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Revisão N1 - IESC III Enízia Simões 3°período Diferentes padrões e dinâmicas familiares Palestra 01 Conceito de famíliaConceito de famíliaConceito de família - Conceito de família por Natan Ackeman: A família é um modelo universal para viver. Ela é uma unidade de crescimento; de experiência; de sucesso e fracasso; ela é tam- bém a unidade da saúde e da doença - Família é o grupo social natural que determina as respostas de seus membros por meio de respostas de seus componentes do interior para o exterio - Trata-se de um sistema aberto, dinâmico e complexo, cujos membros pertencem a um mesmo contexto social compartilhado, lugar do reconhecimento da diferença e do aprendizado quanto ao se unir ou se separar e sede das primeiras trocas afetivo-emo- cionais e da construção da identidade - Podemos coniderar a família como uma unidade base para o treinamento social - Trata-se do ambiente em que se experimenta o primeiro senso de pertencimento, identidade e conexão - A família representa a proteção, o apoio e também a fonte de modelos que direciona a forma como cada um aprende a ser e a enfrentar as dificuldades. Tipos de família - Existem diversas formas de apresentação da família A família “nuclear” é formada por pai, mãe e filhos, como o modelo-padrão, ou seja, é formada pelos familiares consagui- neos A família “extensa” é compreendida por mais de uma gera- ção, podendo ter vinculos colaterais, como tios, primos e pa- drinhos A família “abrangente” inclui os não parentes que coabitam a casa. A família “unitária” é composta por uma só pessoas A família “monoparental” é constituida por um dos pais biológi- cos e o filho ou filhos, independente de vínculos externos ao núcleo A família “reconstittuída” é composta por membros de uma família que em um dado momento teve outras configurações, sofreu uma ruptura e passou a ter um novo formato A família “institucional” tem função de criar e desenvolver afe- tivamente a criança, o adolescente ou grupos afins A família “homossexual” é constituida pela união de pessoas do mesmo sexo, que constituem um casal, podendo adotar fi- lhos A família “funcional” é formada por pessoas que moram juntas e desempenha papéis parentais em relação a uma criança ou a um adolescente * A prática do médico de família e comunidade envolve uma par- ceria entre o médico, a pessoa e a família Funções gerais da famíliaFunções gerais da famíliaFunções gerais da família - Assegurar a sobrevivência de seus membros - Ajudar a modelar suas qualidade humanas - Garantir o pleno desenvolvimento dos indivíduos (necessidades sociais, biológicas, afetivas e intelectuais) Conceito de famíliaConceito de famíliaConceito de família - O ciclo de vida familiar é uma sequência de transformações na história do desenvolvimento da família. - O simples fato de localizar a fase do ciclo das famílias e suas cri- ses, durante os atendimentos, permite que o médico de família gere hipóteses - A prevenção ou o processo curativo pode ocorrer pelo simples fato de mostrar à família, ou à pessoa que está em consulta, o momento do ciclo em que está e, também, de preparar para as mudanças previstas, relembrando as expectativas, as modificações de papéis e funções, as novas modalidades de relações, os víncu- los de união e lealdade e as negociações para a conquista das próximas etapas. CICLO VITAL DA FAMÍLIA 111... Etapa constitutivaEtapa constitutivaEtapa constitutiva - Fase preliminar - Fase recém-casados 222... Etapa procriativaEtapa procriativaEtapa procriativa - Fase de expansão A) nascimento dos filhos B) filhos pré-escolares - Fase de consolidação A) Filhos escolares B) filhos adolescentes 333... Etapa de dispersãoEtapa de dispersãoEtapa de dispersão - Fase de desprendimento 444... Etapa familiar finalEtapa familiar finalEtapa familiar final - Fase de independência - Fase de dissolução A) Família anciâ B) viuvez - São três as etapas do ciclo de vida familiar da população de clas- se popular: ●Estágio 1 Estágio 1 Estágio 1 – Adolescente/Adulto jovem solteiro Adolescente/Adulto jovem solteiro Adolescente/Adulto jovem solteiro: As fronteiras en- tre a adolescência e a idade adulta jovem são confusas. Os ado- lescentes são responsáveis por si mesmos e utilizados como fon- te de renda a partir dos 10 ou 11 anos de idade. ●Estágio 2 Estágio 2 Estágio 2 – A família com filhos A família com filhos A família com filhos: Começa sem que ocorra ne- cessariamente o casamento, mas com a geração de filhos e a busca por formar um sistema conjugal, assumir papéis paternos e realinhamento dos relacionamentos com a família.12 ●Estágio 3 Estágio 3 Estágio 3 – A família no estágio tardio da vida A família no estágio tardio da vida A família no estágio tardio da vida: Ocorre com fre- quência uma composição familiar com três ou quatro gerações. Sendo assim, há pouca probabilidade de haver “ninho vazio”, e muitas vezes a base de sustentação familiar depende da aposen- tadoria de um dos avós, em geral a avó, que persiste com res- ponsabilidades sobre a sobrevivência de todos. Revisão N1 - IESC III Enízia Simões 3°período Crises normativas ou Evolutivas Etapa Constitutiva:Etapa Constitutiva:Etapa Constitutiva: matrimônio; dependência econômica ou afetiva; conjugues adolescentes; problemas de adaptação se- xual; diferenças socioculturais, intelectuais, educativas e religio- sas Etapa Procriativa:Etapa Procriativa:Etapa Procriativa: expectativas diferentes sobre a gravidez; gravidez; nascimento do primeiro filho; dificuldades de assumir o papel de país; ingresso na adolescência; ingresso na escola; filho único; nascimento de outros filhos; superproteção ou afastamento dos filhos Etapa de Dispersão:Etapa de Dispersão:Etapa de Dispersão: separação dos filhos com entrada na es- cola ou no trabalho; independência e casamento dos filhos Etapa Familiar Final:Etapa Familiar Final:Etapa Familiar Final: pais novamento sós; síndrome do ninho vazio, nova geração/netos; aposentadoria; climatério; viuvez Revisão N1 - IESC III Enízia Simões 3°período Ferramentas de abordagem familiar Palestra 02 - As ferramentas de abordagem familiar têm por objetivo o diag- nóstico do indivíduo e sua família, sendo aplicadas segundo suas necessidades apresentadas GenogramaGenogramaGenograma - O genograma é reconhecido como um instrumento para mape- ar, ampliar o conhecimento sobre a família e realizar intervenções pelos profissionais nos cuidados de saúde. - O genograma identifica as relações e ligações internas da família, intergeracional - O genograma permite identificar, de maneira mais rápida, a dinâ- mica familiar e suas possíveis implicações, com criação de vínculo entre o profissional e a família/indivíduo - O genograma baseia-se no modelo do heredograma, mostrando, graficamente, a estrutura e o padrão de repetição das relações familiares, as repetições de padrões de doenças, o relacionamento e os conflitos resultantes do adoecer - Na configuração proposta, o genograma reúne informações so- bre a doença da pessoa identificada, as doenças e os transtornos familiares, a rede de apoio psicossocial, os antecedentes genéticos, as causas da morte de pessoas da família, além dos aspectos psi- cossociais apresentados - A criação de um genograma consiste nos três seguintes níveis: Layout da estrutura da família O registro da informação sobre a família O delineamento das relações familiares EcomapaEcomapaEcomapa - Complementar ao genograma, o ecomapa consiste na representação gráfica dos contatos dos membros da família com os outros sistemas sociais, das relações entre a família e a comu- nidade. Ajuda a avaliar os apoios, os suportes disponíveis, sua utili- zação pela família, e pode apontar a presença de recursos, sendo o retrato de um determinado momento da vida dos membros da família, portanto, dinâmico. - O ecomapa é também um instrumento de avaliação familiar, por meio de uma representação gráfica, que identifica todos os siste- mas envolvidos e relacionados com a pessoa, com a família em questão e o meio onde vivem.- Identifica as relações e ligações da família com o meio onde habi- ta, ou seja suas relações externas - Qualquer técnico da equipe de nível superior pode elaborar o ecomapa e genograma - assistente social, psicólogo, pedagogo, conforme definido na resolução 17/2011 do CNAS - É um instrumento de trabalho da equipe não de uma categoria profissional específica - Deve ser elaborado com a família e seus membros, sempre que possível pelos técnicos de referência Instrumento de abordagem familiar e suas especificaçõesInstrumento de abordagem familiar e suas especificaçõesInstrumento de abordagem familiar e suas especificações INSTRUMENTOINSTRUMENTOINSTRUMENTO ESPECIFICAÇÕESESPECIFICAÇÕESESPECIFICAÇÕES A.P.G.A.R. familiar: instrumento de avali- ação destinado a refletir a satisfação de cada membro da família. A partir de Adaptation (adaptação) Partnership (parti- cipação) Growth (crescimento) Affection (afeição) Resolve (resolução) Revisão N1 - IESC III Enízia Simões 3°período um questionário predeterminado, as famílias são classificadas como funcio- nais, e moderadamente/gravemente disfuncionais P.R.A.C.T.I.C.E.: funciona como uma dire- triz para a avaliação do funcionamento das famílias. O instrumento é focado no problema, o que permite a aproxi- mação esquematizada para trabalhar com as famílias Presenting problem (problema apresenta- do) Roles and structure (papéis e estrutura) Affect (afeto) Communication (comunicação) Time of life cycle (fase do ciclo de vida) Illness in family (doença na família) Coping with stress (enfrentamento do es- tresse) Ecology (meio ambiente, rede de apoio) F.I.R.O.: sigla de fundamental interperso- nal relations orientation ou, em portu- guês, orientações fundamentais nas re- lações interpessoais, sendo categoriza- da como uma teoria de necessidades INCLU- SÃO (in- teração, associa- ção CONTRO- LE (po- der) INTIMI- DADE (amor, afeto) DEMAN- DA Ser acei- to, convi- dado OFERECE Interes- se, busca da acei- tação liderança Ligação, aproxi- mação Revisão N1 - IESC III Enízia Simões 3°período Método Clínico Centrado na Pessoa Palestra 03 - Avaliar o paciente em uma consulta é procedimento importante, já que per- mite exercitar a escuta criteriosa para um correto diagnóstico. O Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP) é um recurso auxiliar fundamental para a compreensão dos motivos que levam uma pessoa a se consultar - O MCCP é a tentativa do médico de realizar uma tarefa dupla: entender a pessoa e entender a doença da pessoa . É desse entendimento que se deriva o processo de tratamento tanto para a pessoa quanto para a doença Ao abordarem este método, utilizam quatro componentes que interagem entre si Explorando a Saúde, a Doença e a Experiência da Doença Entendendo a Pessoa como um todo; Elaborando um Plano Conjunto de Manejo dos Problemas; INTENSIFICANDO a RELAÇÃO entre a PESSOA e o MÉDICO OBS:OBS:OBS: Anteriormente, o MCCP tinha 6 componentes, contando com a abordagem da prevenção e promoção de saúde e a otimização do custo e tempo. Este último chamado de “sendo realista”, mas estes dois itens foram incluídos nos 4 componentes Os quatro componentes interativos do método clínico centrado na pessoa: 1. Explorando a saúde, a doença e a experiência da DoençaExplorando a saúde, a doença e a experiência da DoençaExplorando a saúde, a doença e a experiência da Doença - Percepções e experiências da saúde, pessoais e únicos (significados e aspirações) - Histórico, exame físico, exames complementares - Dimensões da experiência da doença (sentimentos, ideias, efeitos no funcionamento e expectativas) 222... Entendendo a Pessoa com um TodoEntendendo a Pessoa com um TodoEntendendo a Pessoa com um Todo - A pessoa (exemplo: historia de vida, questões pessoais e de desenvolvi- mento - O contexto proximo (exemplo: família, trabalho, apoio social - O contexto amplo (exemplo: cultura, comunidade, ecossistema) 3. Elaborando um Plano Conjunto entre a Pessoa e o Médico - Problemas e prioridades - Metas do tratamento e/ou do manejo - Papéis da pessoa e do médico 4. Intensificando a Relação entre a Pessoa e o Médico - Compaixão e empatia - Poder - Cura e esperança - Autoconhecimento e sabedoria prática - Transferência e contratransferência Vantagens do MCCP - Menos reclamação por negligência médica - Maior sastifação do médico - Maior sastifação dos que sentem ou estão doentes - Maior adesão ao tratamento - Redução das preocupações - Melhores condições fisiológicas Explorando a saúde, a doença e a experiência da doença - Aqui neste primeiro componente do MCCP, é essencial diferenciar a doença e o adoecimento. A doença possui observações objetivas para explicá-la. Por sua vez, o adoecimento traz na experiência pessoal de quem tem a doença, a explicação subjetiva deste acontecimento - O primeiro componente do MCCP propõe que os médicos lancem um olhar mais amplo para além da doença ao incluírem a exploração da saúde e a experiência da doença das pessoas - A experiência da doença é definida como a experiência pessoal e subjetiva de estar doente, e essa experiência, em geral, lida com sentimentos como medo, perda, solidão e traição - A prestação de um cuidado efetivo requer assistência tanto para as doen- ças que acometem a pessoa quanto para a experiência da pessoa com essas doenças e o entendimento sobre o que ela compreende por “ter” Saúde - Para se explorar a experiência da doença sugere-se abordar quatro dimen- sões designadas pelo acrônimo SIFE Entendendo a Pessoa com um Todo - É o segundo componente do MCCP, na busca da integralidade para com- preender o indivíduo, a família e o contexto em que está inserido, inclui o ciclo de vida, a história de saúde e de vida, lazer, crenças, religião, relações pesso- ais e amorosas, a rotina, sono, atividade física e hábitos de vida, o ambiente, moradia, costumes e momento econômico - Entender a pessoa como um todo pode ajudar o médico a aumentar sua in- teração com ela em períodos específicos do ciclo de vida, ajudando-o a com- preender sinais e sintomas pouco definidos ou reações exageradas e fora de contexto - Assim, para entender a pessoa como um todo, devem-se obter respostas para perguntas como: Que tipos de doenças existem na família? Em que ponto do ciclo vital familiar a família se encontra? Em que ponto do desenvolvimento individual a pessoa está? Quais as tarefas da família e da pessoa nessa etapa do ciclo de vida? Existem pendências das etapas anteriores? Como a doença afeta as tarefas dos integrantes da família? Como a família experienciou doenças? Elaborando um plano conjunto de manejo dos problemas - Terceiro componente do MCCP, propõe encontrar um terreno comum, um acordo para elaborar um plano conjunto de manejo dos problemas, estabelecendo os com- promissos, definindo metas e prioridades no plano - Esse terceiro componente do MCCP é o compromisso mútuo de encontrar um pro- Revisão N1 - IESC III Enízia Simões 3°período jeto comum para tratar dos problemas. É importante em qualquer situação, mas se torna fundamental como ferramenta para realizar um manejo de sucesso às pesso- as com doenças crônicas, desenvolvendo intervenção terapêutica - Desenvolver um plano efetivo de manejo requer do médico e da pessoa a busca pela concordância em três áreas principais: Definição do problema a ser manejado. Com frequência, os médicos e as pesso- as doentes têm pontosmde vista divergentes em diversas áreas, e a busca de uma solução não envolve apenas barganha e negociação, mas também um movi- mento para conciliar opiniões ou achar terreno comum, devendo o médico in- corporar ideias, sentimentos, expectativas e ocupação da pessoa ao planejar o manejo da situação. Estabelecimento das metas e prioridades do tratamento. Depois de a pessoa e o médico chegarem a um entendimento e concordância mútuos em relação aos problemas, o próximo passo é explorar as metas e as prioridades para o trata- mento. Identificação dos papéis a serem assumidos pela pessoa e pelo médico. Intensificando a relação entre a pessoa e o médico- As pessoas, quando consultam, esperam que o médico demonstre seguran- ça e controle ( não confundir com paternalismo e centrado no médico), atuan- do tecnicamente, o que transmite e proporciona confiança no profissional - O tempo pode e deve ser administrado conforme a necessidade da pessoa e nossa disponibilidade. Um dos recursos é utilizar a escuta ativa, primeiro de- monstrando que estamos interessados na pessoa e seus problemas, o que pode ser desenvolvido com contato visual, sorriso e acenos de cabeça; depois ouvir a pessoa durante pelo menos 2 minutos sem interromper é suficiente para que ela fale o essencial; a partir daí, assumimos com a escuta ativa: ou- vir mas direcionando para o que desejamos e precisamos fazer - Estabelecimento das metas e prioridades do tratamento. Depois de a pes- soa e o médico chegarem a um entendimento e concordância mútuos em re- lação aos problemas, o próximo passo é explorar as metas e as prioridades para o tratamento. - Identificação dos papéis a serem assumidos pela pessoa e pelo médico. Revisão N1 - IESC III Enízia Simões 3°período Projeto Terapêutico Singular (PTS) Palestra 04 - O PTS é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para um sejeito individual ou coletivo, resultando da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar, com apoio matricial se necessário - O PTS incorpora a noção interdisciplinar que recolhe a contribuição de várias especialidades e de distintas profissões. Assim, depois de uma avaliação com- partilhada sobre as condições do usuário, são acordados procedimentos a cargo de diversos membros da equipe multiprofissional, denominada equipe de referência. - O projeto terapêutico singular deve ser um instrumento que responda às demandas objetivas e subjetivas dos usuários e tem como objetivo a produção de sua autonomia e apropriação de seu processo de cuidado Características do PTS - Ferramenta ou dispositivo construído coletivamente - Auxilia as equipes de saúde na definição e direcionamento de suas ações - Garante ações coerentes com o contexto de cada pessoa - Surge da escuta da pessoa: valores, desejos, vínculos - Discussões em equipe mais participação da pessoa - Profissionais participantes: todos independente de formação - Elaborado entre diversos níveis de atenção e setores - Clínica ampliada e matricial Fases do PTS DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO - Conta com uma avaliação orgânica, psicológica e social, que possibilite uma conclusão a respeito dos riscos e da vunerabilidade do usuário - Deve verificar como o sujeito se produz diante de forças como as do- enças e aspectos pessoais. Ou seja, tentar entender quem o sujeito “ser é” DEFINIÇÃO DE METASDEFINIÇÃO DE METASDEFINIÇÃO DE METAS - Após o diagnóstico, a equipe faz propostas de curto, médio e longo prazo, que serão negociadas com o sujeito doente pelo membro da equi- pe que tiver um vínculo melhor DIVISÃO DE RESPONSABILIDADEDIVISÃO DE RESPONSABILIDADEDIVISÃO DE RESPONSABILIDADE - Definir as tarefas de cada um com clareza - Responsabilizar a pessoa pelo seu PTS - Estabelecer a aparticipação dos familiares e comunidades - Definir o profissional de referência para acompanhar o andamento das ações; independente da formação; vínculo com o usuário; pode acionar profissionais de outras equipes quando necessário; realizar novas negoci- ações com o usuário REAVALIAÇÃOREAVALIAÇÃOREAVALIAÇÃO - Discutira evolução do tratamento e se farão as devidas correções de rumo - Identificar resultados alcançados - Avaliar as estratégias utilizadas - Definir novos rumos do projeto Ferramentas para o PTS - Anamnese clínica e anamnese em clínica ampliada - Genograma e ecomapa - Mapa de cuidado - Escalas de vunerabilidade e risco - Prontuários - Visitas domiciliares - Reuniões Revisão N1 - IESC III Enízia Simões 3°período Acolhimento na APS e PNH Palestra 05 Politica Nacional de HumanizaPolitica Nacional de HumanizaPolitica Nacional de Humanização (PNH)o (PNH)o (PNH) - Lançada em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH) busca pôr em prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde, produzindo mudanças nos modos de gerir e cuidar - A PNH estimula a comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários pa- ra construir processos coletivos de enfrentamento de relações de poder, trabalho e afeto que muitas vezes produzem atitudes e práticas desumaniza- doras que inibem a autonomia e a corresponsabilidade dos profissionais de saúde em seu trabalho e dos usuários no cuidado de si PrincipiosPrincipiosPrincipios Transversalidade - Transversalizar é reconhecer que as diferentes especialidades e práticas de saúde podem conversar com a experiência daquele que é assistido. Juntos, esses saberes podem produzir saúde de forma mais corresponsável - A Política Nacional de Humanização deve se fazer presente e estar inserida em todas as políticas e programas do SUS - A PNH busca transformar as relações de trabalho a partir da ampliação do grau de contato e da comunicação entre as pessoas e grupos, tirando-os do isolamento e das relações de poder hierarquizadas Indissociabilidade entre atenção e gestão - As decisões da gestão interferem diretamente na atenção à saúde. Por is- so, trabalhadores e usuários devem buscar conhecer como funciona a gestão dos serviços e da rede de saúde, assim como participar ativamente do pro- cesso de tomada de decisão nas organizações de saúde e nas ações de saúde coletiva - Ao mesmo tempo, o cuidado e a assistência em saúde não se restringem às responsabilidades da equipe de saúde. O usuário e sua rede sociofamiliar de- vem também se corresponsabilizar pelo cuidado de si nos tratamentos, assu- mindo posição protagonista com relação a sua saúde e a daqueles que lhes são caros Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos - Qualquer mudança na gestão e atenção é mais concreta se construída com a ampliação da autonomia e vontade das pessoas envolvidas, que comparti- lham responsabilidades - Os usuários não são só pacientes, os trabalhadores não só cumprem or- dens: as mudanças acontecem com o reconhecimento do papel de cada um - Um SUS humanizado reconhece cada pessoa como legítima cidadã de direi- tos e valoriza e incentiva sua atuação na produção de saúde DiretrizesDiretrizesDiretrizes - A Política Nacional de Humanização atua a partir de orientações clínicas, éti- cas e políticas, que se traduzem em determinados arranjos de trabalho Acolhimento - Acolher é reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessi- dade de saúde. O acolhimento deve comparecer e sustentar a relação entre equipes/serviços e usuários/ populações - Como valor das práticas de saúde, o acolhimento é construído de forma co- letiva, a partir da análise dos processos de trabalho e tem como objetivo a construção de relações de confiança, compromisso e vínculo entre as equi- pes/serviços, trabalhador/equipes e usuário com sua rede socioafetiva - Pode ser feita com uma escuta qualificada oferecida pelos trabalhadores às necessidades do usuário, é possível garantir o acesso oportuno desses usuá- rios a tecnologias adequadas às suas necessidades, ampliando a efetividade das práticas de saúde. Isso assegura, por exemplo, que todos sejam atendidos com prioridades a partir da avaliação de vunerabilidade, gravidade e risco - Para a PNH, o acolhimento é uma das diretrizes de maior relevância éti- ca/estética/política ÉticaÉticaÉtica no que se refere ao compromisso com o reconhecimento do outro, na atitude de acolhê-lo em suas diferenças, suas dores, suas alegrias, seus modos de viver, de sentir e de estar na vida EstéticaEstéticaEstética porque traz para as relações e os encontros do dia a dia a in- venção de estratégias que contribuem para a dignificação da vida e do viver e, assim, para a construção de nossa própria humanidade PolíticaPolíticaPolítica uma vez que implica o compromisso coletivo de envolver-se neste “estar com”, potencializando protagonismo e vida nos diferentes encon- tros Gestão participativa e cogestão - Expressatanto a inclusão de novos sujeitos nos processos de análise e deci- são quanto a ampliação das tarefas da gestão - que se transforma também em espaço de realização de análise dos contextos, da política em geral e da saúde em particular, em lugar de formulação e de pactuação de tarefas e de aprendizado coletivo * A organização e experimentação de rodas é uma importante orientação da cogestão. Rodas para colocar as diferenças em contato de modo a produzir movimentos de desestabilização que favoreçam mudanças nas práticas de gestão e de atenção Ambiência - Criar espaços saudáveis, acolhedores e confortáveis, que respeitem a pri- vacidade, propiciem mudanças no processo de trabalho e sejam lugares de encontro entre as pessoas Clínica ampliada e compartilhada - É uma ferramenta teórica e prática cuja finalidade é contribuir para uma abordagem clínica do adoecimento e do sofrimento, que considere a singulari- dade do sujeito e a complexidade do processo saúde/doença - Permite o enfretamento da fragmentação do conhecimento e das ações de saúde e seus respectivos danos e ineficácia Valorização do trabalhador - É importante dar visibilidade à experiência dos trabalhadores e incluí-los na tomada de decisão, apostando na sua capacidade de analisar, definir e qualifi- car os processos de trabalho Defesa dos direitos dos usuários - Os usuários de saúde possuem direitos garantidos por lei e os serviços de saúde devem incentivar o conhecimento desses direitos e assegurar que eles sejam cumpridos em todas as fases do cuidado, desde a recepção até a alta - Todo cidadão tem direito a uma equipe que cuide dele, de ser informado so- bre sua saúde e também de decidir sobre compartilhar ou não sua dor e ale- grua com sua rede social Revisão N1 - IESC III Enízia Simões 3°período RESULTADOS ESPERADOS - Redução de filas e do tempo de espera, com ampliação do acesso; - Atendimento acolhedor e resolutivo baseados em critérios de risco; - Implantação de modelo de atenção com responsabilização e vínculo; - Garantia dos direitos dos usuários; - Valorização do trabalho na saúde; - Gestão participativa nos serviços. Revisão N1 - IESC III Enízia Simões 3°período Educação permanente e continuada Palestra 06 Atributos da Atenção Primária a Saúde Essenciais Acesso:Acesso:Acesso: CoordenaçãoCoordenaçãoCoordenação: o serviço de APS deve ser capaz de integrar todo o cuida- do que o cidadão recebe nos diferentes níveis do sistema de saúde Longitudinalidade:Longitudinalidade:Longitudinalidade: é a existência de uma fonte continuada de atenção, as- sim como sua utilização ao longo do tempo. Além disso, a ligação entre a população e sua fonte de atenção deve refletir-se em relações inter- pessoais intensas que expressem a identificação mútua entre as pesso- as atendidas e os profissionais de saúde Integralidade:Integralidade:Integralidade: a Atenção Primária deve organizar-se de tal forma que o cidadão tenha todos os serviços de saúde necessários , identificando e proporcionando os serviços preventivos, bem como serviços que possibili- tem o diagnóstico e o tratamento das doenças , estabelecendo também a forma adequada para a resolução de problemas, sejam orgânicos, fun- cionais ou sociais. É ter direito a todos os recursos que SUS libera. Derivados Foco na imagemFoco na imagemFoco na imagem Abordagem comunitáriaAbordagem comunitáriaAbordagem comunitária Competência cultural:Competência cultural:Competência cultural: é a adaptação e capacidade do provedor do cuida- do (profissional de saúde) em facilitar a relação com a população que apresenta características culturais especiais . *No eixo da educação permanente, indica-se que a PNH componha o conteúdo profissionalizante na graduação, pós-graduação e extensão em saúde, vincu- lando-se aos Núcleos de Educação Permanente e ás instituições de formação Educação em saúde - A politica nacional de educação permanente em saúde (PNEPS), instituida no ano de 2004, representa um marco para a formação e trabalho em saúde no país - Resultado de lutas e esforços promovidos pelos defensores do tema da educação dos profissionais de saúde, como forma de promover a transfor- mação das práticas do trabalho em saúde a PNEPS é uma conquista da socie- dade brasileira A PORTARIA N.198/GM/MS: - Em 13 de Fevereiro de 2004, institui a Política Nacional de Educação em Saúde como estratégia do SUS para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor - Revisada em 2007: Qualificar a formação dos profissionais das equipes e ampliar a capacida- de resolutiva dos serviços de AB A introdução da EPS é estratégia fundamental para a recomposição das práticas de formação, atenção, gestão, formulação de políticas e contro- le social no setor da saúde, estabelecendo, inclusive, ações intersetoriais Educação permanente - É a realização do encontro entre o mundo de formação e o mundo de trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organi- zações e ao trabalho - Envolve mudanças: Nas relações Nos processos Nos atos de saúde Nas organizações Nas pessoas - Seu objetivo principal é: A transformação das práticas - Modo de operação: ascendente a partir da análise coletiva dos proces- sos de trabalho, identificam-se nós críticos enfrentados na atenção ou na gestão Educação continuada - Processo dinâmico de ensino-aprendizagem, ativo e permanente, destinado a atualizar e melhorar a capacitação de pessoas ou grupos, face à evolução cientifico-tecnológica à necessidade sociais e aos objetivos e metas institucio- nais Educação continuada X educação permanenteEducação continuada X educação permanenteEducação continuada X educação permanente CONTINUADACONTINUADACONTINUADA PERMANENTEPERMANENTEPERMANENTE O público é formado por profissio- nais específicos O público alvo é multiprofissional Prática autônoma Prática institucionalizada Foco em temas de especialidades Foco em problemas de saúde Objetiva a atualização técnico-cien- tífica Objetiva a tranformação das práti- cas técnicas e sociais Prioridade esporádica Periodicidade contínua Atividades educativas acontecem no formato de cursos padronizados, com CH e conteúdos pré-definidos Usa metodologia centrada na reso- lução do problema Busca mudança da realidade PERMANENTEPERMANENTEPERMANENTE ASPECTOSASPECTOSASPECTOS CONTINUADACONTINUADACONTINUADA Multiprofissional Público-alvo Uniprofissional Prática institucionalizada enfoque Temas de Especialidades Transformação das práticas técnicas e soci- ais Objetivo principal Atualização Técnico Cien- tífica Continua Periodicidade Esporádica Pedagogia centrada na resolução de problemas Metodologia Pedagogia da transmis- são Mudança Resultados Apropriação Revisão N1 - IESC III Enízia Simões 3°período Atenção Domiciliar (AD) Palestra 07 - A Política Nacional de Atenção Domiciliar - A Política Nacional de Atenção Domiciliar - A Política Nacional de Atenção Domiciliar definedefinedefine a Atenção Domiciliar (AD) a Atenção Domiciliar (AD) a Atenção Domiciliar (AD) no SUS como uma:no SUS como uma:no SUS como uma: “Modalidade de atenção à saúde substitutiva ou complementar as já existen- tes, caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, preven- ção, tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garan- tia de continuidade de cuidados e integrada às Redes de Atenção à Saúde (RAS)” - A Atenção Domiciliar possibilita: Aproximação de profissionais e usuários Promoção da equidade Melhora da compreensão do contexto de vida - O cuidado domiciliar pode ser caracterizado da seguinte forma: Atenção domiciliarAtenção domiciliarAtenção domiciliar é a categoria mais ampla que inclui as outras e pode ser também denominada atendimento ou cuidado domiciliar. Baseia-se na interação do profissional com a pessoa, com sua família e com o cuida- dor, quando este existe, e se constitui em conjunto de atividades realiza- das no domicílio de forma programada e continuada, conforme a necessi- dade Assistência domiciliarAssistência domiciliarAssistência domiciliar estáligada a todo e qualquer atendimento a domicí- lio realizado por profissionais que integram a equipe de saúde. Não leva em conta a complexidade ou o objetivo do atendimento que pode ser uma orientação simples até um suporte ventilatório invasivo domiciliar Atendimento domiciliarAtendimento domiciliarAtendimento domiciliar é a categoria diretamente relacionada à atuação profissional no domicílio, que pode ser operacionalizada por meio da visita e da internação domiciliar. Envolve atividades que vão da educação e pre- venção à recuperação e manutenção da saúde das pessoas e seus fami- liares no contexto de suas residências Visita domiciliarVisita domiciliarVisita domiciliar prioriza o diagnóstico da realidade do individuo e as ações educativas. É geralmente programada e utilizada com o intuito de subsidi- ar intervenções ou o planejamento de ações Internação domiciliarInternação domiciliarInternação domiciliar é uma categoria mais especifica, que envolve a utili- zação de aparato tecnológico em domicilio, de acordo com as necessida- des de cada situação. Não substitui a internação hospitalar, mas pode se constituir como uma continuidade desta, de forma temporária Portaria N. 825 de 25 de abril de 2016Portaria N. 825 de 25 de abril de 2016Portaria N. 825 de 25 de abril de 2016 - Art. 1º Esta Portaria redefine a Atenção Domiciliar (AD) no âmbito do Siste- ma Único de Saúde (SUS) e atualiza as equipes habilitadas - Art. 2º Para efeitos desta Portaria considera-se: I - Atenção Domiciliar (AD):Atenção Domiciliar (AD):Atenção Domiciliar (AD): modalidade de atenção à saúde integrada às Rede de Atenção à Saúde (RAS), caracterizada por um conjunto de ações de prevenção e tratamento de doenças, reabilitação, paliação e promoção à saúde, prestadas em domicílio, garantindo continuidade de cuidados; II - Serviço de Atenção Domiciliar (SAD)Serviço de Atenção Domiciliar (SAD)Serviço de Atenção Domiciliar (SAD): serviço complementar aos cuidados realizados na atenção básica e em serviços de urgência, substitutivo ou complementar à internação hospitalar, responsável pelo gerenciamento e operacionalização das Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD) e Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP); e III - cuidador:cuidador:cuidador: pessoa(s), com ou sem vínculo familiar com o usuário, ap- ta(s) para auxiliá-lo em suas necessidades e atividades da vida cotidiana e que, dependendo da condição funcional e clínica do usuário, deverá(ão) estar pre- sente(s) no atendimento domiciliar. ATRIBUIÇÕES I - trabalhar em equipe multiprofissional integrada à RAS; II - identificar, orientar e capacitar o(s) cuidador(es) do usuário em atendimento, envolvendo-o(s) na realização de cuidados, respeitando seus limi- tes e potencialidades, considerando-o(s) como sujeito(s) do processo; III - acolher demanda de dúvidas e queixas dos usuários, familiares ou cuidadores; IV - promover espaços de cuidado e de trocas de experiências para cuidadores e familiares; V - utilizar linguagem acessível, considerando o contexto; VI - pactuar fluxos para atestado de óbito, devendo ser preferencial- mente emitido por médico da EMAD ou da Equipe de Atenção Básica do res- pectivo território; VII - articular, com os demais estabelecimentos da RAS, fluxos para admissão e alta dos usuários em AD, por meio de ações como busca ativa e reuniões periódicas; e VIII - participar dos processos de educação permanente e capacita- ções pertinentes. Organização - A AD será prganizada em três modalidades: Atenção Domiciliar 1 (AD 1):Atenção Domiciliar 1 (AD 1):Atenção Domiciliar 1 (AD 1): é de responsabilidade das equipes de atenção básica, por meio de acompanhamento regular em domicílio, de acordo co- om as especificidades de cada caso - Problemas de saúde com dificuldade de locomoção a unidade, acompa- nhamento contínuo (Atenção domiciliar de baixa complexidade) *A prestação da assistência na modalidade AD1 é de responsabilidade das equipes de atenção primária à saúde Atenção Domiciliar 2 (AD 2):Atenção Domiciliar 2 (AD 2):Atenção Domiciliar 2 (AD 2): o usuário que, tendo indicação de AD, e com o fim de abreviar ou evitar hospitalização. - Afecções agudas - Crônico-degenerativas - Cuidados paliativos - Prematuridade (AD de média complexidade) Atenção Domiciliar 3 (AD 3):Atenção Domiciliar 3 (AD 3):Atenção Domiciliar 3 (AD 3): usuário com qualquer das situações listadas na modalidade AD 2, quando necessitar de cuidado multiprofissional mais frequentemente, uso de equipamento(s) ou agregação de procedimen- to(s) de maior complexidade - Uso de equipamentos - Ventilação mecânica - Nutrição parental (AD de alta complexidade) - Os problemas de saúde e procedimentos que indicam a inclusão das pessoas nas modalidades de cuidado Ad2 e AD3 e, portanto, inclusas em um ponto da Rede de Atenção à Saúde complementar à APS – os SADs – são: Afecções agudas ou crônicas agudizadas, com necessidade de cuidados Revisão N1 - IESC III Enízia Simões 3°período intensificados e sequenciais, como tratamentos parenterais ou reabilita- ção. Afecções crônico-degenerativas, considerando o comprometimento cau- sado pela doença, que demande atendimento no mínimo semanal. Necessidade de cuidados paliativos com acompanhamento clínico no míni- mo semanal, com o fim de controlar a dor e o sofrimento do usuário. Prematuridade e baixo peso em bebês com necessidade de ganho ponde- ral. PORQUE REALIZAR A VISITA DOMICILIAR?PORQUE REALIZAR A VISITA DOMICILIAR?PORQUE REALIZAR A VISITA DOMICILIAR? - A visita domiciliar (VD) viabiliza a desinstituição de usuários que se encontram internados nos serviços hospitalares, além de evitar hospitalizações desne- cessárias a partir de serviços de pronto atendimento - Amplia o acesso, o acolhimento e humanização das pessoas que estão res- tritas ao leito ou domicilio Art. 25. São requisitos para habilitação do SAD:Art. 25. São requisitos para habilitação do SAD:Art. 25. São requisitos para habilitação do SAD: I - população municipal igual ou superior a 20.000 (vinte mil) habitan- tes, com base na população mais recente estimada pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); II - hospital de referência no Município ou região a qual integra; e III - cobertura de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) habilitado e em funcionamento. Conceito de visita domiciliarConceito de visita domiciliarConceito de visita domiciliar - Tecnologia de interação no cuidado à saúde - conhecimento das condições de vida - Estabelece o rompimento do modelo hegemônico central na doença Objetivos de uma visita domiciliarObjetivos de uma visita domiciliarObjetivos de uma visita domiciliar - Conhecer o domicilio e suas características (ambientais, culturais, etc...) - Verificar estruturas e organizações da família - Identificar fatores de risco familiares - Prestar orientações e responder as dúvidas da família e definir plano a ser seguido Planejamento de uma visita domiciliarPlanejamento de uma visita domiciliarPlanejamento de uma visita domiciliar 1. Definir o alvo 2. Definir os profissionais envolvidos 3. Definir itinerário e operacionalização 4. Definir tempo para execução e priorizar horário adequado 5. Agendamento e confirmação 6. Definir rota pela demanda dos domícilios 7. Selecionar equipamentos necessários Fluxo admissional na ADFluxo admissional na ADFluxo admissional na AD - A equipe de atenção básica realiza múltiplas ações no domicílio, como o ca- dastramento, busca ativa, ações de vigilância e de educação em saúde *Identifica usuário que demande acompanhamento - Verificar a classificação do usuário conforme a necessidade de cuidado *Ad1, Ad2 ou AD3 Revisão N1 - IESC III Enízia Simões 3°período Doenças crônicas não transmissíveis Palestra 08 - As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) constituem o grupo de doen- ças de maior magnitude no País, atingindo, especialmente, as populações mais vulneráveis, como as de baixas renda e escolaridade - Exemplos de DCNT: hipertensão arterial, infarto agudo domiocárdio, aciden- te vascular cerebral, diabetes, neoplasias, e doenças respiratórias crônicas. - O Plano de Enfrentamento das DCNT tem o objetivo de promover o desen- volvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, integradas, sus- tentáveis e baseadas em evidências para a prevenção e o controle das DCNT e seus fatores de risco, além de apoiar os serviços de saúde voltados às do- enças crônicas. - O Plano aborda os quatro principais grupos de doenças crônicas não trans- missíveis (cardiovasculares, câncer, respiratórias crônicas e diabetes) e seus fatores de risco modificáveis (tabagismo, consumo abusivo de álcool, inativida- de física, alimentação inadequada e obesidade) e define diretrizes e ações em três eixos: Vigilância, informação, avaliação e monitoramento. Promoção da saúde. Cuidado integral. → Metas nacionais propostas: Metas nacionais propostas: Metas nacionais propostas: Reduzir a taxa de mortalidade prematura (<70 anos) por DCNT em 2% ao ano; Reduzir a prevalência de obesidade em crianças; Reduzir a prevalência de obesidade em adolescentes; Deter o crescimento da obesidade em adultos; Reduzir as prevalências de consumo nocivo de álcool; Aumentar a prevalência de atividade física no lazer; Aumentar o consumo de frutas e hortaliças; Reduzir o consumo médio de sal; Reduzir a prevalência de tabagismo; Aumentar a cobertura de mamografia em mulheres entre 50 e 69 anos; Aumentar a cobertura de exame preventivo de câncer de colo uterino em mulheres de 25 a 64 anos; Tratar 10 0% das mulheres com diagnóstico de lesões precursoras de câncer. Caracrterísticas epidemiológicas das doenças não transmissíveis - História natural prolongada - Longo período de latência - Doenças complexas: multiplicidade de fatores de risco - Interação de fatores etiológicos e de risco conhecidos e desconhecidos - Causa necessária desconhecida em sua maioria Fatores de risco para doenças não transmissíveis - História familiar - Estrsse - Vida sedentária/falta de exercício - Dieta inadequada - Hipercolesterolemia - Obesidade - Hábito de fumar - Consumo de álcool - Hipertensão arterial - Exposição a agentes especificos Ações estratégicasAções estratégicasAções estratégicas - Para o alcance das metas, foram definidas 226 ações estratégicas a se- rem desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, pelos estados, pelo Distrito Fede- ral e pelos municípios. As ações estratégicas são apresentadas por bloco e associadas aos indicadores e às metas com os quais há possibilidade de in- fluência direta no alcance deles. - O bloco das ações estratégicas para promoção da saúde, prevenção, produ- ção do cuidado e assistência para enfrentamento dos fatores de risco para as doenças e agravos não transmissíveis apresenta as ações organizadas a partir da vinculação dos fatores de risco para as Dant com os eixos promo- ção da saúde, atenção integral à saúde , vigilância em saúde e prevenção das Dant à saúde. Eixo promoção da saúde - Elaborar plano de comunicação para a população, estabelecendo canais de comunicação com influenciadores digitais, blogueiros e vlogueiros para pautar discussões, contemplando todos os ciclos de vida e relacionando os seguintes temas com a promoção da saúde e a prevenção de doenças crônicas, violên- cias e acidentes: cidades sustentáveis, ambientes saudáveis, saúde e seguran- ça no trabalho, prática de atividade física, qualidade do ar, mudanças climáti- cas, exposição a químicos, alimentação saudável, prevenção do tabagismo, prevenção do uso abusivo do álcool, cultura de paz, mobilidade sustentável e qualidade do ar, soluções inovadoras em saúde, equidade em saúde, saúde mental e governança em saúde. - Articular com canais de TV estatais a produção e a veiculação de progra- mas com os temas do Plano de Doenças e Agravos não Transmissíveis (Dant). Eixo atenção integral à saúde - Fortalecer os mecanismos de verificação de custo-efetividade para a incor- poração de novas tecnologias voltadas às DCNT. - Fortalecer o complexo produtivo da saúde para ampliar a produção de insu- mos farmacêuticos (fármacos) destinados ao enfrentamento das DCNT Eixo vigilância em saúde - Criar o bservatório nacional de violências e acidentes. - Disponibilizar ferramentas e estratégias de formação em vigilância de doen- ças e agravos não transmissíveis (Dant) e análise de iniquidades em saúde pa- ra profissionais do SUS. Eixo prevenção de doenças e agravos à saúde - Desenvolver ações intersetoriais para ampliar a fluoretação das águas de abastecimento público garantindo-se continuidade e teores adequados de fluo- reto, objetivando a prevenção da doença cárie dentária. - Disseminar oas práticas para a prevenção de DCNT e obesidade realizadas na atenção primária à saúde AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA ENFRENTAMENTO DOS FATORES DE RISCO PA-AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA ENFRENTAMENTO DOS FATORES DE RISCO PA-AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA ENFRENTAMENTO DOS FATORES DE RISCO PA- RA DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEISRA DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEISRA DOENÇAS E AGRAVOS NÃO TRANSMISSÍVEIS ÁLCOOL PROMOÇÃO DA SAÚDEPROMOÇÃO DA SAÚDEPROMOÇÃO DA SAÚDE - Apoiar projetos de lei que visem à alteração da Lei n. 9294/1996 para vedar a propagação de bebidas alcoólicas nos meios de comunicação - Apoiar medidas regulatória e fiscais para reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e que permitem informar, por meio do rótulo, os prejuizos re- lacionados ao consumo ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDEATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDEATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE - Qualificar as equipes do Consultório na rua no cuidado à saúde mental e à prevenção do uso prejudicial de álcool para a população em situação de rua VIGILÂNCIA EM SAÚDEVIGILÂNCIA EM SAÚDEVIGILÂNCIA EM SAÚDE - Qualificar a disponibilidade de informação no Sinan sobre quesitos de equidade e renda em relação aos agravos decorrentes do consumo de ál- cool PREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDEPREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDEPREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDE Revisão N1 - IESC III Enízia Simões 3°período - Fortalecer a abordagem familiar na Atenção Primária à Saúde, desen- volvendo linhas de cuidado e ações de prevenção que abordem riscos e consequências decorrentes do consumo abusivo de álcool TABACO PROMOÇÃO DA SAÚDEPROMOÇÃO DA SAÚDEPROMOÇÃO DA SAÚDE - Apoiar e lançar camapnhas pela proibição total da propagana de cigar- ros, incluindo exposição para venda; proibição de venda a menores; publi- cidade internacional e meios modernos de comunicação, a adoção de em- balagens padronizadas e a comercialização, importação e propaganda dos dispositivos eletrônicos para fumar ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDEATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDEATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE - Induzir e articular a implementação de medidas regulatórias relaciona- das à comercialização, à propaganda, ao consumo e à fiscalização contra a venda de produtos ilegais - Ampliar o acesso, por meio do fortalecimento de linhas de cuidado inte- gral em todos os níveis de atenção para pessoas em uso de tabaco VIGILÂNCIA EM SAÚDEVIGILÂNCIA EM SAÚDEVIGILÂNCIA EM SAÚDE - Desenvolver estudos para apoiar a implementação da proibição de aditi- vos de aroma e sabor em produtos fumígenos, derivados ou não do ta- baco PREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDEPREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDEPREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDE - Estimular o desenvolvimento de ambientes saudáveis no trabalho, na escola, na comunidade e nos serviços de saúde no âmbito do SUS por meio do incentivo a implementação de “ambientes livres de produtos fu- mígenos derivados ou não do tabaco” AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE, PREVENÇÃO E CUIDA-AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE, PREVENÇÃO E CUIDA-AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE, PREVENÇÃO E CUIDA- DO FRENTE AO GRUPO DE DCNTDO FRENTE AO GRUPO DE DCNTDO FRENTE AO GRUPO DE DCNT CÂNCER PROMOÇÃO DA SAÚDEPROMOÇÃO DA SAÚDEPROMOÇÃO DA SAÚDE - Realizar campanha nacional sobre os fatores de proteção para os cân- ceres mais prevalentes e passíveis de prevenção - Realizar ações de promoção da saúde e prevenção aos fatores de ris- co como tabagismo,obesidade, inatividade física, alcoolismo, má alimenta- ção, entre outros, visando à adoção de modos de vida saudáveis ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDEATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDEATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE - Aperfeiçoar o rastreamento do câncer do colo do útero e evoluit do modelo oportunístico para o modelo organizado, com garantia da qualida- de do exame, de confirmação diagnóstica, do tratamento de lesões pre- cursoras, como seguimento de acordo com as diretrizes nacionais e a referência dos casos confirmados de câncer para o nível terciário VIGILÂNCIA EM SAÚDEVIGILÂNCIA EM SAÚDEVIGILÂNCIA EM SAÚDE - Estimular e ampliar a notificação de câncer relacionado ao trabalho no Sinan PREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDEPREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDEPREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS À SAÚDE - Aumentar a cobertura vacinal de HPV em meninas com idade de 9 a 14 anos e para meninos com idade de 11 a 14 anos em articulação com as redes pública e particular de ensino Referências - BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas e agravos não transmissíveis no Brasil 2021-2030. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. - GUSSO, G. LOPES, José Ceratti. (Org.). Tratado de medicina de família e co- munidade: princípios, formação e prática. Dados eletrônicos. Porto Alegre: Artmed, 2018, v. 2, cap. 76, p. 570-576. - Ministério da Saúde. Caderno de atenção domiciliar. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. - Ministério da Saúde. Caderno de atenção domiciliar. Brasília: Ministério da Saúde, 2013 - BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização. Brasília: 2013 - MALCHER, C. M. S. R. Curso de Especialização em Saúde da Família. Método Clínico Centrado na Pessoa.