Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Portfólio</p><p>ESF III — Tupi Paulista</p><p>A ESF III fica na Rua México, no centro de Tupi Paulista.</p><p>Nome: Fernanda Amador Rodrigues</p><p>Apresentação</p><p>Eu sou a Fernanda Amador Rodrigues, tenho 20 anos, nasci dia 23/04/2003 em Dracena. Aos 19 anos mudei para</p><p>Adamantina e estudei por 1 ano lá, mas resolvi transferir para Dracena para ficar mais perto da família. Desde</p><p>pequena eu sempre falei que queria algo relacionado à saúde. Poder ajudar as pessoas, fazer as pessoas felizes, me</p><p>torna uma pessoa mais feliz ainda. Eu escolhi fazer medicina, justamente por esse motivo.</p><p>1º Dia (data: 19/02/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>No meu primeiro dia na ESF, fomos visitar os pacientes, ver como eles estavam. Fomos em duas residências,</p><p>conversamos com as pacientes, verificamos a pressão, anotamos todas as medicações que estavam tomando e</p><p>retornamos ao posto de saúde. Depois, discutimos sobre o tema da semana e tiramos as dúvidas.</p><p>1</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Tema da semana</p><p>Saúde pública X Saúde Coletiva</p><p>Saúde Pública é a ciência e a arte de prevenir a doença, prolongar a vida, promover a saúde física e a eficiência</p><p>através dos esforços da comunidade organizada para o saneamento do meio ambiente, o controle das infecções</p><p>comunitárias, a educação dos indivíduos nos princípios de higiene pessoal, a organização dos serviços médicos e de</p><p>enfermagem para o diagnóstico precoce e o tratamento preventivo da doença e o desenvolvimento da máquina social</p><p>que assegurará a cada indivíduo na comunidade um padrão de vida adequado para a manutenção da saúde. (WINSLOW,</p><p>1920, p. 23).</p><p>A saúde coletiva se fundamenta na interdisciplinaridade como condição necessária à produção de um conhecimento</p><p>ampliado da saúde, em que se fazem presentes os desafios de trabalhar com as dimensões qualitativas e</p><p>quantitativas, sincrônicas e diacrônicas, objetivas e subjetivas do processo saúde-doença.</p><p>Mais recentemente, saúde coletiva foi definida como:</p><p>[...] campo de produção de conhecimentos voltados para a compreensão da saúde e a explicação de seus</p><p>determinantes sociais, bem como âmbito de práticas direcionadas prioritariamente para a sua promoção, além de</p><p>voltadas para a prevenção e o cuidado a agravos e doenças, tomando por objeto não apenas os indivíduos, mas,</p><p>sobretudo, os grupos sociais, portanto, a coletividade.</p><p>Comparação entre saúde pública e saúde coletiva</p><p>Para comparar e identificar as diferenças entre a saúde pública e a saúde coletiva,parte-se do pressuposto teórico de</p><p>que as necessidades de saúde e as intervenções sociais voltadas para atendê-las são determinadas pela estrutura da</p><p>sociedade, em seus planos socioeconômico e político-ideológico.</p><p>Referência:</p><p>https://srvd.grupoa.com.br/uploads/imagensExtra/legado/S/SAGAH/9788595020290_Amostra.pdf?fromwebsite#:~:t</p><p>ext=A%20sa%C3%BAde%20p%C3%BAblica%20estuda%20o,produ%C3%A7%C3%A3o%20do%20processo%</p><p>20sa%C3%BAde%2Ddoen%C3%A7a.</p><p>2</p><p>https://srvd.grupoa.com.br/uploads/imagensExtra/legado/S/SAGAH/9788595020290_Amostra.pdf?fromwebsite#:~:text=A%20sa%C3%BAde%20p%C3%BAblica%20estuda%20o,produ%C3%A7%C3%A3o%20do%20processo%20sa%C3%BAde%2Ddoen%C3%A7a.</p><p>https://srvd.grupoa.com.br/uploads/imagensExtra/legado/S/SAGAH/9788595020290_Amostra.pdf?fromwebsite#:~:text=A%20sa%C3%BAde%20p%C3%BAblica%20estuda%20o,produ%C3%A7%C3%A3o%20do%20processo%20sa%C3%BAde%2Ddoen%C3%A7a.</p><p>https://srvd.grupoa.com.br/uploads/imagensExtra/legado/S/SAGAH/9788595020290_Amostra.pdf?fromwebsite#:~:text=A%20sa%C3%BAde%20p%C3%BAblica%20estuda%20o,produ%C3%A7%C3%A3o%20do%20processo%20sa%C3%BAde%2Ddoen%C3%A7a.</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>2° Dia (data: 26/02/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>Fomos fazer visita domiciliar em 2 residências:</p><p>VISITA I:</p><p>Paciente D.Z, sexo masculino, possui transtornos psiquiátricos. O A.C.S relatou que o paciente, quando está em crise,</p><p>toma todos os medicamentos de uma só vez. Porém, neste dia que fizemos a visita, ele estava tranquilo. O paciente</p><p>teve por volta de 70 internações devido ao transtorno psicótico.</p><p>Medicamentos do paciente:</p><p>● Haldol: Este medicamento é indicado para o alívio de transtornos do</p><p>pensamento, de afeto e do comportamento.</p><p>● Prometazina</p><p>● Clorpromazina: É um medicamento antipsicótico usado no</p><p>tratamento de quadros psiquiátricos agudos e no controle de psicoses</p><p>de longa evolução.</p><p>● Biperideno</p><p>● Fenobarbital: É um barbitúrico com propriedades anticonvulsivantes,</p><p>devido à sua capacidade de elevar o limiar de convulsão.</p><p>Ele relatou que o médico ia dar alta para ele, porém depois que ele viu o poema que o paciente escreveu, ele ficou</p><p>receoso, devido ao poema ser de cunho suicida, então ele ficou mais 20 dias internado.</p><p>3</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>O paciente escreve poemas e memoriza todos os poemas que escreve. O paciente relatou que, em uma das</p><p>internações, ele escreveu o seguinte poema:</p><p>VISITA II:</p><p>Nós também visitamos a ESF rural. No sítio, a gente viu o parreiral, tiramos</p><p>fotos e conversamos com a paciente. Essa paciente possui diabetes,</p><p>pressão alta ( mas estava controlada).</p><p>4</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Tema da semana</p><p>Processo saúde doença</p><p>O processo saúde-doença é uma expressão usada para fazer referência a todas as variáveis que envolvem a saúde e a</p><p>doença de um indivíduo ou população e considera que ambas estão interligadas e são consequência dos mesmos</p><p>fatores. De acordo com esse conceito, a determinação do estado de saúde de uma pessoa é um processo complexo</p><p>que envolve diversos fatores. Diferentemente da teoria da unicausalidade, muito aceita no início do século XX, que</p><p>considera como fator único de surgimento de doenças um agente etiológico – vírus, bactérias, protozoários -, o</p><p>conceito de saúde-doença estuda os fatores biológicos, econômicos, sociais e culturais e, com eles, pretende obter</p><p>possíveis motivações para o surgimento de alguma enfermidade.</p><p>O conceito de multicausalidade não exclui a presença de agentes etiológicos numa pessoa como fator de</p><p>aparecimento de doenças. Ele vai além e leva em consideração o psicológico do paciente, seus conflitos familiares,</p><p>seus recursos financeiros, nível de instrução, entre outros. Esses fatores, inclusive, não são estáveis; podem variar</p><p>com o passar dos anos, de uma região para outra, de uma etnia para outra.</p><p>5</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Referência:</p><p>EDITORIAL, E. Processo saúde-doença. Disponível em:</p><p><https://dssbr.ensp.fiocruz.br/glossary/processo-saude-doenca/>.</p><p>3º Dia (Data: 04/03/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>Primeiro fomos na ESF para discutir sobre o tema proposto na semana. Depois, fomos em três residências fazer visita.</p><p>VISITA I:</p><p>Paciente do sexo feminino, 69 anos, viúva, poliqueixosa. Ela tem artrite reumatóide, hipertensão arterial, diabetes,</p><p>bursite, aneurisma, diverticulite. Paciente queixa de dor na coluna. Neste dia nós tivemos dificuldade em aferir a</p><p>pressão arterial dela.</p><p>VISITA II:</p><p>Paciente F.T.G,sexo feminino,73 anos , viúva, perdeu o marido há 6 meses, o marido faleceu de câncer. Ela possui</p><p>artrite reumatóide, se locomove com bengala. Tem uma sobrinha que mora no fundo de sua casa, porém ela fica a</p><p>maior parte do tempo fora, pois trabalha como enfermeira. Com isso, a paciente passa a maior parte do tempo sozinha</p><p>em casa. Ela está em um processo de luto, então ela chora bastante ao se lembrar de seu marido. Ela possui</p><p>hipertensão arterial. Ela foi ao posto de saúde e o médico receitou Captopril, porém ela queixou-se de tosse e por</p><p>conta própria, parou de tomar o captopril e começou a tomar Losartana, que tinha sobrado do seu marido.</p><p>VISITA III:</p><p>Fomos com a A.C.S na casa de um paciente para conhecê-lo.</p><p>Tema da semana</p><p>Redes de atenção em Saúde – RAS. Identificar o funcionamento das RAS,</p><p>seus elementos constitutivos e estrutura operacional. Rever os</p><p>conhecimentos em promoção, prevenção e educação em Saúde.</p><p>O que são Redes de Atenção em Saúde (RAS) ?</p><p>São arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por</p><p>meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado.</p><p>6</p><p>https://dssbr.ensp.fiocruz.br/glossary/processo-saude-doenca/</p><p>e da</p><p>doença, através de apoio, flexibilidade, paciência e cuidado. Conhecer a estrutura da família, sua composição, funções,</p><p>papéis e como os membros se organizam e interagem entre si e com o ambiente é vital para o planejamento do</p><p>cuidado. Podemos assim facilitar medidas preventivas e auxiliar as famílias nas suas necessidades de comunicação.</p><p>50</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Muitas vezes os pacientes não se co-responsabilizam com o plano de cuidado pactuado e existem vários fatores que</p><p>influenciam nesta questão. Muitas vezes é no comportamento familiar que encontramos vários destes fatores e uma</p><p>boa técnica de abordagem destas famílias nos proverão numerosas estratégias para tentar reverter o problema. Para</p><p>trabalharmos com as famílias temos que perceber o seu funcionamento e respeitar as suas regras, facilitar a</p><p>comunicação dentro da família e auxiliá-la na busca de suas próprias soluções. Durante o processo de trabalho temos</p><p>que procurar o contato com cada membro da família, respeitar a hierarquia da organização familiar e adaptar a</p><p>comunicação ao seu estilo.</p><p>Quando abordar Famílias?</p><p>“Pessoas são pais, companheiros, filhos e filhas. Todas tem um passado, um presente e um futuro. Todos</p><p>são ligados de alguma forma a uma família que, por sua vez, nos leva a ser quem somos como doentes e</p><p>como pessoas” (Stewart, M ET all)</p><p>Não são todas as famílias que devem ser abordadas com profundidade e/ou de forma constante. É uma forma de</p><p>trabalho com indicações específicas e, como qualquer tipo de tratamento, só deve ser feita quando realmente for</p><p>indicada. Cabe à equipe conhecer sobre esta metodologia de trabalho e cada um destes instrumentos para fazer a</p><p>escolha daquele que o auxiliará mais em cada caso recebido em seu dia-a-dia. A equipe deve também realizar uma</p><p>análise crítica do que é possível fazer ou não, tendo em vista as necessidades familiares, o interesse da unidade</p><p>estudada e a capacidade da equipe de trabalho intervir favoravelmente no processo de autoconhecimento e</p><p>crescimento das famílias.</p><p>Em algumas situações especiais se torna de relevada importância a abordagem familiar, entre elas: Ausência ou</p><p>diminuição da autonomia do paciente (crianças, idosos e pacientes dependentes para o cuidado) Ambivalência do</p><p>afeto: maternagem imaginária e maternagem ambiente, quando o filho não é o idealizado. Por exemplo, nos casos de</p><p>crianças com necessidades especiais ou filhos com desvios importantes de conduta. De acordo com a importância</p><p>dos papéis individuais dos membros da família no comportamento cooperativo (por ex: quem compra a comida e quem</p><p>prepara as refeições) Quando a família exerce uma influência normativa no paciente (que pode ser positiva ou</p><p>negativa em termos de cooperação). Casos de doenças crônicas, genéticas, agudas sérias, terminais, psiquiátricas</p><p>maiores. Nos casos de crises do ciclo de vida.</p><p>Para trabalharmos com as famílias temos que conhecê-las e a partir daí traçar um plano de cuidados. Para facilitar</p><p>este processo utilizamos ao longo do tempo uma série de estratégias, como a coleta de um bom histórico familiar.</p><p>Mas além da história, podemos utilizar uma série de ferramentas específicas para como o genograma, o ciclo de vida,</p><p>o ecomapa, o APGAR familiar, o practice, o firo e a conferência familiar.</p><p>51</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>APGAR Familiar</p><p>O APGAR é um instrumento que avalia a satisfação de cada membro da família, e os diferentes escores devem ser</p><p>comparados para se avaliar o estado funcional desta. É feito através de um questionário simples formado por cinco</p><p>perguntas que sintetizam aspectos das relações da família, por isto o acróstico inglês:</p><p>Adaptation (Adaptação),</p><p>Partneship (Participação),</p><p>Growth (Crescimento),</p><p>A�ection (Afeição)</p><p>Resolve (Resolução).</p><p>O APGAR é destinado a refletir sobre:</p><p>Adaptation (Adaptação) - Como os recursos são compartilhados ou qual o grau de satisfação do membro familiar</p><p>com a atenção recebida, quando recursos familiares são necessários.</p><p>Partneship (Participação) - Como as decisões são compartilhadas ou qual a satisfação do membro da família com</p><p>a reciprocidade da comunicação familiar e na resolução de problemas.</p><p>Growth (Crescimento) - Como a promoção do crescimento é compartilhada ou qual a satisfação do membro da</p><p>família com a liberdade disponível no ambiente familiar, para a mudança de papéis e para a concretização do</p><p>crescimento emocional ou amadurecimento.</p><p>A�ection (Afeição) - Como as experiências emocionais são compartilhadas ou qual a satisfação do membro da</p><p>família com a intimidade e interação emocional no contexto familiar.</p><p>Resolve (Resolução) - Como o tempo é compartilhado ou qual a satisfação do membro familiar com o compromisso</p><p>que tem sido estabelecido pelos seus próprios membros. Além de repartirem seu tempo, familiares geralmente</p><p>estabelecem um compromisso no compartilhamento de espaço e dinheiro.</p><p>52</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>FIRO</p><p>O modelo Firo foi originalmente desenvolvido para a realização de estudos de grupos inseridos em sistemas sociais e,</p><p>posteriormente, foi adaptado para estudos de famílias, em especial na terapia de família. O FIRO propõe a</p><p>caracterização de grupos e famílias nas dimensões Inclusão, Controle e Intimidade, a partir da sigla:</p><p>Fundamental.</p><p>Interpersonal.</p><p>Relation.</p><p>Orientation.</p><p>De forma geral, as Interações na família podem ser categorizados nas dimensões de INCLUSÃO, CONTROLE e</p><p>INTIMIDADE– Inclusão (quem está dentro e quem está fora); Controle (quem controla e quem é controlado);</p><p>Intimidade (quanto sentimento é compartilhado, quem está próximo e quem está distante). A intimidade no modelo</p><p>FIRO não pode ser confundida com o relacionamento sexual, tendo em vista que as trocas afetivas são enfatizadas.</p><p>PRACTICE</p><p>Este instrumento é utilizado para o entendimento da dinâmica familiar e dos problemas que aparecem dentro da</p><p>família. Funciona como um roteiro para obtenção de informações e é focado na resolução de problemas. Cada letra</p><p>significa uma área de investigação. Seria como se descompactássemos um arquivo para o entendimento e em seguida</p><p>o compactássemos novamente para o seu funcionamento. Geralmente usado em conferências familiares.</p><p>53</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Problema: Como a família percebe, define e enfrenta o problema atual (por exemplo, uma doença grave em um dos</p><p>membros).</p><p>Papéis e estrutura: Aprofunda aspectos do desempenho dos papéis de cada um dos familiares e como eles evoluem</p><p>a partir dos seus posicionamentos.</p><p>Afeto: Como se estabelecem as trocas de afeto entre os membros e como esta troca reflete e interfere no problema</p><p>apresentado.</p><p>Comunicação: Como acontecem as diversas formas de comunicação entre as pessoas.</p><p>Tempo no ciclo de vida: Correlaciona o problema com as dificuldades e as tarefas esperadas dentro das diversas</p><p>fases do ciclo de vida.</p><p>Doenças na família (passadas e presentes): Resgata a morbidade familiar e o modo de enfrentamento nas</p><p>situações pregressas. Trabalha com a longitudinalidade do cuidado e a importância do suporte familiar.</p><p>Enfrentando o estresse: Como a família lida com o estresse? A equipe parte das experiências anteriores e analisa a</p><p>atual. Identifica fontes de recursos internos, explora alternativas de enfrentamento se requeridas e interfere se a crise</p><p>estiver fora de controle.</p><p>Ecologia (ou meio ambiente): Identifica o tipo de sustentação familiar e como podem ser usados os recursos</p><p>disponíveis. Usar o instrumento “ecomapa”.</p><p>https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5464546/mod_resource/content/0/Abordagem%20Familiar_Dias%20RB_</p><p>Guimaraes%20FG%20%282%29.pdf</p><p>54</p><p>https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5464546/mod_resource/content/0/Abordagem%20Familiar_Dias%20RB_Guimaraes%20FG%20%282%29.pdf</p><p>https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5464546/mod_resource/content/0/Abordagem%20Familiar_Dias%20RB_Guimaraes%20FG%20%282%29.pdf</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>15º Dia: ( Data: 27/05/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>Fizemos o fechamento da narrativa.</p><p>01) Entenda o funcionamento de uma ESF rural.</p><p>A ESF rural adapta os princípios da ESF</p><p>para contextos rurais, tendo uma área de abrangência e teto financeiro menor,</p><p>onde as populações são mais dispersas e o acesso aos serviços de saúde pode ser mais difícil.</p><p>Em resumo, a ESF rural serve para garantir o acesso equitativo e contínuo à saúde para populações rurais, de acordo</p><p>com a necessidade de cada paciente.</p><p>02) Explique sobre a hipertensão arterial e as causas mais comuns em idosos.</p><p>A HAS é definida como uma elevação persistente da pressão arterial.</p><p>Classificação:</p><p>Normal: 120/80 mmHg</p><p>Anormal: > 140/90 mmHg</p><p>Fatores de Risco:</p><p>– Obesidade</p><p>– Alimentação</p><p>– Genética</p><p>– Menopausa</p><p>Sintomas:</p><p>Cefaléia</p><p>Tontura</p><p>Visão embaçada</p><p>Dor no peito</p><p>Dor nucal</p><p>Cerca de 90 % dos idosos vão possuir hipertensão</p><p>55</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Diagnóstico:</p><p>Aferir a PA 3x</p><p>Quadro clínico</p><p>ECO</p><p>MAPA</p><p>Tratamento:</p><p>Medicamentoso</p><p>Não medicamentoso:</p><p>Mudanças de hábitos de vida</p><p>03) Explique sobre a diabetes (DM) e as causas mais comuns em idosos.</p><p>Dm é uma doença metabólica caracterizada pela hiperglicemia, resultante de defeitos na secreção da insulina, na ação</p><p>da insulina ou em ambos.</p><p>Existem 2 tipos:</p><p>– DM Tipo 1 (5%)</p><p>– DM Tipo 2</p><p>Nos idosos, a DM tipo 2 é mais prevalente.</p><p>Diagnóstico:</p><p>Glicemia em jejum:</p><p>DM 126 mg/dL≥</p><p>Normal: até 99 mg/dL</p><p>HbA1c:</p><p>DM 6,5%≥</p><p>Normal 5,6%≤</p><p>Tratamento:</p><p>Controle da glicemia, insulinoterapia e mudanças de hábitos de vida.</p><p>56</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>04) Discorra sobre a artrite reumatóide.</p><p>É uma doença inflamatória que pode afetar várias articulações.</p><p>Sintomas:</p><p>Dor, edema, calor, vermelhidão e dor intensa nas articulações.</p><p>Diagnóstico:</p><p>Fator reumatoide, radiografia e sinais clínicos (mão em cisne).</p><p>Tratamento:</p><p>Medicação possui no auto custo e antiinflamatórios não esteroidais.</p><p>05) Diferencie:</p><p>a) Transferência e contratransferência.</p><p>Transferência</p><p>Definimos transferência como o “processo pelo qual os desejos inconscientes se atualizam sobre determinados</p><p>objetos no quadro de certo tipo de relação estabelecida com eles. Trata-se de uma repetição de protótipos infantis</p><p>vivida com um sentimento de atualidade acentuada”.</p><p>Contrarreferência</p><p>Por contratransferência entendemos as reações emocionais do profissional diante do paciente.</p><p>b) Referência e contrarreferência.</p><p>Entende-se por referência e contrarreferência a articulação entre as unidades de saúde que são capazes de</p><p>encaminhar ou receber os usuários do SUS, sendo que por referência compreende-se o trânsito do nível menor para o</p><p>de maior complexidade. Inversamente, a contra referência compreende o trânsito do nível de maior</p><p>complexidade para o de menor complexidade.</p><p>06) Discorra sobre:</p><p>a) Genograma e Ecomapa.</p><p>Genograma</p><p>É a representação gráfica do sistema familiar, facilitando e auxiliando o profissional da saúde na visualização da</p><p>estrutura familiar e suas relações. Possibilita a criação de uma série de hipóteses sobre como o problema clínico da</p><p>57</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>família pode conectar-se ao contexto, bem como a evolução de ambos, problema e contexto, ao longo do tempo.</p><p>Ecomapa</p><p>É a representação gráfica das ligações de uma família às pessoas e às estruturas sociais do meio no qual habitam.</p><p>Identifica os padrões organizacionais da família e a natureza de suas relações com o meio, mostrando o equilíbrio</p><p>entre as necessidades e os recursos da família.</p><p>b) Escala de Coelho-Savassi.</p><p>É um instrumento de estratificação de risco familiar, desenvolvido no município de Contagem, Minas Gerais.Baseado</p><p>na ficha A do SIAB, que utiliza sentinelas de risco avaliadas na primeira visita domiciliar pelo ACS.</p><p>c) Ciclo de vida familiar.</p><p>O conceito de ciclo vital dentro do sistema familiar envolve etapas definidas com base em contextos, situações,</p><p>critérios e momentos que a família passa, desde o nascimento até a morte. Se a família for entendida não como um</p><p>grupo de pessoas com parentesco, e sim como um grupo de pessoas íntimas que têm uma história e um futuro</p><p>juntos, o profissional de saúde deverá estar apto para atentar aos novos tipos de estruturas familiares (mães</p><p>solteiras, casal que trabalha durante todo o dia, casais homossexuais, avós que cuidam dos netos, pais divorciados,</p><p>recasamentos e famílias ampliadas) e, assim, identificar em qual estágio do ciclo de vida a família se encontra. Ao</p><p>identificar o estágio do ciclo de vida familiar, o profissional pode promover ações de intervenção que podem</p><p>auxiliar tanto a família quanto o indivíduo, à medida que alguns problemas podem estar relacionados a essa etapa.</p><p>58</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>59</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>07) Discorra sobre a dor crônica.</p><p>Dor persistente por pelo menos 3 meses.</p><p>Dividida em:</p><p>Dor nociceptiva: lesão no tecido.</p><p>Dor neuropática: lesão dos nervos.</p><p>Tratamento:</p><p>– Medicamentoso</p><p>– Procedimentos: exercício físico, radiofrequência, psicoterapia e programas de reabilitação da dor.</p><p>60</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Dor aguda:</p><p>Diferentemente da dor crônica, a aguda não costuma durar muito e indica a ocorrência de algum ferimento ou</p><p>machucado específico no corpo . Logo, ela desaparece à medida em que se obtém a cura.</p><p>As principais causas de dor aguda são:</p><p>– Ossos quebrados;</p><p>– Cortes;</p><p>– Queimaduras;</p><p>– Cirurgia;</p><p>– Tratamento odontológico.</p><p>Depois que a dor aguda desaparece, a pessoa pode retomar a sua rotina e atividades normalmente. Esse também é um</p><p>aspecto que diferencia os dois tipos de dor abordados nesse conteúdo, já que a crônica pode retornar após um tempo</p><p>ou gerar outros danos, prejudicando a qualidade de vida.</p><p>08) Entenda o processo de luto (fases).</p><p>O processo de luto é uma experiência emocional complexa e pessoal que ocorre após a perda de alguém ou algo</p><p>significativo. Tradicionalmente, é descrito através de várias fases, embora as pessoas possam passar por elas em</p><p>ordem diferente ou retornar a fases anteriores.</p><p>Um dos modelos mais conhecidos é o de Elisabeth Kübler-Ross, que descreve cinco estágios do luto:</p><p>Negação:</p><p>Descrição: A primeira reação à perda é negar a realidade da situação. Esta fase é uma defesa temporária que</p><p>amortiza o impacto inicial do choque.</p><p>Sintomas: Pode incluir sentimentos de entorpecimento, descrença e evitar o fato de que a perda ocorreu.</p><p>Raiva:</p><p>Descrição: À medida que a negação se dissipa, a realidade e sua dor emergem. Nesta fase, a dor emocional é</p><p>projetada como raiva.</p><p>Sintomas: Pode ser direcionada a objetos inanimados, estranhos, amigos ou família. Sentir-se zangado com a pessoa</p><p>que morreu também é comum.</p><p>61</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Negociação:</p><p>Descrição: Frente à vulnerabilidade e desamparo, a pessoa pode tentar negociar ou fazer barganhas. Isso pode ser</p><p>com Deus, o destino, ou qualquer coisa em que a pessoa acredite.</p><p>Sintomas: A pessoa pode fazer promessas para si mesma ou para um poder superior, esperando um retorno ao que</p><p>era antes.</p><p>Depressão:</p><p>Descrição: Após o estado de negação, raiva e negociação, a realidade da perda se instala mais profundamente. Nesta</p><p>fase, a pessoa confronta a realidade da perda e sua própria mortalidade.</p><p>Sintomas: Sentimentos de tristeza profunda, vazio, desespero e introspecção. Pode haver isolamento e retração</p><p>social.</p><p>Aceitação:</p><p>Descrição: Esta fase não é necessariamente de felicidade, mas de aceitação da realidade de que a pessoa se foi e a</p><p>compreensão de que a nova realidade é permanente.</p><p>Sintomas: Ajustar-se à vida sem a pessoa que se foi, encontrar maneiras de seguir em frente, lembranças tornam-se</p><p>menos dolorosas e mais sobre recordar e homenagear.</p><p>09) Entenda as relações médico-pacientes.</p><p>Modelo sacerdotal</p><p>O Modelo Sacerdotal é o mais tradicional, pois baseia-se na tradição hipocrática. Neste modelo o médico assume uma</p><p>postura paternalista com relação ao paciente. Em nome da Beneficência a decisão tomada pelo médico não leva em</p><p>conta os desejos, crenças ou opiniões do paciente. O médico exerce não só a sua autoridade, mas também o poder na</p><p>relação com o paciente. O processo de tomada de decisão é de baixo envolvimento, baseando-se em uma relação de</p><p>dominação por parte do médico e de submissão por parte do paciente.</p><p>Em função deste modelo e de uma</p><p>compreensão equivocada da origem da palavra "paciente" este termo passou a ser utilizado com conotação de</p><p>passividade. A palavra paciente tem origem grega, significando "aquele que sofre".</p><p>Médico→ Paciente</p><p>62</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Modelo Engenheiro</p><p>O Modelo Engenheiro, ao contrário do Sacerdotal, coloca todo o poder de decisão no paciente. O médico assume o</p><p>papel de repassador de informações e executor das ações propostas pelo paciente. O médico preserva apenas a sua</p><p>autoridade, abrindo mão do poder, que é exercido pelo paciente. É um modelo de tomada de decisão de baixo</p><p>envolvimento, que se caracteriza mais pela atitude de acomodação do médico que pela dominação ou imposição do</p><p>paciente. O paciente é visto como um cliente que demanda uma prestação de serviços médicos.</p><p>Médico← Paciente</p><p>Modelo Colegial</p><p>O Modelo Colegial não diferencia os papéis do médico e do paciente no contexto da sua relação. O processo de tomada</p><p>de decisão é de alto envolvimento. Não existe a caracterização da autoridade do médico como profissional, e o poder é</p><p>compartilhado de forma igualitária. A maior restrição a este modelo é a perda da finalidade da relação</p><p>médico-paciente, equiparando-a a uma simples relação entre indivíduos iguais.</p><p>Médico↔ Paciente</p><p>Modelo Contratualista</p><p>O Modelo Contratualista estabelece que o médico preserva a sua autoridade, enquanto detentor de conhecimentos e</p><p>habilidades específicas, assumindo a responsabilidade pela tomada de decisões técnicas. O paciente também</p><p>participa ativamente no processo de tomada de decisões, exercendo seu poder de acordo com o estilo de vida e</p><p>valores morais e pessoais. O processo ocorre em um clima de efetiva troca de informações e a tomada de decisão</p><p>pode ser de médio ou alto envolvimento, tendo por base o compromisso estabelecido entre as partes envolvidas.</p><p>Médico↔ Paciente</p><p>63</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>E chegou ao fim desse semestre… e, o que eu aprendi com as visitas?</p><p>Ao longo desse semestre eu tive a oportunidade de aprender, na prática, os conhecimentos teóricos que adquirimos</p><p>durante o semestre. Também, eu aprendi muito com os pacientes que visitamos. Nós temos que viver o hoje, porque</p><p>a vida é curta demais e o tempo está passando muito rápido demais. E espero que no próximo semestre, eu possa</p><p>aprender muito mais.</p><p>2º Semestre</p><p>1º Dia: ( Data: 22/07/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>Hoje foi nosso primeiro encontro do segundo semestre na ESF I de Junqueirópolis, que fica localizada na rua Ipiranga</p><p>540 - Alto Cene. Na ESF tivemos o primeiro contato com nosso preceptor Marco Aurélio que, junto com a enfermeira</p><p>do local, nos mostraram toda a estrutura da ESF. Logo depois, fizemos a discussão do tema que foi proposto para essa</p><p>semana, dividimos as duplas e os pacientes das visitas domiciliares.</p><p>Tema da semana</p><p>Comunicando Más Notícias: O Protocolo De Spikes</p><p>Anunciar más notícias faz parte da rotina dos(as) profissionais de saúde, onde essa obrigação está</p><p>inserida no exercício da profissão.</p><p>A “má notícia” é toda informação que modifica gravemente a perspectiva que o paciente tem sobre sua vida futura,</p><p>diante daquela situação de saúde delicada em que ele se encontra.</p><p>64</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>“Quem recebe informação traumática dificilmente esquece as circunstâncias da comunicação”.</p><p>Gazzola, Leite e Gonçalves (2020, p.39)</p><p>A comunicação de notícias difíceis deve ser baseada numa boa relação entre o profissional de saúde com o paciente e</p><p>seus familiares. É esperado que, após receber essa notícia difícil, o paciente e seus familiares apresentem</p><p>sentimentos como: angústia, desespero e tristeza, e esses sentimentos podem ser intensificados quando a notícia é</p><p>transmitida de forma insolente e insensível.</p><p>“Não se isente de uma comunicação difícil, aprenda a fazê-la”.</p><p>Alguns protocolos foram criados para facilitar este tipo de comunicação, como por exemplo, o protocolo SPIKES.</p><p>A palavra SPIKES é um acrônimo em inglês que resume as seis etapas a serem observadas, que em tradução livre diz:</p><p>1. Preparação para o encontro.</p><p>2. Percepção.</p><p>3. Convite.</p><p>4. Conhecimento.</p><p>5. Emoções.</p><p>6. Estratégia/resumo.</p><p>S - P - I - K - E - S</p><p>ETAPA 1: S (setting up the interview): Preparando-se para o encontro</p><p>Treinar antes é uma boa estratégia. Apesar de a notícia ser triste, é importante manter a calma, pois as informações</p><p>dadas podem ajudar o paciente a planejar seu futuro. Procure por um lugar calmo e que permita que a conversa seja</p><p>particular. Mantenha um acompanhante com seu paciente, isso costuma deixá-lo mais seguro. Sente-se e procure não</p><p>ter objetos entre você e seu paciente. Escute atentamente o que o paciente diz e mostre atenção e carinho.</p><p>S - P - I - K - E - S</p><p>ETAPA 2: P (Perception): Percebendo o paciente</p><p>É o momento de perceber o quanto o paciente conhece sobre o seu estado de saúde. Pergunte ao paciente o que já foi</p><p>dito para ele sobre sua condição e quais as suas expectativas, assim, poderá julgar o momento certo de comunicar.</p><p>Investigue o que o paciente já sabe do que está acontecendo. Procure usar perguntas abertas.</p><p>65</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>S - P - I - K - E - S</p><p>ETAPA 3: I (Invitation): Convidando para o diálogo</p><p>Identifique até onde o paciente quer saber do que está acontecendo, se quer ser totalmente informado ou se prefere</p><p>que um familiar tome as decisões por ele. Isso acontece! Se o paciente deixar claro que não quer saber detalhes,</p><p>mantenha-se disponível para conversar no momento que ele quiser.</p><p>S - P - I - K - E - S</p><p>ETAPA 4 : K (Knowledge): Dando Conhecimento e Informação ao Paciente.</p><p>Introduções como “infelizmente não trago boas notícias” podem ser um bom começo. Use sempre palavras adequadas</p><p>ao vocabulário do paciente. Use frases curtas e pergunte, com certa frequência, como o paciente está e o que está</p><p>entendendo. Se o prognóstico for muito ruim, evite termos como “não há mais nada que possamos fazer”. Sempre</p><p>deve existir um plano!</p><p>S - P - I - K - E - S</p><p>ETAPA 5: E (Emotions): Expressando emoções.</p><p>Aguarde a resposta emocional que pode vir, dê tempo ao paciente, ele pode chorar, ficar em silêncio, em choque.</p><p>Aguarde e mostre compreensão. Mantenha sempre uma postura empática.</p><p>S - P - I - K - E - S</p><p>ETAPA 6: S (Strategy and Summary): Resumindo e organizando estratégias.</p><p>É o momento de planejar e conduzir o que você tem disponível para a situação em que o seu paciente se encontra</p><p>naquele momento. Não esqueça de dividir as responsabilidades de sua escolha junto ao mesmo e seus familiares. É</p><p>importante deixar claro para o paciente que ele não será abandonado, que existe um plano ou tratamento, curativo ou</p><p>não.</p><p>"Quando melhoramos nossa comunicação, melhoramos os nossos resultados” . Adriano Lima</p><p>66</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Referência:</p><p>Comunicando más notícias: o protocolo SPIKES – BVS. Disponível em:</p><p>https://docs.bvsalud.org/biblioref/2016/08/1365/rdt_v21n3_106-108.pdf</p><p>2º Dia: ( Data: 29/07/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>Hoje chegamos na ESF, discutimos sobre o tema que foi proposto para essa semana e depois fomos para as visitas</p><p>domiciliares. Conseguimos ir em 1 paciente apenas, por conta do tempo.</p><p>Tema da semana</p><p>PROGRAMA MELHOR EM CASA</p><p>A Atenção Domiciliar (AD) é uma forma de atenção à saúde, oferecida na moradia do paciente e caracterizada por um</p><p>conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação, com garantia da</p><p>continuidade do cuidado e integrada à Rede de Atenção à Saúde.</p><p>67</p><p>https://docs.bvsalud.org/biblioref/2016/08/1365/rdt_v21n3_106-108.pdf</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Com abordagens diferenciadas, esse tipo de serviço está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e é oferecido de</p><p>acordo com a necessidade do paciente, a partir do atendimento de diferentes equipes. Quando o paciente precisa ser</p><p>visitado com menos frequência, por exemplo, uma vez por mês, e já está mais estável, este cuidado pode ser realizado</p><p>pela equipe de Saúde da Família/Atenção Básica de sua referência. Já os casos de maior complexidade são</p><p>acompanhados pelas equipes</p><p>multiprofissionais de atenção domiciliar (EMAD) e de apoio (EMAP), do Serviços de</p><p>Atenção Domiciliar (SAD) – Melhor em Casa. Ou seja, de acordo com a necessidade do paciente, esse cuidado em casa</p><p>pode ser realizado por diferentes equipes. Quando o paciente precisa ser visitado com menos frequência, por exemplo,</p><p>uma vez por mês, e já está mais estável, este cuidado pode ser realizado pela equipe de Saúde da Família/Atenção</p><p>Básica de sua referência. Já os casos de maior complexidade são acompanhados pelas equipes multiprofissionais de</p><p>atenção domiciliar (EMAD) e de apoio (EMAP), do Serviços de Atenção Domiciliar (SAD) – Melhor em Casa.</p><p>A AD proporciona ao paciente um cuidado ligado diretamente aos aspectos referentes à estrutura familiar, à</p><p>infraestrutura do domicílio e à estrutura oferecida pelos serviços para esse tipo de assistência. Dessa forma, evita-se</p><p>hospitalizações desnecessárias e diminui o risco de infecções. Além disso, melhora a gestão dos leitos hospitalares e o</p><p>uso dos recursos, bem como diminui a superlotação de serviços de urgência e emergência.</p><p>TIPOS DE ATENDIMENTO DOMICILIAR:</p><p>Atenção básica - Pacientes que possuam problemas de saúde controlados e com dificuldade ou impossibilidade</p><p>física de locomoção até uma unidade básica de saúde. Também está disponível a pessoas que necessitam de cuidados</p><p>de menor intensidade, incluídos os de recuperação nutricional, de menor frequência de visitas, com menor</p><p>necessidade de recursos de saúde e dentro da capacidade de atendimento de todos os tipos de equipes que compõem</p><p>a atenção básica.</p><p>68</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Melhor em Casa - Pacientes que possuam problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção</p><p>até uma Unidade Básica de Saúde e que necessitem de maior frequência de cuidado, recursos de saúde e</p><p>acompanhamento contínuos. A indicação para o atendimento domiciliar pode vir de diferentes serviços da rede de</p><p>atenção. A prestação de assistência à saúde é de responsabilidade da equipe multiprofissional de atenção domiciliar</p><p>(EMAD) e da equipe multiprofissional de apoio (EMAP), sendo o cuidado compartilhado com a família e/ou cuidador</p><p>responsável. Os pacientes que precisam de equipamentos e outros recursos de saúde e demandam maior frequência</p><p>de cuidado, com acompanhamento contínuo, também podem ser assistidos pelo Melhor em Casa.</p><p>O Melhor em Casa é um serviço indicado para pessoas que apresentam dificuldades temporárias ou definitivas de</p><p>sair do espaço da casa para chegar até uma unidade de saúde, ou ainda para pessoas que estejam em situações nas</p><p>quais a atenção domiciliar é a mais indicada para o seu tratamento.</p><p>Referência:</p><p>http://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/melhor-em-casa-servico-de-atencao-domiciliar/melhor-em-casa</p><p>Atenção Domiciliar na Atenção Básica</p><p>Constitui um recorte da atenção domiciliar que ocorre no âmbito da atenção básica, inserindo-se no processo de</p><p>trabalho das equipes de saúde. Na atenção básica, várias ações são realizadas no domicílio, como o cadastramento,</p><p>busca ativa, ações de vigilância e de educação em saúde. Cabe destacar a diferença desses tipos de ações, quando</p><p>realizadas isoladamente, daquelas destinadas ao cuidado aos pacientes com impossibilidade/dificuldade de locomoção</p><p>até a Unidade Básica de Saúde (UBS), mas que apresentam agravo que demande acompanhamento permanente ou por</p><p>período limitado.</p><p>Consentimento da Família, Participação do Usuário e Existência do Cuidador</p><p>A primeira condição para que ocorra a assistência domiciliar (AD) é o consentimento da família para a existência do</p><p>cuidador. A assistência prestada no domicílio não pode ser imposta, já que o contexto das relações familiares é</p><p>sempre mais dinâmico que as ações desenvolvidas pelos profissionais, comprometendo a eficácia terapêutica</p><p>proposta. Recomenda-se que toda família esteja ciente do processo de cuidar da pessoa assistida, comprometendo-se</p><p>junto com a equipe na realização das atividades a serem desenvolvidas. É de suma importância a formalização da</p><p>assinatura do termo de consentimento informado por parte da família e/ou do usuário (se consciente) ou de seu</p><p>representante legal.</p><p>O ambiente domiciliar deve ser agradável e tranquilo.</p><p>69</p><p>http://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/melhor-em-casa-servico-de-atencao-domiciliar/melhor-em-casa</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>CUIDADOR</p><p>O cuidador é a pessoa que presta os cuidados diretamente, de maneira contínua e/ou regular, podendo, ou não, ser</p><p>alguém da família. É importante que a equipe de atenção básica, ao detectar que o usuário reside só, tente resgatar a</p><p>família dele. Na ausência da família, a equipe deverá localizar pessoas da comunidade para a realização do cuidado,</p><p>formando uma rede participativa no processo de cuidar.</p><p>A intenção é:</p><p>- Diminuir os gargalos do SUS como: a falta de leitos ambulatoriais e hospitalares, lotação e filas.</p><p>Referência:</p><p>3º Dia: ( Data: 05/08/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>Hoje chegamos na ESF, discutimos sobre o tema que foi proposto para essa semana e depois fomos para as visitas</p><p>domiciliares. Passamos em 2 pacientes para conhecê-los e nos apresentarmos à eles.</p><p>70</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Tema da semana</p><p>REFERÊNCIA E CONTRARREFERÊNCIA</p><p>“Os conceitos de referência e contrarreferência em saúde, apesar de se constituírem como uma das bases da</p><p>mudança almejada para o setor, ainda se encontram num estágio de pouco desenvolvimento, tanto em relação aos</p><p>seus possíveis sentidos teóricos quanto no que refere à efetivação e divulgação de experiências, exitosas ou não”</p><p>(FRATINI, 2008, p. 66).</p><p>Para entender a importância do sistema de referência e contrarreferência, temos de remontar às origens do SUS, pelo</p><p>Movimento da Reforma Sanitária, da década de 1980. Através dele, começaram a surgir as primeiras discussões que</p><p>definiram os princípios do SUS, no final dessa mesma década, culminando com a criação do mesmo em 1990 pela Lei</p><p>8080. O princípio do SUS envolvido de forma mais direta com a questão de encaminhamento e trânsito no fluxo da</p><p>rede é o da integralidade. A mesma é “entendida como o conjunto articulado e contínuo das ações e serviços</p><p>preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso, em todos os níveis de complexidade do</p><p>sistema” (FRATINI, 2008, p.66).</p><p>Ou seja, é a integralidade um princípio que visa a assegurar aos indivíduos a possibilidade de receber assistência em</p><p>todos os níveis, tanto na atenção primária quanto secundária e terciária, pois somente os procedimentos realizados</p><p>pela APS não esgotam as demandas do usuário . A referência seria um mecanismo administrativo (DIAS, 2012) para a</p><p>aquisição e efetividade da integralidade.</p><p>Podemos definir os níveis de atenção da seguinte forma: O nível primário é caracterizado por atividades de promoção,</p><p>proteção e recuperação da saúde no nível ambulatorial, agrupando atividades de saúde, saneamento e apoio</p><p>diagnóstico (ex.: postos e centros de saúde). O nível secundário destina-se a desenvolver atividades assistenciais nas</p><p>quatro especialidades médicas básicas: clínica médica, gineco-obstetrícia, pediatria e clínica cirúrgica, além de</p><p>especialidades estratégicas, nas modalidades de atenção ambulatorial, internação, urgência e reabilitação (ex.:</p><p>unidades mistas, ambulatórios gerais, hospitais locais e hospitais regionais). O nível terciário caracteriza-se pela</p><p>maior capacidade resolutiva de casos mais complexos do sistema, nas modalidades de atendimento ambulatorial,</p><p>internação e urgência (ex.: ambulatórios de especialidades, hospitais especializados e hospitais de especialidades)</p><p>(BRASIL, 1987, p.325).</p><p>Mas quais são as definições de referência e contrarreferência? Referência representa o maior grau de complexidade,</p><p>para onde o usuário é encaminhado para um atendimento com níveis de especialização mais complexos, os hospitais e</p><p>as clínicas especializadas. Já a contra referência diz respeito ao menor grau de complexidade, quando a necessidade</p><p>do usuário, em relação aos serviços de saúde, é mais simples, ou seja, “o cidadão pode ser contra referenciado, isto é</p><p>conduzido para um atendimento em nível mais primário” (FRATINI, 2008, p.67), devendo ser este a unidade de saúde</p><p>mais próxima de seu domicílio (FRATINI, 2008).</p><p>71</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Referência e contrarreferência</p><p>O sistema de referência e contrarreferência constitui-se na articulação entre as unidades acima mencionadas, sendo</p><p>que por referência compreende-se o trânsito do nível menor para o de maior complexidade. Inversamente, a</p><p>contrarreferência compreende o trânsito do nível de maior para o de menor complexidade.</p><p>O sistema de referência e contrarreferência é um dos pontos importantes para viabilizar a implantação do Sistema</p><p>Único de Saúde (SUS), uma vez que é a partir da sua estruturação que o encaminhamento de pacientes aos diversos</p><p>níveis de atenção torna-se possível . Consequentemente, a integração entre os diferentes níveis está intimamente</p><p>ligada às questões de acessibilidade, universalidade e integralidade da assistência .</p><p>EXEMPLOS:</p><p>Referência: de uma UBS para um especialista da área .</p><p>→ Paciente queixa de dor torácica e cianose ao esforço, o médico da UBS tem como hipótese diagnóstica sopro</p><p>sistólico após realizar ausculta no paciente. Sendo assim, encaminha (referencia) o paciente para um cardiologista.</p><p>Contrarreferência: de um especialista da área para continuidade e acompanhamento em UBS.</p><p>→ Após consulta com cardiologista, o paciente retorna ao médico da UBS para apresentar conclusão diagnóstica e</p><p>exames feitos pelo especialista.</p><p>Relação médico-paciente</p><p>Não é uma relação humana habitual comum, é carregada de:</p><p>– Angústia / ansiedade.</p><p>– Medo.</p><p>– Incerteza / dúvida.</p><p>– Amor / esperança.</p><p>– Ódio.</p><p>– Insegurança.</p><p>– Confiança.</p><p>Determinando uma relação entre o ser doente e aquele que lhe oferece ajuda.</p><p>A relação médico-paciente é fundamental na prática médica, devendo ser o foco de atenção e estudo desde o primeiro</p><p>encontro com o paciente, permanecendo durante a vida profissional. É indispensável o conhecimento básico da</p><p>humanidade, pois esta relação, ultrapassa os fenômenos biológicos, onde estão aprisionados a profissão médica.</p><p>72</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Na prática, os vínculos na profissão médica são:</p><p>Confiança e empatia.</p><p>PRINCÍPIOS BIOÉTICOS</p><p>• Autonomia→ Poder de decisão do paciente;</p><p>• Beneficência→ Fazer sempre o bem para o paciente;</p><p>• Maleficência→ Não fazer o nada de mal ao paciente;</p><p>• Justiça→ Fazer sempre o que é justo ao paciente;</p><p>• Respeito à alteridade→ Respeitar a diferença do outro;</p><p>73</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>CONHECER A DIFERENÇA, COMPREENDER A DIFERENÇA E APRENDER COM A DIFERENÇA, RESPEITANDO</p><p>O INDIVÍDUO COMO SER HUMANO PSICOSSOCIAL</p><p>Os princípios que devem permear a relação com o paciente.</p><p>O paciente sempre deve concordar com o tratamento proposto, nunca poderemos impor nada, devemos sempre fazer</p><p>o bem ao paciente, não fazer o mal, assim não devemos causar prejuízo ao paciente.</p><p>Não julgar o paciente, eles são e devem ser visto como iguais, as características do paciente que devem ser</p><p>priorizadas é a condição do paciente e não as condições sociais desse paciente, e respeitar as diferenças.</p><p>ASPECTOS PSICODINÂMICOS DA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE</p><p>• Relacionamento médico-paciente;</p><p>♡ Médico ativo/ Paciente passivo;</p><p>♦ Atendimento de urgência/emergência.</p><p>ESSA ESTRUTURA DE RELAÇÃO, É UM CASO COMPLEXO, O PACIENTE NÃO COSTUMA ATENDER AOS PEDIDOS</p><p>MÉDICOS PASSIVAMENTE. ESSA RELAÇÃO SE DEVE EM CONDIÇÕES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ONDE O PACIENTE</p><p>NÃO ESTÁ EM CONDIÇÕES DE ESCOLHER OU OPINAR.</p><p>♡ Médico direciona/ Paciente colabora;</p><p>♦ Enfermaria (médico autoritário).</p><p>A POSTURA ONDE O PACIENTE COMEÇA A ENTENDER SUA SITUAÇÃO E ASSIM JUNTAMENTE AO MÉDICO</p><p>CONCORDAR OU DISCORDAR COMO O MÉDICO SOBRE SEU TRATAMENTO.</p><p>♡ Médico age/ Paciente participa efetivamente;</p><p>♦ Hora certa (aliança terapêutica).</p><p>74</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>FENÔMENOS PSICODINÂMICOS</p><p>TRANSFERÊNCIA</p><p>• Fenômenos afetivos que o paciente transfere para o médico;</p><p>♡ Condição importante para aceitação/ recusa do tratamento e orientações.</p><p>A TRANSFERÊNCIA UM CONCEITO DE FREUD DEMONSTRA QUE, O PACIENTE TRANSFERE PARA O MÉDICO,</p><p>DE ACORDO COM A POSIÇÃO E AÇÕES DO MÉDICO UMA IMAGEM QUE VENHA DE SUAS MEMÓRIAS</p><p>PRIMORDIAIS, TRANSFERIR OS SENTIMENTOS PARA AQUELA IMAGEM DO PROFISSIONAL.</p><p>• Positiva;</p><p>♡ Relacionamento agradável.</p><p>♦ Visão de médico disponível/ atencioso/ capaz de ajudar.</p><p>RESISTÊNCIA OU TRANSFERÊNCIA NEGATIVA</p><p>• Mecanismo inconsciente que comprometa a relação médico paciente;</p><p>• Problemas no comportamento médico;</p><p>♡ Má apresentação;</p><p>♡ Pressa;</p><p>♡ Palavras difíceis;</p><p>• Médico responsável por reconhecer e modificar a situação;</p><p>CONTRATRANSFERÊNCIA</p><p>• Passagem de métodos afetivos do médico para o paciente;</p><p>• Manter sob controle seus próprios sentimentos;</p><p>• Positiva;</p><p>♡ Afeto;</p><p>• Negativo;</p><p>♡ Sentimentos de frustração frente ao difícil diagnóstico ou rebelde ao tratamento;</p><p>♡ Rotular o paciente “chato” / “irritante”.</p><p>75</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>DEVEMOS SEMPRE ESTAR ATENTO EM COMO A SITUAÇÃO DE UM PACIENTE PODE NOS AFETAR COMO</p><p>PROFISSIONAIS, E ASSIM OBSERVAR PARA NOS CONTROLAR EM COMO ISSO NOS AFETARÁ.</p><p>PAPEL DO MÉDICO</p><p>“ANTES DE SE ORIENTAR O PACIENTE, É PRECISO ESCUTÁ-LO, COMPREENDÊ-LO.”</p><p>• Conhecimento;</p><p>• Postura;</p><p>♡ Vestimenta adequada;</p><p>♡ Vocabulário apropriado;</p><p>• Compreender o sofrimento alheio;</p><p>• Respeitar o paciente;</p><p>• Saber ouvir.</p><p>É IMPORTANTE QUE O MÉDICO DEMONSTRE SEU CONHECIMENTO QUE DEVE SER VASTO, TENDO UMA</p><p>POSTURA, COM ROUPAS ADEQUADAS PARA QUE O PACIENTE SE SINTA RESPEITADO E O VOCABULÁRIO</p><p>EM QUE O PACIENTE CONSIGA ENTENDER, E ASSIM O MÉDICO SE FAZER CLARO, E AO MESMO TEMPO QUE</p><p>O MÉDICO TENHA UM VOCABULÁRIO ENRIQUECIDO. AINDA DEVE COMPREENDER O SOFRIMENTO, E ISSO</p><p>É ENTENDER E CONSEGUIR AJUDAR O PACIENTE, USAR A EMPATIA, E RESPEITAR OS PACIENTE E</p><p>ESCUTAR, UMA VEZ QUE QUANDO O PACIENTE SE SENTE OUVIDO, ELE RARAMENTE IRÁ SE SENTIR</p><p>DESCONTENTE COM O MÉDICO, MESMO QUE O MÉDICO COMETA ERROS, QUANDO O PACIENTE SE SENTIR</p><p>OUVIDO, ELE COMPREENDERÁ MAIS A SITUAÇÃO.</p><p>PACIENTE</p><p>• Identidade de gênero;</p><p>• História individual;</p><p>• Personalidade exclusiva;</p><p>• Sempre deve ser tratado com respeito e compaixão.</p><p>76</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>COM CADA PACIENTE DEVEMOS INDIVIDUALIZA-LO, ISSO É CADA PACIENTE TEM UMA DOENÇA QUE TEM</p><p>UM CURSO DIFERENTE, MESMO QUE SEJA UMA DOENÇA COMUM DEVEMOS IDENTIFICAR EM CADA</p><p>PACIENTE A REAL CAUSA E CURSO. IDENTIFICAR NO PACIENTE SUA IDENTIDADE DE GÊNERO, HISTÓRIA E</p><p>AS PERSONALIDADES QUE O DIFERENCIA E COMO DEVEMOS O TRATAR.</p><p>QUALIDADES HUMANAS FUNDAMENTAIS NA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE</p><p>• Profissão/ integridade</p><p>• Respeitosamente</p><p>• Compaixão</p><p>• Paciência</p><p>• Consentimento</p><p>PROFISSÃO: “OBRIGAÇÃO DE SER COMPETENTE E HABILIDOSO NA PRÁTICA MÉDICA; A NECESSIDADE</p><p>DE COLOCAR O BEM-ESTAR DO PACIENTE ACIMA DO INTERESSE PRÓPRIO”.</p><p>Referência:</p><p>77</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>4º Dia: ( Data: 12/08/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>A atividade da semana foi a realização da medida da altura e peso das crianças no Centro educacional Raio de Luz na</p><p>cidade de Junqueirópolis.</p><p>Vivemos uma ótima experiência mais uma vez, foi um dia produtivo, mas também muito desafiador, já que para lidar</p><p>com crianças é necessária uma conduta totalmente diferente da que estamos acostumados, visto que os pacientes</p><p>abordados no IESC em sua maioria são adultos e idosos.</p><p>OBS: Hoje não deu tempo de discutir sobre o tema que tinha sido proposto para essa semana… Discutiremos na</p><p>próxima semana.</p><p>5º Dia: ( Data: 19/08/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>Hoje, chegamos na ESF e discutimos sobre o tema que foi proposto para essa semana. Depois, nosso preceptor nos</p><p>acompanhou nas visitas domiciliares, para nos auxiliar. Fomos em duas residências para ver como nossas pacientes</p><p>estavam e conversar um pouco com elas. Depois, voltamos para a ESF e fomos para casa.</p><p>78</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Tema da semana</p><p>Cuidados Paliativos - QUATRO PILARES / NORMATIZAÇÃO DOS CUIDADOS</p><p>PALIATIVOS NO SUS</p><p>Segundo a definição da Organização Mundial de Saúde – OMS, revista em 2002, “Cuidado Paliativo é uma abordagem</p><p>que promove a qualidade</p><p>de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade</p><p>da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento. Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e</p><p>outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual”.</p><p>⇒ O Cuidado Paliativo não se baseia em protocolos, mas sim em princípios.</p><p>⇒ Não se fala mais em terminalidade, mas em doença que ameaça a vida.</p><p>⇒ Não falaremos também em impossibilidade de cura, mas na possibilidade ou não de tratamento modificador da</p><p>doença, desta forma afastando a ideia de “não ter mais nada a fazer”.</p><p>PRINCÍPIOS DOS CUIDADOS PALIATIVOS</p><p>1. Promover o alívio da dor e outros sintomas desagradáveis</p><p>Desta forma é necessário conhecimento específico para a prescrição de medicamentos, adoção de medidas não</p><p>farmacológicas e abordagem dos aspectos psicossociais e espirituais que caracterizam o “sintoma total”.</p><p>2. Afirmar a vida e considerar a morte como um processo normal da vida.</p><p>O Cuidado Paliativo resgata a possibilidade da morte como um evento natural e esperado na presença de doença</p><p>ameaçadora da vida, colocando ênfase na vida que ainda pode ser vivida.</p><p>3. Não acelerar nem adiar a morte.</p><p>Evitando assim intervenções desnecessárias e que prolonguem o sofrimento do paciente.</p><p>4. Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente.</p><p>Noventa e cinco por cento dos americanos creem numa força superior e 93% gostariam que seus médicos</p><p>abordassem essas questões, se ficassem gravemente enfermos.</p><p>5. Oferecer um sistema de suporte que possibilite o paciente viver tão ativamente quanto possível, até o momento da</p><p>sua morte.</p><p>Não devemos nos esquecer que qualidade de vida e bem-estar implicam a observância de vários aspectos da vida.</p><p>Problemas sociais, dificuldades de acesso a serviços, medicamentos e outros recursos podem ser também motivos de</p><p>sofrimento e devem ser incluídos entre os aspectos a serem abordados pela equipe multiprofissional.</p><p>6. Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença do paciente e a enfrentar o luto.</p><p>A família, tanto a biológica como a adquirida (amigos, parceiros, etc.), pode e deve ser nossa parceira e colaboradora.</p><p>Essas pessoas conhecem melhor do que nós o paciente, suas necessidades, suas peculiaridades, seus desejos e</p><p>angústias, muitas vezes não verbalizados pelo próprio paciente. Da mesma forma, essas pessoas também sofrem e seu</p><p>sofrimento deve ser acolhido e paliado.</p><p>79</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>7. Abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos pacientes e seus familiares, incluindo</p><p>acompanhamento no luto.</p><p>A integração sugerida pelo Cuidado Paliativo é uma forma de observarmos o paciente sob todas as suas dimensões e a</p><p>importância de todos estes aspectos na composição do seu perfil para elaborarmos uma proposta de abordagem.</p><p>8. Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença.</p><p>Com uma abordagem holística, observando este paciente como um ser biográfico mais que um ser simplesmente</p><p>biológico, poderemos, respeitando seus desejos e necessidades, melhorar sim o curso da doença e, segundo a</p><p>experiência de vários serviços de Cuidados Paliativos, também prolongar sua sobrevida.</p><p>9. Deve ser iniciado o mais precocemente possível, juntamente com outras medidas de prolongamento da vida, como a</p><p>quimioterapia e radioterapia e incluir todas as investigações necessárias para melhor compreender e controlar</p><p>situações clínicas estressantes.</p><p>Cuidados paliativos e cuidados curativos</p><p>A relação entre cuidados curativos e paliativos ocorrerá de maneira diferente nos diversos países devido a</p><p>características socioeconômicas, sistema de saúde e outras razões. Neste contexto, os cuidados paliativos não devem</p><p>substituir os cuidados curativos apropriados, entretanto, preconiza-se uma melhor e mais precoce integração dos CP</p><p>com o tratamento modificador de doenças.</p><p>Assim, entende-se que todo e qualquer paciente que possua doença crônica e/ou ameaçadora à vida poderá</p><p>beneficiar-se dos CP, seja ele criança, adulto ou idoso. A necessidade de CP está presente em todos os níveis de</p><p>atendimento: primário, secundário e serviços especializados, e a abordagem em CP pode ser prestada por todos os</p><p>profissionais de saúde que sejam capacitados e qualificados por meio de treinamento apropriado.</p><p>O cuidado paliativo visa oferecer cuidados adequados e dignos aos pacientes com e sem possibilidade curativa.</p><p>Na literatura internacional esse tipo de abordagem é associado de maneira consistente a uma série de benefícios e</p><p>melhorias; dentre eles pode-se destacar:</p><p>80</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>-melhor planejamento prévio de cuidados,</p><p>-melhora da qualidade de vida,</p><p>-redução de sintomas desagradáveis,</p><p>-maior satisfação dos pacientes e do núcleo cuidador e menor utilização do sistema de saúde.</p><p>Espiritualidade</p><p>O cuidado e o cuidador</p><p>Precisamos de segurança e cuidado desde que nascemos e estas necessidades permanecem durante toda a nossa</p><p>vida; em alguns momentos mais, quando estamos muito vulneráveis ou em perigo, e em outros menos</p><p>(PETERSEN; KOEHLER, 2005).</p><p>O cuidador deve estar preparado fisicamente e emocionalmente</p><p>81</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Referência:</p><p>6º Dia: ( Data: 26/08/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>A atividade da semana foi a realização da acuidade visual em crianças na Escola Municipal Professora Shigueko Oto</p><p>Iwaki, na cidade de Junqueirópolis. Foi ótima essa experiência que vivemos e muito produtiva.</p><p>82</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>AGREGANDO CONHECIMENTO: TESTE DE ACUIDADE VISUAL TAMBÉM CHAMADO DE ESCALA OPTOMÉTRICA</p><p>DE SNELLEN</p><p>A acuidade visual refere-se à nitidez da visão. A nitidez de uma imagem depende do poder de resolução do sistema</p><p>visual, isto é, da capacidade do sistema visual de distinguir dois pontos localizados muito próximos um do outro.</p><p>Quanto melhor o poder de resolução do sistema, mais próximos esses pontos podem estar e ainda serem vistos</p><p>distintamente. Quando o poder de resolução do sistema é excedido, os pontos tornam-se borrados e são percebidos</p><p>como uma única imagem.</p><p>MÉTODO DE APLICAÇÃO:</p><p>*Sala iluminada e clara. A iluminação deve estar por trás da criança.</p><p>*Criança preferencialmente sentada. Posicionar a cadeira de forma que as pernas traseiras dessa coincidam com a</p><p>linha de 3 metros demarcada.</p><p>*As duas últimas linhas devem estar na altura da visão da criança.</p><p>*Utilizar um oclusor em um dos olhos.</p><p>*O examinador deve demonstrar o que vai fazer e apontar com uma ponteira ou lápis preto.</p><p>*Mostrar o maior número de optótipos. A criança deve acertar pelo menos 3 para ser validada a referida linha.</p><p>*Anotar o valor da última linha que a criança conseguiu acertar pelo menos 3.</p><p>*Todas as crianças que não atingirem 0,7 deverão ser retestadas. Valerá o resultado maior. É comum ocorrer erros na</p><p>primeira medida.</p><p>83</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Referência:</p><p>FOX, Stuart I. Fisiologia Humana. Barueri: Editora Manole, 2007. E-book. ISBN 9788520449905. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520449905/. Acesso em: 05 set. 2024.</p><p>OBS: Não conseguimos discutir o tema proposto para essa semana, discutiremos na próxima semana.</p><p>84</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>7º Dia: ( Data: 02/09/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>Não compareci à ESF neste dia.</p><p>Tema da semana</p><p>RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>“A arte da medicina está em observar. Curar algumas vezes, aliviar muitas vezes, consolar sempre.”</p><p>(Hipócrates)</p><p>A relação médico-paciente passou por muitas transformações. Nos primórdios da medicina o aspecto religioso estava</p><p>intimamente relacionado à figura do médico, sendo visto de maneira dogmática, muitas vezes promovido a um “ser</p><p>superior” em relação ao paciente. Com o passar do tempo, essa perspectiva tornou-se defasada, e a relação</p><p>médico-paciente passou a ser próxima e cuidadosa, surgiu a médico de cabeceira, o médico que é amigo, que</p><p>compartilha alegria e tristezas, que aconselha, que cuida mesmo com o restrito conhecimento biológico da época.</p><p>O INDIVÍDUO COMO UM TODO</p><p>A construção da relação</p><p>médico-paciente nasce da abordagem utilizada pelo profissional, devendo imprimir</p><p>características humanas, subjetivas, de uma forma natural. Não deve-se limitar à objetividade das tecnologias. Deve</p><p>também usar de sua anamnese para que, através das queixas relatadas pelo doente e também procurando conhecer o</p><p>estilo de vida do indivíduo, desenvolva o tratamento mais eficaz. Já que a relação é um aspecto chave para a melhoria</p><p>da qualidade do serviço, deve-se buscar a personalização da assistência humanizada do atendimento e o direito à</p><p>informação, assim como o consentimento informado.</p><p>A MEDICINA DO SEU TEMPO</p><p>O grande início das mudanças foi com Abraham Flexner (1866-1959), que redigiu um famoso relatório que leva seu</p><p>nome em 1910 e que revolucionou a educação médica americana e europeia desde então. Com a fragmentação da</p><p>medicina ele criou a residência médica e consequentemente as especializações. Isso contribuiu muito no</p><p>conhecimento específico e desenvolvimento de técnicas mais eficientes, elaboração de medicamentos altamente</p><p>eficazes, diagnósticos precisos e danos menos nocivos. No entanto, a especialização deixou de considerar a pessoa</p><p>85</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>como um todo, restringindo-se apenas à efemeridade e não ao cuidado para com o paciente, desconsiderando sua</p><p>opinião e sua vontade.</p><p>O fator mais relevante na dinâmica atual da relação médico-paciente diz respeito à autonomia e busca do</p><p>conhecimento por parte do efêmero. Com a propagação da informação em massa, isso tornou-se cada vez mais</p><p>possível, ou seja, o paciente não se comporta mais passivamente frente ao diagnóstico - ele busca conhecer as causas,</p><p>sintomas e tratamento por meio da internet, jornais, televisão e revistas.</p><p>Cada vez mais, o mercado demanda o desenvolvimento de competências do médico para a adequação do tratamento</p><p>ao tipo de cada paciente. A mudança no currículo das escolas de Medicina vem estimulando essa habilidade desde o</p><p>início da formação médica.</p><p>O MÉDICO SEM JALECO</p><p>Para criar uma boa relação médico-paciente se faz necessário que o médico se coloque no lugar do paciente para que</p><p>compreenda pelo que o doente está passando. Há médicos que enquanto pacientes relataram a experiência da própria</p><p>doença, como o neurologista Oliver Sacks (1991). Ele conta que, em certa ocasião, fraturou uma das pernas.</p><p>Transformar-se de médico em paciente isso significou: “... a sistemática despersonalização que se vive quando se é</p><p>paciente. As próprias vestes são substituídas por roupas brancas padronizadas e, como identificação, um simples</p><p>número. A pessoa fica totalmente dependente das regras da instituição, se perde muito dos seus direitos, não se é</p><p>mais livre”.</p><p>O PACIENTE FAZENDO SUA PARTE</p><p>É importante definir os conceitos, da prática médica, de hospitalar e extra-hospitalar levantados por Balint. O primeiro</p><p>é a relação médico-paciente direta que acontece dentro de hospitais e clínicas, durante as consultas; o segundo é</p><p>relação continuada, indiretamente, feita apenas pelo paciente. É a chamada atenção primária à saúde.</p><p>A atenção primária à saúde leva em conta o diagnóstico do médico e a sociedade e cultura do paciente, para moldar o</p><p>tratamento mais efetivo e a partir deste uma relação médico-paciente mais humanizada. Em resumo ela é a busca</p><p>pelo tratamento mais viável (está disponível? há recursos?) e mais aceito pelo paciente (levando em conta como o</p><p>paciente vê a si mesmo e sua doença). Pois é inútil os esforços dentro dos hospitais e clínicas se não houver esforços</p><p>e recursos também no dia a dia do paciente.</p><p>86</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>MODELOS DE RELAÇÃO MÉDICO - PACIENTE</p><p>Veatch e Cois, propuseram, em 1972, quatro modelos de relação.</p><p>1. modelo sacerdotal</p><p>2. modelo engenheiro</p><p>3. modelo colegial</p><p>4. modelo contratualista</p><p>Modelo Sacerdotal: baseado na tradição hipocrática, o médico assume uma postura paternalista com relação do</p><p>paciente, passando a comandar, verdadeiramente, em todos os seus passos, o tratamento, não levando em</p><p>consideração a opinião do paciente.</p><p>MÉDICO > paciente</p><p>Modelo Engenheiro: este, ao contrário do sacerdotal, transfere todo o poder de decisão para o paciente.</p><p>Médico < PACIENTE</p><p>Modelo Colegial: o modelo colegial demonstra um poder compartilhado, de forma igualitária, entre o médico e seu</p><p>paciente.</p><p>Médico⇔ Paciente</p><p>Modelo Contratualista: neste modelo o médico preserva a sua autoridade e tem a responsabilidade das decisões</p><p>técnicas. Já ao paciente compete uma participação ativa neste processo de decisões.</p><p>MÉDICO⇔ PACIENTE</p><p>Empatia, Relação Médico-paciente e Formação em Medicina: um Olhar Qualitativo</p><p>Do ponto de vista histórico, provavelmente, a relação médico-paciente (RMP) surgiu juntamente com a medicina</p><p>hipocrática, cuja meta era o puro benefício humano, tendo em vista a pessoa e não simplesmente a doença (nosos),</p><p>per se1 . Segundo Suchman , a RMP é constituída de processos psicossociais complexos de relação, regulados</p><p>finamente entre estes dois atores. Vieira afirma que as interações entre paciente e médico não estão relacionadas</p><p>apenas com a satisfação durante a visita, que, por si só, é complexa, mas também com a adesão ao tratamento.</p><p>87</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Entre os vários aspectos que compõem a relação médico paciente, a empatia merece destaque. Hojat nos alerta que a</p><p>palavra empatia carrega em si um rastro de ambiguidade e dificuldades conceituais. Aplicada à área médica, este</p><p>estudo adota a definição de Rogers , em que a empatia envolve um sentimento de sensibilização pelas mudanças</p><p>sentidas e refletidas, momento a momento, pela outra pessoa. Para Davis , empatia é um processo psicológico</p><p>conduzido por mecanismos afetivos, cognitivos e comportamentais frente à observação da experiência do outro.</p><p>Avaliação da empatia médica na percepção de médicos e pacientes em contextos público e privado de</p><p>saúde</p><p>Alguns estudos têm sugerido que atributos, como a sensibilidade na percepção de sentimentos do paciente, a</p><p>empatia, a capacidade de ser continente para as emoções do paciente, bem como a escuta, influenciam na construção</p><p>de uma relação médico-paciente favorável ao tratamento. Para Larson e Yao, a empatia pode ser considerada o</p><p>símbolo do cuidado do profissional de saúde em relação ao seu paciente.</p><p>Motivos da não adesão ao tratamento médico prescrito entre os idosos de uma unidade de saúde da</p><p>família do município de Passo Fundo - RS</p><p>Adesão ao tratamento</p><p>O termo “adesão ao tratamento” deve ser visto como uma atividade conjunta, na qual o paciente não apenas obedece</p><p>às orientações médicas, mas entende, concorda com e segue a prescrição estabelecida. Significa que deve existir uma</p><p>“aliança terapêutica” entre médico e paciente, na qual são reconhecidas não apenas as responsabilidades específicas</p><p>de cada um no processo, mas de todos que estão envolvidos (direta ou indiretamente) no tratamento.</p><p>88</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>A adesão ao tratamento envolve:</p><p>– Ações preventivas.</p><p>– Comparecimento às consultas agendadas.</p><p>– Seguimento de orientações de autocuidado.</p><p>– Administração das medicações na forma que foram prescritas.</p><p>– A mudança no estilo de vida.</p><p>Não Adesão ao tratamento</p><p>– Não seguimento das orientações, causando efeitos danosos à saúde ou redução da efetividade das medicações</p><p>prescritas.</p><p>– A baixa adesão consiste em um problema mundial.</p><p>Por que os pacientes não seguem as orientações?</p><p>– Esquecimento: gostariam de tomar mas esquecem.</p><p>– Discordam do diagnóstico ou regime terapêutico.</p><p>– Deliberadamente tomam mais ou menos do recomendado.</p><p>E como avaliar a adesão?</p><p>Avalia-se a adesão através do:</p><p>– Relato do paciente.</p><p>– Contagem dos comprimidos.</p><p>– Dosagem urinária ou sanguínea da medicação.</p><p>– Auto - relato como estimativa da adesão.</p><p>Estratégias na adesão</p><p>– Orientação fornecida ao paciente.</p><p>– Redução do número de doses diárias de medicação.</p><p>– Comunicação médico-paciente.</p><p>– Monitoramento eletrônico.</p><p>– Estímulo ao apoio do cuidador e ao autocuidado.</p><p>– Intervenção psicológica.</p><p>89</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Redes de Atenção à Saúde (RAS)</p><p>Uma</p><p>rede de ações e serviços</p><p>Um serviço de saúde está integrado em uma rede, sozinho ele não conseguirá resolver as demandas que chegam a seu</p><p>serviço e que terá que contar com outros serviços de saúde (de menor ou maior complexidade), ou outras redes.</p><p>O funcionamento de cada uma dessas redes é fundamental para o desempenho do sistema de saúde.</p><p>Uma rede de atenção à saúde constitui-se de um conjunto de unidades, de diferentes funções e perfis de atendimento,</p><p>que operam de forma ordenada e articulada no território, de modo a atender as necessidades de saúde de uma</p><p>população.</p><p>Todos se integram como Saúde, pode ser:</p><p>“São arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas que, integradas por</p><p>meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado.”</p><p>Sistemas de apoio ⇨ técnico, logístico e gestão</p><p>90</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Sistemas de apoio</p><p>→ Centro de comunicação (Atenção Primária à Saúde).</p><p>→ Pontos de atenção (secundária e terciária).</p><p>→ Sistemas de apoio (diagnóstico e terapêutico, de assistência farmacêutica, de teleassistência e de informação em</p><p>saúde).</p><p>→ Sistemas logísticos (registro eletrônico em saúde, prontuário clínico, sistemas de acesso regulado à atenção e</p><p>sistemas de transporte em saúde).</p><p>→ Sistema de governança (da rede de atenção à saúde).</p><p>As redes integram ações de forma individual ou coletiva, voltadas para ações de promoção, prevenção, diagnóstico,</p><p>tratamento e acompanhamento dos principais problemas de saúde que acometem uma população de referências,</p><p>assim como uma diversificação de unidades.</p><p>As Redes organizam-se por meio de pontos de atenção à saúde, ou seja, locais onde são ofertados serviços de saúde</p><p>que determinam a estruturação dos pontos de atenção secundária e terciária. Nas RAS o centro de comunicação é a</p><p>Atenção Primária à Saúde (APS), sendo esta a ordenadora do cuidado.</p><p>91</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Os usuários são encaminhados e atendidos em unidades mais complexas do sistema quando necessário e que possam</p><p>retornar a sua unidade de origem (correspondendo ao nível mais básico do sistema).</p><p>A rede não funciona de forma isolada, responsabilizando-se conjuntamente pelo acesso, atenção integral e</p><p>continuidade do cuidado à saúde das pessoas.</p><p>Características da RAS</p><p>a) Formar relações horizontais entre os diferentes pontos de atenção,</p><p>b) Atenção Primária à Saúde como centro de comunicação;</p><p>c) Planejar e organizar as ações segundo as necessidades de saúde de uma população específica;</p><p>d) Ofertar atenção contínua e integral;</p><p>e) Cuidado multiprofissional;</p><p>f) Compartilhar objetivos e compromissos com os resultados, em termos sanitários e econômicos.</p><p>POR QUE IMPLANTAR RAS?</p><p>• Diminuir a fragmentação histórica do sistema de saúde.</p><p>• Evitar concorrência entre os serviços.</p><p>• Promover a orientação dos usuários.</p><p>•Uso adequado de recursos (diminuição dos custos).</p><p>• Promover o segmento horizontal dos usuários (aumento da prevalência das doenças crônicas).</p><p>•Forma organizativa que permita monitoramento e avaliação.</p><p>92</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h): O objetivo é diminuir as filas nos prontos-socorros dos hospitais,</p><p>evitando que casos que possam ser resolvidos nas UPAS, ou unidades básicas de saúde, sejam encaminhados para as</p><p>unidades hospitalares. As UPAs funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana, e podem resolver grande parte das</p><p>urgências e emergências, como pressão e febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame. As UPAs inovam ao oferecer</p><p>estrutura simplificada – com Raio X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação. Nas</p><p>localidades que contam com UPAs, 97% dos casos são solucionados na própria unidade. Quando o paciente chega às</p><p>unidades, os médicos prestam socorro, controlam o problema e detalham o diagnóstico. Eles analisam se é necessário</p><p>encaminhar o paciente a um hospital ou mantê-lo em observação por 24h.</p><p>Serviço de Atendimento Móvel às Urgências (SAMU 192): Ao discar o número 192, o cidadão estará ligando</p><p>para uma central de regulação que conta com profissionais de saúde e médicos treinados para dar orientações de</p><p>primeiros socorros por telefone. São estes profissionais que definem o tipo de atendimento, ambulância e equipe</p><p>adequada a cada caso. Há situações em que basta uma orientação por telefone. O SAMU/192 atende pacientes na</p><p>residência, no local de trabalho, na via pública, ou seja, através do telefone 192 o atendimento chega ao usuário onde</p><p>este estiver. SAMU 192 e UPA 24h trabalham integrados no atendimento às urgências e emergências.</p><p>São Redes Temáticas de Atenção à Saúde:</p><p>► Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil - Rede Cegonha : Rede Materno-Infantil Visa</p><p>garantir o fluxo adequado para o atendimento ao planejamento sexual e reprodutivo,</p><p>pré-natal, parto e nascimento, puerpério e primeira infância com o objetivo de qualificar a</p><p>assistência e enfrentar a mortalidade materna, infantil e fetal. Está vinculada ao programa</p><p>federal denominado Rede Cegonha, ao programa estadual Primeira Infância Melhor (PIM) e a</p><p>outros financiamentos estaduais como: Ambulatório de Gestante de Alto Risco (AGAR),</p><p>Ambulatório de Egressos de UTI neonatal, incentivo estadual para atendimento de alto risco e</p><p>casa da gestante, entre outros.</p><p>► Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE): Tem a finalidade de ampliar e</p><p>qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência e</p><p>emergência de forma ágil e oportuna. A Rede está organizada em dois componentes: o</p><p>pré-hospitalar (móvel e fixo) e o hospitalar.</p><p>► Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas: Rede de Atenção às Pessoas com</p><p>Condições Crônicas vem sendo pensada a partir de diferentes tecnologias, estruturadas em serviços</p><p>93</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>territorializados, construídos da seguinte forma: Serviços Assistenciais em Oncologia, Linha de Cuidado de Sobrepeso</p><p>e Obesidade.</p><p>► Rede de Atenção Psicossocial: A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), tem o objetivo de</p><p>acolher e acompanhar as pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades</p><p>decorrentes do uso de álcool e outras drogas no âmbito do SUS.</p><p>Os CAPS nas suas diferentes modalidades são pontos de atenção estratégicos da RAPS: serviços de saúde de caráter</p><p>aberto e comunitário constituídos por equipe multiprofissional que atua sob a ótica interdisciplinar e realiza</p><p>prioritariamente atendimento às pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e às pessoas com sofrimento</p><p>ou transtorno mental em geral, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras</p><p>drogas, em sua área territorial, sejam em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial (Brasil,</p><p>2011) e são substitutivos ao modelo asilar.</p><p>Os CAPS têm papel estratégico na articulação da RAPS, tanto no que se refere à atenção direta visando à promoção</p><p>da vida comunitária e da autonomia dos usuários, quanto na ordenação do cuidado, trabalhando em conjunto com as</p><p>Equipes de Saúde da Família e Agentes Comunitários de Saúde, articulando e ativando os recursos existentes em</p><p>outras redes, assim como nos territórios.</p><p>CAPS I: Atende pessoas de todas as faixas etárias que apresentam prioritariamente intenso sofrimento psíquico</p><p>decorrente de transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias</p><p>psicoativas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida.</p><p>Indicado para municípios ou regiões de saúde com população acima de 15.000 (quinze mil) habitantes.</p><p>CAPS II: Atende prioritariamente pessoas em intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves</p><p>e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e outras situações clínicas que</p><p>impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida. Indicado para municípios ou regiões de saúde com</p><p>população acima de 70.000 (setenta mil) habitantes.</p><p>94</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>CAPS III: Atende prioritariamente pessoas em intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves</p><p>e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e outras situações clínicas que</p><p>impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida. Proporciona serviços de atenção contínua, com</p><p>funcionamento vinte e quatro horas, incluindo feriados e finais de semana, ofertando retaguarda clínica e acolhimento</p><p>noturno a outros serviços de saúde mental, inclusive CAPS AD. Indicado para municípios ou regiões de saúde com</p><p>população acima de 150.000 (cento e cinquenta mil) habitantes.</p><p>CAPSi: Atende crianças e adolescentes que apresentam prioritariamente intenso sofrimento psíquico decorrente de</p><p>transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e outras</p><p>situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida. Indicado para municípios ou</p><p>regiões com população acima de 70.000 (setenta mil) habitantes.</p><p>CAPS ad II: Serviço de atenção psicossocial para atendimento de pacientes com transtornos decorrentes do uso e</p><p>dependência de substâncias psicoativas, com capacidade operacional para atendimento em municípios ou regiões com</p><p>população superior a 70.000 (setenta mil) habitantes.</p><p>CAPS ad III: Atende pessoas de todas as faixas etárias que apresentam intenso sofrimento psíquico decorrente do</p><p>uso de crack, álcool e outras drogas. Proporciona serviços de atenção contínua, com funcionamento vinte e quatro</p><p>horas, incluindo feriados e finais de semana, ofertando retaguarda clínica e acolhimento noturno. Indicado para</p><p>municípios ou regiões com população acima de 150.000 (cento e cinquenta mil) habitantes.</p><p>Referência: BRASIL. Ministério da Saúde. As Redes de Atenção em Saúde – RAS.</p><p>95</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Qual o objetivo?</p><p>Promover a integração sistêmica de ações e serviços de saúde com provisão de atenção contínua, integral, de</p><p>qualidade, responsável e humanizada. Bem como incrementar o desempenho do Sistema, em termos de acesso,</p><p>equidade, eficácia clínica e sanitária e eficiência econômica.</p><p>Características da RAS:</p><p>a) Formar relações horizontais entre os pontos de atenção com o centro de comunicação na APS.</p><p>b) Planejar e organizar as ações segundo as necessidades em saúde de uma população específica.</p><p>c) Oferecer atenção contínua e integral.</p><p>d) Cuidado multiprofissional.</p><p>e) Compartilhar objetivos e compromissos com os resultados sanitários e econômicos.</p><p>Por que implantar RAS?</p><p>– Diminuir a fragmentação histórica do sistema de saúde.</p><p>– Evitar concorrência entre os serviços.</p><p>– Promover a orientação dos usuários.</p><p>– Uso adequado de recursos (diminuição dos custos).</p><p>– Promover o segmento horizontal dos usuários (aumento da prevalência das doenças crônicas).</p><p>– Forma organizativa que permita monitoramento e avaliação.</p><p>São Redes Temáticas de Atenção à Saúde:</p><p>→ Rede Cegonha – Rede de atenção à saúde materna e infantil.</p><p>→ Rede de atenção psicossocial – RAPS</p><p>→ Rede de Atenção às Urgências e Emergências – RUE</p><p>→ Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas.</p><p>→ Rede de cuidado à pessoa com deficiência</p><p>7</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>► Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil - Rede Cegonha:</p><p>Rede Materno-Infantil que visa garantir o fluxo adequado para o atendimento ao planejamento sexual e reprodutivo,</p><p>pré-natal, parto e nascimento, puerpério e primeira infância com o objetivo de qualificar a assistência e enfrentar a</p><p>mortalidade materna, infantil e fetal. Está vinculada ao programa federal denominado Rede Cegonha, ao programa</p><p>estadual Primeira Infância Melhor (PIM) e a outros financiamentos estaduais como: Ambulatório de Gestante de Alto</p><p>Risco (AGAR), Ambulatório de Egressos de UTI neonatal, incentivo estadual para atendimento de alto risco e casa da</p><p>gestante, entre outros.</p><p>► Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE):</p><p>Tem a finalidade de ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência e</p><p>emergência de forma ágil e oportuna. A Rede está organizada em dois componentes: o pré hospitalar (móvel e fixo) e o</p><p>hospitalar. As diretrizes da RUE estão definidas na Portaria GM/MS no 1.600/2011.</p><p>► Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas:</p><p>Rede de Atenção às Pessoas com Condições Crônicas vem sendo pensada a partir de diferentes tecnologias,</p><p>estruturadas em serviços territorializados, construídos da seguinte forma: Serviços Assistenciais em Oncologia, Linha</p><p>de Cuidado de Sobrepeso e Obesidade.</p><p>► Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência:</p><p>A Saúde da Pessoa com Deficiência (SPD) no SUS busca proporcionar atenção integral à saúde dessa população, desde</p><p>a APS até a reabilitação, incluindo o fornecimento de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção, quando</p><p>necessário. O objetivo é proteger a saúde e reabilitar as pessoas com deficiência em relação a suas capacidades</p><p>funcionais (física, auditiva, intelectual e visual). A criação da Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência</p><p>(Portaria MS/SAS no 1.060/2002) oportunizou a implantação das Redes Estaduais de Assistência à Pessoa com</p><p>Deficiência, em especial às ações de reabilitação, através de legislações específicas para habilitação de Serviços de</p><p>Modalidade Única, ou seja, habilitados para atender apenas uma área de deficiência: auditiva, física, intelectual ou</p><p>visual.</p><p>► Rede de Atenção Psicossocial:</p><p>A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), criada pela Portaria GM/MS no 3.088/2011, tem o objetivo de acolher e</p><p>acompanhar as pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de álcool e</p><p>outras drogas no âmbito do SUS.</p><p>Referência:</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. As Redes de Atenção em Saúde – RAS.</p><p>8</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>4º Dia (data: 11/03/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>Primeiro, discutimos sobre o tema proposto na semana. Em seguida, fomos fazer visitas em 3 residências.</p><p>VISITA I:</p><p>O paciente S.C.S queixou-se de dor no quadril, no joelho, braço adormecido, dor no peito,teve AVC. Ele é viúvo, tem 88</p><p>anos, 10 filhos, 2 morreram. Estava com a pressão alta: 170X100 mmHg. Nega bebida e diabete.</p><p>VISITA II: I.</p><p>Fomos na casa da paciente, aferimos a pressão arterial que neste dia estava 90 X 60 mmHg. Ela toma losartana.</p><p>Fizemos anamnese da paciente. Ela possui 3 filhos. Os três foram cesária. Ela reside em Tupi Paulista, mas já morou</p><p>em Nova Guataporanga. Trabalhou como doméstica, na roça; hoje ela é aposentada. Estudou até o ginásio.</p><p>A paciente possui: Aneurisma, tireóide, diabetes, hérnia de disco, colite/diverticulite,tendinite e artrite. Ela fez uma</p><p>cirurgia para retirar um mioma no útero.</p><p>VISITA III: F.T.G</p><p>Fomos na casa da paciente, aferimos a pressão, que neste dia estava 130X80 mmHg, fizemos anamnese dela. Ela</p><p>possui 2 filhos (casal). Os dois foram cesária. Ela estudou até a 1ª série, não sabe ler. Trabalhou na roça, mas hoje é</p><p>aposentada. Ela operou de um calo que tinha no pé.</p><p>Tema da semana</p><p>Programas Nacionais na Atenção Básica, nova PNAB (2017, com</p><p>complemento da Portaria de atualização 2020.</p><p>Objetivo – A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) visa a prestação de serviços básicos à família num território</p><p>definido e socialmente controlado, cabendo a sua implementação a um grupo profissional (trabalhadores de cuidados</p><p>primários e agentes comunitários de saúde) em função das necessidades da comunidade em causa. .</p><p>Composição da PNAB:</p><p>A PNAB é composta por: Médico, técnico de enfermagem, agentes comunitário da saúde, cirurgiões dentista (Na ESF</p><p>não é obrigatório) e técnico em saúde bucal ou Auxiliar em saúde bucal.</p><p>9</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>A atenção primária é caracterizada por um conjunto de ações médicas, nos níveis individual e coletivo, incluindo</p><p>promoção e proteção da saúde, prevenção de problemas de saúde, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de</p><p>riscos e manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver soluções globais. Os cuidados têm impacto nos</p><p>resultados de saúde e na independência das pessoas, bem como nos fatores e condições que determinam a saúde nas</p><p>comunidades.</p><p>Referência:</p><p>POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA (PNAB): PRINCÍPIOS E DIRETRIZES – UNA-SUS; Biblioteca Virtual em</p><p>Saúde- Ministério da Saúde</p><p>5º Dia (Data: 18/03/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>Nós não conseguimos discutir sobre o tema proposto na semana, devido ao fato de que estávamos em época de prova</p><p>e precisávamos estudar. O tema será discutido na próxima semana. Depois fomos fazer visita, porém conseguimos</p><p>fazer visita em uma residência apenas.</p><p>A paciente estava bem, a pressão estava boa. A gente conversou com a paciente e depois voltamos para a ESF.</p><p>6º Dia (Data: 25/03/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>Chegamos na ESF e discutimos o tema que foi proposto para essa semana. Depois fomos para as visitas.</p><p>VISITA I:</p><p>O paciente S.C.S, estava bem, estava bem mais feliz. A pressão dele estava 110X60.</p><p>VISITA II: F.T.G</p><p>A paciente estava bem, passou bem a semana. A pressão dela estava um pouco alta (140X80), porém por ela ser</p><p>hipertensa, estava boa.</p><p>VISITA III:</p><p>A paciente estava bem, sem nenhuma queixa específica.</p><p>10</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Tema da semana</p><p>PNPS/Princípios fundamentais de uma anamnese e exame físico e novos</p><p>termos médicos assimilados.</p><p>Anamnese</p><p>Anamnese (do grego aná –trazer de novo + mnesis –memória) significa trazer de volta à mente todos os fatos</p><p>relacionados com a doença e o paciente.</p><p>A anamnese, se bem-feita, culmina em decisões diagnósticas e terapêuticas corretas; se malfeita, em contrapartida,</p><p>desencadeia uma série de consequências negativas, as quais não podem ser compensadas com a realização de exames</p><p>complementares, por mais sofisticados que sejam.</p><p>Em essência, a anamnese é uma entrevista, e o instrumento de que nos valemos é a palavra falada. É óbvio que, em</p><p>situações especiais (pacientes surdos ou pacientes</p><p>com dificuldades de sonorização), dados da anamnese podem ser</p><p>obtidos por meio da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), da palavra escrita ou mediante tradutor (acompanhante</p><p>e/ou cuidador que compreenda a comunicação do paciente).</p><p>11</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Elementos componentes da anamnese</p><p>A anamnese é classicamente desdobrada nas seguintes partes: identificação, queixa principal, história de doença atual</p><p>(HDA), interrogatório sintomatológico (IS), antecedentes pessoais e familiares, hábitos e estilo de vida, condições</p><p>socioeconômicas e culturais.</p><p>Identificação</p><p>A identificação é o perfil sociodemográfico do paciente que permite a interpretação de dados individuais e</p><p>coletivos. Apresenta múltiplos interesses; o primeiro deles é de iniciar o relacionamento com o paciente, saber o</p><p>nome de uma pessoa é indispensável para que se comece um processo de comunicação em nível afetivo.</p><p>Elementos obrigatórios:</p><p>♡ Nome.</p><p>♡ Idade.</p><p>♡ Sexo/gênero.</p><p>♡ Cor/etnia.</p><p>♡ Estado civil.</p><p>♡ Profissão.</p><p>♡ Naturalidade.</p><p>♡ Procedência (residência anterior).</p><p>♡ Residência (atual).</p><p>♡ Religião.</p><p>Queixa principal ou motivo da consulta</p><p>É o motivo da consulta. Sintomas ou problemas que motivaram o paciente a procurar atendimento médico.</p><p>É uma afirmação breve e espontânea, geralmente um sinal ou um sintoma, nas próprias palavras da pessoa que</p><p>expressa o motivo da consulta. Pode ser uma anotação entre aspas para indicar que se trata das palavras exatas do</p><p>paciente.</p><p>História da doença atual</p><p>A história da doença atual (HDA) é um registro cronológico e detalhado do motivo que levou o paciente a procurar</p><p>assistência médica, desde o seu início até a data atual.</p><p>12</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Interrogatório sintomatológico</p><p>Avaliação detalhada dos sintomas de cada sistema corporal. Complementar a HDA e avaliar práticas de promoção à</p><p>saúde. A principal utilidade prática do interrogatório sintomatológico reside no fato de permitir ao médico levantar</p><p>possibilidades e reconhecer enfermidades que não guardam relação com o quadro sintomatológico registrado na HDA.</p><p>Em outras ocasiões, é no interrogatório sintomatológico que se origina a suspeita diagnóstica mais</p><p>importante.</p><p>Outra importante função do interrogatório sintomatológico é avaliar práticas de promoção à saúde.</p><p>Antecedentes pessoais e familiares</p><p>É a avaliação do estado de saúde passado e presente do paciente, conhecendo os fatores pessoais e familiares que</p><p>influenciam seu processo saúde-doença.</p><p>Hábitos e estilo de vida</p><p>Este item, muito amplo e heterogêneo, documenta hábitos e estilo de vida do paciente e está desdobrado nos</p><p>seguintes tópicos: alimentação; ocupação atual e ocupações anteriores; atividades físicas; hábitos.</p><p>Condições socioeconômicas e culturais</p><p>As condições socioeconômicas e culturais avaliam a situação financeira, vínculos afetivos familiares, filiação religiosa</p><p>e crenças espirituais do paciente, bem como condições de moradia e grau de escolaridade.</p><p>Este item está desdobrado em:</p><p>■ Habitação.</p><p>■ Condições socioeconômicas.</p><p>■ Condições culturais.</p><p>■ Vida conjugal e relacionamento familiar.</p><p>Exame físico</p><p>Ao exame físico, a maioria dos pacientes sente-se ansiosa por se sentir exposta, apreensiva por receio de sentir dor e</p><p>amedrontada em relação ao que o médico possa encontrar.</p><p>Para obter os dados do exame físico, é preciso utilizar os sentidos – visão, olfato, tato e audição. As habilidades</p><p>necessárias ao exame físico são:</p><p>■ Inspeção.</p><p>■ Palpação.</p><p>■ Percussão.</p><p>■ Ausculta.</p><p>13</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Precauções para realização do exame físico</p><p>14</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>INSPEÇÃO</p><p>É a exploração feita a partir do sentido da visão. Investigam-se a superfície corporal e as partes mais acessíveis das</p><p>cavidades em contato com o exterior.</p><p>A inspeção começa no momento em que se entra em contato com o paciente, realizando-se uma “inspeção inicial”,</p><p>procurando vê-lo em sua totalidade e atento para não deixar de ver algo que “salta à vista”.</p><p>PALPAÇÃO</p><p>A palpação frequentemente confirma pontos observados durante a inspeção.</p><p>A palpação recolhe dados por meio do tato e da pressão. O tato fornece impressões sobre a parte mais superficial, e a</p><p>pressão, sobre as mais profundas.</p><p>Pela palpação percebem-se modificações de textura, temperatura, umidade, espessura, consistência, sensibilidade,</p><p>volume, dureza, além da percepção de frêmito, elasticidade, reconhecimento de flutuação, crepitações, vibração, pulsação</p><p>e verificação da existência de edema e vários outros fenômenos.</p><p>PERCUSSÃO</p><p>A percussão baseia-se no seguinte princípio: ao se golpear um ponto qualquer do corpo, originam-se vibrações que têm</p><p>características próprias quanto a intensidade, timbre e tonalidade, dependendo da estrutura anatômica percutida.</p><p>Deve-se observar não apenas o som obtido, mas também a resistência oferecida pela região golpeada.</p><p>AUSCULTA</p><p>A inclusão da ausculta com estetoscópio no exame clínico, na primeira metade do século XIX, foi um dos maiores avanços</p><p>da medicina desde Hipócrates.</p><p>Laennec construiu o aparelho protótipo, dando-lhe o nome de estetoscópio, da língua grega (sthetos = peito e skopeo =</p><p>examinar).</p><p>15</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Referência:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527734998/epubcfi/6/66[%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter0</p><p>07]!/4/316/2/3:141[son%2Cs.]</p><p>16</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527734998/epubcfi/6/66[%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter007]!/4/316/2/3:141[son%2Cs</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527734998/epubcfi/6/66[%3Bvnd.vst.idref%3Dchapter007]!/4/316/2/3:141[son%2Cs</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>7º Dia: ( Data: 01/04/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>Chegamos na ESF, fizemos a discussão do tema que foi proposto para essa semana e depois fomos para as visitas</p><p>domiciliares. Os 3 pacientes estavam bem.</p><p>Tema da semana</p><p>Modelos de Políticas de Saúde (PNH,PNHAH, PNI) / Classificação de risco</p><p>para efetiva operacionalização da PNH</p><p>Modelos de Políticas de Saúde</p><p>As principais políticas públicas de saúde no Brasil estão ligadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), criado em 1990</p><p>pela Lei nº 8.080. Este sistema se destaca por programas de saúde reconhecidos mundialmente, como:</p><p>→ Estratégia Saúde da Família: Promove atendimento integral à família na atenção básica, com equipes</p><p>multidisciplinares que atuam na prevenção de doenças, contribuindo para a redução da mortalidade infantil e doenças</p><p>cardiovasculares.</p><p>→ Programa Nacional de Imunizações: Oferece vacinas gratuitas contra diversas doenças, incluindo febre</p><p>amarela e gripe, e é reconhecido internacionalmente por sua eficácia e cobertura vacinal.</p><p>→ Controle da AIDS: Desde 2013, o Brasil disponibiliza terapia antirretroviral gratuitamente pelo SUS, reduzindo a</p><p>disseminação do HIV.</p><p>→ Sistema Nacional de Transplantes: O Brasil possui o maior sistema público de transplantes do mundo,</p><p>realizando a maioria dos transplantes via SUS e fornecendo medicamentos e acompanhamento necessários aos</p><p>pacientes.</p><p>→ Programa Nacional de Controle ao Tabagismo: Criado em 1986, reduziu significativamente a prevalência de</p><p>fumantes no país, através de ações educativas, legislativas e econômicas.</p><p>Classificação de risco para efetiva operacionalização da PNH</p><p>Acolhimento com Classificação de Risco</p><p>A Classificação de Risco é um processo dinâmico de identificação dos pacientes que necessitam de tratamento</p><p>imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento.</p><p>17</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Objetivos da Classificação de Risco</p><p>→ Avaliar o paciente logo na sua chegada ao Pronto-Socorro humanizando o atendimento.</p><p>→ Descongestionar o Pronto-Socorro.</p><p>→ Reduzir o tempo para o atendimento médico, fazendo com que o paciente seja visto precocemente de acordo com</p><p>a sua gravidade.</p><p>→ Determinar a área de atendimento primário, devendo o paciente ser encaminhado diretamente às especialidades</p><p>conforme protocolo. Exemplo: ortopedia, ambulatórios, etc.</p><p>→ Informar os tempos de espera.</p><p>→ Promover ampla informação sobre o serviço aos usuários.</p><p>→</p><p>Retornar informações a familiares.</p><p>Política Nacional de Humanização (PNH)</p><p>Lançada em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH) busca pôr em prática os princípios do SUS no cotidiano</p><p>dos serviços de saúde, produzindo mudanças nos modos de gerir e cuidar.</p><p>A PNH estimula a comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários para construir processos coletivos de</p><p>enfrentamento de relações de poder, trabalho e afeto que muitas vezes produzem atitudes e práticas desumanizadoras</p><p>que inibem a autonomia e a corresponsabilidade dos profissionais de saúde em seu trabalho e dos usuários no cuidado</p><p>de si.</p><p>Princípios</p><p>Transversalidade</p><p>A Política Nacional de Humanização deve se fazer presente e estar inserida em todas as políticas e programas do SUS.</p><p>A PNH busca transformar as relações de trabalho a partir da ampliação do grau de contato e da comunicação entre as</p><p>pessoas e grupos, tirando-os do isolamento e das relações de poder hierarquizadas. Transversalizar é reconhecer que</p><p>as diferentes especialidades e práticas de saúde podem conversar com a experiência daquele que é assistido. Juntos,</p><p>esses saberes podem produzir saúde de forma mais corresponsável.</p><p>18</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Indissociabilidade entre atenção e gestão</p><p>As decisões da gestão interferem diretamente na atenção à saúde. Por isso, trabalhadores e usuários devem buscar</p><p>conhecer como funciona a gestão dos serviços e da rede de saúde, assim como participar ativamente do processo de</p><p>tomada de decisão nas organizações de saúde e nas ações de saúde coletiva. Ao mesmo tempo, o cuidado e a</p><p>assistência em saúde não se restringem às responsabilidades da equipe de saúde. O usuário e sua rede sociofamiliar</p><p>devem também se corresponsabilizar pelo cuidado de si nos tratamentos, assumindo posição protagonista com</p><p>relação a sua saúde e a daqueles que lhes são caros.</p><p>Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos coletivos</p><p>Qualquer mudança na gestão e atenção é mais concreta se construída com a ampliação da autonomia e vontade das</p><p>pessoas envolvidas, que compartilham responsabilidades. Os usuários não são só pacientes, os trabalhadores não só</p><p>cumprem ordens: as mudanças acontecem com o reconhecimento do papel de cada um. Um SUS humanizado</p><p>reconhece cada pessoa como legítima cidadã de direitos e valoriza e incentiva sua atuação na produção de saúde.</p><p>Diretrizes</p><p>A Política Nacional de Humanização atua a partir de orientações clínicas, éticas e políticas, que se traduzem em</p><p>determinados arranjos de trabalho.</p><p>Acolhimento</p><p>O QUE É?</p><p>Acolher é reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessidade de saúde. O acolhimento deve</p><p>comparecer e sustentar a relação entre equipes/serviços e usuários/ populações. Como valor das práticas de saúde, o</p><p>acolhimento é construído de forma coletiva, a partir da análise dos processos de trabalho e tem como objetivo a</p><p>construção de relações de confiança, compromisso e vínculo entre as equipes/serviços, trabalhador/equipes e usuário</p><p>com sua rede socioafetiva.</p><p>COMO FAZER?</p><p>Com uma escuta qualificada oferecida pelos trabalhadores às necessidades do usuário, é possível garantir o acesso</p><p>oportuno desses usuários a tecnologias adequadas às suas necessidades, ampliando a efetividade das práticas de</p><p>saúde. Isso assegura, por exemplo, que todos sejam atendidos com prioridades a partir da avaliação de</p><p>vulnerabilidade, gravidade e risco.</p><p>19</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Gestão Participativa e cogestão</p><p>O QUE É?</p><p>Cogestão expressa tanto a inclusão de novos sujeitos nos processos de análise e decisão quanto a ampliação das</p><p>tarefas da gestão – que se transforma também em espaço de realização de análise dos contextos, da política em geral</p><p>e da saúde em particular, em lugar de formulação e de pactuação de tarefas e de aprendizado coletivo.</p><p>COMO FAZER?</p><p>A organização e experimentação de rodas é uma importante orientação da cogestão. Rodas para colocar as diferenças</p><p>em contato de modo a produzir movimentos de desestabilização que favoreçam mudanças nas práticas de gestão e de</p><p>atenção.</p><p>A PNH destaca dois grupos de dispositivos de cogestão: aqueles que dizem respeito à organização de um espaço</p><p>coletivo de gestão, que permita o acordo entre necessidades e interesses de usuários, trabalhadores e gestores; e</p><p>aqueles que se referem aos mecanismos que garantem a participação ativa de usuários e familiares no cotidiano das</p><p>unidades de saúde. Colegiados gestores, mesas de negociação, contratos internos de gestão, Câmara Técnica de</p><p>Humanização (CTH), Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), Gerência de Porta Aberta, entre outros, são arranjos de</p><p>trabalho que permitem a experimentação da cogestão no cotidiano da saúde.</p><p>Ambiência</p><p>O QUE É?</p><p>Criar espaços saudáveis, acolhedores e confortáveis, que respeitem a privacidade, propiciem mudanças no processo</p><p>de trabalho e sejam lugares de encontro entre as pessoas.</p><p>COMO FAZER?</p><p>A discussão compartilhada do projeto arquitetônico, das reformas e do uso dos espaços de acordo com as</p><p>necessidades de usuários e trabalhadores de cada serviço é uma orientação que pode melhorar o trabalho em saúde.</p><p>Clínica ampliada e compartilhada</p><p>O QUE É?</p><p>A clínica ampliada é uma ferramenta teórica e prática cuja finalidade é contribuir para uma abordagem clínica do</p><p>adoecimento e do sofrimento, que considere a singularidade do sujeito e a complexidade do processo saúde/doença.</p><p>Permite o enfrentamento da fragmentação do conhecimento e das ações de saúde e seus respectivos danos e</p><p>ineficácia.</p><p>COMO FAZER?</p><p>Utilizando recursos que permitam enriquecimento dos diagnósticos (outras variáveis, além do enfoque orgânico,</p><p>inclusive a percepção dos afetos produzidos nas relações clínicas) e a qualificação do diálogo (tanto entre os</p><p>20</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>profissionais de saúde envolvidos no tratamento quanto destes com o usuário), de modo a possibilitar decisões</p><p>compartilhadas e compromissadas com a autonomia e a saúde dos usuários do SUS.</p><p>Valorização do Trabalhador</p><p>O QUE É?</p><p>É importante dar visibilidade à experiência dos trabalhadores e incluí-los na tomada de decisão, apostando na sua</p><p>capacidade de analisar, definir e qualificar os processos de trabalho.</p><p>COMO FAZER?</p><p>O Programa de Formação em Saúde e Trabalho e a Comunidade Ampliada de Pesquisa são possibilidades que tornam</p><p>possível o diálogo, intervenção e análise do que causa sofrimento e adoecimento, do que fortalece o grupo de</p><p>trabalhadores e do que propicia os acordos de como agir no serviço de saúde. É importante também assegurar a</p><p>participação dos trabalhadores nos espaços coletivos de gestão.</p><p>Defesa dos direitos dos Usuários</p><p>O QUE É?</p><p>Os usuários de saúde possuem direitos garantidos por lei e os serviços de saúde devem incentivar o conhecimento</p><p>desses direitos e assegurar que eles sejam cumpridos em todas as fases do cuidado, desde a recepção até a alta.</p><p>COMO FAZER?</p><p>Todo cidadão tem direito a uma equipe que cuide dele, de ser informado sobre sua saúde e também de decidir sobre</p><p>compartilhar ou não sua dor e alegria com sua rede social.</p><p>Referências</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_humanizacao_pnh_folheto.pdf</p><p>https://www.saude.sp.gov.br/resources/humanizacao/biblioteca/pnh/acolhimento_com_avaliacao_e_classificacao_de_r</p><p>isco.pdf</p><p>https://saude.zelas.com.br/artigos/politicas-publicas</p><p>21</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_humanizacao_pnh_folheto.pdf</p><p>https://www.saude.sp.gov.br/resources/humanizacao/biblioteca/pnh/acolhimento_com_avaliacao_e_classificacao_de_risco.pdf</p><p>https://www.saude.sp.gov.br/resources/humanizacao/biblioteca/pnh/acolhimento_com_avaliacao_e_classificacao_de_risco.pdf</p><p>https://saude.zelas.com.br/artigos/politicas-publicas</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>8º Dia: ( Data: 08/04/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>Chegamos na ESF, fizemos a discussão do tema proposto na semana e depois fomos fazer visita domiciliar dos pacientes.</p><p>Tema da semana</p><p>Ferramentas para trabalhar necessidade de saúde da população (Arco de</p><p>Charles Maguerez – Planejamento Estratégico Situacional e Planejamento</p><p>Estratégico Comunicativo) / Núcleos da Fiocruz / ENSP</p><p>Arco de Charles Maguerez</p><p>O Arco de Charles Maguerez é uma metodologia ativa de aprendizagem que se concentra na solução de problemas reais a</p><p>partir de um ciclo reflexivo. Aplicado à saúde pública, esse modelo incentiva a identificação das necessidades de saúde da</p><p>população a partir da realidade observada, promovendo uma abordagem que parte da prática para a teoria, em um ciclo</p><p>de cinco etapas: observação da realidade, pontos-chave da problemática, teorização, hipóteses de solução e aplicação à</p><p>realidade. Esse método estimula o pensamento crítico e a capacidade analítica, fundamentais para o planejamento e a</p><p>implementação de intervenções eficazes em saúde pública.</p><p>22</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Planejamento Estratégico Situacional (PES)</p><p>O PES utiliza as articulações entre o presente e o futuro e entre o necessário e o possível. Planejar é um processo</p><p>contínuo e, ainda que existam momentos distintos do planejamento, não há separação rígida entre as etapas, que se</p><p>interpenetram. Nesse método de planejamento, o diagnóstico, a execução e a avaliação são indissociáveis. O PES</p><p>considera todos os atores envolvidos e completa seu círculo quando executado, monitorado e avaliado. É baseado na</p><p>análise situacional para a qual alguns conceitos são estruturantes:</p><p>• Ator social – quem declara o problema e se dispõe a enfrentá-lo atuando na realidade individualmente (um</p><p>profissional de saúde, um secretário de saúde, um prefeito) ou coletivamente (equipe de trabalho, associação de</p><p>moradores, sindicato, outros). Para tanto, é fundamental ter controle sobre recursos relevantes, base organizativa</p><p>minimamente estável e um projeto para intervir nessa realidade.</p><p>• Situação – explicitação do contexto onde atores sociais estão em articulação. É um espaço socialmente produzido,</p><p>onde quem planeja desempenhar determinados papéis e intervém na situação (a perspectiva de quem planeja é apenas</p><p>uma das possíveis leituras da situação). A explicação situacional é ação dialogada e proposital entre atores sociais tendo</p><p>as múltiplas dimensões da realidade (política, econômica, ideológica, cultural e ecológica) como referência.</p><p>• Problema – discrepância entre situação real e situação ideal (ou pretendida). Determinada situação configura como</p><p>“problema” quando um ator social (ou vários) a define como inaceitável e passível de ser transformada, portanto, se para</p><p>uma situação não há solução, não configura “problema”. Há duas categorias de problema: bem-estruturado e</p><p>quase-estruturado (mal estruturado).</p><p>23</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>O processamento de problema supõe quatro momentos: explicativo, normativo, estratégico e tático-operacional. A ideia</p><p>de momentos trazida pelo método de PES tem por objetivo superar a lógica de etapas fixas e isoladas, característica do</p><p>planejamento normativo e incrementalista. No escopo do PES, “momento” é a instância repetitiva pela qual passa um</p><p>processo encadeado e contínuo que não tem princípio nem fim bem definidos. Cada problema do plano – e o plano em seu</p><p>conjunto – é desenvolvido em quatro diferentes momentos em cadeia contínua, em qualquer ordem, e cada momento</p><p>compreende os demais. O plano é um compromisso compartilhado por diferentes atores, objetivando intervir na</p><p>situação-problema.</p><p>24</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>25</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Planejamento Estratégico Comunicativo</p><p>Uma importante concepção de planejamento que surge após as vertentes do planejamento estratégico, na década de</p><p>90, é o planejamento comunicativo. Ele representa um contraponto aos enfoques de planejamento estratégico em</p><p>saúde, tendo por referência a Teoria do Agir Comunicativo (TAC), do filósofo alemão Jurgen Habermas.</p><p>Com base na teoria de Habermas, busca-se explorar os elementos comunicativos que, segundo o autor, embora</p><p>presentes na obra de Matus e Testa, encontram-se, ainda, insuficientemente aprofundados.</p><p>26</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>27</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>A reflexão do agir comunicativo deve ser incorporada ao longo do processo de planejamento local. Portanto, ela deve</p><p>propiciar a negociação e a pactuação de ações e de compromissos entre os participantes do planejamento, visando à</p><p>ampliação do potencial de êxito das ações planejadas.</p><p>https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handle/icict/39910/T%C3%A9cnico%20de%20Vigil%C3%A2ncia%20em</p><p>%20Sa%C3%BAde%20v.2%20-%20Planejamento%20em%20sa%C3%BAde.pdf?sequence=2&isAllowed=y</p><p>https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/33878/mod_resource/content/1/un2/top5_1.html</p><p>Núcleos da Fiocruz / ENSP</p><p>A Fiocruz, através de seus diversos núcleos e da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), aplica na prática os</p><p>princípios dessas metodologias de planejamento. Por meio de pesquisa, desenvolvimento tecnológico, produção de</p><p>conhecimento e formação de recursos humanos, a Fiocruz/ENSP trabalha para responder às necessidades de saúde da</p><p>população brasileira, promovendo a equidade e a inclusão social. As atividades desses núcleos estão alinhadas com os</p><p>princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e buscam a integração entre a comunidade científica e os serviços de</p><p>saúde, através de projetos de pesquisa aplicada, vigilância em saúde, controle de doenças e promoção da saúde</p><p>pública.</p><p>28</p><p>https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handle/icict/39910/T%C3%A9cnico%20de%20Vigil%C3%A2ncia%20em%20Sa%C3%BAde%20v.2%20-%20Planejamento%20em%20sa%C3%BAde.pdf?sequence=2&isAllowed=y</p><p>https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handle/icict/39910/T%C3%A9cnico%20de%20Vigil%C3%A2ncia%20em%20Sa%C3%BAde%20v.2%20-%20Planejamento%20em%20sa%C3%BAde.pdf?sequence=2&isAllowed=y</p><p>https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/33878/mod_resource/content/1/un2/top5_1.html</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>9º Dia: ( Data: 15/04/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>Chegamos na ESF, fizemos a discussão do tema proposto na semana e depois fomos fazer visita domiciliar dos</p><p>pacientes. Todos estavam bem.</p><p>Tema da semana</p><p>Aspectos históricos da Reforma Sanitária Brasileira – SUS / Cenários de</p><p>urgência e emergência / Serviços especiais de acessos para o atendimento</p><p>da pessoa ( RAS - SAMU, ambulância UTI, central de regulação de vaga)</p><p>Aspectos históricos da Reforma Sanitária Brasileira – SUS</p><p>A saúde pública no Brasil é resultante de um conjunto de embates políticos e ideológicos e sua compreensão deve</p><p>considerar todo o histórico brasileiro. A saúde nem sempre foi um direito social, ao contrário, esteve, durante anos,</p><p>ligada à condição econômica da população, em outras palavras, o acesso à saúde era para quem poderia pagar.</p><p>Inicialmente, cabe ressaltar como marco histórico o período até 1986 e compreender em como eram atendidas as</p><p>demandas de saúde da população antes do Sistema Único de Saúde bem como foi o processo evolutivo do conceito de</p><p>saúde e sua conformação como um direito social, conforme já apresentado pela autora Ligia Giovanella (2009):</p><p>1923 – Neste ano foi promulgada a Lei Eloy Chaves, que criou as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP). As CAPs</p><p>caracterizavam-se como fundos organizados por empresas, compostos por contribuição dos trabalhadores,</p><p>empregadores e consumidores dos serviços das empresas. O país encontrava-se em um contexto de rápido processo</p><p>de industrialização e acelerada urbanização. A lei teve o intuito de assegurar uma assistência mínima aos</p><p>trabalhadores das fábricas, de modo que pudessem receber pensão em caso de algum acidente ou afastamento do</p><p>trabalho por doença, e uma futura aposentadoria. Este período tornou-se marcante ainda, por trazer para agenda das</p><p>discussões a temática de saúde dos trabalhadores (ESCO).</p><p>1932 – Este período foi caracterizado pelas lutas e reivindicações dos trabalhadores. Como resposta a tais</p><p>reivindicações foram criados os Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs). Estas IAPs passaram a congregar os</p><p>trabalhadores por profissão, ao invés de ser por empresas. Configurou um primeiro sistema nacional de previdência</p><p>social gerido pelo Estado.</p><p>29</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>1965 – Após a unificação dos IAPs, no contexto do regime autoritário de 1964, vencendo as resistências a tal</p><p>unificação por parte das categorias profissionais que tinham institutos mais ricos, foi criado o Instituto Nacional de</p><p>Previdência Social (INPS). Com o INPS, a previdência passou a ter função assistencial e redistributiva. A assistência</p><p>em saúde, limitada ao contingente de trabalhadores com carteira assinada, ficou marcada pela compra de serviços</p><p>assistenciais do setor privado, concretizando o modelo assistencial hospitalocêntrico, curativista e médico-centrado,</p><p>que terá uma forte presença no futuro SUS.</p><p>1977 – Neste ano foi criado o Sistema Nacional de Assistência e Previdência Social (SINPAS), e, dentro dele, o</p><p>Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), que passa a ser o grande órgão</p><p>governamental prestador da assistência médica – basicamente à custa de compra de serviços médico hospitalares e</p><p>especializados do setor privado. Neste período a assistência à saúde também esteve ligada aos trabalhadores com</p><p>carteira assinada.</p><p>1982 – Este período foi marcado pelo fim do período militar (1985) e trouxe um contexto de reivindicação de</p><p>retomada dos direitos sociais. Dentre essas reivindicações, o direito à saúde tornou-se protagonista. Em 1982, foi</p><p>implementado o Programa de Ações Integradas de Saúde (PAIS). O PAÍS trouxe ênfase à atenção primária, sendo a</p><p>rede ambulatorial pensada como a “porta de entrada” do sistema.</p><p>Ao se falar em políticas públicas de saúde, nestes períodos, estas se resumiam à manutenção da higiene sanitária e do</p><p>bem estar dos trabalhadores. O conceito de saúde era compreendido à época como a ausência de doenças, conceito</p><p>que passou a ser questionado fortemente durante a criação do Sistema Único de Saúde.</p><p>Até este período, então, temos dois grandes marcos históricos: o primeiro diz respeito ao modelo anterior ao SUS o</p><p>INAMPS e sua caracterização da saúde como um benefício aos trabalhadores e o segundo à fortificação do Movimento</p><p>da RSB. Na luta pelo fim da ditadura, o setor saúde tornou-se protagonista com o Movimento da Reforma Sanitária</p><p>Brasileira (RSB). As pautas reivindicavam melhorias na atenção à saúde e a efetivação desta como um direito social. O</p><p>cenário de conquista de direitos básicos e proteção dos cidadãos, fez com que ressurgisse a discussão sobre</p><p>cidadania, direitos sociais e democracia.</p><p>Após o fim da ditadura militar, consolidou-se, na 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS) em 1986, o movimento da</p><p>reforma sanitária brasileira. Pela primeira vez, mais de cinco mil representantes de todos os seguimentos da</p><p>sociedade civil discutiram um novo modelo de saúde para o Brasil, que culminou com a criação do Sistema Único de</p><p>Saúde (SUS) pela Assembleia Nacional Constituinte, em 1988 (SOUSA, 2014).</p><p>30</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>1986 – A realização da VIII Conferência Nacional de Saúde, com intensa participação social, deu-se logo após o fim da</p><p>ditadura militar iniciada em 1964, e consagrou uma concepção ampliada de saúde e o princípio da saúde como direito</p><p>universal e como dever do Estado; princípios estes que seriam plenamente incorporados na Constituição de 1988</p><p>(BRASIL, 1986; GIOVANELLA, 2009). Aqui temos o terceiro grande marco da RBS, a 8ª Conferência Nacional de Saúde</p><p>(CNS) diz respeito à mudança no modelo até então estabelecido para tomada de decisões na saúde. As conferências</p><p>possuíam como padrão uma discussão realizada entre os governantes em saúde, de forma horizontal e sem</p><p>participação da comunidade (embora a 3ª Conferência Nacional de Saúde tenha apresentado um modelo participativo,</p><p>não fora suficiente para estabelecer uma discussão participativa com a magnitude da 8ª CNS), além de não ter</p><p>diretrizes e periodicidade definida. Esta CNS aconteceu em Brasília e reuniu 5.000 participantes, incluindo a</p><p>comunidade em geral, além de profissionais de saúde, ONG’s, academia e governantes. Este marco é imprescindível ao</p><p>acervo dos sanistaristas objeto de contratação deste termo de referência, pois, os sanitaristas Gilson Carvalho e Guido</p><p>Carvalho são um dos protagonistas do movimento da RBS e se fizeram presentes na 8ª CNS.</p><p>1987 – Nesse ano foram criados Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (SUDS) que tinham como principais</p><p>diretrizes: universalização e equidade no acesso aos serviços de saúde; integralidade dos cuidados assistenciais;</p><p>descentralização das ações de saúde; implementação de distritos sanitários. Podemos localizar no SUDS os</p><p>antecedentes mais imediatos da criação do SUS (GIOVANELLA, 2009).</p><p>1988 – Foi aprovada a “Constituição Cidadã” ou Constituição Federal de 1988, que estabelece a saúde como “Direito</p><p>de todos e dever do Estado” e apresenta, na sua Seção II, como pontos básicos: “as necessidades individuais e</p><p>coletivas são consideradas de interesse público e o atendimento um dever do Estado; a assistência médico-sanitária</p><p>integral passa a ter caráter universal e destina-se a assegurar a todos o acesso aos serviços; estes serviços devem ser</p><p>hierarquizados segundo parâmetros técnicos e a sua gestão deve ser descentralizada.” Estabelece, ainda, que o custeio</p><p>do Sistema deverá ser essencialmente de recursos governamentais da União, estados e municípios, e as ações</p><p>governamentais submetidas a órgãos colegiados oficiais, os Conselhos de Saúde, com representação paritária entre</p><p>usuários e prestadores de serviços (BRASIL, 1988).</p><p>A CF de 1988 trata-se de outro marco imprescindível ao movimento da RBS, pois trata-se do principal marco</p><p>normativo em que se estabeleceu, legalmente, a nova conformação do modelo de saúde brasileiro e trouxe à saúde</p><p>como direito. Portanto, na Constituição Federal (CF/88) foram definidos os princípios do SUS, onde se destacam os</p><p>artigos de 196 a 200, a saber: universalidade no acesso, integralidade da assistência e equidade na distribuição dos</p><p>serviços, ampliando a saúde como um direito de todos e dever do Estado, garantindo políticas sociais e econômicas</p><p>que visam a redução do risco de doença e de outros agravos, bem como o acesso universal e igualitário às ações e</p><p>serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde (BRASIL, 1998).</p><p>31</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>1990 – Com a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que “dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e</p><p>recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes” foi criado o Sistema Único de</p><p>Saúde (SUS). A lei orgânica do SUS detalha os objetivos e atribuições; os princípios e diretrizes; a organização,</p><p>direção e gestão, a competência e atribuições de cada nível (federal, estadual e municipal); a participação</p><p>complementar do sistema privado; recursos humanos; financiamento e gestão financeira e planejamento e orçamento.</p><p>Logo em seguida, a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, dispõe sobre a participação da comunidade na gestão</p><p>do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros. Institui os Conselhos de Saúde e</p><p>confere legitimidade aos organismos de representação de governos estaduais (CONASS – Conselho Nacional de</p><p>Secretários Estaduais de Saúde) e municipais – CONASEMS – Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde</p><p>(BRASIL, 1990).</p><p>A partir desse processo, a concepção do conceito de saúde também sofreu forte influência das compreensões e</p><p>pressões dos movimentos sociais e passou a ser entendida não mais como a simples ausência de doenças, mas como</p><p>“um estado de completo bem-estar físico, mental e social” (OMS, 2016). As leis acima citadas marcaram o movimento</p><p>da RBS, portanto, tanto por instituir o SUS e regulamentar sobre a participação da comunidade, quando por direcionar</p><p>e nortear as ações e serviços de saúde e sua forma de funcionamento no novo sistema(SUS)</p><p>1991 – 1994: Inicialmente a atenção básica teve como marco o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS)</p><p>em 1991 com caráter inovador em que equipes multiprofissionais atuavam em um território definido, três anos mais</p><p>tarde o programa foi ampliado e em 1994, foi instituído</p><p>como Programa Saúde da Família. Porém, mesmo dada sua</p><p>importância e êxito da proposta, esta ainda fora encarada por alguns como um programa de governo, de caráter</p><p>pontual (SOUSA, 2007). Muitos foram os esforços para que esta estratégia se consolidasse efetivamente como uma</p><p>política pública. O marco expresso com o surgimento do PACS foi que, pela primeira vez, tinha-se um profissional</p><p>atuando próximo à comunidade e os profissionais da AB focavam no tratamento ao indivíduo considerando sua família</p><p>e contextos locais, atuando nos territórios, o avanço está em ultrapassar as paredes dos consultórios e aproximar-se</p><p>da comunidade.</p><p>1998 – 2006: O PSF trouxe muitos avanços e melhoria nos indicares de saúde das famílias por ele assistidas. Dados</p><p>estes êxitos, o PSF saiu de do âmbito de um programa e passou a ser visto como uma estratégia de reorientação da</p><p>APS no Brasil, em termos normativos, configurando a chamada Estratégia de Saúde da Família (ESF) instituída por</p><p>meio da Política Nacional de Atenção Básica em 2006 e reformulada em 2011 – Portaria n° 2.488 de 21 de outubro</p><p>de 2011 (BRASIL, 2011).</p><p>32</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Cenários de urgência e emergência</p><p>Urgência: É todo o quadro de saúde que precisa ser resolvido rapidamente. Em um pronto atendimento, por exemplo,</p><p>diz respeito aos casos que precisam ser atendidos rapidamente, com o mínimo tempo de espera possível, mesmo sem</p><p>risco iminente de morte. O atendimento rápido serve para que os pacientes não sofram complicações e tenham uma</p><p>melhora dos sintomas rapidamente.</p><p>Exemplos de alguns tipos de atendimento de urgência: Dor aguda moderada ou intensa; Agitação importante;</p><p>Falta de ar; Vômitos frequentes e incessantes; Sintomas urinários ou gastrointestinais agudos e intensos; Traumas</p><p>leves a moderados, ferimentos cortantes, fraturas ou luxações; Alterações sensoriais como diminuição súbita de</p><p>audição ou visão; Sangramento vaginal em gestantes.</p><p>Emergência: As emergências precisam ser atendidas por um time de profissionais de saúde de forma rápida e eficaz,</p><p>preferencialmente em um ambiente com recursos médicos para suporte de vida, seja uma sala de emergência ou</p><p>ambulância equipada. O que caracteriza uma emergência é o risco iminente de morte e a necessidade de adotar</p><p>rapidamente medidas diagnósticas e terapêuticas de suporte à vida.</p><p>Dentre os tipos de emergência previstos, é possível citar: Perda súbita de movimento de braços ou pernas;</p><p>Dor no peito, de moderada à alta intensidade — sintoma de infarto; Traumas graves com perda de sangue</p><p>importante; Traumatismo encefálico com perda de consciência; Anafilaxia (reação alérgica grave); Intoxicação</p><p>(medicamentos, produtos de limpeza etc); Convulsões; Vítimas de acidentes graves — ataque de animais,</p><p>afogamento, incêndio, choque elétrico, quedas, agressões, colisão no trânsito, atropelamento, entre outros;</p><p>Insuficiência respiratória ou cardíaca agudas.</p><p>Serviços especiais de acessos para o atendimento da pessoa</p><p>Centro de Regulação de Vagas: Trata-se de um sistema que monitora a disponibilidade de vagas em atendimento</p><p>especializado e de leitos, tornando mais ágil a marcação de consultas e exames e, ainda, a transferência de pacientes</p><p>em estado grave de saúde e que precisam de cuidados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou de procedimentos</p><p>complexos.</p><p>Mendes afirma que a atenção primária à saúde deve cumprir, nas redes de atenção à saúde, três funções: resolução,</p><p>coordenação e responsabilização. A função de resolução consiste em solucionar a maioria dos problemas de saúde; a</p><p>função de coordenação consiste em organizar os fluxos e contrafluxos das pessoas e coisas pelos diversos pontos de</p><p>atenção à saúde na rede; e a função de responsabilização consiste em se corresponsabilizar pela saúde dos usuários</p><p>em quaisquer pontos de atenção em que estejam sendo atendidos. Na organização de redes de resposta às condições</p><p>33</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>agudas, a atenção primária tem funções de resolução nos casos que lhe cabem (baixo risco) e de responsabilização,</p><p>mas a função de coordenação passa a ser de outra estrutura (no caso, o complexo regulador).</p><p>“O acolhimento tem o objetivo de fazer uma escuta qualificada e buscar a melhor solução possível para a situação</p><p>apresentada, conjugada com as condições objetivas da unidade naquele momento”</p><p>Acolher engloba, ainda, orientar adequadamente o usuário, visando à garantia da continuidade do tratamento,</p><p>atentando para os limites do serviço. Postura acolhedora não pressupõe hora, local ou profissional específico para</p><p>fazê-lo. É importante, no momento do acolher, identificar os riscos e vulnerabilidade que o usuário enfrenta,</p><p>conjugando com sua necessidade. A postura acolhedora envolve todo o processo, chegando até mesmo ao</p><p>encaminhamento responsável.</p><p>Reconhece o usuário como sujeito e, ao mesmo tempo, participante ativo no processo de produção de saúde.</p><p>CENTRAL DE REGULAÇÃO DE OFERTAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE –CROSS</p><p>A CROSS operacionaliza as ações de regulação, seguindo estritamente as diretrizes definidas pela Secretaria de</p><p>Estado da Saúde de São Paulo.</p><p>A Regulação Médica de Urgências têm o objetivo de operacionalizar as ações de regulação segundo determinação,</p><p>orientação e normatização advindas do Grupo de Regulação da Coordenadoria de Regiões de Saúde da Secretaria de</p><p>Estado da Saúde de São Paulo (CRS/SES-SP), conforme regras claras e bem definidas pelo Conselho Federal de</p><p>Medicina e pela Portaria Nº 1.559 de 01 de agosto de 2008 do Ministério da Saúde, que institui a Política Nacional de</p><p>Regulação do Sistema Único de Saúde – SUS, implantada em todas as unidades federadas, respeitando-se as</p><p>competências das três esferas de gestão, como instrumento que possibilita a plenitude das responsabilidades</p><p>sanitárias assumidas pelas esferas de governo.</p><p>A Regulação de Urgências é composta por uma equipe multiprofissional (médicos, enfermeiros e apoio administrativo)</p><p>capacitada em regulação, que recepciona as solicitações de recursos inseridas no Sistema de Regulação do Estado de</p><p>São Paulo – SIRESP, pelos estabelecimentos de saúde vinculados ao SUS, avalia a pertinência da solicitação, classifica</p><p>e prioriza as necessidades de assistência, visando a busca do recurso solicitado no menor tempo possível. Os recursos</p><p>solicitados podem ser, por exemplo, leitos de UTI, exames, procedimentos e avaliação em especialidades médicas.</p><p>34</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>A CROSS realiza, portanto, o encaminhamento dos pacientes para os equipamentos hospitalares de cada região de</p><p>acordo com a necessidade do paciente, complexidade do caso e as pactuações expressas através de uma grade</p><p>regional. A existência dos recursos de saúde e a viabilidade das transferências dos pacientes não são de</p><p>responsabilidade da Central de Regulação, cabendo à CROSS apenas intermediar o contato e possibilitar, da forma</p><p>mais rápida possível, a busca organizada deste recurso, cuja disponibilização NÃO É de competência da CROSS e sim</p><p>de cada unidade de saúde de referência.</p><p>A Regulação Médica Ambulatorial tem o objetivo de operacionalizar as ações de regulação segundo determinação,</p><p>orientação e normatização advindas do Grupo de Regulação da Coordenadoria de Regiões de Saúde da Secretaria de</p><p>Estado da Saúde de São Paulo. Composta por uma equipe multiprofissional (médicos, enfermeiros e apoio</p><p>administrativo) capacitada em regulação ambulatorial, realiza a regulação e o agendamento das solicitações dos</p><p>estabelecimentos de saúde vinculados ao SUS e seguintes recursos: consultas oncológicas, PET-CT, serviços de</p><p>reabilitação, exames de alta suspeição (colonoscopia), cateterismo, cirurgia cardiovascular (marca-passo) e cirurgia</p><p>cardíaca de acordo com as diretrizes da Coordenadoria de Regiões de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde.</p><p>10º Dia: ( Data: 22/04/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>Chegamos na ESF, discutimos sobre o tema que foi proposto na semana e depois fomos fazer as visitas domiciliares.</p><p>Primeiro fomos na residência do senhor S.C.S. Ele aparentemente estava bem, porém queixou de dor nas costas e no</p><p>joelho.</p><p>A pressão arterial dele estava boa 12/6.</p><p>Depois fomos na residencia da senhora F.T.G. Ela estava ótima, sempre sorridente. A pressão arterial dela estava um</p><p>pouco baixa: 11/6.</p><p>Depois fomos na residência da outra paciente, porém ela não estava em casa.</p><p>Tema da semana</p><p>Genograma, Ecomapa, Ciclo de Vida, Conferência Familiar, Escala de</p><p>Coelho e Savassi</p><p>Genograma</p><p>O genograma permite identificar, de maneira mais rápida, a dinâmica familiar e suas possíveis implicações, com</p><p>criação de vínculo entre o profissional e a família/indivíduo. O genograma baseia-se no modelo do heredograma,</p><p>mostrando, graficamente, a estrutura e o padrão de repetição das relações familiares, as repetições de padrões de</p><p>doenças, o relacionamento e os conflitos resultantes do adoecer (DITTERICH; GABARDO; MOYSES, 2009).</p><p>35</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Na configuração proposta, o genograma reúne informações sobre a doença da pessoa identificada, as doenças e os</p><p>transtornos familiares, a rede de apoio psicossocial, os antecedentes genéticos, as causas da morte de pessoas da</p><p>família, além dos aspectos psicossociais apresentados, que, com as informações colhidas na anamnese, enriquecem a</p><p>análise a ser feita pelo profissional (MUNIZ; EISENSTEIN, 2009).</p><p>McGoldrick (1995) propõe os seguintes símbolos para a representação do genograma:</p><p>36</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>37</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Ecomapa</p><p>Na abordagem familiar, a compreensão da família pode não ser suficiente, pois ela se relaciona com o meio e com</p><p>outros atores sociais (outras famílias, pessoas ou instituições), e essas relações são fundamentais para se atingir e</p><p>preservar o equilíbrio biopsicoespiritossocial da unidade familiar. Nesse contexto, surge o ecomapa. Complementar ao</p><p>genograma, o ecomapa consiste na representação gráfica dos contatos dos membros da família com os outros</p><p>sistemas sociais, das relações entre a família e a comunidade. Ajuda a avaliar os apoios, os suportes disponíveis, sua</p><p>utilização pela família, e pode apontar a presença de recursos, sendo o retrato de um determinado momento da vida</p><p>dos membros da família, portanto, dinâmico. Por ser um instrumento com importantes ganhos, tanto no aspecto</p><p>relacional (de melhoria do vínculo) quanto na programação do trabalho, pode ser aplicado a todas as famílias, sendo</p><p>ideal para aquelas com maiores dificuldades relacionais, tanto intra familiares quanto sociais, para o melhor estudo e</p><p>compreensão do sistema a ser trabalhado. Uma família que tem poucas conexões com a comunidade e entre seus</p><p>membros necessita de maior investimento da equipe de Saúde para melhorar seu bem-estar. São características do</p><p>ecomapa: registrar membros da família e suas idades no centro do círculo; utilizar a mesma simbologia do genograma;</p><p>38</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>registrar, em círculos externos, os contatos da família com membros da comunidade ou com pessoas e grupos</p><p>significativos; e linhas que indicam o tipo de conexão.</p><p>A utilização das ferramentas para a abordagem familiar visando ao entendimento das situações encontradas e ao</p><p>fortalecimento do vínculo aumentará a eficácia das ações na Atenção Domiciliar. Na AD, frequentemente a equipe se</p><p>depara com situações em que apenas a compreensão de uma patologia, ou uma abordagem tecnicista, não é suficiente</p><p>para o cuidado necessário. Essas ferramentas e entendimentos sobre as famílias facilitam a compreensão de alguns</p><p>agravos à saúde que, muitas vezes, são entendidos como não colaboração, descaso ou incapacidade. Quando entramos</p><p>no contexto da pessoa, seja ele na abordagem familiar ou na domiciliar, estamos nos corresponsabilizando por seu</p><p>cuidado; dessa forma, permitindo e fornecendo instrumentos para que esse indivíduo ou família tenha autonomia e</p><p>empoderamento para construir sua saúde (no conceito mais amplo da palavra). Cuidar do indivíduo é, sem dúvida,</p><p>acolher sua família, respeitando-a, bem como os seus valores e as suas crenças.</p><p>39</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Ciclo de Vida</p><p>São as etapas de evolução da vida que todos passamos. Situações de vida com problemas previsíveis e que precisamos</p><p>resolver para evoluirmos como pessoas. A resposta adequada a esses problemas resulta no bem-estar individual e</p><p>familiar.</p><p>As etapas do ciclo de vida podem ser:</p><p>• Previsíveis (chamadas crises evolutivas) Ex: nascimento e casamento.</p><p>• Não-Previsíveis (chamadas crises acidentais) Ex: desemprego, doença, morte acidental.</p><p>O profissional de saúde utiliza o conhecimento do ciclo vital como uma ferramenta para entender a pessoa, sua família</p><p>e seu contexto ao longo do tempo.</p><p>Ciclo de vida da classe média:</p><p>1- Saindo de casa / adulto independente;</p><p>2- Novo casal;</p><p>3- Famílias com filhos pequenos;</p><p>4- Famílias com adolescentes;</p><p>5- “Lançando” os filhos e seguindo em frente;</p><p>6- Famílias no estágio tardio da vida.</p><p>40</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>41</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Conferência Familiar</p><p>Existem alguns problemas experimentados pela família que esta não ultrapassa com os seus recursos próprios e, por</p><p>isso, carecem de intervenção profissional a fim de serem resolvidos com sucesso. Habitualmente, esses problemas</p><p>decorrem da falta de informação acerca da evolução da doença, das dificuldades na comunicação intra-familiar, da</p><p>dificuldade em tomar algumas decisões e da falta de recursos que possam ser importantes.</p><p>Essa intervenção só poderá ser bem sucedida se existirem garantias de que o clima de comunicação entre todos é</p><p>respeitado e se o profissional se mostrar capaz de oferecer segurança, confiança e orientação que ajude a família a</p><p>expressar as suas preocupações, emoções e a acordar num plano futuro comum aceitável.</p><p>Existem diferentes níveis e tipos de intervenção na família, de acordo com o maior ou menor envolvimento do</p><p>profissional de saúde na resolução dos problemas familiares. De acordo com Doherty (1986), existem 5 níveis de</p><p>envolvimento dos profissionais com as famílias: no nível 1, a interação decorre a um nível puramente biomédico, sendo</p><p>os assuntos que dizem respeito à família praticamente ignorados. O envolvimento vai sendo crescente e no nível 3,</p><p>para além das questões relacionadas com a doença, o profissional deve saber lidar de uma forma empática com os</p><p>sentimentos e as emoções desencadeadas na família por essa mesma doença. O nível 4, representa uma forma mais</p><p>sofisticada de envolvimento com a família e corresponde à conferência familiar. O nível 5 diz respeito à terapia</p><p>familiar.</p><p>A conferência familiar corresponde a uma forma estruturada de intervenção na família. É uma reunião com plano</p><p>previamente acordado entre os profissionais presentes e em que, para além da partilha da informação e de</p><p>sentimentos, se pretende ajudar a mudar alguns padrões de interação na família.</p><p>A conferência familiar, no contexto de cuidados paliativos, poderá ser utilizada para:</p><p>• clarificar os objetivos dos cuidados: Interpretar novos sintomas e dados clínicos. Explorar opções terapêuticas.</p><p>Apoiar na tomada de decisões relativas a dilemas (nutrição, hidratação, internamento, ressuscitação, etc). Explorar</p><p>expectativas e esperanças.</p><p>42</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>• reforçar a resolução de problemas: Detectar necessidades não satisfeitas (no doente e cuidadores). Ensinar</p><p>estratégias de manejo dos sintomas e outras. Discutir assuntos de interesse específico dos familiares. Explorar</p><p>dificuldades na comunicação.</p><p>• prestar apoio e aconselhamento: Validar e prever o espectro de reações emocionais. Validar o esforço e trabalho da</p><p>família. Convidar à expressão das preocupações, medos e sentimentos ambivalentes. Ajudar à resolução dos</p><p>problemas por etapas e mobilizando os recursos familiares.</p><p>Escala de Coelho e Savassi</p><p>A Escala de Risco Familiar de Coelho-Savassi, instrumento de estratificação de risco familiar, é aplicada às famílias</p><p>adscritas a uma equipe de saúde da família, para determinar seu risco social e de saúde, refletindo o potencial de</p><p>adoecimento de cada núcleo familiar. Utiliza dados presentes na ficha A do Sistema de Informações da Atenção</p><p>Básica</p><p>(SIAB) e outros identificáveis na rotina das equipes de saúde da família.</p><p>43</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>44</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>11º Dia: ( Data: 29/04/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>Chegamos na ESF, discutimos sobre o tema que foi proposto na semana e depois fomos fazer as visitas domiciliares.</p><p>Primeiro fomos na residência do senhor S.C.S. Ele estava bem. A pressão arterial dele estava boa 11/7.</p><p>Depois fomos na residencia da senhora F.T.G. Ela estava ótima, sempre sorridente. A pressão arterial dela estava um</p><p>pouco baixa: 12/6.</p><p>Depois fomos na residência da outra paciente, porém ela não estava em casa.</p><p>Tema da semana</p><p>Vigilância em Saúde no SUS / Avaliação da acuidade visual em crianças</p><p>Vigilância em Saúde no SUS</p><p>A vigilância está relacionada às práticas de atenção e promoção da saúde dos cidadãos e aos mecanismos adotados</p><p>para prevenção de doenças. Além disso, integra diversas áreas de conhecimento e aborda diferentes temas, tais como</p><p>política e planejamento, territorialização, epidemiologia, processo saúde-doença, condições de vida e situação de</p><p>saúde das populações, ambiente e saúde e processo de trabalho. A partir daí a vigilância se distribui entre:</p><p>epidemiológica, ambiental, sanitária e saúde do trabalhador.</p><p>45</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>A vigilância epidemiológica reconhece as principais doenças de notificação compulsória e investiga epidemias que</p><p>ocorrem em territórios específicos. Além disso, age no controle dessas doenças específicas.</p><p>A vigilância ambiental se dedica às interferências dos ambientes físico, psicológico e social na saúde. As ações neste</p><p>contexto têm privilegiado, por exemplo, o controle da água de consumo humano, o controle de resíduos e o controle</p><p>de vetores de transmissão de doenças – especialmente insetos e roedores.</p><p>As ações de vigilância sanitária dirigem-se, geralmente, ao controle de bens, produtos e serviços que oferecem riscos</p><p>à saúde da população, como alimentos, produtos de limpeza, cosméticos e medicamentos. Realizam também a</p><p>fiscalização de serviços de interesse da saúde, como escolas, hospitais, clubes, academias, parques e centros</p><p>comerciais, e ainda inspecionam os processos produtivos que podem pôr em riscos e causar danos ao trabalhador e ao</p><p>meio ambiente.</p><p>A Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS) é um documento fundamental para o planejamento e</p><p>execução das ações de vigilância em saúde no Brasil, aplicado em todas as esferas de gestão do SUS de caráter</p><p>universal, transversal e orientadora do modelo de atenção à saúde nos territórios brasileiros.</p><p>A PNVS é crucial para uma abordagem sistemática e integrada à saúde pública no Brasil. Ela reforça o papel do SUS</p><p>na promoção da saúde e prevenção de doenças, garantindo que ações de vigilância sejam efetivamente integradas às</p><p>práticas de saúde em todos os níveis, facilitando o controle de doenças e a promoção de um ambiente saudável.</p><p>A PNVS abrange todos os níveis e formas de atenção à saúde, incluindo serviços de saúde públicos e privados, além de</p><p>estabelecimentos relacionados à produção e circulação de bens de consumo que afetam a saúde. Inclui vigilância</p><p>epidemiológica, ambiental, do trabalhador e sanitária, alinhando-se com outras políticas de saúde do SUS.</p><p>12º Dia: ( Data: 06/05/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>Chegamos na ESF, discutimos sobre o tema que foi proposto na semana e depois fomos fazer as visitas domiciliares.</p><p>Primeiro fomos na residência do senhor S.C.S. Fizemos a anamnese dele.</p><p>Depois fomos na residencia da senhora F.T.G. Fizemos a anamnese dela.</p><p>Depois fomos na residência da Ivanilde. Fizemos a anamnese dela.</p><p>46</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Tema da semana</p><p>Método Clínico centrado na pessoa</p><p>O Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP) surgiu da demanda das pessoas por um atendimento que contemplasse</p><p>de maneira mais integral suas necessidades, preocupações e vivências relacionadas à saúde ou às doenças. O MCCP</p><p>veio a ser desenvolvido a partir dos estudos de Ian McWhinney e Moira Stewart, do Canadá e Joseph Levenstein, da</p><p>África do Sul, sobre os atendimentos médicos e os motivos que levavam as pessoas a buscar atendimento.</p><p>1) Explorando a doença e a experiência da pessoa com a doença:</p><p>• Avaliando a história, exame físico, exames complementares;</p><p>• Avaliando a dimensão da doença: sentimentos, ideias, efeitos sobre a funcionalidade e expectativas da pessoa.</p><p>2) Entendendo a pessoa como um todo, inteira:</p><p>• A pessoa: Sua história de vida, aspectos pessoais e de desenvolvimento;</p><p>• Contexto próximo: Sua família, comunidade, emprego, suporte social;</p><p>• Contexto distante: Sua comunidade, cultura, ecossistema.</p><p>3) Elaborando um projeto comum de manejo:</p><p>• Avaliando quais os problemas e prioridades;</p><p>• Estabelecendo os objetivos do tratamento e do manejo;</p><p>• Avaliando e estabelecendo os papéis da pessoa e do profissional de saúde.</p><p>4) Incorporando a prevenção e a promoção de saúde:</p><p>• Melhorias de saúde;</p><p>• Evitando ou reduzindo riscos;</p><p>• Identificando precocemente os riscos ou doenças;</p><p>• Reduzindo complicações.</p><p>5) Fortalecendo a relação médico-pessoa:</p><p>• Exercendo a compaixão;</p><p>• A relação de poder;</p><p>• A cura (efeito terapêutico da relação);</p><p>• O autoconhecimento;</p><p>• A transferência e a contratransferência.</p><p>6) Sendo realista:</p><p>47</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>• Tempo e timing;</p><p>• Construindo e trabalhando em equipe;</p><p>• Usando adequadamente os recursos disponíveis.</p><p>13º Dia: ( Data: 13/05/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>Hoje fizemos a abertura da narrativa. Contamos a história dos pacientes, colocamos no quadro as palavras chaves,</p><p>elaboramos as hipóteses e as perguntas, que serão respondidas posteriormente.</p><p>Narrativa IESC</p><p>“Aos 73 anos, Dona Francisca Teixeira Guilherme tem uma história rica para contar. Nascida no Ceará, ela agora vive</p><p>em Tupi Paulista, mas carrega consigo as memórias de sua terra natal. Infelizmente, há nove meses, ela perdeu seu</p><p>marido para o câncer, e desde então enfrenta a solidão com coragem e determinação.</p><p>Apesar das dores causadas pela artrite reumatoide e das limitações impostas pela pressão alta, Dona Francisca</p><p>mantém um sorriso radiante, capaz de iluminar até os dias mais sombrios. Ela mora sozinha em sua casa, onde cada</p><p>objeto e retrato na parede conta uma história de uma vida dedicada ao trabalho no campo.</p><p>Hoje aposentada, Dona Francisca não tem mais a mesma agilidade de antes. Ela conta com uma bengala e um andador</p><p>para se locomover pela casa, mas isso não a impede de aproveitar cada momento. Seus filhos, que moram distantes,</p><p>trazem conforto em suas visitas esporádicas. São momentos preciosos de amor e cuidado filial, que aquecem o</p><p>coração de Dona Francisca.</p><p>Apesar das limitações físicas, sua alma é livre e radiante. Ela é uma verdadeira fonte de alegria e esperança. Para</p><p>Dona Francisca, a vida é uma dádiva que deve ser celebrada a cada dia. Sua determinação em encontrar a felicidade é</p><p>uma inspiração para todos que têm o privilégio de conhecê-la.”</p><p>48</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Palavras-chave:</p><p>Hipóteses:</p><p>49</p><p>FERNANDA AMADOR RODRIGUES – T 7</p><p>Questões:</p><p>14º Dia: ( Data: 20/05/2024)</p><p>Reflexão:</p><p>Chegou ao fim o semestre… Chegou a hora de nos despedirmos dos nossos queridos pacientes…Hoje, chegamos na</p><p>ESF, discutimos o tema que foi proposto para a semana e depois fomos nos despedir dos pacientes… a Dona F.T.G</p><p>chorou ao falarmos que este foi o último dia de visita.</p><p>Tema da semana</p><p>Abordagem familiar e Instrumentos utilizados para a prática</p><p>(FIRO-Fundamental Interpessoal Relation Orientations, PRACTICE-Present</p><p>Problem Roles and Structure A�ect Communication Time in the Family Life</p><p>Cycle, Illness in family past and presente, Coping with stress, Ecology e</p><p>outros...)</p><p>A família é o primeiro grupo no qual o indivíduo é inserido. É interdependente, ou seja, os relacionamentos</p><p>estabelecidos entre os familiares influenciam uns aos outros e toda mudança ocorrida nesse sentido irá exercer</p><p>influência em cada membro individualmente ou no sistema como um todo.</p><p>A doença ocorre e é resolvida no contexto da família. A família ajuda a definir o comportamento do doente</p>

Mais conteúdos dessa disciplina