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Revisão N1 - IESC III
Enízia Simões
3°período
Diferentes padrões e dinâmicas familiares
Palestra 01
Conceito de famíliaConceito de famíliaConceito de família
- Conceito de família por Natan Ackeman:
A família é um modelo universal para viver. Ela é uma unidade de
crescimento; de experiência; de sucesso e fracasso; ela é tam-
bém a unidade da saúde e da doença
- Família é o grupo social natural que determina as respostas de
seus membros por meio de respostas de seus componentes do
interior para o exterio
- Trata-se de um sistema aberto, dinâmico e complexo, cujos
membros pertencem a um mesmo contexto social compartilhado,
lugar do reconhecimento da diferença e do aprendizado quanto
ao se unir ou se separar e sede das primeiras trocas afetivo-emo-
cionais e da construção da identidade
- Podemos coniderar a família como uma unidade base para o
treinamento social
- Trata-se do ambiente em que se experimenta o primeiro senso
de pertencimento, identidade e conexão
- A família representa a proteção, o apoio e também a fonte de
modelos que direciona a forma como cada um aprende a ser e a
enfrentar as dificuldades.
Tipos de família
- Existem diversas formas de apresentação da família
 A família “nuclear” é formada por pai, mãe e filhos, como o
modelo-padrão, ou seja, é formada pelos familiares consagui-
neos
A família “extensa” é compreendida por mais de uma gera-
ção, podendo ter vinculos colaterais, como tios, primos e pa-
drinhos
A família “abrangente” inclui os não parentes que coabitam a
casa.
A família “unitária” é composta por uma só pessoas
A família “monoparental” é constituida por um dos pais biológi-
cos e o filho ou filhos, independente de vínculos externos ao
núcleo
A família “reconstittuída” é composta por membros de uma
família que em um dado momento teve outras configurações,
sofreu uma ruptura e passou a ter um novo formato
A família “institucional” tem função de criar e desenvolver afe-
tivamente a criança, o adolescente ou grupos afins
A família “homossexual” é constituida pela união de pessoas
do mesmo sexo, que constituem um casal, podendo adotar fi-
lhos
A família “funcional” é formada por pessoas que moram juntas
e desempenha papéis parentais em relação a uma criança ou
a um adolescente
* A prática do médico de família e comunidade envolve uma par-
ceria entre o médico, a pessoa e a família
Funções gerais da famíliaFunções gerais da famíliaFunções gerais da família
- Assegurar a sobrevivência de seus membros
- Ajudar a modelar suas qualidade humanas
- Garantir o pleno desenvolvimento dos indivíduos (necessidades
sociais, biológicas, afetivas e intelectuais)
Conceito de famíliaConceito de famíliaConceito de família
- O ciclo de vida familiar é uma sequência de transformações na
história do desenvolvimento da família.
- O simples fato de localizar a fase do ciclo das famílias e suas cri-
ses, durante os atendimentos, permite que o médico de família
gere hipóteses
- A prevenção ou o processo curativo pode ocorrer pelo simples
fato de mostrar à família, ou à pessoa que está em consulta, o
momento do ciclo em que está e, também, de preparar para as
mudanças previstas, relembrando as expectativas, as modificações
de papéis e funções, as novas modalidades de relações, os víncu-
los de união e lealdade e as negociações para a conquista das
próximas etapas.
CICLO VITAL DA FAMÍLIA
111... Etapa constitutivaEtapa constitutivaEtapa constitutiva
- Fase preliminar
- Fase recém-casados
222... Etapa procriativaEtapa procriativaEtapa procriativa
- Fase de expansão
 A) nascimento dos filhos
 B) filhos pré-escolares
- Fase de consolidação
 A) Filhos escolares
 B) filhos adolescentes
333... Etapa de dispersãoEtapa de dispersãoEtapa de dispersão
- Fase de desprendimento
444... Etapa familiar finalEtapa familiar finalEtapa familiar final
- Fase de independência
- Fase de dissolução
 A) Família anciâ
 B) viuvez
- São três as etapas do ciclo de vida familiar da população de clas-
se popular:
●Estágio 1 Estágio 1 Estágio 1 – Adolescente/Adulto jovem solteiro Adolescente/Adulto jovem solteiro Adolescente/Adulto jovem solteiro: As fronteiras en-
tre a adolescência e a idade adulta jovem são confusas. Os ado-
lescentes são responsáveis por si mesmos e utilizados como fon-
te de renda a partir dos 10 ou 11 anos de idade.
●Estágio 2 Estágio 2 Estágio 2 – A família com filhos A família com filhos A família com filhos: Começa sem que ocorra ne-
cessariamente o casamento, mas com a geração de filhos e a
busca por formar um sistema conjugal, assumir papéis paternos e
realinhamento dos relacionamentos com a família.12
●Estágio 3 Estágio 3 Estágio 3 – A família no estágio tardio da vida A família no estágio tardio da vida A família no estágio tardio da vida: Ocorre com fre-
quência uma composição familiar com três ou quatro gerações.
Sendo assim, há pouca probabilidade de haver “ninho vazio”, e
muitas vezes a base de sustentação familiar depende da aposen-
tadoria de um dos avós, em geral a avó, que persiste com res-
ponsabilidades sobre a sobrevivência de todos.
Revisão N1 - IESC III
Enízia Simões
3°período
Crises normativas ou Evolutivas
Etapa Constitutiva:Etapa Constitutiva:Etapa Constitutiva: matrimônio; dependência econômica ou
afetiva; conjugues adolescentes; problemas de adaptação se-
xual; diferenças socioculturais, intelectuais, educativas e religio-
sas
Etapa Procriativa:Etapa Procriativa:Etapa Procriativa: expectativas diferentes sobre a gravidez;
gravidez; nascimento do primeiro filho; dificuldades de assumir
o papel de país; ingresso na adolescência; ingresso na escola;
filho único; nascimento de outros filhos; superproteção ou
afastamento dos filhos
Etapa de Dispersão:Etapa de Dispersão:Etapa de Dispersão: separação dos filhos com entrada na es-
cola ou no trabalho; independência e casamento dos filhos
Etapa Familiar Final:Etapa Familiar Final:Etapa Familiar Final: pais novamento sós; síndrome do ninho
vazio, nova geração/netos; aposentadoria; climatério; viuvez
Revisão N1 - IESC III
Enízia Simões
3°período
Ferramentas de abordagem familiar
Palestra 02
- As ferramentas de abordagem familiar têm por objetivo o diag-
nóstico do indivíduo e sua família, sendo aplicadas segundo suas
necessidades apresentadas
GenogramaGenogramaGenograma
- O genograma é reconhecido como um instrumento para mape-
ar, ampliar o conhecimento sobre a família e realizar intervenções
pelos profissionais nos cuidados de saúde.
- O genograma identifica as relações e ligações internas da família,
intergeracional
- O genograma permite identificar, de maneira mais rápida, a dinâ-
mica familiar e suas possíveis implicações, com criação de vínculo
entre o profissional e a família/indivíduo
- O genograma baseia-se no modelo do heredograma, mostrando,
graficamente, a estrutura e o padrão de repetição das relações
familiares, as repetições de padrões de doenças, o relacionamento
e os conflitos resultantes do adoecer
- Na configuração proposta, o genograma reúne informações so-
bre a doença da pessoa identificada, as doenças e os transtornos
familiares, a rede de apoio psicossocial, os antecedentes genéticos,
as causas da morte de pessoas da família, além dos aspectos psi-
cossociais apresentados
- A criação de um genograma consiste nos três seguintes níveis:
Layout da estrutura da família
O registro da informação sobre a família
O delineamento das relações familiares
EcomapaEcomapaEcomapa
- Complementar ao genograma, o ecomapa consiste na
representação gráfica dos contatos dos membros da família com
os outros sistemas sociais, das relações entre a família e a comu-
nidade. Ajuda a avaliar os apoios, os suportes disponíveis, sua utili-
zação pela família, e pode apontar a presença de recursos, sendo
o retrato de um determinado momento da vida dos membros da
família, portanto, dinâmico.
- O ecomapa é também um instrumento de avaliação familiar, por
meio de uma representação gráfica, que identifica todos os siste-
mas envolvidos e relacionados com a pessoa, com a família em
questão e o meio onde vivem.- Identifica as relações e ligações da família com o meio onde habi-
ta, ou seja suas relações externas
- Qualquer técnico da equipe de nível superior pode elaborar o
ecomapa e genograma - assistente social, psicólogo, pedagogo,
conforme definido na resolução 17/2011 do CNAS
- É um instrumento de trabalho da equipe não de uma categoria
profissional específica
- Deve ser elaborado com a família e seus membros, sempre que
possível pelos técnicos de referência
Instrumento de abordagem familiar e suas especificaçõesInstrumento de abordagem familiar e suas especificaçõesInstrumento de abordagem familiar e suas especificações
INSTRUMENTOINSTRUMENTOINSTRUMENTO ESPECIFICAÇÕESESPECIFICAÇÕESESPECIFICAÇÕES
A.P.G.A.R. familiar: instrumento de avali-
ação destinado a refletir a satisfação
de cada membro da família. A partir de
Adaptation (adaptação) Partnership (parti-
cipação) Growth (crescimento) Affection
(afeição) Resolve (resolução)
Revisão N1 - IESC III
Enízia Simões
3°período
um questionário predeterminado, as
famílias são classificadas como funcio-
nais, e moderadamente/gravemente
disfuncionais
P.R.A.C.T.I.C.E.: funciona como uma dire-
triz para a avaliação do funcionamento
das famílias. O instrumento é focado
no problema, o que permite a aproxi-
mação esquematizada para trabalhar
com as famílias
Presenting problem (problema apresenta-
do)
Roles and structure (papéis e estrutura)
Affect (afeto)
Communication (comunicação)
Time of life cycle (fase do ciclo de vida)
Illness in family (doença na família)
Coping with stress (enfrentamento do es-
tresse)
Ecology (meio ambiente, rede de apoio)
F.I.R.O.: sigla de fundamental interperso-
nal relations orientation ou, em portu-
guês, orientações fundamentais nas re-
lações interpessoais, sendo categoriza-
da como uma teoria de necessidades
INCLU-
SÃO (in-
teração,
associa-
ção
CONTRO-
LE (po-
der)
INTIMI-
DADE
(amor,
afeto)
DEMAN-
DA
Ser acei-
to, convi-
dado
OFERECE Interes-
se, busca
da acei-
tação
liderança Ligação,
aproxi-
mação
Revisão N1 - IESC III
Enízia Simões
3°período
Método Clínico Centrado na Pessoa
Palestra 03
- Avaliar o paciente em uma consulta é procedimento importante, já que per-
mite exercitar a escuta criteriosa para um correto diagnóstico. O Método
Clínico Centrado na Pessoa (MCCP) é um recurso auxiliar fundamental para
a compreensão dos motivos que levam uma pessoa a se consultar
- O MCCP é a tentativa do médico de realizar uma tarefa dupla: entender a
pessoa e entender a doença da pessoa . É desse entendimento que se deriva
o processo de tratamento tanto para a pessoa quanto para a doença
 Ao abordarem este método, utilizam quatro componentes que interagem
entre si
Explorando a Saúde, a Doença e a Experiência da Doença
Entendendo a Pessoa como um todo;
Elaborando um Plano Conjunto de Manejo dos Problemas;
INTENSIFICANDO a RELAÇÃO entre a PESSOA e o MÉDICO
OBS:OBS:OBS: Anteriormente, o MCCP tinha 6 componentes, contando com a
abordagem da prevenção e promoção de saúde e a otimização do custo e
tempo. Este último chamado de “sendo realista”, mas estes dois itens foram
incluídos nos 4 componentes
Os quatro componentes interativos do método clínico centrado na pessoa:
1. Explorando a saúde, a doença e a experiência da DoençaExplorando a saúde, a doença e a experiência da DoençaExplorando a saúde, a doença e a experiência da Doença
- Percepções e experiências da saúde, pessoais e únicos (significados e
aspirações)
- Histórico, exame físico, exames complementares
- Dimensões da experiência da doença (sentimentos, ideias, efeitos no
funcionamento e expectativas)
222... Entendendo a Pessoa com um TodoEntendendo a Pessoa com um TodoEntendendo a Pessoa com um Todo
- A pessoa (exemplo: historia de vida, questões pessoais e de desenvolvi-
mento
- O contexto proximo (exemplo: família, trabalho, apoio social
- O contexto amplo (exemplo: cultura, comunidade, ecossistema)
3. Elaborando um Plano Conjunto entre a Pessoa e o Médico
- Problemas e prioridades
- Metas do tratamento e/ou do manejo
- Papéis da pessoa e do médico
4. Intensificando a Relação entre a Pessoa e o Médico
- Compaixão e empatia
- Poder
- Cura e esperança
- Autoconhecimento e sabedoria prática
- Transferência e contratransferência
Vantagens do MCCP
- Menos reclamação por negligência médica
- Maior sastifação do médico
- Maior sastifação dos que sentem ou estão doentes
- Maior adesão ao tratamento
- Redução das preocupações
- Melhores condições fisiológicas
Explorando a saúde, a doença e a experiência da doença
- Aqui neste primeiro componente do MCCP, é essencial diferenciar a doença
e o adoecimento. A doença possui observações objetivas para explicá-la. Por
sua vez, o adoecimento traz na experiência pessoal de quem tem a doença, a
explicação subjetiva deste acontecimento
- O primeiro componente do MCCP propõe que os médicos lancem um olhar
mais amplo para além da doença ao incluírem a exploração da saúde e a
experiência da doença das pessoas
- A experiência da doença é definida como a experiência pessoal e subjetiva
de estar doente, e essa experiência, em geral, lida com sentimentos como
medo, perda, solidão e traição
- A prestação de um cuidado efetivo requer assistência tanto para as doen-
ças que acometem a pessoa quanto para a experiência da pessoa com essas
doenças e o entendimento sobre o que ela compreende por “ter” Saúde
- Para se explorar a experiência da doença sugere-se abordar quatro dimen-
sões designadas pelo acrônimo SIFE
Entendendo a Pessoa com um Todo
- É o segundo componente do MCCP, na busca da integralidade para com-
preender o indivíduo, a família e o contexto em que está inserido, inclui o ciclo
de vida, a história de saúde e de vida, lazer, crenças, religião, relações pesso-
ais e amorosas, a rotina, sono, atividade física e hábitos de vida, o ambiente,
moradia, costumes e momento econômico
- Entender a pessoa como um todo pode ajudar o médico a aumentar sua in-
teração com ela em períodos específicos do ciclo de vida, ajudando-o a com-
preender sinais e sintomas pouco definidos ou reações exageradas e fora de
contexto
- Assim, para entender a pessoa como um todo, devem-se obter respostas
para perguntas como:
Que tipos de doenças existem na família?
Em que ponto do ciclo vital familiar a família se encontra?
Em que ponto do desenvolvimento individual a pessoa está?
Quais as tarefas da família e da pessoa nessa etapa do ciclo de vida?
Existem pendências das etapas anteriores?
Como a doença afeta as tarefas dos integrantes da família?
Como a família experienciou doenças?
Elaborando um plano conjunto de manejo dos problemas
- Terceiro componente do MCCP, propõe encontrar um terreno comum, um acordo
para elaborar um plano conjunto de manejo dos problemas, estabelecendo os com-
promissos, definindo metas e prioridades no plano
- Esse terceiro componente do MCCP é o compromisso mútuo de encontrar um pro-
Revisão N1 - IESC III
Enízia Simões
3°período
jeto comum para tratar dos problemas. É importante em qualquer situação, mas se
torna fundamental como ferramenta para realizar um manejo de sucesso às pesso-
as com doenças crônicas, desenvolvendo intervenção terapêutica
- Desenvolver um plano efetivo de manejo requer do médico e da pessoa a busca
pela concordância em três áreas principais:
Definição do problema a ser manejado. Com frequência, os médicos e as pesso-
as doentes têm pontosmde vista divergentes em diversas áreas, e a busca de
uma solução não envolve apenas barganha e negociação, mas também um movi-
mento para conciliar opiniões ou achar terreno comum, devendo o médico in-
corporar ideias, sentimentos, expectativas e ocupação da pessoa ao planejar o
manejo da situação.
Estabelecimento das metas e prioridades do tratamento. Depois de a pessoa e
o médico chegarem a um entendimento e concordância mútuos em relação aos
problemas, o próximo passo é explorar as metas e as prioridades para o trata-
mento.
Identificação dos papéis a serem assumidos pela pessoa e pelo médico.
Intensificando a relação entre a pessoa e o médico- As pessoas, quando consultam, esperam que o médico demonstre seguran-
ça e controle ( não confundir com paternalismo e centrado no médico), atuan-
do tecnicamente, o que transmite e proporciona confiança no profissional
- O tempo pode e deve ser administrado conforme a necessidade da pessoa
e nossa disponibilidade. Um dos recursos é utilizar a escuta ativa, primeiro de-
monstrando que estamos interessados na pessoa e seus problemas, o que
pode ser desenvolvido com contato visual, sorriso e acenos de cabeça; depois
ouvir a pessoa durante pelo menos 2 minutos sem interromper é suficiente
para que ela fale o essencial; a partir daí, assumimos com a escuta ativa: ou-
vir mas direcionando para o que desejamos e precisamos fazer
- Estabelecimento das metas e prioridades do tratamento. Depois de a pes-
soa e o médico chegarem a um entendimento e concordância mútuos em re-
lação aos problemas, o próximo passo é explorar as metas e as prioridades
para o tratamento.
- Identificação dos papéis a serem assumidos pela pessoa e pelo médico.
Revisão N1 - IESC III
Enízia Simões
3°período
Projeto Terapêutico Singular (PTS)
Palestra 04
- O PTS é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas,
para um sejeito individual ou coletivo, resultando da discussão coletiva de uma
equipe interdisciplinar, com apoio matricial se necessário
- O PTS incorpora a noção interdisciplinar que recolhe a contribuição de várias
especialidades e de distintas profissões. Assim, depois de uma avaliação com-
partilhada sobre as condições do usuário, são acordados procedimentos a
cargo de diversos membros da equipe multiprofissional, denominada equipe de
referência.
- O projeto terapêutico singular deve ser um instrumento que responda às
demandas objetivas e subjetivas dos usuários e tem como objetivo a produção
de sua autonomia e apropriação de seu processo de cuidado
Características do PTS
- Ferramenta ou dispositivo construído coletivamente
- Auxilia as equipes de saúde na definição e direcionamento de suas ações
- Garante ações coerentes com o contexto de cada pessoa
- Surge da escuta da pessoa: valores, desejos, vínculos
- Discussões em equipe mais participação da pessoa
- Profissionais participantes: todos independente de formação
- Elaborado entre diversos níveis de atenção e setores
- Clínica ampliada e matricial
Fases do PTS
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
- Conta com uma avaliação orgânica, psicológica e social, que possibilite
uma conclusão a respeito dos riscos e da vunerabilidade do usuário
- Deve verificar como o sujeito se produz diante de forças como as do-
enças e aspectos pessoais. Ou seja, tentar entender quem o sujeito “ser
é”
DEFINIÇÃO DE METASDEFINIÇÃO DE METASDEFINIÇÃO DE METAS
- Após o diagnóstico, a equipe faz propostas de curto, médio e longo
prazo, que serão negociadas com o sujeito doente pelo membro da equi-
pe que tiver um vínculo melhor
DIVISÃO DE RESPONSABILIDADEDIVISÃO DE RESPONSABILIDADEDIVISÃO DE RESPONSABILIDADE
- Definir as tarefas de cada um com clareza
- Responsabilizar a pessoa pelo seu PTS
- Estabelecer a aparticipação dos familiares e comunidades
- Definir o profissional de referência para acompanhar o andamento das
ações; independente da formação; vínculo com o usuário; pode acionar
profissionais de outras equipes quando necessário; realizar novas negoci-
ações com o usuário
REAVALIAÇÃOREAVALIAÇÃOREAVALIAÇÃO
- Discutira evolução do tratamento e se farão as devidas correções de
rumo
- Identificar resultados alcançados
- Avaliar as estratégias utilizadas
- Definir novos rumos do projeto
Ferramentas para o PTS
- Anamnese clínica e anamnese em clínica ampliada
- Genograma e ecomapa
- Mapa de cuidado
- Escalas de vunerabilidade e risco
- Prontuários
- Visitas domiciliares
- Reuniões
Revisão N1 - IESC III
Enízia Simões
3°período
Acolhimento na APS e PNH
Palestra 05
Politica Nacional de HumanizaPolitica Nacional de HumanizaPolitica Nacional de Humanização (PNH)o (PNH)o (PNH)
- Lançada em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH) busca pôr em
prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde, produzindo
mudanças nos modos de gerir e cuidar
- A PNH estimula a comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários pa-
ra construir processos coletivos de enfrentamento de relações de poder,
trabalho e afeto que muitas vezes produzem atitudes e práticas desumaniza-
doras que inibem a autonomia e a corresponsabilidade dos profissionais de
saúde em seu trabalho e dos usuários no cuidado de si
PrincipiosPrincipiosPrincipios
Transversalidade
- Transversalizar é reconhecer que as diferentes especialidades e práticas
de saúde podem conversar com a experiência daquele que é assistido. Juntos,
esses saberes podem produzir saúde de forma mais corresponsável
- A Política Nacional de Humanização deve se fazer presente e estar inserida
em todas as políticas e programas do SUS
- A PNH busca transformar as relações de trabalho a partir da ampliação do
grau de contato e da comunicação entre as pessoas e grupos, tirando-os do
isolamento e das relações de poder hierarquizadas
Indissociabilidade entre atenção e gestão
- As decisões da gestão interferem diretamente na atenção à saúde. Por is-
so, trabalhadores e usuários devem buscar conhecer como funciona a gestão
dos serviços e da rede de saúde, assim como participar ativamente do pro-
cesso de tomada de decisão nas organizações de saúde e nas ações de saúde
coletiva
- Ao mesmo tempo, o cuidado e a assistência em saúde não se restringem às
responsabilidades da equipe de saúde. O usuário e sua rede sociofamiliar de-
vem também se corresponsabilizar pelo cuidado de si nos tratamentos, assu-
mindo posição protagonista com relação a sua saúde e a daqueles que lhes
são caros
Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos
- Qualquer mudança na gestão e atenção é mais concreta se construída com
a ampliação da autonomia e vontade das pessoas envolvidas, que comparti-
lham responsabilidades
- Os usuários não são só pacientes, os trabalhadores não só cumprem or-
dens: as mudanças acontecem com o reconhecimento do papel de cada um
- Um SUS humanizado reconhece cada pessoa como legítima cidadã de direi-
tos e valoriza e incentiva sua atuação na produção de saúde
DiretrizesDiretrizesDiretrizes
- A Política Nacional de Humanização atua a partir de orientações clínicas, éti-
cas e políticas, que se traduzem em determinados arranjos de trabalho
Acolhimento
- Acolher é reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessi-
dade de saúde. O acolhimento deve comparecer e sustentar a relação entre
equipes/serviços e usuários/ populações
- Como valor das práticas de saúde, o acolhimento é construído de forma co-
letiva, a partir da análise dos processos de trabalho e tem como objetivo a
construção de relações de confiança, compromisso e vínculo entre as equi-
pes/serviços, trabalhador/equipes e usuário com sua rede socioafetiva
- Pode ser feita com uma escuta qualificada oferecida pelos trabalhadores às
necessidades do usuário, é possível garantir o acesso oportuno desses usuá-
rios a tecnologias adequadas às suas necessidades, ampliando a efetividade
das práticas de saúde. Isso assegura, por exemplo, que todos sejam atendidos
com prioridades a partir da avaliação de vunerabilidade, gravidade e risco
- Para a PNH, o acolhimento é uma das diretrizes de maior relevância éti-
ca/estética/política
ÉticaÉticaÉtica no que se refere ao compromisso com o reconhecimento do outro,
na atitude de acolhê-lo em suas diferenças, suas dores, suas alegrias,
seus modos de viver, de sentir e de estar na vida
EstéticaEstéticaEstética porque traz para as relações e os encontros do dia a dia a in-
venção de estratégias que contribuem para a dignificação da vida e do
viver e, assim, para a construção de nossa própria humanidade
PolíticaPolíticaPolítica uma vez que implica o compromisso coletivo de envolver-se neste
“estar com”, potencializando protagonismo e vida nos diferentes encon-
tros
Gestão participativa e cogestão
- Expressatanto a inclusão de novos sujeitos nos processos de análise e deci-
são quanto a ampliação das tarefas da gestão - que se transforma também
em espaço de realização de análise dos contextos, da política em geral e da
saúde em particular, em lugar de formulação e de pactuação de tarefas e de
aprendizado coletivo
* A organização e experimentação de rodas é uma importante orientação da
cogestão. Rodas para colocar as diferenças em contato de modo a produzir
movimentos de desestabilização que favoreçam mudanças nas práticas de
gestão e de atenção
Ambiência
- Criar espaços saudáveis, acolhedores e confortáveis, que respeitem a pri-
vacidade, propiciem mudanças no processo de trabalho e sejam lugares de
encontro entre as pessoas
Clínica ampliada e compartilhada
- É uma ferramenta teórica e prática cuja finalidade é contribuir para uma
abordagem clínica do adoecimento e do sofrimento, que considere a singulari-
dade do sujeito e a complexidade do processo saúde/doença
- Permite o enfretamento da fragmentação do conhecimento e das ações de
saúde e seus respectivos danos e ineficácia
Valorização do trabalhador
- É importante dar visibilidade à experiência dos trabalhadores e incluí-los na
tomada de decisão, apostando na sua capacidade de analisar, definir e qualifi-
car os processos de trabalho
Defesa dos direitos dos usuários
- Os usuários de saúde possuem direitos garantidos por lei e os serviços de
saúde devem incentivar o conhecimento desses direitos e assegurar que eles
sejam cumpridos em todas as fases do cuidado, desde a recepção até a alta
- Todo cidadão tem direito a uma equipe que cuide dele, de ser informado so-
bre sua saúde e também de decidir sobre compartilhar ou não sua dor e ale-
grua com sua rede social
Revisão N1 - IESC III
Enízia Simões
3°período
RESULTADOS ESPERADOS
- Redução de filas e do tempo de espera, com ampliação do acesso;
- Atendimento acolhedor e resolutivo baseados em critérios de risco;
- Implantação de modelo de atenção com responsabilização e vínculo;
- Garantia dos direitos dos usuários;
- Valorização do trabalho na saúde;
- Gestão participativa nos serviços.
Revisão N1 - IESC III
Enízia Simões
3°período
Educação permanente e continuada
Palestra 06
Atributos da Atenção Primária a Saúde
Essenciais
Acesso:Acesso:Acesso:
CoordenaçãoCoordenaçãoCoordenação: o serviço de APS deve ser capaz de integrar todo o cuida-
do que o cidadão recebe nos diferentes níveis do sistema de saúde
Longitudinalidade:Longitudinalidade:Longitudinalidade: é a existência de uma fonte continuada de atenção, as-
sim como sua utilização ao longo do tempo. Além disso, a ligação entre a
população e sua fonte de atenção deve refletir-se em relações inter-
pessoais intensas que expressem a identificação mútua entre as pesso-
as atendidas e os profissionais de saúde
Integralidade:Integralidade:Integralidade: a Atenção Primária deve organizar-se de tal forma que o
cidadão tenha todos os serviços de saúde necessários , identificando e
proporcionando os serviços preventivos, bem como serviços que possibili-
tem o diagnóstico e o tratamento das doenças , estabelecendo também
a forma adequada para a resolução de problemas, sejam orgânicos, fun-
cionais ou sociais. É ter direito a todos os recursos que SUS libera.
Derivados
Foco na imagemFoco na imagemFoco na imagem
Abordagem comunitáriaAbordagem comunitáriaAbordagem comunitária
Competência cultural:Competência cultural:Competência cultural: é a adaptação e capacidade do provedor do cuida-
do (profissional de saúde) em facilitar a relação com a população que
apresenta características culturais especiais .
*No eixo da educação permanente, indica-se que a PNH componha o conteúdo
profissionalizante na graduação, pós-graduação e extensão em saúde, vincu-
lando-se aos Núcleos de Educação Permanente e ás instituições de formação
Educação em saúde
- A politica nacional de educação permanente em saúde (PNEPS), instituida no
ano de 2004, representa um marco para a formação e trabalho em saúde
no país
- Resultado de lutas e esforços promovidos pelos defensores do tema da
educação dos profissionais de saúde, como forma de promover a transfor-
mação das práticas do trabalho em saúde a PNEPS é uma conquista da socie-
dade brasileira
 A PORTARIA N.198/GM/MS:
- Em 13 de Fevereiro de 2004, institui a Política Nacional de Educação
em Saúde como estratégia do SUS para a formação e o desenvolvimento
de trabalhadores para o setor
- Revisada em 2007:
Qualificar a formação dos profissionais das equipes e ampliar a capacida-
de resolutiva dos serviços de AB
A introdução da EPS é estratégia fundamental para a recomposição das
práticas de formação, atenção, gestão, formulação de políticas e contro-
le social no setor da saúde, estabelecendo, inclusive, ações intersetoriais
Educação permanente
- É a realização do encontro entre o mundo de formação e o mundo de
trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organi-
zações e ao trabalho
- Envolve mudanças:
Nas relações
Nos processos
Nos atos de saúde
Nas organizações
Nas pessoas
- Seu objetivo principal é: A transformação das práticas
- Modo de operação: ascendente  a partir da análise coletiva dos proces-
sos de trabalho, identificam-se nós críticos enfrentados na atenção ou na
gestão
Educação continuada
- Processo dinâmico de ensino-aprendizagem, ativo e permanente, destinado
a atualizar e melhorar a capacitação de pessoas ou grupos, face à evolução
cientifico-tecnológica à necessidade sociais e aos objetivos e metas institucio-
nais
Educação continuada X educação permanenteEducação continuada X educação permanenteEducação continuada X educação permanente
CONTINUADACONTINUADACONTINUADA PERMANENTEPERMANENTEPERMANENTE
O público é formado por profissio-
nais específicos
O público alvo é multiprofissional
Prática autônoma Prática institucionalizada
Foco em temas de especialidades Foco em problemas de saúde
Objetiva a atualização técnico-cien-
tífica
Objetiva a tranformação das práti-
cas técnicas e sociais
Prioridade esporádica Periodicidade contínua
Atividades educativas acontecem no
formato de cursos padronizados,
com CH e conteúdos pré-definidos
Usa metodologia centrada na reso-
lução do problema
Busca mudança da realidade
PERMANENTEPERMANENTEPERMANENTE ASPECTOSASPECTOSASPECTOS CONTINUADACONTINUADACONTINUADA
Multiprofissional Público-alvo Uniprofissional
Prática institucionalizada enfoque Temas de Especialidades
Transformação das
práticas técnicas e soci-
ais
Objetivo principal Atualização Técnico Cien-
tífica
Continua Periodicidade Esporádica
Pedagogia centrada na
resolução de problemas
Metodologia Pedagogia da transmis-
são
Mudança Resultados Apropriação
Revisão N1 - IESC III
Enízia Simões
3°período
Atenção Domiciliar (AD)
Palestra 07
- A Política Nacional de Atenção Domiciliar - A Política Nacional de Atenção Domiciliar - A Política Nacional de Atenção Domiciliar definedefinedefine a Atenção Domiciliar (AD) a Atenção Domiciliar (AD) a Atenção Domiciliar (AD)
no SUS como uma:no SUS como uma:no SUS como uma:
“Modalidade de atenção à saúde substitutiva ou complementar as já existen-
tes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, preven-
ção, tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garan-
tia de continuidade de cuidados e integrada às Redes de Atenção à Saúde
(RAS)”
- A Atenção Domiciliar possibilita:
Aproximação de profissionais e usuários
Promoção da equidade
Melhora da compreensão do contexto de vida
- O cuidado domiciliar pode ser caracterizado da seguinte forma:
Atenção domiciliarAtenção domiciliarAtenção domiciliar é a categoria mais ampla que inclui as outras e pode
ser também denominada atendimento ou cuidado domiciliar. Baseia-se na
interação do profissional com a pessoa, com sua família e com o cuida-
dor, quando este existe, e se constitui em conjunto de atividades realiza-
das no domicílio de forma programada e continuada, conforme a necessi-
dade
Assistência domiciliarAssistência domiciliarAssistência domiciliar estáligada a todo e qualquer atendimento a domicí-
lio realizado por profissionais que integram a equipe de saúde. Não leva
em conta a complexidade ou o objetivo do atendimento que pode ser uma
orientação simples até um suporte ventilatório invasivo domiciliar
Atendimento domiciliarAtendimento domiciliarAtendimento domiciliar é a categoria diretamente relacionada à atuação
profissional no domicílio, que pode ser operacionalizada por meio da visita
e da internação domiciliar. Envolve atividades que vão da educação e pre-
venção à recuperação e manutenção da saúde das pessoas e seus fami-
liares no contexto de suas residências
Visita domiciliarVisita domiciliarVisita domiciliar prioriza o diagnóstico da realidade do individuo e as ações
educativas. É geralmente programada e utilizada com o intuito de subsidi-
ar intervenções ou o planejamento de ações
Internação domiciliarInternação domiciliarInternação domiciliar é uma categoria mais especifica, que envolve a utili-
zação de aparato tecnológico em domicilio, de acordo com as necessida-
des de cada situação. Não substitui a internação hospitalar, mas pode se
constituir como uma continuidade desta, de forma temporária
Portaria N. 825 de 25 de abril de 2016Portaria N. 825 de 25 de abril de 2016Portaria N. 825 de 25 de abril de 2016
- Art. 1º Esta Portaria redefine a Atenção Domiciliar (AD) no âmbito do Siste-
ma Único de Saúde (SUS) e atualiza as equipes habilitadas
- Art. 2º Para efeitos desta Portaria considera-se:
I - Atenção Domiciliar (AD):Atenção Domiciliar (AD):Atenção Domiciliar (AD): modalidade de atenção à saúde integrada
às Rede de Atenção à Saúde (RAS), caracterizada por um conjunto de ações
de prevenção e tratamento de doenças, reabilitação, paliação e promoção à
saúde, prestadas em domicílio, garantindo continuidade de cuidados;
II - Serviço de Atenção Domiciliar (SAD)Serviço de Atenção Domiciliar (SAD)Serviço de Atenção Domiciliar (SAD): serviço complementar aos
cuidados realizados na atenção básica e em serviços de urgência, substitutivo
ou complementar à internação hospitalar, responsável pelo gerenciamento e
operacionalização das Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD)
e Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP); e
III - cuidador:cuidador:cuidador: pessoa(s), com ou sem vínculo familiar com o usuário, ap-
ta(s) para auxiliá-lo em suas necessidades e atividades da vida cotidiana e que,
dependendo da condição funcional e clínica do usuário, deverá(ão) estar pre-
sente(s) no atendimento domiciliar.
ATRIBUIÇÕES
I - trabalhar em equipe multiprofissional integrada à RAS;
II - identificar, orientar e capacitar o(s) cuidador(es) do usuário em
atendimento, envolvendo-o(s) na realização de cuidados, respeitando seus limi-
tes e potencialidades, considerando-o(s) como sujeito(s) do processo;
III - acolher demanda de dúvidas e queixas dos usuários, familiares ou
cuidadores;
IV - promover espaços de cuidado e de trocas de experiências para
cuidadores e familiares;
V - utilizar linguagem acessível, considerando o contexto;
VI - pactuar fluxos para atestado de óbito, devendo ser preferencial-
mente emitido por médico da EMAD ou da Equipe de Atenção Básica do res-
pectivo território;
VII - articular, com os demais estabelecimentos da RAS, fluxos para
admissão e alta dos usuários em AD, por meio de ações como busca ativa e
reuniões periódicas; e
VIII - participar dos processos de educação permanente e capacita-
ções pertinentes.
Organização
- A AD será prganizada em três modalidades:
Atenção Domiciliar 1 (AD 1):Atenção Domiciliar 1 (AD 1):Atenção Domiciliar 1 (AD 1): é de responsabilidade das equipes de atenção
básica, por meio de acompanhamento regular em domicílio, de acordo co-
om as especificidades de cada caso
- Problemas de saúde com dificuldade de locomoção a unidade, acompa-
nhamento contínuo
(Atenção domiciliar de baixa complexidade)
*A prestação da assistência na modalidade AD1 é de responsabilidade
das equipes de atenção primária à saúde
Atenção Domiciliar 2 (AD 2):Atenção Domiciliar 2 (AD 2):Atenção Domiciliar 2 (AD 2): o usuário que, tendo indicação de AD, e com
o fim de abreviar ou evitar hospitalização.
- Afecções agudas
- Crônico-degenerativas
- Cuidados paliativos
- Prematuridade
(AD de média complexidade)
Atenção Domiciliar 3 (AD 3):Atenção Domiciliar 3 (AD 3):Atenção Domiciliar 3 (AD 3): usuário com qualquer das situações listadas
na modalidade AD 2, quando necessitar de cuidado multiprofissional mais
frequentemente, uso de equipamento(s) ou agregação de procedimen-
to(s) de maior complexidade
- Uso de equipamentos
- Ventilação mecânica
- Nutrição parental
(AD de alta complexidade)
- Os problemas de saúde e procedimentos que indicam a inclusão das pessoas
nas modalidades de cuidado Ad2 e AD3 e, portanto, inclusas em um ponto da
Rede de Atenção à Saúde complementar à APS – os SADs – são:
Afecções agudas ou crônicas agudizadas, com necessidade de cuidados
Revisão N1 - IESC III
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3°período
intensificados e sequenciais, como tratamentos parenterais ou reabilita-
ção.
Afecções crônico-degenerativas, considerando o comprometimento cau-
sado pela doença, que demande atendimento no mínimo semanal.
Necessidade de cuidados paliativos com acompanhamento clínico no míni-
mo semanal, com o fim de controlar a dor e o sofrimento do usuário.
Prematuridade e baixo peso em bebês com necessidade de ganho ponde-
ral.
PORQUE REALIZAR A VISITA DOMICILIAR?PORQUE REALIZAR A VISITA DOMICILIAR?PORQUE REALIZAR A VISITA DOMICILIAR?
- A visita domiciliar (VD) viabiliza a desinstituição de usuários que se encontram
internados nos serviços hospitalares, além de evitar hospitalizações desne-
cessárias a partir de serviços de pronto atendimento
- Amplia o acesso, o acolhimento e humanização das pessoas que estão res-
tritas ao leito ou domicilio
Art. 25. São requisitos para habilitação do SAD:Art. 25. São requisitos para habilitação do SAD:Art. 25. São requisitos para habilitação do SAD:
I - população municipal igual ou superior a 20.000 (vinte mil) habitan-
tes, com base na população mais recente estimada pela Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
II - hospital de referência no Município ou região a qual integra; e
III - cobertura de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU
192) habilitado e em funcionamento.
Conceito de visita domiciliarConceito de visita domiciliarConceito de visita domiciliar
- Tecnologia de interação no cuidado à saúde - conhecimento das condições de
vida
- Estabelece o rompimento do modelo hegemônico central na doença
Objetivos de uma visita domiciliarObjetivos de uma visita domiciliarObjetivos de uma visita domiciliar
- Conhecer o domicilio e suas características (ambientais, culturais, etc...)
- Verificar estruturas e organizações da família
- Identificar fatores de risco familiares
- Prestar orientações e responder as dúvidas da família e definir plano a ser
seguido
Planejamento de uma visita domiciliarPlanejamento de uma visita domiciliarPlanejamento de uma visita domiciliar
1. Definir o alvo
2. Definir os profissionais envolvidos
3. Definir itinerário e operacionalização
4. Definir tempo para execução e priorizar horário adequado
5. Agendamento e confirmação
6. Definir rota pela demanda dos domícilios
7. Selecionar equipamentos necessários
Fluxo admissional na ADFluxo admissional na ADFluxo admissional na AD
- A equipe de atenção básica realiza múltiplas ações no domicílio, como o ca-
dastramento, busca ativa, ações de vigilância e de educação em saúde
*Identifica usuário que demande acompanhamento
- Verificar a classificação do usuário conforme a necessidade de cuidado
*Ad1, Ad2 ou AD3
Revisão N1 - IESC III
Enízia Simões
3°período
Doenças crônicas não transmissíveis
Palestra 08
- As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) constituem o grupo de doen-
ças de maior magnitude no País, atingindo, especialmente, as populações mais
vulneráveis, como as de baixas renda e escolaridade
- Exemplos de DCNT: hipertensão arterial, infarto agudo domiocárdio, aciden-
te vascular cerebral, diabetes, neoplasias, e doenças respiratórias crônicas.
- O Plano de Enfrentamento das DCNT tem o objetivo de promover o desen-
volvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, integradas, sus-
tentáveis e baseadas em evidências para a prevenção e o controle das DCNT
e seus fatores de risco, além de apoiar os serviços de saúde voltados às do-
enças crônicas.
- O Plano aborda os quatro principais grupos de doenças crônicas não trans-
missíveis (cardiovasculares, câncer, respiratórias crônicas e diabetes) e seus
fatores de risco modificáveis (tabagismo, consumo abusivo de álcool, inativida-
de física, alimentação inadequada e obesidade) e define diretrizes e ações em
três eixos:
Vigilância, informação, avaliação e monitoramento.
Promoção da saúde.
Cuidado integral.
→ Metas nacionais propostas: Metas nacionais propostas: Metas nacionais propostas:
Reduzir a taxa de mortalidade prematura (<70 anos) por DCNT em 2%
ao ano;
Reduzir a prevalência de obesidade em crianças;
Reduzir a prevalência de obesidade em adolescentes;
Deter o crescimento da obesidade em adultos;
Reduzir as prevalências de consumo nocivo de álcool;
Aumentar a prevalência de atividade física no lazer;
Aumentar o consumo de frutas e hortaliças;
Reduzir o consumo médio de sal;
Reduzir a prevalência de tabagismo;
Aumentar a cobertura de mamografia em mulheres entre 50 e 69
anos;
Aumentar a cobertura de exame preventivo de câncer de colo uterino
em mulheres de 25 a 64 anos;
Tratar 10 0% das mulheres com diagnóstico de lesões precursoras de
câncer.
 Caracrterísticas epidemiológicas das doenças não transmissíveis
- História natural prolongada
- Longo período de latência
- Doenças complexas: multiplicidade de fatores de risco
- Interação de fatores etiológicos e de risco conhecidos e desconhecidos
- Causa necessária desconhecida em sua maioria
 Fatores de risco para doenças não transmissíveis
- História familiar
- Estrsse
- Vida sedentária/falta de exercício
- Dieta inadequada
- Hipercolesterolemia
- Obesidade
- Hábito de fumar
- Consumo de álcool
- Hipertensão arterial
- Exposição a agentes especificos
Ações estratégicasAções estratégicasAções estratégicas
- Para o alcance das metas, foram definidas 226 ações estratégicas a se-
rem desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, pelos estados, pelo Distrito Fede-
ral e pelos municípios. As ações estratégicas são apresentadas por bloco e
associadas aos indicadores e às metas com os quais há possibilidade de in-
fluência direta no alcance deles.
- O bloco das ações estratégicas para promoção da saúde, prevenção, produ-
ção do cuidado e assistência para enfrentamento dos fatores de risco para
as doenças e agravos não transmissíveis apresenta as ações organizadas a
partir da vinculação dos fatores de risco para as Dant com os eixos promo-
ção da saúde, atenção integral à saúde , vigilância em saúde e prevenção das
Dant à saúde.
Eixo promoção da saúde
- Elaborar plano de comunicação para a população, estabelecendo canais de
comunicação com influenciadores digitais, blogueiros e vlogueiros para pautar
discussões, contemplando todos os ciclos de vida e relacionando os seguintes
temas com a promoção da saúde e a prevenção de doenças crônicas, violên-
cias e acidentes: cidades sustentáveis, ambientes saudáveis, saúde e seguran-
ça no trabalho, prática de atividade física, qualidade do ar, mudanças climáti-
cas, exposição a químicos, alimentação saudável, prevenção do tabagismo,
prevenção do uso abusivo do álcool, cultura de paz, mobilidade sustentável e
qualidade do ar, soluções inovadoras em saúde, equidade em saúde, saúde
mental e governança em saúde.
- Articular com canais de TV estatais a produção e a veiculação de progra-
mas com os temas do Plano de Doenças e Agravos não Transmissíveis (Dant).
Eixo atenção integral à saúde
- Fortalecer os mecanismos de verificação de custo-efetividade para a incor-
poração de novas tecnologias voltadas às DCNT.
- Fortalecer o complexo produtivo da saúde para ampliar a produção de insu-
mos farmacêuticos (fármacos) destinados ao enfrentamento das DCNT
Eixo vigilância em saúde
- Criar o bservatório nacional de violências e acidentes.
- Disponibilizar ferramentas e estratégias de formação em vigilância de doen-
ças e agravos não transmissíveis (Dant) e análise de iniquidades em saúde pa-
ra profissionais do SUS.
Eixo prevenção de doenças e agravos à saúde
- Desenvolver ações intersetoriais para ampliar a fluoretação das águas de
abastecimento público garantindo-se continuidade e teores adequados de fluo-
reto, objetivando a prevenção da doença cárie dentária.
- Disseminar oas práticas para a prevenção de DCNT e obesidade realizadas
na atenção primária à saúde
AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA ENFRENTAMENTO DOS FATORES DE RISCO PA-AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA ENFRENTAMENTO DOS FATORES DE RISCO PA-AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA ENFRENTAMENTO DOS FATORES DE RISCO PA-
RA DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEISRA DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEISRA DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS
ÁLCOOL
PROMOÇÃO DA SAÚDEPROMOÇÃO DA SAÚDEPROMOÇÃO DA SAÚDE
- Apoiar projetos de lei que visem à alteração da Lei n. 9294/1996 para
vedar a propagação de bebidas alcoólicas nos meios de comunicação
- Apoiar medidas regulatória e fiscais para reduzir o consumo de bebidas
alcoólicas e que permitem informar, por meio do rótulo, os prejuizos re-
lacionados ao consumo
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDEATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDEATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
- Qualificar as equipes do Consultório na rua no cuidado à saúde mental e
à prevenção do uso prejudicial de álcool para a população em situação de
rua
VIGILÂNCIA EM SAÚDEVIGILÂNCIA EM SAÚDEVIGILÂNCIA EM SAÚDE
- Qualificar a disponibilidade de informação no Sinan sobre quesitos de
equidade e renda em relação aos agravos decorrentes do consumo de ál-
cool
PREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDEPREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDEPREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDE
Revisão N1 - IESC III
Enízia Simões
3°período
- Fortalecer a abordagem familiar na Atenção Primária à Saúde, desen-
volvendo linhas de cuidado e ações de prevenção que abordem riscos e
consequências decorrentes do consumo abusivo de álcool
TABACO
PROMOÇÃO DA SAÚDEPROMOÇÃO DA SAÚDEPROMOÇÃO DA SAÚDE
- Apoiar e lançar camapnhas pela proibição total da propagana de cigar-
ros, incluindo exposição para venda; proibição de venda a menores; publi-
cidade internacional e meios modernos de comunicação, a adoção de em-
balagens padronizadas e a comercialização, importação e propaganda dos
dispositivos eletrônicos para fumar
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDEATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDEATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
- Induzir e articular a implementação de medidas regulatórias relaciona-
das à comercialização, à propaganda, ao consumo e à fiscalização contra
a venda de produtos ilegais
- Ampliar o acesso, por meio do fortalecimento de linhas de cuidado inte-
gral em todos os níveis de atenção para pessoas em uso de tabaco
VIGILÂNCIA EM SAÚDEVIGILÂNCIA EM SAÚDEVIGILÂNCIA EM SAÚDE
- Desenvolver estudos para apoiar a implementação da proibição de aditi-
vos de aroma e sabor em produtos fumígenos, derivados ou não do ta-
baco
PREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDEPREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDEPREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDE
- Estimular o desenvolvimento de ambientes saudáveis no trabalho, na
escola, na comunidade e nos serviços de saúde no âmbito do SUS por
meio do incentivo a implementação de “ambientes livres de produtos fu-
mígenos derivados ou não do tabaco”
AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE, PREVENÇÃO E CUIDA-AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE, PREVENÇÃO E CUIDA-AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE, PREVENÇÃO E CUIDA-
DO FRENTE AO GRUPO DE DCNTDO FRENTE AO GRUPO DE DCNTDO FRENTE AO GRUPO DE DCNT
CÂNCER
PROMOÇÃO DA SAÚDEPROMOÇÃO DA SAÚDEPROMOÇÃO DA SAÚDE
- Realizar campanha nacional sobre os fatores de proteção para os cân-
ceres mais prevalentes e passíveis de prevenção
- Realizar ações de promoção da saúde e prevenção aos fatores de ris-
co como tabagismo,obesidade, inatividade física, alcoolismo, má alimenta-
ção, entre outros, visando à adoção de modos de vida saudáveis
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDEATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDEATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
- Aperfeiçoar o rastreamento do câncer do colo do útero e evoluit do
modelo oportunístico para o modelo organizado, com garantia da qualida-
de do exame, de confirmação diagnóstica, do tratamento de lesões pre-
cursoras, como seguimento de acordo com as diretrizes nacionais e a
referência dos casos confirmados de câncer para o nível terciário
VIGILÂNCIA EM SAÚDEVIGILÂNCIA EM SAÚDEVIGILÂNCIA EM SAÚDE
- Estimular e ampliar a notificação de câncer relacionado ao trabalho no
Sinan
PREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDEPREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDEPREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDE
- Aumentar a cobertura vacinal de HPV em meninas com idade de 9 a 14
anos e para meninos com idade de 11 a 14 anos em articulação com as
redes pública e particular de ensino
Referências
- BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Plano de
ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas e agravos
não transmissíveis no Brasil 2021-2030. Brasília: Ministério da Saúde, 2021.
- GUSSO, G. LOPES, José Ceratti. (Org.). Tratado de medicina de família e co-
munidade: princípios, formação e prática. Dados eletrônicos. Porto Alegre:
Artmed, 2018, v. 2, cap. 76, p. 570-576.
- Ministério da Saúde. Caderno de atenção domiciliar. Brasília: Ministério da
Saúde, 2013.
- Ministério da Saúde. Caderno de atenção domiciliar. Brasília: Ministério da
Saúde, 2013
- BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização. Brasília: 2013
- MALCHER, C. M. S. R. Curso de Especialização em Saúde da Família. Método
Clínico Centrado na Pessoa.

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