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<p>Perícia Forense I</p><p>Aula 5 - Do Cadáver em local de Crime</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>As análises realizadas pela perícia no local de crime são parte integrante de um exame de grande relevância para a</p><p>compreensão do ocorrido e completa investigação da área de morte violenta.</p><p>A perinecroscopia é o exame do cadáver e do local em que ele foi encontrado, realizado pelo perito criminal.</p><p>Nesta aula, examinaremos os princípios de conceitos envolvidos nessa ciência.</p><p>OBJETIVOS</p><p>Conhecer o conceito de Perito criminal e perito legista.</p><p>Compreender o conceito, metodologia e conclusões que podem ser alcançadas com a perinecroscopia.</p><p>INDICAÇÃO DE LINK</p><p>Vamos iniciar nossa aula com uma atividade: assista ao vídeo (glossário) que mostra a reconstituição da morte da</p><p>menina Isabella Nardoni, realizado pelo Instituto de Criminalística de São Paulo.</p><p>Ao assistirmos ao vídeo da reconstituição do caso, em que uma menina de cinco anos é jogada da janela do sexto</p><p>andar de um prédio, em São Paulo, é possível observar que os peritos criminais chegaram a algumas conclusões por</p><p>meio da análise de vestígios (glossário) encontrados no corpo da vítima, em suas vestes (glossário), bem como as</p><p>marcas de arrastamento das mãos da vítima na fachada do prédio.</p><p>Áreas de atuação e competência técnica legal do Perito Criminal e Perito legista</p><p>Os peritos criminais e os peritos legistas, apesar de terem a mesma missão, que é oferecer a materialidade de um fato,</p><p>têm funções diferentes. Vamos esclarecer essas diferenças.</p><p>Perito criminal</p><p>A esse profissional cabe a realização de exames nas evidências relativas às infrações</p><p>penais encontradas, principalmente, no sítio do evento ou a ele relacionadas. Compete,</p><p>ainda, ao perito criminal o exame de local de crime, coletando os vestígios remanescentes,</p><p>embalando-os para a arrecadação pela autoridade competente, que os remeterá, sempre</p><p>que necessário, para exames posteriores, acompanhados pelas respectivas quesitações,</p><p>para os peritos incumbidos de exames internos e laboratoriais de materiais.</p><p>Para o perito criminal é primordial, além de oferecer a materialidade dos fatos contidos no</p><p>laudo pericial, indicar, nos casos de morte, a sua causa jurídica e, em ocorrência de</p><p>acidentes e de outros eventos, a sua causa determinante.</p><p>Aqui, a causa jurídica da morte é entendida como a diagnose diferencial em que o técnico</p><p>aponta a ocorrência da prática de homicídio, auto eliminação (suicídio), ou acidente.</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=o6p2SiY2laY</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=o6p2SiY2laY</p><p>Perito legista</p><p>É de sua competência principal realizar os exames de necropsia (o termo utilizado nos</p><p>códigos é autópsia), bem como de exames odontológicos em cadáveres, além de exames</p><p>de materiais de origem humana, tais como sangue, esperma e outras substâncias</p><p>compatíveis. Os peritos legistas procedem, ainda, ao exame de corpo de delito em pessoas.</p><p>O perito legista realiza os exames que necessitam de acesso às regiões internas do corpo,</p><p>interpreta os fatos de natureza médica e, na maioria das vezes, aponta a causa médica da</p><p>morte (causa mortis).</p><p>O levantamento do cadáver (perinecroscopia)</p><p>No levantamento de um local de morte violenta, exceto com raras exceções, o cadáver será o marco zero dos exames</p><p>periciais. Desse modo, ao analisarmos seus vestígios, poderemos entender sob que circunstâncias o óbito se</p><p>consumou. Além disso, quando aliamos a lógica e a criminalística, podemos determinar onde procurar outros dados</p><p>relevantes às investigações.</p><p>Denomina-se perinecroscopia o exame do cadáver e do local em que ele foi encontrado. O exame do corpo</p><p>(necroscópico), conforme já abordamos, é atribuição do médico legal. Contudo, o exame do cadáver no local, sua</p><p>posição em relação aos móveis e objetos, a situação das vestes, manchas, livores, hipóstases e ferimentos</p><p>perceptíveis em uma inspeção externa, são da alçada do perito criminal.</p><p>O objetivo da perinecroscopia é a identificação do corpo e a coleta de informações de cunho médico e criminalística</p><p>que possam auxiliar na determinação de causa jurídica do evento (homicídio, suicídio ou acidente), bem como da</p><p>possível autoria.</p><p>Atenção</p><p>, É importante que o exame do cadáver seja feito ainda no local onde foi encontrado, buscando identificar se a vítima foi morta</p><p>naquele local ou se somente foi ali depositada., , A seguir, elencamos uma rotina/metodologia aconselhável na execução dos</p><p>exames, a fim de evitar a perda de vestígios.</p><p>O perito criminal durante o exame de perinecroscopia deve:</p><p>Saiba mais</p><p>, Alguns vestígios, fundamentais para a reconstrução da dinâmica do evento, somente podem ser corretamente apreciados se</p><p>analisados no conjunto das provas oferecidas no local, e ficam prejudicados com o manuseio e a remoção do corpo. Por exemplo:</p><p>o desalinho das vestes ou a presença de manchas de sangue e de outras substâncias.</p><p>POSICIONAMENTO EM QUE O CORPO FOI ENCONTRADO</p><p>Fonte: Latkun Oleksandr / Shutterstock</p><p>A primeira tarefa do perito é analisar o corpo da maneira em que este foi encontrado e a sua vinculação com o</p><p>ambiente, assinalando a distância em relação a determinados objetos ou pontos de referência relacionados com o</p><p>evento.</p><p>A análise da disposição do corpo associada à constatação de outras evidências verificadas no local e no cadáver,</p><p>permite ao perito algumas conclusões relevantes:</p><p>a) Em caso de corpo encontrado flutuando em líquido, se morreu no local ou foi jogado</p><p>ali após o óbito</p><p>O exemplo a seguir mostra dois corpos encontrados submersos em líquido. Observe que em</p><p>caso de asfixia por submersão, a tendência do corpo é assumir a posição representada no</p><p>exemplo “A”, ou seja, de bordo. A posição em que o corpo foi encontrado no exemplo “B” é</p><p>suspeito e necessita de investigação mais aprofundada.</p><p>Fonte: Neto e Espíndula (2016)</p><p>b) Identificar se a vítima foi movimentada e como ocorreu</p><p>É importante que o perito verifique a existência de manchas e sinais que orientem o possível</p><p>deslocamento do cadáver. A existência de vazios apontando a descontinuidade da poça de</p><p>sangue é um indicativo de movimento do cadáver.</p><p>As imagens a seguir ilustram dois corpos que foram movimentados depois do sangue já</p><p>coagulado, sendo possível visualizar as marcas deixadas por partes de seus segmentos</p><p>corporais sobre os substratos onde foram encontrados. A forma como o sangue contorna o</p><p>corpo ao escorrer indica qual a sua posição original e como foi movimentada.</p><p>Fonte: Neto e Espíndula (2016)</p><p>c) Identificar se a vítima morreu naquele local ou foi transferida</p><p>Um bom indicativo para constatar se a posição da vítima foi alterada após o evento morte é</p><p>a observação da compatibilidade das manchas hipostáticas.</p><p>Primeiro vamos entender o que são Hipóstases ou livores: são manchas que se fixam na</p><p>parte mais baixa do corpo, aquelas em contato com a superfície, em razão da força da</p><p>gravidade, que forçará os elementos pesados do sangue (as hemácias) a se deslocarem,</p><p>chegando a formar uma placa de cor rósea ou violeta pálida, atingindo, posteriormente,</p><p>tonalidades roxas. Geralmente, se manifestam entre duas a quatro horas após a morte.</p><p>A imagem a seguir mostra a formação de manchas hipostáticas ou livores cadavéricos,</p><p>indicando que a vítima permaneceu em decúbito ventral sobre uma superfície flexível,</p><p>compatível com um colchão maleável recoberto com lençol, colcha ou outro tipo de</p><p>revestimento que, franzido, acabou por marcar seu corpo.</p><p>Fonte: Neto e Espíndula (2016)</p><p>d) Em caso de asfixia por enforcamento, constatar se realmente foi enforcamento ou</p><p>simulação</p><p>Existem algumas modalidades de asfixia mecânica por constrição do pescoço:</p><p>ENFORCAMENTO</p><p>ESTRANGULAMENTO</p><p>ESGANADURA</p><p>e) Se houve queda de plataformas elevadas, com que velocidade se projetou ou foi</p><p>projetada e como aconteceu (se de cabeça ou em pé ou em outra posição)</p><p>Poucos locais pedem tanta atenção como os de morte por precipitação, em razão da</p><p>possibilidade de uma simulação. A morte provocada por precipitação, seja da janela do alto</p><p>de um edifício, de um terraço ou de uma sacada, seja de uma ribanceira, apresenta sérios</p><p>obstáculos</p><p>para a determinação de sua causa jurídica, isto é, para que se verifique se trata</p><p>de homicídio, suicídio ou acidente.</p><p>Nos exames de locais dessa natureza, nem sempre o perito encontra elementos seguros</p><p>para fazer a diferenciação, porque para nenhuma das hipóteses, como procuraremos</p><p>mostrar, a rigor, existem características específicas.</p><p>O homicida pode lançar o corpo de sua vítima de um plano superior, não só para simular</p><p>suicídio, como para sugerir um acidente. E não resta dúvida de que poderia apenas estar</p><p>tentando ocultar o corpo de sua vítima.</p><p>A necessidade de estabelecer a causa jurídica da morte, ou seja, criminosa, acidental ou</p><p>suicida, determina que o exame seja minucioso no corpo da vítima, nos antecedentes e,</p><p>principalmente, no local em que ocorreu a queda.</p><p>Nessas ocorrências, é comum observar ferimentos contusos de grandes proporções,</p><p>podendo ocultar ferimentos menores produzidos por agentes contundentes ou</p><p>cortocontundentes.</p><p>AINDA SOBRE QUEDAS DE PLATAFORMAS ELEVADAS</p><p>O exame do local de onde o corpo caiu é de grande importância, pois nos suicídios, geralmente, não há sinais de luta.</p><p>Se a queda ocorreu de uma janela, é preciso verificar se a vítima tinha condições de subir no parapeito e dali pular ao</p><p>encontro da morte.</p><p>Se o histórico for de queda acidental, é preciso verificar o que fazia a vítima no momento da queda, se possuía</p><p>equipamentos de segurança, se houve caracterização de acidente do trabalho etc. Vamos analisar as trajetórias do</p><p>corpo:</p><p>Conhecer as características com que cada uma dessas modalidade exteriorizam-se no corpo da vítima é uma tarefa</p><p>importante para o perito criminal estabelecer a diagnose diferencial entre um homicídio e uma simulação de</p><p>autoeliminação.</p><p>Estado e disposição das vestes da vítima</p><p>O técnico, depois de analisar a posição da vítima, ainda sem tocar o corpo, verificará se as vestes trajadas pela vítima</p><p>estão em alinho ou em desalinho, se indicam luta, se apresentam soluções de continuidade, se apresentam manchas</p><p>de sangue ou outras substâncias.</p><p>As formas com que as manchas de sangue interagem com as vestes são bons referenciais para o estabelecimento da</p><p>dinâmica dos acontecimentos.</p><p>Podemos citar como exemplo, a vítima que, deitada em decúbito ventral, apresenta manchas por escorrimento na</p><p>camisa e na calça e gotejamento sobre os sapatos, indicando que a vítima estava de pé quando foi atingida.</p><p>A disposição das vestes da vítima também pode indicar situações de luta, de movimentação de corpo inerte.</p><p>Exemplo</p><p>, A vítima com a calça abaixo da linha de cintura e com calçados soltos dos pés, indicando que a vítima foi arrastada.</p><p>As características dos ferimentos</p><p>A análise das características dos ferimentos existentes no cadáver, em determinadas situações, capacita o intérprete</p><p>da cena do crime a ter melhor compreensão das circunstâncias que envolveram aquela morte. Podendo chegar a</p><p>conclusões sobre o tipo de instrumento que produziu a lesão.</p><p>Feridas incisas</p><p>As lesões incisas são produzidas por instrumentos cortantes, com as seguintes características:</p><p>Predominância do comprimento sobre a profundidade;</p><p>Nitidez na lisura das bordas, sem irregularidades nem sinais de contusão;</p><p>Afastamento das bordas devido à elasticidade e tonicidade dos tecidos, neste caso, há a coaptação perfeita, ou seja,</p><p>quando aproximamos as bordas elas se fecham perfeitamente;</p><p>Presença de “cauda” (de escoriação, fim do corte, é a parte menos profunda), o instrumento cortante não penetra por</p><p>igual em toda a extensão da ferida. Nas extremidades, o corte é menos profundo que no centro, tanto menos profundo</p><p>quanto mais próximo de seu início ou término.</p><p>Analisando-se as lesões, pode-se determinar a direção do movimento do instrumento que as causou, visto que ao</p><p>penetrar na superfície deixa uma cauda de entrada e logo em seguida atinge uma maior profundidade. E, ao sair, essa</p><p>profundidade diminui gradativamente, acabando por terminar em um vértice alongado conhecido como cauda de saída</p><p>ou de escoriação.</p><p>Fonte: Neto e Espíndula (2016)</p><p>Entre os ferimentos especiais produzidos por instrumentos cortantes, podemos destacar o esgorjamento, que é a</p><p>lesão na parte anterior ou lateral do pescoço produzida por instrumento cortante. Situa‐se entre o osso hioide (abaixo</p><p>da mandíbula) e a laringe.</p><p>Fonte: Neto e Espíndula (2016)</p><p>Podemos destacar a degola, que é a lesão na parte posterior do pescoço (nuca) produzida por instrumento cortante. A</p><p>morte ocorre por hemorragia quando são atingidos vasos calibrosos ou pela secção da medula. As consequências</p><p>jurídicas mais importantes são o homicídio e suicídio.</p><p>Decapitação é uma agressão incisa na região do pescoço, que separa a cabeça do tronco. É a incisão completa, na</p><p>região cervical (pescoço), separando as partes.</p><p>Feridas Perfuroincisas</p><p>São causadas por um mecanismo de ação que perfura e contunde por instrumentos pontiagudos com gume, esses</p><p>instrumentos agem por pressão e seção, as lesões são mais profundas do que largas, geralmente os instrumentos</p><p>possuem um gume (faca, peixeira, canivete, adaga etc.), dois gumes (punhal e alguns tipos de facas etc.) ou três</p><p>gumes (lima).</p><p>As feridas causadas por instrumentos com um gume assumem a forma de casa de botão, sendo que a extremidade</p><p>em vértice é dada pelo gume, e a arredondada é ocasionada pela superfície oposta. Quando constituída de dois gumes,</p><p>possuirá dois vértices e, se a lâmina tiver mais de dois gumes, o ferimento terá forma estrelada.</p><p>Fonte: Neto e Espíndula (2016)</p><p>Feridas Punctórias</p><p>São lesões que produzem feridas com orifício de entrada, um trajeto e, ocasionalmente, um orifício de saída. São</p><p>produzidas por instrumentos perfurantes, alongados, finos e pontiagudos que, pressionados sobre um ponto da</p><p>superfície corporal, ocasionam o afastamento das fibras do tecido. São exemplos de instrumentos perfurantes:</p><p>agulhas, espinhos de plantas, presas de animais peçonhentos.</p><p>Feridas contusas</p><p>São causadas por objetos não cortantes, geralmente com saliências arredondadas e de superfícies duras, que se</p><p>chocam com violência contra o corpo. Podem causar lesões contusas abertas, quando há solução de continuidade na</p><p>superfície corporal, ou lesão contusa, quando causam apenas traumatismo.</p><p>Nas lesões contusas podem surgir ferimentos como: rubefações, escoriações, equimoses e hematomas. Nas lesões</p><p>contusas abertas podem ser observadas fraturas, luxações e esmagamentos.</p><p>Fonte: Neto e Espíndula (2016)</p><p>Feridas Cortocontusas</p><p>São ocasionadas pelos instrumentos que, mesmo sendo portadores de gume ou corte, são influenciados pela ação</p><p>contundente, são produzidas pela combinação de corte e contusão, causadas pelo próprio peso do instrumento e pela</p><p>força viva de quem maneja. Essas lesões são, geralmente, graves, pois atingem planos profundos inclusive ossos.</p><p>Na maioria das vezes, esses ferimentos possuem equimoses, hematomas, contendo pontes de tecido ao fundo, bordos</p><p>irregulares e fundos com relevo acidentado (reentrâncias).</p><p>Fonte: Neto e Espíndula (2016)</p><p>Feridas Perfurocontusas</p><p>São aquelas geradas pela ação de um instrumento sólido que, agindo por pressão ou impacto em uma pequena área,</p><p>acaba por contundi-la e a afastar seus tecidos.</p><p>Geralmente, apresentam em suas entradas bordas invertidas com orlas de escoriações e contusões. Podem ocorrer</p><p>outros tipos de traumas e vestígios, conforme o instrumento utilizado. Entre as lesões perfurocontusas, as causadas</p><p>pelo impacto e transfixação de projéteis de arma de fogo são as mais importantes, tendo em vista a frequência em que</p><p>ocorrem em locais de crime.</p><p>ATIVIDADES</p><p>1. Observe o fenômeno apontado pelas setas na foto. Se você fosse o responsável técnico pelo levantamento desse</p><p>local de morte violenta, o que esses vestígios poderiam sugerir?</p><p>Resposta Correta</p><p>2. Observe as fotos (a) e (b), ambas registradas em local de suposta asfixia mecânica por constrição do pescoço na</p><p>modalidade enforcamento, em que os cadáveres se encontravam em suspensão completa. Quais as observações que</p><p>deveriam constar nas anotações do perito criminal, por ocasião</p><p>da perinecroscopia que apontassem a causa jurídica</p><p>da morte? É correto afirmar que a vítima da foto (b) foi alvo de enforcamento? Por quê?</p><p>Resposta Correta</p><p>Questão 1: O conceito mais adequado de feridas contusas é:</p><p>a) São lesões com um orifício de entrada, um trajeto e ocasionalmente, um orifício de saída.</p><p>b) São causadas por instrumentos de saliência arredondadas e de superfície dura que se chocam com violência contra o corpo</p><p>humano.</p><p>c) São lesões incisas produzidas por instrumentos cortantes.</p><p>d) São os ferimentos ocasionados pelos instrumentos que, mesmo sendo portadores de gume ou corte, são influenciados pela</p><p>ação contundente, quer pelo seu próprio peso, quer pela força ativa de quem maneja.</p><p>e) São ferimentos ocasionados pelos instrumentos que, mesmo sendo portadores de gume ou corte, são influenciados pela</p><p>ação contundente, são produzidas pela combinação de corte e contusão.</p><p>Justificativa</p><p>Questão 2: É instrumento cortocontundente:</p><p>a) Foice.</p><p>b) Punhal.</p><p>c) Arma de fogo.</p><p>d) Martelo.</p><p>e) Agulha.</p><p>Justificativa</p><p>Questão 3: A respeito do exame de perinecroscopia, marque a alternativa certa:</p><p>a) Tão logo o perito criminal chegue ao local, deverá vasculhar os bolsos da vítima para identificá-lo.</p><p>b) O objetivo da perinecroscopia é a identificação do corpo e a coleta de informações de cunho médico e criminalística que</p><p>possam auxiliar na determinação de causa jurídica do evento.</p><p>c) Em hipótese alguma o perito criminal poderá movimentar o cadáver, devendo realizar apenas uma inspeção visual.</p><p>d) O exame perinecroscópico limita-se apenas a constatação das lesões que não estiverem ocultas pelas vestes da vítima. O</p><p>exame sem as vestes caberá apenas ao médico legal.</p><p>e) O exame do cadáver não pode ser realizado no local em que foi encontrado, devendo ser removido imediatamente para o</p><p>instituto médico legal, visando identificar se a vítima foi morta naquele local ou se somente foi ali depositada.</p><p>Justificativa</p><p>Questão 4: Morte violenta produzida por asfixia, em que o laço é acionado pelo próprio peso da vítima; o sulco</p><p>produzido pelo laço se apresenta oblíquo, de baixo para cima, interrompido ao nível do nó e com bordos desiguais,</p><p>sendo o bordo superior saliente; a suspensão pode ser completa ou incompleta, trata‐se de:</p><p>a) Estrangulamento.</p><p>b) Esganadura.</p><p>c) Sufocação.</p><p>d) Fulminação.</p><p>e) Enforcamento.</p><p>Justificativa</p><p>Questão 5: Esgorjamento significa:</p><p>a) Asfixia por aspiração de corpo estranho.</p><p>b) Lesão produzida por instrumento de ação contundente.</p><p>c) Envenenamento por via digestiva.</p><p>d) Morte por inibição reflexa.</p><p>e) Ferida por instrumento de ação cortante na face anterior do pescoço.</p><p>Justificativa</p><p>Glossário</p><p>ANÁLISE DE VESTÍGIOS</p><p>Ferida contusa na testa, marcas de esganadura no pescoço.</p><p>VESTES</p><p>Gotas de sangue na perna esquerda e direita, demonstrando a posição em que foi colocada após a lesão.</p><p>ENFORCAMENTO</p><p>No enforcamento, a ação mecânica é realizada por laço, promovendo constrição do pescoço. O laço é acionado pela ação do</p><p>próprio peso do indivíduo.</p><p>Nesse caso, é importante determinar se a vítima tinha condições de prender a corda (ou qualque r outro meio utilizado) no ponto</p><p>de apoio e colocar o pescoço no laço da forma como foi encontrado.</p><p>A foto a seguir mostra uma lesão gerada por enforcamento. Observe que a lesão se manifesta na forma de sulco oblíquo (de</p><p>baixo para cima), cuja parte mais baixa e profunda opõe-se ao nó, com desigual penetração, interrompido no local do nó, podendo</p><p>ou não trazer a textura do instrumento empregado.</p><p>Entre os sintomas comuns, verificamos a protrusão da língua e o surgimento de secreções pelas vias aéreas, face cianótica,</p><p>hemorragias subconjuntivas e externas.</p><p>Fonte: agrestenoticia.com</p><p>ESTRANGULAMENTO</p><p>Na morte por estrangulamento, o laço é acionado, não pelo peso da vítima, mas por força diversa. É caracterizado pela presença</p><p>de sulcos horizontais ao redor do pescoço, com igual profundidade, face cianótica, hemorragias subconjuntivas e externas.</p><p>Fonte: agrestenoticia.com</p><p>ESGANADURA</p><p>Na esganadura, o autor do crime utiliza as próprias mãos para efetuar a constrição do pescoço de sua vítima. Nesta modalidade</p><p>de asfixia, na maioria dos casos, devido ao emprego das mãos na consumação do fato, restam vestígios de equimoses e</p><p>escoriações produzidas pela pressão violenta dos dedos e unhas do autor do crime.</p><p>Fonte: oaltoacre.com</p>