação intensa, estabilizando o fortalecimento no foco da leitura cessando o pensamento mítico e a filosofia. Havendo uma ligação entre eles praticando a própria razão com diferenciação de ambas.</p><p>3. CONCLUSÃO</p><p>No período pré-socrático a fim de obter respostas racionais para descobrir e explicar qual foi a primeira força da natureza que originou todas as outras coisas, seus principais filósofos, abandonaram os ideais da mitologia grega que explicava o universo através da cosmogonia, isto é, que tudo o que existe foi criado através da ideia de nascimento a partir de uma relação entre os deuses e começaram a se fundamentar na explicação do universo baseado na lógica.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ANACLETO, Gesiel Filosofia. / Gesiel Anacleto. – UNIASSELVI, 2018. 215 p.; il.</p><p>CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. 13. ed. São Paulo : Ática, 2011. Copyright ©️UNIASSELVI 2013</p><p>CHAUI, Marilena. Introdução à história da filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles, vol. 1 / Marilena Chamo - 2. ed., rev. e ampl. São PAULO: Companhia das Letras, 2002</p><p>FRAINER, Juliana. Metodologia Científica. Indaial: UNIASSELVI, 2020.</p><p>JAEGER, Werner. Paideia: a formação do homem grego. Tradução de Artur M. Parreira. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.</p><p>SPINELLI, Miguel. Noção de arché no contexto pré socrático. São Paulo:2002</p><p>VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Tradução de Isis Borges B. da Fonseca. 12. ed. São Paulo; Rio de Janeiro: DIFEL, 2004.</p>