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Elementos e Destinos da Pulsão (1)

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PULSÃO
Prof. Gledson
TRIEB: Pulsão
Em alemão, o verbo significa ação de impelir, 
impulsionar, conduzir, levar, empurrar, dirigir, etc...
Ações que pressupõem uma Força/uma Pressão 
Portanto, em Psicanálise, Pulsão é um termo que se refere a uma força constante, uma pressão contínua que impulsiona os seres humanos.
É um dos conceitos fundamentais da Psicanálise e foi criado e desenvolvido por Freud para explicar a existência da energia permanente que move os seres humanos.
“Por ‘pulsão’ podemos entender, a princípio, apenas o representante psíquico de uma fonte endossomática de estimulação que flui continuamente, para diferenciá-la do ‘estímulo’, e que é produzido por excitações isoladas vindas de fora. Pulsão, portanto, é um dos conceitos da delimitação entre o mental e o físico.” (FREUD, 1905, p. 171).
APARELHO PSÍQUICO
1ª Teoria sobre o Inconsciente (1ª tópica)
Sistema 
Inconsciente
Sistema
consciente
Representações instalado no psiquismo a partir
do processo de erogenização do corpo.
APARELHO PSÍQUICO
1ª Teoria sobre o Inconsciente (1ª tópica)
Sistema 
Inconsciente
Sistema
consciente
Inumeráveis representações da instalam-se no 
psiquismo ao longo do processo de erogenização 
do corpo.
APARELHO PSÍQUICO
1ª Teoria sobre o Inconsciente (1ª tópica)
Sistema 
Inconsciente
Sistema
consciente
A pressão constante na busca pela repetição
torna os Representantes psíquicos
como sendo PULSIONAIS
Por esta razão, Freud concluiu que o ser humano não é movido pelo instinto como os animais.
Se para os animais existe um objeto que satisfaz a sua necessidade que é fisiológica, os humanos buscam algo além da satisfação fisiológica.
Como exemplos disto, temos a relação do ser humano com os alimentos. Serve-se de um aperitivo, refeição principal, sobremesa, cafezinho, etc... Não comemos somente para nos alimentar, assim como não deixamos de comer somente porque estamos saciados(alimentados). A relação não é direta como a relação instintual dos animais. A constância, a forma e o objeto se transforma dentro da mesma espécie.
Relação humana com o sexo também demonstra a pulsão.
ELEMENTOS E DESTINOS DA PULSÃO
Prof. Gledson
4 elementos que compõem a PULSÃO:
Freud nomeou 4 elementos que compõem as Pulsões. Ou seja, teorizando sobre a forma como as Pulsões vão se estabelecendo, ele definiu que toda pulsão é composta por uma Fonte, um Objeto, uma Finalidade e uma Força. São as características da Pulsão; qualquer Pulsão possui tais características.
Freud descreveu 4 elemento que compõem a PULSÃO:
FONTE (Quelle)
OBJETO (Objekt)
ALVO/FINALIDADE (Ziel)
FORÇA (Drang)
Freud descreveu 4 elemento que compõem a PULSÃO:
FONTE (Quelle) – o próprio corpo
OBJETO (Objekt) – é variável; tudo que a pulsão usar para se satisfazer
ALVO/FINALIDADE (Ziel) – satisfação (sempre parcial)
FORÇA (Drang) – pressão constante
FORÇA (Drang) – pressão constante
“Por pressão [Drang] de uma pulsão compreendemos seu fator motor, a quantidade de força ou a medida da exigência de trabalho que ela representa. A característica de exercer pressão é comum a todos as pulsões; é, de fato, sua própria essência.” (FREUD, 1915, p. 142).
FONTE (Quelle) – o próprio corpo
“Por fonte [Quelle] de uma pulsão entendemos o processo somático que ocorre num órgão ou parte do corpo, e cujo estímulo é representado na vida mental por uma pulsão.
(...) todas as pulsões são qualitativamente semelhantes e devem o efeito que causam somente à quantidade de excitação que trazem em si, ou talvez, além disso, a certas funções dessa quantidade” (FREUD, 1915, p. 143).
ALVO/FINALIDADE (Ziel) – satisfação (sempre parcial)
“A finalidade [Ziel] de uma pulsão é sempre satisfação, que só pode ser obtida eliminando-se o estado de estimulação na fonte da pulsão. Mas, embora a finalidade última de cada pulsão permaneça imutável, poderá ainda haver diferentes caminhos conducentes à mesma finalidade última, de modo que se pode verificar que uma pulsão possui várias finalidades mais próximas ou intermediárias, que são combinadas ou intercambiadas umas com as outras. Podemos supor que mesmo processos dessa espécie envolvem uma satisfação parcial” (FREUD, 1915, p. 142).
OBJETO (Objekt) - É variável; tudo que a pulsão usar para se satisfazer 
“O objeto [Objekt] de uma pulsão é a coisa em relação à qual ou através da qual a pulsão é capaz de atingir sua finalidade. É o que há de mais variável numa pulsão e, originalmente, não está ligado a ela, só lhe sendo destinado por ser peculiarmente adequado a tornar possível a satisfação. O objeto não é necessariamente algo estranho: poderá igualmente ser uma parte do próprio corpo do indivíduo. Pode ser modificado quantas vezes for necessário no decorrer das vicissitudes que a pulsão sofre durante sua existência, sendo que esse deslocamento da pulsão desempenha papéis altamente importantes. Pode acontecer que o mesmo objeto sirva para a satisfação de vários pulsões simultaneamente. Uma ligação particularmente estreita do instinto com seu objeto se distingue pelo termo ‘fixação’” (FREUD, 1915, p. 143)
Então, considerando que não existe um objeto que satisfaça totalmente a força constante que continuamente busca a recuperação de um prazer originário, quais são os possíveis desdobramentos/encaminhamentos/destinos que o psiquismo vai encontrar para a Pulsão? 
Considerando também que na medida em que as pulsões vão se instalando e formando o aparelho psíquico da criança, vai se formando um EU que, gradativamente, com a influência do meio (Outro) vai estabelecendo DEFESAS para lidar com a força das Pulsões que estão pressionando dentro do aparelho psíquico em estruturação, QUAIS SERÃO OS TAIS DESTINOS DA PULSÃO?
Freud descreveu 4 destinos da PULSÃO:
Reversão ao seu oposto
Retorno em direção ao próprio Eu
Recalque
Sublimação
Reversão ao seu oposto
“A reversão de uma pulsão a seu oposto transforma-se, mediante um exame mais detido, em dois processos diferentes: uma mudança da atividade para a passividade e uma reversão de seu conteúdo. Os dois processos, sendo diferentes em sua natureza, devem ser tratados separadamente.
Encontram-se exemplos do primeiro processo nos dois pares de opostos: sadismo-masoquismo e escopofilia-exibicionismo. A reversão afeta apenas as finalidades das pulsões. A finalidade ativa (torturar, olhar), é substituída pela finalidade passiva (ser torturado, ser olhado). A reversão do conteúdo encontra-se no exemplo isolado da transformação do amor em ódio”(FREUD, 1915, p. 147).
Retorno em direção ao próprio Eu
“O retorno de uma pulsão em direção ao próprio eu (self) do indivíduo se torna plausível pela reflexão de que o masoquismo é, na realidade, o sadismo que retorna em direção ao próprio ego do indivíduo, e de que o exibicionismo abrange o olhar para o seu próprio corpo. A observação analítica, realmente, não nos deixa duvidar de que o masoquista partilha da fruição do assalto a que é submetido e de que o exibicionista partilha da fruição de [a visão de] sua exibição. A essência do processo é, assim, a mudança do objeto, ao passo que a finalidade permanece inalterada. Não podemos deixar de observar, contudo, que, nesses exemplos, o retorno em direção ao eu do indivíduo e a transformação da atividade em passividade convergem ou coincidem. 
Para elucidar a situação, faz-se essencial uma investigação mais completa.”
Retorno em direção ao próprio Eu
No caso do par de opostos sadismo-masoquismo, o processo pode ser representado da seguinte maneira:
O sadismo consiste no exercício de violência ou poder sobre uma outra pessoa como objeto.
(b) Esse objeto é abandonado e substituído pelo eu do indivíduo. Com o retorno em direção ao eu, efetua-se também a mudança de uma finalidade pulsional ativa para uma passiva.
(c) Uma pessoa estranha é mais uma vez procurada como objeto; essa pessoa, em consequência da alteração que ocorreu na finalidade pulsional, tem de assumir o papel do sujeito.
Retorno em direçãoao próprio Eu
O caso (c) é o que comumente se denomina de masoquismo. Também aqui a satisfação segue o caminho do sadismo original, voltando o ego passivo, em fantasia, ao seu papel inicial, que foi agora, de fato, assumido pelo sujeito estranho. Se existe, além disso, uma satisfação masoquista mais direta, é muito duvidoso. Um masoquismo primário, não derivado do sadismo na forma que descrevi, não parece ser encontrado. Veremos que não é supérfluo presumir a existência da fase (b) pelo comportamento da pulsão sádica na neurose obsessiva. Ali existe um retorno em direção ao eu do sujeito sem uma atitude de passividade para com outra pessoa: a modificação só vai até a fase (b). O desejo de torturar transforma-se em autotortura e autopunição, não em masoquismo. A voz ativa muda, não para a passiva, mas para a voz reflexiva média.
Recalque
O conceito de recalque implica a ideia de uma defesa que o psiquismo vai estabelecendo gradativamente a partir do surgimento do Sistema Consciente.
A relação do Outro com a criança também vai constituindo um conjunto de representações advindas dos valores morais, sociais, culturais que também vão se instalando no aparelho psíquico ao longo do desenvolvimento infantil, formando o que Freud chamou de Pulsões do Eu. Estas Pulsões, tem uma função de auto preservação, vão conflitar com as outras Pulsões que Freud denominou como Pulsões sexuais que buscam satisfação constante.
“Tendo em mente a existência de forças motoras que impedem que um instinto seja elevado até o fim de forma não modificada, também podemos considerar essas vicissitudes como modalidades de defesa contra os instintos” (FREUD, 1915, p. 147).
Recalque
Sistema 
Inconsciente
Sistema
Consciente
(Eu ou Ego)
A pressão constante na busca 
pela repetição de satisfação
Pulsões do Eu
(auto preservativas)
Recalque
Freud afirma que o conceito de Recalque “é a pedra angular sobre a qual repousa toda a estrutura da psicanálise” (FREUD, 1915, p. 165). 
É um dos destinos que a pulsão pode sofrer.
Recalque
“A observação psicanalítica das neuroses de transferência leva-nos a concluir que o recalque não é um mecanismo defensivo que esteja presente desde o início; que ele só pode surgir quando tiver ocorrido uma cisão marcante entre a atividade mental consciente e a inconsciente; e que a essência do recalque consiste simplesmente em afastar determinada coisa do consciente, mantendo-a à distância. Esse conceito de recalque ficaria mais completo se supuséssemos que, antes de a organização psíquica alcançar essa fase, a tarefa de rechaçar as pulsões cabia às outras vicissitudes, às quais as pulsões podem estar sujeitos - por exemplo, a reversão no oposto ou o retorno em direção ao próprio eu (self) do sujeito” (FREUD, 1915, p. 170).
Recalque
“Temos motivos suficientes para supor que existe uma recalque primário, uma primeira fase de repressão, que consiste em negar entrada no consciente ao representante psíquico (ideacional) da pulsão. Com isso, estabelece-se uma fixação; a partir de então, o representante em questão continua inalterado, e a pulsão permanece ligada a ele” (FREUD, 1915, p. 171).
Recalque
“A segunda fase do recalque, o recalque propriamente dito, afeta os derivados mentais do representante recalcado, ou sucessões de pensamento que, originando-se em outra parte, tenham entrado em ligação associativa com ele. Por causa dessa associação, essas ideias sofrem o mesmo destino daquilo que foi originalmente recalcado. Na realidade, portanto, o recalque propriamente dito é uma pressão posterior.” (FREUD, 1915, p. 171).
Também chamado de recalque secundário.
Recalque
“os sintomas neuróticos são derivados do recalcado” (FREUD, 1915, p. 173). São retornos do recalcado: no pensamento(Obsessões), no corpo (Histeria) e num objeto externo(Fobias).
“Ao executarmos a técnica da psicanálise, continuamos exigindo que o paciente produza, de tal forma, derivados do reprimido, que, em consequência de sua distância no tempo, ou de sua distorção, eles possam passar pela censura do consciente”
SUBLIMAÇÃO
O termo Sublimação na Química significa “passagem do estado sólido diretamente ao gasoso” ou “purificação de uma substância”; separar as impurezas.
Nas artes a sublimação significa sublime, digno, altivo, virtuoso.
No dicionário da língua portuguesa significa “Exaltar ou enaltecer; fazer com que, algo ou alguém, se torne sublime: sublimou as paixões; exacerba o valor de alguma coisa ou de alguém”.
SUBLIMAÇÃO
“A libido sexual sofrerá um desvio, no todo, ou em grande parte, do seu uso e dirigida para outras finalidades” que não sejam sexuais. Há um processo de dessexualização da energia psíquica.
A fase do desenvolvimento infantil em que melhor pode-se observar a Sublimação é durante a Latência (6 – 11 anos).
A energia que foi recalcada, não pode ser eliminada do psiquismos e será destinada para outras finalidades:
Estudos – Aprendizagem
Jogos
Brincadeiras
Amizades - Socialização da criança
SUBLIMAÇÃO
Quando a energia pulsional do psiquismo é desviada para a criação, a criatividade, a liberdade de investimento de forma construtiva.
Freud vai destacar que nem todo sujeito consegue dar um destino sublimatório à Pulsão como criação artística cultural ou criação intelectual com reconhecimento social.
Freud considera que os artistas ou intelectuais que conseguiriam sublimar, seriam exemplos de sujeitos que dariam este destino às exigências pulsionais, estabeleceriam laços sociais através da relação com variados “objetos”.
A análise pode produzir efeitos sublimatórios; retirar a energia ligada aos sintomas e desviá-la para outros meio de satisfação.

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