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<p>POLÍTICAS PÚBLICAS CONCEITO</p><p>Resposta política à percepção de um problema social. Tem como objetivo promover mudanças sociais.</p><p>-	Quem faz políticas públicas?</p><p>Visão multicêntrica ou policêntrica: Admite-se pluralidade de pessoas em torno das iniciativas que buscam lidar com problemas sociais. Considera que grupos e organizações sociais (ONGS, associações, redes) podem fazer políticas públicas, em associação ou não com o Estado.</p><p>Visão estadista ou estadocêntrica: Considera as políticas públicas como monopólio dos atores estatais.</p><p>Os grupos e organizações não estatais podem influenciar os processos de políticas públicas, mas não possuem centralidade.</p><p>SENTIDOS DA POLÍTICA</p><p>· POLITY: (TY) INSTITUIÇÕES. Refere-se às organizações e regras que regem o processo político. ex: o parlamento, partidos políticos, organizações, a Constituição Federal, etc.</p><p>· POLITICS: (CS) PROCESSO. Refere-se à atividade política. São exemplos: barganha, negociação e persuasão.</p><p>· POLICY: (C) CONTEÚDO. Refere-se à própria política pública. Foco no conteúdo das políticas públicas nas suas formas de implementação bem como na avaliação de suas condições de funcionamento, eficácia e efetividade.</p><p>TIPOS DE DEMANDAS</p><p>As demandas em políticas públicas podem ser classificadas em três categorias principais: novas, recorrentes e reprimidas. Essa classificação ajuda a entender a natureza das solicitações feitas à sociedade e ao Estado, e como elas podem ser melhor gerenciadas para o desenvolvimento social.</p><p>DEMANDAS NOVAS: São demandas que ocorrem por surgimento de novos atores ou novos problemas. Estes são novos porque surgiram agora ou porque só foram reconhecidos agora.</p><p>Exemplo: Demanda por políticas públicas para lidar com os impactos das mudanças climáticas. Necessidade de regulamentação de novas tecnologias como inteligência artificial e biotecnologia.</p><p>DEMANDAS RECORRENTES: Referem-se a problemas que não foram solucionados</p><p>ou que ressurgem periodicamente.Frequentemente exigem atenção e recursos contínuos.</p><p>Exemplo: Necessidade de investimentos em infraestrutura urbana, como transporte público, saneamento básico e segurança.</p><p>DEMANDAS REPRIMIDAS: Reprimidas por um “estado das coisas”, ou seja, problemas não reconhecidos como problemas ou por não-decisões.</p><p>Ocorre quando o governo decide não agir ou finge que não ve. Exemplo: cracolância</p><p>ATORES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>· ATORES GOVERNAMENTAIS: Políticos eleitos, designados politicamente e burocratas.</p><p>Os políticos eleitos são chamados de decision makers. Estão no topo da hierarquia.</p><p>Designadas e designados politicamente tem como função principal repassar ao corpo burocrático as orientações políticas. Ocupam posição intermediária.</p><p>Os burocratas são o corpo de funcionários do Estado, cuja função é administrar a máquina pública, independentemente do processo eleitoral e do partido que dali sair vencedor. A ideia é de que a burocracia concentra a capacidade de executar e coordenar as ações a partir de um saber especializado.Os burocratas, principalmente os burocratas da “linha de frente” (ou seja, aqueles que trabalham direto ao público) exercem a discricionariedade. A discricionariedade é entendida como um espaço de interpretação e decisão dentro dos limites das regras, ou seja, é um espaço decisório que permite escolher entre alternativas e decidir como as políticas serão de fato implementadas na prática.</p><p>· ATORES NÃO-GOVERNAMENTAIS: Grupos de interesse, partidos políticos e beneficiários.</p><p>REDES DE POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>É um grupo formado por diversos atores, como por exemplo ONGS, governo, empresas e cidadãos que percebem que ao se juntar eles possuem mais força de resolução de um problema que têm em comum.</p><p>Características: Diversidade de atores e interesse em comum (podem ser públicos ou privados, são autônomos e interdependentes);</p><p>Horizontalidade e cooperação (as relações são marcadas por descentralização do poder, os atores reconhecem que seus objetivos e recursos são interligados, portanto, decidem compartilhar informações e recursos entre si.</p><p>As redes de políticas públicas representam um modelo inovador e promissor para a governança do século XXI. Através da colaboração, do compartilhamento de recursos e da construção de soluções conjuntas, as redes podem contribuir para a construção de um futuro mais justo, sustentável e próspero para todos.</p><p>Exemplo de Rede: Rede de sustentabilidade, Rede Nacional de Combate à Fome e à Pobreza, Rede de Observatórios Sociais.</p><p>TIPOLOGIA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>As tipologias de políticas públicas são ferramentas úteis para entendermos como o Estado intervém na sociedade. Ao compreender as diferentes tipologias e seus exemplos, podemos ter uma visão mais crítica e abrangente das políticas públicas e seus impactos.</p><p>As tipologias não são algo fechado. Uma mesma política pública pode ter características de mais de uma categoria.</p><p>· POLÍTICA ESTRUTURAL: Tem como objetivo transformar as estruturas sociais, econômicas e políticas da sociedade. Possuem alto impacto e são de longo prazo.</p><p>Exemplo: Reforma agrária, reforma tributária</p><p>· POLÍTICA CONJUNTURAL: Respondem a problemas específicos e emergenciais da sociedade. Possui impacto limitado e são de curto prazo.</p><p>Exemplo: Auxílio emergencial em caso de calamidade pública</p><p>· POLÍTICA SETORIALIZADA: Dirige-se a um setor específico da sociedade. Possui foco em um problema específico. Exige conhecimento técnico específico.Tem como objetivo promover o desenvolvimento em um determinado setor. Possui um impacto mais amplo que a segmentada e de longo prazo</p><p>Exemplo:Plano nacional de educação, Plano nacional da saúde</p><p>· TERRITORIALIZADA: Atende às necessidades específicas de um determinado território, cidade ou bairro. Consideram as características e demandas locais, estimulam a participação da comunidade e promove o desenvolvimento local.</p><p>Exemplo: Programa de desenvolvimento regional, plano de revitalização urbana, política de agricultura familiar</p><p>· SEGMENTADAS: Tem como objetivo atender demandas específicas de grupos sociais distintos(geográfico, demográfico, etnográfico) reduzindo a desigualdade e promovendo a inclusão. Possui um impacto mais direto e imediato no grupo pretendido.</p><p>Exemplo: Programa de cotas para negros nas universidades, política de saúde para grupos específicos como pessoas com deficiência ou indígenas, bolsa auxílio.</p><p>· FRAGMENTADAS: Políticas focalizadas (tema dentro do tema) Ex: merenda, financiamento de casa própria.</p><p>· POLÍTICA DISTRIBUTIVA: é caracterizada pelo objetivo de distribuir recursos, benefícios ou oportunidades. Elas são construídas com o orçamento público e contemplam ações que fazem o fornecimento de serviços para a população (ou parte dela) por meio do Estado. Não tem muito conflito.</p><p>Exemplo: Distribuição de preservativos, novo exemplo: distribuição de absorventes. Bolsa Família</p><p>· POLÍTICA REDISTRIBUTIVA: é caracterizada pelo objetivo de reduzir desigualdades sociais, econômicas ou educacionais. Objetivo é “equilibrar a balança”. Conseguindo mediante realocação de recursos. Soma zero.Alto grau de conflito (“beneficiam uns em detrimento de outros”)</p><p>Exemplo: Cotas para universidades e concursos públicos, reforma agrária</p><p>· POLÍTICA CONSTITUTIVA: Também podendo ser chamada de estruturadora por alguns autores. Elas determinam regras e estrutura dos processos políticos. O objetivo é estabelecer responsabilidades das esferas do poder. Exemplo: elas distribuem e determinam se a responsabilidade sobre algo é do governo municipal, estadual ou federal.</p><p>· POLÍTICA REGULATÓRIA: Criam e fiscalizam leis que atuam na garantia do bem comum e de benefícios coletivos. Serve para regular o comportamento. Exemplo: Código de trânsito</p><p>QUANTO A DISTRIBUIÇÃO DO PODER E RESPONSABILIDADE</p><p>· POLÍTICA PÚBLICA VERTICAL: Caracterizada pela estrutura hierárquica Poder concentrado no nível superior do governo</p><p>As decisões são tomadas no nível superior do governo (nacional e estadual) e implementadas nos níveis inferiores (municipal ou local).</p><p>Tem como ponto positivo uma maior padronização das políticas</p><p>públicas em todo território nacional, além de ser uma forma mais rápida de fazer política pública.</p><p>Tem como ponto negativo ter pouca ou nenhuma participação da sociedade civil (geral a operacional)</p><p>Exemplo de política pública vertical: diretrizes nacionais de educação, plano nacional de saúde</p><p>· POLÍTICA PÚBLICA HORIZONTAL: É caracterizada por uma estrutura descentralizada.</p><p>O poder é distribuído entre diferentes níveis do governo e diversos atores. As decisões são tomadas de forma conjunta. Há uma maior participação de atores locais.</p><p>Tem como ponto positivo uma maior flexibilidade para atender às necessidades específicas de cada território</p><p>Tem como ponto negativo ser uma forma mais lenta, de difícil padronização nacional e difícil avaliação.</p><p>Exemplos de políticas públicas horizontais: Conselhos municipais, Plano de Desenvolvimento Local, Consórcios intermunicipais, Bolsa família e Combate ao tráfico de drogas no Mercosul</p><p>PROCESSO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>· PLANO: É apresentada a estrutura da intervenção, os princípios que orientam a política, os objetivos e os meios. Mais amplo.</p><p>Exemplo: Política nacional de saúde</p><p>· PROGRAMA: Mais específico. Exibe recortes: setorial, territorial, temático, racial, etário, etc.</p><p>Exemplo: Política nacional de saúde da pessoa idosa</p><p>· PROJETO: Parte mais operativa. São formados por atividades inter-relacionadas e coordenadas, voltadas para o alcance de objetivos específicos, num prazo definido.</p><p>Exemplo: Promoção de envelhecimento saudável</p><p>· Nível estratégico: Define os objetivos, os problemas que ela busca solucionar e os princípios norteadores da política pública. Segue a mesma ideia do plano. Envolve a elaboração do plano geral da política, incluindo a definição de metas, prioridades e recursos necessários.</p><p>Envolve a participação de autoridades governamentais de alto escalão, especialistas e representantes da sociedade civil.</p><p>É predominantemente político. Neste nível de planejamento há muito debate político, divulgação de informações e coleta de dados, negociação, persuasão e barganha.</p><p>Exemplo: Definição da Política Nacional de Saúde, Estabelecimento das metas de desenvolvimento sustentável para o país, Criação de um programa de combate à pobreza.</p><p>· Nível tático: Etapa de operacionalização. Define como as ações serão implementadas, incluindo a definição de prazos, responsabilidades, recursos e indicadores de desempenho.</p><p>Traduz	os	objetivos	estratégicos	em	ações	concretas	e	programas específicos para alcançar os resultados desejados. Envolve a participação de gestores públicos, técnicos e especialistas nas áreas específicas da política. Exemplo: Elaboração de um plano de ação para a construção de novas unidades de saúde, Definição dos critérios de elegibilidade para um programa de transferência de renda, Criação de campanhas de conscientização sobre um tema específico</p><p>· Nível operacional: Temos as criações dos projetos. Implementação das ações e programas planejados. Administração dos recursos financeiros, humanos e materiais necessários para a execução da política. Acompanhamento constante do andamento da política, com a coleta de dados e indicadores para avaliar seu impacto e efetividade.Envolve a participação de profissionais de diversas áreas, como técnicos, agentes públicos e prestadores de serviço.</p><p>Exemplo: Implementação de um programa de vacinação, Distribuição de benefícios a famílias em situação de vulnerabilidade social, Realização de pesquisas para avaliar a efetividade de uma política</p><p>CICLO DE POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>São divididas em 5 etapas:</p><p>1- CONSTRUÇÃO DE AGENDA: Determina quais questões serão prioridade para serem abordadas pelo governo.</p><p>Agenda de mídia: Refere-se aos temas e problemas que ganham destaque na mídia e na opinião pública, influenciando o debate social e político.</p><p>Agenda governamental: Envolve os temas e problemas que são considerados relevantes pelas autoridades governamentais e pelas instituições públicas. Influenciados por Ideologia do governo, pressão dos grupos de interesse (teoria de coalizão de defesa), etc</p><p>Agenda de decisão ou decisória: Trata-se da agenda que inclui a lista de problemas a serem decididos. Ou seja, a agenda decisória contém uma lista de problemas que estão em um processo de decisão formal pelos agentes políticos e que, de fato, serão tema de uma política pública.</p><p>Agenda não governamental ou sistêmica ou política: Trata-se da agenda que contém uma lista de assuntos reconhecidos pela sociedade em geral como “problemas”.</p><p>ORDEM CORRETA:</p><p>AGENDA DE MÍDIA- AGENDA GOVERNAMENTAL OU INSTITUCIONAL- AGENDA DECISÓRIA- AGENDA SISTÊMICA OU POLÍTICA</p><p>TEORIA DOS MÚLTIPLOS FLUXOS: Essa teoria busca explicar como as agendas de políticas públicas são formadas e como certos problemas, soluções e oportunidades políticas convergem para resultar em decisões de políticas públicas. Essa teoria sugere que existam 3 fluxos independentes que se movem separadamente até que, em determinado momento, convergem e resultam em decisões de políticas públicas.</p><p>Fluxo de problema: Refere-se à percepção de que existe um problema que requer ação governamental. (podem influenciar: indicadores e crises)</p><p>Fluxo de soluções: Diz respeito às soluções ou propostas políticas que estão disponíveis. (Viabilidade e custos)</p><p>Fluxo político: Envolve condições políticas e contextuais que afetam a tomada de decisões</p><p>A convergência desses 3 fluxos é chamada de janela de oportunidades. Durante essa janela, os atores políticos têm maior probabilidade de agir e colocar certas questões na agenda política.</p><p>2- FORMULAÇÃO DE ALTERNATIVAS: Elaboração de alternativas ou possibilidades para o enfrentamento do problema. Segundo Secchi existem meios para alcançar os objetivos como: Premiação, coerção, conscientização e soluções técnicas.</p><p>TEORIA DO EQUILÍBRIO PONTUADO (TEP): Essa teoria busca explicar padrões de mudança na agenda política ao longo do tempo.</p><p>Essa teoria sugere que as mudanças nas políticas públicas não ocorrem de maneira constante e incremental, mas de maneira desigual com períodos de estabilidade (equilíbrio) intercalados por mudanças rápidas e significativas (pontuações).</p><p>Estabilidade: Durante a maior parte do tempo a agenda de políticas permanece estável com questões específicas se mantendo fora do foco da atenção pública. Durante a estabilidade a agenda de políticas públicas segue uma trajetória relativamente previsível.</p><p>Ponto de equilíbrio: Em determinado momento é atingido o ponto de equilíbrio, marcando o início de mudanças significativas na agenda de políticas</p><p>Ponto de puntuação ou pontuação: São os momentos que ocorrem mudanças rápidas e significativas na agenda de políticas públicas. Esses pontos podem ser desencadeados por eventos externos, mudanças na opinião pública, crises, pressão política, etc.</p><p>Reequilíbrio: Após o ponto de pontuação a agenda de políticas pode experimentar mudanças substanciais, resultando em novas prioridades e enfoques. Essas mudanças podem não ser lineares e podem persistir até que um novo ponto de equilíbrio seja alcançado.</p><p>A teoria do equilíbrio pontuado destaca a ideia de que o processo de formulação de políticas públicas é caracterizado por longos períodos de estabilidade, nos quais as políticas permanecem relativamente constantes, seguidos por mudanças rápidas e intensas.</p><p>TEORIA DE COALIZÃO DE DEFESA: Essa teoria explora como grupos específicos, muitas vezes chamados de grupos de pressão, se organizam para influenciar as decisões políticas em seu favor.</p><p>· Grupos de interesse: São organizações ou associações formadas por indivíduos ou entidades que compartilham interesses comuns em relação a uma questão específica. Esses grupos podem representar setores da sociedade, profissões, comunidades, etc.</p><p>· Mobilização de recursos: Serve para influenciar o processo político. Isso pode incluir dinheiro, especialistas, informações e acesso a tomadores de decisão.</p><p>· Lobby: Muitas vezes os grupos de defesa utilizam a atividade de lobby para interagir com legisladores, burocratas e outros formuladores de políticas.</p><p>O lobby envolve a tentativa de persuadir os decisores políticos a apoiarem determinadas decisões e políticas.</p><p>· Formação de coalizões: Grupos de interesse frequentemente formam coalizões, trabalhando em conjunto para aumentar sua influência e impacto para representar uma frente mais poderosa.</p><p>· Participação nos processos democráticos: A teoria de coalizão de defesa destaca a participação ativa desses grupos nos processos democráticos, influenciando a agenda política, participando de audiências públicas e contribuindo para formação de política.</p><p>· Modelo pluralista: Sugere que diferentes grupos de interesse competem entre si de maneira justa e aberta para moldar políticas.</p><p>3- TOMADA DE DECISÃO: Define quais ações serão implementadas, quais os recursos necessários e prazo temporal.</p><p>Perspectivas para entender a dinâmica de tomada de decisão:</p><p>Modelo de Racionalidade (instrumental): Tem por característica que as decisões são tomadas de maneira lógica e sistemática em que há uma análise completa de todas as alternativas disponíveis. Busca maximizar os objetivos e alcançar resultados ideais.</p><p>O modelo de racionalidade instrumental tem como limitação ou ponto negativo: ela necessita de uma quantidade significativa de informações disponíveis, exige capacidade de prever todas as consequências disponíveis para alcançar a solução ideal, o que a torna um modelo de difícil aplicação.</p><p>Modelo de racionalidade limitada: Esse modelo também procura uma solução ideal, porém assume que há limitações à tomada de decisões, o que se deve à complexidade dos problemas sociais, à carência de informações completas, etc. Nesse caso a decisão tomada é a escolha da melhor opção levando em consideração os recursos disponíveis, ou seja, dentro das restrições existentes. Tem como limitação a dificuldade em prever todas as consequências das decisões, possibilidade de erros e pode levar a soluções subótimas a longo prazo.</p><p>Modelo incremental: Esse modelo enfatiza que a análise das alternativas será limitada ao que é familiar e afetará apenas marginalmente o status quo.</p><p>As decisões são tomadas de forma gradual e incremental, com base em pequenas mudanças em relação às políticas existentes. Esse modelo busca evitar grandes mudanças e riscos, focando em ajustes e adaptações às políticas vigentes.</p><p>Tem como ponto negativo a possibilidade de perpetuação de problemas existentes e dificuldade em realizar mudanças mais abrangentes.</p><p>Modelo da “lata de lixo”: É um modelo fluido e desestruturado. Podem propor soluções para problemas que ainda não foram construídos” e problemas podem ser criados para mobilizar soluções que já existem. Os problemas e soluções são jogados na “lata de lixo” à espera de oportunidades em que serão casados com soluções e problemas. As decisões são na verdade, encontros casuais entre problemas, soluções e oportunidades.</p><p>4- IMPLEMENTAÇÃO : É a fase em que se coloca em prática o que já foi decidido. Para atender o que foi planejado e decidido são realizadas ações, atividades e projetos, cuja implementação pode ser feita seguindo dois diferentes modelos.</p><p>TOP DOWN- Primeiro ocorre a tomada de decisão pelos agentes políticos e, em seguida, dá-se a execução por parte dos agentes burocráticos.</p><p>Decisões tomadas no topo: as decisões são tomadas pela alta gerência, que define a estratégia e os objetivos da organização.</p><p>Clara distinção entre quem toma a decisão e quem executa.</p><p>Tem como pontos positivos: Ser um processo mais rápido e eficiente, com maior controle e uniformidade na tomada de decisões e maior clareza na comunicação.</p><p>Tem como pontos negativos: Ter um menor engajamento e autonomia dos colaboradores, menor flexibilidade e adaptabilidade às mudanças e risco de decisões descoladas da realidade da equipe.</p><p>Exemplo de aplicação: definição de estratégia da empresa, definição de orçamentos, lançamento de campanhas de marketing</p><p>BOTTOM UP- Modelo mais flexível, os atores agem em convergência. Os agentes burocráticos não são meros executores, tendo liberdade para decidir sobre a implementação da política pública e participar da tomada de decisão.</p><p>As decisões são tomadas na base: As decisões são tomadas pelos membros de nível inferior da organização, com base em sua experiência e conhecimento específico. Nessa abordagem, os formuladores de políticas públicas assumem um papel de facilitadores, criando espaços e mecanismos para a participação dos atores envolvidos. Eles também fornecem apoio técnico e financeiro para a implementação das políticas públicas, mas não controlam diretamente essa implementação.</p><p>Tem como pontos positivos: Maior engajamento e autonomia dos colaboradores, maior flexibilidade e adaptabilidade às mudanças e melhor aproveitamento do conhecimento e expertise da equipe.</p><p>Tem como pontos negativos: Processo mais lento e demorado, maior dificuldade em alcançar consenso e risco de falta de visão estratégica global.</p><p>Exemplos: Desenvolvimento de novos produtos, Implementação de melhorias em processos, Escolha de ferramentas de trabalho.</p><p>HÍBRIDO: Junta a característica dos dois.</p><p>ARRANJOS INSTITUCIONAIS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS:</p><p>Fundos: São mecanismos de financiamento que agregam recursos de várias fontes para serem alocados em áreas específicas ou para realização de projetos específicos. Essas fontes podem ser governo, empresas, ongs ou até mesmo doações privadas.</p><p>Exemplo: Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEB). É um fundo especial que financia a educação básica pública no Brasil. Ela repassa recursos para os Estados e municípios para auxiliar na manutenção da infraestrutura escolar, para desenvolver políticas públicas da educação e para valorização do magistério. O FUNDEB é composto por 20% da receita líquida de impostos como ICMS, IPTU E IRPF e com a complementação da União.</p><p>Consórcios: São formas de cooperação entre entidades públicas, como municípios, Estados e até mesmo entre países para resolver problemas comuns ou alcançar objetivos compartilhados, permitindo uma união de esforços, recursos e competências técnicas.</p><p>Exemplo: Consórcio Intermunicipal de Saúde, Consórcio Público de Desenvolvimento Regional</p><p>Transferências obrigatórias: Ocorrem quando há alocação de recursos financeiros de uma entidade governamental para outra, de forma compulsória (obrigatória e independente de sua vontade), de acordo com regras já estabelecidas por lei ou regulamentação. É uma forma de garantir que certas áreas recebam recursos. Tem como objetivo reduzir desigualdades regionais, elas visam garantir que todos os</p><p>entes federativos tenham recursos suficientes para oferecer serviços públicos básicos à população, mesmo aqueles com menor capacidade de arrecadação própria.</p><p>Exemplos: Fundo de Participação dos Municípios (FPM),Fundo de Participação dos Estados (FPE),Transferências para a educação e saúde</p><p>5- AVALIAÇÃO: Podemos atribuir a avaliação como um exercício de atribuição de valor, um julgamento sobre diferentes aspectos da política, realizado a partir de parâmetros nítidos. A avaliação de políticas públicas é um instrumento essencial para a construção de um Estado mais eficiente, eficaz e transparente. Através da avaliação é possível verificar se as políticas estão alcançando o resultado esperado, se os recursos estão sendo utilizados de maneira adequada e se há oportunidades de aperfeiçoamento.</p><p>Eficácia: se os objetivos e metas foram alcançados.</p><p>Eficiência: qual a relação de custo benefício entre recursos utilizados e produtos gerados.</p><p>Efetividade: impacto da política na sociedade.</p><p>- Critérios avaliados na avaliação:</p><p>Economicidade: verifica se a política pública está sendo implementada de forma econômica, ou seja, se os custos são compatíveis com os benefícios gerados. Compara os custos das políticas com seus benefícios, buscando sempre a melhor relação custo- benefício. Refere-se ao nível de utilização de recursos (inputs). Considera tanto os custos internos quanto os benefícios externos gerados pela política para a sociedade.</p><p>Produtividade:</p><p>Busca entender o quanto se produz com a quantidade de recursos investidos. Análise interna da política, sem considerar os benefícios externos. Quantidade de resultados por unidade de insumo (outputs por input). (insumo + atividade = produto). Se concentra em mensurar a eficiência com que os recursos são utilizados para gerar resultados.</p><p>Eficiência econômica: Mede o quanto os recursos estão sendo utilizados de forma otimizada para alcançar os resultados da política. Identifica oportunidades para reduzir custos ou aumentar a produtividade, sem comprometer a qualidade dos resultados. Analisa indicadores como custo por unidade de output, a produtividade e a relação custo-benefício.</p><p>Eficiência administrativa: Trata do seguimento de prescrições, ou seja, do nível de conformidade (compliance) da implementação a regras pré-estabelecidas.</p><p>Eficácia: Corresponde ao nível de alcance de metas ou objetivos pré-estabelecidos.</p><p>Efetividade: Corresponde aos resultados sociais (outcomes) com a redução do problema e a geração de valor para a população. Utiliza indicadores quantitativos e qualitativos para medir os impactos da iniciativa, como por exemplo, o número de pessoas beneficiadas, a redução da pobreza, a melhora na qualidade da educação ou da saúde, entre outros.</p><p>Igualdade: Verifica a homogeneidade de distribuição de benefícios (ou punições) sem levar em conta as características de partida, ou justiça social, entre os destinatários de uma política pública.</p><p>Equidade: Verifica a homogeneidade de distribuição de benefícios (ou punições) levando em consideração as características de partida, ou justiça social, entre os destinatários de uma política pública. Identifica possíveis desigualdades no acesso aos beneficiários da política ou na distribuição dos custos.</p><p>Sustentabilidade: Analise se a política pública é sustentável a longo prazo, ou seja, se seus benefícios podem ser mantidos ao longo do tempo. Avaliam a disponibilidade de recursos para financiar a política no futuro.</p><p>INDICADORES DA AVALIAÇÃO</p><p>Modelo lógico das políticas públicas: É uma ferramenta fundamental para o planejamento, a execução e a avaliação de programas e projetos governamentais. Ela permite estruturar de forma clara e objetiva os objetivos, as ações e os resultados esperados de uma política pública, facilitando a compreensão e o acompanhamento da sua efetividade.</p><p>O modelo lógico responde às seguintes perguntas:</p><p>- O que se quer alcançar (objetivos)</p><p>- O que será feito para alcançar os objetivos? (ações)</p><p>- Quais produtos e resultados serão gerados pelas ações? (produtos)</p><p>- Quais os impactos gerados na sociedade? (impactos)</p><p>Tipos de indicadores:</p><p>- Insumos – antes</p><p>São indicadores que tem relação direta com os recursos a serem alocados, ou seja, com a disponibilidade dos recursos humanos, materiais, financeiros e outros a serem utilizados pelas ações do governo.</p><p>Medem os recursos utilizados na implementação da política como orçamento, pessoal e infraestrutura.</p><p>Ex: médicos/mil habitantes e gasto per capita com educação.</p><p>- Processo/ atividade – durante</p><p>São medidas que traduzem o esforço empreendido na obtenção dos resultados, ou seja, medem o nível de utilização dos insumos alocados.</p><p>Ex: percentual de atendimento de um público alvo, percentual de liberação de recursos financeiros, número de cursos ministrados, benefícios concedidos ou serviços prestados.</p><p>- Produto- depois</p><p>Medem o alcance das metas físicas. São medidas que expressam as entregas de produtos ou serviços ao público alvo.</p><p>Medem os bens ou serviços tangíveis gerados pelas ações da política.</p><p>Ex: Número de vagas em creches construídas, cartilhas distribuídas, consultas médicas realizadas, percentual de quilômetros de estrada construídas, percentual de crianças vacinadas em relação às metas.</p><p>- Resultado- depois</p><p>Expressam direta ou indiretamente os benefícios no público alvo decorrente das ações empreendidas no contexto de uma dada política e têm particular importância no contexto de gestão pública orientada a resultados.</p><p>Medem os efeitos das ações da política sobre a população alvo.</p><p>Ex: Redução da taxa de mortalidade infantil, aumento da escolaridade ou melhora na qualidade de vida.</p><p>- Impacto- depois</p><p>Possuem natureza abrangente e multidimensional, têm relação com a sociedade como um todo e medem os efeitos das estratégias governamentais de médio e longo prazo.</p><p>Medem os efeitos da política na sociedade como um todo.</p><p>Ex: redução da pobreza, aumento de renda, diminuição da criminalidade.</p><p>Avaliação quanto ao momento:</p><p>- AVALIAÇÃO EX ANTE</p><p>Tomam a forma de diagnósticos. Ocorre antes da implementação.</p><p>Realizada com o objetivo de auxiliar a fase de formulação de políticas, bem como definir se e como ela deve ser implementada. A avaliação ex ante é um trabalho de investigação das possíveis consequências de cada alternativa com o objetivo de trazer informações que ajudem o processo decisório de política pública.</p><p>A análise ex ante não se limita à avaliação de novas iniciativas, mas serve como ferramenta poderosa para aprimorar políticas e programas em andamento.</p><p>O objetivo da avaliação ex ante é orientar a decisão para que ela recaia sobre a alternativa mais efetiva, eficaz e eficiente.</p><p>A avaliação ex ante contempla: a análise custo benefício que considera a relação monetária em que a política é viável, se os benefícios forem maiores que os custos; e a análise custo efetividade, nessa ótica a política é viável quando proporciona maior efetividade, que contempla o maior número de benefícios em face dos recursos disponíveis.</p><p>- PADRÃO NORMATIVO: Metas qualitativas e quantitativas estabelecidas com base em um Standart ideal.</p><p>Antes da implementação da política pública, define-se um conjunto de metas que servem como referência ideal ou standart ideal para o que se deseja alcançar. Essas metas podem ser tanto qualitativas ( melhoria de qualidade de vida) quanto quantitativa (diminuição do desemprego).</p><p>ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO</p><p>É utilizada quando os custos e os resultados das políticas públicas podem ser traduzidos em unidades monetárias. Trata-se de uma análise quantitativa.</p><p>Essa análise busca monetizar os benefícios esperados de um projeto e compará-los com os custos envolvidos, incluindo os custos diretos, indiretos e intangíveis. Encontra a opção que gera o maior retorno por real investido.</p><p>Ex: Construção de uma ponte: compara custos de construção com o pedágio arrecadado para encontrar a opção de ponte mais lucrativa.</p><p>Custo de oportunidade: Refere-se aos valores dos benefícios perdidos ao escolher uma alternativa em detrimento de outra. Custos implícitos.</p><p>ANÁLISE CUSTO-EFETIVIDADE</p><p>Encontra a opção que contempla o maior número de benefícios em face dos recursos disponíveis. Análise qualitativa. Preocupa-se com o impacto ou efetividade social da política pública. Utilizada em áreas em que os benefícios não são facilmente monetizáveis como saúde, educação e meio ambiente.</p><p>Ex: Tratamento de câncer: compara custos de diferentes medicamentos com o aumento da expectativa de vida dos pacientes para identificar o tratamento mais eficaz por real gasto.</p><p>- AVALIAÇÃO IN ITINERE OU PARI PASSU- MONITORAMENTO- FORMATIVA</p><p>Avaliação in itinere, também conhecida como avaliação formativa ou monitoramento, ocorre durante o processo de implementação para fins de ajustes imediatos.</p><p>O objetivo é verificar se o que foi planejado está sendo executado, a fim de acompanhar o processo de execução e realizar os ajustes e correções necessárias.</p><p>A avaliação in itinere ou monitoramento contribui para a gestão de problemas e riscos críticos, otimização de operação e de custos associados, o aumento de qualidade de serviços e produtos ofertados, bem como o aprimoramento da política pública.</p><p>- AVALIAÇÃO EX POST- AVALIAÇÃO DE IMPACTO</p><p>Ocorre após a implementação e tem como objetivo analisar seus resultados e impactos na sociedade. Ela fornece informações valiosas sobre efetividade, eficiência e equidade da política, permitindo que os gestores públicos, tomadores de decisão e a sociedade em geral avaliem se a política</p><p>pública está alcançando os resultados desejados e se está sendo utilizada de forma eficiente e justa.</p><p>EFICIÊNCIA:</p><p>- Eficiência alocativa: Visa comparar a relação custo-efetividade. Foca a relação entre recursos e resultados.</p><p>- Eficiência operacional: Visa comparar a relação custo- benefício.</p><p>Centra sua análise na relação entre recursos e atividades, de um lado, e os produtos obtidos, de outro. Recursos + atividades = resultados. Busca responder em que medida os insumos e as atividades são otimizados na sua transformação em produtos.</p><p>Avaliação quanto à natureza:</p><p>Avaliação do processo: Avalia o processo de constituição da política pública, os procedimentos adotados. Busca verificar se o processo pode ser realizado de forma mais simples ou mais eficiente. Avalia a eficiência.</p><p>Avaliação do resultado: Medem o grau de êxito em relação às metas traçadas, ou seja, se teve sucesso em atingir as metas e objetivos. Mede a eficácia.</p><p>Avaliação de impacto: Avalia se ocorreu ou não mudança na realidade social a partir da implementação da política pública. Avalia a efetividade.</p><p>INSTITUCIONALIZAÇÃO DAS POLÍTICAS DE DIREITOS HUMANOS COMO POLÍTICAS DE ESTADO</p><p>A institucionalização de uma política refere-se ao processo de incorporar uma determinada política de maneira permanente e sistemática nas estruturas e práticas de uma instituição ou governo. Processo fundamental para garantir a proteção e promoção dos direitos fundamentais de todos os cidadãos de forma contínua e sustentável.</p><p>1.	Legislação e normatização</p><p>A institucionalização das políticas de direitos humanos se inicia com a promulgação de regras e normas.</p><p>Constituição Federal de 1988 como marco legal originário.</p><p>I PLANO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS (PNDH-I): momento em que os</p><p>direitos humanos assumiram posição de destaque no âmbito de políticas públicas do Estado brasileiro.</p><p>O programa reconheceu o dever do Estado em promover os direitos humanos.</p><p>Adotou um conceito “amplo” de direitos humanos (incluindo direitos econômicos, sociais e culturais).</p><p>Reforçou o caráter universalista dos direitos humanos.</p><p>2- Criação de Instituições específicas</p><p>Foi criada a SECRETARIA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS (SNDH) para</p><p>coordenar e monitorar a execução do PNDH-I.</p><p>1999 A SNDH foi reformulada e transformada na SECRETARIA DE ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS (SEDH). Secretário com status de ministro, podia agora participar das reuniões ministeriais.</p><p>2002 foi criado o 2º PLANO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS - PNDH- 2, o qual</p><p>adotou as sugestões da IV Conferência Nacional de Direitos Humanos.</p><p>O 2 PLANO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS reforçou as diretrizes estipulados no primeiro. Ampliou os direitos tutelados, especialmente no que diz respeito à proteção de livre orientação e identidade de gênero, ao combate do trabalho infantil, à questão da violência intrafamiliar, a inclusão de pessoas com deficiência e a proteção de pessoas afrodescendentes, com a adoção de ações afirmativas com a finalidade de promover igualdade.</p><p>2003- SEDH sai da estrutura do MJ e passa a ser um órgão da presidência da república, sob nova denominação SECRETARIA ESPECIAL DE DIREITOS HUMANOS.</p><p>2009- PLANO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS 3- PNDH-3 traz como novidade:</p><p>· união estavel entre pessoas do mesmo sexo</p><p>· direito de adoção por casais homoafetivos</p><p>· descriminilização do aborto</p><p>· concretização do caráter laico do Estado</p><p>· instauração de uma Comissão Nacional da verdade, com o intuito de esclarecer violação de direitos humanos praticados por agentes públicos no período de repressão,</p><p>2010- SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA (SDH/PR)</p><p>2015-	Criado o MINISTÉRIO DAS MULHERES, DA IGUALDADE RACIAL E DOS DIREITOS HUMANOS (MMIRDH)</p><p>2017- MINISTÉRIO DOS DIREITOS HUMANOS (MDH)</p><p>2019- MINISTÉRIO DA MULHER, DA FAMÍLIA E DOS DIREITOS HUMANOS (MMFDH)</p><p>2023- MINISTÉRIO DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA (MDHC)</p><p>3- INTEGRAÇÃO TRANSVERSAL</p><p>A institucionalização eficaz de políticas de direitos humanos requer uma abordagem transversal, onde os princípios dos direitos humanos são considerados em todas as etapas do processo de decisão. Outros órgãos que tratam dos direitos humanos de forma transversal: SEPPIR E MJSP.</p><p>4. EDUCAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO</p><p>5- MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO</p><p>6- COMPROMISSO DE LONGO PRAZO</p><p>FEDERALISMO E POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>Federalismo é um sistema de organização política no qual o poder é dividido entre governo central (o governo nacional) e unidades subnacionais. Em um Estado Federal cada nível do governo possui autonomia e autoridade em determinadas áreas e essa distribuição de poderes é geralmente estabelecida na Constituição.</p><p>Os entes governamentais têm poderes únicos e concorrentes para governarem sobre o mesmo território e povo, sendo que a União governa o território nacional e seus cidadãos, enquanto as entidades subnacionais governam uma parte delimitada do território nacional com seus habitantes.</p><p>A federação pressupõe que o poder é exercido de forma descentralizada por unidades políticas autônomas. Essa divisão de poder tem como objetivo garantir a autonomia dos estados e, ao mesmo tempo, permitir a existência de um governo central que possa coordenar ações de interesse nacional.</p><p>DESCENTRALIZAÇÃO: Ocorre a transferência de capacidades fiscais e decisórias para instâncias subnacionais (Estados e municípios).</p><p>É feito o deslocamento da responsabilidade relativa à implementação e gestão de políticas do nível federal para outras esferas do governo. Essa transferência pode ser administrativa, quando se trata da gestão de serviços públicos, ou política, quando se trata da capacidade de formular e implementar políticas públicas.</p><p>Modelo cooperativo de federação: Existem competências comuns entre União, os Estados e os municípios para consecução dos direitos fundamentais, o que exige uma ação conjunta e harmônica entre os entes.</p><p>Tendência centralizadora e políticas públicas: O governo federal se coloca como centro do arranjo cooperativo e detendo o controle do processo decisório. As políticas públicas passaram a ser produzidas em nível federal e a implementação a cargo dos estados e municípios.</p><p>Governo federal: regulação e elaboração Estados e municípios: implementação</p><p>Aspectos positivos da descentralização: Maior proximidade dos problemas (Os governos subnacionais estão mais próximos dos problemas da população), maior eficiência e maior participação social.</p><p>Aspectos negativos da descentralização: desigualdades regionais, falta de capacidade técnica e falta de coordenação (uniformidade).</p><p>INTERSETORIALIDADE NAS POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>A intersetorialidade nas políticas públicas se refere à integração e colaboração entre diferentes setores da administração pública para abordar problemas complexos que afetam diversos âmbitos da sociedade. Essa integração busca superar a fragmentação das políticas públicas e garantir uma abordagem mais eficaz.</p><p>Intersetorialidade e Transversalidade nas Políticas Públicas: Uma Abordição Detalhada</p><p>Compreendendo a Intersetorialidade:</p><p>A intersetorialidade nas políticas públicas se refere à integração e colaboração entre diferentes setores da administração pública para abordar problemas complexos que afetam diversos âmbitos da sociedade. Essa integração busca superar a fragmentação das políticas públicas e garantir uma abordagem mais holística e eficaz.</p><p>Características da Intersetorialidade:</p><p>Colaboração: Envolve a colaboração entre diferentes setores da administração pública, como saúde, educação, segurança pública, etc.</p><p>Compartilhamento	de	recursos:	Compartilhamento	de	recursos	humanos, financeiros e materiais entre diferentes setores.</p><p>Ações conjuntas: Implementação de ações conjuntas entre diferentes setores para abordar problemas complexos.</p><p>Comitês intersetoriais: Criação de comitês intersetoriais para coordenar as ações entre diferentes setores.</p><p>Benefícios da Intersetorialidade:</p><p>Maior eficiência: evita a duplicação de esforços e o desperdício de recursos.</p><p>Maior efetividade: permite uma abordagem mais abrangente e integrada dos problemas.</p><p>Maior</p><p>participação social: permite que diferentes setores da sociedade participem do processo.</p><p>Problemas complexos exigem soluções complexas: A intersetorialidade permite a integração de diferentes saberes, experiências e recursos para o desenvolvimento de soluções mais eficazes para problemas que não podem ser solucionados por um único setor.</p><p>TRANSVERSALIDADE</p><p>A transversalidade nas políticas públicas se refere à inclusão de temas transversais, como direitos humanos, gênero, sustentabilidade ambiental em todas as políticas públicas, independentemente do setor responsável pela sua implementação. Essa inclusão busca garantir que esses temas sejam considerados em todas as etapas do ciclo de vida das políticas públicas.</p><p>Benefícios da Transversalidade:</p><p>Maior equidade</p><p>Maior sustentabilidade</p><p>Maior respeito aos direitos humanos</p><p>Desafios:</p><p>Falta de compreensão: A falta de compreensão dos temas transversais por parte dos servidores públicos pode dificultar a sua implementação.</p><p>Falta de recursos: A falta de recursos humanos, financeiros e materiais pode dificultar a implementação da transversalidade.</p><p>Falta de indicadores: A falta de indicadores para monitorar a implementação dos temas transversais pode dificultar a avaliação da sua efetividade.</p><p>A intersetorialidade foca na colaboração entre diferentes setores da administração pública, enquanto a transversalidade foca na inclusão de temas transversais em todas as políticas públicas.</p><p>FRAGMENTAÇÃO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>Uma política pública fragmentada é aquela que se caracteriza pela falta de coordenação, coerência e consistência entre diferentes ações, programas e instrumentos que visam o mesmo objetivo.</p><p>Isso é a fragmentação das políticas públicas: quando diferentes ações do governo, que deveriam trabalhar juntas para resolver um problema, estão desconectadas e até mesmo se contradizem.</p><p>Essa fragmentação pode ocorrer em diferentes níveis, como:</p><p>· Setorial: quando diferentes setores do governo implementam políticas públicas que se sobrepõem ou conflitam entre si, sem uma visão integrada do problema que se pretende resolver.</p><p>· Institucional: quando diferentes órgãos governamentais implementam políticas públicas com objetivos semelhantes, mas sem um planejamento conjunto e mecanismos de articulação.</p><p>· Territorial: quando diferentes níveis de governo (federal, estadual e municipal) implementam políticas públicas sem levar em consideração as necessidades e prioridades específicas de cada território.</p><p>As principais causas da fragmentação das políticas públicas:</p><p>· Falta de planejamento integrado: quando não há um planejamento global que define os objetivos, as metas e as estratégias para o conjunto das políticas públicas.</p><p>· Ausência de mecanismos de coordenação: quando não há mecanismos eficazes para garantir a articulação entre os diferentes órgãos governamentais responsáveis pela implementação das políticas públicas.</p><p>· Falta de recursos: quando os recursos financeiros, humanos e técnicos disponíveis para a implementação das políticas públicas são insuficientes.</p><p>· Interesses políticos e corporativos: quando os diferentes grupos de poder interferem na formulação e implementação das políticas públicas para atender seus próprios interesses.</p><p>Os principais efeitos da fragmentação das políticas públicas:</p><p>· Ineficiência: quando as políticas públicas não alcançam os resultados esperados, devido à falta de coordenação e à duplicação de esforços.</p><p>· Ineficácia: quando as políticas públicas não resolvem os problemas que se propõem a resolver, devido à falta de coerência e consistência entre as diferentes ações e programas.</p><p>· Desigualdade: quando as políticas públicas beneficiam alguns grupos sociais em detrimento de outros, devido à falta de atenção às necessidades específicas de cada território.</p><p>· Desperdício de recursos: quando os recursos públicos são utilizados de forma ineficiente, devido à falta de planejamento e à duplicação de esforços.</p><p>Como superar a fragmentação das políticas públicas:</p><p>· Implementar um planejamento integrado: que defina os objetivos, as metas e as estratégias para o conjunto das políticas públicas.</p><p>· Criar mecanismos de coordenação: para garantir a articulação entre os diferentes órgãos governamentais responsáveis pela implementação das políticas públicas.</p><p>· Aumentar os recursos: para a implementação das políticas públicas.</p><p>· Promover a participação da sociedade civil: na formulação e implementação das políticas públicas.</p><p>Exemplos de políticas públicas fragmentadas:</p><p>· Política de combate à pobreza: quando diferentes programas de transferência de renda, qualificação profissional e geração de emprego são implementados sem uma visão integrada do problema da pobreza.</p><p>· Política de educação: quando diferentes níveis de governo implementam políticas públicas de educação sem levar em consideração as necessidades e prioridades específicas de cada território.</p><p>· Política de saúde: quando diferentes setores do governo implementam políticas públicas de saúde que se sobrepõem ou conflitam entre si, sem uma visão.</p><p>FORMAS DE PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL NA CRIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS</p><p>· Participação Social: Direito dos cidadãos de interagir com o Estado na formulação, implementação e avaliação das políticas públicas.</p><p>Tem	como	objetivo	garantir	que	as	políticas	públicas	atendam	às necessidades da população.</p><p>· Formas de participação social:</p><p>· Audiência pública</p><p>· Conselhos gestores</p><p>· Consultas públicas</p><p>· Plebiscito</p><p>· Orçamento participativo</p><p>CONSELHOS GESTORES: São espaços de participação instituídos a partir da Constituição Federal de 1988. É um órgão colegiado, composto por representantes do governo e da sociedade.</p><p>Deve funcionar como um espaço de participação, troca de experiências e fiscalização, onde a sociedade pode cobrar e colaborar com programas, projetos e ações voltadas à implantação e efetivação de políticas públicas.São criados por meio de lei e seus regimentos e regulamentos são definidos pelos conselheiros. É um órgão que se configura como deliberativo, consultivo e normativo. Embora esteja ligado à estrutura do Poder Executivo, não são subordinados a ele. São autônomos em suas decisões.</p><p>Função do Conselho gestor:</p><p>· Deliberar sobre políticas públicas</p><p>· Acompanhar a execução</p><p>· Avaliar a qualidade dos serviços prestado e propor medidas para sua melhoria</p><p>Composição: Varia de acordo com o serviço público em questão.</p><p>· Representante do governo: indicado pelo órgão responsável pelo serviço público</p><p>· Representante da sociedade civil: eleito por meio de processo democrático, como assembléias ou eleições</p><p>· Representante dos trabalhadores: eleito pelos trabalhadores</p><p>AUDIÊNCIA PÚBLICA: São espaços abertos para que a população possa se manifestar sobre políticas públicas. As sugestões e críticas apresentadas são sistematizadas e encaminhadas aos órgãos responsáveis para análise e deliberação.</p><p>CONSULTAS PÚBLICAS: São mecanismos que permitem que a população contribua com sugestões e críticas para elaboração de políticas públicas.</p><p>PLEBISCITOS E REFERENDOS: São instrumentos de democracia direta que permitem que a população vote sobre temas específicos de políticas públicas.</p><p>ORÇAMENTO PARTICIPATIVO: É um mecanismo de democracia direta que permite que a sociedade civil participar das definições das prioridades de investimentos do orçamento público.</p><p>A população pode:</p><p>· Debater e propor quais áreas e projetos devem receber investimentos</p><p>· Acompanhar a execução</p><p>· Avaliar os resultados</p><p>Objetivos: Transparência, garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma eficiente e eficaz, promover o desenvolvimento social e econômico da comunidade.</p><p>Desafios:</p><p>· falta de informação e conhecimento pela população</p><p>· influência dos grupos de poder</p><p>· dificuldades na implementação</p><p>O Sistema de Participação Social foi instituído pelo Decreto n11.407/2023 no âmbito da administração pública federal direta.</p><p>CONTROLE SOCIAL</p><p>É o conjunto de mecanismos que permitem a sociedade civil monitorar e avaliar a execução das políticas públicas.</p><p>Objetivo: Garantir</p><p>a eficiência, eficácia e transparência</p><p>Formas de controle:</p><p>· Acompanhamento da execução do orçamento público</p><p>· Avaliação da qualidade dos serviços públicos</p><p>· Denúncia de irregularidades na aplicação dos recursos públicos</p><p>· Mobilização social para pressionar o governo a cumprir suas obrigações</p><p>A participação social é essencial para o controle social.</p><p>AÇÕES AFIRMATIVAS</p><p>Compreendem políticas públicas (e privadas) que visam à garantia de direitos historicamente negados a grupos minoritários ou minorizados, como negros, mulheres, indígenas, pessoas com deficiência, etc.</p><p>Fundamenta-se no princípio de igualdade material ou substancial, oferece condições desiguais de acesso àqueles que são tratados historicamente, portanto, estruturalmente, de forma desigual. Discrimina-se para incluir.</p><p>São políticas focalizadas, temporárias e paliativas ( correção de um determinado aspecto).</p><p>Princípios:</p><p>· Igualdade de oportunidades ( distribuição equitativa de bens e oportunidades)</p><p>· Não descriminação</p><p>· Proporcionalidade</p><p>· Temporalidade- As ações afirmativas são temporárias, ou seja, devem ter um prazo de validade em que serão reavalidadas em sua necessidade.</p><p>Exemplos: Reserva de vagas para negros e indígenas nas universidades públicas federais, Reserva de vagas para pessoas com deficiência em concursos públicos, programa de bolsa auxílio para estudantes de baixa renda.</p>

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