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<p>118--(4) SÉRIE NÚMERO 25 2. Os juros correspondentes a cada emissão serão contabilizados de operações de Bilhetes do Tesouro, para além do previsto nas na respectiva data de vencimento. disposições precedentes. Art. 6-1. As instituições de crédito e outros intermediários 2. controlo e a gestão da mesma dívida em ligação com a financeiros, estes previamente autorizados pelo Banco de política monetária são centralizadas pelo Banco de Moçambique, podem colocar os Bilhetes de Tesouro junto das competindo a este ainda publicar as estatísticas e as cotações das entidades não autorizadas a subscrevê-los em mercado primário emissões e dos Bilhetes do Tesouro e bem assim e bem assim junto dos particulares. emitir as instruções que se mostrarem necessárias funcionamento 2. As instituições referidas no 1 podem acordar entre si ou do respectivo mercado. com os respectivos clientes a recompra simultânea dos Bilhetes 3. Para efeitos do 1, o Banco de Moçambique prestará todas do Tesouro, o termo anterior ao respectivo vencimento. as informações ao Ministério do Plano e Finanças, que poderá, Art. 7-1. Os Bilhetes do Tesouro podem ser além disso, fazer-se representar nas sessões de abertura e transaccionados em mercado secundário, mediante registo de adjudicação das propostas. alteração de titularidade. Art. 13, Serão propostas no Orçamento do Estado as verbas 2. As entidades referidas no 2 do artigo 3 podem indispensáveis para ocorrer ao serviço da dívida regulada pelo transaccionar os Bilhetes do Tesouro entre si e com o Banco de presente decreto. Moçambique, de acordo com as instruções a serem divulgadas por Art. 14. Sem prejuízo do disposto no artigo 1 e no do artigo este Banco. 2 deste decreto, o montante máximo de Bilhetes do Tesouro em 3. A alteração de titularidade dos Bilhetes do Tesouro colocados circulação não poderá exceder os 100 milhões de contos. junto do público pelas entidades referidas no 1 do artigo 6 Art. 15. presente decreto entra imediatamente em vigor. deverá ser realizada através dessas mesmas entidades. Art. 8-1. A colocação e a subsequente movimentação dos Aprovado pelo Conselho de Ministros. Bilhetes do Tesouro efectuam-se de forma meramente escritural Publique-se. entre conta-títulos. 2. Compete ao Banco de centralizar o de o Primeiro-Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi. titularidade dos Bilhetes do Tesouro, sem prejuízo de as instituições de crédito e outros intermediários financeiros Resolução 20/99 possuírem os registos referidos no número anterior, que lhes de 23 de Junho permita gerir as carteiras dos respectivos clientes, bem como Considerando a necessidade de estabelecer uma Política que cumprir o disposto no artigo 10. oriente a acção do Governo e da sociedade civil no quadro da Art. 9-1. Os Bilhetes do Tesouro gozam de garantia de satisfação dos direitos específicos que assistem à pessoa portadora reembolso integral pelo valor nominal, a partir da data do de deficiência; vencimento, a coberto das receitas do Estado. Ao abrigo na alínea e) do 1 do artigo 153 da 2. Os Bilhetes do Tesouro a que se refere o 1 deste artigo Constituição da República, o Conselho de Ministros determina: estão isentos dos impostos sobre o rendimento (Contribuição Único. É aprovada a Política sobre a Pessoa Portadora de Industrial e Imposto Complementar) e do selo. Deficiência, anexa à presente Resolução e da qual faz parte Art. 10-1. Os Bilhetes do Tesouro gozam de garantia de integrante. reembolso integral pelo valor nominal, no seu vencimento, pelas instituições onde se encontrem abertas as contas-título referidas Aprovada pelo Conselho de Ministros. no artigo 8. Publique-se. 2. reembolso dos Bilhetes do Tesouro às entidades com acesso ao mercado primário será efectuado pelo valor nominal, Primeiro-Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi. no seu vencimento no Banco de 3. Ministério do Plano e Finanças emitirá a favor do Banco Política para a Pessoa Portadora de Deficiência de Moçambique, nas datas de reembolsos, os respectivos recibos. 4. Nas mesmas datas, o Banco de Moçambique debitará a conta 1. Introdução do Ministério do Plano e Finanças pelas importâncias 1.1. Necessidade de uma Política para a pessoa portadora correspondentes. dé deficiência 5. Ministério do Plano e Finanças emitirá para efeitos de As mudanças políticas e económicas no País impõem, execução deste decreto, as instruções técnicas relativas à da parte do Governo, um empenho progressivo na adopção de contabilização dos títulos. medidas que contribuam para elevar o clima de paz, harmonia e Art. 11. Os Bilhetes do Tesouro prescrevem no prazo de dois justiça social. anos, a contar do seu vencimento. No domínio da política social, a Constituição da República Art. 12-1. Compete ao Ministério do Plano e Finanças o estabelece princípios inerentes aos interesses dos cidadãos que serviço da dívida constituída nos termos do presente decreto, sem sejam portadores de deficiência. prejuízo de serem cometidas às instituições de crédito ou a outras Por outro lado, no âmbito da política geral, define-se como entidades funções administrativas ligadas à emissão ou ao serviço princípio básico a adopção de medidas que contribuam para a</p><p>29 DE JUNHO DE 1999 118--(5) promoção e valorização da participação activa de todo o cidadão Deficiência moçambicano, sem discriminação alguma, na vida social, A deficiência é qualquer redução ou perda de capacidade económica e cultural do país. normal para um ser humano resultante de um impedimento. Deste modo, por força do texto constitucional, o cidadão portador de deficiência, como regra geral, tem as mesmas Incapacidade obrigações, deveres e direitos dos demais compatriotas. A incapacidade é uma limitação de um dado indivíduo que No entanto, dadas as condições particulares de desvantagem restringe ou impede uma interacção social que é normal para um em que se encontra este grupo de pessoas, em relação aos restantes indíviduo daquela idade e meio ambiente resultante de uma justifica-s plenamente que se estabeleçam princípios deficiência. e estratégias e se adoptem medidas específicas que permitam sua reintegração social no país. Prevenção Com base nas estimativas da Organização Mundial da Saúde A prevenção é o conjunto de medidas que visam contribuir para calcula-se que cerca de 10% da população do país é constituído impedir o surgimento ou o gravamento da deficiência e das suas por pessoas portadoras de deficiência. Na situação real do nosso consequências físicas, sensoriais, psicológicas e sociais, entre país a tendência deste número é de aumentar considerando o outras. estado precário de assistência sanitária, passado de guerras, Reabilitação calamidades naturais entre outras. Neste sentido se compreende e se justifica a adopção de A reabilitação é o processo dirigido a objectivos definidos e medidas específicas que, levando a sociedade a melhor entender limitado no tempo, tendentes a restabelecer, conservar, desenvolver a problemática de deficiência, concorra para uma mais adequada e potenciar as aptidões e capacidades físicas, sensoriais, mentais inserção da pessoa portadora de deficiência na vida nacional, e vocacionais da pessoa dificiente, até que atinja um nível de através da sua reabili ação e integração no mercado de trabalho e autonomia pessoal, que lhe permita inserir-se na vida económica, social e cultural. na sociedade de um modo geral. A consecução dos objectivos que se pretendem alcançar impõe Tratamento ao Governo particulares obrigações neste domínio, que envolvem, Tratamento é o conjunto de medidas médico-terapêuticas designadamente, o quadro jurídico-legal, os sistemas de educação, destinadas a responder clinicamente ao surgimento de de saúde, de acção social, de emprego, de fisco, de urbanização e impedimento, e que tem em vista possibilitar a sua recuperação ou redificações, de transportes, de cultura, desportos e recreação, de a evitar o seu agravamento. comunicação social, entre outros. Finalmente, por se entender que, para a concretização da Integração social Política da pessoa portadora de deficiência é fundamental a A integração social é constituída pelo conjunto de medidas participação activa da sociedade civil, consagram-se as bases do conducentes a estabelecer, conservar e desenvolver na pessoa seu envolvimento. Por outro lado, porque esta participação na portadora de deficiência, na sua família e na comunidade o Política de pessoa portadora de deficiência se deve efectuar em equilíbrio e harmonia, nas relações afectivas e sociais. parceria com o próprio Governo, considerou-se importante que exista um órgão, onde a sociedade civil possa ter assento fazer Inserção profissional os seus pontos de vista, auxiliando assim o Governo na A inserção profissional é constituída por todas as medidas que implementação da política. tendem a garantir à pessoa portadora de deficiência a continuidade do posto de trabalho ou o acesso a um novo compatível com as 1.2. Conceitos suas capacidades físicas e psíquicas. Dado o carácter multidisciplinar e a sua interacção complexa com a totalidade dos sectores do Governo torna-se 1.3. Princípios orientadores da Política para a Pessoa Portadora de Deficiência necessário definir diversos conceitos. Para a presente Política da pessoa portadora de deficiência serão considerados os seguintes A Política do Governo para a pessoa portadora de deficiência, conceitos: alicerçando-se no princípio constitucional da não discriminação, Pessoa Portadora de Deficiência assenta no reconhecimento dos seguintes direitos específicos existentes: Para os efeitos da presente política entende-se por pessoa portadora de deficiência aquela que, em razão de anomalia, a) Direito à levar uma vida independente; congénita ou adquirida, de natureza anatómica, fisiológica, sen- b) Direito à integração familiar e comunitária; sorial ou mental, esteja em situação de desvantagem ou c) Direito à reabilitação e meios auxiliares de compensação; impossibilitada, por barreiras físicas e/ou sociais, de desenvolver d) Direito à educação geral, especial e vocacional; normalmente uma actividade. e) Direito ao acesso a um posto de trabalho; f) Direito a medidas de protecção social; Impedimento g) Direito a facilidades de acesso aos serviços sociais, a O impedimento é qualquer perda ou anormalidade temporária, recintos e transportes públicos e privados, bem como a definitiva, e/ou progressiva de fisiologia e/ou anatomia. lugares reservados;</p><p>SÉRIE NÚMERO 25 h) Direito de influência, individualmente ou através de Informação organizações representativas, na tomada de decisões A informação determina o esclarecimento da sociedade em sobre matérias com impacto na vida da pessoa portadora geral sobre a problemática da pessoa portadora de deficiência e de deficiência; que esta, e a sua família sejam envolvidas de forma permanente na i) Direito a ser informado e a informar; disseminação de informação, sobre os direitos que lhes assistem, j) Direito a recreação. bem como sobre as estruturas vocacionadas para o seu atendimento. A presente Política obedece aos princípios da igualdade de A informação deve contribuir para que ocorra uma mudança de oportunidades, da não institucionalização, da coordenação, da atitude quanto à questão da deficiência, e ser um instrumento responsabilidade, da complementaridade, da solidariedade, da decisivo na eliminação de toda à espécie de preconceitos em relação à pessoa portadora de deficiência, aos membros da sua participação e da informação. família e à sociedade em geral. Para tal serão considerados os seguintes princípios: 2. A Política para a pessoa portadora de deficiência Igualdade de oportunidades A Política para a pessoa portadora de deficiência é um conjunto A pessoa portadora de deficiência é reconhecida a igualdade de medidas que definem princípios, conceitos e estratégias com de oportunidades com os demais cidadãos no exercício dos seus vista a: direitos básicos. Garantir a participação activa da pessoa portadora de deficiência. no desenvolvimento sócio-económico do Não institucionalização país; À pessoa portadora de deficiência deve ser mantida na família Assegurar o envolvimento da totalidade dos sectores do e no próprio meio social e profissional, em todos os casos que tal Governo e do Estado, assim como da sociedade civil; se mostre possível. Permitir a mudança de atitudes em relação à pessoa portadora Assim o seu atendimento deve realizar-se, essencialmente, de deficiência. tendo por base a comunidade. A institucionalização do atendimento da pessoa portadora de 3. Objectivos deficiência só poderá ter lugar como último recurso e sempre com 3.1. Objectivo geral carácter transitório. o objectivo geral desta Política é de definir as formas de Coordenação intervenção do Governo e da sociedade civil visando contribuir A coordenação traduz-se na necessidade de que a para a participação activa da pessoa portadora de deficiência no implementação de programas e planos de acção conducentes a processo de desenvolvimento da sociedade assegurar a concretização dos direitos específicos indicados nesta 3.2. Objectivos específicos política, seja definida, promovida, organizada e apoiada de forma concertada, pelos vários sectores intervenientes. Constituem objectivos específicos da Política para a pessoa portadora de deficiência os seguintes: Responsabilidade e complementaridade a) Contribuir para a garantia da participação no A responsabilidade e colaboração implicam que o Governo desenvolvimento sócio-económico, e melhoria da assuma a realização de acções e programas tendentes a garantir a qualidade de vida da pessoa portadora de deficiência; concretização dos direitos básicos da pessoa portadora de b) Contribuir na definição de conceitos e princípios relativos deficiência, através de uma correcta articulação multisectorial e à problemática da deficiência; multidisciplinar, envolvendo as suas instituições, mas também c) Contribuir na definição de estratégias sectoriais garantindo entidades privadas, organizações não-governamentais e pessoas a integração das pessoas portadoras de deficiência na singulares. sociedade e o respeito dos direitos consagrados pela Solidariedade legislação vigente; d) Contribuir na criação de mecanismos de coordenação e A solidariedade traduz-se no envolvimento e na articulação entre os sectores público, privado e da responsabilidade da comunidade na planificação, implementação sociedade civil no atendimento da pessoa portadora de e avaliação de acções e programas, que tenham por objectivo a deficiência. melhoria das condições de vida da pessoa portadora de deficiência. 4. Estratégia de actuação do Governo Participação No âmbito desta política compete ao Governo adoptar, A participação preconiza que a pessoa portadora de deficiência, coordenar, desenvolver a estratégia de cooperação e articular de modo individual ou por intermédio das suas organizações medidas e acções sectoriais, de modo a favorecer a autonomia representativas, tenha um papel activo na definição de políticas, pessoal, a independência económica, a integração e a participação, na planificação de programas e na concretização de acções, bem o mais completa possível, da pessoa portadora de deficiência na como na salvaguarda de direitos. vida do país.</p><p>29 DE 1999 118--(7) Para o efeito, o Governo desenvolverá acções nas seguintes deficiência; áreas: b) Criar condições que permitam a manutenção, integração 4.1. No âmbito do Sistema Jurídico-legal ou a reinserção profissional da pessoa portadora de deficiência no mercado de trabalho, através de medidas O Sistema Jurídico-legal deve garantir: de reabilitação e reconversão técnico-profissional; a) A não discriminação da pessoa portadora de deficiência e c) Permitir a introdução progressiva de um mecanismo de o respeito das leis existentes; percentagens tendente a garantir a admissão daqueles b) A revisão e elaboração de leis para adequação do quadro cidadãos no sector público privado, mediante atribuição jurídico às novas realidades da sociedade de adequados incentivos; c) A assinatura e ratificação pela República de Moçambique d) Incentivar a criação de modalidades alternativas de das Convenções Internacionais ligadas à área da emprego para as pessoas portadoras de deficiência, deficiência; bem como fiscalizar as medidas adoptadas. d) A fiscalização do cumprimento das leis e normas vigentes. 4.6. No âmbito do Sistema Fiscal 4.2. No âmbito do Sistema de Educação Sistema Fiscal deve: Sistema de Educação deve garantir à pessoa portadora de a) Introduzir benefícios e isenções, com vista a permitir a deficiência, em geral, e às pessoas com necessidades educativas autonomia pessoal e a independência económica da especiais, em particular, o acesso e a integração em pessoa portadora de deficiência; estabelecimentos de ensino ou em escolas especializadas, em b) Contribuir para que as pessoas portadoras de deficiência condições pedagógicas, técnicas e humanas apropriadas. tenham um efectivo acesso ao mercado de trabalho e a sua participação activa na vida económica do país 4.3. No âmbito do Sistema de Saúde Ao Sistema Nacional de Saúde incumbe: 4.7. No âmbito do Sistema de Urbanização e Edificações a) Assegurar a educação para a saúde, a prevenção da doença Sistema de Urbanização e Edificações deve adoptar, de e da deficiência, o despiste e o diagnóstico precoce, o modo progressivo, medidas que possibilitem, à pessoa portadora tratamento e a reabilitação médico-funcional; de deficiência, o acesso, a circulação e a utilização de edifícios e b) A gestão e a dos serviços públicos de lugares de uso público, bem como de habitação em geral. fornecimento, adaptação, manutenção e renovação de 4.8. No âmbito do Sistema de Transportes próteses, orteses e outros meios de compensação Ao Sistema de Transportes compete: necessários. a) Criar condições, de forma progressiva, que permitam à 4.4. No âmbito do Sistema de Acção Social pessoa portadora de deficiência o acesso e a utilização de transportes públicos; Ao Sistema de Acção Social compete: b) Promover medidas de informação e prevenção de acidentes de forma a garantir a segurança dos cidadãos. a) Estimular a efectiva integração em actividades pré- -escolares da criança portadora de deficiência; 4.9. No âmbito da Cultura, Desporto e Recreação b) Promover actividades de informação e educação pública No domínio da Cultura, Desporto e Recreação devem ser sobre a problemática da deficiência; criadas condições para: c) Promover nas comunidades iniciativas de apoio às pessoas a) Possibilitar a participação activa da pessoa portadora de portadoras de deficiência, em particular, as deficiência nas mencionadas áreas de actividade; desamparadas e mais vulneráveis; b) Incentivar a expressão cultural das pessoas portadoras de d) Fomentar e apoiar todas as iniciativas que tenham por deficiência; finalidade a defesa dos direitos da pessoa portadora de c) Promover modalidades desportivas e de recreação deficiência, bem como a promoção da sua dignidade e integradas e/ou adaptadas para as pessoas portadoras de deficiência. autonomia pessoais; e) Garantir a protecção social da pessoa portadora de de- 4.10. No âmbito da Comunicação Social ficiência da sua família, por intermédio de mecanismos Aos meios de comunicação social cabe: que favoreçam a sua autonomia e a sua integração na a) Sensibilizar a sociedade para a problemática da deficiência, comunidade. garantindo a sua educação; b) Proporcionar uma informação completa utilizando meios 4.5. No âmbito do Sistema de Emprego de comunicação adaptados à especificidade das Ao Sistema de Emprego incumbe: deficiências; c) Contribuir para a defesa dos direitos da pessoa portadora a) Promover o desenvolvimento de formação profissional de deficiência; específica em condições pedagógicas, técnicas e d) Valorizar a participação da pessoa portadora de deficiência humanas apropriadas para a pessoa portadora de na vida social;</p><p>118--(8) SÉRIE NÚMERO 25 e) Institucionalizar canais de acesso, que possibilitem à e nove, em anexo a esta resolução e que dela é parte pessoa deficiente exercitar o seu direito de informar a integrante. sociedade sobre a sua situação, e de ser informada de Aprovada pelo Conselho de Ministros. tudo que possa contribuir melhorar a sua condição Publique-se. e participar no desenvolvimento do país. O Primeiro-Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi. 5. Responsabilidade do Governo Acordo entre Governo da República Incumbe ao Governo através dos respectivos Ministérios e de Moçambique e o Governo da República demais instituições relevantes, adoptar as medidas tendentes a pôr das Maurícias sobre a Supressão de Vistos em execução os princípios e as bases consagradas na presente Política. O Governo da República de Moçambique e o Governo da Compete igualmente ao Governo, através do Ministério para a República das Maurícias, adiante referidos como "As Partes Coordenação da Acção Social proceder à avaliação periódica da Contratantes", eficácia e do impacto social dos programas adoptados no âmbito Desejando desenvolver relações amistosas entre os dois países, promover o comércio e desenvolvimento económico e da presente Política, e introduzir as correcções que se mostrarem facilitar a circulação de cidadãos e bens entre a República de necessárias. Moçambique e a República das Maurícias; 6. Responsabilidade da sociedade civil Depois de consultas amistosas; O Governo valoriza o papel das associações e demais Acordam sobre a supressão mútua de vistos entre a República instituições privadas de e para a pessoa portadora de deficiência, de Moçambique e a República das Maurícias, como se segue: promove e incentiva o seu envolvimento na prossecução dos ARTIGO I objectivos da presente política. A participação de entidades privadas em programas e acções 1. Os cidadãos da República de Moçambique portadores de relacionados com a política da pessoa portadora de deficiência passaportes diplomáticos, de serviços e ordinários válidos obedece aos princípios às regras acima mencionados. É ainda (incluindo os acompanhantes que partilham o mesmo passaporte), responsabilidade da sociedade civil liderar o processo de estão isentos, a todo o tempo de visto de entrada ou trânsito na valorização e respeito pelos direitos que assistem à pessoa República das Maurícias. A duração da estadia no território da portadora de deficiência. República das Maurícias em cada visita não deve exceder a trinta dias. 7. Mecanismos de Coordenação 2. Os cidadãos da República das Maurícias portadores de Para a prossecução dos objectivos definidos nesta política da passaportes diplomáticos, de serviços e ordinários válidos pessoa portadora de deficiência torna-se importante criar um (incluindo os acompanhantes que partilham o mesmo passaporte), órgão, com funções de assessorar e aconselhar os diferentes estão isentos, a todo o tempo de visto de entrada ou trânsito em sectores do Governo e da sociedade civil na implementação da território da República de Moçambique. A duração da estadia na presente política, República de em cada visita não deve exceder a trinta dias. Este órgão integra representantes do Governo, de organizações ARTIGO II não-governamentais e comunitárias ligadas à problemática da pessoa portadora de deficiência. 1. A soma total dias de estadia dos cidadãos portadores de passaportes diplomáticos e de serviço nos territórios das Partes Contratantes durante o ano, não deve exceder a noventa dias. 2. A soma total dos dias de estadia dos cidadãos portadores de Resolução 21/99 passaportes ordinários nos territórios das Partes Contratantes de 29 de Junho durante o ano, não deve exceder a sessenta dias. Havendo necessidade de se dar cumprimento ao previsto ARTIGO III no 1 do artigo 8 do Acordo sobre Supressão de Vistos Os portadores de passaportes ordinários deverão declarar, no entre o Governo da República de Moçambique e o ponto da entrada, meios de subsistência para cobrir as despesas da Governo da República das Maurícias, ao abrigo do disposto estadia durante a visita. Os valores a declarar serão acordados por no 1, do artigo 153 da Constituição da República, o troca de notas pelos canais diplomáticos entre os dois Governos. Conselho de Ministros determina: ARTIGO IV É ratificado o Acordo entre o Governo da República de Moçambique e o Governo da República das Maurícias 1. Os portadores de passaportes referidos no artigo 1 deverão sobre a Supressão de Vistos, assinado em Maputo, aos trinta cumprir com as leis e regulamentos vigentes da outra Parte e um do mês de Março do ano de mil novecentos e noventa Contratante durante a sua estadia no seu território.</p>