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<p>UMA PEQUENA DISCUSSÃO SOBRE A TEORIA DA PULSÃO: pequena tentativa</p><p>A pulsão e o instinto as vezes são confundidos. Quando comecei a estudar o assunto, eu achava que era a mesma coisa, mas no decorrer do estudo percebi que uma coisa é diferente da outra. Na verdade, não é tão diferente, mas também não é a mesma coisa. Isso pode ser percebido quando autor como Ons (2018) argumenta que</p><p>a escolha da palavra Pulsão para traduzir o alemão Trieb foi para evitar qualquer confusão com instinto, visto que o instinto quer a vida e tem um objeto predeterminado e fixo, ao passo que a pulsão mostra uma satisfação paradoxal que pode atentar contra a vida, e seu objeto não é determinado de antemão (ONS,2018, p.57)</p><p>Desse modo podemos perceber que o instinto procura preservar a espécie. Por exemplo, um animal só faz sexo pelo instinto, ou seja, só procura a fêmea quando esta está no período fértil, pois ele é guiado pelo extinto e busca a conservação da vida, e tem um objeto pré-determinado, por exemplo um cachorro só irá procurar uma cadela para cruzar.</p><p>Já o ser humano é guiado pela pulsão, pois ele procura satisfazer um desejo sexual, mesmo se a mulher não está em seu período fértil. E em muitos casos ele irá procurar outro objeto, sem ser a mulher, para satisfazer seu desejo. Aí podemos entender porque o autor disse que a pulsão não está preocupada com a preservação da vida.</p><p>Para Honda (2011)</p><p>Costuma-se referir ao conceito de pulsão (Trieb) como aquele que designa o limite entre o somático e o psíquico, um conceito-limite ou conceito fronteiriço que, por alguns aspectos, assemelhar-se-ia à noção de instinto (Instinkt), mas, que, por outros, distinguir-se-ia radicalmente deste. A semelhança estaria na idéia de tendência ou ímpeto a agir, isto é, genericamente falando, ambos os termos se prestariam a expressar uma necessidade que compele o organismo em direção a alguma ação na realidade.</p><p>O termo Pulsão foi empregado por Freud a partir de 1905, mas ele apareceu na França desde 1625. É derivado do Latin pulsio, para designar a ação de empurrar, impulsionar (ONS,2018, p.57)</p><p>Sendo assim, pode-se dizer que é aquilo que nos motiva a ir para frente, a buscar aquilo que queremos e que nos dá prazer. Quando levantamos de manhã e temos o desejo, a vontade de ir para o trabalho, de fazer aquilo que gostamos, aquilo que satisfaz nossa necessidade, podemos dizer que estamos numa satisfação pulsional</p><p>A autora Nancy McWilliams(2014) coloca que</p><p>a teoria da pulsão postulava que, se frustrada ou gratificada em excesso em um estágio psicossexual precoce ( por meio da interação entre a aptidão temperamental da criança e a resposta dos pais), uma criança pode-se tornar fixada em alguma das questões biológicas dessa fase (MCWILLIAMS 2014, p. 42)</p><p>Aí percebe-se o quanto é importante a atenção dos pais em cada fase da criança, pois a gratificação em excesso ou a frustração em excesso dentro de cada fase irá determinar toda a vida do sujeito na sua fase adulta.</p><p>Honda (2011) traz três conceitos básicos sobre a teoria das pulsões. No primeiro conceito ele fala da pulsão como um conceito-limite entre o psíquico e o somático. Nesse primeiro conceito o autor coloca que é a demarcação da fronteira entre o mental e o corporal. O segundo Conceito é a Pulsão como representante psíquico dos estímulos corporais. Nesse segundo conceito entende-se que o corpo manifesta estímulos que estão lá no fundo, lá do interior do corpo. O terceiro conceito diz respeito a pulsão como medida da exigência de trabalho imposta ao psíquico. Nesse terceiro, o conceito de pulsão traz-nos informações adicionais que nos ajuda a compreender outra das características dos fenômenos psíquicos pulsionais. A expressão "exigência de trabalho" designa certa intensidade e coação para a atividade psíquica. "Sob a pressão [Drang] de uma pulsão compreende-se o seu fator motor, a soma de força ou a medida de exigência de trabalho (HONDA,2011 p.407-409)</p><p>O autor finaliza dizendo que mediante a consideração do conceito de freudiano de pulsão, todos os fenômenos humanos são pulsionalmente constituídos, quer dizer, em todos os eventos psíquicos encontram-se presentificadas qualidades pulsionais, erógenas. Trata-se, portanto, de uma concepção holista que não apenas considera a indissociabilidade entre o anímico e o corporal, mas, sobretudo, outorga ao corpo seu lugar de origem na psicanálise freudiana (HONDA,2011p.419)</p><p>Com base no exposto é possível perceber que a teoria da pulsão é bastante complexa e ela está em movimento desde a fecundação do embrião no útero da mãe. Perpassa todas as fases da vida do indivíduo até ele morrer. É essa pulsão que impulsiona para a vida ou para morte. É muito importante aprofundar mais nesse assunto para compreender a estrutura psíquica, pois essa estrutura está intimamente relaciona a como essa criança vivenciou ou experimentou essas pulsões nas suas fases infantis. Essa experimentação no seio familiar irá repercutir pela vida toda desse sujeito.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>HONDA, Helio. Fractal: Revista de Psicologia, v. 23 – n. 2, p. 405-422, Maio/Ago. 2011.</p><p>MCWILLIAMS, Nancy. Diagnóstico Psicanalítico. Compreender a estrutura da personalidade no processo clínico. Porto Alegre: Artmed, 2014.</p><p>ONS, Silvia. Tudo que você precisa saber sobre Psicanálise. São Paulo: Planeta do Brasil, 2018.</p><p>,</p>

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