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<p>CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>Material elaborado pela Professora Taís Flores</p><p>CPC CONCURSOS WWW.CPCCONCURSOS.COM.BR</p><p>BANRISUL – Escriturário 1</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>H</p><p>E</p><p>C</p><p>IM</p><p>E</p><p>N</p><p>T</p><p>O</p><p>S</p><p>B</p><p>A</p><p>N</p><p>C</p><p>Á</p><p>R</p><p>IO</p><p>S</p><p>CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>Garantias no Sistema Financeiro Nacional:</p><p>Aval. Fiança. Penhor mercantil. Alienação fiduciária. Hipoteca. Fianças bancárias. Fundo Garantidor de</p><p>Créditos (FGC).</p><p>Crime de lavagem de dinheiro: conceito e etapas. Prevenção e combate ao crime de lavagem de</p><p>dinheiro: Lei nº 9.613/1998 e suas alterações, Circular Bacen nº 3.461/2009 e suas alterações e Carta-</p><p>Circular Bacen nº3.542/2012.</p><p>COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras.</p><p>Autorregulação Bancária.</p><p>GARANTIAS NO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL</p><p>A garantia de uma maneira geral representa um bem, um ato ou uma palavra com que se</p><p>assegura o cumprimento de uma obrigação. Em termos mais simples, quando um credor (aquele que</p><p>acredita, crê, confia na promessa de pagamento futuro feita pelo devedor - palavra que</p><p>etimologicamente, vem do latim credere, creditum) concede um crédito (valor em dinheiro ou</p><p>pagamento financiado de um bem, por exemplo), ele precisa se sentie seguro quanto ao recebimento</p><p>deste valor. Assim, caso o devedor não cumpra com sua obrigação de pagar, a existência de uma garantia</p><p>permite que o credor não fique no prejuízo.</p><p>O credor, em princípio, ao conceder crédiro, acredita na promessa de pagamento futuro feita pelo</p><p>devedor. Ao descumprir a obrigação de pagamento é traída essa confiança e inibida a concessão futura</p><p>de crédito. Mas isso não será suficiente para que o credor tenha satisfeito seu direito de receber. Surge</p><p>então a execução da garantia.</p><p>No aspecto jurídico as garantias são de dois tipos: reais ou pessoais, estas últimas chamadas de</p><p>fijejussórias. Elas também dividem-se em espécies, conforme o esquema abaixo:</p><p>ESPÉCIES DE</p><p>GARANTIAS</p><p>Real</p><p>Penhor mercantil</p><p>Alienação fiduciária</p><p>Hipoteca</p><p>Pessoal</p><p>(fidejuissória)</p><p>Aval</p><p>Fiança</p><p>Fiança Bancária</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 2</p><p>GARANTIAS PESSOAIS</p><p>Baseiam-se na confiança, isto é, se o devedor não pagar, uma terceira pessoa (que prestou a garantia</p><p>pessoal) será obrigada a pagar no lugar dele. Podem ser aval ou fiança.</p><p>AVAL</p><p>O aval é a garantia de pagamento formal e solidária firmada por terceiro em um título de crédito, onde os</p><p>intervenientes são: o avalista (aquele que presta o aval), o avalizado (aquele que recebe o aval) e o credor. Para</p><p>tanto, basta que se lance o aval no próprio título ou na folha de alongamento. A simples assinatura no anverso do</p><p>título é suficiente para configurar o aval. Considera-se não escrito o aval cancelado. Tratando-se de garantia</p><p>solidária, implica que o avalista é coobrigado, isto é, é co-devedor principal.</p><p>FIANÇA</p><p>Dá-se a fiança quando uma pessoa se obriga a satisfazer determinada obrigação, caso o respectivo devedor</p><p>não a cumpra. A fiança é um contrato acessório; pode ser gratuito ou oneroso. Os intervenientes são: o devedor</p><p>(afiançado), o fiador (pessoa física ou pessoa jurídica) e o credor. Caso o devedor principal não cumpra a obrigação</p><p>e o fiador venha a ser acionado para responder pela dívida, sem que antes tenha sido acionado aquele, poderá</p><p>alegar o benefício de ordem para que os bens do devedor sejam excutidos em primeiro lugar, salvo se foi estipulada</p><p>solidariedade no contrato de fiança. O fiador tem a prerrogativa de renunciar a este direito. A fiança só pode ser</p><p>concedida pelo cônjuge quando o outro der seu consentimento, o que é chamado de outorga uxória. A falta da</p><p>autorização torna o ato anulável.</p><p>FIANÇA BANCÁRIA</p><p>É um compromisso contratual pelo qual uma instituição financeira garante o cumprimento de obrigações de</p><p>seus clientes. O público alvo são as pessoas físicas e jurídicas. A fiança bancária é uma obrigação por escrito (carta de</p><p>fiança) assumida pelo banco, responsabilizando-se por dívida total ou parcial de cliente que queira assumir uma</p><p>obrigação perante terceiros. Regulamentação do CMN estipula o limite máximo de exposição por cliente a ser</p><p>observado pelas instituições financeiras na prestação de garantia de fiança bancária. A vantagem se trabalhar com</p><p>fiança bancária é que a garantia oferecida pelos bancos goza de grande respeitabilidade no mundo dos negócios. A</p><p>fiança bancária está sujeita a cobrança de tarifas, mas não se sujeita a cobrança de IOF, por tratar-se de um contrato.</p><p>GARANTIAS REAIS</p><p>Vinculam patrimônio ao cumprimento da obrigação assumida pelo devedor. Recaem sobre bens móveis ou</p><p>imóveis do patrimônio do devedor ou de terceiro; se ele não pagar, haverá um processo de execução em que será</p><p>requerida a venda judicial do bem, pagando-se preferencialmente o credor.</p><p>PENHOR</p><p>É um direito real que consiste na tradição de coisa móvel, suscetível de alienação, realizada pelo devedor</p><p>ou por terceiro ao credor, a fim de garantir o pagamento do débito. Tem como sujeitos o devedor pignoratício</p><p>(pode ser tanto o sujeito passivo da obrigação principal como terceiro que ofereça o ônus real) e o credor</p><p>pignoratício (o que empresta o dinheiro).</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 3</p><p>PENHOR MERCANTIL</p><p>É caracterizando-se pela dispensa da tradição da coisa onerada, ou seja, o devedor continua na sua posse,</p><p>equiparando-se ao depositário para todos os efeitos. Visa garantir obrigação comercial.</p><p>Penhor mercantil é a garantia na qual o bem empenhado faz parte integrante do negócio comercial. Pode abranger</p><p>tanto estoques de matérias-primas quanto estoques de produtos acabados. Os estoques objeto de penhor</p><p>mercantil são confiados a fiel depositário, que se torna responsável pela guarda, existência e conservação dos bens</p><p>dados em garantia.</p><p>HIPOTECA</p><p>A hipoteca é um direito real sobre um bem imóvel ou aos que forem a ele equiparados, que tem por objetivo</p><p>assegurar o pagamento de uma dívida. A posse do bem gravado não se transfere ao credor. A hipoteca abrange</p><p>todas as acessões, melhoramentos ou construções no imóvel e deve ser registrada no Cartório de Registro de</p><p>Imóveis.</p><p>Podem ser objeto de hipoteca os imóveis, seus acessórios, as estradas de ferro (linhas, estações,</p><p>locomotivas e vagões), as minas e pedreiras, os navios e os aviões.</p><p>ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA</p><p>Pelo contrato de alienação fiduciária, o devedor transfere ao credor a propriedade de uma coisa móvel ou</p><p>imóvel, até que a dívida daquele seja inteiramente paga. O devedor é chamado fiduciante e o credor denomina-se</p><p>fiduciário. Uma vez completado o pagamento, a propriedade do bem alienado volta ao fiduciante.</p><p>A alienação fiduciária de coisas móveis rege-se pelo Decreto-Lei 911/1969. Até a entrada em vigor do novo</p><p>Código Civil os contratos de empréstimos com garantia de alienação fiduciária de coisa móvel só podiam ser</p><p>pactuados entre instituições financeiras e o financiado, pessoa física ou jurídica. A partir de da entrada em vigor da</p><p>Lei 9.514/97, passou a existir também a alienação fiduciária da coisa imóvel.</p><p>A mora ou o inadimplemento do fiduciante possibilita ao fiduciário requerer em juízo a busca e apreensão</p><p>do bem móvel objeto do contrato, para vendê-lo a terceiros e tornar efetiva a sua garantia. Se o bem móvel não for</p><p>encontrado na posse do fiduciante, a busca e apreensão podem transformar-se em ação de depósito; se ele não</p><p>entregar a coisa, poderá ser considerado depositário infiel.</p><p>A lei faculta a venda da coisa independentemente de leilão, avaliação prévia ou interpelação do devedor. O</p><p>credor deve aplicar o preço da venda no pagamento de seu crédito e das despesas decorrentes, entregando ao</p><p>devedor o saldo apurado, se houver.</p> <p>enquanto o devedor fica apenas com a posse</p><p>indireta, isto é, o devedor alienante é proprietário do bem alienado, podendo fazer uso dele.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 25</p><p>45 (2010 - CESPE - Banco da Amazônia - Técnico Bancário) Em contratos de empréstimos bancários, assim como</p><p>em outras modalidades de contrato, como aluguel de imóvel, entre outros, é normal a exigência de avalista, fiador</p><p>ou fiança bancária. Acerca de garantias financeiras, julgue os itens subsequentes.</p><p>A ausência da assinatura do cônjuge em garantias formalizadas por meio de fiança e(ou) de aval não invalida a</p><p>garantia outorgada, em qualquer regime de bens do casal.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>46 (2010 - CESPE - Banco da Amazônia - Técnico Bancário) Na garantia oferecida para o credor mediante fiança,</p><p>em caso de inadimplência, o credor deve executar simultaneamente o devedor e o fiador, mesmo que o fiador não</p><p>tenha renunciado tacitamente ao benefício da ordem.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>47 (2010 - CESPE - Banco da Amazônia - Técnico Bancário) Quando oferecer garantia ao credor por meio de</p><p>penhor mercantil, o devedor fica como depositário dos bens oferecidos em garantia, sem transferência da posse</p><p>ao credor.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>48 (2010 - CESPE - Banco da Amazônia - Técnico Bancário) Uma fiança bancária é normalmente aprovada pela</p><p>área de crédito do banco, que pode exigir garantias do cliente e definir um custo para a operação, sem restrições</p><p>para o prazo de vencimento, que pode ser desde o prazo do vencimento da obrigação para a qual a fiança se</p><p>destina até prazo indeterminado.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>49 (2010 - CESPE - Banco da Amazônia - Técnico Bancário) Fiança bancária é um contrato firmado por um banco</p><p>e seu clien e, no qual o banco assegura o pagamento de uma obrigação de seu cliente junto a um credor.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>50 (2010 - CESPE - Banco da Amazônia - Técnico Bancário) O valor total de fianças em vigor por instituição</p><p>financeira não pode, em momento algum, exceder 5% do valor do patrimônio líquido da instituição financeira.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>51 (2010 - CESPE - Banco da Amazônia - Técnico Bancário) No caso de empréstimos bancários, também podem</p><p>ser solicitadas garantias por meio de penhor ou hipoteca. Em outros financiamentos, como automóveis e imóveis,</p><p>a garantia pode ser alienação fiduciária de coisa móvel ou coisa imóvel e(ou) hipoteca. Com relação a esse assunto,</p><p>julgue os itens a seguir.</p><p>Um bem imóvel pode ser hipotecado a vários credores simultaneamente. Na situação em que um imóvel que seja</p><p>oferecido em garantia para dois credores e o valor obtido pela sua venda não seja suficiente para liquidar a dívida</p><p>da hipoteca de segundo grau, o credor da segunda passará para a condição de quirografário.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>52 (2010 - CESPE - Banco da Amazônia - Técnico Bancário) O credor da hipoteca de segundo grau, em caso de</p><p>venda judicial do imóvel hipotecado, tem direito, no mínimo, a 50% do valor obtido pela venda do imóvel.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>53 (2010 - CESPE - Banco da Amazônia - Técnico Bancário) Na alienação fiduciária de um bem móvel</p><p>perfeitamente identificável, o devedor alienante não é proprietário do bem alienado, embora tenha a sua posse</p><p>diretamente. Ele torna-se titular pleno do domínio do bem somente após a liquidação do financiamento no qual o</p><p>bem tenha sido oferecido como garantia.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 26</p><p>54 (2010 - CESPE - Banco da Amazônia - Técnico Bancário) Se uma empresa de construção civil, proprietária de</p><p>um prédio, vender para um adquirente um apartamento financiado diretamente pelo construtor, mediante</p><p>assinatura de um contrato de alienação fiduciária de bem imóvel, então, no registro imobiliário, o credor constará</p><p>como proprietário fiduciário e o devedor, como proprietário fiduciante. Nesse caso, o fiduciante terá a posse direta</p><p>e o fiduciário será o possuidor indireto da coisa imóvel.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>55 (2010 - CESPE - Banco da Amazônia - Técnico Bancário) Clientes superavitários em termos financeiros são</p><p>aqueles que consomem menos que a renda e, em decorrência, realizam aplicações nos bancos. Com relação a esse</p><p>tema, julgue os itens seguintes.</p><p>Ao aplicar em um fundo de investimentos, assim como em um CDB, o cliente tem seus recursos garantidos pelo</p><p>Fundo Garantidor de Créditos (FGC).</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>56 (2010 - CESPE - Banco da Amazônia - Técnico Bancário) As letras de crédito imobiliário são lastreadas por</p><p>créditos imobiliários garantidos por hipoteca ou por alienação fiduciária de coisa imóvel.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>57 (2009 - CESPE - Banco do Brasil – Escriturário) Julgue os próximos itens, a respeito do Fundo Garantidor de</p><p>Crédito (FGC), que, entre outros objetivos, visa prestar garantia aos titulares de créditos com as instituições</p><p>associadas nas hipóteses de decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição.</p><p>Os objetos de garantia do FGC incluem: os depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; os depósitos em</p><p>contascorrentes de depósito para investimento; os depósitos de poupança; os depósitos a prazo, com ou sem a</p><p>emissão de certificado; e as letras de câmbio.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>58 (2009 - CESPE - Banco do Brasil – Escriturário) A contribuição ordinária das instituições associadas ao FGC é</p><p>anual e incide sobre o montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>59 (2007 - CESPE - Banco do Brasil – Escriturário) Garantia é, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa,</p><p>ato ou efeito de garantir (-se); ato ou palavra com que se assegura o cumprimento de obrigação, compromisso,</p><p>promessa etc. (...). Acerca das garantias do Sistema Financeiro Nacional, julgue os itens seguintes.</p><p>O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é um fundo criado e mantido pelo governo, com a finalidade de funcionar</p><p>como uma espécie de seguro bancário para os investidores.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>60 (2007 - CESPE - Banco do Brasil – Escriturário) A fiança, o aval e a alienação fiduciária são garantias</p><p>fidejussórias.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>GABARITO</p><p>1 - E 2 - C 3 - E 4 - C 5 - C 6 - D 7 - E 8 - C 9 - D 10 - B</p><p>11 - E 12 - C 13 - D 14 - B 15 - E 16 - D 17 - C 18 - C 19 - E 20 - D</p><p>21 - A 22 - E 23 - A 24 - D 25 - E 26 - C 27 - B 28 - C 29 - A 30 - E</p><p>31 - C 32 - C 33 - C 34 - C 35 - C 36 - B 37 - E 38 - D 39 - E 40 - C</p><p>41 - C 42 - E 43 - E 44 - E 45 - E 46 - E 47 - C 48 - E 49 - C 50 - E</p><p>51 - C 52 - E 53 - C 54 - C 55 - E 56 - C 57 - C 58 - E 59 - E 60 -E</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 27</p><p>CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO</p><p>CONCEITO E ETAPAS.</p><p>A expressão lavagem teve origem na América do Norte, na década de 20, quando a máfia criou</p><p>várias lavanderias, utilizando-se desse comércio formalmente legalizado para ocultar a origem criminosa</p><p>de todo o dinheiro por ela auferido ilicitamente, dando-lhe aparência de lícito. Em alguns países, como</p><p>Portugal, França e Espanha, o delito de lavagem de dinheiro é denominado Branqueamento de Capitais.</p><p>No Brasil o legislador justificou a adoção da nomenclatura Lavagem de Dinheiro no fato de tal expressão</p><p>já estar consagrada na linguagem popular.</p><p>A lavagem de dinheiro consiste na atividade revestida de objeto lícito, que tem por finalidade a</p><p>transformação de recursos financeiros obtidos de forma ilícita em lícitos, operada por meio das fases da</p><p>Introdução (placement), dissimulação (layering), integração (integration), para que seja ocultada aquela</p><p>origem ilícita.</p><p>A introdução (placement) consiste na separação física entre o agente e o produto auferido pelo</p><p>crime, dificultando a identificação da procedência delituosa do dinheiro. O dinheiro</p> <p>ilícito é introduzido</p><p>no mercado formal para a sua conversão em ativos lícitos, normalmente por meio do fracionamento dos</p><p>valores; utilização dos valores ilícitos em estabelecimentos que trabalham com dinheiro em espécie;</p><p>aplicações financeiras; troca de notas de menor valor por de maior valor para reduzir o montante físico</p><p>de papel-moeda; conversão do valor ilícito em moeda estrangeira; remessa dos valores ilícitos para o</p><p>exterior, para paraísos fiscais; aquisição de bens, móveis ou imóveis com valores superfaturados;</p><p>aquisição de bens inexistentes etc.</p><p>A dissimulação (layering) é a lavagem propriamente dita. Nessa fase pretende-se construir uma</p><p>nova origem lícita, legítima do dinheiro, por meio da prática de condutas que buscam impedir a</p><p>descoberta da procedência ilícita dos valores, espalhando-os em diversas operações e transações</p><p>financeiras de diversas empresas e instituições financeiras nacionais e estrangeiras.</p><p>Por fim, na integração (integration), agora, com a aparência de lícitos, os valores são formalmente</p><p>incorporados ao sistema econômico, por meio da criação, aquisição ou do investimento em negócios</p><p>lícitos, ou compra de bens. Utilizam-se instituições financeiras que movimentam grande volume de</p><p>dinheiro.</p><p>Os bens jurídicos tutelados pela lei são a ordem econômica, ordem tributária, sistema financeiro</p><p>nacional, administração da justiça, paz pública e toda a ordem socioeconômica em geral.</p><p>O delito de lavagem de dinheiro é crime acessório, que depende da prática de uma infração penal</p><p>antecedente, podendo tal infração penal consistir em crime ou em contravenção penal. Essa natureza</p><p>acessória está descrita no art. 1º e no art. 2º, §1º da lei.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 28</p><p>PREVENÇÃO E COMBATE AO CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO: LEI Nº</p><p>9.613/1998 E SUAS ALTERAÇÕES.</p><p>CAPÍTULO I</p><p>Dos Crimes de "Lavagem" ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores</p><p>Art. 1o Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens,</p><p>direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.</p><p>I - (revogado);</p><p>II - (revogado);</p><p>III - (revogado);</p><p>IV - (revogado);</p><p>V - (revogado);</p><p>VI - (revogado);</p><p>VII - (revogado);</p><p>VIII - (revogado).</p><p>Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa.</p><p>§ 1o Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores</p><p>provenientes de infração penal:</p><p>I - os converte em ativos lícitos;</p><p>II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere;</p><p>III - importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros.</p><p>§ 2o Incorre, ainda, na mesma pena quem:</p><p>I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores provenientes de infração penal;</p><p>II - participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade principal ou secundária</p><p>é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei.</p><p>§ 3º A tentativa é punida nos termos do parágrafo único do art. 14 do Código Penal3.</p><p>§ 4o A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos nesta Lei forem cometidos de forma</p><p>reiterada ou por intermédio de organização criminosa.</p><p>§ 5o A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime aberto ou semiaberto,</p><p>facultando-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena restritiva de direitos, se o</p><p>autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que</p><p>3 Art. 14 - Diz-se o crime:</p><p>Crime consumado</p><p>I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;</p><p>Tentativa</p><p>II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.</p><p>Pena de tentativa</p><p>Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois</p><p>terços.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 29</p><p>conduzam à apuração das infrações penais, à identificação dos autores, coautores e partícipes, ou à localização</p><p>dos bens, direitos ou valores objeto do crime.</p><p>CAPÍTULO II</p><p>Disposições Processuais Especiais</p><p>Art. 2º O processo e julgamento dos crimes previstos nesta Lei:</p><p>I – obedecem às disposições relativas ao procedimento comum dos crimes punidos com reclusão, da competência</p><p>do juiz singular;</p><p>II - independem do processo e julgamento das infrações penais antecedentes, ainda que praticados em outro país,</p><p>cabendo ao juiz competente para os crimes previstos nesta Lei a decisão sobre a unidade de processo e</p><p>julgamento;</p><p>III - são da competência da Justiça Federal:</p><p>a) quando praticados contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira, ou em detrimento de bens,</p><p>serviços ou interesses da União, ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas;</p><p>b) quando a infração penal antecedente for de competência da Justiça Federal.</p><p>§ 1o A denúncia será instruída com indícios suficientes da existência da infração penal antecedente, sendo puníveis</p><p>os fatos previstos nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor, ou extinta a punibilidade da infração</p><p>penal antecedente.</p><p>§ 2o No processo por crime previsto nesta Lei, não se aplica o disposto no art. 366 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de</p><p>outubro de 1941 (Código de Processo Penal), devendo o acusado que não comparecer nem constituir advogado</p><p>ser citado por edital, prosseguindo o feito até o julgamento, com a nomeação de defensor dativo.</p><p>Art. 3º (Revogado pela Lei nº 12.683, de 2012)</p><p>Art. 4o O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação do delegado de polícia,</p><p>ouvido o Ministério Público em 24 (vinte e quatro) horas, havendo indícios suficientes de infração penal, poderá</p><p>decretar medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores do investigado ou acusado, ou existentes em nome</p><p>de interpostas pessoas, que sejam instrumento, produto ou proveito dos crimes previstos nesta Lei ou das</p><p>infrações penais antecedentes.</p><p>§ 1o Proceder-se-á à alienação antecipada para preservação do valor dos bens sempre que estiverem sujeitos a</p><p>qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou quando houver dificuldade para sua manutenção.</p><p>§ 2o O juiz determinará a liberação total ou parcial dos bens, direitos e valores quando comprovada a licitude de</p><p>sua origem, mantendo-se a constrição dos bens, direitos e valores necessários e suficientes à reparação dos danos</p><p>e ao pagamento de prestações pecuniárias, multas e custas decorrentes da infração penal.</p><p>§ 3o Nenhum pedido de liberação será conhecido sem o comparecimento pessoal do acusado ou de interposta</p><p>pessoa a que se refere o caput deste artigo, podendo o juiz determinar a prática de atos necessários à conservação</p><p>de bens, direitos ou valores, sem prejuízo do disposto no § 1o.</p><p>§ 4o Poderão ser decretadas medidas assecuratórias sobre bens, direitos ou valores para reparação do dano</p><p>decorrente da infração penal antecedente ou da prevista nesta Lei ou para pagamento de prestação pecuniária,</p><p>multa e custas.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art366</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art366</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12683.htm#art4</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 30</p><p>Art. 4o-A. A alienação antecipada para preservação de valor de bens sob constrição será decretada pelo juiz, de</p><p>ofício, a requerimento do Ministério Público ou por solicitação da parte interessada, mediante petição autônoma,</p> <p>que será autuada em apartado e cujos autos terão tramitação em separado em relação ao processo principal.</p><p>§ 1o O requerimento de alienação deverá conter a relação de todos os demais bens, com a descrição e a</p><p>especificação de cada um deles, e informações sobre quem os detém e local onde se encontram.</p><p>§ 2o O juiz determinará a avaliação dos bens, nos autos apartados, e intimará o Ministério Público.</p><p>§ 3o Feita a avaliação e dirimidas eventuais divergências sobre o respectivo laudo, o juiz, por sentença, homologará</p><p>o valor atribuído aos bens e determinará sejam alienados em leilão ou pregão, preferencialmente eletrônico, por</p><p>valor não inferior a 75% (setenta e cinco por cento) da avaliação.</p><p>§ 4o Realizado o leilão, a quantia apurada será depositada em conta judicial remunerada, adotando-se a seguinte</p><p>disciplina:</p><p>I - nos processos de competência da Justiça Federal e da Justiça do Distrito Federal:</p><p>a) os depósitos serão efetuados na Caixa Econômica Federal ou em instituição financeira pública, mediante</p><p>documento adequado para essa finalidade;</p><p>b) os depósitos serão repassados pela Caixa Econômica Federal ou por outra instituição financeira pública para a</p><p>Conta Única do Tesouro Nacional, independentemente de qualquer formalidade, no prazo de 24 (vinte e quatro)</p><p>horas; e</p><p>c) os valores devolvidos pela Caixa Econômica Federal ou por instituição financeira pública serão debitados à Conta</p><p>Única do Tesouro Nacional, em subconta de restituição;</p><p>II - nos processos de competência da Justiça dos Estados:</p><p>a) os depósitos serão efetuados em instituição financeira designada em lei, preferencialmente pública, de cada</p><p>Estado ou, na sua ausência, em instituição financeira pública da União;</p><p>b) os depósitos serão repassados para a conta única de cada Estado, na forma da respectiva legislação.</p><p>§ 5o Mediante ordem da autoridade judicial, o valor do depósito, após o trânsito em julgado da sentença proferida</p><p>na ação penal, será:</p><p>I - em caso de sentença condenatória, nos processos de competência da Justiça Federal e da Justiça do Distrito</p><p>Federal, incorporado definitivamente ao patrimônio da União, e, nos processos de competência da Justiça Estadual,</p><p>incorporado ao patrimônio do Estado respectivo;</p><p>II - em caso de sentença absolutória extintiva de punibilidade, colocado à disposição do réu pela instituição</p><p>financeira, acrescido da remuneração da conta judicial.</p><p>§ 6o A instituição financeira depositária manterá controle dos valores depositados ou devolvidos.</p><p>§ 7o Serão deduzidos da quantia apurada no leilão todos os tributos e multas incidentes sobre o bem alienado,</p><p>sem prejuízo de iniciativas que, no âmbito da competência de cada ente da Federação, venham a desonerar bens</p><p>sob constrição judicial daqueles ônus.</p><p>§ 8o Feito o depósito a que se refere o § 4o deste artigo, os autos da alienação serão apensados aos do processo</p><p>principal.</p><p>§ 9o Terão apenas efeito devolutivo os recursos interpostos contra as decisões proferidas no curso do</p><p>procedimento previsto neste artigo.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 31</p><p>§ 10. Sobrevindo o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, o juiz decretará, em favor, conforme o</p><p>caso, da União ou do Estado:</p><p>I - a perda dos valores depositados na conta remunerada e da fiança;</p><p>II - a perda dos bens não alienados antecipadamente e daqueles aos quais não foi dada destinação prévia; e</p><p>III - a perda dos bens não reclamados no prazo de 90 (noventa) dias após o trânsito em julgado da sentença</p><p>condenatória, ressalvado o direito de lesado ou terceiro de boa-fé.</p><p>§ 11. Os bens a que se referem os incisos II e III do § 10 deste artigo serão adjudicados ou levados a leilão,</p><p>depositando-se o saldo na conta única do respectivo ente.</p><p>§ 12. O juiz determinará ao registro público competente que emita documento de habilitação à circulação e</p><p>utilização dos bens colocados sob o uso e custódia das entidades a que se refere o caput deste artigo.</p><p>§ 13. Os recursos decorrentes da alienação antecipada de bens, direitos e valores oriundos do crime de tráfico</p><p>ilícito de drogas e que tenham sido objeto de dissimulação e ocultação nos termos desta Lei permanecem</p><p>submetidos à disciplina definida em lei específica.</p><p>Art. 4o-B. A ordem de prisão de pessoas ou as medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores poderão ser</p><p>suspensas pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a sua execução imediata puder comprometer as</p><p>investigações.</p><p>Art. 5o Quando as circunstâncias o aconselharem, o juiz, ouvido o Ministério Público, nomeará pessoa física ou</p><p>jurídica qualificada para a administração dos bens, direitos ou valores sujeitos a medidas assecuratórias, mediante</p><p>termo de compromisso.</p><p>Art. 6o A pessoa responsável pela administração dos bens:</p><p>I - fará jus a uma remuneração, fixada pelo juiz, que será satisfeita com o produto dos bens objeto da administração;</p><p>II - prestará, por determinação judicial, informações periódicas da situação dos bens sob sua administração, bem</p><p>como explicações e detalhamentos sobre investimentos e reinvestimentos realizados.</p><p>Parágrafo único. Os atos relativos à administração dos bens sujeitos a medidas assecuratórias serão levados ao</p><p>conhecimento do Ministério Público, que requererá o que entender cabível.</p><p>CAPÍTULO III</p><p>Dos Efeitos da Condenação</p><p>Art. 7º São efeitos da condenação, além dos previstos no Código Penal:</p><p>I - a perda, em favor da União - e dos Estados, nos casos de competência da Justiça Estadual -, de todos os bens,</p><p>direitos e valores relacionados, direta ou indiretamente, à prática dos crimes previstos nesta Lei, inclusive aqueles</p><p>utilizados para prestar a fiança, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé;</p><p>II - a interdição do exercício de cargo ou função pública de qualquer natureza e de diretor, de membro de conselho</p><p>de administração ou de gerência das pessoas jurídicas referidas no art. 9º, pelo dobro do tempo da pena privativa</p><p>de liberdade aplicada.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 32</p><p>§ 1o A União e os Estados, no âmbito de suas competências, regulamentarão a forma de destinação dos bens,</p><p>direitos e valores cuja perda houver sido declarada, assegurada, quanto aos processos de competência da Justiça</p><p>Federal, a sua utilização pelos órgãos federais encarregados da prevenção, do combate, da ação penal e do</p><p>julgamento dos crimes previstos nesta Lei, e, quanto aos processos de competência da Justiça Estadual, a</p><p>preferência dos órgãos locais com idêntica função.</p><p>§ 2o Os instrumentos do crime sem valor econômico cuja perda em favor da União ou do Estado for decretada</p><p>serão inutilizados ou doados a museu criminal ou a entidade pública, se houver interesse na sua conservação.</p><p>CAPÍTULO IV</p><p>Dos Bens, Direitos ou Valores Oriundos de Crimes Praticados no Estrangeiro</p><p>Art. 8o O juiz determinará, na hipótese de existência de tratado ou convenção internacional e por solicitação de</p><p>autoridade estrangeira competente, medidas assecuratórias sobre bens, direitos ou valores oriundos de crimes</p><p>descritos no art. 1o praticados no estrangeiro.</p><p>§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo, independentemente de tratado ou convenção internacional, quando o</p><p>governo do país da autoridade solicitante prometer reciprocidade ao Brasil.</p><p>§ 2o Na falta de tratado ou convenção, os bens, direitos ou valores privados sujeitos a medidas assecuratórias por</p><p>solicitação de autoridade estrangeira competente ou os recursos provenientes da sua alienação serão repartidos</p><p>entre o Estado requerente e o Brasil, na proporção de metade, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de</p><p>boa-fé.</p><p>CAPÍTULO V</p><p>DAS PESSOAS SUJEITAS AO MECANISMO DE CONTROLE</p><p>Art. 9o Sujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 e 11 as pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter</p><p>permanente ou eventual,</p> <p>como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não:</p><p>I - a captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira;</p><p>II – a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ativo financeiro ou instrumento cambial;</p><p>III - a custódia, emissão, distribuição, liqüidação, negociação, intermediação ou administração de títulos ou valores</p><p>mobiliários.</p><p>Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações:</p><p>I – as bolsas de valores, as bolsas de mercadorias ou futuros e os sistemas de negociação do mercado de balcão</p><p>organizado;</p><p>II - as seguradoras, as corretoras de seguros e as entidades de previdência complementar ou de capitalização;</p><p>III - as administradoras de cartões de credenciamento ou cartões de crédito, bem como as administradoras de</p><p>consórcios para aquisição de bens ou serviços;</p><p>IV - as administradoras ou empresas que se utilizem de cartão ou qualquer outro meio eletrônico, magnético ou</p><p>equivalente, que permita a transferência de fundos;</p><p>V - as empresas de arrendamento mercantil (leasing) e as de fomento comercial (factoring);</p><p>VI - as sociedades que efetuem distribuição de dinheiro ou quaisquer bens móveis, imóveis, mercadorias, serviços,</p><p>ou, ainda, concedam descontos na sua aquisição, mediante sorteio ou método assemelhado;</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 33</p><p>VII - as filiais ou representações de entes estrangeiros que exerçam no Brasil qualquer das atividades listadas neste</p><p>artigo, ainda que de forma eventual;</p><p>VIII - as demais entidades cujo funcionamento dependa de autorização de órgão regulador dos mercados</p><p>financeiro, de câmbio, de capitais e de seguros;</p><p>IX - as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que operem no Brasil como agentes, dirigentes,</p><p>procuradoras, comissionárias ou por qualquer forma representem interesses de ente estrangeiro que exerça</p><p>qualquer das atividades referidas neste artigo;</p><p>X - as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis;</p><p>XI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias, pedras e metais preciosos, objetos de arte e</p><p>antigüidades.</p><p>XII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou de alto valor, intermedeiem a sua</p><p>comercialização ou exerçam atividades que envolvam grande volume de recursos em espécie;</p><p>XIII - as juntas comerciais e os registros públicos;</p><p>XIV - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria,</p><p>contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, em operações:</p><p>a) de compra e venda de imóveis, estabelecimentos comerciais ou industriais ou participações societárias de</p><p>qualquer natureza;</p><p>b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos;</p><p>c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança, investimento ou de valores mobiliários;</p><p>d) de criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer natureza, fundações, fundos fiduciários ou</p><p>estruturas análogas;</p><p>e) financeiras, societárias ou imobiliárias; e</p><p>f) de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos relacionados a atividades desportivas ou artísticas</p><p>profissionais;</p><p>XV - pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promoção, intermediação, comercialização, agenciamento ou</p><p>negociação de direitos de transferência de atletas, artistas ou feiras, exposições ou eventos similares;</p><p>XVI - as empresas de transporte e guarda de valores;</p><p>XVII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de alto valor de origem rural ou animal ou</p><p>intermedeiem a sua comercialização; e</p><p>XVIII - as dependências no exterior das entidades mencionadas neste artigo, por meio de sua matriz no Brasil,</p><p>relativamente a residentes no País.</p><p>CAPÍTULO VI</p><p>Da Identificação dos Clientes e Manutenção de Registros</p><p>Art. 10. As pessoas referidas no art. 9º:</p><p>I - identificarão seus clientes e manterão cadastro atualizado, nos termos de instruções emanadas das autoridades</p><p>competentes;</p><p>II - manterão registro de toda transação em moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de</p><p>crédito, metais, ou qualquer ativo passível de ser convertido em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela</p><p>autoridade competente e nos termos de instruções por esta expedidas;</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 34</p><p>III - deverão adotar políticas, procedimentos e controles internos, compatíveis com seu porte e volume de</p><p>operações, que lhes permitam atender ao disposto neste artigo e no art. 11, na forma disciplinada pelos órgãos</p><p>competentes;</p><p>IV - deverão cadastrar-se e manter seu cadastro atualizado no órgão regulador ou fiscalizador e, na falta deste, no</p><p>Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), na forma e condições por eles estabelecidas;</p><p>V - deverão atender às requisições formuladas pelo Coaf na periodicidade, forma e condições por ele</p><p>estabelecidas, cabendo-lhe preservar, nos termos da lei, o sigilo das informações prestadas.</p><p>§ 1º Na hipótese de o cliente constituir-se em pessoa jurídica, a identificação referida no inciso I deste artigo deverá</p><p>abranger as pessoas físicas autorizadas a representá-la, bem como seus proprietários.</p><p>§ 2º Os cadastros e registros referidos nos incisos I e II deste artigo deverão ser conservados durante o período</p><p>mínimo de cinco anos a partir do encerramento da conta ou da conclusão da transação, prazo este que poderá ser</p><p>ampliado pela autoridade competente.</p><p>§ 3º O registro referido no inciso II deste artigo será efetuado também quando a pessoa física ou jurídica, seus entes</p><p>ligados, houver realizado, em um mesmo mês-calendário, operações com uma mesma pessoa, conglomerado ou</p><p>grupo que, em seu conjunto, ultrapassem o limite fixado pela autoridade competente.</p><p>Art. 10A. O Banco Central manterá registro centralizado formando o cadastro geral de correntistas e clientes de</p><p>instituições financeiras, bem como de seus procuradores. (Incluído pela Lei nº 10.701, de 2003)</p><p>CAPÍTULO VII</p><p>Da Comunicação de Operações Financeiras</p><p>Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º:</p><p>I - dispensarão especial atenção às operações que, nos termos de instruções emanadas das autoridades</p><p>competentes, possam constituir-se em sérios indícios dos crimes previstos nesta Lei, ou com eles relacionar-se;</p><p>II - deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de dar ciência de tal ato a qualquer pessoa, inclusive àquela à qual se</p><p>refira a informação, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a proposta ou realização:</p><p>a) de todas as transações referidas no inciso II do art. 10, acompanhadas da identificação de que trata o inciso I</p><p>do mencionado artigo; e</p><p>b) das operações referidas no inciso I;</p><p>III - deverão comunicar ao órgão regulador ou fiscalizador da sua atividade ou, na sua falta, ao Coaf, na</p><p>periodicidade, forma e condições por eles estabelecidas, a não ocorrência de propostas, transações ou operações</p><p>passíveis de serem comunicadas nos termos do inciso II.</p><p>§ 1º As autoridades competentes, nas instruções referidas no inciso I deste artigo, elaborarão relação de operações</p><p>que, por suas características, no que se refere às partes envolvidas, valores, forma de realização, instrumentos</p><p>utilizados, ou pela falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar a hipótese nele prevista.</p><p>§ 2º As comunicações de boa-fé, feitas na forma prevista neste artigo, não acarretarão responsabilidade civil ou</p><p>administrativa.</p><p>§ 3o O Coaf disponibilizará as comunicações recebidas com base no inciso II do caput aos respectivos órgãos</p><p>responsáveis pela regulação ou fiscalização das pessoas a que se refere o art. 9o.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.701.htm#art3art10a</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 35</p><p>Art. 11-A. As transferências internacionais e os saques em espécie</p> <p>deverão ser previamente comunicados à</p><p>instituição financeira, nos termos, limites, prazos e condições fixados pelo Banco Central do Brasil.</p><p>CAPÍTULO VIII</p><p>Da Responsabilidade Administrativa</p><p>Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem como aos administradores das pessoas jurídicas, que deixem de</p><p>cumprir as obrigações previstas nos arts. 10 e 11 serão aplicadas, cumulativamente ou não, pelas autoridades</p><p>competentes, as seguintes sanções:</p><p>I - advertência;</p><p>II - multa pecuniária variável não superior:</p><p>a) ao dobro do valor da operação;</p><p>b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação; ou</p><p>c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);</p><p>III - inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o exercício do cargo de administrador das pessoas</p><p>jurídicas referidas no art. 9º;</p><p>IV - cassação ou suspensão da autorização para o exercício de atividade, operação ou funcionamento.</p><p>§ 1º A pena de advertência será aplicada por irregularidade no cumprimento das instruções referidas nos incisos I</p><p>e II do art. 10.</p><p>§ 2o A multa será aplicada sempre que as pessoas referidas no art. 9o, por culpa ou dolo:</p><p>I – deixarem de sanar as irregularidades objeto de advertência, no prazo assinalado pela autoridade competente;</p><p>II - não cumprirem o disposto nos incisos I a IV do art. 10;</p><p>III - deixarem de atender, no prazo estabelecido, a requisição formulada nos termos do inciso V do art. 10;</p><p>IV - descumprirem a vedação ou deixarem de fazer a comunicação a que se refere o art. 11.</p><p>§ 3º A inabilitação temporária será aplicada quando forem verificadas infrações graves quanto ao cumprimento das</p><p>obrigações constantes desta Lei ou quando ocorrer reincidência específica, devidamente caracterizada em</p><p>transgressões anteriormente punidas com multa.</p><p>§ 4º A cassação da autorização será aplicada nos casos de reincidência específica de infrações anteriormente</p><p>punidas com a pena prevista no inciso III do caput deste artigo.</p><p>Art. 13. O procedimento para a aplicação das sanções previstas neste Capítulo será regulado por decreto,</p><p>assegurados o contraditório e a ampla defesa.</p><p>CAPÍTULO IX</p><p>Do Conselho de Controle de Atividades Financeiras</p><p>Art. 14. É criado, no âmbito do Ministério da Fazenda, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF,</p><p>com a finalidade de disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências</p><p>suspeitas de atividades ilícitas previstas nesta Lei, sem prejuízo da competência de outros órgãos e entidades.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 36</p><p>§ 1º As instruções referidas no art. 10 destinadas às pessoas mencionadas no art. 9º, para as quais não exista órgão</p><p>próprio fiscalizador ou regulador, serão expedidas pelo COAF, competindo-lhe, para esses casos, a definição das</p><p>pessoas abrangidas e a aplicação das sanções enumeradas no art. 12.</p><p>§ 2º O COAF deverá, ainda, coordenar e propor mecanismos de cooperação e de troca de informações que</p><p>viabilizem ações rápidas e eficientes no combate à ocultação ou dissimulação de bens, direitos e valores.</p><p>§ 3o O COAF poderá requerer aos órgãos da Administração Pública as informações cadastrais bancárias e</p><p>financeiras de pessoas envolvidas em atividades suspeitas.</p><p>Art. 15. O COAF comunicará às autoridades competentes para a instauração dos procedimentos cabíveis, quando</p><p>concluir pela existência de crimes previstos nesta Lei, de fundados indícios de sua prática, ou de qualquer outro</p><p>ilícito.</p><p>Art. 16. O Coaf será composto por servidores públicos de reputação ilibada e reconhecida competência,</p><p>designados em ato do Ministro de Estado da Fazenda, dentre os integrantes do quadro de pessoal efetivo do</p><p>Banco Central do Brasil, da Comissão de Valores Mobiliários, da Superintendência de Seguros Privados, da</p><p>Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, da Secretaria da Receita Federal do Brasil, da Agência Brasileira de</p><p>Inteligência, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Justiça, do Departamento de Polícia Federal,</p><p>do Ministério da Previdência Social e da Controladoria-Geral da União, atendendo à indicação dos respectivos</p><p>Ministros de Estado.</p><p>§ 1º O Presidente do Conselho será nomeado pelo Presidente da República, por indicação do Ministro de Estado da</p><p>Fazenda.</p><p>§ 2o Caberá recurso das decisões do Coaf relativas às aplicações de penas administrativas ao Conselho de Recursos</p><p>do Sistema Financeiro Nacional.</p><p>Art. 17. O COAF terá organização e funcionamento definidos em estatuto aprovado por decreto do Poder Executivo.</p><p>CAPÍTULO X</p><p>DISPOSIÇÕES GERAIS</p><p>Art. 17-A. Aplicam-se, subsidiariamente, as disposições do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código</p><p>de Processo Penal), no que não forem incompatíveis com esta Lei.</p><p>Art. 17-B. A autoridade policial e o Ministério Público terão acesso, exclusivamente, aos dados cadastrais do</p><p>investigado que informam qualificação pessoal, filiação e endereço, independentemente de autorização judicial,</p><p>mantidos pela Justiça Eleitoral, pelas empresas telefônicas, pelas instituições financeiras, pelos provedores de</p><p>internet e pelas administradoras de cartão de crédito.</p><p>Art. 17-C. Os encaminhamentos das instituições financeiras e tributárias em resposta às ordens judiciais de</p><p>quebra ou transferência de sigilo deverão ser, sempre que determinado, em meio informático, e apresentados</p><p>em arquivos que possibilitem a migração de informações para os autos do processo sem redigitação.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 37</p><p>Art. 17-D. Em caso de indiciamento de servidor público, este será afastado, sem prejuízo de remuneração e</p><p>demais direitos previstos em lei, até que o juiz competente autorize, em decisão fundamentada, o seu retorno.</p><p>Art. 17-E. A Secretaria da Receita Federal do Brasil conservará os dados fiscais dos contribuintes pelo prazo</p><p>mínimo de 5 (cinco) anos, contado a partir do início do exercício seguinte ao da declaração de renda respectiva ou</p><p>ao do pagamento do tributo.</p><p>Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.</p><p>QUESTÕES DE CONCURSOS</p><p>01 (2018 - AOCP - SUSIPE-PA - Agente) De acordo com o que dispõe a Lei nº 9.613/1998, a multa pecuniária aplicável</p><p>às pessoas referidas no seu art. 9º, bem como aos administradores das pessoas jurídicas, que deixem de cumprir</p><p>as obrigações previstas nos arts. 10 e 11 da mesma Lei, não poderá ser superior</p><p>a) ao valor da operação.</p><p>b) ao lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação.</p><p>c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais).</p><p>d) ao triplo do valor da operação.</p><p>e) a cinco vezes o valor do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação.</p><p>02 (2018 - AOCP - SUSIPE-PA - Agente) Segundo a Lei nº 9.613/1998, havendo indícios do cometimento de infração</p><p>penal, poderão ser decretadas medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores do investigado ou acusado.</p><p>Nesse sentido, a alienação antecipada para preservação de valor de bens sob constrição será decretada pelo juiz,</p><p>de ofício, a requerimento do Ministério Público ou por solicitação da parte interessada, mediante petição</p><p>autônoma, que será autuada em apartado e cujos autos terão tramitação em separado em relação ao processo</p><p>principal. Assinale a alternativa correta acerca da referida alienação antecipada.</p><p>a) O requerimento de alienação deverá conter a relação dos bens que se pretende assegurar, com a descrição breve</p><p>de cada um deles, resguardando-se as informações sobre quem os detém e lacração do local onde se encontram.</p><p>b) O juiz determinará a avaliação dos bens, nos autos principais, e intimará o Ministério Público e os advogados de</p><p>defesa</p> <p>do investigado ou acusado.</p><p>c) Feita a avaliação e dirimidas eventuais divergências sobre o respectivo laudo, o juiz, por despacho, homologará</p><p>o valor atribuído aos bens e determinará que sejam alienados em leilão ou pregão, preferencialmente presencial,</p><p>por valor não inferior a 60% (sessenta por cento) da avaliação.</p><p>d) Feita a avaliação e dirimidas eventuais divergências sobre o respectivo laudo, o juiz, por sentença, homologará o</p><p>valor atribuído aos bens e determinará que sejam alienados, obrigatoriamente em pregão eletrônico, por valor não</p><p>inferior a 70% (setenta por cento) da avaliação.</p><p>e) Proceder-se-á à alienação antecipada para preservação do valor dos bens sempre que estiverem sujeitos a</p><p>qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou quando houver dificuldade para sua manutenção.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 38</p><p>03 (2018 - AOCP - SUSIPE-PA - Agente) A respeito do Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, de</p><p>acordo com as disposições contidas na Lei nº 9.613/1998, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a</p><p>seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.</p><p>( ) O COAF deverá coordenar e propor mecanismos de cooperação e de troca de informações que viabilizem ações</p><p>rápidas e eficientes no combate à ocultação ou dissimulação de bens, direitos e valores.</p><p>( ) O Presidente do Conselho será nomeado pelo Ministro de Estado da Fazenda.</p><p>( ) O COAF terá organização e funcionamento definidos em estatuto aprovado por Decreto Legislativo.</p><p>( ) O COAF será composto por servidores públicos de reputação ilibada e reconhecida competência, designados em</p><p>ato do Ministro de Estado da Fazenda, dentre os integrantes do quadro de pessoal efetivo do Banco Central do</p><p>Brasil, da Comissão de Valores Mobiliários, da Superintendência de Seguros Privados, da ProcuradoriaGeral da</p><p>Fazenda Nacional, da Secretaria da Receita Federal do Brasil, da Agência Brasileira de Inteligência, do Ministério das</p><p>Relações Exteriores, do Ministério da Justiça, do Departamento de Polícia Federal, do Ministério da Previdência</p><p>Social e da Controladoria-Geral da União, atendendo à indicação dos respectivos Ministros de Estado.</p><p>a) V – F – F – V.</p><p>b) F – V – V – F.</p><p>c) F – F – F – V.</p><p>d) V – V – F – F.</p><p>e) V – F – V – V.</p><p>04 (2018 - AOCP - SUSIPE-PA - Agente) Um dos efeitos previstos na Lei nº 9.613/1998, para a condenação por</p><p>crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores, é a interdição do exercício de cargo ou função pública</p><p>de qualquer natureza e de diretor, de membro de conselho de administração ou de gerência das pessoas jurídicas</p><p>referidas no art. 9º. Assinale a alternativa que apresenta, de forma correta, o prazo máximo para essa interdição.</p><p>a) 5 (cinco) anos.</p><p>b) O triplo do prazo da pena privativa de liberdade.</p><p>c) A metade do prazo da pena privativa de liberdade.</p><p>d) 2 (dois) anos.</p><p>e) O dobro do prazo da pena privativa de liberdade.</p><p>05 (2018 - AOCP - SUSIPE-PA - Agente) De acordo com as disposições contidas na Lei nº 9.613/1998, a pena base</p><p>para os crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores é de</p><p>a) reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.</p><p>b) reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa.</p><p>c) detenção, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos, e multa.</p><p>d) reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, ou multa</p><p>e) detenção, de 3 (três) a 10 (dez) anos, ou multa.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 39</p><p>06 (2018 - AOCP - SUSIPE-PA - Agente) Segundo dispõe a Lei nº 9.613/1998, que trata dos crimes de lavagem de</p><p>dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores, o processo e julgamento dos crimes nela previstos</p><p>a) obedecem às disposições relativas ao procedimento comum dos crimes punidos com reclusão, da competência</p><p>do juiz singular.</p><p>b) dependem do processo e julgamento das infrações penais antecedentes, salvo as praticados em outro país,</p><p>cabendo ao juiz competente para os crimes previstos na Legislação específica a decisão sobre a unidade de</p><p>processo e julgamento.</p><p>c) são de Competência da Justiça Estadual.</p><p>d) independem do processo e julgamento das infrações penais antecedentes, ainda que praticadas em outro país,</p><p>cabendo nesse caso ao Plenário do Supremo Tribunal Federal a decisão sobre a unidade de processo e julgamento.</p><p>e) obedecem às disposições relativas ao procedimento especial dos crimes hediondos, da competência do juiz</p><p>singular.</p><p>07 (2017 - IBADE - PC-AC - Agente de Polícia Civil) Quando o autor do crime de lavagem de capitais colaborar</p><p>espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais,</p><p>à identificação dos autores, coautores e partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime,</p><p>a pena:</p><p>a) poderá ser reduzida de um sexto até a metade a ser cumprida em regime exclusivamente aberto.</p><p>b) poderá ser reduzida de um a dois terços a ser cumprida em regime aberto ou semiaberto.</p><p>c) poderá ser reduzida de um sexto até a metade e ser cumprida em regime aberto ou semiaberto.</p><p>d) poderá ser reduzida Dela metade e ser cumprida em regime semiaberto.</p><p>e) poderá ser reduzida Dela metade e ser cumprida em regime aberto ou semiaberto.</p><p>08 (2015 - CESPE - DEPEN - Agente Penitenciário) Joana, condenada em 2005 por tráfico de drogas, na justiça</p><p>federal, movimentou, em 2006 e 2007, por meio de transações bancárias eletrônicas, valores incompatíveis com</p><p>sua atividade profissional e demais fontes de renda. Durante investigação, ficou comprovado que o dinheiro</p><p>movimentado era proveniente do tráfico de drogas e que Joana ocultara e dissimulara a origem ilícita dos valores</p><p>com o auxílio de seu irmão, dono de uma revenda de carros novos e usados. Demonstrou-se a materialidade da</p><p>conduta ilícita a partir das informações fornecidas pela Receita Federal do Brasil e pelas instituições bancárias.</p><p>Acerca dessa situação hipotética, julgue os próximos item com base na Lei n.º 9.613/1998, que trata dos crimes de</p><p>lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores.</p><p>Na situação em apreço, caberia ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) ter comunicado os fatos</p><p>ilícitos praticados, bem como os indícios de sua prática, ou de qualquer outro ilícito, às autoridades competentes</p><p>pela instauração dos procedimentos cabíveis.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>09 (2015 - CESPE - DEPEN - Agente Penitenciário) Joana, condenada em 2005 por tráfico de drogas, na justiça</p><p>federal, movimentou, em 2006 e 2007, por meio de transações bancárias eletrônicas, valores incompatíveis com</p><p>sua atividade profissional e demais fontes de renda. Durante investigação, ficou comprovado que o dinheiro</p><p>movimentado era proveniente do tráfico de drogas e que Joana ocultara e dissimulara a origem ilícita dos valores</p><p>com o auxílio de seu irmão, dono de uma revenda de carros novos e usados. Demonstrou-se a materialidade da</p><p>conduta ilícita a partir das informações fornecidas pela Receita Federal do Brasil e pelas instituições bancárias.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 40</p><p>Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item com base na Lei n.º 9.613/1998, que trata dos crimes de</p><p>lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores.</p><p>O processo e julgamento dos crimes praticados por Joana são da competência da justiça estadual.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>10 (2012 - CESPE - Banco da Amazônia - Técnico Bancário) Acerca do crime de lavagem de dinheiro e da prevenção</p><p>e combate a esse tipo de crime, julgue os itens que se seguem.</p><p>É essencial que as instituições financeiras conheçam as pessoas com as quais se relacionam, de forma a evitar a</p><p>realização de operações com pessoas físicas e jurídicas que visem praticar lavagem de dinheiro.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>11 (2012 - CESPE - Banco da Amazônia - Técnico Bancário) Acerca do crime de lavagem</p> <p>de dinheiro e da prevenção</p><p>e combate a esse tipo de crime, julgue os itens que se seguem.</p><p>A expressão lavagem de dinheiro surgiu nos Estados Unidos da América e era usada para se referir a uma rede de</p><p>lavanderias usadas para facilitar a colocação em circulação de dinheiro oriundo de operações ilícitas.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>12 (2012 - CESPE - Banco da Amazônia - Técnico Bancário) Acerca do crime de lavagem de dinheiro e da prevenção</p><p>e combate a esse tipo de crime, julgue os itens que se seguem.</p><p>A etapa da lavagem de dinheiro denominada integração corresponde à introdução de dinheiro oriundo de</p><p>atividades ilícitas no sistema econômico, por intermédio, por exemplo, de depósitos e compra de bens.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>13 (2012 - CESPE - Banco da Amazônia - Técnico Bancário) Acerca do crime de lavagem de dinheiro e da prevenção</p><p>e combate a esse tipo de crime, julgue os itens que se seguem.</p><p>Uma das maneiras de prevenir a prática do crime de lavagem de dinheiro consiste em manter atualizados os dados</p><p>cadastrais dos clientes, utilizando, quando o caso assim o exigir, a expressão “pessoas politicamente expostas” para</p><p>identificar determinados clientes.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>14 (2012 - CESPE - Banco da Amazônia - Técnico Bancário) Considerando o disposto na Lei n.º 9.613/1998, nas</p><p>Resoluções n.º 3.224/2004 e n.º 3.844/2010 e nas Cartas-Circulares do BACEN n.º 3.442/2010 e n.º 3.542/2012, julgue</p><p>os itens seguintes.</p><p>O Conselho de Controle de Atividades Financeiras foi criado pela Lei n.º 9.613.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 41</p><p>15 (2012 - CESPE - Banco da Amazônia - Técnico Bancário) Considerando o disposto na Lei n.º 9.613/1998, nas</p><p>Resoluções n.º 3.224/2004 e n.º 3.844/2010 e nas Cartas-Circulares do BACEN n.º 3.442/2010 e n.º 3.542/2012, julgue</p><p>os itens seguintes.</p><p>A Carta-Circular n.º 3.442 divulga as operações que configuram indícios dos crimes de lavagem ou ocultação de</p><p>bens.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>16 (2012 - CESPE - Banco da Amazônia - Técnico Bancário) Considerando o disposto na Lei n.º 9.613/1998, nas</p><p>Resoluções n.º 3.224/2004 e n.º 3.844/2010 e nas Cartas-Circulares do BACEN n.º 3.442/2010 e n.º 3.542/2012, julgue</p><p>os itens seguintes.</p><p>A Carta-Circular n.º 3.542 trata das operações que configuram indícios dos crimes previstos na Lei n.º 9.613, como,</p><p>por exemplo, da realização de saques que apresentem atipicidade em relação à atividade econômica do cliente e</p><p>dos aumentos substanciais no volume de depósitos.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>17 (2012 - CESPE - Banco da Amazônia - Técnico Bancário) Considerando o disposto na Lei n.º 9.613/1998, nas</p><p>Resoluções n.º 3.224/2004 e n.º 3.844/2010 e nas Cartas-Circulares do BACEN n.º 3.442/2010 e n.º 3.542/2012, julgue</p><p>os itens seguintes.</p><p>A pena para o crime consistente em ocultar ou dissimular a natureza de bens, direitos ou valores provenientes de</p><p>crime consiste no pagamento de multa sem pena de reclusão.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>18 (2011 - CESPE - PC-ES - Escrivão de Polícia) Com relação à legislação especial, julgue o item que se segue.</p><p>Se o acusado por crime de lavagem de capital, citado por edital, não comparecer nem constituir advogado, ficarão</p><p>suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das</p><p>provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar sua prisão preventiva.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>GABARITO</p><p>1 - C 2 - E 3 - A 4 - E 5 - B 6 - A 7 - B 8 - C 9 - E 10 - C</p><p>11 - C 12 - E 13 - C 14 - C 15 - E 16 - C 17 - E 18 - E</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 42</p><p>CIRCULAR BACEN Nº 3.461/2009 E SUAS ALTERAÇÕES E CARTA-CIRCULAR</p><p>BACEN Nº3.542/2012.</p><p>Circular Bacen nº 3.461/2009</p><p>Art. 1º As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem</p><p>implementar políticas, procedimentos e controles internos, de forma compatível com seu porte e volume de</p><p>operações, destinados a prevenir sua utilização na prática dos crimes de que trata a Lei nº 9.613, de 3 de março</p><p>de 1998.</p><p>§ 1º As políticas de que trata o caput devem:</p><p>I - especificar, em documento interno, as responsabilidades dos integrantes de cada nível hierárquico da</p><p>instituição;</p><p>II - contemplar a coleta e registro de informações tempestivas sobre clientes, que permitam a identificação dos</p><p>riscos de ocorrência da prática dos mencionados crimes;</p><p>III - definir os critérios e procedimentos para seleção, treinamento e acompanhamento da</p><p>situação econômico-financeira dos empregados da instituição;</p><p>IV - incluir a análise prévia de novos produtos e serviços, sob a ótica da prevenção dos mencionados crimes;</p><p>V - ser aprovadas pelo conselho de administração ou, na sua ausência, pela diretoria da instituição;</p><p>VI - receber ampla divulgação interna.</p><p>§ 2º Os procedimentos de que trata o caput devem incluir medidas prévia e expressamente estabelecidas, que</p><p>permitam:</p><p>I - confirmar as informações cadastrais dos clientes e identificar os beneficiários finais das operações;</p><p>II - possibilitar a caracterização ou não de clientes como pessoas politicamente expostas.</p><p>§ 3º Para os fins desta circular, considera-se cliente eventual ou permanente qualquer pessoa natural ou jurídica</p><p>com a qual seja mantido, respectivamente em caráter eventual ou permanente, relacionamento destinado à</p><p>prestação de serviço financeiro ou à realização de operação financeira.</p><p>§ 4º Os procedimentos de que trata o caput devem ser reforçados para início de relacionamento com:</p><p>I - instituições financeiras, representantes ou correspondentes localizados no exterior, especialmente em países,</p><p>territórios e dependências que não adotam procedimentos de registro e controle similares aos definidos nesta</p><p>circular;</p><p>II - clientes cujo contato seja efetuado por meio eletrônico, mediante correspondentes no País ou por outros meios</p><p>indiretos.</p><p>§ 5º As políticas e procedimentos internos de controle de que trata o caput devem ser implementados também</p><p>pelas dependências e subsidiárias situadas no exterior das instituições financeiras e demais instituições</p><p>autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.</p><p>§ 6º O diretor responsável pela implementação e cumprimento das medidas estabelecidas nesta Circular, nos</p><p>termos do art. 18, deve informar por escrito ao Banco Central do Brasil sobre a existência de legislação ou</p><p>regulamentação que impeça ou limite a aplicação do disposto no § 5º a suas dependências e subsidiárias situadas</p><p>no exterior.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 43</p><p>MANUTENÇÃO DE INFORMAÇÕES CADASTRAIS ATUALIZADAS</p><p>Art. 2º As instituições mencionadas no art. 1º devem coletar e manter atualizadas as informações cadastrais de</p><p>seus clientes permanentes, incluindo, no mínimo:</p><p>I - qualificação do cliente:</p><p>a) pessoas naturais: nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, documento de</p><p>identificação (tipo, número, data de emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de Pessoas</p><p>Físicas (CPF); e</p><p>b) pessoas jurídicas: firma ou denominação social, atividade principal, forma e data de constituição, informações</p><p>referidas na alínea “a” que qualifiquem e autorizem os administradores, mandatários ou prepostos, número de</p><p>inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e dados dos atos constitutivos devidamente registrados</p><p>na forma da lei;</p><p>II - endereços residencial e comercial completos;</p><p>III - número do telefone e código de Discagem Direta a Distância (DDD);</p><p>IV - valores de renda mensal e patrimônio, no caso de pessoas naturais, e de faturamento médio mensal</p><p>referente aos doze meses anteriores, no caso de pessoas jurídicas; e</p><p>V - declaração firmada sobre os propósitos</p> <p>e a natureza da relação de negócio com a instituição.</p><p>§ 1º As informações relativas a cliente pessoa natural devem abranger as pessoas naturais autorizadas a</p><p>representá-la.</p><p>§ 2º As informações cadastrais relativas a cliente pessoa jurídica devem abranger as pessoas naturais autorizadas</p><p>a representá-la, bem como a cadeia de participação societária, até alcançar a pessoa natural caracterizada como</p><p>beneficiário final.</p><p>§ 3º Excetuam-se do disposto no § 2º as pessoas jurídicas constituídas sob a forma de companhia aberta ou en§</p><p>4º tidade sem fins lucrativos, para as quais as informações cadastrais devem abranger as pessoas naturais</p><p>autorizadas a representá-las, bem como seus controladores, administradores e diretores, se houver.</p><p>As informações cadastrais relativas a cliente fundo de investimento devem incluir a respectiva denominação,</p><p>número de inscrição no CNPJ, bem como as informações de que tratam os incisos I a III relativas às pessoas</p><p>responsáveis por sua administração.</p><p>§ 5º As instituições mencionadas no art. 1º devem realizar testes de verificação, com periodicidade máxima de um</p><p>ano, que assegurem a adequação dos dados cadastrais de seus clientes.</p><p>Art. 3º As instituições mencionadas no art. 1º devem obter as seguintes informações cadastrais de seus clientes</p><p>eventuais, do proprietário e do destinatário dos recursos envolvidos na operação ou serviço financeiro:</p><p>I - quando pessoa natural, o nome completo e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF); e</p><p>II - quando pessoa jurídica, a razão social e número de inscrição no CNPJ.</p><p>Parágrafo único. Admite-se o desenvolvimento de procedimento interno destinado à identificação de operações</p><p>ou serviços financeiros eventuais que apresentem baixo risco de utilização para lavagem de dinheiro ou de</p><p>financiamento ao terrorismo, para os quais é dispensada a exigência de obtenção das informações cadastrais de</p><p>clientes, ressalvado o cumprimento do disposto nos demais artigos desta circular.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 44</p><p>PESSOAS EXPOSTAS POLITICAMENTE (PEP)</p><p>Art. 4º As instituições de que trata o art. 1º devem obter de seus clientes permanentes informações que permitam</p><p>caracterizá-los ou não como pessoas expostas politicamente (PEP) e identificar a origem dos fundos envolvidos</p><p>nas transações dos clientes assim caracterizados.</p><p>§ 1º Consideram-se PEP os agentes públicos que desempenham ou tenham desempenhado, nos últimos cinco</p><p>anos, no Brasil ou em países, territórios e dependências estrangeiros, cargos, empregos ou funções públicas</p><p>relevantes, assim como seus representantes, familiares e outras pessoas de seu relacionamento próximo.</p><p>§ 2º No caso de clientes brasileiros, devem ser abrangidos:</p><p>I - os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo e Legislativo da União;</p><p>II - os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da União:</p><p>a) de ministro de estado ou equiparado;</p><p>b) de natureza especial ou equivalente;</p><p>c) de presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de autarquias, fundações públicas, empresas públicas</p><p>ou sociedades de economia mista;</p><p>d) do Grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS), nível 6, ou equivalentes;</p><p>III - os membros do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo Tribunal Federal, dos tribunais superiores, dos</p><p>tribunais regionais federais, do trabalho e eleitorais, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho e do Conselho da</p><p>Justiça Federal;</p><p>IV - os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador- Geral da República, o Vice-Procurador-</p><p>Geral da República, o Procurador-Geral do Trabalho, o Procurador-Geral da Justiça Militar, os Subprocuradores-</p><p>Gerais da República e os Procuradores- Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal;</p><p>V - os membros do Tribunal de Contas da União e o Procurador-Geral do Ministério Público junto ao Tribunal de</p><p>Contas da União;</p><p>VI - os governadores de Estado e do Distrito Federal, os presidentes de tribunal de justiça, de assembleia e câmara</p><p>legislativa, os presidentes de tribunal de contas de Estado, do Distrito Federal e de Município, e de conselho de</p><p>contas dos Municípios;</p><p>VII - os prefeitos e presidentes de Câmara Municipal de capitais de Estados.</p><p>§ 3º No caso de clientes estrangeiros, para fins do disposto no caput, as instituições mencionadas no art. 1º</p><p>devem adotar pelo menos uma das seguintes providências:</p><p>I - solicitar declaração expressa do cliente a respeito da sua classificação;</p><p>II - recorrer a informações publicamente disponíveis;</p><p>III - consultar bases de dados comerciais sobre PEP; e</p><p>IV - considerar como PEP a pessoa que exerce ou exerceu funções públicas proeminentes em um país estrangeiro,</p><p>tais como chefes de estado ou de governo, políticos de alto nível, altos servidores governamentais, judiciais, do</p><p>legislativo ou militares, dirigentes de empresas públicas ou dirigentes de partidos políticos.</p><p>§ 4º O prazo de cinco anos referido no § 1º deve ser contado, retroativamente, a partir da data de início da relação</p><p>de negócio ou da data em que o cliente passou a se enquadrar como PEP.</p><p>§ 5º Para efeito do § 1º são considerados familiares os parentes, na linha reta, até o primeiro grau, o cônjuge, o</p><p>companheiro, a companheira, o enteado e a enteada.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 45</p><p>§ 6º No caso de relação de negócio com cliente estrangeiro que também seja cliente de instituição estrangeira</p><p>fiscalizada por entidade governamental assemelhada ao Banco Central do Brasil, admite-se que as providências</p><p>em relação a PEP sejam adotadas pela instituição estrangeira, desde que assegurado ao Banco Central do Brasil</p><p>o acesso aos respectivos dados e procedimentos adotados.</p><p>§ 7º As operações ou propostas de operações que possuam PEP como parte envolvida serão sempre consideradas</p><p>como merecedoras de especial atenção, conforme previsto no art. 10.</p><p>§ 8º O disposto neste artigo também se aplica a pessoa que exerce ou exerceu função de alta administração em</p><p>uma organização internacional de qualquer natureza, assim considerados diretores, subdiretores, membros de</p><p>conselho ou funções equivalentes.</p><p>INÍCIO OU PROSSEGUIMENTO DE RELAÇÃO DE NEGÓCIO</p><p>Art. 5º As instituições de que trata o art. 1º somente devem iniciar qualquer relação de negócio ou dar</p><p>prosseguimento a relação já existente com o cliente se observadas as providências estabelecidas nos arts. 2º, 3º</p><p>e 4º, conforme o caso.</p><p>REGISTROS DE SERVIÇOS FINANCEIROS E OPERAÇÕES FINANCEIRAS</p><p>Art. 6º As instituições de que trata o art. 1º devem manter registros de todos os serviços financeiros prestados e</p><p>de todas as operações financeiras realizadas com os clientes ou em seu nome.</p><p>§ 1º No caso de movimentação de recursos por clientes permanentes, os registros devem conter informações</p><p>consolidadas que permitam verificar:</p><p>I - a compatibilidade entre a movimentação de recursos e a atividade econômica e capacidade financeira do</p><p>cliente;</p><p>II - a origem dos recursos movimentados;</p><p>III - os beneficiários finais das movimentações.</p><p>§ 2º O sistema de registro deve permitir a identificação:</p><p>I - das operações que, realizadas com uma mesma pessoa, conglomerado financeiro ou grupo, em um mesmo</p><p>mês calendário, superem, por instituição ou entidade, em seu conjunto, o valor de R$10.000,00 (dez mil reais);</p><p>II - das operações que, por sua habitualidade, valor ou forma, configurem artifício que objetive burlar os</p><p>mecanismos de identificação, controle e registro.</p><p>REGISTROS DE DEPÓSITOS EM CHEQUE, LIQUIDAÇÃO DE CHEQUES DEPOSITADOS EM OUTRA</p><p>INSTITUIÇÃO FINANCEIRA E DA UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS</p><p>Art. 7º As instituições de que trata o art. 1º devem manter registros específicos das operações de transferência</p><p>de recursos.</p><p>§ 1º O sistema de registro deve permitir a identificação:</p><p>I - das operações referentes ao acolhimento</p> <p>em depósitos de Transferência Eletrônica Disponível (TED), de</p><p>cheque, cheque administrativo, cheque ordem de pagamento e outros documentos compensáveis de mesma</p><p>natureza, e à liquidação de cheques depositados em outra instituição financeira;</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 46</p><p>II - das emissões de cheque administrativo, de cheque ordem de pagamento, de ordem de pagamento, de</p><p>Documento de Crédito (DOC), de TED e de outros instrumentos de transferência de recursos, quando de valor</p><p>superior a R$1.000,00 (mil reais).</p><p>§ 2º Os registros de que trata o inciso I do § 1º efetuados por instituição depositária devem conter, no mínimo, os</p><p>dados relativos ao valor e ao número do cheque depositado, o código de compensação da instituição sacada, os</p><p>números da agência e da conta de depósitos sacadas.</p><p>§ 3º Os registros de que trata o inciso I do § 1º efetuados por instituição sacada devem conter, no mínimo, os</p><p>dados relativos ao valor e ao número do cheque, o código de compensação da instituição depositária, os números</p><p>da agência e da conta de depósitos depositárias, cabendo à instituição depositária fornecer à instituição sacada</p><p>os dados relativos ao seu código de compensação e aos números da agência e da conta de depósitos depositárias</p><p>§ 4º No caso de cheque utilizado em operação simultânea de saque e depósito na própria instituição sacada, com</p><p>vistas à transferência de recursos da conta de depósitos do emitente para conta de depósitos de terceiros, os</p><p>registros de que trata o inciso I do § 1º devem conter, no mínimo, os dados relativos ao valor e ao número do</p><p>cheque sacado, bem como aos números das agências sacada e depositária e das respectivas contas de depósitos.</p><p>§ 5º Os registros de que trata o inciso II do § 1º devem conter, no mínimo, as seguintes informações:</p><p>I - o tipo e o número do documento emitido, a data da operação, o nome e o número de inscrição do adquirente</p><p>ou remetente no CPF ou no CNPJ;</p><p>II - quando pagos em cheque, o código de compensação da instituição, o número da agência e da conta de</p><p>depósitos sacadas referentes ao cheque utilizado para o respectivo pagamento, inclusive no caso de cheque</p><p>sacado contra a própria instituição emissora dos instrumentos referidos neste artigo;</p><p>III - no caso de DOC, o código de identificação da instituição destinatária no sistema de liquidação de</p><p>transferência de fundos e os números da agência, da conta de depósitos depositária e o número de inscrição no</p><p>CPF ou no CNPJ do respectivo titular;</p><p>IV - no caso de ordem de pagamento:</p><p>a) destinada a crédito em conta: os números da agência destinatária e da conta de depósitos depositária;</p><p>b) destinada a pagamento em espécie: os números da agência destinatária e de inscrição do beneficiário no CPF</p><p>ou no CNPJ.</p><p>§ 6º Em se tratando de operações de transferência de recursos envolvendo pessoa física residente no exterior</p><p>desobrigada de inscrição no CPF, na forma definida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), a</p><p>identificação prevista no § 5º, incisos I e IV, alínea "b", pode ser efetuada pelo número do respectivo passaporte,</p><p>complementada com a nacionalidade da referida pessoa e, quando for o caso, o organismo internacional de que</p><p>seja representante para o exercício de funções específicas no País.</p><p>§ 7º A identificação prevista no § 5º, incisos I e IV, alínea "b", não se aplica às operações de transferência de recursos</p><p>envolvendo pessoa jurídica com domicílio ou sede no exterior desobrigada de inscrição no CNPJ, na forma definida</p><p>pela RFB.</p><p>§ 8º A instituição sacada deve informar à instituição depositária e a instituição depositária deve informar à</p><p>instituição sacada, quando requeridas, no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis contados a partir da data de</p><p>solicitação, os números de inscrição no CPF ou CNPJ dos titulares da conta sacada e da conta depositária</p><p>referentes às operações de transferência de valores efetuadas mediante cheque, cheque administrativo, cheque</p><p>ordem de pagamento e outros documentos compensáveis de mesma natureza, e à liquidação de cheques</p><p>depositados em outra instituição financeira.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 47</p><p>REGISTROS DE CARTÕES PRÉ-PAGOS</p><p>Art. 8º As instituições de que trata o art. 1º devem manter registros específicos da emissão ou recarga de valores</p><p>em um ou mais cartões pré-pagos.</p><p>§ 1º O sistema de registro deve permitir a identificação da:</p><p>I - emissão ou recarga de valores em um ou mais cartões pré-pagos, em montante acumulado igual ou superior a</p><p>R$50.000,00 (cinquenta mil reais) ou o equivalente em moeda estrangeira, no mês calendário; e</p><p>II - emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago que apresente indícios de ocultação ou dissimulação da</p><p>natureza, da origem, da localização, da disposição, da movimentação ou da propriedade de bens, direitos e</p><p>valores.</p><p>§ 2º Para fins do disposto no caput, define-se cartão pré-pago como o cartão apto a receber carga ou recarga de</p><p>valores em moeda nacional ou estrangeira oriundos de pagamento em espécie, de operação cambial ou de</p><p>transferência a débito de contas de depósito.</p><p>§ 3º Os registros das ocorrências de que tratam os incisos I e II do § 1º devem conter as seguintes informações:</p><p>I - o nome ou razão social e o respectivo número de inscrição no CPF ou no CNPJ da pessoa natural ou jurídica</p><p>responsável pela emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago, no caso de emissão ou recarga efetuada por</p><p>residente ou domiciliado no País;</p><p>II - o nome, o número do passaporte e o respectivo país emissor, no caso de emissão ou recarga de valores em</p><p>cartão pré-pago efetuada por pessoa natural não residente no País ou domiciliada no exterior;</p><p>III - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF da pessoa natural a quem se destina o cartão pré-pago;</p><p>IV - a identificação das instituições, das agências e das contas de depósito ou de poupança debitadas, os nomes</p><p>dos titulares das contas e respectivos números de inscrição no CPF, no caso de emissão ou recarga de valores em</p><p>cartão pré-pago oriundos de transferências a débito de contas de depósito ou de poupança tituladas por pessoas</p><p>naturais;</p><p>V - a identificação das instituições, das agências e das contas de depósito ou de poupança debitadas, os nomes</p><p>dos titulares das contas e respectivos números de inscrição no CNPJ, bem como os nomes das pessoas naturais</p><p>autorizadas a movimentá-las e respectivos números de inscrição no CPF, no caso de emissão ou recarga de</p><p>valores em cartão pré-pago oriundos de transferências a débito de contas de depósito ou de poupança tituladas</p><p>por pessoas jurídicas;</p><p>VI - a data e o valor de cada emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago;</p><p>VII - o propósito da emissão do cartão pré-pago;</p><p>VIII - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF das pessoas naturais que representem as pessoas jurídicas</p><p>responsáveis pela emissão ou recarga de valores em cartão pré- pago.</p><p>DAS OPERAÇÕES COM RECURSOS EM ESPÉCIE</p><p>Art. 9º Os bancos comerciais, a Caixa Econômica Federal, os bancos múltiplos com carteira comercial ou de crédito</p><p>imobiliário, as sociedades de crédito imobiliário, as sociedades de poupança e empréstimo e as cooperativas de</p><p>crédito devem manter registros específicos das operações de depósito em espécie, saque em espécie, saque em</p><p>espécie por meio de cartão pré-pago ou pedido de provisionamento para saque.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 48</p><p>§ 1º O sistema de registro deve permitir a identificação de:</p><p>I - depósito em espécie, saque em espécie, ou saque em espécie por meio de cartão pré-pago, de valor igual ou</p><p>superior a R$50.000,00 (cinquenta mil reais);</p><p>II - depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie por meio de cartão pré-pago ou pedido de</p><p>provisionamento para saque, que apresente indícios de ocultação ou dissimulação da natureza, da origem, da</p><p>localização,</p> <p>da disposição, da movimentação ou da propriedade de bens, direitos e valores;</p><p>III - emissão de cheque administrativo, TED ou de qualquer outro instrumento de transferência de fundos contra</p><p>pagamento em espécie, de valor igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta mil reais).</p><p>§ 2º Os registros de que trata o caput devem conter as informações abaixo indicadas:</p><p>I - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF ou no CNPJ, conforme o caso, do proprietário ou</p><p>beneficiário dos recursos e da pessoa que efetuar o depósito, o saque em espécie ou o pedido de</p><p>provisionamento para saque;</p><p>II - o tipo e o número do documento, o número da instituição, da agência e da conta corrente de depósitos à vista</p><p>ou da conta de poupança a que se destinam os valores ou de onde o valor será sacado, conforme o caso;</p><p>III - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF ou no CNPJ, conforme o caso, dos titulares das contas</p><p>referidas no inciso II, se na mesma instituição;</p><p>IV - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF, no caso de saque em espécie por meio de cartão pré-pago</p><p>cujo portador seja residente ou domiciliado no País;</p><p>V - o nome e o número do passaporte e o respectivo país emissor, no caso de saque em espécie por meio de</p><p>cartão pré-pago cujo portador seja não residente no País ou domiciliado no exterior;</p><p>VI - a data e o valor do depósito, do saque em espécie, do saque em espécie por meio de cartão pré-pago ou do</p><p>provisionamento para saque; e</p><p>VII - a finalidade do saque ou do pagamento em espécie mencionados nos incisos I e III do § 1º.</p><p>§ 3º Na hipótese de recusa do cliente ou do sacador não cliente em prestar a informação referida no § 2º, inciso</p><p>VII, as instituições mencionadas no caput devem registrar o fato.</p><p>§ 4º (Revogado, a partir de 27/12/2017, pela Circular nº 3.839, de 28/6/2017.)</p><p>Art. 9º-A As instituições mencionadas no art. 9º devem requerer de seus clientes e dos sacadores não clientes</p><p>comunicação prévia, com, no mínimo, três dias úteis de antecedência, dos saques e pagamentos em espécie de</p><p>valor igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta mil reais) de que trata o art. 9º, § 1º, incisos I e III.</p><p>§ 1º As instituições mencionadas no caput devem:</p><p>I - possibilitar a comunicação prévia por meio do sítio eletrônico da instituição na internet e das agências e Postos</p><p>de Atendimento (PA);</p><p>II - emitir protocolo de atendimento ao cliente ou sacador não cliente, no qual devem ser informados o valor da</p><p>operação, a dependência na qual deverá ser efetuado o saque e a data programada para o saque; e</p><p>III - registrar, no ato da comunicação prévia, as informações indicadas no art. 9º, § 2º, conforme o caso.</p><p>§ 2º No caso de saque em espécie a ser realizado por meio de cheque por sacador não cliente, a comunicação</p><p>prévia de que trata o caput deve ser realizada exclusivamente em agências e PAs.</p><p>§ 3º O disposto neste artigo deve ser observado sem prejuízo do disposto no art. 2º da Resolução nº 3.695, de 26</p><p>de março de 2009.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 49</p><p>Art. 9º-B As instituições financeiras devem manter registro específico de recebimentos de boleto de pagamento</p><p>pagos com recursos em espécie.</p><p>Parágrafo único. A instituição que receber boleto de pagamento que não seja de sua emissão deve remeter à</p><p>instituição emissora a informação de que o boleto foi pago em espécie.</p><p>ESPECIAL ATENÇÃO</p><p>Art. 10. As instituições de que trata o art. 1º devem dispensar especial atenção a:</p><p>I - operações ou propostas cujas características, no que se refere às partes envolvidas, valores, formas de</p><p>realização e instrumentos utilizados, ou que, pela falta de fundamento econômico ou legal, indiquem risco de</p><p>ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 1998, ou com eles relacionados;</p><p>II - propostas de início de relacionamento e operações com pessoas politicamente expostas de nacionalidade</p><p>brasileira e as oriundas de países com os quais o Brasil possua elevado número de transações financeiras e</p><p>comerciais, fronteiras comuns ou proximidade étnica, linguística ou política;</p><p>III - indícios de burla aos procedimentos de identificação e registro estabelecidos nesta circular;</p><p>IV - clientes e operações em que não seja possível identificar o beneficiário final;</p><p>V - operações oriundas ou destinadas a países ou territórios que aplicam insuficientemente as recomendações do</p><p>Gafi, conforme informações divulgadas pelo Banco Central do Brasil; e</p><p>VI - situações em que não seja possível manter atualizadas as informações cadastrais de seus clientes.</p><p>§ 1º A expressão “especial atenção” inclui os seguintes procedimentos:</p><p>I - monitoramento contínuo reforçado, mediante a adoção de procedimentos mais rigorosos para a apuração de</p><p>situações suspeitas;</p><p>II - análise com vistas à verificação da necessidade das comunicações de que tratam os arts. 12 e 13;</p><p>III - avaliação da alta gerência quanto ao interesse no início ou manutenção do relacionamento com o cliente.</p><p>§ 2º Considera-se alta gerência qualquer detentor de cargo ou função de nível hierárquico superior ao daquele</p><p>ordinariamente responsável pela autorização do relacionamento com o cliente.</p><p>MANUTENÇÃO DE INFORMAÇÕES E REGISTROS</p><p>Art. 11. As informações e registros de que trata esta circular devem ser mantidos e conservados durante os</p><p>seguintes períodos mínimos, contados a partir do primeiro dia do ano seguinte ao do término do relacionamento</p><p>com o cliente permanente ou da conclusão das operações:</p><p>I - 10 (dez) anos, para as informações e registros de que trata o art. 7º;</p><p>II - 5 (cinco) anos, para as informações e registros de que tratam os arts. 6º, 8º e 9º.</p><p>III - 5 (cinco) anos, para as informações cadastrais definidas nos arts. 2º e 3º.</p><p>Parágrafo único. As informações de que trata o art. 2º devem ser mantidas e conservadas juntamente com o</p><p>nome da pessoa incumbida da atualização cadastral, o nome do gerente responsável pela conferência e</p><p>confirmação das informações prestadas e a data de início do relacionamento com o cliente permanente.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 50</p><p>COMUNICAÇÕES AO COAF</p><p>Art. 12. As instituições de que trata o art. 1º devem comunicar ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras</p><p>(Coaf), na forma determinada pelo Banco Central do Brasil:</p><p>I - as ocorrências de que trata o art. 8º, § 1º, inciso I, no caso de operações em espécie;</p><p>II - as ocorrências de que trata o art. 9º, § 1º, incisos I e III.</p><p>§ 1º Devem também ser comunicadas ao Coaf as propostas de realização das operações de que tratam os incisos</p><p>I e II do caput e as comunicações prévias de que trata o art. 9º-A.</p><p>§ 2º As comunicações das ocorrências mencionadas no caput devem ser realizadas até o dia útil seguinte àquele</p><p>em que verificadas.</p><p>Art. 13. As instituições de que trata o art. 1º devem comunicar ao Coaf, na forma determinada pelo Banco Central</p><p>do Brasil:</p><p>I - as operações realizadas ou serviços prestados cujo valor seja igual ou superior a R$10.000,00 (dez mil reais) e</p><p>que, considerando as partes envolvidas, os valores, as formas de realização, os instrumentos utilizados ou a falta</p><p>de fundamento econômico ou legal, possam configurar a existência de indícios dos crimes previstos na Lei nº</p><p>9.613, de 1998;</p><p>II - as operações realizadas ou serviços prestados que, por sua habitualidade, valor ou forma, configurem artifício</p><p>que objetive burlar os mecanismos de identificação, controle e registro;</p><p>III - as operações realizadas ou os serviços prestados, qualquer que seja o valor, a pessoas que reconhecidamente</p><p>tenham perpetrado ou intentado perpetrar atos terroristas ou neles participado ou facilitado o seu cometimento,</p><p>bem como a existência de recursos pertencentes ou por eles controlados direta ou indiretamente;</p><p>IV - os atos suspeitos de financiamento do terrorismo.</p><p>§ 1º O disposto no inciso III aplica-se também às entidades pertencentes ou controladas,</p> <p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 4</p><p>FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO1</p><p>Desde a década de 90, por conta da crescente preocupação das autoridades com a estabilidade do sistema</p><p>financeiro, começaram a surgir, de maneira formal, os sistemas de garantia de depósito, o que acabou se tornando</p><p>uma verdadeira tendência mundial. O Brasil, por sua vez, não ficou para trás.</p><p>A estabilidade do sistema financeiro pode ser entendida como a implementação de instrumentos de</p><p>acompanhamento e controle que formam espécies de redes de proteção.</p><p>Empréstimos de última instância, regulação eficaz, fiscalização eficiente, estrutura legal adequada e</p><p>proteção direta a depositantes, por meio de um sistema garantidor, são alguns dos componentes dessa rede e</p><p>visam um sistema bancário sólido e saudável.</p><p>É dentro desse contexto que, em agosto de 1995, uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN)</p><p>autoriza a “constituição de entidade privada, sem fins lucrativos, destinada a administrar mecanismos de proteção</p><p>a titulares de créditos contra instituições financeiras", segundo termos do documento.</p><p>Dessa forma, em novembro de 1995, nasce o Fundo Garantidor de Créditos - FGC (CNPJ nº 00.954.288/0001-</p><p>33), uma associação civil, sem fins lucrativos, com personalidade jurídica de direito privado. Muito mais do que</p><p>“pagador de dívidas”, que só surge em cena em momentos dramáticos, o FGC conta com profissionais preparados</p><p>para agir de maneira preventiva em todo o sistema bancário e financeiro, atuando de maneira pontual e, muitas</p><p>vezes, silenciosa para garantir um funcionamento fluido e harmônico de todo o sistema.</p><p>O FGC tem por finalidades:</p><p>I - proteger depositantes e investidores no âmbito do sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela</p><p>regulamentação;</p><p>II -contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional; e</p><p>III - contribuir para prevenção de crise bancária sistêmica.</p><p>O FGC tem por objeto:</p><p>I - prestar garantia sobre instrumentos financeiros emitidos ou captados pelas instituições associadas nas</p><p>situações de:</p><p>a) decretação de intervenção ou de liquidação extrajudicial de instituição associada; e</p><p>b) reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência de instituição associada que, nos</p><p>termos da legislação em vigor, não estiver sujeita aos regimes de decretação de intervenção ou de liquidação</p><p>extrajudicial de instituição associada;</p><p>II – considerando as finalidades de contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema Financeiro</p><p>Nacional e para prevenção de crise bancária sistêmica, contratar operações de assistência ou de suporte financeiro,</p><p>inclusive operações de liquidez, com as instituições associadas, diretamente ou por intermédio de empresas por</p><p>elas indicadas, ou com seus acionistas controladores.</p><p>Ao efetuar o pagamento de dívidas de instituições associadas, o FGC sub-roga-se nos respectivos créditos,</p><p>e tem o direito de se reembolsar do que pagou.</p><p>SOBRE A GARANTIA FGC</p><p>1 Conteúdo retirado de https://www.fgc.org.br.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 5</p><p>GARANTIA ORDINÁRIA – até R$ 250 mil</p><p>Fazem parte da garantia ordinária proporcionada pelo FGC os seguintes créditos:</p><p>Depósitos à vista ou</p><p>sacáveis mediante</p><p>aviso prévio;</p><p>Depósitos de</p><p>poupança</p><p>Letras de câmbio</p><p>(LC)</p><p>Letras hipotecárias</p><p>(LH)</p><p>Letras de crédito</p><p>imobiliário (LCI)</p><p>Letras de crédito do</p><p>agronegócio (LCA)</p><p>Depósitos a prazo,</p><p>com ou sem</p><p>emissão de</p><p>certificado RDB</p><p>(Recibo de Depósito</p><p>Bancário) e CDB</p><p>(Certificado de</p><p>Depósito Bancário)</p><p>Depósitos mantidos</p><p>em contas não</p><p>movimentáveis por</p><p>cheques destinadas</p><p>ao registro e</p><p>controle do fluxo de</p><p>recursos referentes</p><p>à prestação de</p><p>serviços de</p><p>pagamento de</p><p>salários,</p><p>vencimentos,</p><p>aposentadorias,</p><p>pensões e similares;</p><p>Operações</p><p>compromissadas</p><p>que têm como</p><p>objeto títulos</p><p>emitidos após 8 de</p><p>março de 2012 por</p><p>empresa ligada.</p><p>NÃO SÃO COBERTOS PELA GARANTIA ORDINÁRIA OS DEMAIS CRÉDITOS, INCLUINDO:</p><p>1. Os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou levantados no exterior;</p><p>2. As operações relacionadas a programas de interesse governamental instituídos por lei;</p><p>3. Os depósitos judiciais;</p><p>4. Qualquer instrumento financeiro que contenha cláusula de subordinação, autorizado ou não pelo Banco</p><p>Central do Brasil a integrar o patrimônio de referência de instituições financeiras e demais instituições</p><p>autorizadas a funcionar pela referida autarquia;</p><p>5. Os créditos:</p><p> De titularidade de instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo</p><p>Banco Central do Brasil, de entidades de previdência complementar, de sociedades seguradoras,</p><p>de sociedades de capitalização, de clubes de investimento e de fundos de investimento; e</p><p> Representados por cotas de fundos de investimento ou que representem quaisquer</p><p>participações nas entidades referidas no item anterior ou nos instrumentos financeiros de sua</p><p>titularidade.</p><p>6. Letra Imobiliária – LI</p><p>7. A Letra Imobiliária Garantida – LIG, criada pela Resolução CMN n.º 4.598/2017.</p><p>LIMITE DE COBERTURA ORDINÁRIA</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 6</p><p>O total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas as instituições</p><p>associadas do mesmo conglomerado financeiro, será garantido até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta</p><p>mil reais), limitado ao saldo existente.</p><p>Para efeito da determinação do valor garantido dos créditos de cada pessoa, devem ser observados os</p><p>seguintes critérios:</p><p> O titular do crédito é aquele em cujo nome o crédito estiver registrado na escrituração da instituição</p><p>associada ou aquele designado em título por ela emitido ou aceito;</p><p> Devem ser somados os créditos de cada credor identificado pelo respectivo CPF / CNPJ contra todas as</p><p>instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro;</p><p>Nas contas conjuntas, o valor da garantia é limitado a R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais), ou ao</p><p>saldo da conta quando inferior a esse limite, dividido pelo número de titulares, sendo o crédito do valor garantido</p><p>feito de forma individual.</p><p>Os créditos titulados por associações, condomínios e entidades assemelhadas, sem personalidade jurídica,</p><p>serão garantidos até o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) na totalidade de seus haveres em</p><p>uma mesma instituição associada ou conglomerado financeiro.</p><p>EXEMPLOS</p><p>a) CONTA CONJUNTA com TITULARES DIFERENTES:</p><p>Conta conjunta de 2 titulares:</p><p>AB = saldo de R$ 280.000,00</p><p>Valor garantido = R$ 250.000,00 / 2</p><p>= R$ 125.000,00 para cada titular.</p><p>Conta conjunta de 3 titulares:</p><p>ABC = saldo de R$ 280.000,00</p><p>Valor garantido = R$ 250.000,00 / 3</p><p>= R$ 83.333,33 para cada titular.</p><p>Conta conjunta de 4 titulares:</p><p>ABCD = saldo de R$ 280.000,00</p><p>Valor garantido = R$ 250.000,00 / 4</p><p>= R$ 62.500,00 para cada titular.</p><p>b) MESMO TITULAR com várias CONTAS CONJUNTAS:</p><p>Um cliente (A), com 4 contas conjuntas (com B, C, D e E), cada uma com saldo de R$ 280.000,00:</p><p>Conta AB = R$ 280.000,00 Conta AC = R$ 280.000,00 Conta AD = R$ 280.000,00 Conta AE = R$ 280.000,00</p><p>CÁLCULO DO VALOR DA GARANTIA POR CONTA:</p><p>AB = R$ 250.000,00 / 2 =</p><p>R$ 125.000,00</p><p>AC = R$ 250.000,00 / 2 =</p><p>R$ 125.000,00</p><p>AD = R$ 250.000,00 / 2 =</p><p>R$ 125.000,00</p><p>AE = R$ 250.000,00 / 2 =</p><p>R$ 125.000,00</p><p>Dessa forma, a cada um deles caberá:</p><p>A = R$ 250.000,00 B = R$ 125.000,00 C = R$ 125.000,00 D = R$ 125.000,00 E = R$ 125.000,00</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 7</p><p>Exemplo 1:</p><p>Conta 1 = Saldo de R$ 300.000,00 – Credores F e B.</p><p>Pagamento de garantia de R$ 250.000,00 = R$ 125 mil</p> <p>direta ou indiretamente,</p><p>pelas pessoas ali mencionadas, bem como por pessoas e entidades atuando em seu nome ou sob seu comando.</p><p>§ 2º As comunicações das ocorrências de que tratam os incisos I a IV do caput devem ser realizadas até o dia útil</p><p>seguinte àquele em que forem verificadas.</p><p>§ 3º Devem também ser comunicadas ao Coaf as propostas de realização das operações e atos descritos nos</p><p>incisos I a IV.</p><p>Art. 14. As comunicações de que tratam os arts. 12 e 13 deverão ser efetuadas sem que seja dada ciência aos</p><p>envolvidos ou a terceiros.</p><p>§ 1º As comunicações relativas a cliente identificado como pessoa politicamente exposta devem incluir</p><p>especificamente essa informação.</p><p>§ 2º A alteração ou o cancelamento de comunicação efetuados após o quinto dia útil seguinte ao da sua inclusão</p><p>devem ser acompanhados de justificativa da ocorrência.</p><p>Art. 15. As comunicações de que tratam os arts. 12 e 13 relativas a instituições integrantes de conglomerado</p><p>financeiro e a instituições associadas a sistemas cooperativos de crédito podem ser efetuadas, respectivamente,</p><p>pela instituição líder do conglomerado econômico e pela cooperativa central de crédito.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 51</p><p>Art. 15-A. As instituições de que trata o art. 1º que não tiverem efetuado comunicações nos termos dos arts. 12 e</p><p>13 em cada ano civil deverão prestar declaração, por meio do Sistema de Controle de Atividades Financeiras</p><p>(Siscoaf), atestando a não ocorrência de transações passíveis de comunicação conforme previsto nesta Circular.</p><p>Parágrafo único. A declaração mencionada no caput deve ser:</p><p>I - enviada em até dez dias úteis após o encerramento do ano civil;</p><p>II - considerada para fins da verificação do atendimento ao disposto no art. 11, inciso III, da Lei nº 9.613, de 1998;</p><p>e</p><p>III - fornecida, no que se refere ao art. 12, apenas pelas instituições que mantêm os registros mencionados nos</p><p>arts. 8º e 9º desta Circular.”</p><p>Art. 16. As instituições de que trata o art. 1º devem manter, pelo prazo de 5 (cinco) anos, os documentos relativos</p><p>às análises de operações ou propostas que fundamentaram a decisão de efetuar ou não as comunicações de que</p><p>tratam os arts. 12 e 13.</p><p>PROCEDIMENTOS INTERNOS DE CONTROLE</p><p>Art. 17. (Revogado pela Circular nº 3.858, de 14/11/2017.)</p><p>Art. 18. As instituições de que trata o art. 1º devem indicar ao Banco Central do Brasil diretor responsável pela</p><p>implementação e cumprimento das medidas estabelecidas nesta circular, bem como pelas comunicações de que</p><p>tratam os arts. 12 e 13.</p><p>§ 1º Para fins da responsabilidade de que trata o caput, admite-se que o diretor indicado desempenhe outras</p><p>funções na instituição, exceto a relativa à administração de recursos de terceiros.</p><p>§ 2º No caso de conglomerados financeiros, admite-se a indicação de um diretor responsável pela implementação</p><p>e cumprimento das medidas estabelecidas nesta circular, bem como pelas comunicações referentes às</p><p>respectivas instituições integrantes.</p><p>Art. 18-A. As instituições referidas no art. 1º devem adequar seus sistemas de controles internos ao disposto na</p><p>Lei nº 13.170, de 16 de outubro de 2015, visando ao acompanhamento das resoluções do Conselho de Segurança</p><p>das Nações Unidas (CSNU) e à identificação de bens, valores e direitos de posse ou propriedade, bem como de</p><p>todos os demais direitos, reais ou pessoais, de titularidade, direta ou indireta, de clientes pessoas físicas ou</p><p>jurídicas submetidos a sanções oriundas dessas resoluções e a essas ações de indisponibilidade.</p><p>§ 1º A existência de bens, valores e direitos mencionados no caput deve ser imediatamente comunicada à</p><p>Secretaria-Executiva (Secre) do Banco Central do Brasil e, nos termos definidos no art. 13, ao Coaf.</p><p>§ 2º O disposto neste artigo se aplica ao cumprimento de ordens judiciais relativas às ações de indisponibilidade</p><p>mencionadas no caput em decorrência de resoluções do CSNU, de demandas de cooperação jurídica</p><p>internacional advindas de outras jurisdições em conformidade com a legislação nacional vigente, bem como de</p><p>decisões condenatórias relacionadas à prática de atos terroristas e demais previsões legais.</p><p>Art. 19. O Banco Central do Brasil divulgará:</p><p>I - os procedimentos para efetuar as comunicações de que tratam os arts. 12 e 13;</p><p>III - situações exemplificativas de relacionamento próximo, para fins do disposto no art. 4º.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 52</p><p>Art. 20. A atualização das informações cadastrais relativas a clientes permanentes cujos relacionamentos tenham</p><p>sido iniciados antes da entrada em vigor desta circular deve ser efetuada em conformidade com os testes de</p><p>verificação de que trata o § 5º do art. 2º.</p><p>Art. 20-A. As instituições financeiras devem implementar até 11 de março de 2019 o registro e a remessa de que</p><p>trata o art. 9º-B desta Circular.</p><p>Art. 21. Esta circular entra em vigor na data de sua publicação, surtindo efeitos 30 (trinta) dias após a data de</p><p>publicação para os relacionamentos com clientes permanentes ou eventuais estabelecidos a partir dessa data.</p><p>Art. 22. Ficam revogadas as Circulares ns. 2.852, de 3 de dezembro de 1998, 3.339, de 22 de dezembro de 2006,</p><p>e 3.422, de 27 de novembro de 2008, e os arts. 1º e 2º da Circular nº 3.290, de 5 de setembro de 2005.</p><p>Carta-Circular Bacen nº3.542/2012</p><p>Art. 1º As operações ou as situações descritas a seguir, considerando as partes envolvidas, os valores, a</p><p>frequência, as formas de realização, os instrumentos utilizados ou a falta de fundamento econômico ou legal,</p><p>podem configurar indícios de ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, passíveis</p><p>de comunicação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf):</p><p>I - situações relacionadas com operações em espécie em moeda nacional:</p><p>a) realização de depósitos, saques, pedidos de provisionamento para saque ou qualquer outro instrumento de</p><p>transferência de recursos em espécie, que apresentem atipicidade em relação à atividade econômica do cliente ou</p><p>incompatibilidade com a sua capacidade econômico-financeira;</p><p>b) movimentações em espécie realizadas por clientes cujas atividades possuam como característica a utilização de</p><p>outros instrumentos de transferência de recursos, tais como cheques, cartões de débito ou crédito;</p><p>c) aumentos substanciais no volume de depósitos em espécie de qualquer pessoa natural ou jurídica, sem causa</p><p>aparente, nos casos em que tais depósitos forem posteriormente transferidos, dentro de curto período de tempo,</p><p>a destino não relacionado com o cliente;</p><p>d) fragmentação de depósitos, em espécie, de forma a dissimular o valor total da movimentação;</p><p>e) realização de depósitos de grandes valores em espécie, de forma parcelada, especialmente em regiões</p><p>geográficas de maior risco, principalmente nos mesmos caixas ou terminais de autoatendimento próximos,</p><p>destinados a uma única conta ou a várias contas em municípios ou agências distintas;</p><p>f) movimentação de recursos em espécie em municípios localizados em regiões de fronteira, que apresentem</p><p>indícios de atipicidade ou de incompatibilidade com a capacidade econômico-financeira do cliente;</p><p>g) realização de depósitos em espécie em contas de clientes que exerçam atividade comercial relacionada com</p><p>negociação de bens de luxo ou de alto valor, tais como obras de arte, imóveis, barcos, joias, automóveis ou</p><p>aeronaves executivas;</p><p>h) realização de saques em espécie de conta que receba diversos depósitos por transferência eletrônica de várias</p><p>origens em curto período de tempo;</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 53</p><p>i) realização de depósito em espécie com cédulas úmidas, malcheirosas, mofadas, ou com aspecto de que foram</p><p>armazenadas em local impróprio ou ainda que apresentem marcas, símbolos ou selos desconhecidos,</p><p>empacotadas em maços desorganizados e não uniformes;</p> <p>e</p><p>j) realização de depósitos ou troca de grandes quantidades de cédulas de pequeno valor, realizados por pessoa</p><p>natural ou jurídica, cuja atividade ou negócio não tenha como característica recebimentos de grandes quantias de</p><p>recursos em espécie;</p><p>II - situações relacionadas com operações em espécie em moeda estrangeira e cheques de viagem:</p><p>a) movimentação de recursos em espécie em moeda estrangeira ou cheques de viagem, que apresente atipicidade</p><p>em relação à atividade econômica do cliente ou incompatibilidade com a sua capacidade econômico-financeira;</p><p>b) negociações de moeda estrangeira em espécie, em municípios localizados em regiões de fronteira, que não</p><p>apresentem compatibilidade com a natureza declarada da operação;</p><p>c) negociações de moeda estrangeira em espécie ou cheques de viagem denominados em moeda estrangeira, que</p><p>não apresentem compatibilidade com a natureza declarada da operação;</p><p>d) negociações de moeda estrangeira em espécie ou cheques de viagem denominados em moeda estrangeira,</p><p>realizadas por diferentes pessoas naturais, não relacionadas entre si, que informem o mesmo endereço residencial; e</p><p>e) recebimentos de moeda estrangeira em espécie, por pessoas naturais residentes no exterior, transitoriamente</p><p>no País, decorrentes de ordens de pagamento a seu favor ou da utilização de cartão de uso internacional, sem a</p><p>evidência de propósito claro;</p><p>III - situações relacionadas com dados cadastrais de clientes:</p><p>a) resistência ao fornecimento de informações necessárias para o início de relacionamento ou para a atualização</p><p>cadastral, oferecimento de informação falsa ou prestação de informação de difícil ou onerosa verificação;</p><p>b) abertura, movimentação de contas ou realização de operações por detentor de procuração ou de qualquer outro tipo de</p><p>mandato;</p><p>c) apresentação de irregularidades relacionadas aos procedimentos de identificação e registro das operações</p><p>exigidos pela regulamentação vigente, seguidas ou não do encerramento do relacionamento comercial;</p><p>d) cadastramento de várias contas em uma mesma data, ou em curto período, com depósitos de valores idênticos</p><p>ou aproximados, ou com outros elementos em comum, tais como origem dos recursos, titulares, procuradores,</p><p>sócios, endereço, número de telefone, etc;</p><p>e) realização de operações em que não seja possível identificar o beneficiário final, observados os procedimentos</p><p>definidos na regulamentação vigente;</p><p>f) informação de mesmo endereço comercial por diferentes pessoas jurídicas ou organizações, sem justificativa</p><p>razoável para tal ocorrência;</p><p>g) representação de diferentes pessoas jurídicas ou organizações pelos mesmos procuradores ou representantes</p><p>legais, sem justificativa razoável para tal ocorrência;</p><p>h) informação de mesmo endereço residencial ou comercial por pessoas naturais, sem demonstração da existência</p><p>de relação familiar ou comercial; e</p><p>i) incompatibilidade da atividade econômica ou faturamento informados com o padrão apresentado por clientes</p><p>com o mesmo perfil;</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 54</p><p>IV - situações relacionadas com a movimentação de contas:</p><p>a) movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e</p><p>a capacidade financeira do cliente;</p><p>b) transferências de valores arredondados na unidade de milhar ou que estejam um pouco abaixo do limite para</p><p>notificação de operações;</p><p>c) movimentação de recursos de alto valor, de forma contumaz, em benefício de terceiros;</p><p>d) manutenção de numerosas contas destinadas ao acolhimento de depósitos em nome de um mesmo cliente,</p><p>cujos valores, somados, resultem em quantia significativa;</p><p>e) movimentação de quantia significativa por meio de conta até então pouco movimentada ou de conta que acolha</p><p>depósito inusitado;</p><p>f) ausência repentina de movimentação financeira em conta que anteriormente apresentava grande</p><p>movimentação;</p><p>g) utilização de cofres de aluguel de forma atípica em relação ao perfil do cliente;</p><p>h) dispensa da faculdade de utilização de prerrogativas como recebimento de crédito, de juros remuneratórios para</p><p>grandes saldos ou, ainda, de outros serviços bancários especiais que, em circunstâncias normais, sejam valiosas</p><p>para qualquer cliente;</p><p>i) mudança repentina e injustificada na forma de movimentação de recursos ou nos tipos de transação utilizados;</p><p>j) solicitação de não observância ou atuação no sentido de induzir funcionários da instituição a não seguirem os</p><p>procedimentos regulamentares ou formais para a realização de uma operação;</p><p>k) recebimento de recursos com imediata compra de instrumentos para a realização de pagamentos ou de</p><p>transferências a terceiros, sem justificativa;</p><p>l) realização de operações que, por sua habitualidade, valor e forma, configurem artifício para burla da identificação</p><p>da origem, do destino, dos responsáveis ou dos beneficiários finais;</p><p>m) existência de contas que apresentem créditos e débitos com a utilização de instrumentos de transferência de</p><p>recursos não característicos para a ocupação ou o ramo de atividade desenvolvida pelo cliente;</p><p>n) recebimento de depósitos provenientes de diversas origens, sem fundamentação econômico-financeira,</p><p>especialmente provenientes de regiões distantes do local de atuação da pessoa jurídica ou distantes do domicílio</p><p>da pessoa natural;</p><p>o) pagamentos habituais a fornecedores ou beneficiários que não apresentem ligação com a atividade ou ramo de</p><p>negócio da pessoa jurídica;</p><p>p) pagamentos ou transferências por pessoa jurídica para fornecedor distante de seu local de atuação, sem</p><p>fundamentação econômico-financeira;</p><p>q) realização de depósitos de cheques endossados totalizando valores significativos;</p><p>r) existência de conta de depósitos à vista de organizações sem fins lucrativos cujos saldos ou movimentações</p><p>financeiras não apresentem fundamentação econômica ou legal ou nas quais pareça não haver vinculação entre a</p><p>atividade declarada da organização e as outras partes envolvidas nas transações;</p><p>s) movimentação habitual de recursos financeiros de ou para pessoas politicamente expostas ou pessoas de</p><p>relacionamento próximo, não justificada por eventos econômicos;</p><p>t) existência de contas em nome de menores ou incapazes, cujos representantes realizem grande número de</p><p>operações atípicas; e</p><p>u) transações significativas e incomuns por meio de contas de depósitos de investidores não residentes constituídos</p><p>sob a forma de trust;</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 55</p><p>V - situações relacionadas com operações de investimento interno:</p><p>a) operações ou conjunto de operações de compra ou de venda de títulos e valores mobiliários a preços</p><p>incompatíveis com os praticados no mercado ou quando realizadas por pessoa cuja atividade declarada e perfil</p><p>não se coadunem ao tipo de negociação realizada;</p><p>b) realização de operações atípicas que resultem em elevados ganhos para os agentes intermediários, em</p><p>desproporção com a natureza dos serviços efetivamente prestados;</p><p>c) investimentos significativos em produtos de baixa rentabilidade e liquidez;</p><p>d) investimentos significativos não proporcionais à capacidade econômico-financeira do cliente, ou cuja origem não</p><p>seja claramente conhecida; e</p><p>e) resgates de investimentos no curtíssimo prazo, independentemente do resultado auferido;</p><p>VI - situações relacionadas com cartões de pagamento:</p><p>a) utilização, carga ou recarga de cartão em valor não compatível com a capacidade econômico-financeira, atividade</p><p>ou perfil do usuário;</p><p>b) realização de múltiplos saques com cartão em terminais eletrônicos em localidades diversas e distantes do local</p><p>de contratação ou recarga;</p><p>c) utilização do cartão de forma incompatível com o perfil do cliente, incluindo operações atípicas em outros países;</p><p>d) utilização de diversas fontes de recursos para carga e recarga de cartões; e</p><p>e) realização de operações de carga</p> <p>e recarga de cartões, seguidas imediatamente por saques em caixas</p><p>eletrônicos.</p><p>VII - situações relacionadas com operações de crédito no País:</p><p>a) realização de operações de crédito no País liquidadas com recursos aparentemente incompatíveis com a situação</p><p>econômico-financeira do cliente;</p><p>b) solicitação de concessão de crédito no País incompatível com a atividade econômica ou com a capacidade</p><p>financeira do cliente;</p><p>c) realização de operação de crédito no País seguida de remessa de recursos ao exterior, sem fundamento</p><p>econômico ou legal, e sem relacionamento com a operação de crédito;</p><p>d) realização de operações de crédito no País, simultâneas ou consecutivas, liquidadas antecipadamente ou em</p><p>prazo muito curto;</p><p>e) liquidação de operações de crédito no País por terceiros, sem justificativa aparente;</p><p>f) concessão de garantias de operações de crédito no País por terceiros não relacionados ao tomador;</p><p>g) realização de operação de crédito no País com oferecimento de garantia no exterior por cliente sem tradição de</p><p>realização de operações no exterior; e</p><p>h) aquisição de bens ou serviços incompatíveis com o objeto da pessoa jurídica, especialmente quando os recursos</p><p>forem originados de crédito no País;</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 56</p><p>VIII - situações relacionadas com a movimentação de recursos oriundos de contratos com o setor público:</p><p>a) movimentações atípicas de recursos por agentes públicos, conforme definidos no art. 2º da Lei nº 8.429, de 2 de</p><p>junho de 1992;</p><p>b) movimentações atípicas de recursos por pessoa natural ou jurídica relacionados a patrocínio, propaganda,</p><p>marketing, consultorias, assessorias e capacitação;</p><p>c) movimentações atípicas de recursos por organizações sem fins lucrativos; e</p><p>d) movimentações atípicas de recursos por pessoa natural ou jurídica relacionados a licitações;</p><p>IX - situações relacionadas a consórcios:</p><p>a) existência de consorciados detentores de elevado número de cotas, incompatível com sua capacidade</p><p>econômico-financeira ou com o objeto da pessoa jurídica;</p><p>b) aumento expressivo do número de cotas pertencentes a um mesmo consorciado;</p><p>c) oferecimento de lances incompatíveis com a capacidade econômico-financeira do consorciado;</p><p>d) oferecimento de lances muito próximos ao valor do bem;</p><p>e) pagamento antecipado de quantidade expressiva de prestações vincendas, não condizente com a capacidade</p><p>econômico-financeira do consorciado;</p><p>f) aquisição de cotas previamente contempladas, seguida de quitação das prestações vincendas;</p><p>g) utilização de documentos falsificados na adesão ou tentativa de adesão a grupo de consórcio;</p><p>X - situações relacionadas a pessoas suspeitas de envolvimento com atos terroristas:</p><p>a) movimentações financeiras envolvendo pessoas relacionadas a atividades terroristas listadas pelo Conselho de</p><p>Segurança das Nações Unidas;</p><p>b) realização de operações ou prestação de serviços, qualquer que seja o valor, a pessoas que reconhecidamente</p><p>tenham cometido ou intentado cometer atos terroristas, ou deles participado ou facilitado o seu cometimento;</p><p>c) existência de recursos pertencentes ou controlados, direta ou indiretamente, por pessoas que reconhecidamente</p><p>tenham cometido ou intentado cometer atos terroristas, ou deles participado ou facilitado o seu cometimento; e</p><p>d) movimentações com indícios de financiamento do terrorismo;</p><p>XI - situações relacionadas com atividades internacionais:</p><p>a) realização ou proposta de operação com pessoas naturais ou jurídicas, inclusive sociedades e instituições</p><p>financeiras, situadas em países que não apliquem ou apliquem insuficientemente as recomendações do Grupo de</p><p>Ação contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Gafi), ou que tenham sede em países ou</p><p>dependências com tributação favorecida ou regimes fiscais privilegiados ou em locais onde seja observada a prática</p><p>contumaz dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, não claramente caracterizadas em sua</p><p>legalidade e fundamentação econômica;</p><p>b) utilização de operações complexas e com custos mais elevados que visem a dificultar o rastreamento dos</p><p>recursos ou a identificação da natureza da operação;</p><p>c) realização de pagamentos de importação e recebimentos de exportação, antecipados ou não, por empresa sem</p><p>tradição ou cuja avaliação econômico-financeira seja incompatível com o montante negociado;</p><p>d) realização de pagamentos a terceiros não relacionados a operações de importação ou de exportação;</p><p>e) realização de transferências unilaterais que, pela habitualidade, valor ou forma, não se justifiquem ou</p><p>apresentem atipicidade;</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 57</p><p>f) realização de transferências internacionais nas quais não se justifique a origem dos fundos envolvidos ou que se</p><p>mostrem incompatíveis com a capacidade econômico-financeira ou com o perfil do cliente;</p><p>g) realização de transferência de valores a título de disponibilidade no exterior, incompatível com a capacidade</p><p>econômico-financeira do cliente ou sem fundamentação econômica ou legal;</p><p>h) realização de exportações ou importações aparentemente fictícias ou com indícios de superfaturamento ou</p><p>subfaturamento;</p><p>i) existência de informações na carta de crédito com discrepâncias em relação a outros documentos da operação</p><p>de comércio internacional;</p><p>j) realização de pagamentos ao exterior após créditos em reais efetuados nas contas de depósitos dos titulares das</p><p>operações de câmbio por pessoas que não demonstrem a existência de vínculo comercial ou econômico;</p><p>k) movimentações decorrentes de programa de repatriação de recursos que apresentem inconsistências</p><p>relacionadas à identificação do titular ou do beneficiário final, bem como ausência de informações confiáveis sobre</p><p>a origem e a fundamentação econômica ou legal; e</p><p>l) realização de frequentes pagamentos antecipados ou à vista de importação em que não seja possível obter</p><p>informações sobre o desembaraço aduaneiro das mercadorias;</p><p>XII - situações relacionadas com operações de crédito contratadas no exterior:</p><p>a) contratação de operações de crédito no exterior com cláusulas que estabeleçam condições incompatíveis com</p><p>as praticadas no mercado, como juros destoantes da prática ou prazo muito longo;</p><p>b) contratação, no exterior, de várias operações de crédito consecutivas, sem que a instituição tome conhecimento</p><p>da quitação das anteriores;</p><p>c) contratação, no exterior, de operações de crédito que não sejam quitadas por intermédio de operações na</p><p>mesma instituição;</p><p>d) contratação, no exterior, de operações de crédito, quitadas sem explicação aparente para a origem dos recursos; e</p><p>e) contratação de empréstimos ou financiamentos no exterior, oferecendo garantias em valores ou formas</p><p>incompatíveis com a atividade ou capacidade econômico-financeira do cliente ou em valores muito superiores ao</p><p>valor das operações contratadas ou cuja origem não seja claramente conhecida;</p><p>XIII - situações relacionadas com operações de investimento externo:</p><p>a) recebimento de investimento externo direto, cujos recursos retornem imediatamente a título de disponibilidade</p><p>no exterior;</p><p>b) recebimento de investimento externo direto, com realização quase imediata de remessas de recursos para o</p><p>exterior a título de lucros e dividendos;</p><p>c) realização de remessas de lucros e dividendos ao exterior em valores incompatíveis com o valor investido;</p><p>d) realização de remessas ao exterior a título de investimento em montantes incompatíveis com a capacidade</p><p>financeira do cliente;</p><p>e) realização de remessas de recursos de um mesmo investidor situado no exterior para várias empresas no País;</p><p>f) realização de remessas de recursos de vários investidores situados no exterior para uma mesma empresa no</p><p>País; e</p><p>g) recebimento de aporte de capital desproporcional ao porte ou à natureza empresarial do cliente, ou em valores</p><p>incompatíveis</p> <p>com a capacidade econômico-financeira dos sócios; e</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 58</p><p>XIV - situações relacionadas com empregados das instituições financeiras e seus representantes:</p><p>a) alteração inusitada nos padrões de vida e de comportamento do empregado ou do representante, sem causa</p><p>aparente;</p><p>b) modificação inusitada do resultado operacional da pessoa jurídica do representante ou do correspondente no</p><p>País, sem causa aparente;</p><p>c) realização de qualquer negócio de modo diverso ao procedimento formal da instituição por empregado,</p><p>representante ou correspondente no País; e</p><p>d) fornecimento de auxílio ou informações, remunerados ou não, a cliente em prejuízo do programa de prevenção</p><p>à lavagem de dinheiro e combate ao financiamento do terrorismo da instituição, ou de auxílio para estruturar ou</p><p>fracionar operações, burlar limites regulamentares ou operacionais.</p><p>Art. 2º As situações descritas nesta Carta Circular, quando aplicáveis, podem indicar parâmetros para a</p><p>estruturação de sistemas de controles internos, inclusive informatizados, para prevenção de lavagem de dinheiro</p><p>e combate ao financiamento do terrorismo implantados pelas instituições financeiras e demais instituições</p><p>autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.</p><p>Art. 3º A comunicação das situações relacionadas nesta Carta Circular, bem como de outras que, embora não</p><p>mencionadas, possam configurar indícios de ocorrência das práticas de que trata o art. 13 da Circular nº 3.461, de</p><p>24 de julho de 2009, deve ser efetuada por meio do Sistema de Controle de Atividades Financeiras (Siscoaf).</p><p>Art. 4º Esta Carta Circular entra em vigor em 14 de maio de 2012, quando fica revogada a Carta Circular nº 2.826,</p><p>de 4 de dezembro de 1998.</p><p>COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras.</p><p>O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão criado no âmbito do Ministério</p><p>da Fazenda, foi instituído pela Lei 9.613, de 1998, e atua eminentemente na prevenção e combate à</p><p>lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.</p><p>As competências do Coaf estão definidas nos artigos 14 e 15 da referida lei, quais sejam:</p><p> Receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas;</p><p> Comunicar às autoridades competentes para a instauração dos procedimentos cabíveis nas</p><p>situações em que o Conselho concluir pela existência, ou fundados indícios, de crimes de</p><p>“lavagem”, ocultação de bens, direitos e valores, ou de qualquer outro ilícito;</p><p> Coordenar e propor mecanismos de cooperação e de troca de informações que viabilizem ações</p><p>rápidas e eficientes no combate à ocultação ou dissimulação de bens, direitos e valores;</p><p> Disciplinar e aplicar penas administrativas.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 59</p><p>O §1º do artigo 14 da lei também atribuiu ao Coaf a competência de regular os setores</p><p>econômicos para os quais não haja órgão regulador ou fiscalizador próprio.</p><p>Nesses casos, cabe ao Coaf definir as pessoas abrangidas e os meios e critérios para envio de</p><p>comunicações, bem como a expedição das instruções para a identificação de clientes e manutenção de</p><p>registros de transações, além da aplicação de sanções previstas no artigo 12 da lei.</p><p>Organograma</p><p>Plenário do Coaf</p><p>O plenário é composto:</p><p> pelo presidente do Coaf, nomeado pelo presidente da República por indicação do</p><p>ministro da Fazenda e que exerce a presidência do plenário</p><p> por 11 conselheiros, designados em ato do ministro da Fazenda</p><p>Órgãos: Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Banco Central do Brasil (BCB), Comissão de Valores</p><p>Mobiliários (CVM), Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), Departamento de</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 60</p><p>Polícia Federal (DPF), Ministério da Justiça (MJ), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Procuradoria-</p><p>Geral da Fazenda Nacional (PGFN), Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), Superintendência de</p><p>Seguros Privados (Susep) e Ministério da Fazenda.</p><p>Conselheiros</p><p>Os conselheiros devem ser servidores públicos de reputação ilibada e de reconhecida</p><p>competência, integrantes do quadro de pessoal efetivo dos órgãos.</p><p>Participam também das sessões como convidados, sem direito a voto, representantes dos</p><p>seguintes órgãos:</p><p> Advocacia-Geral da União (AGU), responsável pela assistência jurídica aos conselheiros;</p><p> Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), responsável por regular o setor de promoção</p><p>imobiliária;</p><p> Conselho Federal de Contabilidade (CFC), responsável por regular profissionais e organizações</p><p>contábeis, quando no exercício de suas funções;</p><p> Secretaria de Acompanhamento Fiscal, Energia e Loteria (Sefel), responsável por regular</p><p>exploração de loterias;</p><p> Conselho Federal de Economia (Cofecon), responsável por regular pessoas físicas e jurídicas que</p><p>exploram atividades de economia e finanças;</p><p> Departamento de Registro Empresarial e Integração (Drei), responsável por regular as juntas</p><p>comerciais.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 61</p><p>Autorregulação Bancária.</p><p>Há aproximadamente 10 anos, a partir da iniciativa de 7 dos maiores bancos do país, de</p><p>profissionais da equipe da própria FEBRABAN e com o apoio de uma empresa de consultoria contratada</p><p>especificamente para esse fim, foi criado um Grupo de Trabalho que deu início ao projeto, a partir de um</p><p>levantamento dos principais pontos objetos de demandas de consumo em face dos bancos junto ao</p><p>Sistema Nacional de Defesa do Consumidor.</p><p>A construção da Autorregulação começou a ganhar vida em 2007, quando a Diretoria da</p><p>FEBRABAN definiu aquele que deveria ser o primeiro tema a ser trabalhado: o relacionamento entre os</p><p>bancos e seus consumidores pessoa física. Desde a aprovação do Código de Autorregulação Bancária,</p><p>em agosto de 2008, até hoje, a Autorregulação ampliou seu escopo de atuação e passou a tratar também</p><p>de temas como Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo e a</p><p>Responsabilidade Socioambiental.</p><p>Em 2018, com o aniversário de 10 anos da Autorregulação, o modelo original passou por um</p><p>diagnóstico que resultou na identificação de oportunidades de melhoria com vistas ao seu</p><p>fortalecimento. A partir de 1º de janeiro de 2019, o texto original do Código de Autorregulação, dará lugar</p><p>ao Código de Conduta Ética e Autorregulação, de observância obrigatória por todas as Instituições</p><p>Financeiras associadas à FEBRABAN.</p><p>Com o novo modelo, qualquer associada à FEBRABAN, além de observar as normas de caráter</p><p>principiológico do Código de Conduta Ética e Autorregulação, pode também aderir a um ou mais eixos</p><p>Normativos da Autorregulação, de acordo com o seu interesse e área de atuação:</p><p>I – relacionamento com o consumidor;</p><p>II – combate ao financiamento ao terrorismo e prevenção à lavagem de dinheiro; e/ ou</p><p>III – responsabilidade socioambiental.</p><p>Mais do que acrescentar um conjunto de normas à extensa e rigorosa lista de regras aplicáveis</p><p>ao sistema bancário, o compromisso da Autorregulação FEBRABAN é estabelecer padrões ainda mais</p><p>elevados de conduta às Instituições Financeiras, reconhecendo que é possível e oportuno ir além do</p><p>estritamente legal.</p><p>A partir de janeiro de 2019, todos os bancos associados à FEBRABAN passam a ser considerados</p><p>Signatários da Autorregulação. Além disso, é possível aderir de forma voluntária a determinados ‘eixos</p><p>normativos’, como relacionamento com o consumidor; responsabilidade socioambiental; e prevenção à</p><p>lavagem de dinheiro.</p><p>A adesão a um, dois ou três eixos definirá o ‘nível’ das Signatárias em relação à Autorregulação.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 62</p><p>CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA</p><p>Aprovado pelo Conselho de Autorregulação em 20</p> <p>de junho de 2018.</p><p>Aprovado pelo Conselho Diretor em 27 de junho de 2018.</p><p>Conceitos</p><p>Para os efeitos deste código, considera-se:</p><p>Ética - virtude caracterizada pela orientação dos atos das associadas segundo os valores do bem e da</p><p>decência pública.</p><p>Conduta - manifestação do modo como uma associada se comporta perante a sociedade, tendo como</p><p>base as crenças, culturas, valores morais e éticos que seguem.</p><p>Conflito de Interesse - qualquer situação na qual a associada possa ter sua capacidade de julgamento</p><p>e decisão afetada, podendo incorrer ou sugerir quebra do princípio de imparcialidade e favorecer seu</p><p>próprio interesses, de terceiros ou, ainda, de cunho político, em detrimento dos interesses e princípios</p><p>da FEBRABAN.</p><p>Compliance - Compliance é o dever de cumprir, de estar em conformidade e fazer cumprir leis, diretrizes,</p><p>regulamentos internos e externos, buscando mitigar o risco atrelado à reputação, ao risco legal ou</p><p>regulatório.</p><p>Corrupção - toda e qualquer ação, culposa ou dolosa, que implique sugestão, oferta, promessa,</p><p>concessão (forma ativa) ou solicitação, exigência, aceitação ou recebimento (forma passiva), de</p><p>vantagens indevidas, de natureza financeira ou não, tais como: propina, tráfico de influência e</p><p>favorecimentos, em troca de realização ou omissão de atos inerentes as suas atribuições, operações ou</p><p>atividades, ou visando a benefícios para si ou para terceiros.</p><p>Instituições Financeiras – pessoa jurídica de direito público ou privado, conforme Lei nº 7.492/86, que</p><p>tenha como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não, a captação, intermediação ou</p><p>aplicação de recursos financeiros de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, ou a custódia,</p><p>emissão, distribuição, negociação, intermediação ou administração de valores mobiliários.</p><p>Signatárias – todas as Instituições Financeiras associadas à FEBRABAN.</p><p>Signatárias nível I – Instituições Financeiras Signatárias a este Código de Conduta Ética e</p><p>Autorregulação.</p><p>Signatárias nível II – Instituições Financeiras Signatárias que aderiram a pelo menos um dos eixos</p><p>normativos do SARB.</p><p>Signatárias nível III – Instituições Financeiras Signatárias que aderiram a todos os eixos normativos do</p><p>SARB.</p><p>Capítulo I – Da Conduta Ética</p><p>Seção I – Dos Princípios Éticos</p><p>Art. 1º. As Signatárias deverão observar os seguintes princípios éticos:</p><p>I - Integridade - Adotar em todas suas atividades, processos e relacionamentos as boas práticas de</p><p>conduta, honestidade e retidão.</p><p>II - Equidade - Desenvolver um ambiente profissional e de mercado justo, digno e imparcial.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 63</p><p>III – Respeito ao consumidor – Tratar o consumidor de forma justa e transparente, com atendimento</p><p>cortês e digno, de forma a garantir a sua liberdade de escolha e a tomada de decisões conscientes, bem</p><p>como atender suas necessidades e as possíveis convergências de interesses.</p><p>IV - Transparência - Prestar informações claras, exatas e suficientes em todos os relacionamentos e</p><p>decisões tomadas, sempre em conformidade com as leis e regulamentações aplicáveis.</p><p>V - Excelência - Aperfeiçoar padrões de conduta, elevar a qualidade dos produtos e serviços de forma</p><p>contínua e permanente.</p><p>VI - Sustentabilidade - Atuar com responsabilidade ambiental, econômica, social e cultural, respeitando</p><p>leis e regulamentações e contribuindo para o desenvolvimento sustentável.</p><p>VII- Confiança - Manter em todos os relacionamentos, práticas que proporcionem um ambiente de</p><p>credibilidade, segurança, boa-fé e lealdade.</p><p>Seção II- Do Relacionamento com o Consumidor</p><p>Art. 2º. As Signatárias reconhecem a vulnerabilidade do consumidor e, na implementação de suas</p><p>políticas de Relacionamento com Clientes e Usuários, comprometem-se com a convergência de suas</p><p>práticas comerciais em relação às leis de proteção e defesa do consumidor, notadamente ao Código de</p><p>Proteção e Defesa do Consumidor e legislação complementar em matéria consumerista.</p><p>Art. 3º. As Signatárias, em suas relações com consumidores e clientes, pautarão suas ações em valores</p><p>organizacionais baseados na boa-fé, no tratamento justo, na transparência, no respeito à dignidade e</p><p>harmonização de interesses, devendo oferecer produtos e serviços adequados ao seu perfil.</p><p>Art. 4º. As Signatárias garantirão a liberdade de escolha dos consumidores, provendo informações</p><p>completas e adequadas que permitam a aquisição consciente e refletida de produtos ou serviços e, de</p><p>forma facilitada, garantir-lhes acesso aos processos de portabilidade quando de seu interesse.</p><p>Art. 5º. As Signatárias comprometem-se com o cuidado permanente para que as peças publicitárias e</p><p>anúncios estejam livres de informações ambíguas, exageradas, capazes de induzir o consumidor em erro</p><p>ou, ainda, que promovam a discriminação, desrespeito a valores ambientais ou explore a deficiência de</p><p>julgamento.</p><p>Art. 6º. As Signatárias observarão o mais estrito dever de cuidado e sigilo no tratamento de informações</p><p>cadastrais, confidencialidade de dados pessoais, financeiros ou de qualquer natureza dos consumidores.</p><p>Art. 7º. As Signatárias disponibilizarão canais de atendimento acessíveis a consumidores e clientes,</p><p>atenderão suas demandas de forma tempestiva e atuarão de maneira a estimular os mecanismos</p><p>alternativos de solução de conflitos e fortalecer a mediação por meio de seus canais de atendimento,</p><p>destacadamente os canais de SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) e Ouvidoria.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 64</p><p>Seção III – Da Livre Concorrência</p><p>Art. 8º. As Signatárias, em conformidade com a Política de Defesa da Concorrência da FEBRABAN,</p><p>comprometer-se-ão com a promoção de um ambiente de concorrência livre, honesta, justa e correta,</p><p>visando o aprimoramento contínuo de produtos, serviços e eficiência.</p><p>Art. 9º As Signatárias não admitirão impedimentos artificiais ou ilegais à entrada de novos concorrentes</p><p>no mercado ou à manutenção da atividade econômica de cada uma.</p><p>Art. 10. As discussões sobre quaisquer temas que possam configurar práticas anticoncorrenciais serão</p><p>coibidas entre as associadas, assegurando-se um ambiente único e exclusivo para discussões dos</p><p>interesses do Sistema de Autorregulação Bancária e de todas as suas Signatárias, sem exceção.</p><p>Art. 11. As boas práticas de mercado e as legislações nacionais e internacionais de livre concorrência</p><p>deverão ser integralmente adotadas e cumpridas, proporcionando segurança a diferentes opções de</p><p>oferta de serviços e produtos ao consumidor.</p><p>Art. 12. As Signatárias coibirão e impedirão quaisquer infrações à ordem econômica que possam causar</p><p>prejuízos aos fundamentos da livre concorrência no mercado financeiro.</p><p>Seção IV – Da Responsabilidade Socioambiental</p><p>Art. 13. As Signatárias valorizarão e incentivarão a preservação ambiental e o desenvolvimento social,</p><p>estimulando um ambiente harmonioso, sustentável e inclusivo.</p><p>Art. 14. As Signatárias, independentemente de sua localização, deverão valorizar e respeitar os valores</p><p>culturais, históricos e tradições da localidade de prestação dos seus serviços e oferta de produtos, bem</p><p>como a dignidade e a individualidade das pessoas em todos os relacionamentos.</p><p>Art. 15. As Signatárias se empenharão na prevenção e não aceitarão quaisquer formas de trabalho</p><p>forçado, involuntário, escravo ou em condição análoga, tampouco o uso de mão de obra infantil, em</p><p>desacordo com a legislação e regulamentação vigentes, ou qualquer outra forma de trabalho contra a</p><p>livre vontade ou escolha do indivíduo, bem como contribuirão ativamente para o combate e a</p><p>erradicação de formas degradantes de trabalho.</p><p>Art. 16. Não serão toleradas nenhuma forma de discriminação, desrespeito e preconceito de qualquer</p><p>natureza, seja de gênero, raça, religião, faixa etária, convicção política, nacionalidade, estado civil, posição</p> <p>social, condição física, entre outras.</p><p>Art. 17. Todas as formas de abuso de poder, condutas hostis e/ou de intimidações como assédios (moral,</p><p>físico, psicológico, judicial, entre outros), constrangimentos, depreciações, ofensas e/ou ameaças não</p><p>serão toleradas.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 65</p><p>Art. 18. As Signatárias se comprometem a promover ações de educação financeira voltadas ao crédito</p><p>consciente e ao uso dos recursos disponíveis.</p><p>Seção V – Da Conformidade com as Leis</p><p>Art. 19. As Signatárias comprometem-se a trabalhar num ambiente ético, de respeito às leis, nacionais e</p><p>internacionais, e às autoridades de todas as instâncias dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.</p><p>Art. 20. As Signatárias comprometem-se com a manutenção de políticas e práticas institucionais</p><p>atualizadas e disseminadas de prevenção e combate a todas as formas de atos ilegais ou criminosos.</p><p>Seção VI – Da Prevenção a Fraudes e Lavagem de Dinheiro</p><p>Art. 21. As Signatárias não deverão admitir prática que vise ocultar ou dissimular a origem, localização e</p><p>disposição de bens, direitos ou valores provenientes direta ou indiretamente de infrações penais.</p><p>Art. 22. As Signatárias instituirão políticas rígidas de governança e cumprimento das normas voltadas à</p><p>prevenção à fraude e à lavagem de dinheiro, incluindo orientações e procedimentos para prevenir e</p><p>detectar operações ou transações que apresentem características atípicas, devendo:</p><p>I - Implementar e aprimorar continuamente mecanismos para evitar a realização de negócios com</p><p>terceiros de reputação inidônea, incluindo agentes, consultores e parceiros de negócio que possam estar</p><p>envolvidos em atividades ilícitas e cujos recursos sejam de origem ilegítima;</p><p>II - Assegurar a existência de políticas e de controles que coíbam falsificações ou adulterações de</p><p>documentos, registros e aprovações;</p><p>III - Realizar o reporte de transações suspeitas para os órgãos competentes de acordo com os</p><p>procedimentos vigentes, conforme diretrizes do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras);</p><p>e</p><p>IV - Enfatizar a importância de conhecer os clientes e colaboradores, bem como a notificação de</p><p>atividades suspeitas.</p><p>Art. 23. As Signatárias cooperarão plenamente com os órgãos competentes em relação aos temas</p><p>abordados, a fim de não serem utilizadas inadvertidamente, na qualidade de Instituição Financeira, como</p><p>intermediária em algum processo tendente à Lavagem de Dinheiro, financiamento ao terrorismo ou</p><p>manipulação de mercado.</p><p>Seção VII – Da Prevenção e Combate à Corrupção</p><p>Art. 24. As Signatárias não tolerarão e repudiarão quaisquer atos de corrupção, de qualquer natureza,</p><p>em prejuízo do interesse público ou privado, nacional ou estrangeiro.</p><p>Art. 25. As Signatárias manterão políticas e adotarão práticas institucionais de prevenção e combate à</p><p>corrupção, em conformidade com elevados padrões de honestidade e integridade.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 66</p><p>Art. 26. As Signatárias cooperarão com as iniciativas nacionais e internacionais de prevenção e combate</p><p>à corrupção.</p><p>Art. 27. As Signatárias adotarão ações de prevenção e manterão controles para que aqueles que ajam</p><p>em seu nome não pratiquem atos de corrupção.</p><p>Art. 28. As Signatárias adotarão medidas corretivas em caso de suspeita ou identificação de algum ilícito</p><p>cometido por aqueles que ajam em seu nome, comprometendo-se a aprimorar suas ações de prevenção.</p><p>Seção VIII – Do Relacionamento entre Associadas</p><p>Art. 29. As Signatárias se empenharão em tratar de maneira respeitosa, igualitária e imparcial os demais</p><p>participantes do Sistema de Autorregulação Bancária da FEBRABAN, buscando, em suas interações:</p><p>I - Expressar opiniões livremente, cooperar, praticar o diálogo e acolher opiniões divergentes de caráter</p><p>construtivo;</p><p>II - Promover o ambiente de respeito mútuo quanto à manifestação de opiniões, à liberdade de escolha</p><p>e às posições dos representantes, independentemente da Instituição Financeira associada, da função ou</p><p>cargo que ocupem;</p><p>III - Não constranger e não se impor de forma autoritária nas discussões e tomadas de decisão;</p><p>IV - Respeitar os princípios de lealdade, cordialidade, boa-fé e transparência; e</p><p>V - Fornecer informações claras, objetivas, corretas e transparentes para que as discussões e tomadas</p><p>de decisão contribuam para o fortalecimento da Autorregulação Bancária;</p><p>Art. 30. Na hipótese de identificação de situações de conflito entre as Signatárias, as partes envolvidas</p><p>se comprometerão a assumir, junto ao Sistema de Autorregulação, postura que seja alinhada à conduta</p><p>ética prevista neste documento.</p><p>Parágrafo único. O procedimento de resolução de conflitos entre as Instituições Financeiras Signatárias,</p><p>previsto neste artigo, será disciplinado em Normativo específico da Autorregulação Bancária.</p><p>Seção IX – Das Relações Externas e Interação com o Poder Público e Autoridades</p><p>Art. 31. As signatárias comprometem-se a manter diálogo, sempre que solicitado ou necessário, com as</p><p>autoridades constituídas, em especial as que atuam na regulação, proteção e defesa dos consumidores,</p><p>atentando-se às questões apresentadas e demonstrando postura construtiva na avaliação dos temas</p><p>tratados, primando pelo aprimoramento contínuo da relação com os consumidores e cidadãos na</p><p>prestação de serviços bancários.</p><p>Art. 32. As Signatárias, salvo na condição de mandatária, não tomarão quaisquer decisões ou assumirão</p><p>compromissos perante fóruns, mídia, Poder Público ou Autoridades, em nome do Sistema de</p><p>Autorregulação Bancária.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 67</p><p>Seção X – Do Controle da Informação e Confidencialidade</p><p>Art. 33. As Signatárias comprometem-se a possuir e atualizar periodicamente as políticas, procedimentos</p><p>e controles que assegurem a integridade, legitimidade, confiabilidade, segurança e sigilo das transações.</p><p>Art. 34. As Signatárias assegurarão a privacidade das informações pessoais do consumidor, mesmo</p><p>quando ele não for mais seu cliente.</p><p>Parágrafo único. Serão observados os mais estritos padrões éticos no tratamento das informações</p><p>pessoais do consumidor e eventual compartilhamento de informações deve ser realizado conforme</p><p>previsto na legislação vigente, incluindo as hipóteses abaixo:</p><p>I – mediante determinação judicial; ou</p><p>II - se o consumidor solicitar ou permitir revelar as suas informações.</p><p>Seção XI – Do Conflito de Interesses</p><p>Art. 35. As Signatárias devem agir de modo a prevenir ou impedir quaisquer situações que possam</p><p>configurar conflito de interesses, tais como:</p><p>I - utilização de recursos ou reputação da FEBRABAN para obter vantagens pessoais ou privilégios para a</p><p>instituição financeira que representa; e</p><p>II - realização de atividades ou influência externa que conflitem ou prejudiquem o cumprimento de suas</p><p>responsabilidades.</p><p>Capítulo II – Do Sistema de Autorregulação Bancária</p><p>Art. 36. O Sistema de Autorregulação Bancária é regido pelos seguintes instrumentos normativos:</p><p>I- Código de Conduta Ética e Autorregulação Bancária;</p><p>II – Normativos aprovados pelo Conselho de Autorregulação; e</p><p>III – Decisões da Diretoria de Autorregulação e do Conselho de Autorregulação.</p><p>Art. 37. As normas da Autorregulação não se sobrepõem, mas se harmonizam à legislação vigente,</p><p>destacadamente ao Código de Defesa do Consumidor, às leis e normas especificamente direcionadas ao</p><p>sistema bancário e à execução de atividades delegadas pelo setor público a Instituições Financeiras.</p><p>Art. 38. As normas da Autorregulação abrangem todos os produtos e serviços ofertados ou</p><p>disponibilizados pelas Signatárias a qualquer pessoa física, cliente ou não cliente e ainda, quando</p><p>expressamente previstas, à pessoa jurídica.</p><p>Seção I – Da Responsabilidades das Signatárias</p><p>Art. 39. São responsabilidades das Signatárias</p> <p>do Sistema de Autorregulação Bancária:</p><p>I - respeitar e fazer com que suas controladas e coligadas sujeitas a este Código respeitem as normas da</p><p>Autorregulação;</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 68</p><p>II – indicar um profissional com cargo estatutário, preferencialmente das áreas de ouvidoria, compliance,</p><p>riscos, controles internos ou jurídico, para ser o interlocutor com a Diretoria de Autorregulação;</p><p>III - disponibilizar e permitir acesso a informações para fins de verificação da aderência às normas do</p><p>Sistema de Autorregulação Bancária, sempre que solicitado.</p><p>Sessão II – Do Conselho das Signatárias</p><p>Art. 40. O Conselho das Signatárias do Sistema de Autorregulação Bancária é composto pelos membros</p><p>do Conselho Diretor da FEBRABAN representantes das Instituições Financeiras.</p><p>Art. 41. Compete ao Conselho das Signatárias:</p><p>I - deliberar sobre a composição do Conselho de Autorregulação e o modelo de adesão ao Sistema de</p><p>Autorregulação Bancária;</p><p>II- nomear os Conselheiros Setoriais e os Conselheiros Independentes, conforme disposto nos artigos 46</p><p>e 47;</p><p>III - estabelecer eventual verba remuneratória para os Conselheiros Independentes.</p><p>Art. 42. O Conselho das Signatárias reunir-se-á sempre que os interesses do Sistema de Autorregulação</p><p>Bancária assim o exigirem.</p><p>§ 1º A convocação do Conselho das Signatárias será feita pelo Presidente do Conselho de Autorregulação</p><p>com antecedência mínima de 5 (cinco) dias, por meio de mensagem eletrônica para o endereço</p><p>cadastrado junto à Diretoria de Autorregulação e mencionará o dia, hora, local e assuntos da pauta.</p><p>§ 2º O Conselho das Signatárias poderá ser convocado por iniciativa de ½ (metade) das Signatárias.</p><p>Art. 43. O Conselho das Signatárias instalar-se-á em primeira convocação, com a presença de, no mínimo,</p><p>1/4 (um quarto) das Signatárias e, em segunda convocação, com qualquer número.</p><p>Art. 44. As deliberações serão tomadas por maioria de votos dos membros presentes à reunião, sendo</p><p>que cada Signatária tem direito a 1 (um) voto.</p><p>Seção III – Do Conselho de Autorregulação</p><p>Art. 45. O Conselho de Autorregulação é o órgão normativo e de administração do Sistema de</p><p>Autorregulação Bancária, composto por 16 (dezesseis) Conselheiros, sendo 8 (oito) Conselheiros</p><p>Setoriais e 8 (oito) Conselheiros Independentes.</p><p>Parágrafo único. Não haverá suplentes no Conselho de Autorregulação Bancária.</p><p>Art. 46. Os Conselheiros Setoriais são aqueles indicados pelas Signatárias, sendo:</p><p>I - 5 (cinco) Conselheiros indicados respectivamente pelas 5 (cinco) maiores Signatárias, segundo seu</p><p>patrimônio líquido; e</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 69</p><p>II - 3 (três) Conselheiros indicados mediante alternância entre as demais signatárias que tenham aderido</p><p>voluntariamente aos eixos Normativos, nos termos do art. 75.</p><p>Parágrafo único. O Conselheiro Setorial indicado deverá ser profissional estatutário da respectiva</p><p>Signatária.</p><p>Art. 47. Os Conselheiros Independentes são representantes da sociedade civil, de ilibada reputação e</p><p>notório conhecimento dos temas tratados nas normas da Autorregulação.</p><p>Art. 48. Os Conselheiros Setoriais nomeados pelo Conselho das Signatárias indicarão o presidente do</p><p>Conselho de Autorregulação e o vice-presidente, que terão mandato de 2 (dois) anos, sendo permitida a</p><p>recondução.</p><p>Art. 49. O mandato dos Conselheiros nomeados na forma do inciso II, do art. 46 e do art. 47, será de 2</p><p>(dois) anos, e a recondução admitida apenas para os Conselheiros Independentes.</p><p>Parágrafo único. A solicitação de ingresso de novas Signatárias no Conselho dar-se-á mediante</p><p>solicitação formal à Diretoria de Autorregulação e observará a ordem cronológica dos pedidos.</p><p>Art. 50. Os Conselheiros permanecerão investidos em seus respectivos mandatos até a posse de seus</p><p>substitutos.</p><p>§ 1º Caso um Conselheiro Setorial renuncie ou seja destituído do Conselho de Autorregulação, ele será</p><p>substituído por outro representante da Signatária que o indicou em até 30 (trinta) dias após o evento e</p><p>completará o restante do mandato outorgado.</p><p>§ 2º Caso a Signatária renuncie ou seja destituída do Conselho de Autorregulação, a escolha da nova</p><p>Signatária respeitará a regra de alternância prevista no art. 49.</p><p>§ 3ºA ausência injustificada, por parte de um Conselheiro, a mais de 2 (duas) reuniões consecutivas ou a</p><p>mais de 3 (três) reuniões alternadas em um período de 12 (doze) meses, implicará a perda do mandato.</p><p>Art. 51. Os Conselheiros Setoriais não farão jus a qualquer verba remuneratória ou reembolso em razão</p><p>do desempenho de suas funções.</p><p>Parágrafo único. Os Conselheiros Independentes poderão receber verba remuneratória e ser</p><p>reembolsados por despesas diretamente relacionadas ao desempenho de suas funções, conforme</p><p>determinado pelo Conselho das Signatárias.</p><p>Art. 52. Compete ao Conselho de Autorregulação:</p><p>I - aprovar e deliberar alterações a este Código;</p><p>II – aprovar e instituir novos Normativos, bem como deliberar sobre a alteração de Normativos vigentes;</p><p>III- estabelecer, por meio de resoluções, as diretrizes, políticas e procedimentos do Sistema de</p><p>Autorregulação Bancária, incluindo:</p><p>a) o modelo monitoramento e supervisão do Sistema de Autorregulação Bancária;</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 70</p><p>b) o Selo da Autorregulação; e</p><p>c) o relatório anual contendo informações sobre as atividades desempenhadas e resultados alcançados</p><p>pelo Conselho de Autorregulação e pela Diretoria de Autorregulação.</p><p>IV - nomear e destituir o responsável pela Diretoria de Autorregulação;</p><p>V- firmar convênios com entidades setoriais;</p><p>VI – decidir pela aplicação das sanções previstas neste Código;</p><p>VII – atuar como última instância decisória em procedimentos disciplinares iniciados em outros sistemas</p><p>de autorregulação em que a FEBRABAN participe e demonstre interesse, desde que haja previsão</p><p>expressa para tal nas regras que disciplinam estes sistemas de autorregulação; e</p><p>VIII - deliberar sobre assuntos que entenda relevantes ao Sistema de Autorregulação.</p><p>Art. 53. O Conselho de Autorregulação reunir-se-á, ordinariamente, no mínimo 4 (quatro) vezes ao ano</p><p>e, extraordinariamente, sempre que os interesses do Sistema de Autorregulação Bancária assim o</p><p>exigirem.</p><p>§ 1º A convocação do Conselho de Autorregulação será feita pelo Presidente do Conselho com</p><p>antecedência mínima de 5 (cinco) dias, por meio de mensagem eletrônica para o endereço cadastrado</p><p>junto à Diretoria de Autorregulação.</p><p>§ 2º O Conselho de Autorregulação poderá ser convocado por iniciativa de 3/5 (três quintos) dos</p><p>Conselheiros.</p><p>Art. 54. O Conselho de Autorregulação instalar-se-á com a presença de no mínimo 3/5 (três quintos) dos</p><p>Conselheiros.</p><p>Art. 55. As deliberações serão tomadas por maioria de votos dos membros presentes à reunião, sendo</p><p>que cada Conselheiro tem direito a 1 (um) voto.</p><p>§ 1º Em caso de empate, o Presidente do Conselho de Autorregulação ou, em caso de impedimento deste,</p><p>o Vice-Presidente, proferirá o voto de qualidade.</p><p>§ 2° As deliberações do Conselho de Autorregulação constarão da ata da respectiva reunião.</p><p>§ 3º Terão assento nas reuniões do Conselho de Autorregulação, sem direito a voto, o Vice Presidente</p><p>Executivo da FEBRABAN e o responsável pela Diretoria de Autorregulação, cabendo a este último</p><p>elaborar as pautas e secretariar as reuniões.</p><p>Art. 56. Compete ao Presidente do Conselho de Autorregulação convocar e presidir as reuniões</p><p>ordinárias e extraordinárias do Conselho de Autorregulação.</p><p>Art. 57. Compete ao Vice-Presidente do Conselho de Autorregulação substituir o Presidente do Conselho</p><p>de Autorregulação em caso de impedimento.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 71</p><p>Seção IV – Da Comissão de Autorregulação</p><p>Art. 58. Os membros da Comissão de Autorregulação Bancária são responsáveis</p> <p>pela representação das</p><p>Signatárias junto ao Sistema de Autorregulação Bancária, bem como pela interlocução com a Diretoria</p><p>de Autorregulação da FEBRABAN e com o Conselho de Autorregulação.</p><p>Art. 59. Compete a Comissão de Autorregulação:</p><p>I - fazer cumprir as deliberações do Conselho;</p><p>II - realizar estudos e promover discussões relacionadas ao aperfeiçoamento do SARB, incluindo temas</p><p>para futuros Normativos;</p><p>III - atuar de forma proativa e propositiva em temas relacionados à Autorregulação, visando a</p><p>representação dos interesses das Signatárias perante o Estado, a sociedade e as entidades de regulação,</p><p>supervisão e controle, bem como o fortalecimento do SARB;</p><p>IV - aprovar o Plano de Trabalho da Diretoria de Autorregulação;</p><p>V - aprovar o Plano de Monitoramento e Supervisão do SARB;</p><p>VI - aprovar os critérios para abertura de Averiguações Preliminares;</p><p>VII - ouvida a Diretoria de Autorregulação, manifestar-se conclusivamente sobre a instauração de</p><p>processos administrativos disciplinares por violação das normas de Autorregulação Bancária.</p><p>Art. 60. A Comissão será composta por 18 (dezoito) Signatárias, sendo:</p><p>I - 5 (cinco) representantes indicados pelas 5 (cinco) maiores Signatárias, segundo seu patrimônio líquido;</p><p>II - 13 (treze) representantes indicados ad referendum do Conselho, em regime de alternância.</p><p>§ 1º O disposto no inciso II aplica-se caso o número de Signatárias supere as vagas disponíveis na</p><p>Comissão.</p><p>§ 2º Os representantes submetidos ao regime de alternância terão mandato de 1 (um) ano, admitida até</p><p>uma recondução por igual período, caso não haja interesse de ingresso na Comissão por novas</p><p>Signatárias.</p><p>Seção V – Da Diretoria de Autorregulação</p><p>Art. 61. A Diretoria de Autorregulação é o órgão executivo do Sistema de Autorregulação Bancária,</p><p>subordinado ao Conselho de Autorregulação Bancária.</p><p>Art. 62. Compete à Diretoria Executiva da FEBRABAN prover infraestrutura operacional à Diretoria de</p><p>Autorregulação.</p><p>Art. 63. Compete à Diretoria de Autorregulação Bancária:</p><p>I - executar as deliberações do Conselho de Autorregulação Bancária;</p><p>II - elaborar propostas para o desenvolvimento do Sistema de Autorregulação Bancária;</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 72</p><p>III - orientar as Signatárias quanto ao correto preenchimento dos Relatórios de Conformidade; aprovar o</p><p>teor dos Relatórios de Conformidade, monitorando o cumprimento das obrigações ali consignadas, de</p><p>acordo com a política definida pelo Conselho de Autorregulação;</p><p>IV - desenvolver e gerenciar processos e sistemas para monitorar a aderência das Signatárias às normas</p><p>da Autorregulação;</p><p>V - registrar denúncias por parte dos consumidores, órgãos de proteção do consumidor e das Instituições</p><p>Financeiras Signatárias; notificar, ao Presidente do Conselho de Autorregulação, indícios de violação ao</p><p>Código de Conduta Ética, normas da Autorregulação e inadequação nos Relatórios de Conformidade;</p><p>VI - estruturar e manter, em página eletrônica própria, uma área especificamente destinada ao Sistema</p><p>de Autorregulação, de forma a disponibilizar (a) a lista das Signatárias ativas e suspensas, (b) o Código,</p><p>as Regras e demais Normativos, (c) os pareceres e orientações sobre o Código e as Regras, (d) o ementário</p><p>dos julgados dos Comitês Disciplinares, (e) as informações relativas aos sistemas das Signatárias para</p><p>atendimento a consumidores, e (f) um sistema para receber denúncias e manifestações do público em</p><p>geral;</p><p>VII - participar de atividades e eventos relevantes ao Sistema de Autorregulação Bancária;</p><p>VIII - secretariar o processo de renovação do Conselho de Autorregulação;</p><p>IX - elaborar o orçamento referente ao Sistema de Autorregulação Bancária, que comporá o orçamento</p><p>da FEBRABAN.</p><p>Art. 64. A Diretoria de Autorregulação, ouvido o Conselho de Autorregulação, poderá instituir e</p><p>coordenar grupos de trabalho para efetuar estudos e promover discussões relacionados com o</p><p>aperfeiçoamento e conhecimento do Sistema de Autorregulação, incluindo o conteúdo e a interpretação</p><p>do Código e das Regras, e temas para futuros Normativos.</p><p>Parágrafo único. Os Grupos de Trabalho poderão ser compostos por representantes das Signatárias,</p><p>por membros de Comissões Técnicas da FEBRABAN e por outros convidados, conforme a conveniência</p><p>e os temas a serem tratados.</p><p>Seção VI - Dos Selos de Autorregulação</p><p>Art. 65. Os selos de Autorregulação Bancária poderão ser concedidos às Signatárias de nível II e III.</p><p>Art. 66. A concessão e a manutenção dos Selos de Autorregulação serão disciplinadas em Normativo</p><p>específico da Autorregulação Bancária instituído pelo Conselho de Autorregulação.</p><p>Seção VII – Do Canal de Registro de Demandas</p><p>Art. 67. O Sistema de Autorregulação Bancária contará com um canal de registro de demandas</p><p>denominado “Conte Aqui”.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 73</p><p>Seção VIII – Do Procedimento Disciplinar</p><p>Art. 68. O procedimento disciplinar aplicável às infrações a este Código e aos Normativos do Sistema de</p><p>Autorregulação Bancária observará o disposto no Normativo SARB 006.</p><p>Art. 69. Nos procedimentos de Supervisão e Controle, serão observados a isonomia entre as Signatárias</p><p>e o devido processo legal, especialmente quanto ao contraditório e à ampla defesa.</p><p>Art. 70. Fica assegurado às Signatárias o direito de emitir manifestação, de oferecer provas e</p><p>acompanhar sua produção, de obter vista e pedir a revisão de decisões.</p><p>Art. 71. Somente poderão ser recusados, mediante decisão fundamentada, os argumentos e as provas</p><p>propostas pelas Signatárias quando ilícitas, impertinentes ou protelatórias.</p><p>Art. 72. Os procedimentos de supervisão e controle das normas da Autorregulação Bancária serão</p><p>desenvolvidos mediante os seguintes atos:</p><p>I – Averiguação Preliminar (AP);</p><p>II – Processo Disciplinar (PD); e</p><p>III – Revisão do Processo Disciplinar (RPD).</p><p>Seção IX - Das Sanções</p><p>Art. 73. O descumprimento deste Código de Conduta Ética e Autorregulação, bem como dos normativos</p><p>do Sistema de Autorregulação Bancária sujeitam as Signatárias à:</p><p>I - recomendação para o ajuste de sua conduta, encaminhada por meio de carta reservada;</p><p>II - recomendação para o ajuste de sua conduta, encaminhada por meio de carta com o conhecimento</p><p>de todas as Signatárias, cumulada com a obrigação de pagar uma contribuição entre 1 (uma) e 10 (dez)</p><p>vezes o valor da menor anuidade recolhida por uma Associada da FEBRABAN;</p><p>III - suspensão de sua participação no Sistema de Autorregulação Bancária, com a suspensão do uso do</p><p>Selo da Autorregulação e do mandato de seu Conselheiro no Conselho de Autorregulação, cumulada</p><p>com a obrigação de pagar uma contribuição entre 5 (cinco) e 15 (quinze) vezes o valor da menor anuidade</p><p>recolhida por uma Associada da FEBRABAN; e</p><p>IV - exclusão de sua participação no Sistema de Autorregulação Bancária.</p><p>§ 1º A decisão levará em conta a gravidade da conduta, o impacto para o mercado, para a imagem da</p><p>Signatária e para o Sistema de Autorregulação Bancária, além da reincidência.</p><p>§ 2º Na imposição de suspensão ou exclusão, o Conselho de Autorregulação estabelecerá o prazo e as</p><p>condições a serem observadas pela Instituição.</p><p>§ 3º A obrigação de pagar contribuição ao Sistema de Autorregulação Bancária poderá ser</p><p>complementada pela obrigação de custear ou adotar ações específicas para fortalecer a credibilidade do</p><p>Sistema Financeiro perante o público em geral, limitada a 5 (cinco) vezes o valor da menor anuidade</p><p>recolhida por uma associada da FEBRABAN.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 74</p><p>§ 4º Reverterão em favor da dotação orçamentária do Sistema de Autorregulação Bancária os valores</p><p>arrecadados pela imposição das contribuições tratadas neste artigo.</p><p>§ 5º A decisão de exclusão do Sistema de Autorregulação Bancária será referendada pelo Conselho das</p><p>Signatárias.</p> <p>§6º As Instituições Financeiras Signatárias que aderirem aos eixos normativos do Sistema de</p><p>Autorregulação Bancária após a entrada em vigor deste Código submeter-se-ão a um Programa de</p><p>Integração, previsto no Normativo SARB 020/2018 e estarão sujeitas à instauração de Averiguações</p><p>Preliminares ou Processos Disciplinares somente após o período de 3 (três) anos da data de adesão.</p><p>Capítulo III – Da Adesão</p><p>Art. 74. A participação no Sistema de Autorregulação Bancária dar-se-á nos seguintes níveis de adesão:</p><p>I – Nível I;</p><p>II – Nível II; e</p><p>III – Nível III.</p><p>Art. 75. Os eixos normativos de adesão voluntária são:</p><p>I – relacionamento com o consumidor: normativos que consolidam diretrizes e procedimentos para as</p><p>boas práticas das instituições financeiras com seus consumidores;</p><p>II – combate ao financiamento ao terrorismo e prevenção à lavagem de dinheiro: normativos que</p><p>consolidam diretrizes e melhores práticas de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao</p><p>financiamento do terrorismo;</p><p>III – responsabilidade socioambiental: normativos que consolidam diretrizes e procedimentos fundamentais</p><p>para as práticas socioambientais das Signatárias nos negócios e na relação com as partes interessadas.</p><p>Art. 76. São consideradas Instituições Financeiras Signatárias de:</p><p>I - Nível I: as Instituições Financeiras associadas à FEBRABAN;</p><p>II - Nível II: as Instituições Financeiras Signatárias que aderirem voluntariamente a pelo menos um dos</p><p>eixos normativos do SARB previstos no art. 75.</p><p>III - Nível III: as Instituições Financeiras Signatárias que aderirem voluntariamente a todos os eixos</p><p>normativos do SARB previstos no art. 75.</p><p>Art. 77. A adesão voluntária aos eixos normativos do Sistema de Autorregulação Bancária dar-se-á</p><p>mediante assinatura de Termo de Adesão.</p><p>Capítulo IV - Disposições Gerais e Transitórias</p><p>Art. 78. Quaisquer questões oriundas do teor ou aplicação deste Código serão dirimidas pelo Conselho</p><p>de Autorregulação.</p><p>Art. 79. Este Código entra em vigor em 1º de janeiro de 2019.</p> <p>para cada um.</p><p>Conta 2 = Saldo de R$ 100.000,00 – Credores F e B.</p><p>Pagamento de garantia de R$ 100.000,00 = R$ 50 mil</p><p>para cada um.</p><p>Total a ser garantido pelo FGC para F e B = R$</p><p>175.000,00 para cada.</p><p>Saldo remanescente na Instituição Financeira = R$ 50</p><p>mil da Conta 1 (R$ 25 mil para cada CPF)</p><p>Obs.: Embora os credores F e B tenham um total de R$</p><p>400.000,00 na Instituição Financeira, ambos não</p><p>receberão a metade desse valor (R$ 200 mil), que</p><p>estaria abaixo do valor máximo garantido por CPF,</p><p>devido ao fato de a garantia ser limitada, em primeiro</p><p>lugar, a R$ 250.000,00 por conta, e em caso de mais de</p><p>uma conta limitar o máximo de R$ 250.000,00 por CPF</p><p>no somatório das partes de cada uma das contas.</p><p>Exemplo 2:</p><p>Conta 1 = Saldo de R$ 500.000,00 – Credores X e Y.</p><p>Pagamento de garantia de R$ 250.000,00 = R$ 125 mil</p><p>para cada um.</p><p>Conta 2 = Saldo de R$ 150.000,00 – Credores X, Y e Z.</p><p>Pagamento de garantia de R$ 150.000,00 = R$ 50 mil</p><p>para cada um.</p><p>Conta 3 = Saldo de R$ 400.000,00 – Credores X, Z e B.</p><p>Pagamento de garantia de R$ 250.000,00 = R$</p><p>83.333,33 mil para cada um.</p><p>Total a ser garantido pelo FGC para o Credor X = R$</p><p>250.000,00.</p><p>Somam-se os valores referentes a cada conta: Conta 1</p><p>R$ 125.000,00 + Conta 2 R$ 50.000,00 + Conta 3 R$</p><p>75.000,00.</p><p>Total a ser garantido pelo FGC para o Credor Y = R$</p><p>175.000,00.</p><p>Somam-se os valores referentes a cada conta: Conta 1</p><p>R$ 125.000,00 + Conta 2 R$ 50.000,00.</p><p>Total a ser garantido pelo FGC para o Credor Z = R$</p><p>133.333,33.</p><p>Somam-se os valores referentes a cada conta: Conta 2</p><p>R$ 50.000,00 + Conta 3 R$ 83.333,33.</p><p>Total a ser garantido pelo FGC para o credor B = R$</p><p>83.333,00.</p><p>Saldo remanescente do Credor X na Instituição</p><p>Financeira = R$ 183.333,33.</p><p>Saldo remanescente do Credor Y na Instituição</p><p>Financeira = R$ 125.000,00.</p><p>Saldo remanescente do Credor Z na Instituição</p><p>Financeira = R$ 50.000,00.</p><p>Saldo remanescente do Credor B na Instituição</p><p>Financeira = R$ 50.000,00.</p><p>Obs.: Deverá ser aplicado o mesmo raciocínio do</p><p>exemplo anterior, devido ao fato de a garantia ser</p><p>limitada, em primeiro lugar, a R$ 250.000,00 por conta</p><p>e, em caso de mais de uma conta, limitada ao máximo</p><p>de R$ 250.000,00 por CPF no somatório das partes de</p><p>cada uma das contas.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 8</p><p>LIMITAÇÃO DA GARANTIA ATÉ R$ 1 MILHÃO</p><p>O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, em 21 de dezembro de 2017, a alteração promovida no</p><p>Regulamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que estabelece teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos,</p><p>para garantias pagas para cada CPF ou CNPJ. Para saber mais acesse a página: https://www.fgc.org.br/garantia-</p><p>fgc/fgc-nova-garantia</p><p>GARANTIA ESPECIAL</p><p>O FGC também presta garantia especial aos depositantes e investidores que detêm o Depósito a Prazo com</p><p>Garantia Especial – DPGE, sendo uma modalidade de depósito especial criada pelo conselho Monetário nacional.</p><p>Importante observar que a identificação de que se trata de um depósito deve estar especificado no contrato</p><p>firmado e/ou nota de negociação emitida pela instituição financeira, sendo que as aplicações em DPGE somente</p><p>podem ser celebradas com um único titular, a ser identificado pelo respectivo número do CPF/CNPJ, ou seja, não</p><p>pode ser vinculado a conta conjunta.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 9</p><p>LEGISLAÇÃO SOBRE GARANTIAS DO SFN</p><p>AVAL – CÓDIGO CIVIL (LEI 10.406/02)</p><p>Art. 897 O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido</p><p>por aval.</p><p>Parágrafo único. É vedado o aval parcial.</p><p>Art. 898 O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título.</p><p>§ 1° Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples assinatura do avalista.</p><p>§ 2° Considera-se não escrito o aval cancelado.</p><p>Art. 899 O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na falta de indicação, ao emitente ou devedor final.</p><p>§ 1° Pagando o título, tem o avalista ação de regresso contra o seu avalizado e demais coobrigados anteriores.</p><p>§ 2° Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele a quem se equipara, a menos que</p><p>a nulidade decorra de vício de forma.</p><p>Art. 900 O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado.</p><p>Art. 1.647..., nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:</p><p>...</p><p>III - prestar fiança ou aval.</p><p>FIANÇA – CÓDIGO CIVIL (LEI 10.406/02)</p><p>Art. 818 Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor,</p><p>caso este não a cumpra.</p><p>Art. 819 A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.</p><p>Art. 820 Pode-se estipular a fiança, ainda que sem consentimento do devedor ou contra a sua vontade.</p><p>Art. 821 As dívidas futuras podem ser objeto de fiança; mas o fiador, neste caso, não será demandado senão depois</p><p>que se fizer certa e líquida a obrigação do principal devedor.</p><p>Art. 822 Não sendo limitada, a fiança compreenderá todos os acessórios da dívida principal, inclusive as despesas</p><p>judiciais, desde a citação do fiador.</p><p>Art. 823 A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em condições menos onerosas, e,</p><p>quando exceder o valor da dívida, ou for mais onerosa que ela, não valerá senão até ao limite da obrigação</p><p>afiançada.</p><p>ATENÇÃO: Não estão “faltando artigos”. Estão listados abaixo apenas os artigos (ou partes dos</p><p>artigos) de leis que são de interesse do nosso estudo e relacionados ao conteúdo programático.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 10</p><p>Art. 824 As obrigações nulas não são suscetíveis de fiança, exceto se a nulidade resultar apenas de incapacidade</p><p>pessoal do devedor.</p><p>Parágrafo único. A exceção estabelecida neste artigo não abrange o caso de mútuo feito a menor.</p><p>Art. 825 Quando alguém houver de oferecer fiador, o credor não pode ser obrigado a aceitá-lo se não for pessoa</p><p>idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar a fiança, e não possua bens suficientes para cumprir a</p><p>obrigação.</p><p>Art. 826 Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, poderá o credor exigir que seja substituído.</p><p>Art. 827 O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam</p><p>primeiro executados os bens do devedor.</p><p>Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de ordem, a que se refere este artigo, deve nomear bens do</p><p>devedor, sitos no mesmo município, livres e desembargados, quantos bastem para solver o débito.</p><p>Art. 828 Não aproveita este benefício ao fiador:</p><p>I - se ele o renunciou expressamente;</p><p>II - se se obrigou como principal pagador, ou devedor solidário;</p><p>III - se o devedor for insolvente, ou falido.</p><p>Art. 829 A fiança conjuntamente prestada a um só débito por mais de uma pessoa importa o compromisso de</p><p>solidariedade entre elas, se declaradamente não se reservarem o benefício de divisão.</p><p>Parágrafo único. Estipulado este benefício, cada fiador responde unicamente pela parte que, em proporção, lhe</p><p>couber no pagamento.</p><p>Art. 830 Cada fiador pode fixar no contrato a parte da dívida que toma sob sua responsabilidade, caso em que não</p><p>será por mais obrigado.</p><p>Art. 831 O fiador que pagar integralmente a dívida fica sub-rogado nos direitos do credor; mas só poderá demandar</p><p>a cada um dos outros fiadores pela respectiva quota.</p><p>Parágrafo único. A parte do fiador insolvente distribuir-se-á pelos outros.</p><p>Art. 832 O devedor responde também perante o fiador por todas as perdas e danos que este pagar, e pelos que</p><p>sofrer em razão da fiança.</p><p>Art. 833 O fiador tem direito aos juros</p> <p>do desembolso pela taxa estipulada na obrigação principal, e, não havendo</p><p>taxa convencionada, aos juros legais da mora.</p><p>Art. 834 Quando o credor, sem justa causa, demorar a execução iniciada contra o devedor, poderá o fiador</p><p>promover-lhe o andamento.</p><p>Art. 835 O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo, sempre que lhe convier,</p><p>ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante sessenta dias após a notificação do credor.</p><p>Art. 836 A obrigação do fiador passa aos herdeiros; mas a responsabilidade da fiança se limita ao tempo decorrido</p><p>até a morte do fiador, e não pode ultrapassar as forças da herança.</p><p>Art. 837 O fiador pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais, e as extintivas da obrigação que</p><p>competem ao devedor principal, se não provierem simplesmente de incapacidade pessoal, salvo o caso do mútuo</p><p>feito a pessoa menor.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 11</p><p>Art. 838 O fiador, ainda que solidário, ficará desobrigado:</p><p>I - se, sem consentimento seu, o credor conceder moratória ao devedor;</p><p>II - se, por fato do credor, for impossível a sub-rogação nos seus direitos e preferências;</p><p>III - se o credor, em pagamento da dívida, aceitar amigavelmente do devedor objeto diverso do que este era</p><p>obrigado a lhe dar, ainda que depois venha a perdê-lo por evicção2.</p><p>Art. 839 Se for invocado o benefício da excussão e o devedor, retardando-se a execução, cair em insolvência, ficará</p><p>exonerado o fiador que o invocou, se provar que os bens por ele indicados eram, ao tempo da penhora, suficientes</p><p>para a solução da dívida afiançada.</p><p>Art. 1.647... , nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:</p><p>III - prestar fiança ou aval.</p><p>PENHOR – CÓDIGO CIVIL (LEI 10.406/02)</p><p>Art. 1.431 Constitui-se o penhor pela transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a</p><p>quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel, suscetível de alienação.</p><p>Parágrafo único. No penhor rural, industrial, mercantil e de veículos, as coisas empenhadas continuam em poder</p><p>do devedor, que as deve guardar e conservar.</p><p>Art. 1.432 O instrumento do penhor deverá ser levado a registro, por qualquer dos contratantes; o do penhor</p><p>comum será registrado no Cartório de Títulos e Documentos.</p><p>Art. 1.433 O credor pignoratício tem direito:</p><p>I - à posse da coisa empenhada;</p><p>II - à retenção dela, até que o indenizem das despesas devidamente justificadas, que tiver feito, não sendo</p><p>ocasionadas por culpa sua;</p><p>III - ao ressarcimento do prejuízo que houver sofrido por vício da coisa empenhada;</p><p>IV - a promover a execução judicial, ou a venda amigável, se lhe permitir expressamente o contrato, ou lhe autorizar</p><p>o devedor mediante procuração;</p><p>V - a apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder;</p><p>VI - a promover a venda antecipada, mediante prévia autorização judicial, sempre que haja receio fundado de que</p><p>a coisa empenhada se perca ou deteriore, devendo o preço ser depositado. O dono da coisa empenhada pode</p><p>impedir a venda antecipada, substituindo-a, ou oferecendo outra garantia real idônea.</p><p>Art. 1.434 O credor não pode ser constrangido a devolver a coisa empenhada, ou uma parte dela, antes de ser</p><p>integralmente pago, podendo o juiz, a requerimento do proprietário, determinar que seja vendida apenas uma das</p><p>coisas, ou parte da coisa empenhada, suficiente para o pagamento do credor.</p><p>Art. 1.435 O credor pignoratício é obrigado:</p><p>I - à custódia da coisa, como depositário, e a ressarcir ao dono a perda ou deterioração de que for culpado, podendo</p><p>ser compensada na dívida, até a concorrente quantia, a importância da responsabilidade;</p><p>II - à defesa da posse da coisa empenhada e a dar ciência, ao dono dela, das circunstâncias que tornarem necessário</p><p>o exercício de ação possessória;</p><p>III - a imputar o valor dos frutos, de que se apropriar (art. 1.433, inciso V) nas despesas de guarda e conservação,</p><p>nos juros e no capital da obrigação garantida, sucessivamente;</p><p>IV - a restituí-la, com os respectivos frutos e acessões, uma vez paga a dívida;</p><p>V - a entregar o que sobeje do preço, quando a dívida for paga, no caso do inciso IV do art. 1.433.</p><p>2 Evicção: perda, parcial ou total, que sofre o adquirente duma coisa em conseqüência da reivindicação judicial</p><p>promovida pelo verdadeiro dono ou possuidor.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 12</p><p>Art. 1.436 Extingue-se o penhor:</p><p>I - extinguindo-se a obrigação;</p><p>II - perecendo a coisa;</p><p>III - renunciando o credor;</p><p>IV - confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e de dono da coisa;</p><p>V - dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a venda da coisa empenhada, feita pelo credor ou por ele</p><p>autorizada.</p><p>§ 1o Presume-se a renúncia do credor quando consentir na venda particular do penhor sem reserva de preço,</p><p>quando restituir a sua posse ao devedor, ou quando anuir à sua substituição por outra garantia.</p><p>§ 2o Operando-se a confusão tão-somente quanto a parte da dívida pignoratícia, subsistirá inteiro o penhor quanto</p><p>ao resto.</p><p>Art. 1.437 Produz efeitos a extinção do penhor depois de averbado o cancelamento do registro, à vista da respectiva</p><p>prova.</p><p>Art. 1.438 Constitui-se o penhor rural mediante instrumento público ou particular, registrado no Cartório de</p><p>Registro de Imóveis da circunscrição em que estiverem situadas as coisas empenhadas.</p><p>Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro a dívida, que garante com penhor rural, o devedor poderá emitir,</p><p>em favor do credor, cédula rural pignoratícia, na forma determinada em lei especial.</p><p>Art. 1.439 O penhor agrícola e o penhor pecuário somente podem ser convencionados, respectivamente, pelos</p><p>prazos máximos de três e quatro anos, prorrogáveis, uma só vez, até o limite de igual tempo.</p><p>§ 1o Embora vencidos os prazos, permanece a garantia, enquanto subsistirem os bens que a constituem.</p><p>§ 2o A prorrogação deve ser averbada à margem do registro respectivo, mediante requerimento do credor e do</p><p>devedor.</p><p>Art. 1.440 Se o prédio estiver hipotecado, o penhor rural poderá constituir-se independentemente da anuência do</p><p>credor hipotecário, mas não lhe prejudica o direito de preferência, nem restringe a extensão da hipoteca, ao ser</p><p>executada.</p><p>Art. 1.441 Tem o credor direito a verificar o estado das coisas empenhadas, inspecionando-as onde se acharem,</p><p>por si ou por pessoa que credenciar.</p><p>Art. 1.442 Podem ser objeto de penhor:</p><p>I - máquinas e instrumentos de agricultura;</p><p>II - colheitas pendentes, ou em via de formação;</p><p>III - frutos acondicionados ou armazenados;</p><p>IV - lenha cortada e carvão vegetal;</p><p>V - animais do serviço ordinário de estabelecimento agrícola.</p><p>Art. 1.443 O penhor agrícola que recai sobre colheita pendente, ou em via de formação, abrange a imediatamente</p><p>seguinte, no caso de frustrar-se ou ser insuficiente a que se deu em garantia.</p><p>Parágrafo único. Se o credor não financiar a nova safra, poderá o devedor constituir com outrem novo penhor,</p><p>em quantia máxima equivalente à do primeiro; o segundo penhor terá preferência sobre o primeiro, abrangendo</p><p>este apenas o excesso apurado na colheita seguinte.</p><p>Art. 1.444 Podem ser objeto de penhor os animais que integram a atividade pastoril, agrícola ou de lacticínios.</p><p>Art. 1.445 O devedor não poderá alienar os animais empenhados sem prévio consentimento, por escrito, do credor.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 13</p><p>Parágrafo único. Quando o devedor pretende alienar o gado empenhado ou, por negligência, ameace prejudicar</p><p>o credor, poderá este requerer se depositem os animais sob a guarda de terceiro, ou exigir que se lhe pague a</p><p>dívida de imediato.</p><p>Art. 1.446 Os animais da mesma espécie, comprados</p> <p>para substituir os mortos, ficam sub-rogados no penhor.</p><p>Parágrafo único. Presume-se a substituição prevista neste artigo, mas não terá eficácia contra terceiros, se não</p><p>constar de menção adicional ao respectivo contrato, a qual deverá ser averbada.</p><p>Art. 1.447 Podem ser objeto de penhor máquinas, aparelhos, materiais, instrumentos, instalados e em</p><p>funcionamento, com os acessórios ou sem eles; animais, utilizados na indústria; sal e bens destinados à exploração</p><p>das salinas; produtos de suinocultura, animais destinados à industrialização de carnes e derivados; matérias-primas</p><p>e produtos industrializados.</p><p>Parágrafo único. Regula-se pelas disposições relativas aos armazéns gerais o penhor das mercadorias neles</p><p>depositadas.</p><p>Art. 1.448 Constitui-se o penhor industrial, ou o mercantil, mediante instrumento público ou particular, registrado</p><p>no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição onde estiverem situadas as coisas empenhadas.</p><p>Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro a dívida, que garante com penhor industrial ou mercantil, o</p><p>devedor poderá emitir, em favor do credor, cédula do respectivo crédito, na forma e para os fins que a lei especial</p><p>determinar.</p><p>Art. 1.449 O devedor não pode, sem o consentimento por escrito do credor, alterar as coisas empenhadas ou</p><p>mudar-lhes a situação, nem delas dispor. O devedor que, anuindo o credor, alienar as coisas empenhadas, deverá</p><p>repor outros bens da mesma natureza, que ficarão sub-rogados no penhor.</p><p>Art. 1.450 Tem o credor direito a verificar o estado das coisas empenhadas, inspecionando-as onde se acharem,</p><p>por si ou por pessoa que credenciar.</p><p>HIPOTECA – CÓDIGO CIVIL (LEI 10.406/02)</p><p>Art. 1.473 Podem ser objeto de hipoteca:</p><p>I - os imóveis e os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles;</p><p>II - o domínio direto (diz respeito ao direito de dispor do imóvel);</p><p>III - o domínio útil (diz respeito ao direito de utilizar ou usufruir do imóvel);</p><p>IV - as estradas de ferro;</p><p>V - os recursos naturais (as jazidas, minas e demais recursos minerais) independentemente do solo onde se acham;</p><p>VI - os navios;</p><p>VII - as aeronaves.</p><p>VIII - o direito de uso especial para fins de moradia;</p><p>IX - o direito real de uso;</p><p>X - a propriedade superficiária (o domínio da construção ou da plantação separado do solo).</p><p>Art. 1.474 A hipoteca abrange todas as acessões, melhoramentos ou construções do imóvel. Subsistem os ônus</p><p>reais constituídos e registrados, anteriormente à hipoteca, sobre o mesmo imóvel.</p><p>Art. 1.475 É nula a cláusula que proíbe ao proprietário alienar imóvel hipotecado.</p><p>Art. 1.476 O dono do imóvel hipotecado pode constituir outra hipoteca sobre ele, mediante novo título, em favor</p><p>do mesmo ou de outro credor.</p><p>Art. 1.477 Salvo o caso de insolvência do devedor, o credor da segunda hipoteca, embora vencida, não poderá</p><p>executar o imóvel antes de vencida a primeira.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 14</p><p>Parágrafo único. Não se considera insolvente o devedor por faltar ao pagamento das obrigações garantidas por</p><p>hipotecas posteriores à primeira.</p><p>Art. 1.479 O adquirente do imóvel hipotecado, desde que não se tenha obrigado pessoalmente a pagar as dívidas</p><p>aos credores hipotecários, poderá exonerar-se da hipoteca, abandonando-lhes o imóvel.</p><p>Art. 1.485 Mediante simples averbação, requerida por ambas as partes, poderá prorrogar-se a hipoteca, até 30</p><p>(trinta) anos da data do contrato. Desde que perfaça esse prazo, só poderá subsistir o contrato de hipoteca</p><p>reconstituindo-se por novo título e novo registro; e, nesse caso, lhe será mantida a precedência, que então lhe</p><p>competir.</p><p>Art. 1.486 Podem o credor e o devedor, no ato constitutivo da hipoteca, autorizar a emissão da correspondente</p><p>cédula hipotecária, na forma e para os fins previstos em lei especial.</p><p>Art. 1.487 A hipoteca pode ser constituída para garantia de dívida futura ou condicionada, desde que determinado</p><p>o valor máximo do crédito a ser garantido.</p><p>§ 1o Nos casos deste artigo, a execução da hipoteca dependerá de prévia e expressa concordância do devedor</p><p>quanto à verificação da condição, ou ao montante da dívida.</p><p>§ 2o Havendo divergência entre o credor e o devedor, caberá àquele fazer prova de seu crédito. Reconhecido este,</p><p>o devedor responderá, inclusive, por perdas e danos, em razão da superveniente desvalorização do imóvel.</p><p>Art. 1.492 As hipotecas serão registradas no cartório do lugar do imóvel, ou no de cada um deles, se o título se</p><p>referir a mais de um.</p><p>Parágrafo único. Compete aos interessados, exibido o título, requerer o registro da hipoteca.</p><p>Art. 1.493 Os registros e averbações seguirão a ordem em que forem requeridas, verificando-se ela pela da sua</p><p>numeração sucessiva no protocolo.</p><p>Parágrafo único. O número de ordem determina a prioridade, e esta a preferência entre as hipotecas.</p><p>Art. 1.494 Não se registrarão no mesmo dia duas hipotecas, ou uma hipoteca e outro direito real, sobre o mesmo</p><p>imóvel, em favor de pessoas diversas, salvo se as escrituras, do mesmo dia, indicarem a hora em que foram</p><p>lavradas.</p><p>Art. 1.495 Quando se apresentar ao oficial do registro título de hipoteca que mencione a constituição de anterior,</p><p>não registrada, sobrestará ele na inscrição da nova, depois de a prenotar, até trinta dias, aguardando que o</p><p>interessado inscreva a precedente; esgotado o prazo, sem que se requeira a inscrição desta, a hipoteca ulterior</p><p>será registrada e obterá preferência.</p><p>Art. 1.497 As hipotecas legais, de qualquer natureza, deverão ser registradas e especializadas.</p><p>Art. 1.498 Vale o registro da hipoteca, enquanto a obrigação perdurar; mas a especialização, em completando vinte</p><p>anos, deve ser renovada.</p><p>Art. 1.499 A hipoteca extingue-se:</p><p>I - pela extinção da obrigação principal;</p><p>II - pelo perecimento da coisa;</p><p>III - pela resolução da propriedade;</p><p>IV - pela renúncia do credor;</p><p>V - pela remição;</p><p>VI - pela arrematação ou adjudicação.</p><p>Art. 1.500 Extingue-se ainda a hipoteca com a averbação, no Registro de Imóveis, do cancelamento do registro, à</p><p>vista da respectiva prova.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 15</p><p>ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS MÓVEIS</p><p>DECRETO-LEI 911/69</p><p>Art 1º A alienação fiduciária em garantia transfere ao credor o domínio resolúvel e a posse indireta da coisa móvel</p><p>alienada, independentemente da tradição efetiva do bem, tornando-se o alienante ou devedor em possuidor direto</p><p>e depositário com todas as responsabilidades e encargos que lhe incumbem de acordo com a lei civil e penal.</p><p>§ 1º A alienação fiduciária somente se prova por escrito e seu instrumento, público ou particular, qualquer que seja</p><p>o seu valor, será obrigatoriamente arquivado, por cópia ou microfilme, no Registro de Títulos e Documentos do</p><p>domicílio do credor, sob pena de não valer contra terceiros, e conterá, além de outros dados, os seguintes:</p><p>a) o total da divida ou sua estimativa;</p><p>b) o local e a data do pagamento;</p><p>c) a taxa de juros, as comissões cuja cobrança for permitida e, eventualmente, a cláusula penal e a estipulação de</p><p>correção monetária, com indicação dos índices aplicáveis;</p><p>d) a descrição do bem objeto da alienação fiduciária e os elementos indispensáveis à sua identificação.</p><p>§ 2º Se, na data do instrumento de alienação fiduciária, o devedor ainda não for proprietário da coisa objeto do</p><p>contrato, o domínio fiduciário desta se transferirá ao credor no momento da aquisição da propriedade pelo</p><p>devedor, independentemente de qualquer formalidade posterior.</p><p>§ 3º Se a coisa alienada em garantia não se identifica por números, marcas e sinais indicados no instrumento de</p><p>alienação fiduciária, cabe ao proprietário fiduciário o ônus da prova, contra terceiros, da identidade dos bens do</p><p>seu domínio que se encontram em poder do devedor.</p><p>§ 4º No caso de inadimplemento da obrigação garantida, o proprietário fiduciário</p> <p>pode vender a coisa a terceiros</p><p>e aplicar preço da venda no pagamento do seu crédito e das despesas decorrentes da cobrança, entregando ao</p><p>devedor o saldo porventura apurado, se houver.</p><p>§ 5º Se o preço da venda da coisa não bastar para pagar o crédito do proprietário fiduciário e despesas, na forma</p><p>do parágrafo anterior, o devedor continuará pessoalmente obrigado a pagar o saldo devedor apurado.</p><p>§ 6º É nula a cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a coisa alienada em garantia, se a dívida não</p><p>for paga no seu vencimento.</p><p>§ 8º O devedor que alienar, ou der em garantia a terceiros, coisa que já alienara fiduciàriamente em garantia, ficará</p><p>sujeito à pena prevista no art. 171, § 2º, inciso I, do Código Penal.</p><p>§ 10. A alienação fiduciária em garantia do veículo automotor deverá, para fins probatórios, constar do certificado</p><p>de Registro, a que se refere o artigo 52 do Código Nacional de Trânsito.</p><p>Art. 2º No caso de inadimplemento ou mora nas obrigações contratuais garantidas mediante alienação fiduciária,</p><p>o proprietário fiduciário ou credor poderá vender a coisa a terceiros, independentemente de leilão, hasta pública,</p><p>avaliação prévia ou qualquer outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição expressa em contrário prevista</p><p>no contrato, devendo aplicar o preço da venda no pagamento de seu crédito e das despesas decorrentes e entregar</p><p>ao devedor o saldo apurado, se houver.</p><p>§ 1º O crédito a que se refere o presente artigo abrange o principal, juros e comissões, além das taxas, cláusula</p><p>penal e correção monetária, quando expressamente convencionados pelas partes.</p><p>§ 2º A mora decorrerá do simples vencimento do prazo para pagamento e poderá ser comprovada por carta</p><p>registrada expedida por intermédio de Cartório de Títulos e Documentos ou pelo protesto do título, a critério do</p><p>credor.</p><p>§ 3º A mora e o inadimplemento de obrigações contratuais garantidas por alienação fiduciária, ou a ocorrência legal</p><p>ou convencional de algum dos casos de antecipação de vencimento da dívida facultarão ao credor considerar, de</p><p>pleno direito, vencidas todas as obrigações contratuais, independentemente de aviso ou notificação judicial ou</p><p>extrajudicial.</p><p>Art. 3º O Proprietário Fiduciário ou credor poderá requerer contra o devedor ou terceiro a busca e apreensão do</p><p>bem alienado fiduciàriamente, a qual será concedida liminarmente, desde que comprovada a mora ou o</p><p>inadimplemento do devedor.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 16</p><p>§ 1o Cinco dias após executada a liminar mencionada no caput, consolidar-se-ão a propriedade e a posse plena e</p><p>exclusiva do bem no patrimônio do credor fiduciário, cabendo às repartições competentes, quando for o caso,</p><p>expedir novo certificado de registro de propriedade em nome do credor, ou de terceiro por ele indicado, livre do</p><p>ônus da propriedade fiduciária.</p><p>§ 2o No prazo do § 1o, o devedor fiduciante poderá pagar a integralidade da dívida pendente, segundo os valores</p><p>apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na qual o bem lhe será restituído livre do ônus.</p><p>§ 3o O devedor fiduciante apresentará resposta no prazo de quinze dias da execução da liminar.</p><p>§ 4o A resposta poderá ser apresentada ainda que o devedor tenha se utilizado da faculdade do § 2o, caso entenda</p><p>ter havido pagamento a maior e desejar restituição.</p><p>§ 5o Da sentença cabe apelação apenas no efeito devolutivo.</p><p>§ 6o Na sentença que decretar a improcedência da ação de busca e apreensão, o juiz condenará o credor fiduciário</p><p>ao pagamento de multa, em favor do devedor fiduciante, equivalente a cinqüenta por cento do valor originalmente</p><p>financiado, devidamente atualizado, caso o bem já tenha sido alienado.</p><p>§ 7o A multa mencionada no § 6o não exclui a responsabilidade do credor fiduciário por perdas e danos.</p><p>§ 8o A busca e apreensão prevista no presente artigo constitui processo autônomo e independente de qualquer</p><p>procedimento posterior.</p><p>Art. 4º Se o bem alienado fiduciariamente não for encontrado ou não se achar na posse do devedor, o credor</p><p>poderá requerer a conversão do pedido de busca e apreensão, nos mesmos autos, em ação de depósito, na forma</p><p>prevista no Capítulo II, do Título I, do Livro IV, do Código de Processo Civil.</p><p>Art. 5º Se o credor preferir recorrer à ação executiva ou, se for o caso ao executivo fiscal, serão penhorados, a</p><p>critério do autor da ação, bens do devedor quantos bastem para assegurar a execução.</p><p>ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS IMÓVEIS</p><p>LEI 9.514/97</p><p>Art. 23 Constitui-se a propriedade fiduciária de coisa imóvel mediante registro, no competente Registro de Imóveis,</p><p>do contrato que lhe serve de título.</p><p>Parágrafo único. Com a constituição da propriedade fiduciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-se o</p><p>fiduciante possuidor direto e o fiduciário possuidor indireto da coisa imóvel.</p><p>Art. 24 O contrato que serve de título ao negócio fiduciário conterá:</p><p>I - o valor do principal da dívida;</p><p>II - o prazo e as condições de reposição do empréstimo ou do crédito do fiduciário;</p><p>III - a taxa de juros e os encargos incidentes;</p><p>IV - a cláusula de constituição da propriedade fiduciária, com a descrição do imóvel objeto da alienação fiduciária</p><p>e a indicação do título e modo de aquisição;</p><p>V - a cláusula assegurando ao fiduciante, enquanto adimplente, a livre utilização, por sua conta e risco, do imóvel</p><p>objeto da alienação fiduciária;</p><p>VI - a indicação, para efeito de venda em público leilão, do valor do imóvel e dos critérios para a respectiva revisão;</p><p>Art. 25 Com o pagamento da dívida e seus encargos resolve-se, nos termos deste artigo, a propriedade fiduciária</p><p>do imóvel.</p><p>Art. 26 Vencida e não paga, no todo ou em parte, a dívida e constituído em mora o fiduciante, consolidar-se-á, nos</p><p>termos deste artigo, a propriedade do imóvel em nome do fiduciário.</p><p>Art. 27 Uma vez consolidada a propriedade em seu nome, o fiduciário, no prazo de trinta dias, contados da data</p><p>do registro de que trata o § 7º do artigo anterior, promoverá público leilão para a alienação do imóvel.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 17</p><p>§ 1º Se, no primeiro público leilão, o maior lance oferecido for inferior ao valor do imóvel, estipulado na forma do</p><p>inciso VI do art. 24, será realizado o segundo leilão, nos quinze dias seguintes.</p><p>§ 2º No segundo leilão será aceito o maior lance oferecido desde que igual ou superior ao valor da dívida, das</p><p>despesas, dos prêmios de seguro, dos encargos legais, inclusive tributos, e das contribuições condominiais.</p><p>Art. 31 O fiador ou terceiro interessado que pagar a dívida ficará sub-rogado, de pleno direito, no crédito e na</p><p>propriedade fiduciária.</p><p>QUESTÕES DE CONCURSOS</p><p>01 (2018 - CESPE - BNB - Analista Bancário) Acerca de elementos e de requisitos relativos aos Cs de crédito (caráter,</p><p>capacidade, capital, colateral e condições), julgue o item que se segue.</p><p>O C de capital representa exclusivamente o volume de recursos que o tomador do crédito mantém disponível em</p><p>caixa com o objetivo de honrar obrigação resultante de crédito que lhe tenha sido concedido por instituição</p><p>financeira.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>02 (2018 - CESPE - BNB - Analista Bancário) Acerca de elementos e de requisitos relativos aos Cs de crédito (caráter,</p><p>capacidade, capital, colateral e condições), julgue o item que se segue.</p><p>O C de colateral diz respeito à capacidade de o cliente oferecer ativos que garantam à instituição financeira que lhe</p><p>tenha concedido o crédito uma segurança adicional quanto ao retorno dos recursos emprestados.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>03 (2018 - CESPE - BNB - Analista Bancário) No que se refere a instituições do Sistema Financeiro Nacional, julgue</p><p>o próximo item.</p><p>A sociedade de crédito ao microempreendedor e à empresa de pequeno porte está autorizada a captar recursos</p><p>do público e a emitir títulos e valores</p> <p>mobiliários destinados a oferta pública.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>04 (2018 - FADESP - BANPARÁ - Técnico Bancário) O pagamento da dívida é garantido com um bem imóvel.</p><p>Embora conserve a posse do bem, a empresa só readquire sua propriedade após a quitação integral da dívida. Se</p><p>a dívida não for paga ou se for paga apenas uma parte dela, ao fim do prazo contratado a instituição pode assumir</p><p>a propriedade do bem. Essas características referem-se à garantia do tipo</p><p>a) aval.</p><p>b) fiança.</p><p>c) alienação fiduciária.</p><p>d) penhora.</p><p>e) hipoteca.</p><p>05 (2018 - FADESP - BANPARÁ - Técnico Bancário) Refere-se a uma operação de crédito bancário com um valor</p><p>limite. Normalmente é movimentada pelo cliente através de seus cheques, desde que não haja saldo disponível em</p><p>sua conta corrente de movimentação. À medida que entram recursos na conta corrente do cliente, eles são usados</p><p>para cobrir o saldo devedor. Essas características dizem respeito ao(às)</p><p>a) Hot Money.</p><p>b) Crédito Rotativo.</p><p>c) Contas Garantidas.</p><p>d) Banco Virtual.</p><p>e) transferências automáticas de fundos.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 18</p><p>06 (2018 - FGV - Banestes - Técnico Bancário) A fiança bancária é uma operação tradicional no mercado brasileiro,</p><p>em que um banco, por meio da “carta de fiança”, assume o papel de fiador de uma outra companhia numa operação</p><p>comercial, concorrência pública ou de crédito. Do ponto de vista dos riscos envolvidos para as partes, há mitigação</p><p>do risco:</p><p>a) de crédito envolvido entre o fiador (banco) e o afiançado (empresa);</p><p>b) de mercado envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por exemplo;</p><p>c) operacional envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por exemplo;</p><p>d) de crédito envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por exemplo;</p><p>e) de mercado envolvido entre o fiador (banco) e o afiançado (empresa).</p><p>07 (2018 - FGV - Banestes - Técnico Bancário) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma entidade privada, sem</p><p>fins lucrativos, e que administra um mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores. Sua</p><p>função primordial é a recuperação dos depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira, até determinado</p><p>valor, em caso de:</p><p>a) fusão, cisão ou aquisição;</p><p>b) abertura de capital;</p><p>c) fechamento de capital;</p><p>d) oferta pública inicial;</p><p>e) intervenção, liquidação ou falência.</p><p>08 (2018 - FGV - Banestes - Técnico Bancário) Alfredo contraiu uma dívida com o Banco X e assinou uma cédula</p><p>de crédito bancário com o aval de João. Em relação ao aval, é correto afirmar que o avalista:</p><p>a) passa a ser o único responsável pelo pagamento, exonerando o avalizado Alfredo de responsabilidade;</p><p>b) responderá subsidiariamente pelo pagamento, na ausência de bens suficientes de Alfredo para pagar a dívida;</p><p>c) torna-se devedor solidário pelo pagamento perante o Banco X, podendo esse cobrar a dívida tanto dele quanto</p><p>do avalizado;</p><p>d) não se obriga pelo pagamento porque é nulo aval prestado em favor de instituição financeira, caso do Banco X;</p><p>e) responderá pelo pagamento solidariamente com Alfredo, desde que esse celebre simultaneamente contrato de</p><p>fiança com o Banco X.</p><p>09 (2018 - FGV - Banestes - Técnico Bancário) Em garantia de empréstimo concedido pelo Banco W, Tereza deu</p><p>um imóvel de sua propriedade ao credor. A garantia constituída abrange todas as acessões, melhoramentos ou</p><p>construções do imóvel e não impede a proprietária de aliená-lo. Com base nessas informações, a garantia prestada</p><p>por Tereza é:</p><p>a) aval;</p><p>b) fiança bancária;</p><p>c) alienação fiduciária em garantia;</p><p>d) hipoteca;</p><p>e) anticrese.</p><p>10 (2018 - FGV - Banestes - Técnico Bancário) Durante a vigência de um contrato de fiança, o credor Atílio</p><p>concedeu prorrogação do prazo de pagamento da dívida (moratória) ao afiançado sem consentimento do fiador</p><p>Jerônimo. Com esse ato por parte do credor, é correto afirmar que:</p><p>a) deverá Jerônimo requerer a Atílio prorrogação do prazo de duração do contrato para se adequar à moratória</p><p>concedida ao afiançado;</p><p>b) Jerônimo, ainda que solidário pelo pagamento da dívida perante Atílio, ficará desobrigado pela falta de</p><p>consentimento com a moratória;</p><p>c) Jerônimo permanecerá obrigado pelo pagamento da dívida pelos 6 meses seguintes ao dia do vencimento; findo</p><p>tal prazo ficará desobrigado;</p><p>d) caberá a Atílio decidir se Jerônimo ficará ou não desobrigado da fiança com a concessão da moratória;</p><p>e) Jerônimo poderá pedir a anulação do contrato porque é proibido ao credor conceder moratória ao afiançado.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 19</p><p>11 (2015 - CESPE - Telebras - Analista – Finanças) Com relação às operações realizadas em bolsas de valores e</p><p>suas garantias, aos tipos de ordem executadas nesse mercado e aos índices que medem o desempenho dos ativos</p><p>negociados, julgue o item seguinte. Nas operações a termo com ações, os vendedores podem conceder garantias</p><p>adicionais, chamadas de margem, que se caracterizam pelo depósito do título objeto da operação na Companhia</p><p>Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>12 (2015 - CESPE - Telebras - Analista – Finanças) Com relação aos produtos e serviços bancários, julgue o item</p><p>que se segue. Nas operações de crédito garantidas pela alienação fiduciária de bens imóveis, sendo transferida ao</p><p>credor a propriedade resolúvel do imóvel objeto da garantia, a retomada do bem, em caso de inadimplemento do</p><p>devedor, é mais célere do que nas operações de crédito garantidas por hipoteca.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>13 (2015 - CESGRANRIO - Banco do Brasil – Escriturário) Um cliente interessado na compra de um imóvel próprio</p><p>encontra, entre outras, as seguintes informações no website do Banco do Brasil:</p><p>• Percentual máximo financiável: até 90% do valor do imóvel, baseado no menor dos seguintes valores: avaliação</p><p>ou compra e venda;</p><p>• Forma de pagamento: débito em conta-corrente;</p><p>• Prazo máximo: financiamento em até 420 meses (35 anos);</p><p>• Tipos de imóvel: novo ou usado; residencial ou comercial; edificado em alvenaria; localizado em área urbana;</p><p>• Garantia: alienação fiduciária do imóvel.</p><p>Disponível em: <http://www.bb.com.br/portalbb/page44,116,2117,1,0,1.bb?codigoMenu=172&codigoNoticia=9518&codigoRet=184&bread=5>. Acesso em: 01 ago. 2015. Adaptado.</p><p>A garantia informada</p><p>a) concede ao devedor a propriedade do imóvel, assegurada por registro em cartório logo depois do pagamento</p><p>da primeira prestação.</p><p>b) é um tipo de garantia, tal como a fiança, baseada na confiança.</p><p>c) possui o mesmo teor legal da hipoteca, já que proporciona ao credor o direito de reaver o imóvel em caso de</p><p>inadimplência do devedor, depois de finalizado o processo judicial.</p><p>d) possibilita ao credor, diferentemente da hipoteca, executar o bem sob garantia sem que seja necessário recorrer</p><p>ao poder judiciário, caso o devedor se torne irremediavelmente inadimplente.</p><p>e) permite que o credor coloque o imóvel em leilão público em caso de inadimplência do devedor, ficando aquele</p><p>obrigado a repassar à União eventuais diferenças, quando houver, entre o valor arrecadado e o valor da dívida.</p><p>14 (2015 - CESGRANRIO - Banco do Brasil – Escriturário) Ao conceder uma fiança bancária a determinado cliente,</p><p>um banco garante o cumprimento de uma obrigação pelo cliente, mediante uma remuneração. A fiança bancária</p><p>a) não precisa ser aprovada pela área de crédito dos bancos.</p><p>b) é proibida pelo Banco Central do Brasil no caso de operações que não tenham perfeita caracterização do valor</p><p>em moeda nacional.</p><p>c) tem remuneração limitada à taxa de juros de referência da economia.</p><p>d) não é utilizada nas negociações registradas na Bolsa de Mercadorias e Futuro.</p><p>e) é uma operação de crédito e, portanto, sujeita ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).</p><p>15 (2015 - CESGRANRIO - Banco</p> <p>do Brasil – Escriturário) A sociedade empresária W & Z Ltda. pretende expandir a sua</p><p>atuação e, para tal fito, necessita de numerário, uma vez que seu capital disponível não lhe permite corporificar seu</p><p>crescimento. Nessa linha, inventaria os seus bens desembaraçados disponíveis e apresenta proposta de empréstimo</p><p>bancário com as garantias que enumera no documento que entrega ao gerente do Banco onde tem suas operações</p><p>financeiras. O gerente sugere que a garantia seja concretizada por penhor mercantil e apresenta os contratos necessários,</p><p>previamente aprovados pelo setor jurídico, e indica que o numerário será disponibilizado em até vinte e quatro horas após</p><p>a formalização do negócio. Nos termos do Código Civil, prometendo pagar em dinheiro a dívida que garante com penhor</p><p>mercantil, o devedor poderá emitir, em favor do credor,</p><p>a) cheque especial</p><p>b) letra de câmbio própria</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 20</p><p>c) debênture comercial</p><p>d) carta de crédito pignoratícia</p><p>e) cédula do respectivo crédito</p><p>16 (2015 - CESGRANRIO - Banco do Brasil – Escriturário) Sr. X é concitado por Sr. Y a atuar como avalista em título</p><p>de crédito no qual Sr. Y é devedor. Dado o alto grau de amizade entre os dois, o ato é praticado. Algum tempo</p><p>depois, Sr. X recebe comunicação de que pende de pagamento a dívida resultante do aval.</p><p>Diversas dúvidas acudiram ao avalista que, consultando profissional especializado em títulos de crédito, assentou</p><p>que o seu dever de pagamento estaria relacionado a</p><p>a) obrigações portadas por devedor, mesmo ilíquidas</p><p>b) cláusulas contratuais estipuladas em desfavor do devedor</p><p>c) títulos de crédito derivados do original</p><p>d) obrigação líquida constante do título</p><p>e) estoque de débito do avalizado junto ao credor</p><p>17 (2014 - FGV - BNB - Analista Bancário) Com relação à diferença entre aval e fiança, é correto afirmar que:</p><p>a) o aval é uma garantia pessoal, enquanto a fiança é uma garantia real;</p><p>b) o aval é uma garantia real, enquanto a fiança é uma garantia pessoal;</p><p>c) o aval é uma garantia constituída em um título de crédito, enquanto a fiança é uma garantia estabelecida em</p><p>contrato ou carta;</p><p>d) no aval, o credor pode acionar diretamente o avalista, enquanto na fiança se aciona o fiel depositário;</p><p>e) o aval precisa da assinatura do cônjuge, enquanto a fiança não tem essa exigência.</p><p>18 (2014 - FGV - BNB - Analista Bancário) Os seguintes bens podem ser oferecidos como garantia na modalidade</p><p>penhor:</p><p>(I) joias e relógios;</p><p>(II) imóveis;</p><p>(III) aeronaves;</p><p>(IV) navios.</p><p>Assinale se:</p><p>a) somente I e III estiverem corretas;</p><p>b) somente II e IV estiverem corretas;</p><p>c) somente I estiver correta;</p><p>d) somente II estiver correta;</p><p>e) somente II, III e IV estiverem corretas.</p><p>19 (2014 - FUNCAB - MDA - Nível Superior) Risco de Compliance pode se definido como:</p><p>a) perda financeira e queda no nível de produção que um banco pode sofrer como resultado da falha no</p><p>cumprimento da aplicação dos acordos feitos comos sindicatos e comos funcionários.</p><p>b) diminuição do market share, perda financeira ou de reputação que um banco pode sofrer como resultado da</p><p>falha no cumprimento da aplicação dos acordos feitos comos clientes e parceiros</p><p>c) risco de sanções legais ou regulatórias por ferir o código de conduta e das Boas Práticas Bancárias e o código de</p><p>éticas dos funcionários, com consequente perda financeira e quebra de confiança.</p><p>d) risco de sanções regulatórias, de perda financeira ou de reputação que um banco pode sofrer como resultado</p><p>da falha no cumprimento da aplicação de regulamentos, do código de conduta e das Boas Práticas Bancárias.</p><p>e) risco de sanções legais ou regulatórias, de perda financeira ou de reputação que um banco pode sofrer como</p><p>resultado da falha no cumprimento da aplicação de leis, regulamentos, código de conduta e das Boas Práticas</p><p>Bancárias.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 21</p><p>20 (2014 - INAZ do Pará - BANPARÁ - Técnico Bancário) Quais dos créditos não são garantidos pelo Fundo</p><p>Garantidor de Créditos:</p><p>a) Depósitos de poupança</p><p>b) Letras de Câmbio</p><p>c) Letras de Crédito Imobiliário</p><p>d) Debêntures e Ações</p><p>e) Operações compromissadas que têm como objeto títulos emitidos após 08.03.2012 por empresa ligada.</p><p>21 (2014 - CESGRANRIO - Banco da Amazônia - Nível Superior) Nos termos da Resoluçao CMN nº 4.222/2013,</p><p>que regula o Fundo Garantidor de Crédito, o atraso no recolhimento das contribuições devidas sujeita a instituição</p><p>associada sobre o valor de cada contribuição à multa de:</p><p>a) 2%</p><p>b) 3%</p><p>c) 4%</p><p>d) 5%</p><p>e) 6%</p><p>22 (2014 - CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo) Acerca dos seguros privados e resseguros, julgue</p><p>o item subsequente.</p><p>O seguro de garantia estendida procura complementar a garantia original de fábrica, mas não é aplicável aos</p><p>contratos de compra e venda de bens de consumo duráveis.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>23 (2014 - CESGRANRIO - Banco do Brasil – Escriturário) Um gerente participa de processo de treinamento sobre</p><p>títulos de créditos e garantias do Sistema Financeiro Nacional.</p><p>Durante a avaliação dos itens abordados no treinamento, o gerente, que se dedicou com afinco aos estudos,</p><p>responde, apropriadamente, que o aval, nos termos do Código Civil,</p><p>a) gera direito de regresso contra o avalizado em caso de pagamento pelo avalista.</p><p>b) é garantia típica dos contratos bancários.</p><p>c) pode ser parcial quando firmado em título de crédito.</p><p>d) pode ser considerado até declaração judicial quando cancelado.</p><p>e) deve ser subscrito exclusivamente no anverso do título.</p><p>24 (2014 - CESGRANRIO - Banco do Brasil – Escriturário) Um bancário, almejando promoção na carreira, realiza</p><p>diversos cursos propostos pelo seu empregador. Ao final de um desses cursos, foi apresentada uma questão</p><p>exigindo do aluno o conhecimento de que a hipoteca.</p><p>a) é inaplicável sobre as acessões do imóvel hipotecado</p><p>b) é relacionada aos títulos de crédito documentados</p><p>c) acarreta a proibição de alienação do imóvel hipotecado.</p><p>d) pode incidir sobre navios e aeronaves.</p><p>e) pode ser realizada por pessoa absolutamente incapaz.</p><p>25 (2014 - CESGRANRIO - Banco do Brasil – Escriturário) O Fundo Garantidor de Crédito foi criado para, dentre</p><p>outras finalidades, proteger depositantes e investidores no âmbito do sistema financeiro, até os limites</p><p>estabelecidos pela regulamentação. Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como</p><p>a) sociedade por ações</p><p>b) sociedade de economia mista</p><p>c) autarquia especial</p><p>d) associação civil</p><p>e) empresa financeira</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 22</p><p>26 (2013 - CESPE - BACEN - Analista - Política Econômica e Monetária) Com relação às operações de captação e</p><p>operações ativas praticadas no mercado financeiro brasileiro, julgue o item a seguir.</p><p>As instituições associadas devem recolher ao fundo garantidor de créditos (FGC) contribuição especial de 0,0833%</p><p>ao mês sobre os saldos de depósitos a prazo com garantia especial (DPGE) do FGC que se situar dentro do limite</p><p>fixado pelo Conselho Monetário Nacional.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>27 (2013 - CESGRANRIO - Banco da Amazônia - Técnico Bancário) Para se resguardarem de possíveis</p><p>inadimplências nas operações de cessão de crédito aos seus clientes, os Bancos estabelecem alguns tipos de</p><p>garantia. O aval é uma garantia</p><p>a) real extrajudicial e incide sobre bens imóveis ou equiparados que pertençam ao devedor ou a terceiros.</p><p>b) pessoal autônoma e solidária destinada a garantir títulos de crédito, permitindo que um terceiro seja coobrigado</p><p>em relação às obrigações assumidas.</p><p>c) real vinculada a uma coisa móvel ou mobilizável que ficará em poder do Banco durante a operação de</p><p>empréstimo.</p><p>d) vinculada a um bem móvel que fica em nome do Banco até o término do pagamento do empréstimo.</p><p>e) exigida pelo emprestador de acordo com o risco</p> <p>da operação e pode ser real ou impessoal.</p><p>28 (2013 - FCC - Banco do Brasil – Escriturário) O penhor mercantil é modalidade de garantia que pode ser exigida</p><p>por operadores do Sistema Financeiro Nacional na formalização de operações de crédito em que</p><p>a) haja dispensa de fiel depositário.</p><p>b) o valor atualizado do bem não exceda 50% do valor financiado.</p><p>c) esse direito recaia sobre bens móveis.</p><p>d) o devedor possa substituir os bens empenhados sem autorização prévia do credor.</p><p>e) os recursos liberados permaneçam depositados na mesma instituição financeira.</p><p>29 (2013 - FCC - Banco do Brasil – Escriturário) A operação por meio da qual a instituição financeira garante em</p><p>contrato, perante terceiros, o cumprimento de obrigações decorrentes de riscos assumidos por parte do seu cliente</p><p>é denominada</p><p>a) fiança bancária.</p><p>b) penhor mercantil.</p><p>c) alienação fiduciária.</p><p>d) adiantamento de contrato de câmbio.</p><p>e) aval.</p><p>30 (2012 - IDECAN - Banestes - Técnico Bancário)</p><p>Considerando as garantias que podem ser concedidas e/ou requeridas por instituições financeiras, marque a</p><p>alternativa INCORRETA.</p><p>a) Dívidas futuras podem ser objeto de fiança, mas o fiador não será demandado senão depois que se fizer certa e</p><p>líquida a obrigação do principal devedor.</p><p>b) É vedado o aval parcial, salvo disposição diversa em lei especial.</p><p>c) Nas dívidas garantidas por penhor ou hipoteca, o bem dado em garantia fica sujeito, por vínculo real, ao</p><p>cumprimento da obrigação.</p><p>d) Constitui- se o penhor pela transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a quem o</p><p>represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel, suscetível de alienação.</p><p>e) No penhor industrial, mercantil e de veículos, as coisas empenhadas devem continuar em poder do credor, que</p><p>as deve guardar e conservar.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL - Escriturário 23</p><p>31 (2012 - CESGRANRIO - Banco do Brasil – Escriturário) Devido à grande exposição ao risco de crédito, os bancos</p><p>precisam utilizar meios para garantir suas operações e salvaguardar seus ativos. Qual o tipo de operação que</p><p>garante o cumprimento de uma obrigação na compra de um bem a crédito, em que há a transferência desse bem,</p><p>móvel ou imóvel, do devedor ao credor?</p><p>a) Hipoteca</p><p>b) Fiança bancária</p><p>c) Alienação fiduciária</p><p>d) Penhor</p><p>e) Aval bancário</p><p>32 (2011 - CESPE - BRB – Escriturário) Com relação ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC), julgue os itens</p><p>subsequentes. Os fundos de investimento e os fundos de ações não têm cobertura do FGC.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>33 (2011 - CESPE - BRB – Escriturário) O FGC é uma associação civil sem fins lucrativos e não exerce nenhuma</p><p>função pública.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>34 (2011 - CESPE - BRB – Escriturário) O FGC foi criado para garantir os recursos mantidos, principalmente, em</p><p>contas de depósito à vista, de poupança e de depósito a prazo.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>35 (2011 - FCC - Banco do Brasil – Escriturário) O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) administra o mecanismo de</p><p>proteção aos correntistas, poupadores e investidores, proporcionando garantia limitada a</p><p>a) Letras do Tesouro Nacional.</p><p>b) fundos de investimento.</p><p>c) depósitos à vista e a prazo.</p><p>d) debêntures.</p><p>e) depósitos judiciais.</p><p>36 (2011 - FCC - Banco do Brasil – Escriturário) Uma carta de fiança bancária, garantindo uma operação de crédito,</p><p>implica</p><p>a) a impossibilidade de substituição do fiador.</p><p>b) a responsabilidade solidária e como principal pagador, no caso de renúncia do fiador ao benefício de ordem.</p><p>c) a contragarantia ser formalizada por instrumento público.</p><p>d) o impedimento de compartilhamento da obrigação.</p><p>e) a obrigatória cobertura integral da dívida.</p><p>37 (2010 - FCC - Banco do Brasil – Escriturário) A fiança bancária é uma obrigação escrita prestada à empresa que</p><p>necessita de garantia para contratação de operação que envolva responsabilidade na sua execução e</p><p>a) está sujeita à incidência de Imposto sobre Operações Financeiras ? IOF.</p><p>b) não apresenta risco de crédito para a instituição financeira.</p><p>c) comprova que os recursos financeiros necessários estão depositados pela empresa na instituição financeira</p><p>fiadora.</p><p>d) pode ser concedida somente em operações relacionadas ao comércio internacional.</p><p>e) substitui total ou parcialmente os adiantamentos em dinheiro ao credor por parte da empresa.</p><p>38 (2010 - FCC - Banco do Brasil – Escriturário) O Fundo Garantidor de Crédito ? FGC é uma entidade privada, sem</p><p>fins lucrativos, que administra o mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, contra</p><p>instituições financeiras em caso de intervenção, liquidação ou falência. São cobertos limitadamente pela garantia</p><p>a) Letras Financeiras do Tesouro.</p><p>b) Fundos de Investimentos Financeiros.</p><p>BANRISUL CONHECIMENTOS BANCÁRIOS</p><p>BANRISUL – Escriturário 24</p><p>c) Notas Promissórias Comerciais.</p><p>d) Letras Hipotecárias.</p><p>e) Depósitos Judiciais.</p><p>39 (2010 - CESGRANRIO - Banco do Brasil – Escriturário) As operações de garantia bancária são operações em</p><p>que o banco se solidariza com o cliente em riscos por este assumidos. O aval bancário, por exemplo, é uma garantia</p><p>que gera</p><p>a) passivo para cliente tomador de um empréstimo contra o Banco credor, colocando seus bens à disposição para</p><p>garantir a operação.</p><p>b) responsabilidade acessória pelo Banco, quando assume total ou parcialmente o dever do cumprimento de</p><p>qualquer obrigação de seu cliente devedor.</p><p>c) direito real para o Banco em face ao seu cliente e se constitui, pela tradição efetiva, em garantia de coisa móvel</p><p>passível de apropriação entregue pelo devedor.</p><p>d) obrigação solidária do Banco credor para com o seu cliente mediante a assinatura de um contrato de câmbio.</p><p>e) obrigação assumida pelo Banco, a fim de assegurar o pagamento de um título de crédito para um cliente.</p><p>40 (2010 - CESPE - BRB – Escriturário) Para aumentar a probabilidade de que os tomadores de crédito em</p><p>operações de empréstimos/financiamentos paguem seus compromissos nas datas pactuadas, analistas e comitês</p><p>de crédito podem exigir algum tipo de garantia para aprovar uma operação. Considerando essa situação, julgue os</p><p>itens seguintes.</p><p>Na concessão de um aval, garantia pessoal, o avalista assume a mesma condição jurídica do avalizado, sendo</p><p>solidário pela liquidação da dívida. Nesse caso, o credor poderá cobrar a dívida de qualquer avalista sem cobrar do</p><p>devedor principal.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>41 (2010 - CESPE - BRB – Escriturário) Para aumentar a probabilidade de que os tomadores de crédito em</p><p>operações de empréstimos/financiamentos paguem seus compromissos nas datas pactuadas, analistas e comitês</p><p>de crédito podem exigir algum tipo de garantia para aprovar uma operação. Considerando essa situação, julgue os</p><p>itens seguintes.</p><p>Em uma garantia por meio de fiança, há a condição de benefício da ordem, o que significa que o credor deverá</p><p>acionar primeiro o devedor e depois o fiador, exceto se o fiador renunciar ao benefício.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>42 (2010 - CESPE - BRB – Escriturário) Um imóvel pode ser hipotecado junto a vários credores simultaneamente e,</p><p>em todas as situações, a preferência do credor será pela ordem do registro no cartório de imóveis de circunscrição</p><p>de localização do bem. Para assegurar o pagamento, o credor da hipoteca de segundo grau poderá executar a</p><p>garantia, promovendo venda judicial, antes do vencimento da hipoteca do primeiro grau.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>43 (2010 - CESPE - BRB – Escriturário) Os seguintes bens podem ser oferecidos como garantia na modalidade de</p><p>hipoteca: imóveis, aeronaves e navios. A hipoteca se extingue quando do vencimento do contrato principal.</p><p>( ) Certo ( ) Errado</p><p>44 (2010 - CESPE - BRB – Escriturário) A propriedade fiduciária é uma forma especial de garantia, próxima da</p><p>garantia real, que transfere a posse direta do bem para o credor,</p>