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<p>Unidade 2</p><p>Biofísica Ótica, Diálise e o</p><p>Transporte das Moléculas</p><p>Biofísica</p><p>Diretor Executivo</p><p>DAVID LIRA STEPHEN BARROS</p><p>Gerente Editorial</p><p>CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA</p><p>Projeto Gráfico</p><p>TIAGO DA ROCHA</p><p>Autoria</p><p>GABRIELLA ELDERETI MACHADO</p><p>AUTORIA</p><p>Gabriella Eldereti Machado</p><p>Olá. Sou licenciada em Química e atuo na área de Educação e</p><p>Ensino há mais de 3 anos. Sou pós-graduada em Educação Ambiental e</p><p>mestre Educação, com Doutorado na mesma área em andamento. Sou</p><p>apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida</p><p>àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso, fui convidada</p><p>pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes.</p><p>Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e</p><p>trabalho. Conte comigo!</p><p>ICONOGRÁFICOS</p><p>Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez</p><p>que:</p><p>OBJETIVO:</p><p>para o início do</p><p>desenvolvimento</p><p>de uma nova</p><p>competência;</p><p>DEFINIÇÃO:</p><p>houver necessidade</p><p>de se apresentar um</p><p>novo conceito;</p><p>NOTA:</p><p>quando necessária</p><p>observações ou</p><p>complementações</p><p>para o seu</p><p>conhecimento;</p><p>IMPORTANTE:</p><p>as observações</p><p>escritas tiveram que</p><p>ser priorizadas para</p><p>você;</p><p>EXPLICANDO</p><p>MELHOR:</p><p>algo precisa ser</p><p>melhor explicado ou</p><p>detalhado;</p><p>VOCÊ SABIA?</p><p>curiosidades e</p><p>indagações lúdicas</p><p>sobre o tema em</p><p>estudo, se forem</p><p>necessárias;</p><p>SAIBA MAIS:</p><p>textos, referências</p><p>bibliográficas</p><p>e links para</p><p>aprofundamento do</p><p>seu conhecimento;</p><p>REFLITA:</p><p>se houver a</p><p>necessidade de</p><p>chamar a atenção</p><p>sobre algo a ser</p><p>refletido ou discutido</p><p>sobre;</p><p>ACESSE:</p><p>se for preciso acessar</p><p>um ou mais sites</p><p>para fazer download,</p><p>assistir vídeos, ler</p><p>textos, ouvir podcast;</p><p>RESUMINDO:</p><p>quando for preciso</p><p>se fazer um resumo</p><p>acumulativo das</p><p>últimas abordagens;</p><p>ATIVIDADES:</p><p>quando alguma</p><p>atividade de</p><p>autoaprendizagem</p><p>for aplicada;</p><p>TESTANDO:</p><p>quando uma</p><p>competência for</p><p>concluída e questões</p><p>forem explicadas;</p><p>SUMÁRIO</p><p>Biofísica da Visão ..............................................................................................10</p><p>Constituintes do globo ocular ................................................................................................ 10</p><p>Formação das imagens ............................................................................................................. 20</p><p>Adaptação à Luz e acomodação à distância .....................................24</p><p>Fototransdução espectrofotometria .................................................................................25</p><p>Fundamentos e curva de absorção espectral ...........................................................28</p><p>Construção de curva padrão ................................................................................................. 30</p><p>Diálise - Fundamentos Teóricos ................................................................32</p><p>Influência da temperatura .........................................................................................................35</p><p>Influência da concentração .................................................................................................... 38</p><p>Transporte de Moléculas ..............................................................................39</p><p>Influência no transporte de moléculas ......................................................................... 39</p><p>7</p><p>UNIDADE</p><p>02</p><p>Biofísica</p><p>8</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Nesta unidade você conseguirá compreender a importância de</p><p>entender os fenômenos biofísicos relacionados à visão. Compreender a</p><p>adaptação do sistema ótico humano à luz e sua acomodação a distância e</p><p>identificar os elementos, bem como definir os conceitos fundamentais da</p><p>diálise, assim como, de que forma se processa o transporte de moléculas.</p><p>Biofísica</p><p>9</p><p>OBJETIVOS</p><p>Olá. Seja muito bem-vinda (o). Nosso propósito é auxiliar você no</p><p>desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o término</p><p>desta etapa de estudos:</p><p>1. Entender os fenômenos biofísicos relacionados à visão.</p><p>2. Compreender a adaptação do sistema ótico humano à luz e sua</p><p>acomodação a distância.</p><p>3. Identificar os elementos e definir os conceitos fundamentais da</p><p>diálise.</p><p>4. Entender como se processa o transporte de moléculas.</p><p>Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento?</p><p>Ao trabalho!</p><p>Biofísica</p><p>10</p><p>Biofísica da Visão</p><p>OBJETIVO:</p><p>Ao término deste capítulo você será capaz de entender</p><p>como funcionam as relações entre a biofísica aplicada ao</p><p>contexto dos estudos da visão. Isto será fundamental para</p><p>a compreensão da relevância desta área em suas diversas</p><p>aplicações. E então? Motivado para desenvolver essa</p><p>competência? Então vamos lá. Avante!</p><p>Constituintes do globo ocular</p><p>De modo aplicado à biofísica, a óptica é a área que tem como base</p><p>o estudo da visão, seu funcionamento, o entendimento do foco dos olhos</p><p>em relação a algum objeto e a produção da imagem nítida através do</p><p>olho. Essa área da física possui um vasto campo teórico. Assim, senão</p><p>priorizados alguns tópicos temáticos do assunto.</p><p>Este campo da Física tem como objetivo estudar o escopo que</p><p>abrange a propagação da luz e sua interação com a matéria. O contexto</p><p>do entendimento das teorias da Física não possui um entendimento fácil</p><p>aos sujeitos, devido à complexidade da área, porém, a proximidade com</p><p>o cotidiano faz com que a óptica seja bem recebida conceitualmente</p><p>por todos.</p><p>Isto se deve ao uso e conhecimento do dia a dia quando se pensa</p><p>na óptica, por exemplo, no simples uso de laser, tubos de luz, espelhos</p><p>telescópicos, entre outros parâmetros científicos que são facilmente</p><p>conhecidos (ZILIO, 2009). Quando pensamos nesses instrumentos</p><p>como parte da óptica, devemos salientar que estes são oriundos de</p><p>instrumentos construídos com a função de permitir a observação</p><p>dos fenômenos de interferência e difração, sendo base da natureza</p><p>ondulatória da luz (ZILIO, 2009).</p><p>Desse modo, essas descobertas não ocorrem do dia para noite,</p><p>são dispositivos resultantes de anos de desenvolvimento. Assim,</p><p>Biofísica</p><p>11</p><p>conheceremos a partir de agora o trajeto histórico desta área da Física,</p><p>a óptica.</p><p>EXPLICANDO MELHOR:</p><p>A óptica possui aspectos gerais que estão ligados às ideias</p><p>da constituição da natureza da luz e sua relação com o</p><p>eletromagnetismo e a mecânica quântica (ZILIO, 2009).</p><p>Para melhor compreensão desta relação, iniciaremos a</p><p>contextualização sobre a história da óptica e a criação de</p><p>seus principais conceitos.</p><p>Começamos antes do Século XVII a conhecer a história da óptica.</p><p>Nessa época, haviam poucos embasamentos teóricos e conceituais sobre</p><p>os fenômenos ópticos analisados. Tinha–se conhecimento de alguns</p><p>instrumentos como as lentes e os espelhos, mas ainda sem nenhuma</p><p>explicação ou teoria que fundamentasse essa área (ZILIO, 2009). Temos</p><p>nesse mesmo século, a formulação da Matemática como ciência que</p><p>possibilitou explicar diversos fenômenos observados, como por exemplo,</p><p>buscou–se combinar duas lentes transformando em um sistema óptico</p><p>possível de análise (ZILIO, 2009).</p><p>O telescópio refrativo foi o primeiro sistema óptico oriundo dessas</p><p>formulações citadas anteriormente, sendo criado pelo alemão Hans</p><p>Lippershey, que morava na cidade de Middleburg, que agora pertence</p><p>à Holanda e em 1608 pertencia à Alemanha. Hans Lippershey era um</p><p>Oftalmologista fabricante de lentes. Esse instrumento era constituído por</p><p>um dispositivo ocular côncavo, ou seja, formado por um lado côncavo,</p><p>onde se tem uma superfície profunda no centro e o outro convexo, como</p><p>por exemplo, na forma de um polígono (ZILIO, 2009).</p><p>Biofísica</p><p>12</p><p>Figura 1 – Telescópio refrativo de Hans Lippershey</p><p>Fonte: Wikimedia Commons.</p><p>As lentes são objetos ópticos e funcionam por meio da refração da</p><p>luz, com característica de transparência e superfície esférica. A invenção de</p><p>Hans Lippershey teve repercussão na época, chegando ao conhecimento</p><p>de Galileu Galilei que se interessou e aprimorou o instrumento, como</p><p>pode ser demonstrado na ilustração</p><p>a seguir:</p><p>Biofísica</p><p>13</p><p>Figura 2 – Telescópio de Galileu Galilei</p><p>Fonte: Wikipedia.</p><p>Em meados de 1610, após construir seu próprio telescópio, descobre</p><p>as luas de Júpiter e os anéis de Saturno, além da importante descoberta</p><p>da rotação do sol (ZILIO, 2009).</p><p>VOCÊ SABIA?</p><p>Você sabia que até hoje essa descoberta de Galileu é</p><p>utilizada, obviamente aprimorada, mas se popularizou</p><p>como instrumento óptico pioneiro por utilizar a lente ocular</p><p>côncava?</p><p>Biofísica</p><p>14</p><p>As luas de Júpiter foram um marco científico. As 04 primeiras luas</p><p>observadas, ou satélites de Galileu Galilei, impulsionaram a descoberta</p><p>de 67 satélites ao redor da terra.</p><p>Figura 3 – Jupiter e as quatro luas de Galileu Galilei</p><p>Fonte: Wikimedia commons.</p><p>IMPORTANTE:</p><p>É importante saber que temos também o telescópio com</p><p>ocular convexa, descoberto por Johannes Kepler, dando</p><p>origem às famosas leis de Kepler. Neste modelo, foram</p><p>estudados os fenômenos de refração, reflexão, difração,</p><p>dispersão, formação de imagens em espelhos e lentes,</p><p>interação entre a luz e os objetos e os diversos instrumentos</p><p>ópticos (ZILIO, 2009).</p><p>Biofísica</p><p>15</p><p>Figura 4 – Telescópio de Johannes Kepler</p><p>Fonte: Wikimedia commons.</p><p>Começamos então meu caro aluno, a discutir os conceitos</p><p>mencionados anteriormente, iniciando pelo Princípio de Propagação</p><p>Retilínea da Luz que é parte fundamental para o entendimento conceitual</p><p>da óptica. Esse princípio fundamenta–se em três aspectos, segundo</p><p>Zilio (2009):</p><p>• Primeiro aspecto - A independência dos Raios de Luz. Esse</p><p>fenômeno ocorre devido a dois ou mais raios de luz que se</p><p>atravessam, sem haver interferência. Um exemplo desse</p><p>primeiro aspecto é como nas apresentações teatrais ou alguma</p><p>festa que tenha holofotes em direção ao palco, mesmo quando</p><p>as pessoas que estavam ali saem do local, os feixes de luz ainda</p><p>iluminam o local.</p><p>Biofísica</p><p>16</p><p>Figura 5 – Princípio da Independência dos Raios de Luz</p><p>Fonte: Freepik.</p><p>• Segundo aspecto: Em princípio, é o da Propagação Retilínea</p><p>da Luz, que ocorre em um contexto de espaço transparente,</p><p>homogêneo e isotrópico, no qual o feixe de luz se reproduz de</p><p>maneira reta, sendo intitulado de raio de luz (ZILIO, 2009). Onde</p><p>observamos esse conceito? Quando visualizamos objetos de forma</p><p>circular em cima de alguma superfície plana. Um bom exemplo é</p><p>o de uma floresta e os raios de sol adentrando as árvores, como</p><p>na figura a seguir:</p><p>Biofísica</p><p>17</p><p>Figura 6 – Exemplo do Princípio da Propagação Retilínea da Luz</p><p>Fonte: Pixabay.</p><p>• Terceiro aspecto: É o da Reversibilidade dos Raios de Luz, um</p><p>fenômeno que ocorre quando se reverte a trajetória da propagação</p><p>de um feixe de luz, onde o percurso não é alterado, mas apenas</p><p>toma um sentido inverso (ZILIO, 2009).</p><p>Vale ressaltar que o chamado feixe de luz é um instrumento</p><p>que existe apenas na teoria, ou seja, não é real de forma física, porque</p><p>é um protótipo, e devido a isto, tornam–se importantes as seguintes</p><p>considerações (ZILIO, 2009):</p><p>• Se a onda possuir forma planar (plana), consequentemente seus</p><p>feixes de luz serão paralelos uns aos outros.</p><p>• Se a onda for esférica, seus feixes se movem em direção a certo</p><p>meio, sem haver um raio divergente de algum ponto.</p><p>• Se a onda é convexa ou côncava, seu raio de luz terá forma</p><p>divergente. São raios que se propagam no sentido contrário ao</p><p>emitido, ou convergente. São raios com área delimitada pela zona</p><p>de convergência.</p><p>Biofísica</p><p>18</p><p>Iniciamos então os estudos da biofísica da visão, cujo seu elemento</p><p>central é o olho humano. O olho humano é um órgão extremamente</p><p>complexo, constituído de numerosas partes (GARCIA, 2002), sendo</p><p>formado de um conjunto de meios transparentes e separados uns dos</p><p>outros por superfícies esféricas e fisicamente, seus centros de curvatura</p><p>se localizam sobre uma reta chamada de eixo óptico do globo ocular</p><p>(GARCIA, 2002).</p><p>Ao ser comparado com os padrões tecnológicos atuais, o olho</p><p>humano pode ser considerado um instrumento óptico que possui</p><p>complexidade e sofisticação. Possui funcionamento semelhante a uma</p><p>máquina fotográfica, em que podemos pensar a íris do olho como o</p><p>diafragma da máquina que controla a quantidade de luz (GARCIA, 2002).</p><p>Desse modo, a retina é semelhante ao filme fotográfico e no fundo da</p><p>câmara, a córnea e o cristalino são como a lente (GARCIA, 2002). Na figura</p><p>a seguir, podem ser vistas as partes que compõem o olho humano:</p><p>Figura 7 – Olho humano e suas partes</p><p>Fonte: Wikimedia commons.</p><p>Temos ainda a estrutura do olho reduzido, que é um modelo usado</p><p>para estudar o olho humano a partir da lógica da Óptica Geométrica</p><p>Biofísica</p><p>19</p><p>(GARCIA, 2002). Este olho reduzido é constituído das seguintes estruturas</p><p>e funções, expressos no quadro a seguir:</p><p>Quadro 1 – Olho reduzido</p><p>Fonte: Elaborado pelo autor com base em Garcia (2002).</p><p>Iremos adentrar os conceitos que constituem essa área de estudos,</p><p>começando pela acomodação, como a capacidade do cristalino de</p><p>modificar a distância focal para que haja a realização de uma visão nítida</p><p>de objetos em diferentes distâncias, sendo realizada pelos músculos</p><p>ciliares presentes no olho humano (GARCIA, 2002).</p><p>O olho emétrope é o nome dado ao chamado olho normal, ou</p><p>seja, um olho sem defeitos na visão (GARCIA, 2002). Já a miopia é um</p><p>tipo de defeito da visão devido a um alongamento do globo ocular ou a</p><p>uma excessiva convergência do cristalino (GARCIA, 2002). Desse modo,</p><p>a imagem é emitida a um ponto impróprio, que se forma antes da retina</p><p>(GARCIA, 2002).</p><p>Biofísica</p><p>20</p><p>Em uma visão geral, temos:</p><p>Figura 8 – Estrutura do Olho Humano</p><p>Fonte: Projeto Medicina.</p><p>VOCÊ SABIA?</p><p>A hipermetropia é um defeito visual relacionado ao</p><p>achatamento do globo ocular onde a imagem de um ponto</p><p>impróprio é formada além da retina (GARCIA, 2002).</p><p>A presbiopia está relacionada à perda da flexibilidade dos músculos</p><p>ciliares e ao progressivo enrijecimento do cristalino, fatos que dificultam a</p><p>correta focalização do objeto (GARCIA, 2002).</p><p>O astigmatismo se dá quando as superfícies dióptricas do globo</p><p>ocular não apresentam absoluta simetria em relação ao eixo óptico. Isso</p><p>ocorre devido ao fato da córnea apresentar raios de curvatura desiguais</p><p>(GARCIA, 2002).</p><p>Formação das imagens</p><p>Quando pensamos na formação das imagens através do olho</p><p>humano, de fato, assim como a audição, essas regiões fazem parte de um</p><p>Biofísica</p><p>21</p><p>sistema sensorial que fornece ao indivíduo suas possibilidades sensoriais</p><p>de relação com o mundo (DURÁN, 2003). Sendo assim, conheceremos</p><p>como se dá o processo de formação da imagem.</p><p>A região ocular é comandada pelo sistema nervoso, possuindo uma</p><p>estrutura morfológica muito delicada e complexa, que recebe estímulos</p><p>luminosos e com isso é capaz de produzir energia luminosa convertida</p><p>em energia química através do olho (GARCIA, 2002).</p><p>O modo como é produzida a imagem ou como enxergamos,</p><p>depende da região chamada de globo ocular, que é um sensor atuante</p><p>com o cérebro. Ele capta as imagens levando em conta todas as suas</p><p>formas, relevos, cores e movimentos (GARCIA, 2002). A partir disso,</p><p>a atuação das lentes começa. As lentes são as córneas e junto com o</p><p>cristalino, permitem que o olho seja capaz de focalizar objetos distantes</p><p>ou próximos (GARCIA, 2002).</p><p>EXEMPLO:</p><p>Exemplificando este processo em etapas, a primeira se dá quando</p><p>a luz atravessa a córnea e percorre o cristalino. Temos nesse</p><p>processo, a ocorrência do fenômeno da refração (GARCIA, 2002)</p><p>A refração pode ser vista na imagem a seguir:</p><p>Figura 9 - Luz atravessando a córnea</p><p>Fonte: UNESP.</p><p>Ao atingir a retina (que é o local receptor dessas imagens),</p><p>composta de células fotorreceptoras, cones e bastonetes (GARCIA, 2002)</p><p>é que ocorre a conversão de forma química da recepção da imagem/</p><p>Biofísica</p><p>22</p><p>luz. Os cones mencionados são regiões localizadas na retina que são</p><p>responsáveis pela percepção das cores através do elemento Pigmento</p><p>Iodopsina (GARCIA, 2002).</p><p>Veja como</p><p>são demonstradas na figura a seguir essas estruturas:</p><p>Figura 10 – Estrutura da retina e cones</p><p>Fonte: UFRJ.</p><p>Os bastonetes são localizados na região periférica da retina e atuam</p><p>na percepção dos contrastes de claro e escuro e possuem um pigmento</p><p>vermelho chamado de Rodopsina (GARCIA, 2002). O estudo da visão em</p><p>si é realizado pelo cérebro após a atuação do olho como um conversor do</p><p>estímulo luminoso (GARCIA, 2002).</p><p>Biofísica</p><p>23</p><p>RESUMINDO:</p><p>Para ajudar no seu entendimento, temos que o Princípio</p><p>da Independência dos Raios luz ocorre quando dois raios</p><p>de luz ou feixes de luz se cruzam e sem interferência,</p><p>continuam suas trajetórias, onde um raio não interfere na</p><p>trajetória do outro.</p><p>Revisando a estrutura ocular temos: córnea, íris, pupila,</p><p>cristalino, retina, esclera e nervo ótico que transporta os</p><p>impulsos elétricos do olho para o cérebro.</p><p>Ressalta–se a importância do campo teórico da óptica e</p><p>sua relação com a biofísica nos estudos do olho humano</p><p>e da visão. Encontramos a óptica difundida em diversos</p><p>contextos do nosso dia a dia como nos óculos, lentes e</p><p>telescópios, permeando nesses instrumentos, o sentido da</p><p>visão. Mas, a óptica também encontra–se em dispositivos de</p><p>sistemas de portas de elevador, relógios, leitores de código</p><p>de barras, entre outros, demonstrando sua aplicabilidade.</p><p>Em resumo, a fototransdução é um fenómeno de</p><p>transmissão do sinal fotoquímico que envolve proteínas</p><p>da membrana como sistemas mensageiros, produzindo</p><p>a transmissão do potencial elétrico celular. Essa corrente</p><p>elétrica é que irá conduzir nesse processo a liberação</p><p>do neurotransmissor que emite a transmissão do sinal</p><p>luminoso (DIAS, et al. 2016).</p><p>Biofísica</p><p>24</p><p>Adaptação à Luz e acomodação à distância</p><p>OBJETIVO:</p><p>Ao término deste capítulo você será capaz de</p><p>compreender a adaptação do sistema ótico humano à luz</p><p>e sua acomodação a distância. E então? Motivado para</p><p>desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!</p><p>A acomodação visual ou adaptação da luz, através do entendimento</p><p>fornecido pela física, é o mecanismo fisiológico que permite ao órgão</p><p>visual a adaptação necessária para que se tenha uma visão nítida a</p><p>diversas distâncias. Com isso, a visão considerada sem defeitos, ou</p><p>normal, possui a capacidade de acomodar a visão de distâncias de 25 cm</p><p>em média (SILVA, 2019).</p><p>REFLITA:</p><p>Vamos testar esse conceito? Segure uma caneta ou lápis a</p><p>uma determinada distância de um de seus olhos, olhando</p><p>diretamente para a ponta da caneta ou lápis quando</p><p>estiverem distantes. Em seguida, aproxime o objeto de seu</p><p>rosto e reflita a menor distância dada às duas situações</p><p>(SILVA, 2019).</p><p>Esta pequena experiência pode ser explicada do seguinte modo:</p><p>quando mantemos nítida a imagem de algum objeto que está muito</p><p>próximo de nossos olhos, realizamos um esforço muscular na região dos</p><p>olhos. Devido a isto, temos essas oscilações em relação à visibilidade do</p><p>objeto observado (SILVA, 2019).</p><p>Adaptação visual é a capacidade apresentada pela pupila de se</p><p>adequar à luminosidade de cada ambiente, comprimindo-se ou dilatando-</p><p>se. Havendo em ambientes com forte luminosidade, o diâmetro de até 1,5</p><p>mm da pupila, e em ambientes escuros, a pupila se dilata em diâmetro de</p><p>10 mm (SILVA, 2019).</p><p>Biofísica</p><p>25</p><p>Temos ainda o ponto próximo, como a primeira distância, de 25 cm,</p><p>sendo a mínima distância que um pessoa pode enxergar corretamente,</p><p>resultando na contração total dos músculos ciliares (SILVA, 2019). O ponto</p><p>remoto é a distância infinita ou máxima alcançada para uma imagem</p><p>focada, nesse caso os músculos ciliares estão relaxados (SILVA, 2019).</p><p>Fototransdução espectrofotometria</p><p>Em relação à fototransdução espectrofotometria, veremos cada um</p><p>dos termos separadamente para melhor compreensão.</p><p>Iniciando pela fototransdução, é um processo de transformação</p><p>de energia luminosa em sinais elétricos biologicamente reconhecíveis,</p><p>que se processa no segmento externo da região dos cones e bastonetes</p><p>(SOUSA, 2001).</p><p>Realiza–se por meio de mecanismos pelos quais a transdução se</p><p>processa nos fotorreceptores dos vertebrados, envolvendo a interação</p><p>de vários sistemas fisiológicos dentro da célula (SOUSA, 2001). Nesse</p><p>momento, ocorre o processo de adaptação onde os receptores da retina</p><p>respondem à estimulação e à intensidade luminosa.</p><p>Desse modo, para este processo, temos o seguinte esquema de</p><p>funcionamento, visto na figura abaixo:</p><p>Figura 11 – Fototransdução - esquema de funcionamento.</p><p>Cromóforo</p><p>+ proteína</p><p>transmembrana</p><p>Retinal + opsina</p><p>(bastonete)</p><p>• Escuro – cis –</p><p>retinal ligado à</p><p>opsina</p><p>• Claro – trans –</p><p>retinal desligado</p><p>da opsina</p><p>Molécula</p><p>fototransdutora</p><p>Fonte: Elaborado pela autora com base em Sousa (2001).</p><p>Biofísica</p><p>26</p><p>Os fotorreceptores ficam localizados em camadas e são compostos</p><p>de quatro tipos diferentes de células, diferenciados a partir de sua</p><p>forma, distribuição espacial, características bioquímicas e capacidade de</p><p>absorção de luz de diferentes comprimentos de onda. Agrupando–se em</p><p>dois tipos de fotorreceptores: os cones e os bastonetes (DIAS, et al. 2016).</p><p>O fenômeno da amplificação se dá quando uma molécula de um</p><p>fotorreceptor conduz várias moléculas de fosfodiestérase para a ativação.</p><p>Nesse processo, temos a atuação da molécula chamada de rodopsina,</p><p>que é uma ativadora devido ao seu poder catalítico, sendo uma enzima</p><p>responsável pela regulação da atividade elétrica do fotorreceptor (DIAS,</p><p>et al. 2016). Na autolimitação temos a limitação do sinal da transdução,</p><p>levando em conta o papel do Cálcio (Ca2+), que entra na célula a partir dos</p><p>canais de Sódio (Na+) (DIAS, et al. 2016).</p><p>A espectrofotometria é um método de análise óptica, utilizado em</p><p>pesquisas biológicas e físico-químicas. É baseado na análise quantitativa</p><p>através da absorção de luz pelas soluções, estudando a interação que</p><p>ocorre entre a luz e a matéria, sabendo que cada composto químico</p><p>absorve, transmite ou reflete luz ao longo de um determinado intervalo</p><p>de comprimento de onda (COMPRI-NARDY, et al. 2009).</p><p>A espectrofotometria pode ser utilizada para identificar e quantificar</p><p>substâncias químicas a partir da medição da absorção e transmissão</p><p>de luz que passa através da amostra. Possui como princípio que cada</p><p>substância absorve ou transmite certos comprimentos de onda, como é</p><p>demonstrado na imagem a seguir:</p><p>Figura 12 – Espectrofotometria</p><p>Fonte: InfoEscola.</p><p>Biofísica</p><p>27</p><p>Por exemplo, a clorofila absorve luz vermelha e violeta, enquanto</p><p>transmite amarela, verde e azul. Os comprimentos de onda transmitidos e</p><p>refletidos nos fazem perceber a cor verde.</p><p>Sendo esta a base que fundamenta o espectrofotômetro, o</p><p>princípio de cor e comprimento de onda, neste equipamento é possível</p><p>medir e comparar a quantidade de luz que uma substância absorve e</p><p>assim, realizar uma análise quantitativa e qualitativa, identificando e</p><p>determinando a concentração das substâncias conforme a interação com</p><p>a luz (COMPRI-NARDY, et al. 2009).</p><p>A espectrofotometria é uma ferramenta importante e versátil</p><p>amplamente utilizada para a análise em diversas áreas como química,</p><p>física, biologia, bioquímica, materiais, engenharia química e aplicações</p><p>clínicas e industriais.</p><p>Conheça o espectrofotômetro na figura a seguir:</p><p>Figura 13 – Espectrofotômetro</p><p>Fonte: Biogen.</p><p>As aplicações do espectrofotômetro são diversas, mas é</p><p>principalmente usado para medir determinados ingredientes em uma</p><p>droga, medir o crescimento bacteriano, ou diagnosticar um paciente</p><p>com base na quantidade de ácido úrico presente em sua urina (COMPRI-</p><p>Biofísica</p><p>28</p><p>NARDY, et al. 2009). Suas análises podem ser do tipo quantitativo e</p><p>qualitativo.</p><p>Seu funcionamento se dá a partir da colocação de uma amostra</p><p>dentro do equipamento, que contém uma fonte de luz e um dispositivo</p><p>chamado monocromador, que tem a função de dividir a luz em cores, ou</p><p>melhor, comprimentos de onda individuais (COMPRI-NARDY, et al. 2009).</p><p>A fenda ajustável permite o reconhecimento</p><p>de apenas um</p><p>comprimento de onda específico através da solução de amostra,</p><p>fornecendo o resultado esperado. O espectrofotômetro possui como</p><p>componentes: fonte de luz, monocromador, detector, amostras e cubeta</p><p>ou recipiente (COMPRI-NARDY, et al. 2009).</p><p>Temos ainda a transmitância, que é o conceito que exprime a</p><p>fração da energia luminosa que consegue atravessar uma determinada</p><p>espessura de um material sem ser absorvida. Em suma, é a capacidade</p><p>de transmissão de luz. A absorbância é a fração da energia luminosa</p><p>que é absorvida por um material, sendo a capacidade de absorver a luz</p><p>(COMPRI-NARDY, et al. 2009).</p><p>Fundamentos e curva de absorção espectral</p><p>Em relação à curva de absorção espectral, iremos começar pelo</p><p>conceito de espectro de absorção. Que é o espectro constituído por um</p><p>conjunto de riscas ou bandas obtidas num espectroscópio quando passa</p><p>a luz proveniente de uma fonte luminosa através de um gás (COMPRI-</p><p>NARDY, et al. 2009).</p><p>Esse processo ocorre quando a solução de um dado composto</p><p>é submetida a leituras de absorbância no decorrer de uma faixa de</p><p>comprimentos de onda eletromagnética, fornecendo informações sobre</p><p>a capacidade do composto em absorver luz (COMPRI-NARDY, et al. 2009).</p><p>A representação gráfica dos valores de comprimento de onda em relação</p><p>à absorbância é denominada espectro de absorção.</p><p>Desse modo, a absorção é a forma que temos para caracterizar</p><p>a estrutura química dos compostos a partir da interação da luz com a</p><p>matéria. Temos esses processos fundamentados na Lei de Lambert, que</p><p>Biofísica</p><p>29</p><p>é oriunda da observação da transmissão de luz e a espessura da camada</p><p>do meio absorvente (COMPRI-NARDY, et al. 2009).</p><p>Devido à ação do feixe de luz monocromática ao atravessar um</p><p>meio transparente homogêneo, cada camada deste meio absorvia igual</p><p>fração de luz que atravessava, independentemente da intensidade da</p><p>luz que incidia. A partir desta relação que se origina o conceito da lei</p><p>que diz que “a intensidade da luz emitida decresce exponencialmente à</p><p>medida que a espessura do meio absorvente aumenta aritmeticamente”</p><p>(COMPRI-NARDY, et al. 2009).</p><p>Temos também a Lei de Beer, que consiste da relação entre a</p><p>transmissão e a concentração do meio onde passa o feixe de luz (COMPRI-</p><p>NARDY, et al. 2009). Nesse, uma solução absorve a luz proporcionalmente à</p><p>concentração molecular do soluto. Devido a isso, temos que “a intensidade</p><p>de um feixe de luz monocromático decresce exponencialmente à medida</p><p>que a concentração da substância absorvente aumenta aritmeticamente”</p><p>(COMPRI-NARDY, et al. 2009).</p><p>Essas leis são fundamentais e são a base da espectrofotometria.</p><p>Além disso, são trabalhadas e utilizadas simultaneamente, promovendo</p><p>o processo em que a quantidade de luz absorvida ou transmitida por</p><p>uma determinada solução irá depender da concentração do soluto e da</p><p>espessura da solução (COMPRI-NARDY, et al. 2009).</p><p>Sobre o entendimento das questões que envolvem a ondulatória,</p><p>temos os parâmetros da onda, amplitude, período, frequência e</p><p>comprimento. A amplitude é representada pela letra A, e é o comprimento</p><p>do vetor de campo elétrico em torno do máximo da onda (COMPRI-</p><p>NARDY, et al. 2009).</p><p>O período (P) é conceituado como o tempo em segundos (s)</p><p>necessários à passagem de sucessivos máximos ou mínimos através de</p><p>um ponto fixo no espaço (COMPRI-NARDY, et al. 2009).</p><p>A frequência (v), consiste no número de oscilações completas que</p><p>a onda faz a cada segundo, em ciclos por segundo (COMPRI-NARDY, et</p><p>al. 2009).</p><p>Biofísica</p><p>30</p><p>O Comprimento de onda (λ) é a distância linear entre dois pontos</p><p>equivalentes sobre sucessivas ondas (COMPRI-NARDY, et al. 2009).</p><p>Construção de curva padrão</p><p>A curva-padrão é utilizada para determinar quantitativamente uma</p><p>propriedade de uma amostra desconhecida a partir de amostras com</p><p>propriedades conhecidas e é usada para determinar a concentração de</p><p>proteínas em uma amostra a partir de um método colorimétrico, o ensaio</p><p>de Bradford (HOLLER, et al. 2009).</p><p>Deste modo, a curva padrão se dá devido à sucessão crescente</p><p>ou decrescente de pontos obtidos da relação entre a concentração da</p><p>espécie padrão pela sua intensidade de sinal proveniente do sistema de</p><p>detecção (HOLLER, et al. 2009).</p><p>A partir disso, temos as causas dos desvios reais com a variação</p><p>do índice de refração através da concentração de moléculas orgânicas</p><p>complexas (HOLLER, et al. 2009) e também a interação dos centros</p><p>absorventes. Por meio de altas concentrações, as partículas do soluto</p><p>ficam tão próximas que a distribuição de suas cargas e a capacidade</p><p>para absorver as radiações de um determinado comprimento de onda se</p><p>alteram (HOLLER, et al. 2009).</p><p>Os fatores que modificam os desvios podem ser físicos e químicos</p><p>e veremos cada um deles. Em relação às causas físicas, temos a falta</p><p>de monocromaticidade da radiação e quando se aplica a lei de Beer,</p><p>pressupõe-se uma radiação monocromática. Isso significa que, na prática,</p><p>somente alguns espectrofotômetros de alta qualidade são capazes de</p><p>selecionar faixas espectrais de 1 nm de largura (HOLLER, et al. 2009).</p><p>A maioria dos espectrofotômetros consideram faixas espectrais de</p><p>2, 5 ou 8 nm de largura e os calorímetros por possuírem filtros, isolam</p><p>faixas espectrais mais largas ainda, de 30 a 50 nm (HOLLER, et al. 2009).</p><p>Temos também a resposta não linear da fotocélula, devido à</p><p>sensibilidade da mesma, resultando em pequenas intensidades de</p><p>energia radiante que atravessam as soluções (HOLLER, et al. 2009). Desse</p><p>Biofísica</p><p>31</p><p>modo, a fotocélula produz resposta elétrica proporcional à intensidade</p><p>luminosa que incide na fotocélula (HOLLER, et al. 2009).</p><p>Sobre o conceito de flutuações da fonte, estes procedem devido</p><p>às flutuações da intensidade luminosa procedente da fonte de radiação</p><p>e causam alterações nas medidas porque a transmitância é uma relação</p><p>entre a radiação incidente e a radiação que atravessa a solução (HOLLER,</p><p>et al. 2009).</p><p>Sobre as causas químicas, temos as associações moleculares, que</p><p>é um fenômeno de associação molecular causada devido à interação das</p><p>moléculas absorventes entre si ou com o solvente (HOLLER, et al. 2009).</p><p>Temos o exemplo da polimerização quando as moléculas monômeras</p><p>absorvem em comprimentos de onda diferentes do comprimento de</p><p>onda que absorvem as moléculas polímeras.</p><p>RESUMINDO:</p><p>E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo</p><p>tudinho? Agora, só para termos certeza de que você</p><p>realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos</p><p>resumir algo do que vimos. Você deve ter compreendido</p><p>que fototransdução é um fenômeno de transmissão do</p><p>sinal fotoquímico que envolve proteínas da membrana</p><p>como sistemas mensageiros, produzindo a transmissão do</p><p>potencial elétrico celular. Essa corrente elétrica irá conduzir</p><p>nesse processo a liberação do neurotransmissor que emite</p><p>a transmissão do sinal luminoso (DIAS, et al. 2016).</p><p>Biofísica</p><p>32</p><p>Diálise - Fundamentos Teóricos</p><p>OBJETIVO:</p><p>Ao término deste capítulo você será capaz de identificar os</p><p>elementos e definir os conceitos fundamentais da diálise.</p><p>E então? Motivado para desenvolver essa competência?</p><p>Então vamos lá. Avante!</p><p>Diálise é o processo de separação de moléculas de acordo com</p><p>seu tamanho, utilizando membranas semipermeáveis que contém poros</p><p>(VOET & VOET, 2013).</p><p>Na hemodiálise, a transferência de massa ocorre entre o sangue e o</p><p>líquido de diálise através de uma membrana semipermeável artificial. Na</p><p>diálise peritoneal, ocorre a troca de solutos entre o sangue e a solução de</p><p>diálise através do peritônio (VOET & VOET, 2013).</p><p>Em relação ao transporte de dispersos no processo dialítico, este</p><p>ocorre por três mecanismos, como na figura a seguir:</p><p>Figura 14 – Mecanismos do processo dialítico</p><p>Fonte: Elaborado pela autora com base em Voet & Voet (2013).</p><p>Biofísica</p><p>33</p><p>Temos a relação da osmose e diálise, envolvidas no metabolismo</p><p>celular, no qual a osmose é responsável pelo transporte de fluídos entre</p><p>uma célula e seu ambiente e nas plantas, pela circulação da seiva vegetal</p><p>(VOET & VOET, 2013). Entende-se por osmose o fenômeno físico que</p><p>consiste na passagem espontânea de água ou outro solvente por uma</p><p>membrana semipermeável que separa duas soluções.</p><p>SAIBA MAIS:</p><p>A Osmose foi denominada assim pelo químico britânico</p><p>Thomas Graham, que estudou esse fenômeno pela</p><p>primeira vez em 1877, por meio dos trabalhos de Wilhelm</p><p>Friedrich e Philipp Pfeffer. Resultando em conceitos como</p><p>a pressão osmótica, que é o fenômeno que ocorre porque</p><p>a membrana semipermeável só permite a passagem de</p><p>moléculas de tamanho reduzido, como as moléculas de</p><p>água e outros solventes, mas não as do soluto, que são</p><p>maiores (VOET & VOET, 2013).</p><p>Segue abaixo o esquema do processo de Osmose:</p><p>Figura 15 – Osmose</p><p>Fonte: Mundo Educação.</p><p>Biofísica</p><p>34</p><p>As moléculas de água podem atravessar a membrana em ambos</p><p>os sentidos, mas é mais intenso o fluxo em direção à solução mais</p><p>concentrada. Caso o desejo seja impedir a passagem das moléculas</p><p>do solvente, é necessário aplicar à solução um excesso de pressão em</p><p>relação ao solvente (VOET & VOET, 2013).</p><p>REFLITA:</p><p>A diferença entre a pressão da solução e a do solvente é</p><p>a pressão osmótica da solução. As membranas podem ser</p><p>naturais, como as paredes celulares, e artificiais, como o</p><p>pergaminho (VOET & VOET, 2013). Temos então a osmose</p><p>biológica, que ocorre em células vegetais e animais,</p><p>onde a membrana celular é semipermeável para muitas</p><p>moléculas e por isso incham quando estão imersas numa</p><p>solução hipotônica ou de menor pressão osmótica (VOET</p><p>& VOET, 2013).</p><p>Também diminuem de volume em soluções hipertônicas ou de</p><p>maior pressão osmótica, e se mantêm inalteradas em soluções isotônicas</p><p>ou de mesma pressão (VOET & VOET, 2013). Esse processo é dinâmico,</p><p>pois passam de um estado a outro, de acordo com as condições do meio.</p><p>Conceitua-se a diálise como o processo que separa os componentes</p><p>de uma mistura que contém partículas coloidais em suspensão e íons</p><p>ou moléculas de pequenas dimensões dissolvidas, fazendo passar estas</p><p>últimas através dos poros de uma membrana semipermeável (VOET &</p><p>VOET, 2013). O processo se baseia em índices diferentes de difusão dos</p><p>componentes da mistura (VOET & VOET, 2013).</p><p>Em relação à separação por diálise, este é um processo lento, pois</p><p>sua velocidade depende das diferenças entre o tamanho das partículas e</p><p>entre os índices de difusão dos componentes coloidais e cristaloidais (VOET</p><p>& VOET, 2013). Tem aplicação terapêutica em pacientes com deficiências</p><p>no mecanismo de filtragem do sangue nos rins e, mais especificamente,</p><p>na eliminação de compostos nitrogenados, como a ureia e a creatinina, o</p><p>processo é chamado de hemodiálise (VOET & VOET, 2013).</p><p>Biofísica</p><p>35</p><p>Influência da temperatura</p><p>A temperatura é a medida da agitação das partículas e está</p><p>relacionada à energia cinética média dessas (NELSON & COX, 2011).</p><p>IMPORTANTE:</p><p>A elevação da temperatura do planeta permitiu o</p><p>surgimento e a permanência dos seres vivos no mesmo.</p><p>Ou seja, se não fosse o efeito estufa, não haveria vida da</p><p>forma que conhecemos (NELSON & COX, 2011).</p><p>A desnaturação é um processo em que moléculas biológicas</p><p>perdem suas funções, devido a alguma mudança no meio, seja em altas</p><p>temperaturas, variações de PH ou em outras situações (NELSON & COX,</p><p>2011). Ela acontece comumente com proteínas. Um exemplo típico desse</p><p>processo de desnaturação no cotidiano ocorre quando fritamos um ovo,</p><p>onde temos a desnaturação da proteína albumina que compõe o ovo.</p><p>As proteínas são importantes moléculas orgânicas envolvidas em</p><p>praticamente toda atividade celular. A síntese proteica se inicia no núcleo</p><p>e termina no citoplasma dentro dos ribossomos, onde uma cadeia de</p><p>polipeptídios é formada. Um aminoácido se liga a outro por uma ligação</p><p>covalente, o que chamamos de ligação peptídica, formando a cadeia</p><p>primária da proteína (NELSON & COX, 2011).</p><p>O resumo deste processo de síntese proteica, temos na imagem abaixo:</p><p>Figura 16 – Síntese proteica</p><p>Fonte: Planeta Biologia.</p><p>Biofísica</p><p>36</p><p>Na estrutura secundária, a cadeia primária pode interagir com ela</p><p>mesma, formando dobramentos que podem ser em forma de hélice, folhas</p><p>ou laços. Na estrutura terciária podemos ver a disposição tridimensional</p><p>da secundária em relação ao espaço, ligações de hidrogênio e dissulfeto</p><p>garantem maior estabilidade dessa estrutura. A quaternária é uma</p><p>estrutura em que mais de uma proteína está ligada a um complexo</p><p>(NELSON & COX, 2011).</p><p>As estruturas das proteínas estão ligadas às suas funções. Cada</p><p>proteína têm funções específicas, que evoluíram em um meio, com</p><p>determinadas características. O processo de desnaturação proteica</p><p>ocorre quando esse meio é alterado de forma que mude a estrutura</p><p>tridimensional da proteína, afetando sua atividade biológica.</p><p>A desnaturação não afeta as ligações peptídicas entre os</p><p>aminoácidos pois a estrutura primária é mantida (NELSON & COX, 2011).</p><p>Segue um exemplo de estrutura de ligações peptídicas:</p><p>Figura 17 – Ligações peptídicas</p><p>Fonte: Wikipedia.</p><p>Biofísica</p><p>37</p><p>IMPORTANTE:</p><p>Temos os fatores que podem levar à desnaturação</p><p>proteica e sua relação com as altas temperaturas, onde</p><p>forma geral, proteínas não suportam uma grande variação</p><p>de temperatura no meio em que estão ativas (NELSON &</p><p>COX, 2011).</p><p>Conheça o processo de desnaturação proteica na figura abaixo:</p><p>Figura 18 – Desnaturação proteica.</p><p>Fonte: Interna Coceducação.</p><p>Cada uma delas suporta um limite de calor específico, que quando</p><p>ultrapassado, sofrerá mudanças em sua estrutura. Os dobramentos sofrem</p><p>alterações e a mudança em um pedaço da proteína leva à mudança em</p><p>toda a sua conformação (NELSON & COX, 2011).</p><p>Sobre o potencial de hidrogênio, ou PH, temos que PHs extremos</p><p>podem alterar a carga, levando ao rompimento das ligações de hidrogênio</p><p>e consequentemente à mudança estrutural da proteína. Cada proteína</p><p>trabalha em um PH específico (NELSON & COX, 2011).</p><p>Biofísica</p><p>38</p><p>Influência da concentração</p><p>A concentração é a quantidade relativa de uma substância expressa</p><p>em diferentes unidades. Também chamada concentração em g/L (grama</p><p>por litro), relaciona à massa do soluto em gramas com o volume da</p><p>solução em litros (NELSON & COX, 2011).</p><p>IMPORTANTE:</p><p>As soluções podem ser misturas homogêneas que, na</p><p>grande maioria das vezes, o soluto, sendo a substância</p><p>que se dissolve e a de menor quantidade, e o solvente,</p><p>substância que dissolve o soluto, está em maior quantidade</p><p>(NELSON & COX, 2011).</p><p>Desse modo, a concentração é definida como: “concentração de</p><p>soluções químicas referem-se à quantidade de soluto que existe em</p><p>uma quantidade padrão de solução ou em uma quantidade padrão de</p><p>solvente” (NELSON & COX, 2011).</p><p>RESUMINDO:</p><p>E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu</p><p>mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de</p><p>que você realmente entendeu o tema de estudo deste</p><p>capítulo, vamos resumir algo do que vimos. Você deve ter</p><p>compreendido como identificar os elementos e definir os</p><p>conceitos fundamentais da diálise.</p><p>Biofísica</p><p>39</p><p>Transporte de Moléculas</p><p>OBJETIVO:</p><p>Ao término deste capítulo você será capaz de entender</p><p>como se processa o transporte de moléculas. E então?</p><p>Motivado para desenvolver esta competência? Então</p><p>vamos lá. Avante!</p><p>Influência no transporte de moléculas</p><p>Começando os apontamentos sobre a influência no transporte</p><p>de moléculas, temos a difusão simples que consiste na passagem</p><p>espontânea de moléculas pequenas e/ou lipossolúveis, como as de água,</p><p>gás carbônico e oxigênio, pela região lipídica da membrana plasmática</p><p>(NELSON & COX, 2011).</p><p>Temos os íons e as moléculas maiores que não são lipossolúveis,</p><p>como as de glicose, que não conseguem atravessar a membrana</p><p>espontaneamente, ou fazem esse movimento com velocidade muito</p><p>baixa, em razão de tais propriedades, como a permeabilidade seletiva</p><p>(NELSON & COX, 2011).</p><p>Difusão simples e difusão facilitada são dois tipos de</p><p>transporte</p><p>passivo, que consiste na passagem de substâncias pela região lipídica</p><p>da membrana plasmática, de um local de maior concentração para um</p><p>de menor concentração ou, em outras palavras, a favor do gradiente de</p><p>concentração. Esse evento tem como finalidade igualá-las, mas sem que</p><p>haja gasto de energia (NELSON & COX, 2011).</p><p>Os processos de difusão envolvem mecanismos de transporte da</p><p>célula, sendo então o movimento das moléculas por meio da estrutura da</p><p>membrana plasmática. A difusão ocorre através do auxílio de proteínas,</p><p>que atuam como transportadoras. Nesse caso, como por exemplo,</p><p>transportam a glicose que é a fonte de energia a nós seres humanos.</p><p>Biofísica</p><p>40</p><p>Figura 19 – Bolhas que formam a molécula de água</p><p>Fonte: Freepik.</p><p>Influência do peso molecular no transporte de moléculas</p><p>As moléculas são constituídas por átomos unidos através de</p><p>ligações que podem ser covalentes e iônicas. A massa da molécula é igual</p><p>à soma dos átomos que a forma. Sendo assim, para obtermos a massa</p><p>molecular, devemos somar as massas de todos os átomos contidos na</p><p>fórmula das substâncias (SOUZA, 2019).</p><p>Temos então a massa molecular (MM), que é a massa da molécula</p><p>medida em unidades de massa atômica. Para cálculos estequiométricos,</p><p>utiliza-se a unidade gramas (g) (SOUZA, 2019).</p><p>Figura 20 – Símbolo do átomo</p><p>Fonte: Freepik</p><p>Biofísica</p><p>41</p><p>A fórmula mínima é uma fórmula que fornece o número relativo</p><p>entre os átomos da substância. Mostra a proporção em número de átomos</p><p>dos elementos expressa em números inteiros e os menores possíveis</p><p>(SOUZA, 2019). Trivialmente as fórmulas mínimas são uma “simplificação</p><p>matemática” da fórmula molecular.</p><p>A composição centesimal ou análise elementar, é a fórmula</p><p>centesimal que fornece o percentual dos átomos que compõem</p><p>a substância, representando a proporção em massa que existe na</p><p>substância (SOUZA, 2019). O mol, chamado assim pela primeira vez pelo</p><p>químico Wilhem Ostwald em 1896, significa mole ou “monte”, “quantidade”</p><p>(SOUZA, 2019).</p><p>RESUMINDO:</p><p>E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo</p><p>tudinho? Agora, só para termos certeza de que você</p><p>realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos</p><p>resumir algo do que vimos. Você deve ter compreendido</p><p>como se processa o transporte de moléculas.</p><p>Biofísica</p><p>42</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BIOGEN. Espectrofotômetro. Disponível em: https://www.</p><p>biogen.es/espectrofotometros-uv/22485-espectrofotometro-de-altas-</p><p>prestaciones-uv-vis-haz-doble-con-barrido-automatico-spectro-</p><p>uvd-3200.html Acesso em: 15 Ago. 2021.</p><p>COMPRI-NARDY, M.; STELLA, M.B.; OLIVEIRA, C. Práticas de</p><p>Laboratório de Bioquímica e Biofísica. Editora: Guanabara Koogan, 2009.</p><p>DIAS, S. P.; VAGHETTI, J. P.; LIMA, É. C.; BRASIL, J. L. Química</p><p>Analítica: Teoria e Prática Essenciais. Porto Alegre: Bookman, 2016.</p><p>DURÁN, J. E. R. Biofísica – Fundamentos e aplicações. São Paulo:</p><p>PRENTICE HALL, 2003.</p><p>GARCIA, E. A.C. Biofísica. São Paulo: SARVIER, 2002.</p><p>HOLLER, J.; SKOOG, D. A.; R.CROUCH, S. Princípios de análise</p><p>instrumental. 6.ed. São Paulo: Editora Artmed, 2009.</p><p>INFOESCOLA. Espectrofotometria. Disponível em: https://www.</p><p>infoescola.com/quimica/espectrofotometria. Acesso em: 15 Ago. 2021.</p><p>INTERNACOCEDUCAÇÃO. Citologia. Livro 01. Disponível em:</p><p>https://interna.coceducacao.com.br/ebook/pages/704.htm. Acesso em:</p><p>15 Ago. 2021.</p><p>MUNDO EDUCAÇÃO. Osmose. Disponível em: https://</p><p>mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/osmose.htm. Acesso em: 15</p><p>Ago. 2021.</p><p>NELSON, D. L; COX, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger.</p><p>5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.</p><p>PROJETO MEDICINA. Estrutura do Olho Humano. Disponível em:</p><p>https://projetomedicina.com.br/artigos/curiosidades-sobre-o-corpo-</p><p>humano/attachment/image39/ Acesso em: 15 Ago. 2021.</p><p>Biofísica</p><p>https://www.biogen.es/espectrofotometros-uv/22485-espectrofotometro-de-altas-prestaciones-uv-vis-haz-doble-con-barrido-automatico-spectro-uvd-3200.html</p><p>https://www.biogen.es/espectrofotometros-uv/22485-espectrofotometro-de-altas-prestaciones-uv-vis-haz-doble-con-barrido-automatico-spectro-uvd-3200.html</p><p>https://www.biogen.es/espectrofotometros-uv/22485-espectrofotometro-de-altas-prestaciones-uv-vis-haz-doble-con-barrido-automatico-spectro-uvd-3200.html</p><p>https://www.biogen.es/espectrofotometros-uv/22485-espectrofotometro-de-altas-prestaciones-uv-vis-haz-doble-con-barrido-automatico-spectro-uvd-3200.html</p><p>https://www.infoescola.com/quimica/espectrofotometria</p><p>https://www.infoescola.com/quimica/espectrofotometria</p><p>https://interna.coceducacao.com.br/ebook/pages/704.htm</p><p>https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/osmose.htm</p><p>https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/osmose.htm</p><p>https://projetomedicina.com.br/artigos/curiosidades-sobre-o-corpo-humano/attachment/image39/</p><p>https://projetomedicina.com.br/artigos/curiosidades-sobre-o-corpo-humano/attachment/image39/</p><p>43</p><p>SILVA, D. 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