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<p>3</p><p>B N B</p><p>SUMÁRIO</p><p>PORTUGUÊS | ............................................................ 05</p><p>COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL | ................................... 81</p><p>CONHECIMENTOS BANCÁRIOS |.................................................................. 113</p><p>CONHECIMENTOS BANCÁRIOS | .................................................................... 251</p><p>CONHECIMENTOS BANCÁRIOS | ........................................................ 397</p><p>CONHECIMENTOS BANCÁRIOS | ....................................................... 415</p><p>RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO | .......................................................... 431</p><p>MATEMÁTICA | ..................................................................................... 481</p><p>MATEMÁTICA FINANCEIRA | ....................................................................... 685</p><p>Português</p><p>CLASSES DE PALAVRAS (MORFOLOGIA)</p><p>Começando a entender Português!</p><p>Na Morfologia, as palavras são estudadas isoladamente, geralmente se desconsiderando a função</p><p>que exercem dentro da frase ou do período, estudo realizado pela Sintaxe. Nos estudos morfológi-</p><p>cos, as palavras estão agrupadas em dez classes, que podem ser chamadas de classes de palavras</p><p>ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advér-</p><p>bio, Preposição, Conjunção e Interjeição.</p><p>1. SUBSTANTIVO</p><p>A palavra que dá nome aos seres, coisas, lugares, ideias, sentimentos. O substantivo faz parte da</p><p>classe de palavras variáveis da língua portuguesa. Isso quer dizer que pode apresentar flexões</p><p>de gênero, número e grau.</p><p>• lugares: Itália, Porto Alegre...</p><p>• sentimentos: raiva, ciúmes ...</p><p>• estados: alegria, tristeza...</p><p>• qualidades: honestidade, sinceridade...</p><p>• ações: corrida, leitura...</p><p>2. ARTIGO</p><p>Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado</p><p>de maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o</p><p>número dos substantivos.</p><p>5</p><p>4</p><p>Detalhe zambeliano 1</p><p>Substantivação!</p><p>O jantar foi servido às 20h30min.</p><p>A Psicologia interessa-se pelo estudo do eu.</p><p>Detalhe zambeliano 2</p><p>Artigo facultativo diante de nomes próprios.</p><p>Tati chegou. / A Tati chegou.</p><p>Detalhe zambeliano 3</p><p>Artigo facultativo diante dos pronomes possessivos.</p><p>Sua turma é pequena no curso.</p><p>A sua turma é pequena no curso.</p><p>3. ADJETIVO</p><p>Adjetivo – palavra variável que caracteriza o substantivo, indicando-lhe qualidade, defeito,</p><p>estado, condição</p><p>• Material bom, menino agitado, moça elegante.</p><p>O adjetivo pode aparecer antes ou depois do substantivo.</p><p>• Elegante senhora / Senhora elegante</p><p>6</p><p>5</p><p>Morfossintaxe do Adjetivo:</p><p>O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto</p><p>adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).</p><p>• Você estava nervosa.</p><p>• A estudante nervosa foi mal na prova.</p><p>Locução adjetiva</p><p>Noite de chuva (chuvosa)</p><p>Atitudes de anjo (angelicais)</p><p>Pneu de trás (traseiro)</p><p>Seleção do Brasil (brasileira)</p><p>Detalhe zambeliano!</p><p>4. ADVÉRBIO</p><p>Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio</p><p>advérbio.</p><p>Dica do Zambeli!</p><p>Aqui dormi nesta semana.</p><p>Hoje eu estudei gramática no curso.</p><p>7</p><p>6</p><p>Classificação dos advérbios:</p><p>Lugar – ali, aqui, aquém, atrás, cá, dentro...</p><p>Tempo – agora, amanhã, antes, ontem...</p><p>Modo – a pé, à toa, à vontade...</p><p>Dúvida – provavelmente, talvez, quiçá...</p><p>Afirmação – sim, certamente, realmente...</p><p>Negação – não, nunca, jamais...</p><p>Intensidade – bastante, demais, mais, menos</p><p>5. PREPOSIÇÃO</p><p>Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando</p><p>o segundo ao primeiro, ou seja, o regente e o regido.</p><p>Regência verbal: Assisti ao vídeo do curso.</p><p>Regência nominal: Estou alheio a tudo isso.</p><p>Zambeli, quais são as preposições?</p><p>a – ante – até – após – com – contra – de – desde – em – entre – para – per – perante – por</p><p>– sem – sob – sobre – trás.</p><p>Locuções Adjetivas – É uma pessoa de respeito.</p><p>Locuções Adverbiais – Tive de agir com medo.</p><p>De – Vim de carro. / Sou de Porto Alegre. / Gramática do Zambeli.</p><p>Em – Estou em apuros. / Sairemos em 15min. / Durmo em casa.</p><p>8</p><p>7</p><p>6. PRONOME</p><p>Indefinidos</p><p>Não encontrei nenhum conhecido na aula do Zambeli.</p><p>Não encontrei nem um conhecido na aula do Zambeli.</p><p>DEMONSTRATIVOS</p><p>ESPAÇO</p><p>Este, esta, isto – perto do falante.</p><p>Esse, essa, isso – perto do ouvinte.</p><p>Aquele, aquela, aquilo – longe dos dois.</p><p>TEMPO</p><p>Este, esta, isto – presente/futuro</p><p>Esse, essa, isso – passado breve</p><p>Aquele, aquela, aquilo – passado distante</p><p>DISCURSO</p><p>Este, esta, isto – vai ser dito</p><p>Esse, essa, isso – já foi dito</p><p>RETOMADA</p><p>As crianças da classe média têm um futuro mais promissor do que os filhos de pais das classes me-</p><p>nos favorecidas, porque àquelas se dão oportunidades que se negam a estes.</p><p>E se fosse 3 elementos para retomar, Zambeli?</p><p>Emprego de este, esse e aquele em relação a três termos</p><p>Este: indica o que se referiu por último.</p><p>Esse: se refere ao penúltimo.</p><p>Aquele: indica o que se mencionou em primeiro lugar.</p><p>9</p><p>8</p><p>Pessoais – retos e oblíquos</p><p>Retos – eu, tu, ele, ela, nós, vós eles, elas.</p><p>Oblíquos – Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os átonos,</p><p>que não são antecedidos por preposição, e os tônicos, precedidos por preposição.</p><p>Átonos: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.</p><p>• Enviaram aquele material do curso para mim.</p><p>• Enviaram-me aquele material do curso.</p><p>• Enviaram aquele material do curso para eu usar na aula.</p><p>7. NUMERAL</p><p>Indicam quantidade ou posição – um, dois, vinte, primeiro, terceiro.</p><p>8. INTERJEIÇÃO</p><p>Expressam um sentimento, uma emoção...</p><p>9. VERBOS</p><p>Indicam ação, estado, fato ou fenômeno da natureza.</p><p>• Guilherme passeava pelas ruas de Butiá.</p><p>• A Mari está enferma.</p><p>• Geou muito na serra.</p><p>10. CONJUNÇÕES</p><p>Ligam orações ou, eventualmente, termos. São divididas em:</p><p>Coordenadas – aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas.</p><p>Subordinadas – concessivas, conformativas, causais, consecutivas, comparativas, condicionais,</p><p>temporais, finais, proporcionais.</p><p>10</p><p>9</p><p>QUE – Pronome Relativo ou Conjunção Integrante?</p><p>Pronome Relativo Conjunção Integrante</p><p>Deixa Ser</p><p>(O Teatro Mágico)</p><p>Dentro de mim</p><p>Uma reza uma certeza</p><p>Um canto-correnteza</p><p>Que me leva a ti</p><p>A te explicar que a dor</p><p>Talvez venha nos visitar</p><p>Aquela Pessoa</p><p>(Henrique e Juliano)</p><p>Você também tem</p><p>Aquela pessoa</p><p>Não adianta negar</p><p>Que tem passe livre</p><p>Carta branca na sua vida</p><p>Pra ir e voltar quando quiser</p><p>Nunca vai deixar de ser o que é</p><p>Meu Sol</p><p>(Vanguart)</p><p>Minha alma</p><p>Sabe que</p><p>viver é se entregar</p><p>Sabendo que</p><p>ninguém pode julgar</p><p>Se teve que olhar</p><p>pra trás ou não</p><p>Talvez</p><p>Se a vida me trouxer</p><p>o que eu pedi</p><p>Te encontro e faço</p><p>tudo o que quiser</p><p>EXERCÍCIOS</p><p>01. Classifique a classe gramatical das palavras destacadas (substantivo, adjetivo, advérbio).</p><p>1. A cerveja que desce redondo.</p><p>2. A cerveja que eu bebo gelada.</p><p>3. Zambeli é um professor exigente.</p><p>4. O bom da aula é o ensinamento que fica para nós.</p><p>5. Carlos está no meio da sala.</p><p>6. Leu meia página da matéria.</p><p>11</p><p>10</p><p>7. Aquelas jovens são meio nervosas.</p><p>8. Ela estuda muito.</p><p>9. Não faltam pessoas bonitas aqui.</p><p>10. O bonito desta janela é o visual.</p><p>11. Vi um bonito filme brasileiro.</p><p>12. O brasileiro não desiste nunca.</p><p>13. A população brasileira reclama muito de tudo.</p><p>14. O crescimento populacional está diminuindo no Brasil.</p><p>15. Número de matrimônios cresce, mas gaúchos estão entre os que menos casam no país.</p><p>02. Preencha as lacunas com os pronomes demonstrativos adequados:</p><p>a) A grande verdade é ___________: foi o Zambeli o mentor do plano.</p><p>b) Embora tenha sido o melhor plano, ele nunca admitiu _________ fato.</p><p>c) Ninguém conseguiu provar sua culpa, diante _____________, o júri teve de absolvê-lo.</p><p>d) O país atravessa um momento delicado. __________ crise parece nunca acabar.</p><p>e) Assisti a uma aula de Português aqui no curso.</p><p>a vida inteira</p><p>c) Um amigo é alguém com quem estivemos desde sempre.</p><p>d) Repetia para si mesmo: “tenho um amigo”.</p><p>e) Dei-me conta da coisa rara que é a amizade.</p><p>03. Assinale a alternativa em que o verbo destacado está no tempo presente.</p><p>a) Chegava uma visita inesperada...</p><p>b) Logo mais estariam pedindo o sofá...</p><p>c) Beatriz não estranhou o pedido...</p><p>d) ... o máximo que Fabrício testemunha na vida adulta...</p><p>e) ... no dia seguinte a vizinha voltou com o abajur...</p><p>04. Nas linhas 15 e 16, tem-se o trecho “O local fica com uma energia pesada, as pessoas ficam com</p><p>medo de sugerir ideias, pois temem que as reações piorem ainda mais o cenário.” A correta trans-</p><p>posição do trecho para o pretérito imperfeito resultaria na alteração das formas verbais sublinha-</p><p>das para:</p><p>a) ficou – ficaram – temeram – pioraram.</p><p>b) ficara – ficaram – temeram – pioravam.</p><p>c) ficaria – ficariam – temeriam – piorariam.</p><p>d) ficava – ficavam – temiam – piorassem.</p><p>e) ficará – ficarão – temerão – piorarão.</p><p>GABARITO</p><p>01. B 02. A 03. D 04. D</p><p>70</p><p>69</p><p>FONÉTICA</p><p>Nesta área de estudo do português e foco são os fonemas. Isto é, os sons produzidos pela fala hu-</p><p>mana. Dessa forma, estudaremos as unidades sonoras capazes de estabelecer uma distinção entre</p><p>as palavras de uma língua.</p><p>Para iniciar nossos estudos, é importante lembrar que fonema é diferente de letra.</p><p>casados assinar</p><p>Fonema</p><p>Letra</p><p>PRINCIPAIS DIFERENÇAS</p><p>1. Um fonema, várias letras</p><p>2. Uma letra, vários fonemas</p><p>MAIS LETRAS DO QUE FONEMAS MAIS FONEMAS DO QUE LETRAS</p><p>71</p><p>70</p><p>FONEMAS</p><p>Seria realmente um sonho se tivéssemos uma letra correspondente para cada som, não é mesmo?</p><p>Assim, com base na compreensão dessa distinção, precisamos, então, aprender quais são os fone-</p><p>mas da língua portuguesa.</p><p>Vogal</p><p>Consoante</p><p>Semivogal</p><p>Sim, concordo que a percepção entre cada um dos fonemas, principalmente entre semivogais e vo-</p><p>gais é bastante desafiador. Por isso, vamos estudar fonética a partir de uma escala de força.</p><p>SEPARAÇÃO SILÁBICA</p><p>Um conteúdo simples, mas, ao sermos questionados em prova, parece ser extremamente comple-</p><p>xo: sílabas</p><p>72</p><p>71</p><p>Sílaba</p><p>VOGAL</p><p>• Pode ser formada por uma vogal, um ditongo ou um tritongo, acompanhados ou não de</p><p>consoante.</p><p>Eu U.ru.guai A.plau.dir Sa.pa.to Trans.porFór.ceps</p><p>• A sílaba pode ser definida pela sua intensidade como</p><p>Tônica: forte Átona: fraca</p><p>• Dessa forma, a sílaba tônica é aquela pronunciada com mais intensidade e pode ou não ter</p><p>um acento gráfico. Todas as palavras com mais de uma sílaba têm uma tônica.</p><p>Sor.te A.le.gri.a Ó.ti.mo Me.do Li.vro A.ca.bou</p><p>ideia</p><p>história</p><p>FENÔMENOS FONÉTICOS</p><p>• Encontros entre sons vocálicos</p><p>É possível que, em algumas palavras, os sons vocálicos (aqueles que parecem ou são uma vogal)</p><p>apareçam juntos na escrita. Para a prova, é muito importante conseguir identificar a diferença en-</p><p>tre cada um desses fenômenos, que têm nomes comuns para nós, estudantes.</p><p>DITONGO</p><p>Encontro entre uma vogal e uma semivogal em uma mesma sílaba.</p><p>73</p><p>72</p><p>TRITONGO</p><p>Combinação do encontro semivogal + vogal + semivogal em uma única sílaba.</p><p>HIATO</p><p>Encontro entre duas vogais na palavra.</p><p>• Encontros entre sons consonantais</p><p>Assim como os encontros vocálicos são possíveis, os consonantais não deixam de ocorrer em algu-</p><p>mas palavras. Dessa forma, teremos termos escritos com sons de consoantes ou na mesma sílaba</p><p>ou em sílabas diferentes.</p><p>PERFEITOS</p><p>As consoantes ficam juntas na mesma sílaba quando ocorre a divisão silábica (puro).</p><p>cli – en – te</p><p>trei – no</p><p>glú – ten</p><p>74</p><p>73</p><p>IMPERFEITOS</p><p>As consoantes ficam separadas ao se realizar a divisão silábica (disjunto).</p><p>lis – ta</p><p>al – ge – ma</p><p>ob – je – to</p><p>lus – tre</p><p>des – tro</p><p>des – tru – ir</p><p>É importante ressaltar que estamos falando de sons, ou seja, é necessário verificar a sonoridade, e</p><p>não as letras, para verificar se há ou não encontro consonantal</p><p>cheguei</p><p>nexo</p><p>DÍGRAFO</p><p>Esse fenômeno representa a junção de duas letras para representar um único som e pode ocorrer</p><p>com vogais ou consoantes.</p><p>2 letras = 1 som</p><p>DÍGRAFO CONSONANTAL</p><p>Aqui ocorre o encontro de duas letras que representam um fonema consonantal, ou seja, represen-</p><p>tam o som de apenas uma consoante.</p><p>ch: chinelo, chuva, chapéu</p><p>lh: olho, telha, lentilha</p><p>nh: unha, rainha, galinha</p><p>rr: arranhar, arrogante, terra</p><p>ss: classe, nossa, pessoa</p><p>75</p><p>74</p><p>sc (antes de E ou I): nascer, descer, adolescente nescau</p><p>sç (antes de A ou O): desço, cresça, nasço</p><p>xc (antes de E ou I): exceção, excelente, excitação excluir</p><p>gu (antes de E ou I): guidão, guirlanda, guerra</p><p>qu (antes de E ou I): queijo, quero, inquieto</p><p>**Lembrando que gu e qu são dígrafos se seguidos de e ou i. Se, porém, a letra u for pronunciada,</p><p>deixa de ocorrer um dígrafo. Por exemplo, nas palavras aguentar, linguiça e tranquilo, a letra u é</p><p>pronunciada, ou seja, não há dígrafo.</p><p>Qual a diferença entre encontro consonantal e dígrafo?</p><p>Encontro consonantal e dígrafo são fenômenos fonéticos diferentes. No encontro consonantal, to-</p><p>das as consoantes são pronunciadas, já no dígrafo, o encontro de duas letras resulta na emissão de</p><p>um único som consonantal. Isto é, pense no início de nossa aula: há a possibilidade de termos pala-</p><p>vras com mais letras do que sons. Ou seja, já estávamos conversando sobre dígrafo, mas sem ainda</p><p>definir uma nomenclatura</p><p>DÍGRAFO VOCÁLICO</p><p>Aqui ocorre o encontro de uma vogal seguida das letras m ou n, e outra consoante, o que resulta</p><p>num fonema vocálico. Eles são, graficamente, representados da seguinte forma</p><p>am: lâmpada, ambiente, cambalhota</p><p>an: morango, encanto, antes</p><p>em: temperatura, lembrar, tempo</p><p>en: pimenta, envelope, ensinar</p><p>im: impulso, imprimir, limbo</p><p>in: tinta, incomum, linda</p><p>om: ombro, combate, compor</p><p>on: conto, ontem, combate</p><p>um: umbanda, chumbo, zumbi</p><p>un: sunga, untar, nunca</p><p>**Todos são representados foneticamente pelos seguintes fonemas: /ã/,/ẽ/,/ĩ/,/õ/ e /ũ/.</p><p>imergir umidade lama</p><p>76</p><p>75</p><p>VOZES VERBAIS</p><p>As vozes verbais, ou vozes do verbo, são a forma como os verbos se apresentam na oração a fim</p><p>de determinar se o sujeito pratica ou recebe a ação. A maior dica para estudar esse conteúdo é ter</p><p>atenção às marcas de cada voz.</p><p>A partir disso, é importante compreender que as questões podem solicitar três aspectos desse con-</p><p>teúdo: reconhecimento, possibilidade de mudança e transposição.</p><p>As vozes verbais podem ser de três tipos: ativa, passiva ou reflexiva.</p><p>Voz ativa Sujeito é o agente da ação. Vi a professora.</p><p>Voz passiva Sujeito sofre a ação. A professora foi vista.</p><p>Voz reflexiva Sujeito pratica e sofre a ação. Vi-me ao espelho.</p><p>Percebam como é importante estudar análise sintática para compreender o conteúdo de vozes ver-</p><p>bais. Vejamos os seguintes exemplos:</p><p>O Adyson comprou as flores</p><p>O Adyson dormiu</p><p>Adyson falou comigo</p><p>Adyson é um ótimo amigo</p><p>A partir da análise das frases acima, vamos compreender, então, as marcas que caracterizam cada</p><p>voz verbal.</p><p>VOZ ATIVA</p><p>Nessa voz, o sujeito pratica aquilo que é proposto pelo verbo. Aqui, não há marcas, pois ela é a for-</p><p>ma “normal” e ocorre com todos os tipos de verbos.</p><p>O professor perdeu as provas</p><p>Aquela atitude foi estranha</p><p>A água ferveu</p><p>77</p><p>76</p><p>VOZ REFLEXIVA</p><p>Nessa voz, o sujeito sofre e realiza aquilo que o verbo propõe ao mesmo tempo. Ou seja, ele é</p><p>agente e paciente. A principal marca linguística aqui é a presença do pronome reflexivo, o qual</p><p>“acompanha” o sujeito da oração.</p><p>se me nos te vos</p><p>Ele se cortou enquanto cozinhava</p><p>Os times vão se enfrentar amanhã</p><p>Mãe e filha abraçaram-se (reciprocidade: um ao outro)</p><p>VOZ PASSIVA</p><p>Nessa voz, o sujeito é paciente, ou seja, ele recebe aquilo que o verbo propõe.</p><p>Exitem dois tipos de voz passiva: analítica e sintética, cada uma com suas próprias marcas.</p><p>Marcas: locução verbal (ser + particípio); o agente da passiva, que veremos mais abaixo; e a partí-</p><p>cula apassivadora -se.</p><p>As provas foram perdidas pelo professor</p><p>A testemunha foi ouvida</p><p>As flores foram compradas</p><p>Não se ouviu nenhum barulho</p><p>AGENTE DA PASSIVA</p><p>Expressa o agente do processo verbal quando a oração está na voz passiva. Esse complemento de-</p><p>signa o ser que pratica a ação sofrida ou recebida pelo sujeito.</p><p>Três engenheiros foram contratados pela construtora.</p><p>O sujeito dessa oração é Três engenheiros. Esse sujeito sofre a ação representada pelo verbo, ou</p><p>seja, eles foram contratados, não foram os engenheiros que contrataram, logo esse sujeito é pa-</p><p>ciente. Porém, ainda na mesma oração, há um termo que indica quem agiu, quem contratou: pela</p><p>construtora e, por isso, esse termo é o agente da passiva.</p><p>**Uma característica importante do agente da passiva é que ele vem sempre iniciado por preposi-</p><p>ção. Normalmente, a preposição usada é por.</p><p>TRANSPOSIÇÃO DAS VOZES</p><p>Uma das questões com mais recorrência em provas é a de transformação de uma voz para outra:</p><p>principalmente da voz ativa para a voz passiva analítica.</p><p>78</p><p>77</p><p>Assim, iremos estudar as normas que devem ser obedecidas para que a transformação seja um su-</p><p>cesso.</p><p>Pré-requisito: objeto direito na voz ativa.</p><p>Etapas:</p><p>VOZ ATIVA VOZ PASSIVA ANALÍTICA</p><p>Objeto Direto Sujeito</p><p>Verbo Ser + Particípio (ado/ido)</p><p>Sujeito determinado Agente da Passiva (por)</p><p>Os candidatos podem acessar os resultados</p><p>O aluno questionou a atividade</p><p>Esperamos a volta às aulas</p><p>**Cuidados importantes**</p><p>1. Transforme todo o Objeto Direto em Sujeito da passiva</p><p>2. Número de verbos da passiva deve ser maior.</p><p>3. Não é necessário fazer nenhuma outra mudança na oração</p><p>4. Marcas fundamentais: sujeito, verbo e objeto direto</p><p>Se não há objeto direto na voz ativa,</p><p>não há como realizar a transposição.</p><p>79</p><p>80</p><p>4</p><p>COMPREENDER INTERPRETAR</p><p>Aquilo que é dito em palavras explícitas e depen-</p><p>de da pura decodificação para entender o sentido.</p><p>Não extrapola o escrito; limita-se às palavras escri-</p><p>tas e ao sentido que elas constroem no texto.</p><p>Segundo o texto...</p><p>O autor do defende que...</p><p>O texto informa que...</p><p>No texto, observa-se que...</p><p>Por meio do texto, identifica-se que...</p><p>É sugerido pelo autor que...</p><p>O narrador afirma que...</p><p>A partir deste fragmento do texto, é possível enten-</p><p>der que...</p><p>A partir do texto, é correto/errado afirmar que...</p><p>Considera o sujeito leitor e as suas experiências</p><p>para compor sentido. Diferentemente da compre-</p><p>ensão, aqui, há a possibilidade de ir além das pa-</p><p>lavras postas no texto. As questões de interpreta-</p><p>ção exigem mais bagagem por parte do leitor para</p><p>conseguir construir e captar sentidos maiores, os</p><p>quais são elaborados com o que está escrito e com</p><p>inferências daquele que lê.</p><p>Depreende-se que...</p><p>Infere-se que...</p><p>Conclui-se do texto que...</p><p>O texto permite subentender que...</p><p>Qual é a intenção do autor quando afirma que...</p><p>1. ESTRATÉGIAS DE LEITURA</p><p>Como qualquer parte e conteúdo da prova, as questões de Língua Portuguesa, direcionando, aqui,</p><p>às questões de compreensão textual, exigem estratégias de atenção e de leitura para que, além</p><p>otimizar o tempo do candidato, haja um entendimento preciso do que se pede. Para tanto, a seguir,</p><p>alguns elementos que compõem as questões, seus sentidos e contribuições serão destacados para</p><p>auxiliar no processo consciente de execução da prova.</p><p>1.1 FONTE DOS TEXTOS:</p><p>A banca, quando define retirar um determinado texto de um lugar específico, seja ele um livro ou</p><p>um site, define uma abordagem textual. Disso, pode-se inferir se haverá opinião, se haverá criti-</p><p>cidade, se haverá uma abordagem mais poetizada, se será mais informativo. As possibilidades de</p><p>sentido, assim como as de fonte, são infinitas. O movimento é identificar se a fonte pode contribuir,</p><p>de alguma forma, à compreensão do texto.</p><p>1.2 AUTOR:</p><p>Pode-se encontrar texto assinado por um autor específico, por um veículo de comunicação ou, ain-</p><p>da, texto não assinado. Isso já ajuda a compreender o gênero textual de que se trata o texto em</p><p>questão. Ainda, ao definir autor, com o apoio da fonte, é possível identificar fatores como formali-</p><p>dade ou informalidade da linguagem, cunho crítico, problematizador ou reflexivo, função textual.</p><p>1.3 TÍTULO:</p><p>Em regra, os textos limitam-se a resumir a mensagem do texto, o que pode facilitar o processo de</p><p>compreensão da mensagem. Ainda, há a possibilidade de o título ser uma pergunta ou uma alusão</p><p>que, de alguma forma, contribui ao entendimento do leitor.</p><p>82</p><p>5</p><p>1.4 TÓPICO FRASAL:</p><p>Em todo parágrafo, segundo os conceitos básicos da produção textual, deve haver uma frase que</p><p>resume a discussão; a isso dá-se o nome de tópico frasal. Logo, ao finalizar a leitura de um parágra-</p><p>fo, é interessante anotar ou sublinhar o enunciado que resume a discussão.</p><p>1.5 ENUNCIADO DA QUESTÃO:</p><p>Vale ficar atento aos verbos, aos advérbios aos substantivos e aos adjetivos que compõem o enun-</p><p>ciado da questão. Referente a questões de compreensão textual, espera-se que o enunciado faça o</p><p>leitor voltar ao texto ou recortar uma parte dele para que se compreenda um fragmento específico</p><p>ou o texto na sua completude. Indica-se, especialmente se cada questão é feita a partir de um texto</p><p>específico, ler o enunciado antes de fazer a leitura estratégica o texto-base.</p><p>1.6 ESTUDO DAS ALTERNATIVAS:</p><p>Destaca-se, em prova de compreensão textual, a alternativa que mais contenha palavras que este-</p><p>jam ao decorrer do texto-base da questão. Aqui, vale lembrar que compreender é a partir do texto,</p><p>e não se consideram inferências ou experiências do leitor. Logo, a alternativa correta será a que,</p><p>a reforçar, mais conversar com o que foi dito no texto. Muitas vezes, uma ideia de completude da</p><p>alternativa – mesmo que extrapole a mensagem do texto – conduz o leitor a marcar de forma equi-</p><p>vocada.</p><p>IMPORTANTE:</p><p>erros básicos de compreensão textual no</p><p>processo de escolha da alternativa correta</p><p>Extrapolação: ocorre quando fazemos associações que estão além dos limites do texto, ou seja,</p><p>consideramos nosso poder interpretativo. Isso ocorre especialmente quando acrescentamos</p><p>ideias que não estão no texto analisado.</p><p>Redução: ocorre quando nos restringimos à significação de uma palavra ou passagem do</p><p>texto e, com isso, desconsideramos outros sentidos que contribuem para o entendimento</p><p>da mensagem de forma geral. Em resumo, é o contrário da extrapolação. A redução consiste</p><p>em privilegiarmos um elemento que é verdadeiro, que está, de fato, no texto, mas que não é</p><p>suficiente para a compreensão total da mensagem pretendida.</p><p>Contradição: ocorre quando, por uma leitura desatenta, pela não percepção de algumas</p><p>relações entre as frases (estabelecidas geralmente por conjunções), pela incompreensão de</p><p>um raciocínio, pelo esquecimento de uma ideia dita anteriormente ou pela perda de uma</p><p>passagem no desenvolvimento do texto, chega-se a uma conclusão contrária à que o texto</p><p>propõe. Por isso, destaca-se a importância de marcar, ao decorrer da leitura, os tópicos frasais</p><p>do texto, de forma que, ao retornar ao texto, as frases marcadas ajudam a resumir os principais</p><p>sentidos.</p><p>83</p><p>6</p><p>2. TEXTO E LINGUAGEM</p><p>O texto é uma ferramenta de comunicação por meio da linguagem, seja verbal (palavras escritas</p><p>ou faladas), seja não verbal (desenhos, sinais, gestos, expressões corporais, cores). Por se tratar de</p><p>uma ferramenta de comunicação, o texto, independentemente de sua extensão, deve ser capaz de</p><p>transmitir mensagens, pensamentos e informações ao leitor, promovendo interação.</p><p>2.1 LINGUAGEM VERBAL, LINGUAGEM NÃO VERBAL E LINGUAGEM MISTA</p><p>2.1.1 LINGUAGEM VERBAL:</p><p>Expressão ou transmissão de mensagens por meio de palavras escritas ou faladas.</p><p>2.1.2 LINGUAGEM NÃO VERBAL:</p><p>Expressão ou transmissão de mensagens não realizada por meio de palavras, mas por meio de de-</p><p>senhos, sinais, gestos, expressões corporais, cores. Exemplos: charges/tirinhas somente com dese-</p><p>nhos (sem palavras), “emojis” sem palavras, semáforo.</p><p>Curiosidade: a palavra “emoji” é de origem japonesa, composta pela junção dos elementos “e”</p><p>(imagem) e “moji” (letra). Trata-se, pois, de um pictograma ou ideograma, uma imagem capaz de</p><p>transmitir a ideia de uma palavra ou frase completa1.</p><p>2.1.3 LINGUAGEM</p><p>MISTA:</p><p>Empregada na comunicação que se utiliza, concomitantemente, de linguagem verbal (palavras) e</p><p>de linguagem não verbal (desenhos, sinais, gestos, expressões corporais, cores).</p><p>1 Disponível em: <https://www.significados.com.br/emoji/>.</p><p>84</p><p>7</p><p>Exemplos: charges/tirinhas com palavras e desenhos, placas com palavras e símbolos, anúncios pu-</p><p>blicitários.</p><p>3. VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS</p><p>Segundo Pestana2, “as diferentes manifestações e realizações da língua, as diversas formas que a</p><p>língua possui, decorrentes de fatores de natureza histórica, regional, sociocultural ou situacional</p><p>constituem o que chamamos de variações linguísticas”. Saber identificar os diferentes usos e as</p><p>diferentes formas de manifestação da língua ao decorrer de um texto é uma competência comu-</p><p>mente exigida dos candidatos.</p><p>Tais variações podem ocorrer:</p><p>a) em virtude do tempo (palavras que deixaram de ser utilizadas ou que sofreram alteração de</p><p>grafia com a passagem do tempo e a evolução da língua). Exemplo: o pronome de tratamento</p><p>“vosmecê” foi substituído por “você”;</p><p>b) em razão de aspectos geográficos ou regionais (sotaques e regionalismos). Exemplos: “cê” ou</p><p>“ocê” (variações de “você”), jerimum (abóbora), macaxeira (mandioca), aipim (mandioca), ber-</p><p>gamota (tangerina), atucanado (preocupado);</p><p>c) por razões sociais ou socioculturais (gírias próprias a determinados grupos de pessoas, ter-</p><p>mos técnicos compartilhados entre profissionais de uma mesma área de conhecimento ou de</p><p>atuação). Exemplos: “saquei” (entendi), “dar um rolê” (passear), “cringe” (algo vergonhoso,</p><p>constrangedor), “brainstorm” (tempestade de ideias, técnica empregada para propor soluções</p><p>a problemas específicos), “data venia” (expressão utilizada no vocabulário jurídico com a finali-</p><p>dade de se opor, respeitosamente, ao que foi dito anteriormente);</p><p>d) pelo contexto ou situação em que a comunicação é desenvolvida (contexto formal ou informal,</p><p>linguagem escrita ou falada). Exemplo: uma entrevista de emprego certamente exige a utiliza-</p><p>ção de uma linguagem formal, diversamente do que ocorre em uma conversa comum entre</p><p>amigos.</p><p>Para a prova, não é necessário decorar essas diversas formas de variação da língua; é necessário,</p><p>tão somente, conhecer e saber identificar diferentes formas de variação nos textos eventualmente</p><p>apresentados pela banca. Geralmente, uma leitura atenta do texto é suficiente para que se identifi-</p><p>que o tipo de variação linguística nele presente.</p><p>2 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos públicos. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013, p. 1302.</p><p>85</p><p>8</p><p>3.1 NÍVEIS DE LINGUAGEM:</p><p>3.1.1 LINGUAGEM FORMAL/CULTA:</p><p>Conforme à norma-padrão, adequada às regras gramaticais da língua portuguesa. Há questões de</p><p>concursos públicos que exigem do candidato a identificação de orações escritas em linguagem for-</p><p>mal, ou seja, perfeitamente adequadas à norma culta da língua portuguesa. Para tanto, é impor-</p><p>tante estar atento à ortografia e à acentuação de palavras, ao adequado emprego das classes de</p><p>palavras, bem como às regras de sintaxe, de pontuação, de concordância, de regência e de crase.</p><p>Exemplos:</p><p>a) Você está muito atrasado.</p><p>b) Pedi para a minha psiquiatra uma receita nova.</p><p>c) Eu não deveria ter deixado de estudar ontem.</p><p>d) Saiu em um carro preto.</p><p>e) Vocês estão sofrendo hoje.</p><p>f) Os eruditos cidadãos do leste da Irlanda do Norte apresentaram os resultados da pesquisa de-</p><p>senvolvida.</p><p>g) Há (ou existem) pessoas que gostam de ficar tristes.</p><p>3.1.2 LINGUAGEM INFORMAL/COLOQUIAL:</p><p>Possibilita maior flexibilidade, não exigindo estrito respeito à norma-padrão da língua portugue-</p><p>sa. É marcada pela espontaneidade dos interlocutores, normalmente presente na língua falada no</p><p>cotidiano. O seu enfoque é na adequada transmissão da mensagem para que se estabeleça uma</p><p>comunicação efetiva.</p><p>Exemplos:</p><p>a) Nossa! Você tá muito atrasado.</p><p>b) Pedi pra minha psiquiatra uma receita nova.</p><p>c) Eu não devia ter deixado de estudar ontem.</p><p>d) Saiu num carro preto.</p><p>e) Cês tão numa sofrência hoje.</p><p>f) Os eruditos cidadãos do leste da Irlanda do Norte, apresentaram os resultados da pesquisa de-</p><p>senvolvida. = EMPREGO EQUIVOCADO DA VÍRGULA.</p><p>g) Tem uma galera que curte ficar down.</p><p>86</p><p>9</p><p>4. LINGUAGEM: DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO</p><p>4.1 LINGUAGEM DENOTATIVA:</p><p>Emprega palavras em seu sentido literal, próprio, original, objetivo ou real.</p><p>Exemplos (compare com os exemplos de linguagem conotativa, logo abaixo):</p><p>a) Criminosos incendiaram o estabelecimento comercial.</p><p>Incendiar: atear fogo, causar incêndio.</p><p>b) A criança se encantou com o leão que havia no zoológico.</p><p>Leão: animal.</p><p>c) Ergueram-se portões de ferro na frente da casa.</p><p>Ferro: material metálico, duro, acinzentado, com muitos empregos na indústria.</p><p>d) Os antigos estigmatizavam os criminosos com ferro em brasa.</p><p>Estigmatizar: marcar com sinal infamante, causar cicatriz em razão de ferida ou machucado.</p><p>4.2 LINGUAGEM CONOTATIVA:</p><p>Emprega palavras em sentido figurado, simbólico, não literal.</p><p>Exemplos:</p><p>a) Movimentos sociais incendiaram o Brasil com protestos no último sábado.</p><p>Incendiar: excitar, revoltar, causar agitação ou desordem.</p><p>b) Os contribuintes devem prestar contas ao leão a partir de terça-feira.</p><p>Leão: serviço de arrecadação do imposto de renda no Brasil. Faz referência ao fato de a Receita</p><p>Federal do Brasil ter escolhido o leão como símbolo do imposto de renda.</p><p>c) Se o assunto é proteção aos seus filhos, Osvaldo é um leão.</p><p>Leão: ressalta a figura do pai como protetor dos seus filhos, fazendo uma metáfora com o leão,</p><p>por ser um animal bravo.</p><p>d) Exige-se uma disciplina de ferro para o êxito nos concursos públicos.</p><p>Ferro: ressalta a necessidade de uma forte disciplina, fazendo uma metáfora com o ferro, por</p><p>ser um material rígido, duro.</p><p>e) Os idosos são desprezados e estigmatizados pela sociedade.</p><p>Estigmatizar: no contexto, o sentido é figurado, pois não se está dizendo que a sociedade fere,</p><p>fisicamente, os idosos, mas que os censura, que os despreza, que diminui a sua relevância,</p><p>tratando-os como se fossem incapazes.</p><p>87</p><p>10</p><p>Observações:</p><p>a) O sentido das palavras depende do contexto em que estão inseridas. Em questões cujas alter-</p><p>nativas apresentem orações retiradas de um texto apresentado pela banca, compreenda bem</p><p>as ideias desse texto e leia as alternativas com calma e com muita atenção;</p><p>b) É indispensável ter muita segurança quanto aos conceitos de linguagem ou sentido denotativo</p><p>e de linguagem ou sentido conotativo, além de muita atenção ao enunciado da questão.</p><p>5. TIPOLOGIA E GÊNERO TEXTUAL</p><p>As tipologias textuais, também chamadas de tipos textuais ou tipos de texto, são as diferentes for-</p><p>mas que um texto pode apresentar, visando responder a diferentes intenções comunicativas. A</p><p>construção do texto depende, então, da intenção que o autor tem ao escrever: contar, descrever,</p><p>argumentar, informar, dissertar.</p><p>Diferentes tipos de texto apresentam diferentes características: estrutura, construções de frase,</p><p>linguagem, vocabulário, tempos verbais, relações lógicas, modo de interação com o leitor.</p><p>A tipologia textual é dividida em cinco tipos de textos:</p><p>a. Tipologia narrativa (narração): contar uma história incluindo enredo, tempo, espaço e perso-</p><p>nagens envolvidos.</p><p>b. Tipologia descritiva (descrição): descrever uma pessoa, um objeto, um local, um acontecimento.</p><p>c. Tipologia dissertativa (dissertação): defender uma ideia e expor uma opinião através de argu-</p><p>mentações.</p><p>d. Tipologia expositiva (exposição): apresentar um conceito, uma ideia, ou informar sobre algo.</p><p>e. Tipologia injuntiva (injunção): ensinar ou instruir sobre algo com o objetivo de levar a uma</p><p>ação.</p><p>Características gerais das tipologias textuais:</p><p>a. Características da tipologia narrativa:</p><p>• Revela a sequência de acontecimentos de uma história;</p><p>• Os fatos e as ações são relatados por um narrador (foco narrativo) que participa ou não da tra-</p><p>ma;</p><p>• Presença de personagens principais (protagonistas), que aparecem com maior frequência e são</p><p>mais importantes na</p><p>história, e personagens secundários (coadjuvantes);</p><p>• Marcação de tempo (tempo cronológico) através de datas e momentos históricos, ou o tempo</p><p>individual de cada personagem (tempo psicológico);</p><p>• Indicação do local onde se desenvolve a história e que podem ser físicos (reais ou imaginários)</p><p>ou psicológicos (na mente das personagens).</p><p>88</p><p>11</p><p>b. Características da tipologia descritiva:</p><p>• Aponta os principais atributos e aspectos de algo;</p><p>• Realiza um retrato verbal sobre algo;</p><p>• Valoriza os detalhes, os pormenores e as minúcias;</p><p>• Utiliza muitos adjetivos para detalhar o objeto descrito;</p><p>• Usa verbos de ligação (ser, estar, parecer) para demostrar o objeto descrito;</p><p>• Presença de verbos no pretérito imperfeito e no presente do indicativo para descrever cenas;</p><p>• Recorre às metáforas e às comparações que permitem uma melhor imagem mental do que está</p><p>sendo descrito.</p><p>c. Características da tipologia dissertativa</p><p>• Textos escritos na terceira pessoa do plural;</p><p>• Presença de apreciações, opiniões e juízos de valor do autor do texto;</p><p>• Foco na formação da opinião do leitor, persuadindo-o;</p><p>• Uso da norma culta (linguagem formal);</p><p>• Recorre à coerência e à coesão para criar uma argumentação lógica e bem conectada pelos</p><p>elementos coesivos;</p><p>• Utilização de dados, exemplos e estatísticas de outras pesquisas para corroborar suas ideias;</p><p>• Explicações fundamentadas em outros autores, por exemplo, para a defesa do tema com mais</p><p>propriedade.</p><p>d. Características da tipologia expositiva</p><p>• Textos escritos ou orais sem opiniões do autor;</p><p>• Uso de uma linguagem clara e direta;</p><p>• Produções textuais informativas e objetivas, sem juízo de valor;</p><p>• Uso de informações, dados e referências para expor o tema;</p><p>• Recorre a definições, a conceitos para explicar os temas;</p><p>• Utiliza comparações e enumerações para facilitar o entendimento.</p><p>e. Características da tipologia injuntiva</p><p>• Visam instruir ou ensinar algo a alguém;</p><p>• Foco na explicação e no método para a realização de algo;</p><p>• Textos objetivos, sem espaço para outras interpretações;</p><p>• Uso da linguagem simples e objetiva, e, por vezes, técnica;</p><p>• Presença da linguagem formal, baseada na norma culta;</p><p>• Utilização de verbos no imperativo, que denotam ordem.</p><p>Diferença entre tipologia e gêneros textuais</p><p>As tipologias textuais são textos orais ou escritos que possuem uma estrutura fixa e objetivos bem</p><p>definidos: relatar um acontecimento, descrever uma pessoa, defender ou apresentar uma ideia,</p><p>ensinar a fazer algo. Elas são classificadas em cinco tipos: narração, descrição, dissertação, exposi-</p><p>ção e injunção.</p><p>89</p><p>12</p><p>Já os gêneros textuais são textos orais ou escritos mais específicos determinados pela intenção co-</p><p>municativa, o contexto em que são utilizados. Eles determinam características específicas do texto,</p><p>tanto de estrutura quanto de composição da mensagem.</p><p>Pode-se afirmar que as tipologias trabalham diretamente para os gêneros, visto que todos os gê-</p><p>neros constroem sua mensagem por meio de uma tipologia específica. Na sequência, alguns exem-</p><p>plos:</p><p>• Exemplos de gêneros textuais narrativos: romance, conta e novela.</p><p>• Exemplos de gêneros textuais descritivos: biografia, cardápio e notícia.</p><p>• Exemplos de gêneros textuais dissertativos: monografia, artigo e resenha.</p><p>• Exemplos de gêneros textuais expositivos: seminário, palestra e entrevista.</p><p>• Exemplos de gêneros textuais injuntivos: receitas, propagandas e manuais.</p><p>GÊNEROS TEXTUAIS</p><p>É o nome que se dá às diferentes formas de linguagem empregadas nos textos. Estas formas podem</p><p>ser mais formais ou mais informais, e até se mesclarem em um mesmo texto, porém este será no-</p><p>meado com o gênero que prevalecer!</p><p>Os gêneros textuais estão intimamente ligados à nossa situação cotidiana. Eles existem como me-</p><p>canismo de organização das atividades sociocomunicativas do dia a dia. Sendo assim, gêneros tex-</p><p>tuais são tipos específicos de textos de qualquer natureza, literários ou não literários, cujas modali-</p><p>dades discursivas são como formas de organizar a linguagem.</p><p>Dá-se aos textos nomes específicos. Junto ao nome, também são atribuídas a eles características</p><p>quanto à formatação, à estrutura, à linguagem, o poder informativo, à veracidade. Não é possível</p><p>afirmar quantos gêneros textuais existem, porque, como já mencionado, eles são dinâmicos e se</p><p>adaptam às demandas da atualidade. Logo, o faz, por exemplo, é uma forma de comunicação via</p><p>linguagem escrita (gênero) que caiu em desuso em razão de adaptações tecnológicas. Em contra-</p><p>partida, outros gêneros textuais nasceram, como e-mail, whatsapp. Vê-se, então, que os gêneros</p><p>são representações linguísticas de formas específicas de comunicação.</p><p>Exemplos de gêneros textuais cobrados em prova:</p><p>HISTÓRIA EM QUADRINHO:</p><p>História em quadrinhos é um gênero textual que tem características diferentes de outros tipos de</p><p>texto por utilizar, principalmente, a imagem para narrar a história ao leitor. É uma arte sequencial,</p><p>em que os desenhos, dispostos nos quadrinhos, dão informações para que o leitor compreenda a</p><p>mensagem. Por essa razão é que as HQs são tão populares e atingem crianças em idade pré-escolar,</p><p>já que a leitura da palavra não é o único recurso para que o leitor entre em contato com o texto.</p><p>Aqui, mensagem enviada tem um tom crítico e/ou humorizado.</p><p>90</p><p>13</p><p>EDITORIAL</p><p>O texto editorial é um tipo de texto jornalístico que geralmente aparece no início das colunas. Di-</p><p>ferente dos outros textos que compõem um jornal, de caráter informativo, os editoriais são textos</p><p>opinativos.</p><p>Embora sejam textos de caráter subjetivo, eles podem apresentar certa objetividade. Isso porque</p><p>são os editoriais que apresentam os assuntos que serão abordados em cada seção do jornal, ou</p><p>seja, Política, Economia, Cultura, Esporte, Turismo, País, Cidade, Classificados, entre outros.</p><p>Os textos são organizados pelos editorialistas, que expressam as opiniões da equipe e, por isso, não</p><p>recebem a assinatura do autor. No geral, eles apresentam a opinião do meio de comunicação (revis-</p><p>ta, jornal, rádio, etc.).</p><p>RESENHA-CRÍTICA:</p><p>É um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação sobre ele, uma crítica, apontando os</p><p>aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um texto de informação e de opinião, tam-</p><p>bém denominado de recensão crítica. O objetivo da resenha é divulgar objetos de consumo cultu-</p><p>ral: livros, filmes peças de teatro, etc. Por isso a resenha é um texto de caráter efêmero, pois “enve-</p><p>lhece” rapidamente, muito mais que outros textos de natureza opinativa.</p><p>CRÔNICA</p><p>A crônica é um gênero textual muito presente em jornais e revistas. Em geral, os assuntos abor-</p><p>dados em textos desse tipo são voltados ao cotidiano das cidades – a crônica pode ser entendida</p><p>como um retrato verbal particular dos acontecimentos urbanos. Os bons cronistas são aqueles que</p><p>conseguem perceber, no dia a dia de suas vidas, impressões, ideias ou visões da realidade que não</p><p>foram percebidas por todos. Embora não seja uma regra, as crônicas costumam tratar de assuntos</p><p>mais leves e de um modo humorístico.</p><p>É um gênero discursivo que mescla a tipologia narrativa com trechos reflexivos e, em alguns casos,</p><p>argumentativos. A linguagem da crônica costuma ser leve, marcada por coloquialidade e, não raro,</p><p>cada cronista tem seu estilo próprio no uso das palavras. Os temas comuns a esse gênero são os</p><p>mais variados possíveis. Qualquer assunto cotidiano pode ser motivo de crônica. Por ser um gênero</p><p>nascido na cidade, é comum que tudo que ocorra no ambiente urbano passe a ser escrito em forma</p><p>de crônica.</p><p>91</p><p>14</p><p>CHARGE</p><p>Charge é um gênero jornalístico que se utiliza da imagem para expressar à coletividade o posiciona-</p><p>mento editorial do veículo. É uma crítica carregada de ironia e que reflete situações do cotidiano.</p><p>CONTO</p><p>O conto é um tipo de texto ficcional. Isso significa que as narrativas trazidas nas histórias são curtas,</p><p>centralizadas em certo acontecimento e marcadas por um momento de grande tensão, chamado</p><p>de clímax. Além</p><p>disso, geralmente apresenta poucos personagens, os espaços e cenários são redu-</p><p>zidos e o tempo é limitado.</p><p>Esse tipo de gênero literário é fechado e objetivo, pois caracteriza-se por um início, meio (onde o</p><p>clímax se revela) e situação final. Diferentemente da novela ou romance, cuja trama envolve enre-</p><p>dos secundários, é formado por apenas uma história e conflito.</p><p>Aqui, não há vínculo com a realidade dos fatos. Por ser um texto literário, o autor tem a liberdade</p><p>de criar enredos ficcionais, garantindo, de forma a prezar pela qualidade do texto, a verossimilhan-</p><p>ça, ou seja, uma lógica coerente de acontecimentos.</p><p>6. COESÃO E COERÊNCIA</p><p>Chama-se texto um conjunto de palavras, de frases, de parágrafos que, juntos, compõem um sen-</p><p>tido completo. Essa afirmação coloca em questão o conceito de COESÃO e de COERÊNCIA textual.</p><p>Um texto coeso e, portanto, coerente tem suas ideias conectadas, de forma a fazer o leitor compre-</p><p>ender que cada parte do texto importa e contribui ao entendimento máximo.</p><p>92</p><p>15</p><p>O esquema acima é um exemplo de relações feitas no processo de construção do texto. Ao escre-</p><p>ver, afirmamos, questionamos, buscamos afirmações já mencionadas para explicar outro ponto. Ao</p><p>iniciarmos uma ideia, estabelecemos relações com outras abordagens, outros sentidos já expostos</p><p>no texto. A este movimento linguístico e semântico que ocorre no processo de escrita damos no</p><p>nome de COESÃO TEXTUAL.</p><p>A COERÊNCIA, assim, passa a ser uma consequência de um trabalho coesivo bem-feito. Se, ao lon-</p><p>go da escrita, aplica-se palavras que fazem este trabalho de resgate de ideias e que relacionam as</p><p>frases com os sentidos pretendidos por aquele que escreve de forma clara, o texto passa a fazer</p><p>sentido, a ter lógica; é, portanto, COERENTE.</p><p>Vale destacar que esta ligação entre as ideias ocorre não apenas entre frases, mas também entre</p><p>parágrafos, de forma que a composição textual seja interligada como m todo e que o leitor compre-</p><p>enda quando a ideia está sendo apresentada e finalizada.</p><p>PRINCIPAIS ELEMENTOS REFERENCIAIS</p><p>POR USO DE FORMAS GRAMATICAIS</p><p>A. Substituição por pronomes, advérbios, etc.</p><p>Ex.: Os alunos estudam todos os dias para passar na prova. Eles são reconhecidos pelo esforço.</p><p>Observe-se o uso do pronome pessoal “eles”, que retoma “alunos”.</p><p>Ex.: Na escola, há diversas formas de trabalhar as habilidades textuais. Lá, os alunos têm acesso a</p><p>aulas de produção textual.</p><p>Observe-se o uso do advérbio de lugar “lá”, que retoma o termo “escola”.</p><p>B. Definitivação: artigos definidos e indefinidos</p><p>Ex.: Muitas dificuldades são reconhecidas pelos professores de Língua Portuguesa. Uma é a fragili-</p><p>dade do ato de escrever.</p><p>Observe-se o uso do artigo indefinido “uma” faz referência a “muitas dificuldades”.</p><p>Ex.: Comprei uma bolsa linda no shopping. A bolsa foi feita à mão por costureiras que moram no</p><p>interior do Nordeste brasileiro.</p><p>93</p><p>16</p><p>Observe-se o uso do artigo definido “a”, que se refere anaforicamente à informação precedente,</p><p>“uma bolsa”.</p><p>C. Elipse: posição “vazia”</p><p>Ex.: Os professores de Matemática tiveram encontro com a coordenação da escola, os Ø de Geogra-</p><p>fia e os Ø de Língua Portuguesa não tiveram essa oportunidade.</p><p>Observe-se o uso das posições vazias sinalizam a elipse do substantivo “PROFESSORES”.</p><p>D. Numerais (números cardinais, ordinais, fracionais...)</p><p>Ex.: Há várias reivindicações sobre falta de incentivo à leitura no Brasil. Duas dizem respeito à esco-</p><p>la e à família.</p><p>Observe-se que o termo “duas” retoma “reivindicações”.</p><p>POR USO DE FORMAS LEXICAIS</p><p>A. Relação de sinonímia</p><p>Ex.: O trabalho sobre violência urbana foi apresentado pela aluna. A estudante tinha a intenção de</p><p>valorizar a importância da ação da polícia.</p><p>Observe-se o uso do termo “estudante” como um sinônimo de “aluna”.</p><p>B. Relação de hiperonímia-hiponímia</p><p>Ex.: Aquela jovem ama sorvete de vários sabores. O de chocolate é o seu favorito.</p><p>Observe-se que a formulação “de chocolate” é um hipônimo do hiperônimo “sabores”.</p><p>C. Nomes genéricos</p><p>Ex.: Algumas pessoas entrevistadas acreditam existir prejuízos aos sujeitos que decidem se vacinar.</p><p>A hipótese é refutada pelos estudiosos da área da infectologia.</p><p>Observe-se como “hipótese” retoma a ideia de que algumas pessoas acham que aquecimento glo-</p><p>bal não existe. Tal retomada poderia ser feita por um termo como “fato” ou “crença”, em um texto</p><p>relativamente “neutro”, bem como por “disparate” ou “equívoco”, em um texto mais incisivo ide-</p><p>ologicamente. Do ponto de vista da coesão, qualquer dos termos citados é igualmente adequado</p><p>como recurso articulatório do texto.</p><p>D. Nominalizações</p><p>Ex.: Os alunos se manifestaram protestando contra o recesso escolar. A manifestação chamou a</p><p>atenção da mídia e das autoridades, e instaurou-se uma investigação.</p><p>94</p><p>17</p><p>Observe-se que o substantivo abstrato “manifestação”, no segundo período, retoma o verbo “mani-</p><p>festar” do primeiro período. O mesmo recurso poderia acontecer, hipoteticamente, entre “protes-</p><p>tar” e “protesto”.</p><p>DESTAQUE ÀS CONJUNÇÕES E AOS SENTIDOS PRETENDIDOS</p><p>CONJUNÇÕES COORDENATIVAS (mais recorrentes)</p><p>Aditiva: E, nem, não só, mas também.</p><p>Exemplos:</p><p>a) Fui ao shopping e comi um sanduíche.</p><p>b) Ele não me agradece, nem eu lhe dou tempo.</p><p>Adversativa: Mas, porém, entretanto, no entanto, contudo, todavia, não obstante.</p><p>Exemplos:</p><p>a) Matheus desistiu de comprar um automóvel, porém ele tem vontade de possuir um veículo.</p><p>b) As pessoas gostam de comprar, mas ninguém está fazendo dívidas atualmente.</p><p>Alternativa: Ou… ou (pode vir duplicada ou não), ora… ora, quer… quer, seja… seja, nem… nem.</p><p>Exemplos:</p><p>a) Seja trabalhador, seja estudante, todos merecem respeito.</p><p>b) Ora tem muito sono, ora tem insônia.</p><p>Conclusiva: Portanto, logo, assim, pois (após o verbo), por conseguinte, por isso, diante disso (re-</p><p>pare que as três últimas são locuções conjuntivas, ou seja, mais de uma palavra exerce o papel de</p><p>conjunção).</p><p>Exemplos:</p><p>a) Encontrei, pois, Alexandre, quando estive no parque Ibirapuera.</p><p>b) O prazo de entrega das atividades termina hoje, logo, conclua-as rapidamente.</p><p>Explicativa: Porque, que, porquanto, pois (antes do verbo).</p><p>Exemplos:</p><p>a) A festa foi um desastre, pois a energia elétrica foi cortada.</p><p>b) A escolha da roupa foi equivocada, porque não foi compatível com a sugestão presente no con-</p><p>vite de casamento.</p><p>95</p><p>18</p><p>CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS (mais recorrentes)</p><p>Causais: porque, pois, por isso que, uma vez que, visto que, já que, porquanto, como, desde que,</p><p>etc.</p><p>Exemplos:</p><p>Como estava com dor de barriga, decidi tomar um remédio.</p><p>Não irei viajar de carro no final de semana, pois está na oficina.</p><p>Concessivas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que,</p><p>conquanto, etc.</p><p>Exemplos:</p><p>Embora o número de casos de Covid-19 tenha crescido no Brasil, muitas pessoas negligenciam os</p><p>cuidados.</p><p>Apesar de fazer exercícios todos os dias, Maria ainda não chegou ao peso esperado.</p><p>Condicionais: se, caso, salvo se, desde que, contanto que, dado que, a menos que, a não ser que,</p><p>exceto se, etc.</p><p>Exemplos:</p><p>Se eu conseguir passar no vestibular, vou estudar Medicina.</p><p>Ligue para o veterinário, caso o seu cachorro ainda precise de cuidados.</p><p>Conformativas: conforme, segundo, como, consoante.</p><p>Exemplos:</p><p>Segundo dados da pesquisa divulgada pelo IBGE, a taxa de desemprego chegou a 13,8% no Brasil.</p><p>Conforme especialistas, crianças que não dormem bem estão mais expostas a riscos de obesidade</p><p>e depressão.</p><p>Comparativas: como, assim como, como se, bem como, que nem, que e do que (precedido de mais,</p><p>menos, maior, menor, melhor, pior), tal qual, etc.</p><p>Exemplos:</p><p>Estou mais motivada a estudar do que semana passada.</p><p>Pedro caiu da bicicleta como se tivesse levado um empurrão.</p><p>Consecutivas: que, de modo que, de maneira que, tamanho, de forma que, de sorte que, de tal</p><p>forma, etc.</p><p>Exemplos:</p><p>A surpresa foi tamanha que a levou um susto.</p><p>As aulas presenciais foram suspensas, de modo que os alunos tiveram que se adaptar com os estu-</p><p>dos domiciliares.</p><p>96</p><p>19</p><p>Finais: para, para que, a fim de que, porque (no sentido de que), que.</p><p>Exemplos:</p><p>Todos reviram a redação para que não houvesse erros gramaticais.</p><p>Faço exercício todos os dias a fim de manter minha saúde.</p><p>Proporcionais: à proporção que, ao passo que, à medida que, quanto mais, quanto menos, enquan-</p><p>to, etc.</p><p>Exemplos:</p><p>Quanto mais você estuda, maiores são as chances de compreender.</p><p>Minha resistência à corrida aumenta à medida que intensifico a atividade</p><p>Temporais: quando, depois que, desde que, logo que, assim que, sempre que, antes/depois que,</p><p>até que, cada vez que, todas as vezes que, etc.</p><p>Exemplos:</p><p>Desde que você foi morar longe, sinto muito saudade sua.</p><p>Gostei daquela roupa assim que a vi na loja.</p><p>97</p><p>20</p><p>QUESTÕES DE COMPREENSÃO E DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL</p><p>98</p><p>21</p><p>01. Um argumento que justifica a tese de que “pensar em privacidade digital é (quase) utópico” (pará-</p><p>grafo 2) aparece em</p><p>a) “A questão central não se resume somente à política de privacidade das plataformas X ou Y”</p><p>(parágrafo 4)</p><p>b) “A segurança da informação já se transformou em uma área estratégica para qualquer tipo de</p><p>empresa” (parágrafo 5)</p><p>c) “a partir do momento em que um conteúdo é postado, ele faz parte da rede e não é mais do</p><p>usuário” (parágrafo 7)</p><p>d) “É preciso que tanto clientes como empresas busquem mais informação e conteúdo técnico</p><p>sobre o tema” (parágrafo 8)</p><p>e) “Precisamos de consciência, senso crítico, responsabilidade e cuidado para levar a internet a</p><p>um outro nível.” (parágrafo 9)</p><p>02. Depois de questionar se o conteúdo que circula nas redes é realmente propriedade do usuário (pa-</p><p>rágrafo 6), o texto desenvolve a ideia de que</p><p>a) a maior parte dos usuários no mundo acessa a internet por meio de um smartphone.</p><p>b) a segurança da informação já se transformou em uma área estratégica para as empresas.</p><p>c) as empresas e os provedores conseguem rastrear os usuários por meio de endereço de e-mail.</p><p>d) as organizações devem conscientizar os clientes em relação aos limites da privacidade digital.</p><p>e) as pessoas deixam rastros na rede que podem ser descobertos a qualquer momento.</p><p>03. O trecho em que a palavra destacada expressa uma opinião do autor é</p><p>a) “Atualmente, somos mais de 126,4 milhões de brasileiros” (parágrafo 1)</p><p>b) “Infelizmente, basta ter um endereço de e-mail para ser rastreado” (parágrafo 3)</p><p>c) “modo como cada sociedade vem paulatinamente estruturando a sua política” (parágrafo 4)</p><p>d) “Independentemente da demanda de armazenamento de dados de clientes” (parágrafo 5)</p><p>e) “época em que todo mundo pode falar permanentemente o que quer.”(parágrafo 9)</p><p>04. No trecho “Às organizações, cabe o desafio de orientar seus clientes, já que, na maioria das vezes,</p><p>eles não sabem quais são os limites da privacidade digital” (parágrafo 8), a expressão destacada</p><p>expressa a noção de</p><p>a) condição</p><p>b) finalidade</p><p>c) concessão</p><p>d) causalidade</p><p>e) comparação</p><p>99</p><p>22</p><p>05. A palavra ou a expressão a que se refere o termo em destaque está corretamente explicitada entre</p><p>colchetes em:</p><p>a) “sendo que 2,9 bilhões delas fazem isso pelo smartphone” (parágrafo 1) – [rede mundial]</p><p>b) “Ela é importante, inclusive, para trazer mais clareza e consciência para os usuários.” (parágrafo</p><p>3) – [exposição]</p><p>c) “Isso porque, embora muitas pessoas não saibam, a maioria das redes sociais prevê que, a par-</p><p>tir do momento” (parágrafo 7) – [redes sociais]</p><p>d) “a partir do momento em que um conteúdo é postado, ele faz parte da rede e não mais do usu-</p><p>ário” (parágrafo 7) – [momento]</p><p>e) “É fato que ela não é segura, a questão, então, é como usá-la de maneira mais inteligente” (pa-</p><p>rágrafo 9) – [internet]</p><p>06. No trecho “Esse limite poderia ser dado pelo próprio consumidor, se ele assim quiser?” (parágrafo</p><p>6), a forma verbal destacada expressa a noção de</p><p>a) dever</p><p>b) certeza</p><p>c) hipótese</p><p>d) obrigação</p><p>e) necessidade</p><p>GABARITO</p><p>01. C 02. D 03. B 04. D 05. E 06. C</p><p>100</p><p>23</p><p>101</p><p>24</p><p>01. De acordo com o texto, hoje a valorização do QA tende a superar a do QI e a do QE no ambiente de</p><p>trabalho porque</p><p>a) as habilidades interpessoais são muito requeridas.</p><p>b) o conhecimento tecnológico é cada vez mais necessário.</p><p>c) a memória e a habilidade matemática são indicadores exigidos.</p><p>d) a capacidade de adaptação faz a diferença entre o homem e a máquina.</p><p>e) a automatização requer colaboradores que superem a rapidez e a precisão do algoritmo.</p><p>02. Ao abordar perspectivas de evolução na carreira, o texto destaca que a(s)</p><p>a) mudança no mercado se dará pela valorização do QE.</p><p>b) capacidade para a detecção de padrões será valorizada.</p><p>c) habilidades relacionadas ao QA poderão ser aprimoradas.</p><p>d) atividades relativas às artes serão excluídas das mudanças.</p><p>e) competências teóricas relacionadas ao QI serão evidenciadas.</p><p>03. O trecho que evidencia a razão pela qual novos indicadores passaram a balizar o processo de sele-</p><p>ção das empresas é:</p><p>a) “Há algum tempo, se você quisesse avaliar as perspectivas de alguém crescer na carreira, pode-</p><p>ria considerar pedir um teste de QI”. (parágrafo 1)</p><p>b) “o QE é visto como um kit de habilidades que pode nos ajudar a ter sucesso em vários aspectos</p><p>da vida.” (parágrafo 2)</p><p>c) “A tecnologia mudou bastante a forma como alguns trabalhos são feitos, e a tendência continu-</p><p>ará.” (parágrafo 5)</p><p>d) “Seu QI o ajuda nas provas pelas quais precisa passar para se qualificar”. (parágrafo7)</p><p>e) “Uma coisa boa do QA é que, mesmo que seja difícil mensurá-lo, especialistas dizem que ele</p><p>pode ser desenvolvido.” (parágrafo 8)</p><p>04. Embora priorizando a linguagem formal, os textos jornalísticos, por vezes, apropriam-se de aspec-</p><p>tos da linguagem coloquial, buscando simular uma conversa com o leitor. Nesse texto, o trecho que</p><p>exemplifica essa afirmação é:</p><p>a) “Tanto o QI quanto o QE são considerados importantes para o sucesso na carreira.” (parágrafo</p><p>3)</p><p>b) “Esse quociente envolve também características como flexibilidade, curiosidade, coragem e re-</p><p>siliência.” (parágrafo 4)</p><p>c) “Isso ocorre porque um algoritmo pode executar essas tarefas com mais rapidez e precisão do</p><p>que um humano.” (parágrafo 5)</p><p>d) “Seu QI o ajuda nas provas pelas quais precisa passar para se qualificar”. (parágrafo 7)</p><p>e) “Ter QI, mas nenhum QA, pode ser um bloqueio para as habilidades existentes diante de novas</p><p>maneiras de trabalhar.” (parágrafo 8)</p><p>102</p><p>25</p><p>05. Respeitando-se o ponto de vista sustentado pelo texto e adequando-se a seu sentido, a reunião dos</p><p>trechos “as habilidades necessárias para prosperar no mercado de trabalho também estão mudan-</p><p>do” (parágrafo 3) e “ter QI, mas nenhum QA, pode ser um bloqueio para as habilidades existentes</p><p>diante de novas maneiras de trabalhar” (parágrafo 8) resulta no seguinte período:</p><p>a) As habilidades necessárias para prosperar no mercado de trabalho também estão mudando,</p><p>embora ter QI, mas nenhum QA, possa ser um bloqueio para as habilidades existentes diante</p><p>de novas maneiras de trabalhar.</p><p>b) Como as habilidades necessárias para prosperar no mercado de trabalho também estão mu-</p><p>dando, ter QI, mas nenhum QA, pode ser um bloqueio para as habilidades existentes diante de</p><p>novas maneiras de trabalhar.</p><p>c) Mesmo que as habilidades necessárias para prosperar no mercado de trabalho também este-</p><p>jam mudando, ter QI, mas nenhum QA, pode ser um bloqueio para as habilidades existentes</p><p>diante de novas maneiras de trabalhar.</p><p>d) As habilidades necessárias para prosperar no mercado de trabalho também estão mudando,</p><p>desde que ter QI, mas nenhum QA, possa ser um bloqueio para as habilidades existentes diante</p><p>de novas maneiras de trabalhar.</p><p>e) As habilidades necessárias para prosperar no mercado de trabalho também estão mudando, no</p><p>entanto, ter QI, mas nenhum QA, pode ser um bloqueio para as habilidades existentes diante</p><p>de novas maneiras de trabalhar.</p><p>GABARITO</p><p>01. D 02. C 03. C 04. D 05. B</p><p>103</p><p>26</p><p>01. A palavra ou expressão que promove a continuidade e a união do segundo parágrafo com o tercei-</p><p>ro, retomando um elemento textual relevante, é</p><p>a) mundo</p><p>b) geladeiras</p><p>c) cloreto de sódio</p><p>d) infinito</p><p>e) momento</p><p>104</p><p>27</p><p>02. A palavra capaz de substituir o elemento em destaque no trecho “... e, sim, o sal” (parágrafo 2) sem</p><p>alteração de sentido é</p><p>a) mesmo</p><p>b) até</p><p>c) logo</p><p>d) claro</p><p>e) portanto</p><p>03. A palavra destacada em “bem mais portáteis” (parágrafo 4) traz para o trecho uma ideia de</p><p>a) adição</p><p>b) adversidade</p><p>c) comparação</p><p>d) extensão</p><p>e) soma</p><p>04. A expressão “demanda garantida” (parágrafo 2) indica que</p><p>a) os itens em questão eram populares entre os cidadãos, que costumavam utilizar os itens men-</p><p>cionados.</p><p>b) os itens em questão eram valiosos porque se estragavam com facilidade.</p><p>c) os cidadãos buscavam itens com qualidade atestada.</p><p>d) os cidadãos costumavam pesquisar antes de escolher os itens.</p><p>e) apenas os cidadãos mais favorecidos tinham acesso a esses itens.</p><p>05. O período que corresponde, sem alteração de sentido, à reescritura de “Mesmo com o advento do</p><p>papel-moeda, o escambo, ou troca de mercadorias, persistiu em diversas comunidades” é:</p><p>a) O escambo, ou troca de mercadorias, persistiu em diversas comunidades, apesar do advento</p><p>do papel-moeda.</p><p>b) O escambo, ou troca de mercadorias, persistiu em diversas comunidades, haja vista o advento</p><p>do papel-moeda.</p><p>c) Quando do advento do papel-moeda, o escambo, ou troca de mercadorias, persistiu em diver-</p><p>sas comunidades.</p><p>d) Com o advento do papel-moeda, no entanto, o escambo, ou troca de mercadorias, persistiu em</p><p>diversas comunidades.</p><p>e) Tanto quanto o advento do papel-moeda, o escambo, ou troca de mercadorias, persistiu em</p><p>diversas comunidades.</p><p>GABARITO</p><p>01. C 02. D 03. C 04. A 05. A</p><p>105</p><p>28</p><p>01. O texto tem o objetivo primordial de</p><p>a) ensinar a gerir as finanças pessoais de maneira eficaz.</p><p>b) sensibilizar sobre a importância da educação financeira.</p><p>c) prevenir quanto aos perigos do acesso facilitado ao crédito.</p><p>d) alertar para a complexidade maior do mundo financeiro atual.</p><p>e) sugerir a incorporação do hábito de elaborar orçamento familiar.</p><p>02. Considere a palavra destacada no seguinte trecho o parágrafo 2: “A ausência de educação financei-</p><p>ra, aliada à facilidade de acesso ao crédito, tem levado muitas pessoas ao endividamento excessi-</p><p>vo”. Essa palavra pode, sem prejuízo do sentido desse trecho, ser substituída por</p><p>a) básico</p><p>b) essencial</p><p>c) inevitável</p><p>d) desmedido</p><p>e) imprescindível</p><p>106</p><p>29</p><p>03. Considerando-se a organização composicional do texto lido, compreende-se que ele se classifica</p><p>como</p><p>a) argumentativo, pois defende a ideia de que é importante saber lidar com o dinheiro.</p><p>b) narrativo, pois relata o episódio de uma conversa sobre gestão financeira entre amigos.</p><p>c) descritivo, pois reproduz uma cena de elaboração de orçamento no cotidiano de uma família.</p><p>d) expositivo, pois apresenta informações objetivas sobre conceitos da área de educação financei-</p><p>ra.</p><p>e) injuntivo, pois instrui acerca da elaboração de orçamentos para uma vida financeira mais sau-</p><p>dável.</p><p>04. No trecho do parágrafo 3 “As empresas, não compreendendo a importância de ter seus funcio-</p><p>nários alfabetizados financeiramente, também não investem nessa área”, a oração destacada tem</p><p>valor semântico de</p><p>a) causa</p><p>b) proporção</p><p>c) alternância</p><p>d) comparação</p><p>e) consequência</p><p>05. A frase que, ao ser reescrita, guarda o mesmo sentido do trecho do parágrafo 3 “Enfim, embora</p><p>todos lidem diariamente com dinheiro, poucos se dedicam a gerir melhor seus recursos.” é:</p><p>a) Enfim, quando todos lidam diariamente com dinheiro, poucos se dedicam a gerir melhor seus</p><p>recursos.</p><p>b) Enfim, por todos lidarem diariamente com dinheiro, poucos se dedicam a gerir melhor seus</p><p>recursos.</p><p>c) Enfim, como todos lidam diariamente com dinheiro, poucos se dedicam a gerir melhor seus</p><p>recursos.</p><p>d) Enfim, apesar de todos lidarem diariamente com dinheiro, poucos se dedicam a gerir melhor</p><p>seus recursos.</p><p>e) Enfim, desde que todos lidem diariamente com dinheiro, poucos se dedicam a gerir melhor</p><p>seus recursos.</p><p>GABARITO</p><p>01. B 02. D 03. A 04. A 05. D</p><p>107</p><p>30</p><p>01. De acordo com o texto, para atender às exigências internacionais, o país deve</p><p>a) conscientizar os agricultores da necessidade de ampliar seus negócios.</p><p>b) diversificar os tipos de culturas que exigem a utilização de muita água.</p><p>c) garantir a destinação de terras a atividades de preservação ambiental.</p><p>d) liberar as áreas de cultivo de produtos agrícolas na região amazônica.</p><p>e) restringir as terras amazônicas ao desenvolvimento da pecuária.</p><p>02. No trecho “Portanto, a responsabilidade do agricultor brasileiro é muito grande.” (parágrafo 1), a</p><p>palavra destacada pode ser substituída, sem prejuízo do sentido, por</p><p>a) com o fim de</p><p>b) dessa forma</p><p>c) apesar de</p><p>d) porque</p><p>e) quando</p><p>GABARITO</p><p>01. C 02. B</p><p>108</p><p>31</p><p>01. “Você é um vagabundo, pois seus amigos são todos vagabundos!” Sobre os elementos componen-</p><p>tes desse pequeno texto argumentativo, a opção que traz uma afirmação correta, é:</p><p>a) o argumento apresentado pelo locutor é de base racional e lógica, sem dar chance de refutação</p><p>ao interlocutor;</p><p>b) o locutor e o interlocutor são identificados no texto;</p><p>c) a conclusão desse texto é que o interlocutor deve procurar melhorar a qualidade de suas com-</p><p>panhias;</p><p>d) uma refutação eficiente a esse texto é “meus amigos não são vagabundos”;</p><p>e) o locutor se posiciona como pessoa de autoridade semelhante à do interlocutor.</p><p>02. Todas as frases abaixo são exemplos de textos argumentativos; a frase que NÃO é apoiada por argu-</p><p>mentos, é:</p><p>a) O tempo está bom; vamos passear!</p><p>b) É bom passear no final do dia, quando o sol se põe!</p><p>c) Já que estamos de férias, vamos passear!</p><p>d) Eu gosto da sua companhia, vamos passear!</p><p>e) Vamos passear pelas ruas próximas!</p><p>03. Todas as frases abaixo contêm o vocábulo porque; a maneira de reescrever cada uma elas de modo</p><p>a omitir esse vocábulo, mantendo-se o sentido original, é:</p><p>a) A festa demorou mais uma hora porque as crianças pediram / Por petição das crianças, a festa</p><p>demorou mais uma hora;</p><p>b) Concordou com as medidas porque as circunstâncias pressionavam / Por pressão das circuns-</p><p>tâncias, concordou com as medidas;</p><p>c) Nós o ajudamos porque o ouvimos gritar / Pelos gritos auditados, nós o ajudamos;</p><p>d) Fornecemos os passaportes porque foram requeridos / Por requisitos, nós fornecemos os pas-</p><p>saportes;</p><p>e) Consegui chegar ao final porque muitas pessoas me animaram / Pelo ânimo de muitas pessoas,</p><p>consegui chegar ao final.</p><p>04. “Ele alegava sua debilidade de saúde para deixar de ir ao trabalho.” Constata-se na organização des-</p><p>sa frase argumentativa que:</p><p>a) o argumento apresentado para a ação de não ir ao trabalho é visto como de base racional e</p><p>lógica;</p><p>b) o emprego do verbo “alegar” implica certo distanciamento do argumento apresentado;</p><p>c) o argumento apresentado, segundo o contexto, era de base legal;</p><p>d) o interlocutor da frase é identificado como um chefe no serviço público;</p><p>e) a frase carece de argumentos, pois só mostra a constatação de um fato.</p><p>109</p><p>32</p><p>05. Um palestrante bastante conceituado e competente, num congresso médico, declarou: “Depois</p><p>que me formei em Medicina, eu, de fato, nunca mais trabalhei!”.</p><p>Com essa frase, o médico palestrante:</p><p>a) sugere seu prazer pessoal e contínuo de ser médico;</p><p>b) ironiza o trabalho árduo dos médicos;</p><p>c) alude ao fato de os médicos trabalharem pouco tempo;</p><p>d) se refere às múltiplas possibilidades profissionais dos médicos;</p><p>e) destaca seu sucesso profissional no exercício da profissão.</p><p>06. A frase abaixo em que a palavra religião é empregada em sentido figurado, é:</p><p>a) Fez da obediência ao coronel da fazenda a sua religião;</p><p>b) Todas as religiões parecem-me estar certas em suas afirmações e erradas em suas negações;</p><p>c) O líder de uma religião não deve só confortar os aflitos, deve também afligir os confortáveis;</p><p>d) Os que professam alguma religião são mais felizes;</p><p>e) As crianças não devem receber a religião; têm de pegá-la no meio ambiente, como se pega o</p><p>sarampo.</p><p>07. Observe o seguinte diálogo de valor argumentativo:</p><p>“– O homenageado fez um discurso fantástico sobre as injustiças sociais.</p><p>– Ah, sim, o sujeito que já foi preso por tráfico!”</p><p>Nessa situação,</p><p>a segunda frase se utiliza do seguinte processo argumentativo:</p><p>a) revelar dados novos para o debate;</p><p>b) desviar o assunto;</p><p>c) atacar a pessoa do homenageado;</p><p>d) dizer algo que nega a afirmação anterior;</p><p>e) indicar um exemplo de autoridade.</p><p>08. Um candidato a cargo político adotou o seguinte slogan na sua campanha: “Ou eu ou o caos!”</p><p>Esse slogan mostra um problema argumentativo, que é:</p><p>a) incluir uma mensagem negativa na palavra “caos”;</p><p>b) apelar para a pressão psicológica sobre os eleitores;</p><p>c) atacar grosseiramente seus adversários;</p><p>d) apresentar uma oposição inválida: eu X caos;</p><p>e) utilizar uma palavra abstrata, sem exemplos.</p><p>110</p><p>33</p><p>09. Sobre esse texto argumentativo (texto 1), a afirmação correta é:</p><p>a) falando dos rostos odientos dos manifestantes, o autor do texto se utiliza de argumentos de</p><p>intimidação dos leitores;</p><p>b) o autor da carta faz questão de ser imparcial, mostrando os dois lados do problema para os lei-</p><p>tores;</p><p>c) o parecer do autor do texto é parcialmente prejudicado pelo fato de ser médico e de haver no</p><p>texto certo corporativismo;</p><p>d) o fato de o autor ser médico traz ao texto uma autoridade incontestável sobre o tema tratado;</p><p>e) a descrição da cena que envolve os manifestantes contra o laboratório procura mostrá-los</p><p>como cidadãos conscientes dos problemas causados pela poluição.</p><p>10. No texto 1 há uma série de segmentos que foram empregados com valor semântico negativo; a úni-</p><p>ca exceção é:</p><p>a) imagens terríveis;</p><p>b) peixes intoxicados;</p><p>c) rostos odientos;</p><p>d) justiceiros improvisados;</p><p>e) velhos senhores.</p><p>111</p><p>34</p><p>11. A conclusão do texto 2 pode ser expressa do seguinte modo:</p><p>a) Por que há campanhas publicitárias contra os que dirigem após a ingestão de bebida alcoólica e</p><p>não contra os que ingeriram calmantes;</p><p>b) O alcoolismo deveria ser considerado como uma doença e não como um vício;</p><p>c) O alcoolismo não deveria ser rejeitado pela sociedade, já que se trata de uma doença e não de</p><p>um vício;</p><p>d) Os que tomam calmantes deveriam ser impedidos de dirigir porque também são vítimas de</p><p>vício;</p><p>e) Os julgamentos deveriam tratar do mesmo modo os alcoólatras e os que tomam calmantes.</p><p>12. Aquela reação (texto 3), entre as dadas abaixo, que mostra coerência lógica com o tema, é:</p><p>a) Todo mundo deve pagar; de fato, a religião católica, na medida em que ela faz parte de nossa</p><p>cultura, interessa a todos;</p><p>b) Não é preciso pagar: o governo que custeie visitas de líderes religiosos;</p><p>c) A Igreja faria melhor se não programasse essas viagens do Papa, contando com a ajuda de ou-</p><p>tros;</p><p>d) Deve-se pagar, afinal de contas, o Papa vem aqui raramente;</p><p>e) Que os católicos paguem: se eles acham caro, que encontrem uma religião mais barata.</p><p>13. No texto 3, o argumento utilizado na defesa da tese, é:</p><p>a) o peso da autoridade papal;</p><p>b) o grande número de católicos;</p><p>c) o valor da religião na sociedade;</p><p>d) a analogia com outras situações;</p><p>e) a racionalidade do ato de pagar a taxa.</p><p>GABARITO</p><p>01. C 02. E 03. B 04. B 05. A 06. A 07. C 08. D 09. C 10. E 11. C 12. A 13. D</p><p>112</p><p>3</p><p>CARTA AOS FUTUROS ANALISTAS BANCÁRIOS DO BNB</p><p>Futuro analista bancário do BNB. Sou o professor IA, serei o responsável por fazer você acertar</p><p>TODAS as questões de conhecimentos bancários.</p><p>Tenho bastante experiência em concursos, mais de 15 anos. A maioria dos funcionários aprovados</p><p>em concursos no Banrisul, CEF, BRB, Banco do Brasil e também BNB, foram meus alunos.</p><p>Dessa vez não vai ser diferente. Se você ler com calma, dedicar tempo e atenção, tenho certeza que</p><p>você será compensado.</p><p>Espero que esse concurso possa mudar a sua vida também. Pode contar comigo e todos os meus</p><p>amigos professores aqui na turma ..</p><p>Agora sim, desejo bons estudos para todos nós e espero que, assim que sair o resultado, você me mande</p><p>um e-mail ou poste uma foto no Instagram ou Facebook me marcando, deixo abaixo meus contatos:</p><p>Foi lindo e vamos estudar!</p><p>113</p><p>5</p><p>MÓDULO 01</p><p>1. MERCADO FINANCEIRO: MERCADOS MONETÁRIOS,</p><p>DE CRÉDITO, DE CAPITAIS E CAMBIAL</p><p>Em seu item 2 o edital cita apenas os mercados monetários, crédito, capitais e cambial. Po-</p><p>rém no item 1, quando ele como ele pede Sistema Financeiro Nacional como todo, e em pro-</p><p>dutos bancários (item 5) ele pede produtos como previdência e capitalização, vejo margem</p><p>para cobrar os demais Mercados do Sistema Financeiro Nacional.</p><p>#PaiEd | Comenta</p><p>Então vamos começar vendo como o Sistema Financeiro Nacional e ver os Mercados que ele está</p><p>dividido e entender de forma resumida o que abrange cada um desses mercados.</p><p>MERCADO FINANCEIRO</p><p>Divisão Objetivos / Características</p><p>Mercado De Moeda (Monetário)</p><p>Garantir a liquidez da economia. O Banco Central é o principal</p><p>executor desse mercado atuando através da Política Monetária</p><p>para realizar o controle de oferta de moeda e das taxas de juros</p><p>de empréstimos de curto prazo.</p><p>Mercado de Crédito</p><p>Onde ocorre a intermediação de recursos de médio e longo prazo</p><p>entre os agentes superavitários (ofertantes de recursos) e os de-</p><p>ficitários (tomadores de recursos).</p><p>Mercado de Câmbio</p><p>Troca de moeda estrangeira por moeda nacional (real) ou ao in-</p><p>verso. Todas as transações de comércio exterior do país passam</p><p>por esse mercado.</p><p>Mercado de Capitais</p><p>Meio de captação de recursos para agentes deficitários através</p><p>da oferta de valores mobiliários (ações, debêntures, notas pro-</p><p>missórias, entre outros). É uma forma de o investidor acessar di-</p><p>retamente aos emissores desses valores mobiliários.</p><p>Mercado de Seguros e Resseguro</p><p>Transferência de risco de um agente (segurado) para uma insti-</p><p>tuição (seguradora) através de pagamento de prêmio (custo do</p><p>seguro). Mercado essencial para o gerenciamento de riscos de</p><p>indivíduos e empresas.</p><p>Mercado de Previdência Aberta</p><p>Acumulação de recursos para garantir uma aposentadoria com-</p><p>plementar ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Disponí-</p><p>vel para qualquer participante que possua interesse.</p><p>115</p><p>6</p><p>MERCADO FINANCEIRO</p><p>Divisão Objetivos / Características</p><p>Mercado de Capitalização Garantir ao participante a oportunidade de acumular recursos e</p><p>também concorrer a sorteios periódicos de valores em dinheiro.</p><p>Mercado de Previdência</p><p>Complementar Fechada</p><p>(Fundos de Pensão)</p><p>Acumulação de recursos para garantir uma aposentadoria com-</p><p>plementar ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Porém,</p><p>disponível apenas para um grupo restrito de participantes (fun-</p><p>cionários de uma mesma empresa, por exemplo).</p><p>Note que eu pintei de cores diferentes cada os mercados, agrupando alguns deles. Sabe porque?</p><p>Cada cor dessa tem um chefão, ou como a prova vai chamar, uma Instituição Normativa.</p><p>Vou apresentar elas aqui para você:</p><p>Essas Intuições Normativas, são os caras que “ditam” as regras. No módulo 2, onde estudaremos</p><p>cada uma das Instituições, ficará mais claro a atividade e responsabilidade de cada um deles. Mas</p><p>para agora, para facilitar seu entendimento, são como instituição legislativa, quem dita as normas,</p><p>as leis, regulamenta o mercado!</p><p>Por falar em leis, você sabia que existem leis em vários estados e municípios que proíbem as pesso-</p><p>as de jogarem lixo ao ar livre, na rua, calçadas etc? Sim, existe, mas porque será que as pessoas não</p><p>cumprem essas leis? Porque de nada adianta uma lei se não tivermos quem fiscaliza!</p><p>116</p><p>7</p><p>Esses conselhos são muito importantes no Mercado Financeiro, mas cada um deles irá precisar de</p><p>uma autarquia que fiscaliza e faça cumprir a legislação editada. Esses fiscalizadores, damos o nome</p><p>de Instituições Supervisoras. Agora vou te apresentar quem é o supervisor de cada um dos merca-</p><p>dos que compõe o Sistema Financeiro Nacional!</p><p>SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – SFN</p><p>M</p><p>er</p><p>ca</p><p>do</p><p>s</p><p>Moeda, Crédito e</p><p>Câmbio Capitais</p><p>Seguro,</p><p>Previdência</p><p>Aberta,</p><p>Capitalização e</p><p>Resseguro</p><p>Previdência</p><p>Fechada – Fundo</p><p>de Pensão</p><p>N</p><p>or</p><p>m</p><p>at</p><p>iv</p><p>os Conselho</p><p>Monetário</p><p>Nacional – CMN</p><p>Conselho</p><p>Monetário</p><p>Nacional – CMN</p><p>Conselho</p><p>Nacional de</p><p>Seguros Privados</p><p>– CNSP</p><p>Conselho Nacional</p><p>de Previdência</p><p>Complementar –</p><p>CNPC</p><p>Su</p><p>pe</p><p>rv</p><p>is</p><p>or</p><p>es</p><p>Banco Central</p><p>do</p><p>Brasil – BCB</p><p>Banco Central</p><p>do Brasil – BCB</p><p>e Comissão</p><p>de Valores</p><p>Mobiliários –</p><p>CVM</p><p>Superintendência</p><p>de Seguros</p><p>Privados – SUSEP</p><p>Superintendência</p><p>Nacional de</p><p>Previdência</p><p>Complementar –</p><p>PREVIC</p><p>Note que o mercado de capitais possui dois supervisores (supervisão compartilhada), Banco Cen-</p><p>tral (BACEN) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).</p><p>Bom, agora estamos com um sistema mais completo, não é? Temos quem cria as leis (órgãos nor-</p><p>mativos) e também que faz essas leis serem cumpridas (órgãos supervisores). Mas ainda falta uma</p><p>pequena peça nesse quebra-cabeça, não acha?</p><p>Eu gosto de fazer a analogia com o trânsito. Imagina que em uma determinada rua tem um limite</p><p>de velocidade de 60 km/h, quem determina isso? É o órgão legislativo, em nosso caso Normativo,</p><p>para fazer cumprir a legislação o agente de trânsito fiscaliza, com radares fixo, móveis etc. No nosso</p><p>caso esse fiscalizador são os órgãos Supervisores. Agora pensa quem em sua casa você recebeu</p><p>uma multa que não é devida? Placa clonada, ou algum erro da instituição. Como você luta pelos</p><p>seus direitos? Precisamos ter um sistema judiciário, não é mesmo? No Sistema Financeiro, esses</p><p>órgãos são chamados de Recursais.</p><p>Quando exercem suas funções de fiscalização os supervisores possuem autonomia para punir as</p><p>instituições que não agirem em conformidade com a lei. Como em qualquer julgamento, cabe a</p><p>instituição punida a faculdade de recorrer a penalidade aplicada, para isso se faz necessário a exis-</p><p>tência de um órgão recursal, que são eles:</p><p>117</p><p>8</p><p>SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – SFN</p><p>M</p><p>er</p><p>ca</p><p>do</p><p>s</p><p>Moeda, Crédito e</p><p>Câmbio Capitais</p><p>Seguro,</p><p>Previdência</p><p>Aberta,</p><p>Capitalização e</p><p>Resseguro</p><p>Previdência</p><p>Fechada – Fundo</p><p>de Pensão</p><p>Re</p><p>cu</p><p>rs</p><p>al</p><p>Conselho de Recursos do Sistema</p><p>Financeiro Nacional – CRSFN</p><p>Conselho de</p><p>Recursos do</p><p>Sistema Nacional</p><p>de Seguros</p><p>Privados- CRSNSP</p><p>Câmara de</p><p>Recursos da</p><p>Previdência</p><p>Complementar –</p><p>CRPC</p><p>Esses três órgãos recursais são responsáveis por julgar os recursos interpostos, oriundos de penali-</p><p>dades administrativas aplicadas pelos supervisores do Sistema Financeiro Nacional – SFN.</p><p>Bom, acho que dei um bom spoiler do que vem por aí.. Sistema Financeiro Nacional! Vamos juntos?</p><p>118</p><p>9</p><p>MÓDULO 02</p><p>2. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL</p><p>2.1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL</p><p>Em algum momento de sua vida você já solicitou dinheiro a um amigo ou parente ou pediu a ele</p><p>dinheiro emprestado? Caso tenha participado de uma operação financeira bilateral, espero que</p><p>tenha tido sucesso quanto aos compromissos assumidos. Em geral, não é o que acontece.</p><p>Se operações financeiras com pessoas conhecidas já são complexas, imagine fazer um negócio fi-</p><p>nanceiro com quem você nunca viu. Quais são as garantias? Os riscos assumidos? Se os negócios</p><p>no mercado financeiro ocorressem de forma direta entre agentes superavitários e deficitários1,</p><p>quantos negócios teríamos? Como as pessoas e as empresas se capitalizariam? Certamente, a liqui-</p><p>dez seria mínima.</p><p>Por esse motivo, faz-se necessária a criação de um Sistema Financeiro, que se trata de um conjunto</p><p>de órgãos que regulamenta, fiscaliza e executa as operações indispensáveis à circulação da moeda</p><p>e do crédito na economia. O Sistema Financeiro tem o importante papel de fazer a intermediação</p><p>de recursos entre os agentes econômicos superavitários e os deficitários de recursos, tendo como</p><p>resultado um crescimento da atividade produtiva. Sua estabilidade é fundamental para a seguran-</p><p>ça das relações entre os próprios agentes econômicos.</p><p>1 Superavitário: Quem possui dinheiro sobrando e está disposto a poupar. Deficitário: Quem tem déficit financeiro e busca</p><p>recursos junto ao mercado.</p><p>119</p><p>10</p><p>Segundo a Legislação, o sistema Financeiro Nacional, é constituído:</p><p>O Sistema Financeiro Nacional é dividido em dois subsistemas, uma maneira mais simples para a</p><p>gente entender. Basicamente é uma divisão de quem manda e quem obedece, como o diagrama a</p><p>seguir:</p><p>2.2 SUBSISTEMA NORMATIVO – ÓRGÃOS NORMATIVOS</p><p>São responsáveis por determinar regras e diretrizes gerais para o bom funcionamento do Sistema</p><p>Financeiro Nacional. Os três órgãos normativos que compões o Sistema Financeiro Nacional, são:</p><p>120</p><p>11</p><p>2.1.1 CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL – CMN</p><p>Vamos começar falando dele o chefe supremo, quem manda em tudo, o grande CMN. Antes de</p><p>começar a falar, já vou chamando a atenção aqui:</p><p>A legislação que regulamenta o CMN, 4.595 de 1.964, sofreu alteração recente! (demorou).</p><p>São poucas mudanças, mas o suficiente para te derrubar na prova se estiver estudando com</p><p>material desatualizado, então CUIDADO! Se você está lendo isso, é porque está com #PaiEd</p><p>então está em boas mãos! Vamos juntos?</p><p>#PaiEd | Atualiza</p><p>O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e</p><p>tem a responsabilidade de formular a política da moeda e do crédito. Seu objetivo é a estabilidade</p><p>da moeda e o desenvolvimento econômico e social do país.</p><p>A composição atual do Conselho Monetário Nacional é:</p><p>• Ministro de Estado da Fazenda (presidente do Conselho);</p><p>• Ministra de Estado do Planejamento e Orçamento;</p><p>• Presidente do Banco Central do Brasil.</p><p>Os seus membros reúnem-se uma vez por mês (ordinariamente) para deliberar sobre assuntos</p><p>relacionados com as competências do CMN. Em casos extraordinários pode acontecer mais de uma</p><p>reunião por mês.</p><p>Junto ao CMN também funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc), que foi cria-</p><p>da pelo art. 9º da Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995 e tem como coordenador o Presidente do</p><p>Banco Central do Brasil. A Comoc funciona como órgão de assessoramento técnico para o CMN,</p><p>na formulação da política da moeda e do crédito do País. Apesar de prestar assessoria técnica a Co-</p><p>moc não pode ser considerada uma comissão consultiva, já que suas competências são bem mais</p><p>abrangentes, destacando-se pelo fato de ser o responsável em propor regulamentação e também</p><p>manifestar-se previamente sobre as matérias tratadas de competência do Conselho Monetário Na-</p><p>cional.</p><p>A COMOC é composta:</p><p>I. Presidente e quatro Diretores do Banco Central do Brasil</p><p>II. Presidente da Comissão de Valores Mobiliários</p><p>III. Secretário-Executivo do Ministério da Economia</p><p>IV. Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia</p><p>V. Secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Economia</p><p>121</p><p>12</p><p>Cuidado, muitos materiais antigos (inclusive meu) e muitos professores atuais, que não se</p><p>atualizam, falam das comissões consultivas que funcionam junto ao CMN. Funcionavam...</p><p>desde a Lei Complementar 179 de fevereiro de 2021, que deu autonomia para o BACEN, aca-</p><p>bou tirando algumas coisas do CMN, entre elas, as comissões consultivas, que deixaram de</p><p>existir, ficando apenas a COMOC.</p><p>#PaiEd | Atualiza</p><p>O CMN reúne-se ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente por convocação do seu</p><p>presidente. Participam das suas reuniões além dos conselheiros, membros da Comoc, os Diretores</p><p>de Administração e Fiscalização do Banco Central do Brasil, quando convocados pelo Presidente do</p><p>CMN (Ministro da Fazenda).</p><p>De todas as reuniões são lavradas atas, cujo extrato é publicado no Diário Oficial da União (DOU),</p><p>onde também devem ser publicadas as matérias aprovadas que são regulamentadas por meio de</p><p>Resoluções, normativos de caráter público, que também podem ser consultados através da página</p><p>de normativos do Banco Central do Brasil2.</p><p>Os objetivos do CMN estão definidos no artigo 3º da lei 4.595. São eles:</p><p>Cuidado, muitos materiais antigos (inclusive meu) e muitos professores atuais, que não se</p><p>atualizam, utilizam os objetivos REVOGADOS do CMN. Isso mudou... desde a Lei Comple-</p><p>mentar 179 de fevereiro de 2021, que deu autonomia para o BACEN, acabou tirando algu-</p><p>mas coisas do CMN, mas vem comigo que vou te explicar da forma CORRETA!</p><p>#PaiEd | Atualiza</p><p>“I. Adaptar o volume dos meios de pagamento ás reais necessidades da econo-</p><p>mia nacional e seu processo de desenvolvimento.” (Revogado pela LC 179/21)</p><p>“II – Regular o valor</p><p>interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os</p><p>surtos inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa, as depres-</p><p>sões econômicas e outros desequilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais.”</p><p>(Revogado pela LC 179/21)</p><p>“III – Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento</p><p>do País, tendo em vista a melhor utilização dos recursos em moeda estrangeira”</p><p>(Revogado pela LC 179/21)</p><p>“IV – Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públi-</p><p>cas, quer privadas; tendo em vista propiciar, nas diferentes regiões do País, con-</p><p>dições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional”</p><p>Como maior autoridade monetária do país, cabe ao CMN a responsabilidade de orientar as insti-</p><p>tuições financeiras quanto a suas aplicações de recursos. As Sociedades Seguradoras, por exem-</p><p>plo, que são regulamentadas e fiscalizadas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP e</p><p>pela Superintendência Nacional de Seguros Privados – SUSEP devem seguirem orientações do CMN</p><p>quanto a aplicação de recursos. Vale ressaltar que as Sociedades Seguradoras mesmo não sendo</p><p>Instituições Financeiras, são equiparadas como tal, de acordo com o artigo 1º da Lei Federal 7.492</p><p>de 1986.</p><p>122</p><p>13</p><p>“V – Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financei-</p><p>ros, com vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de</p><p>recursos.”</p><p>Um dos exemplos da atuação do CMN para atingimento desse objetivo foi a criação do DPGE (De-</p><p>pósito a Prazo com Garantia Especial), que foi criado em 2009 pela resolução 3.692 (revogado</p><p>posteriormente após a estabilidade da economia) foi uma alternativa de captação para bancos de</p><p>menor porte em meio à crise internacional de liquidez, que, no Brasil, castigou principalmente os</p><p>pequenos e médios e que conta com garantia do Fundo Garantidor de Crédito – FGC até o limite de</p><p>40 milhões.</p><p>“VI – Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras.”</p><p>A liquidez e solvência das instituições financeiras está diretamente ligada com a liquidez da econo-</p><p>mia, porém a responsabilidade de zelar pela liquidez da economia é do Banco Central do Brasil e</p><p>não do CMN.</p><p>“VII – Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívi-</p><p>da pública, interna e externa.”</p><p>O Conselho deve coordenar as políticas, sendo o Banco Central do Brasil o responsável pela execu-</p><p>ção delas.</p><p>Já as competências do CMN estão redigidas no artigo 4º da lei que o cria (4.595/64), também sofre-</p><p>ram algumas alterações, como são aproximadamente 30 incisos, vou destacar aqui os mais impor-</p><p>tantes:</p><p>1. Fixar as diretrizes e normas da política cambial;</p><p>2. Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas</p><p>formas;</p><p>3. Regular a constituição, funcionamento e fiscalização das Instituições Financeiras;</p><p>4. Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões, inclusive os prestados</p><p>pelo Banco Central;</p><p>5. Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras poderão em-</p><p>prestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas;</p><p>6. Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições fi-</p><p>nanceiras.</p><p>2.1.2 CONSELHO NACIONAL SEGUROS PRIVADOS – CNSP</p><p>Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão responsável por fixar as diretrizes e nor-</p><p>mas da política do mercado de seguros privados. É a autoridade nesse mercado, que se divide em:</p><p>123</p><p>14</p><p>• Mercado de Seguros Privados: é o mercado que oferece serviços de proteção contra riscos;</p><p>• Mercado de Capitalização: são os acordos em que o contratante deposita valores podendo</p><p>recebê-los de volta com juros e concorrer a prêmios.</p><p>• Mercado de Previdência Complementar Aberta: é um tipo de plano para aposentadoria, pou-</p><p>pança ou pensão. Funciona à parte do regime geral de previdência e aceita a participação do</p><p>público em geral.</p><p>O CNSP é composto por representantes do(a):</p><p>I. Ministério da Economia (Presidente)</p><p>II. Ministério da Justiça e Segurança Pública</p><p>III. Secretaria Especial de Previdência e Trabalho,</p><p>IV. Superintendência de Seguros Privados – SUSEP</p><p>V. Banco Central do Brasil – BACEN</p><p>VI. Comissão de Valores Mobiliários – CVM</p><p>Apesar de não ser subordinado hierarquicamente ao Conselho Monetário Nacional, suas políticas</p><p>devem estar de acordo com as políticas definidas pelo CMN.</p><p>Suas principais competências são:</p><p>• Fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados.</p><p>• Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercerem ativida-</p><p>des subordinadas ao mercado de seguros privados, bem como a aplicação das penalidades</p><p>previstas.</p><p>• Fixar as características gerais dos contratos de seguros, previdência privada aberta, capitali-</p><p>zação e resseguro;</p><p>• Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro;</p><p>• Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entida-</p><p>des de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos</p><p>das respectivas operações;</p><p>• Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor.</p><p>As decisões do CNSP são tomadas por meio de:</p><p>1. Resoluções Quando a matéria for de interesse geral do Sistema Nacional de Seguros Privados,</p><p>Capitalização e entidades abertas de Previdência Complementar.</p><p>2. Atos do CNSP Quando for de interesse restrito.</p><p>OBS.: As decisões de caráter confidencial serão apenas mencionadas em Ata e constarão, se for o</p><p>caso, de comunicação específica ao interessado.</p><p>124</p><p>15</p><p>2.1.3 CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR – CNPC</p><p>O Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) foi criado em 03 de março de 2010</p><p>pelo decreto federal 7.123, em substituição ao Conselho de Gestão da Previdência Complementar</p><p>– CGPC.</p><p>Voltado para funcionários de empresas e organizações. O ramo dos fundos de pensão trata de pla-</p><p>nos de aposentadoria, poupança ou pensão para funcionários de empresas, servidores públicos e</p><p>integrantes de associações ou entidades de classe.</p><p>O CNPC é um órgão colegiado que integra a estrutura do Ministério da Economia com sede em</p><p>Brasília, Distrito Federal, e jurisdição em todo o território nacional. Sua principal função é a de</p><p>regular o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência</p><p>complementar (fundos de pensão).</p><p>O CNPC não substituiu o CGPC em todas as suas atividades, haja visto que o órgão normativo Con-</p><p>selho de Gestão da Previdência Complementar – CGPC, funcionava não somente como um órgão</p><p>normativo, mas também como um órgão recursal, cabendo a ele a responsabilidade de julgar os</p><p>recursos interpostos contra decisão da Diretoria Colegiada da Superintendência Nacional de Previ-</p><p>dência Complementar – Previc. Com objetivo de dar mais autonomia e isonomia ao órgão recursal,</p><p>o governo segregou as atividades de normatização com as recursais, dividindo assim o CGPC em</p><p>dois novos órgãos, o Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC (normativo) e a Câ-</p><p>mara de Recursos da Previdência Complementar – CRPC (recursal), conforme ilustra abaixo:</p><p>O Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) é presidido pelo Ministro da Previdên-</p><p>cia Social, e composto por representantes da Superintendência Nacional de Previdência Comple-</p><p>mentar (Previc), da Casa Civil da Presidência da República, do Ministério da Fazenda (MF), Minis-</p><p>tério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), das entidades fechadas de previdência</p><p>complementar, dos patrocinadores e instituidores de planos de benefícios das entidades fechadas</p><p>de previdência complementar e dos participantes e assistidos de planos de benefícios das referidas</p><p>entidades.</p><p>As assembleias ocorrem trimestralmente de forma ordinária, são deliberadas por maioria simples,</p><p>sendo obrigatório a presença de pelo menos cinco dos seus membros, a votação é realizada por</p><p>processo nominal e aberta, sendo suas deliberações consubstanciadas em resoluções ou em</p><p>Uma aula _________ é indispensável para mim!</p><p>f) Por que você nunca lava _________ mãos?</p><p>g) Ana, traga ____________ material que está aí do seu lado.</p><p>h) Ana, ajude-me a carregar _______ sacolas aqui.</p><p>12</p><p>11</p><p>QUESTÕES</p><p>01. No texto, Maria José é descrita como alguém que apresenta características muitas vezes opostas, o</p><p>que a faz possuidora de uma rica personalidade.</p><p>Um adjetivo usado para caracterizar Maria José é “terna”, que, no texto, se opõe a</p><p>a) violenta</p><p>b) alegre</p><p>c) caridosa</p><p>d) doce</p><p>e) carinhosa</p><p>02. A palavra destacada em “bem mais portáteis” (parágrafo 4) traz para o trecho uma ideia de</p><p>a) adição</p><p>b) adversidade</p><p>c) comparação</p><p>d) extensão</p><p>e) soma</p><p>03. O trecho em que a palavra destacada expressa uma opinião do autor é</p><p>a) “Atualmente, somos mais de 126,4 milhões de brasileiros” (parágrafo 1)</p><p>b) “Infelizmente, basta ter um endereço de e-mail para ser rastreado” (parágrafo 3)</p><p>c) “modo como cada sociedade vem paulatinamente estruturando a sua política” (parágrafo 4)</p><p>d) “Independentemente da demanda de armazenamento de dados de clientes” (parágrafo 5)</p><p>e) “época em que todo mundo pode falar permanentemente o que quer.”(parágrafo 9)</p><p>04. Possui papel adjetivo no segmento a seguir, o termo em destaque:</p><p>a) “Falar é fácil, eu dizia a mim mesma [...]”</p><p>b) “O ciclo da vida e morte é um duro aprendizado.”</p><p>c) “Se a morte for um sono sem sonhos, será bom; [...]”</p><p>d) “Recorro à minha profissão de tradutora, que exerci intensamente [...]”</p><p>13</p><p>12</p><p>05. As orações a seguir possuem preposição, EXCETO:</p><p>a) “Cair a ficha é se dar conta.” (4º§)</p><p>b) “Nascemos, ficamos em pé, crescemos [...]” (5º§)</p><p>c) “Nossos pregos são feitos de material maciço, [...]” (5º§)</p><p>d) “Até que eles, ou eu, sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.” (6º§)</p><p>e) “Simplesmente caíram, depois de terem permanecido seis anos inertes.” (1º§)</p><p>GABARITO</p><p>01. A 02. C 03. B 04. B 05. A</p><p>14</p><p>DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO</p><p>Frase: É o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação.</p><p>Na frase é facultativo o uso do verbo.</p><p>Oração: É o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo.</p><p>Período: É a oração composta por um ou mais verbos.</p><p>SUJEITO – é o ser da oração ou a quem o verbo se refere e sobre o qual se faz uma declaração.</p><p>• Que é que + verbo?</p><p>• Quem é que + verbo?</p><p>• Que é que se + verbo?</p><p>TIPOS DE SUJEITOS</p><p>1) Sujeito simples – é o sujeito determinado que possui um único núcleo, um único vocábulo di-</p><p>retamente ligado com o verbo.</p><p>• “Os fracos nunca podem perdoar.” (Gandhi)</p><p>• “Bate outra vez, com esperanças, o meu coração.” (Cartola)</p><p>• Discutiu-se esse assunto na aula do Zambeli.</p><p>“E ela tava mais linda</p><p>Cada vez que eu olhava.</p><p>O ciúme não tava batendo,</p><p>Tava dando porrada” (Henrique e Juliano)</p><p>2) Sujeito composto – é o sujeito determinado que possui mais de um núcleo, isto é, mais de um</p><p>vocábulo diretamente relacionado com o verbo.</p><p>• Sérgio, Zambeli e Gustavo são amigos.</p><p>• Ocorreram acidentes, assaltos e sequestros nesta comunidade.</p><p>15</p><p>14</p><p>3) Sujeito indeterminado – quando não se quer ou não se pode identificar claramente a quem o</p><p>predicado da oração se refere.</p><p>a) com o verbo na 3ª pessoa do plural, desde que o sujeito não tenha sido identificado</p><p>anteriormente.</p><p>• “Perguntaram ao Dalai Lama:</p><p>– O que mais te surpreende na Humanidade?</p><p>E ele respondeu:</p><p>– Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recu-</p><p>perar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente de tal forma que</p><p>acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e</p><p>morrem como se nunca tivessem vivido.” (Dalai Lama)</p><p>b) com o verbo na 3ª p do singular (VI, VTI, VL) + SE</p><p>• Necessita-se de mantimentos para os desabrigados.</p><p>• Estuda-se em média 5h por dia.</p><p>• “Fica-se muito louco quando apaixonado.” (Freud)</p><p>4) Inexistente (oração sem sujeito) – ocorre quando há verbos impessoais na oração.</p><p>• haver significando existir, ocorrer, acontecer ou indicando tempo decorrido.</p><p>• Haverá mais concursos neste ano.</p><p>• Deve haver mais interessados naquela vaga.</p><p>• Há meses não faço testes de português.</p><p>• Deve haver aprovações deste curso.</p><p>• Devem existir aprovações deste curso.</p><p>• fazer indicando tempo ou temperatura.</p><p>• Amanhã fará dois dias que me inscrevi no curso.</p><p>• Irá fazer quatro meses que terminamos o namoro.</p><p>• Faz dias muito quentes no mês de março.</p><p>16</p><p>15</p><p>• estar indicando clima.</p><p>• Estava muito quente no dia da prova.</p><p>• ser indicando hora, data ou distância.</p><p>• Agora são 19h45min.</p><p>• Hoje são 13 de setembro.</p><p>• Daqui a minha casa são quatro quadras.</p><p>• verbos que indicam fenômenos meteorológicos.</p><p>• Choveu bastante no verão passado.</p><p>• Está anoitecendo.</p><p>Obs.: quando empregados em sentido conotativo, haverá sujeito.</p><p>• Choveram gritos naquela sessão de votação.</p><p>5) Sujeito Oracional</p><p>• “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã.” (Legião Urbana)</p><p>• É necessário que vocês estudem em casa.</p><p>• Convém que todos sejam honestos sempre!</p><p>TRANSITIVIDADE VERBAL</p><p>1) Verbo Intransitivo (VI) – verbo que não exige complemento.</p><p>• “O coração dispara, tropeça, quase para, me encaixo no teu cheiro” (Tiago Iorc)</p><p>• “Acorda, meu bem, amanhã já é outra história. Em paz, vamos viver o agora.” (Anavitória)</p><p>2) Verbo Transitivo Direto (VTD) – verbo que precisa de complemento sem preposição.</p><p>Perguntamos “o quê? Ou quem?”</p><p>• “E eu vou contando os dias, vou roubando as horas, quero tanto me encontrar” (Vanguart)</p><p>• “Se for preciso, eu pego um barco, eu remo por seis meses, como peixe pra te ver.” (Rubel)</p><p>17</p><p>16</p><p>3) Verbo Transitivo Indireto (VTI) – verbo que precisa de complemento com preposição.</p><p>• “Hoje me lembrei do teu sabor, do gosto da tua boca antes de dormir.” (Tiago Iorc)</p><p>• É! Eu me esqueci da luz da cozinha acesa, de fechar a geladeira, de limpar os pés! Me</p><p>esqueci, Jesus, de anotar os recados, de todas janelas abertas.” (Teatro Mágico)</p><p>4) Verbo Transitivo Direto e Indireto (VTDI) – verbo que precisa de 2 complementos. (OD e OI)</p><p>• “Eu quero partilhar a vida boa com você.” (Rubel)</p><p>• “Canta para mim qualquer coisa assim sobre você.” (Marcelo Camelo)</p><p>5) Verbo de Ligação (VL) – não indicam ação. Estes verbos fazem a ligação entre 2 termos: o</p><p>sujeito e suas características. Estas características são chamadas de predicativo do sujeito.</p><p>• “Tu é trevo de quatro folhas, é manhã de domingo à toa.” (Anavitória)</p><p>• “Meninas são bruxas e fadas. Palhaço é um homem todo pintado de piadas! Céu azul é o</p><p>telhado do mundo inteiro.” (Teatro Mágico)</p><p>Dica zambeliana:</p><p>A transitividade de um verbo depende do contexto.</p><p>ADJUNTO ADVERBIAL – termo que exprime circunstância, modificando o sentido de um verbo, de</p><p>um adjetivo ou de outro advérbio. É constituído por um advérbio ou por uma locução adverbial.</p><p>“Entrei na rua dela com meu carro rebaixado.</p><p>No meu porta-malas, escutando forró pesado,</p><p>Eu logo percebi, quando ela olhou pra mim,</p><p>Dei a volta por cima e chamei ela pra sair.</p><p>Ela aceitou o convite, a gente foi cair na farra.</p><p>Duas garrafas de vinho, ficou mal intencionada.</p><p>Foi no banheiro, do nada ela sumiu.</p><p>Quando fui procurar, com outro cara ela sumiu.” (Barões da pisadinha)</p><p>APOSTO – termo que apresenta uma explicação extra a respeito de outro, cujo intuito é o</p><p>esclarecimento.</p><p>• Porto Alegre, a cidade sorriso, aguarda você.</p><p>• Chegaram todos: pais, amigos e demais parentes.</p><p>18</p><p>17</p><p>VOCATIVO – termo que evidencia o ser a quem nos dirigimos.</p><p>• “Ai, amor, Será que tu divide a dor do teu peito cansado com alguém que não vai te sarar?”</p><p>(Anavitória)</p><p>“Oh Rita, volta, desgramada.</p><p>Volta, Rita, que eu perdoo a facada.</p><p>Oh Rita, não me deixa!</p><p>Volta, Rita, que eu retiro a queixa.” (Tierry)</p><p>ADJUNTO ADNOMINAL é o termo que caracteriza e/ou define um substantivo. As classes de</p><p>palavras que podem desempenhar a função de adjunto adnominal são adjetivos, artigos, pronomes,</p><p>numerais, locuções adjetivas.</p><p>reco-</p><p>mendações.</p><p>Apesar do CNPC ser responsável por normatizar o mercado de previdência fechada, as diretrizes de</p><p>aplicação dos recursos garantidores dos planos administrados pelas entidades fechadas de previ-</p><p>dência complementar são ditadas pelo Conselho Monetário Nacional – CMN, conforme está defini-</p><p>do na Lei 4.595/64 em seu artigo 3º inciso quarto:</p><p>125</p><p>16</p><p>“A política do Conselho Monetário Nacional objetivará orientar a aplicação dos</p><p>recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer privadas; tendo em vista</p><p>propiciar, nas diferentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimen-</p><p>to harmônico da economia nacional”</p><p>Atualmente essas estão definidas pela resolução CMN 4.661/2018.</p><p>2.3 SUBSISTEMA NORMATIVO – ÓRGÃOS RECURSAIS</p><p>Opa, agora chegou a hora de falar dos caras que são uma espécie de “poder judiciário” do Sistema</p><p>Financeiro Nacional. A atividade punitiva no âmbito da regulação do sistema financeiro nacional</p><p>deve ser compreendida como instrumento de sinalização das condutas consideradas inadmissíveis</p><p>aos agentes e instituições envolvidos.</p><p>De maneira geral, no início, cabia sempre ao órgão normativo (CMN, CNSP e CNPC) a tarefa de jul-</p><p>gar esses recursos, porém essa atividade além de sobrecarregar as instituições ainda não dava ao</p><p>punido ampla defesa, uma vez que os conselhos normativos eram compostos apenas por entes no-</p><p>meados pelo poder público. Com a evolução do Sistema Financeiro Nacional, foram criados órgãos</p><p>específicos para executarem a apreciação e o julgamento desses recursos, os chamados órgãos</p><p>recursais, que são eles:</p><p>1. Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional – CRSFN.</p><p>2. Instituiu o Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de Previdência Pri-</p><p>vada Aberta e de Capitalização – CRSNSP.</p><p>3. Câmara de Recursos da Previdência Complementar – CRPC.</p><p>2.3.1 CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – CRSFN</p><p>Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, órgão colegiado judicante de segundo grau,</p><p>integrante da estrutura do Ministério da Economia, criado pelo Decreto no 91.152, de 15 de março</p><p>de 1985, tem por finalidade examinar e julgar, último grau recursal na esfera administrativa, as de-</p><p>cisões proferidas em processos administrativos sancionadores pelos seguintes órgãos:</p><p>126</p><p>17</p><p>O CRSFN é atualmente constituído por oito membros (quatro do setor público e quatro indicado</p><p>pelo setor privado):</p><p>I – dois indicados pelo Ministério da Economia; (um deles será o presidente do conselho)</p><p>II – um indicado pelo Banco Central do Brasil;</p><p>III – um indicado pela Comissão de Valores Mobiliários; e</p><p>IV – quatro indicados, em lista tríplice, pelas entidades representativas dos mercados financeiro e</p><p>de capitais.</p><p>Atuam junto ao CRSFN três procuradores da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), com</p><p>a finalidade de zelar pela fiel observância da legislação aplicável, de modo que opinam sobre recur-</p><p>sos, comparecem às sessões de julgamento e reuniões técnicas, bem como assessoram juridica-</p><p>mente a presidência do Conselho.</p><p>De acordo com o seu regimento interno, cabe ao CRSFN julgar:</p><p>Órgão responsável por</p><p>julgamento em primeiro Grau MATÉRIAS</p><p>Banco Central do Brasil – BCB</p><p>Suspensão ou cassação de funcionamento das Sociedades de Crédito</p><p>Imobiliário – SCI</p><p>Punições impostas pelo BACEN as instituições financeiras, seus dire-</p><p>tores, membros de conselhos administrativos, fiscais e semelhantes,</p><p>e gerentes</p><p>Relativas a penalidades por infrações à legislação cambial, de capitais</p><p>estrangeiros e de crédito rural e industrial</p><p>Relativas a penalidades por infração à legislação de consórcios;</p><p>Referentes à desclassificação e à descaracterização de operações de</p><p>crédito rural e industrial, e a impedimentos referentes ao Programa</p><p>de Garantia da Atividade Agropecuária – PROAGRO</p><p>Relacionadas à retificação de informações, aplicação de multas e cus-</p><p>tos financeiros associados a recolhimento compulsório, encaixe obri-</p><p>gatório e direcionamento obrigatório de recursos</p><p>Secretaria do Comércio Exterior</p><p>– SECEX e Secretaria da Receita</p><p>Federal – SRF</p><p>Fraudes que apliquem às empresas comerciais exportadoras, tais</p><p>como: na exportação ou na tentativa de exportação de mercadorias</p><p>de saída proibida do território nacional e nos casos em que o expor-</p><p>tador deixar de efetuar as vendas contratadas no exterior, sem justifi-</p><p>cativa ou fizer entrega ao comprador estrangeiro de mercadorias em</p><p>desacordo com as obrigações contratuais assumidas.</p><p>Comissão de Valores</p><p>Mobiliários – CVM</p><p>Infrações relativas a normas da lei de sociedades por ações, das suas</p><p>resoluções (Instruções CVM), bem como de outras normas legais cujo</p><p>cumprimento lhe incumba fiscalização da CVM.</p><p>127</p><p>18</p><p>Órgão responsável por</p><p>julgamento em primeiro Grau MATÉRIAS</p><p>Conselho de Controle ao</p><p>Combate de Lavagem de</p><p>Dinheiro – COAF</p><p>e demais autoridades</p><p>administrativas competentes</p><p>Crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores;</p><p>2.3.2 CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS,</p><p>DE PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITALIZAÇÃO – CRSNSP</p><p>O Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de Previdência Privada Aberta</p><p>e de Capitalização – CRSNSP, com a competência privativa para julgar, em última instância admi-</p><p>nistrativa, os recursos contra penalidades de natureza administrativa aplicadas pela SUSEP.</p><p>Após a publicação da Lei Complementar no 126, de 15 de janeiro de 2007, que alterou a política</p><p>de resseguro no país, rompendo o monopólio, do até então IRB, para operações de resseguros e</p><p>retrocessão no Brasil e também passou a qualifica-lo como ressegurador local. As atribuições de</p><p>regulamentação e de fiscalização das operações de transferência de risco envolvendo as empresas</p><p>nacionais e estrangeiras que atuam nos segmentos de resseguro, retrocessão e cosseguro, até en-</p><p>tão a cargo do IRB, foram transferidas para a SUSEP.</p><p>Em síntese, à luz do marco regulatório atual, tem-se que compete ao CRSNSP o julgamento dos</p><p>recursos das decisões condenatórias impostas pela SUSEP em processos administrativos sanciona-</p><p>dores, conforme fica claro no gráfico:</p><p>Conforme Regimento Interno aprovado pelo Decreto nº 2.824 de 27 de outubro de 1998, o CR-</p><p>SNSP é integrado por seis Conselheiros, titulares e seus respectivos suplentes, de reconhecida</p><p>competência e possuidores de conhecimentos especializados em assuntos relativos ao mercado</p><p>securitário, de capitalização, de previdência privada e de crédito imobiliário e poupança.</p><p>Conselho é formado por cinco representantes do Governo Federal e por cinco representantes de</p><p>entidades de classe, atualmente com a seguinte composição.</p><p>128</p><p>19</p><p>Tanto os conselheiros titulares quanto seus respectivos suplentes são nomeados pelo Ministro da</p><p>economia, com mandato de dois anos, podendo ser reconduzidos uma única vez.</p><p>Junto ao Conselho atuam procuradores da Fazenda Nacional, designados pelo Procurador-Geral da</p><p>Fazenda Nacional, com a atribuição de zelar pela fiel observância das leis, dos decretos, dos regula-</p><p>mentos e dos demais atos normativos.</p><p>Ao receber intimação da decisão condenatória proferida em processo administrativo sancionador</p><p>oriundo da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP – a pessoa física ou jurídica que tiver</p><p>sofrido a sanção poderá interpor recurso ao CRSNSP, no prazo estipulado na intimação, devendo</p><p>entregá-lo à própria SUSEP.</p><p>2.3.3 CAMARA DE RECURSOS DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR – CRPC</p><p>A Câmara de Recursos da Previdência Complementar – CRPC, colegiado integrante da estrutura do</p><p>Ministério do Economia com sede em Brasília, Distrito Federal, criada nos termos do art. 15 da Lei</p><p>nº 12.154, de 23 de dezembro de 2009, é órgão recursal que tem como responsabilidade apreciar</p><p>e julgar, em última instância administrativa recurso interposto contra decisão proferida pela Dire-</p><p>toria Colegiada da Superintendência Nacional de Previdência Complementar – Previc.</p><p>A CRPC é integrada por sete membros, mandato de dois anos contados da publicação do ato de</p><p>designação no</p><p>diário oficial da união, indicados pelo ministro do Trabalho e da Previdência, sendo</p><p>permitida uma única recondução com seus respectivos suplentes, sendo eles:</p><p>Os representantes público são:</p><p>• 4 servidores titulares de cargos de provimento efetivo, com exercício no atual Ministério da</p><p>Economia, na Previc ou no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).</p><p>2.4 SUBSISTEMA NORMATIVO – ÓRGÃOS SUPERVISORES</p><p>As entidades supervisoras trabalham para que os cidadãos e os integrantes do sistema financeiro</p><p>sigam as regras definidas pelos órgãos normativos. Suas competências são as de regulamentar o</p><p>mercado de acordo com as diretrizes traçadas pelos respectivos órgãos normativos, supervisio-</p><p>nar, fiscalizar e punir os agentes que agirem as margens da legislação. Os quatro órgãos superviso-</p><p>res que compões o Sistema Financeiro Nacional, são:</p><p>1. Banco Central do Brasil – BCB ou BACEN (Sim, ele tem dois apelido)</p><p>2. Comissão de Valores Mobiliários – CVM</p><p>3. Superintendência de Seguros Privados – SUSEP</p><p>4. Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC</p><p>129</p><p>20</p><p>Vamos estudar cada um deles cabeção?</p><p>2.4.1 BANCO CENTRAL DO BRASIL – BACEN OU BCB</p><p>Muito cuidado agora. Todo material, vídeo, livros, PDF’s, questões, elaborados antes de Fe-</p><p>vereiro de 2021 que fala sobre o BACEN, está desatualizado. Cuidado com uns após essa</p><p>data que também não foram corrigidos, olha, tem curso grande que vende “PDF” cheio de</p><p>informações erradas!</p><p>A verdade é que a LC 179 alterou muitas coisas sobre o BACEN, desvinculando do ministério,</p><p>tirando o status de ministro do seu presidente, estipulando mandado para seus diretores,</p><p>enfim, muitas mudanças, mas fique tranquilo que o #PaiEd vai mastigar tudo para você!</p><p>Vem comigo futuro Analista Bancário do BNB?</p><p>#PaiEd | Atualiza</p><p>Banco Central do Brasil é autarquia3 de natureza especial caracterizada pela AUSÊNCIA de vincula-</p><p>ção a Ministério (ai sôr, mas eu li que era vinculado ao ministério da economia.. então.. era, não é</p><p>mais! #desapega), com sede e foro em Brasília-DF e atuação em todo o território nacional, embora</p><p>suas representações estejam restritas as capitais dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São</p><p>Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará. Além de não ter vinculo a</p><p>ministério, o BACEN possui autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira</p><p>O BCB é o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e após a nova legis-</p><p>lação, passou a ter como objetivos:</p><p>Políticas econômicas:</p><p>• Conselho Monetário Nacional – CMN: Responsável por coordenar.</p><p>• Banco Central do Brasil – BCB: Responsável por formular, executar, acompanhar e controlar.</p><p>3 Autarquia: serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar</p><p>atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e</p><p>financeira descentralizada.</p><p>130</p><p>21</p><p>O QUE É: POSSUI META</p><p>Política</p><p>Monetária</p><p>Conjunto de medidas adotadas pelo Bacen visando adequar</p><p>os meios de pagamento disponíveis às necessidades da eco-</p><p>nomia do país, bem como, controlar da quantidade de di-</p><p>nheiro em circulação no mercado e que permite definir as</p><p>taxas de juros.</p><p>Sim.</p><p>A Meta de inflação</p><p>é definida pelo CMN.</p><p>Atualmente é de 3,5%</p><p>ao ano com 1,5% de</p><p>intervalo de tolerância.</p><p>Política</p><p>Creditícia</p><p>Tem como objetivo ampliar a oferta e o acesso da população</p><p>ao crédito. Não</p><p>Política</p><p>Cambial</p><p>É o conjunto de ações governamentais diretamente relacio-</p><p>nadas ao comportamento do mercado de câmbio, inclusive</p><p>no que se refere à estabilidade relativa das taxas de câmbio</p><p>e do equilíbrio no balanço de pagamentos. Tem como obje-</p><p>tivo o aperfeiçoamento permanente do regime de câmbio</p><p>flutuante.</p><p>Não</p><p>Além de fiscalizar o SFN o BCB é responsável também por fiscalizar o mercado de capitais junto</p><p>com a Comissão de Valores Mobiliários – CVM. Mesmo com a instituição da CVM pela lei federal</p><p>6.385/76, parte do mercado de capitais, que envolve basicamente os títulos públicos federais, es-</p><p>taduais e municipais, continuam continuou sobe a supervisão do BCB, conforme já constava na lei</p><p>federal 4.728/65. (Lei 6.385, artigo 3º parágrafo 1º).</p><p>São atribuições do BACEN:</p><p>Manter a Inflação</p><p>baixa e estável</p><p>Manter a inflação sob controle, ao redor da meta, é objetivo funda-</p><p>mental do BC.</p><p>A estabilidade dos preços preserva o v alor do dinheiro, mantendo o</p><p>poder de compra da moeda . Para alcançar esse objetivo, o BC utiliza</p><p>a política monetária, política que se refere às ações do BC que visam</p><p>afetar o custo do dinheiro (taxas de juros) e a quantidade de dinheiro</p><p>(condições de liquidez) na economia.</p><p>Manter o Sistema financeiro</p><p>seguro e eficiente</p><p>Faz parte da missão do BC assegurar que o sistema financeiro seja só-</p><p>lido (tenha capital suficiente para arcar com seus compromissos) e efi-</p><p>ciente.</p><p>Ser o Banco do governo O BC detém as contas mais importantes do governo e é o depositório</p><p>das reservas internacionais do país.</p><p>Ser o Banco dos Bancos</p><p>As instituições financeiras precisam manter contas no BC. Essas contas</p><p>são monitoradas para que as transações financeiras aconteçam com</p><p>fluidez e para que as próprias contas não fechem o dia com saldo ne-</p><p>gativo.</p><p>Ser o Emissor do dinheiro O BC gerencia o meio circulante, que nada mais é do que garantir, para</p><p>a população, o fornecimento adequado de dinheiro em espécie.</p><p>Os seus objetivos são os de:</p><p>• manter as reservas internacionais em nível adequado;</p><p>• estimular a formação de poupança;</p><p>131</p><p>22</p><p>• zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema financeiro.</p><p>• zelar pela adequada liquidez da economia;</p><p>OBS: cuidado para não confundir com o objetivo do Conselho Monetário Nacional que é de “zelar</p><p>pela liquidez e solvência das instituições financeiras”)</p><p>Para cumprir com as suas responsabilidades e atingir seus objetivos, o BCB conta com uma direto-</p><p>ria Colegiada4 que é composta por nove membros, um dos quais o Presidente (8+1), todos indica-</p><p>dos e nomeados pelo Presidente da República, entre brasileiros de ilibada reputação e notória ca-</p><p>pacidade em assuntos econômico-financeiros. Após a nomeação, os nomes devem ser aprovados</p><p>também pelo Senado Federal.</p><p>Os mandados dos diretores serão de 4 anos, podendo ser reconduzido uma vez para o cargo e não</p><p>podendo coincidir com o mandado do presidente da república, respeitando a escala abaixo:</p><p>I. 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de março do primeiro ano de mandato</p><p>do Presidente da República;</p><p>II. 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de janeiro do segundo ano de mandato</p><p>do Presidente da República;</p><p>III. 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de janeiro do terceiro ano de mandato</p><p>do Presidente da República; e</p><p>IV. 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de janeiro do quarto ano de mandato do</p><p>Presidente da República.</p><p>Desde o final de 2004 o presidente do BACEN ganhou status de Ministro de Estado, dado pela lei</p><p>federal 11.036. Após a publicação da LC 179, o Presidente do BACEN perdeu o status de ministro,</p><p>e seu cargo foi transformado no cargo de Natureza Especial de Presidente do Banco Central do</p><p>Brasil.</p><p>As decisões da Diretoria Colegiada serão tomadas por maioria de votos, cabendo ao Presidente, ou</p><p>a seu substituto, o voto de qualidade. A diretoria reúne-se, ordinariamente, uma vez por semana.</p><p>Nesse encontro devem estar presentes, no mínimo, o Presidente, ou seu substituto, e metade do</p><p>número de Diretores.</p><p>Além das reuniões periódicas, os diretores do BCB reúnem-se também para estabelecer as diretri-</p><p>zes da política monetária e para definir a taxa de juros, essas atividades são de responsabilidades</p><p>do Comitê de Política Monetária (Copom) que foi instituído em 20 de junho de 1996, e é formado</p><p>pelos diretores do Banco Central.</p><p>O BCB, na implementação das resoluções aprovadas pelo CMN, edita os seguintes documentos:</p><p>DOCUMENTO O QUE É</p><p>RESOLUÇÕES</p><p>BCN</p><p>Ato normativo</p><p>que tem por finalidade divulgar deliberação da Diretoria Colegiada do</p><p>Banco Central.</p><p>INSTRUÇÕES</p><p>NORMATIVAS</p><p>Ato normativo que tem a finalidade de divulgar instrução, procedimento ou esclareci-</p><p>mento a respeito de conteúdo de documento normativos.</p><p>4 Órgãos colegiados são aqueles em que há representações diversas e as decisões são tomadas em grupo, com o</p><p>aproveitamento de experiências diferenciadas.</p><p>132</p><p>23</p><p>DOCUMENTO O QUE É</p><p>COMUNICADO Documento administrativo de âmbito externo, que tem por finalidade divulgar delibe-</p><p>ração ou informação relacionada à área de atuação do Banco Central do Brasil</p><p>Até 2020 o BACEN emitia Circular e Carta-Circular. Com objetivo de unificar, simplificar a co-</p><p>municação da legislação, esses documentos sofreram alterações em seus nomes, reinician-</p><p>do sua numeração sequencial à partir do número 1.</p><p>#PaiEd | Atualiza</p><p>Dentre suas atribuições do BCB estão:</p><p>1. Emitir papel-moeda e moeda metálica;</p><p>2. Executar os serviços do meio circulante;</p><p>3. Realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras;</p><p>4. Efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais;</p><p>5. Exercer o controle de crédito;</p><p>6. Estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições fi-</p><p>nanceiras;</p><p>7. Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais e controlar o</p><p>fluxo de capitais estrangeiros no país.</p><p>8. Receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições financeiras e bancárias.</p><p>Também compete ao BCB determinar o recolhimento de até cem por cento do total dos de-</p><p>pósitos à vista e de até sessenta por cento de outros títulos contábeis das instituições finan-</p><p>ceiras, seja na forma de subscrição de Letras ou Obrigações do Tesouro Nacional ou compra de</p><p>títulos da Dívida Pública Federal, seja através de recolhimento em espécie, conforme Inciso III</p><p>do artigo 10º da Lei 4.595/64.</p><p>9. Autorizar o funcionamento das instituições financeiras. Exceto quando essa for uma institui-</p><p>ção estrangeira, nesse caso a autorização é dada através de decreto do poder executivo, con-</p><p>forme artigo 18 da Lei 4.595/64.</p><p>10. Exercer a fiscalização das instituições financeiras.</p><p>133</p><p>24</p><p>Agora vamos ver quem são as Instituições Fiscalizadas pelo BCB:</p><p>BASE LEGAL INSTITUIÇÕES FISCALIZÁVEIS</p><p>Lei Federal 4.595/64</p><p>1. Bancos: Comerciais, de Investimento, de câmbio, Múltiplos e de Desen-</p><p>volvimento.</p><p>2. Caixa Econômica Federal</p><p>3. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)</p><p>4. Sociedades: corretora de câmbio e de crédito, financiamento e investi-</p><p>mento.</p><p>5. Companhias hipotecárias.</p><p>6. Agências de turismo e meios de hospedagem autorizados pelo BCB a</p><p>operar no mercado de câmbio.</p><p>7. Empresas brasileiras que administram cartões de crédito de uso interna-</p><p>cional</p><p>8. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT (nas transferências in-</p><p>ternacionais de recursos vinculadas a vales postais internacionais)</p><p>Lei nº 4.380/64 9. Sociedades de crédito imobiliário</p><p>Lei nº 4.728/65 10. Sociedades Corretoras e Distribuidoras de títulos e valores mobiliários5</p><p>Decreto-Lei nº 70/66 11. Associações de Poupança e Empréstimo</p><p>Lei nº 5.764/71</p><p>e LC 130/09 12. Cooperativas de crédito</p><p>Lei nº 6.099/74 13. Sociedades de Arrendamento Mercantil</p><p>Lei nº 11.795/08 14. Administradoras de Consórcios</p><p>Lei nº 9.613/98 15. Escritórios de representação de instituições financeiras sediadas no exte-</p><p>rior (acerca da prevenção e combate à lavagem de dinheiro)</p><p>Lei nº 10.194/01 16. Sociedades de crédito ao microempreendedor</p><p>Medida Provisória</p><p>nº 2.192-70 17. Agências de fomento</p><p>Lei nº 6.385/76 18. Empresas de auditoria contábil e auditores contábeis independentes</p><p>Lei 12.865/13 19. Instituições de pagamento e de arranjos de pagamentos</p><p>As sociedades de fomento comercial (factoring) não são fiscalizadas pelo BCB, sendo suas ativida-</p><p>des meramente comercial.</p><p>Segundo a Constituição Federal, artigo 164º em seu parágrafo primeiro: “É vedado ao banco cen-</p><p>tral conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou</p><p>entidade que não seja instituição financeira”.</p><p>Desde a publicação da Lei Federal de Responsabilidade Fiscal (LC 101 de 04/05/2000), o BCB não</p><p>emite mais títulos da dívida pública (vedado pelo artigo 34), ficando o Tesouro Nacional o único</p><p>órgão autorizado a emitir títulos para atender a política fiscal.</p><p>5 As SCTVM e as DTVM sobre supervisão compartilhada, haja visto que O BCB fiscaliza as operações com títulos de renda</p><p>fixa e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as transações com títulos e valores mobiliários.</p><p>134</p><p>25</p><p>O Banco Central utiliza os títulos do Tesouro Nacional para realizar política monetária, por meio de</p><p>operações de compra e venda no mercado secundário.</p><p>A atuação do BCB no mercado primário de títulos públicos dar-se somente quando a emissão dos</p><p>títulos tiver com objetivo o refinanciamento da dívida pública, nesse caso a compra de títulos se</p><p>caracteriza como um alongamento do prazo das dívidas e não um financiamento ao tesouro.</p><p>Importante ressaltar que no mercado primário é quando o valor de venda dos títulos públicos será</p><p>repassado para o cofre do governo, motivo pelo qual o BCB não pode atuar nesse segmento, exce-</p><p>to no caso citado acima. Já no secundário, onde o BCB atua livremente, a negociação é de um título</p><p>já existente e anteriormente adquirido por um investidor, ou seja, o valor de venda irá para esse</p><p>investidor e não para o governo.</p><p>2.4.2 COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA – COPOM</p><p>O Comitê de Política Monetária (Copom) foi instituído em 20 de junho de 1996 com o objetivo de</p><p>estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a meta da taxa básica de juros, que no</p><p>Brasil é a Taxa Over-Selic, ou Taxa Selic.</p><p>Compete então ao COPOM:</p><p>O Copom é composto pelos membros da Diretoria Colegiada do BCB: o Presidente e os Diretores.</p><p>Após a publicação do Decreto Federal 3.088, em 21 de junho de 1999, o COPOM passou a ter a</p><p>sistemática de metas para a inflação como diretriz de política monetária. Desde então, as decisões</p><p>do Copom passaram a ter como objetivo cumprir as metas para a inflação definidas pelo Conselho</p><p>Monetário Nacional. (Mesmo com a autonomia do BACEN, essa continua sendo uma atribuição do</p><p>CMN).</p><p>Se, em determinado ano, a inflação (medida pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo – IPCA)</p><p>ultrapassar a meta estabelecida pelo CMN, o Presidente do BCB deve encaminhar carta aberta ao</p><p>Ministro da Economia explicando as razões do não cumprimento da meta, bem como as medidas</p><p>necessárias para trazer a inflação de volta à trajetória predefinida e o tempo esperado para que</p><p>essas medidas surtam efeito.</p><p>Uma vez definida a taxa Selic, o Banco Central atua diariamente por meio de operações de merca-</p><p>do aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima</p><p>ao valor definido na reunião.</p><p>As reuniões ordinárias6 acontecem oito vezes ao ano, aproximadamente a cada seis semanas, e</p><p>são realizadas em dois dias.</p><p>6 Desde sua criação, o COPOM reuniu-se apenas três vezes de forma extraordinária.</p><p>135</p><p>26</p><p>REUNIÃO DIA OBJETIVO</p><p>1º Dia Terça-Feira Apresentações sobre a economia Brasileira e Mundial</p><p>2º Dia Quarta-Feira</p><p>Avaliação das perspectivas de inflação</p><p>Decisão e divulgação da taxa de juros SELIC-META</p><p>A decisão final – a meta para a Taxa Selic é imediatamente divulgada à imprensa ao mesmo tempo</p><p>em que é expedido Comunicado através do Sistema de Informações do Banco Central (Sisbacen).</p><p>O Presidente tem direito ao voto decisório em caso de empate na decisão da política monetária.</p><p>As atas em português das reuniões do Copom devem ser divulgadas no prazo de até quatro dias</p><p>úteis após a data de sua realização, o que normalmente acontece às 8h00 da terça-feira da semana</p><p>posterior a cada reunião.</p><p>Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e dezembro), o Copom publica o docu-</p><p>mento “Relatório de Inflação”, que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e financeira</p><p>do País, bem como</p><p>apresenta suas projeções para a taxa de inflação.</p><p>Histórico de taxa de juros</p><p>ANO RESOLUÇÃO META TOL INTER IPCA</p><p>2010 Resolução CMN nº 3.584 4,5 2,0 2,5-6,5 5,91</p><p>2011 Resolução CMN nº 3.748 4,5 2,0 2,5-6,5 6,50</p><p>2012 Resolução CMN nº 3.880 4,5 2,0 2,5-6,5 5,84</p><p>2013 Resolução CMN nº 3.991 4,5 2,0 2,5-6,5 5,91</p><p>2014 Resolução CMN nº 4.095 4,5 2,0 2,5-6,5 6,41</p><p>2015 Resolução CMN nº 4.237 4,5 2,0 2,5-6,5 10,67</p><p>2016 Resolução CMN nº 4.345 4,5 2,0 2,5-6,5 6,29</p><p>2017 Resolução CMN nº 4.419 4,5 1,5 3,0-6,0 2,95</p><p>2018 Resolução CMN nº 4.499 4,5 1,5 3,0-6,0 3,75</p><p>2019 Resolução CMN nº 4.582 4,25 1,50 2,75-5,75 4,31</p><p>2020 Resolução CMN nº 4.582 4,00 1,50 2,50-5,50 4,52</p><p>2021 Resolução CMN nº 4.671 3,75 1,50 2,25-5,25 10,06</p><p>2022 Resolução CMN nº 4.724 3,50 1,50 2,00-5,00</p><p>2.4.3 COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM</p><p>A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em 07 de dezembro de 1976 pela Lei nº 6.385</p><p>para fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários7 no Brasil. Até o ano de 1976 o Con-</p><p>selho Monetário Nacional – CMN e o Banco Central do Brasil – BCB eram responsáveis por discipli-</p><p>nar e a fiscalizar, respectivamente, do mercado de capitais, como consta na lei federal 4.728 de 14</p><p>de Julho de 1965.</p><p>7 São valores mobiliários, quando ofertados publicamente, quaisquer títulos ou contratos de investimento coletivo</p><p>que gerem direito de participação, de parceria ou remuneração, inclusive resultante da prestação de serviços, cujos</p><p>rendimentos advém do esforço do empreendedor ou de terceiros.</p><p>136</p><p>27</p><p>Atualmente o mercado de capitais (mercado que envolve a negociação de títulos e valores mobili-</p><p>ários), é fiscalizado pela CVM e pelo BCB (compartilhado), sendo que a grande maioria dos títulos</p><p>negociados nesse mercado são de responsabilidades da CVM, enquanto os títulos da dívida pública</p><p>federal, estadual ou municipal e os títulos cambiais de responsabilidade das instituições financei-</p><p>ras, exceto as debêntures, captações feitas por entes governamentais ou por instituições financei-</p><p>ras são de responsabilidades do BCB, conforme consta no parágrafo primeiro do inciso VI, artigo 3º</p><p>da lei federal 6.385.</p><p>São valores mobiliários de responsabilidades da CVM:</p><p>Principais títulos e valores mobiliários:</p><p>O QUE É?</p><p>Ação</p><p>Ação é a menor parcela do capital social das companhias ou sociedades anônimas.</p><p>É, portanto, um título patrimonial e, como tal, concede aos seus titulares, os acio-</p><p>nistas, todos os direitos e deveres de um sócio, no limite das ações possuídas. O</p><p>acionista torna-se sócio da empresa e, portanto, não existe risco de crédito nesse</p><p>investimento, já que não se trata de um empréstimo.</p><p>Debêntures</p><p>Título de renda fixa de médio e longo prazo (a partir de 360 dias) emitidos por</p><p>Sociedades Anônimas. Representa um direito de crédito que o investidor possui</p><p>contra a empresa emissora. O investidor faz um empréstimo para a empresa. Cada</p><p>debênture é uma fração da dívida de quem a emitiu.</p><p>Notas Promissórias</p><p>Título de renda fixa de curto prazo (até 360 dias) emitidos por Sociedades Anôni-</p><p>mas. A finalidade de emissão por parte da empresa é a de sanar necessidades de</p><p>capital de giro ou fluxo de caixa. Trata-se de um empréstimo do investidor direta-</p><p>mente para a empresa.</p><p>Cotas de Fundos de</p><p>Investimentos</p><p>É a fração do Patrimônio Líquido de um fundo de investimentos, que é um serviço</p><p>de gestão de recursos. Vários cotistas se reúnem e centralizam os seus recursos</p><p>para ter vantagens no momento da aplicação e/ou para reduzir custos e riscos. A</p><p>cota representa a participação de cada um dos cotistas desse fundo.</p><p>Derivativos</p><p>É uma denominação genérica para operações que têm por referência um ativo</p><p>qualquer, chamado de “ativo base” ou “ativo subjacente” (que em geral é nego-</p><p>ciado no mercado à vista). Principais exemplos de derivativos: Opções, Mercado</p><p>Futuro, Mercado a Termo e Swap.</p><p>Opções</p><p>É um instrumento que dá ao seu titular (dono da opção), um direito futuro sobre</p><p>ações ou contratos futuros, mas não uma obrigação. Ao mesmo tempo que dá ao</p><p>seu lançador (vendedor da opção), uma obrigação futura, caso o titular exerça o</p><p>seu direito. Existem opções de compra (direito de comprar determinado ativo) e</p><p>opções de venda (direito de vender determinado ativo)</p><p>Mercado a Termo</p><p>É o compromisso de compra e venda de um determinado bem em uma data futura</p><p>por um preço fixado na data atual, que não irá variar até a data da efetiva entrega</p><p>desse bem.</p><p>Mercado Futuro</p><p>Pode ser entendido como uma evolução do mercado a termo. Nesse mercado os</p><p>participantes se comprometem a comprar ou vender certa quantidade de um ativo</p><p>por um preço estipulado previamente para liquidação futura. Não necessariamente</p><p>irá ocorrer a liquidação física (entrega do bem em si). As características que o fazem</p><p>uma evolução do mercado a termo são: contratos padronizados e ajuste diário.</p><p>137</p><p>28</p><p>O QUE É?</p><p>Swap</p><p>Contrato entre dois agentes onde se realiza a troca de fluxos de caixas futuros ou</p><p>troca de rentabilidade futura. Existe, portanto, duas pontas na operação (uma que</p><p>se passa a receber e outra que será cedida), que são vistas como ponta ativa e pas-</p><p>siva, respectivamente.</p><p>O BCB conquistou sua autonomia em 2021, já a CVM sempre desfrutou desse beneficio, desde,</p><p>desde a publicação da Medida Provisória nº 8 (convertida na Lei nº 10.411 de 26.02.02) pela qual</p><p>a CVM passou a ser uma “entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da</p><p>Economia, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administra-</p><p>tiva independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus</p><p>dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária”, como consta no artigo 5º da lei de sua criação.</p><p>Importante salientarmos que mesmo com uma ausência de subordinação hierárquica as decisões</p><p>tomadas pela CVM devem obedecer diretrizes traçadas pelo Conselho Monetário Nacional – CMN,</p><p>conforme consta no artigo 3º da lei 6.385.</p><p>Essa autonomia que a CVM possui, dá aos seus cinco diretores, um presidente mais 4 diretores</p><p>executivos todos eles são nomeados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado Fede-</p><p>ral, mais conforto na tomada de decisões, já que seus mandatos são fixados em cinco anos, sendo</p><p>vedada a recondução.</p><p>Apesar de contar com regionais nas cidades de São Paulo – SP e de Brasília – DF, é no Rio de Janeiro</p><p>– RJ onde encontra-se sua sede, local de onde são tomadas suas decisões (instruções CVM), fruto</p><p>das reuniões que acontecem semanalmente, de forma ordinárias, ou extraordinariamente, quan-</p><p>do convocada pelo ocupante do cargo de presidente, atualmente tendo o senhor Leonardo Pereira</p><p>como responsável pela função.</p><p>Os seus objetivos estão definidos no artigo terceiro da lei 6.385/64 e no seu regimento interno,</p><p>Resolução CVM 24/21 são eles:</p><p>I. estimular a formação de poupanças e a sua aplicação em valores mobiliários;</p><p>Comentário: não confunda formação de poupança com “caderneta de poupança”, o objetivo da</p><p>CVM é de canalizar investimento para o mercado de valores mobiliários, formar poupança refere-</p><p>-se ao ato de poupar e não a modalidade de investimento denominada “caderneta de poupanças”.</p><p>II. promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações, e estimular</p><p>as aplicações permanentes em ações do capital social de companhias abertas sob controle de</p><p>capitais privados nacionais;</p><p>III. assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados da bolsa e de balcão;</p><p>Comentário: Atualmente no Brasil temos apenas uma única bolsa de valores, a B3.</p><p>IV. proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra:</p><p>a) emissões irregulares de valores mobiliários;</p><p>b) atos ilegais de administradores e acionistas controladores das companhias abertas, ou de ad-</p><p>ministradores de carteira de valores mobiliários.</p><p>c) o uso de informação relevante não divulgada no mercado de valores mobiliários.</p><p>138</p><p>29</p><p>Comentário: Para proteger os titulares a CVM fiscaliza todas emissões de valores mobiliários. Con-</p><p>forme</p><p>Instrução CVM 400/04 em seu artigo segundo temos:</p><p>V. evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais</p><p>de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no mercado;</p><p>Comentário: Como o inciso deixa claro, o objetivo da CVM é o de evitar fraudes, sendo que a mes-</p><p>ma não tem competência para determinar o ressarcimento de eventuais prejuízos sofridos pelos</p><p>investidores em decorrência da ação ou omissão de agentes do mercado. Também importante sa-</p><p>lientar que o mercado de capitais não conta com cobertura ou proteção do Fundo Garantidor de</p><p>Crédito – FGC.</p><p>VI. assegurar o acesso do público a informações sobre os valores mobiliários negociados e as</p><p>companhias que os tenham emitido, a observância de práticas comerciais equitativas no mer-</p><p>cado de valores mobiliários e de condições de utilização de crédito fixadas pelo Conselho Mo-</p><p>netário Nacional – CMN.</p><p>Para conseguir atingir os seus objetivos, a CVM possui diversas competências, sendo as principais</p><p>atividades:</p><p>I. Disciplinar, fiscalizar e inspecionar as companhias abertas e os fundos de investimento.</p><p>Comentário: Os fundos de Investimento, que até o final de 2015 eram regulamentados pela instru-</p><p>ção CVM 409/04, tiveram sua legislação alterada e atualizada com a publicação da instrução CVM</p><p>555/14.</p><p>II. Realizar atividades de credenciamento e fiscalização de auditores independentes, administra-</p><p>dores de carteiras de valores mobiliário, agentes autônomos, entre outros;</p><p>III. Fiscalizar e disciplinar as atividades dos auditores independentes; consultores e analistas de</p><p>valores mobiliários</p><p>IV. Apurar, mediante inquérito administrativo, atos legais e práticas não-equitativas de adminis-</p><p>tradores de companhias abertas e de quaisquer participantes do mercado de valores mobiliá-</p><p>rios, aplicando as penalidades previstas em lei.</p><p>2.4.4 SUPERINTENDENCIA DE SEGUROS PRIVADOS – SUSEP</p><p>A Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério</p><p>da Fazenda, criada pelo artigo 35º do decreto-lei 73 de 21 de novembro de 1966, junto com a cria-</p><p>ção do Sistema Nacional de Seguros Privados – SNSP, é o órgão responsável pelo controle e fiscali-</p><p>zação dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro.</p><p>A inclusão do mercado de previdência privada complementar aberta nas responsabilidades da SU-</p><p>SEP, só aconteceu em 2001, com a publicação da lei complementar 109, em seu artigo 74.</p><p>Entenda melhor as entidades supervisionadas pela SUSEP:</p><p>INSTITUIÇÃO O QUE SÃO</p><p>Sociedades</p><p>Seguradoras</p><p>Companhia sediada no Brasil, constituído sob a forma de sociedade anônima e</p><p>supervisionado pela Superintendência de Seguros Privados.</p><p>139</p><p>30</p><p>INSTITUIÇÃO O QUE SÃO</p><p>Ressegurador</p><p>admitido</p><p>Ressegurador estrangeiro com mais de cinco anos de operação no mercado inter-</p><p>nacional. Precisa ser registrado na Susep, ter escritório de representação no Brasil</p><p>e manter conta em moeda estrangeira vinculada à Susep para garantia de suas</p><p>operações no país. Deve atender a requisitos de capacidade econômica e financei-</p><p>ra mínima, de avaliação de solvência por agência classificadora de risco (rating de</p><p>crédito) e de garantias financeiras com aporte de recursos no país.</p><p>Resseguradores</p><p>Locais</p><p>Sediado no Brasil, constituído sob a forma de sociedade anônima e supervisionado</p><p>pela Superintendência de Seguros Privados.</p><p>Ressegurador</p><p>Eventual</p><p>Empresa resseguradora estrangeira sediada no exterior, sem escritório de repre-</p><p>sentação no País, que, atendendo às exigências previstas na Lei Complementar nº</p><p>126/07 e nas normas aplicáveis à atividade de resseguro e retrocessão, tenha sido</p><p>cadastrada como tal na SUSEP, para realizar operações de resseguro e retrocessão.</p><p>(Resolução CNSP 168/07).</p><p>Corretor de Seguro,</p><p>de capitalização e</p><p>de previdência</p><p>Profissional habilitado e autorizado a angariar e promover contratos de seguros,</p><p>remunerado mediante comissões estabelecidas nas tarifas. É o representando do</p><p>segurado mediante a seguradora.</p><p>Sociedades de</p><p>Capitalização</p><p>São entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que negociam</p><p>contratos (títulos de capitalização) que têm por objeto o depósito periódico de</p><p>prestações pelo contratante, o qual terá, depois de cumprido o prazo contratado,</p><p>o direito de resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma taxa de ju-</p><p>ros estabelecida contratualmente; conferindo, ainda, quando previsto, o direito de</p><p>concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro.</p><p>Entidades Abertas</p><p>de Previdências</p><p>Complementar</p><p>São entidades constituídas sob a forma de sociedades anônimas e têm por objetivo</p><p>instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos em</p><p>forma de renda continuada ou pagamento único.</p><p>Apesar de ser uma entidade supervisora, a SUSEP também é responsável por regular os mercados</p><p>em que está inserida, sempre respeitando as diretrizes do órgão normativo, no caso o Conselho</p><p>Nacional de Seguros Privados – CNSP.</p><p>Compete também a SUSEP:</p><p>1. Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras,</p><p>de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de</p><p>executora da política traçada pelo CNSP;</p><p>2. Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das ope-</p><p>rações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro;</p><p>3. Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados;</p><p>4. Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles vincula-</p><p>dos, com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacio-</p><p>nal de Capitalização;</p><p>5. Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua expansão e o fun-</p><p>cionamento das entidades que neles operem;</p><p>6. Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado;</p><p>140</p><p>31</p><p>7. Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em</p><p>bens garantidores de provisões técnicas;</p><p>8. Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem</p><p>delegadas;</p><p>9. Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.</p><p>A SUSEP possui sede e foro na cidade do Rio de Janeiro – RJ e jurisdição em todo o território na-</p><p>cional, conforme consta em seu regimento interno, que foi definido pela resolução CNSP 272/12,</p><p>o seu Conselho Diretor é constituído pelo Superintendente, que o preside, e por quatro Diretores,</p><p>indicados pelo Ministro de Estado da Economia, dentre pessoas de reconhecida competência e ili-</p><p>bada reputação, nomeados pelo Presidente da República ou a quem couber, por delegação.</p><p>2.4.5 SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR – PREVIC</p><p>A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) é uma autarquia de natureza</p><p>especial, dotada de autonomia administrativa e financeira e patrimônio próprio, vinculada ao Mi-</p><p>nistério da Previdência Social, com sede e foro no Distrito Federal, tendo atuação em todo o terri-</p><p>tório nacional como entidade de fiscalização e supervisão das atividades das entidades fechadas de</p><p>previdência complementar e de execução das políticas para o regime de previdência complementar</p><p>operado pelas referidas entidades.</p><p>O sistema de previdência no Brasil está dividido em:</p><p>Os fundos de pensão, conforme definido em lei, têm a finalidade precípua de administrar um ou</p><p>mais planos, predominantemente de caráter previdenciário, com vistas a pagar benefícios aos seus</p><p>participantes.</p><p>141</p><p>32</p><p>As suas principais competências estão definidas Lei nº 12.154, de 2009, m seu artigo segundo, e são:</p><p>I. proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e</p><p>suas operações;</p><p>II. apurar e julgar as infrações, aplicando as penalidades cabíveis;</p><p>III. expedir instruções e estabelecer procedimentos para a aplicação das normas relativas à sua</p><p>área de competência, de acordo com as diretrizes do Conselho Nacional</p><p>de Previdência Com-</p><p>plementar – CNPC;</p><p>IV. autorizar: a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de previdência comple-</p><p>mentar, bem como a aplicação dos respectivos estatutos e regulamentos de planos de benefí-</p><p>cios; as operações de fusão, de cisão, de incorporação ou de qualquer outra forma de reorga-</p><p>nização societária, relativas às entidades fechadas de previdência complementar; a celebração</p><p>de convênios e termos de adesão por patrocinadores e instituidores, bem como as retiradas de</p><p>patrocinadores e instituidores; e as transferências de patrocínio, grupos de participantes e assis-</p><p>tidos, planos de benefícios e reservas entre entidades fechadas de previdência complementar;</p><p>V. harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar com as normas</p><p>e políticas estabelecidas para o segmento;</p><p>VI. decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades fechadas de previdência com-</p><p>plementar, bem como nomear interventor ou liquidante, nos termos da lei;</p><p>VII. nomear administrador especial de plano de benefícios específico, podendo atribuir-lhe pode-</p><p>res de intervenção e liquidação extrajudicial, na forma da lei;</p><p>VIII. promover a mediação e a conciliação entre entidades fechadas de previdência complementar</p><p>e entre estas e seus participantes, assistidos, patrocinadores ou instituidores, bem como diri-</p><p>mir os litígios que lhe forem submetidos na forma da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996.</p><p>IX. enviar relatório anual de suas atividades ao Ministério da economia e, por seu intermédio,</p><p>ao Presidente da República e ao Congresso Nacional; e adotar as providências necessárias ao</p><p>cumprimento de seus objetivos.</p><p>Na mesma lei que cria a PREVIC, 12.154/09, também prevê a cobrança da Taxa de Fiscalização e</p><p>Controle da Previdência Complementar (Tafic), principal receita da Superintendência Nacional de</p><p>Previdência Complementar (PREVIC), que é um tributo que tem como fato gerador o exercício do</p><p>poder de polícia atribuído à autarquia.</p><p>As entidades fechadas de previdência complementar (EFPC) são contribuintes da Tafic, que deverá</p><p>ser paga quadrimestralmente, até o dia dez dos meses de janeiro, maio e setembro.</p><p>2.5 AGENTES ESPECIAIS</p><p>Recebem o nome de agentes especiais as instituições que mesmo fazendo parte do subsistema</p><p>operacional (intermediação) também cumprem funções normativas, normalmente essas ativida-</p><p>des são relacionadas a implementação das políticas econômicas do governo Federal.</p><p>O governo possui três grandes pilares (instituições financeiras), que auxiliam na execução das suas</p><p>principais políticas, são elas:</p><p>142</p><p>33</p><p>Existem outras instituições financeiras federais que também auxiliam governo na execução de po-</p><p>líticas públicas, como o Banco do Amazonas e o Banco do Nordeste, porém essas instituições têm</p><p>área de atuação restrita, não atuando em todo o território nacional, por esse motivo não vamos</p><p>equipara-las as instituições acima citadas.</p><p>2.5.1 BANCO DO BRASIL – BB</p><p>Criado pelo príncipe Dom João, em sua chegada ao Brasil a mais de 200 anos atrás, após o mesmo</p><p>ser obrigado a deixar repentinamente Portugal, invadido pelas tropas de Napoleão, o Banco do</p><p>Brasil é a Instituição Financeira mais antiga do país.</p><p>O Banco do Brasil tem presença marcante em todo o Brasil. Com presença em 94,8% dos municí-</p><p>pios brasileiros, com 49,2 mil pontos de atendimento.</p><p>143</p><p>34</p><p>Seu controle é da União, sendo uma economia mista de capital aberto, com a posição acionária</p><p>conforme a imagem. O BB é responsável por administrar aproximadamente 20% dos ativos do</p><p>mercado financeiro, segundo o Banco Central do Brasil.</p><p>A exigência de domínio de Inglês em nosso concurso, mostra o quanto a instituição vem continua-</p><p>mente ampliando sua presença internacional, contando hoje com mais de 50 pontos de atendimento</p><p>no exterior, divididos em agências, subagências, unidades de negócios/escritórios e subsidiárias em</p><p>23 países, estando presente nos principais centros financeiros das Américas, Europa e Ásia.</p><p>Agora que você já está apaixonado, vamos ao que é importante para prova!</p><p>O que faz do Banco do Brasil uma instituição financeira diferenciada das demais é o fato de ser o</p><p>responsável por executar algumas políticas do governo federal, conforme constam no artigo 19 da</p><p>Lei federal 4.595/64, sendo os principais:</p><p>I. Executar a política de preços mínimos dos produtos agropastoris.</p><p>II. Ser agente pagador e recebedor fora do País.</p><p>III. Executar os serviços de compensação de cheques e outros papéis (Circular BCB 3.532)</p><p>IV. Realizar, por conta própria, operações de compra e venda de moeda estrangeira e, por conta</p><p>do Banco Central da República do Brasil, nas condições estabelecidas pelo Conselho Monetário</p><p>Nacional.</p><p>Apesar do foco principal do Banco do Brasil ser o agronegócio, quando o assunto é políticas públi-</p><p>cos, ele também auxilia o governo no programa habitacional, “Minha Casa, Minha Vida”.</p><p>2.5.2 CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – CEF</p><p>No dia 12 de janeiro de 1861, Dom Pedro II</p><p>assinou o Decreto nº 2.723, que fundou a Cai-</p><p>xa Econômica da Corte.</p><p>Junto com a criação da Caixa também veio a</p><p>modalidade de investimento mais conhecida</p><p>e antiga do mercado financeiro, as caderne-</p><p>tas de poupança, que foram instituídas pelo</p><p>artigo primeiro do decreto assinado por Dom</p><p>Pedro II, que dizia em sua redação original:</p><p>A caderneta de poupança, nessa época, a finalidade dela e da Caixa Econômica era captar os recur-</p><p>sos e economias da população mais necessitada. Inclusive era permitido aos escravos que tinham</p><p>algum provento, que eram chamados na época de escravos de ganho, guardar as suas economias</p><p>na Caixa Econômica, na poupança, e essas economias, muitas vezes, serviam para comprar a pró-</p><p>pria carta de alforria.</p><p>144</p><p>35</p><p>Com esse propósito a Caixa foi crescendo e ganhando novas atividades, se tornando hoje uma das</p><p>maiores empresas do Governo Federal. Importante destacar que embora a Caixa exerças ativida-</p><p>des simulares as oferecidas pelos bancos, legalmente a mesma não pode ser enquadrada como</p><p>tal, sendo ela uma empresa pública federal. A própria caixa se intitula ser mais do que um banco,</p><p>haja visto que a mesma exerce diversas funções de cunho social que são de interesse do governo</p><p>federal.</p><p>O fato da Caixa ser responsável pela implementação das políticas sociais do governo federal, faz</p><p>dela um agente especial. Entre os programas sociais administrados pela Caixa, destacam-se:</p><p>PROGRAMA O QUE É?</p><p>Bolsa Família</p><p>É um programa de transferência direta de renda, direcionado às famílias em situação</p><p>de pobreza e de extrema pobreza em todo o País, que tem como objetivos: Combater</p><p>a fome e promover a segurança alimentar e nutricional, combater a pobreza e outras</p><p>formas de privação das famílias, promover o acesso à rede de serviços públicos, em</p><p>especial, saúde, educação, segurança alimentar e assistência social.</p><p>Minha Casa</p><p>Minha Vida</p><p>É uma iniciativa do Governo Federal que oferece condições atrativas para o financia-</p><p>mento de moradias para famílias de baixa renda.</p><p>Seguro-</p><p>desemprego</p><p>É um dos mais importantes direitos dos trabalhadores brasileiros, é um benefício que</p><p>oferece auxílio em dinheiro por um período determinado. Ele é pago de três a cinco</p><p>parcelas de forma contínua ou alternada.</p><p>FIES</p><p>O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é um programa do Ministério da Educação</p><p>(MEC) que financia a graduação, em instituições particulares, de estudantes que não</p><p>possuem condições de arcar com os custos.</p><p>Farmácia</p><p>Popular</p><p>É um programa que procura ampliar o acesso da população aos medicamentos con-</p><p>siderados essenciais ao tratamento de doenças com maior ocorrência no Brasil, e é</p><p>realizado por meio de transferência de recursos do Ministério da Saúde, aos estabele-</p><p>cimentos farmacêuticos credenciados</p><p>145</p><p>36</p><p>PROGRAMA O QUE É?</p><p>Bolsa Atleta</p><p>O programa do Governo Federal, em parceria com o Ministério dos Esportes, tem o</p><p>objetivo de formar uma geração de atletas com potencial de representar o Brasil. A</p><p>estratégia é simples: garantir a manutenção pessoal mínima</p><p>dos atletas para que eles</p><p>tenham as condições necessárias para se dedicar ao esporte.</p><p>Auxílio</p><p>Emergencial</p><p>É um benefício financeiro destinado a trabalhadores(as) informais, Microempreende-</p><p>dores Individuais (MEI), autônomos(as) e desempregados(as) e tem por objetivo for-</p><p>necer proteção emergencial no período de enfrentamento à crise causada pela pan-</p><p>demia do Coronavírus.</p><p>A CEF foi também o agente utilizado pelo governo para maioria das políticas creditícias em comba-</p><p>te a pandemia do COVID-19, destacando o pagamento do “auxílio emergência”.</p><p>2.5.3 BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL – BNDES</p><p>Criado em 20 de junho de 1952, pela Lei federal nº 1.628, o Banco Nacional de Desenvolvimento</p><p>Econômico – BNDES foi criado como uma autarquia federal que tinha como objetivo ser o órgão</p><p>formulador e executor da política nacional de desenvolvimento econômico.</p><p>Por ser uma empresa de controle do governo federal, o BNDES não pode ser considerado como</p><p>banco de desenvolvimento.</p><p>Sua estrutura está dividida em:</p><p>Sendo:</p><p>• BNDES: O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é uma empresa pública fe-</p><p>deral (100% das ações pertencem a união) dedicada ao financiamento com longo prazo de</p><p>pagamento. É o acionista único das demais empresas do Sistema BNDES.</p><p>• BNDESPAR: Subsidiária do BNDES, dedicada ao fomento por meio de investimentos em valores</p><p>mobiliários. O capital social subscrito da BNDESPAR está representado por uma única ação, no-</p><p>minativa, sem valor nominal, de propriedade do BNDES.</p><p>• FINAME: Subsidiária do BNDES, dedicada ao financiamento à produção e comercialização de má-</p><p>quinas e equipamentos. O capital social subscrito da FINAME está representado por 589.580.236</p><p>ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal, de propriedade integral do BNDES</p><p>146</p><p>37</p><p>Seu estatuto atual foi aprovado pelo decreto federal 4.418 de 11 de Outubro de 2002, no qual o</p><p>vincula junto ao Ministério de Economia.</p><p>Sua sede e foro fica em Brasília, Distrito Federal, e atuação em todo o território nacional, podendo</p><p>instalar e manter, no País e no exterior, escritórios, representações ou agências.</p><p>Por meio de sua subsidiária BNDESPAR, o BNDES pode captar através de emissões públicas de de-</p><p>bêntures e contribuir para o desenvolvimento do mercado local de capitais.</p><p>O BNDES emprestou mais de 187 bilhões de reais, somente em 2014. Esses recursos, quando são re-</p><p>embolsáveis, são remunerados pela Taxa de Juros de Logo Prazo – TLP (antiga TJLP), que geralmente</p><p>é bem mais baixa do que qualquer outra taxa oferecida pelas demais instituições financeiras.</p><p>2.6 SUBSISTEMA OPERACIONAL</p><p>Agora vamos falar de quem trabalha, quem coloca a mão na massa, os operacionais, que são as</p><p>instituições que lidam diretamente com o público, no papel de intermediário financeiro.</p><p>A maioria dos autores dividem o Subsistema operacional em 3 classes de instituições financeiras</p><p>Essa divisão constava no site do Banco Central do Brasil (há mais de 10 anos) e em vários livros e</p><p>acabou virando uma doutrina. Não sei quem foi o primeiro a propor essa estrutura, eu suspeito,</p><p>mas não vou citar aqui porque não tenho provas (risos), a verdade é que esse profissional não en-</p><p>tende nada de lógica e nem filosofia.</p><p>Ora, eu não posso dividir nada no mundo em 3 conjuntos, onde um deles é a negação do outro, ou</p><p>seja, se criarmos um conjunto com os alunos aprovados no BNB e outro conjunto dos alunos NÃO</p><p>aprovados no BNB, logo todo universo está ai, não tem espaço para um terceiro conjunto.</p><p>O que eu quero dizer é que uma Instituição Financeira, ou ela é monetária, ou ela não é monetária,</p><p>assim, não existe explicação lógica para criação do terceiro conjunto de “Instituições Auxiliares”.</p><p>Todas essas Instituições do nosso terceiro conjunto pertence ao segundo, ou seja, não são monetá-</p><p>rias, logo o conjunto 3 é um subconjunto de 2 e não uma subdivisão do sistema financeiro nacional.</p><p>Confuso? Ainda bem que não cai lógica nesse edital, mas fique tranquilo, vou te ajudar agora a en-</p><p>tender cada uma das instituições que compões o subsistema operacional! Vamos lá?</p><p>2.7 SUBSISTEMA OPERATIVO – INSTITUIÇÕES MONETÁRIAS</p><p>As instituições que captam através de depósito à vista (conta corrente), são consideradas institui-</p><p>ções monetárias, pois possuem a capacidade de criar moedas escriturais por meio do efeito multi-</p><p>plicado de crédito ou devido ao fornecimento de talão de cheque a seus clientes.</p><p>147</p><p>38</p><p>A moeda bancária ou moeda escritural consiste nos depósitos à vista existentes nos bancos ou em</p><p>outras instituições creditícios, normalmente movimentados por intermédio de cheques, que repre-</p><p>sentam um instrumento de circulação da moeda bancária.</p><p>Entenda melhor como os bancos que captam depósito à vista possuem a capacidade de criar moeda:</p><p>1. Investidor procura um banco para depositar seu dinheiro. Nesse caso, vamos supor um valor</p><p>de $ 600,00 (seiscentas unidades monetárias), depositado na conta de depósito à vista (conta</p><p>corrente).</p><p>2. Neste momento, o investidor passa a ter um saldo em sua conta corrente de $ 600,00 e o ban-</p><p>co resolve conceder a esse cliente um talão de cheques.</p><p>3. Ele vai em uma loja e compra determinado produto no valor de $ 1.000,00 (um mil unidade</p><p>monetária), pagando com a utilização de uma folha de cheque.</p><p>4. Considerando que o seu saldo no banco é de apenas $ 600,00 e o cheque emitido foi de</p><p>$ 1.000,00, temos um consumo dividido em dois tipos de moedas diferentes:</p><p>148</p><p>39</p><p>As instituições financeiras que estão autorizadas a captar através de depósito à vista, portanto,</p><p>têm capacidade de criar moeda escritural. São elas:</p><p>Todas as demais instituições financeiras diferentes das listadas como monetárias, independente de</p><p>qual a sua área de atuação, devem ser classificadas como não monetárias, haja vista que não cap-</p><p>tam depósito à vista e, logo, não possuem a capacidade de criar moeda escritural.</p><p>2.7.1 BANCOS COMERCIAIS (BC)</p><p>Esta instituição financeira tem como objetivo fornecer crédito de curto e médio prazos para pes-</p><p>soas físicas, comércio, indústria e empresas prestadoras de serviços. Devem ser constituídas sob a</p><p>forma de sociedades anônimas e podem ser tanto públicas como privadas.</p><p>Em sua denominação deve constar a expressão “banco”, sendo vedada a utilização do termo “cen-</p><p>tral”, que é de exclusividade do Banco Central do Brasil (BCB).</p><p>Suas principais operações passivas são:</p><p>• Depósitos à vista: conta corrente</p><p>• Depósitos a prazo: Certificado de Depósito Bancário (CDB) e Recibo de</p><p>Depósito Bancário (RDC)</p><p>• Letra Financeira (LF)</p><p>• Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)</p><p>• Letra Imobiliária Garantida (LIG)</p><p>• Recursos de Instituições financeiras oficiais</p><p>• Recursos externos</p><p>Suas principais operações ativas são:</p><p>• Operações de crédito em geral, de curto e médio prazo</p><p>• Abertura de crédito simples em conta corrente: cheques especiais</p><p>• Operações de crédito rural</p><p>149</p><p>40</p><p>Os recursos captados em contato corrente (depósito à vista) possuem exigibilidade de que a insti-</p><p>tuição financeira mantenha aplicado, no mínimo, em operações de crédito rural.</p><p>Para cumprimento dessa exigência, devem ser consideradas as deduções previstas em leis, assim</p><p>como as isenções conforme consta no Manual de Crédito Rural (MCR), disponível no site do Banco</p><p>Central do Brasil (BCB).</p><p>Suas principais operações acessórias são:</p><p>SERVIÇOS</p><p>• Operações de câmbio (compra e venda de moeda estrangeira)</p><p>• Cobrança bancária</p><p>• Cobrança de tarifas</p><p>A maioria dos bancos em operação no país são comerciais, mas, como também possuem outras</p><p>carteiras, são classificados como bancos múltiplos, porém, existem alguns bancos operando no</p><p>país que são apenas bancos comerciais.</p><p>2.7.2 BANCOS MÚLTIPLOS (BM)</p><p>Criados com o objetivo de racionalizar a administração, os bancos múltiplos funcionam como uma</p><p>espécie de holding8 de instituições financeiras, porém, não é qualquer tipo de instituição financeira</p><p>que pode fazer parte de um banco múltiplo. Segundo a resolução CMN nº 2.099, as carteiras que</p><p>podem compor essas instituições</p><p>são as de:</p><p>As operações realizadas por banco múltiplo estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamen-</p><p>tares aplicáveis às instituições singulares correspondentes às suas carteiras, logo, para entender</p><p>melhor o que cada carteira faz, basta consultar cada uma das instituições financeiras nos demais</p><p>capítulos da nossa super apostila. Sendo assim, as suas operações passivas, ativas e acessórias de-</p><p>pendem de quais são as carteiras que o constituem.</p><p>8 Holding é um tipo de empresa que detém a posse majoritária de ações de outras empresas, geralmente denominadas</p><p>subsidiárias, centralizando o controle sobre elas. De modo geral, a holding não produz bens e serviços, destinando-se</p><p>apenas ao controle de suas subsidiárias.</p><p>150</p><p>41</p><p>Para constituir um banco múltiplo será necessário ser composto por, no mínimo, duas das cartei-</p><p>ras listadas, sendo que uma delas, obrigatoriamente, deverá ser a carteira de banco comercial ou a</p><p>de banco de investimento.</p><p>Não é possível constituir um banco múltiplo com todas as carteiras listadas. O motivo deve-se ao</p><p>fato de algumas carteiras serem obrigatoriamente públicas, enquanto outras são obrigatoriamente</p><p>privadas, conforme tabela:</p><p>Assim, se uma instituição financeira possuir a carteira de banco de desenvolvimento, não poderá</p><p>oferecer a carteira de investimento e nem constituir uma financeira, e vice-versa. De maneira ge-</p><p>ral, assim como os bancos comerciais, os bancos múltiplos são instituições financeiras que podem</p><p>ser privadas ou públicas, sendo organizados, obrigatoriamente, sob a forma de sociedade anôni-</p><p>ma (SA).</p><p>Nem todo o banco Múltiplo é considerado Instituição Monetária. Somente os bancos que</p><p>possuem carteira do banco comercial.</p><p>ATENÇÃO!</p><p>2.7.3 COOPERATIVAS DE CRÉDITO (CC)</p><p>A cooperativa de crédito é uma instituição financeira formada por uma associação autônoma de</p><p>pessoas unidas voluntariamente, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, sem</p><p>fins lucrativos, constituída para prestar serviços a seus associados.</p><p>O objetivo da constituição de uma cooperativa de crédito é prestar serviços financeiros de modo</p><p>mais simples e vantajoso aos seus associados. Os cooperados são, ao mesmo tempo, donos e usu-</p><p>ários da cooperativa, participando de sua gestão e usufruindo de seus produtos e serviços. Nas</p><p>cooperativas de crédito, os associados encontram os principais serviços disponíveis nos bancos,</p><p>como conta corrente, aplicações financeiras, cartão de crédito, empréstimos e financiamentos. Os</p><p>associados têm poder igual de voto, independentemente da sua cota de participação no capital</p><p>social da cooperativa. O cooperativismo não visa lucros e os direitos e deveres de todos são iguais,</p><p>sendo a adesão livre e voluntária.</p><p>151</p><p>42</p><p>Entendendo melhor a diferença entre um banco comercial com capital aberto (ações em negocia-</p><p>ção na bolsa) e uma cooperativa de crédito de livre admissão do ponto de vista dos aplicadores</p><p>(operação passiva da instituição financeira):</p><p>É como se a cooperativa de crédito fizesse uma espécie de “venda casada” para o investidor, po-</p><p>rém, com uma cota a custo zero. Assim, é de se esperar que, um mesmo capital aplicado a uma</p><p>mesma taxa de juros e prazo em uma cooperativa de crédito e também em um banco, o investidor</p><p>tenha maior retorno na cooperativa, já que, além desses juros sobre o capital investido (que será</p><p>igual nas duas instituições), o investidor, aplicando na cooperativa de crédito, poderá receber, tam-</p><p>bém, parte do lucro distribuído (dividendos).</p><p>Já no ponto de vista do tomador de crédito, ou seja, das operações ativas das instituições financei-</p><p>ras, temos:</p><p>Note que a formação da taxa de juros dos bancos pos-</p><p>sui um componente a mais do que no caso das coope-</p><p>rativas de crédito, que é o “lucro”.</p><p>Como as cooperativas de crédito não têm fins lucrati-</p><p>vos, e o lucro aferido nas operações é distribuído en-</p><p>tre os seus associados – entre eles e o próprio toma-</p><p>dor de crédito –, logo existe uma tendência de que a</p><p>taxa de juros dos empréstimos realizados nas coope-</p><p>rativas sejam menores do que nos bancos.</p><p>É importante salientar que, assim como partilha das sobras, o cooperado está sujeito a participar</p><p>do rateio de eventuais perdas – em ambos os casos na proporção dos serviços usufruídos.</p><p>As sociedades cooperativas são classificadas em:</p><p>152</p><p>43</p><p>Também são admitidos como associados das cooperativas de crédito, em caráter excepcional, pes-</p><p>soas jurídicas, desde que tenham por objeto as mesmas ou correlatas atividades econômicas das</p><p>pessoas físicas ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos. Entretanto, conforme determina o artigo 4º,</p><p>parágrafo único, da lei complementar nº 130, de 2009, não são admitidos no quadro social da socie-</p><p>dade cooperativa de crédito entes públicos, tais como: a União, os Estados, o Distrito Federal e os</p><p>Municípios, bem como suas respectivas autarquias, fundações e empresas estatais dependentes.</p><p>Suas principais operações passivas são (exclusivamente dos seus associados):</p><p>• Depósitos à vista: conta corrente</p><p>• Depósitos a prazo: Recibo de Depósito Cooperativo (RDC).</p><p>• Cadernetas de Poupança (Novidade)</p><p>• As cooperativas podem captar através de depósito a prazo, porém, sem</p><p>emissão de certificado.</p><p>• Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)</p><p>• Repasses de instituições financeiras nacionais ou estrangeiras, inclusive</p><p>por meio de depósitos interfinanceiros.</p><p>• Recursos oriundos de fundos oficiais.</p><p>Suas principais operações ativas são (exclusivamente dos seus associados):</p><p>• Operações de crédito em geral.</p><p>• Operações de crédito rural</p><p>Suas principais operações acessórias são:</p><p>SERVIÇOS</p><p>• Cobrança, custódia e serviços de recebimento e pagamento por conta de</p><p>terceiros a pessoas físicas e entidades de qualquer natureza, inclusive as</p><p>pertencentes aos poderes públicos das esferas federal, estadual e muni-</p><p>cipal e suas respectivas autarquias e empresas.</p><p>• Colocação de produtos e serviços oferecidos por bancos cooperativos,</p><p>inclusive os relativos a operações de câmbio, bem como por demais en-</p><p>tidades controladas por instituições integrantes do sistema cooperativo</p><p>a que pertença, em nome e por conta da entidade contratante, observa-</p><p>da a regulamentação específica.</p><p>• Distribuição de cotas de fundos de investimento administrados por</p><p>instituições autorizadas, observada a regulamentação aplicável editada</p><p>pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).</p><p>153</p><p>44</p><p>2.7.4 BANCOS COOPERATIVOS (BCOOP)</p><p>Um banco cooperativo é uma espécie de banco comercial, com diferença em sua constituição, que</p><p>tem como acionistas controladores as cooperativas centrais de crédito, as quais devem deter no</p><p>mínimo 51% das ações com direito a voto.</p><p>Caso esse banco agregue outras carteiras, tais como de investimento e crédito imobiliário, entre</p><p>outras, poderá se tornar um banco múltiplo com carteira comercial.</p><p>Em sua denominação, obrigatoriamente, deverá conter a expressão “banco cooperativo”.</p><p>O banco cooperativo oferece produtos e serviços financeiros às cooperativas, ampliando e criando</p><p>novas possibilidades de negócios e gestão centralizada dos recursos financeiros do sistema.</p><p>154</p><p>45</p><p>As operações passivas, ativas e acessórias dos bancos cooperativos dependem de quais são as car-</p><p>teiras que o compõe.</p><p>2.8 SUBSISTEMA OPERATIVO – SISTEMA BRASILEIRO</p><p>DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO (SBPE)</p><p>Segundo a resolução CMN nº 1.980, de 30 de abril de 1.993, o Sistema Brasileiro de Poupança e</p><p>Empréstimo (SBPE) é integrado por:</p><p>As instituições financeiras que integram o SBPE possuem a capacidade de captar através de de-</p><p>pósitos de poupança. Estas instituições são obrigadas a destinar os recursos captados conforme</p><p>descrito:</p><p>No mínimo 65% dos recursos captados devem ser destinados a operações de financiamento imobi-</p><p>liário, com risco de multa para o descumprimento dessa exigibilidade. Além disso, esse montante</p><p>deve ser dividido da seguinte forma:</p><p>1. 80% (oitenta por cento), no mínimo,</p><p>do percentual acima, em operações de</p><p>financiamento habitacional no âmbito do</p><p>Sistema Financeiro da Habitação (SFH).</p><p>2. 20% em operações de financiamento</p><p>imobiliário contratadas a taxas de merca-</p><p>do.</p><p>As companhias hipotecárias, apesar de</p><p>fazerem parte do Sistema Financeiro de</p><p>Habitação (SFH), não são integrantes do</p><p>Sistema Brasileiro de Poupança e Emprés-</p><p>timo (SBPE), já que as mesmas não pos-</p><p>suem autorização para captarem através</p><p>de cadernetas de poupança.</p><p>As instituições integrantes do SBPE podem captar depósitos de poupança rural, desde que possu-</p><p>am autorização do Banco Central do Brasil para operar em crédito rural e comuniquem ao Deban o</p><p>início da captação de depósitos de poupança rural.</p><p>INSTITUIÇÃO CONSTITUIÇÃO PRINCIPAL CAPTAÇÃO</p><p>(PASSIVA) OBESERVAÇÃO</p><p>Associação de</p><p>Poupança e</p><p>Empréstimo (APE)</p><p>Sociedade Civil</p><p>sem fins lucrativos Poupança e LCI</p><p>Poupadores são associados e,</p><p>assim, recebem dividendos. Faz</p><p>parte do SBPE.</p><p>155</p><p>46</p><p>INSTITUIÇÃO CONSTITUIÇÃO PRINCIPAL CAPTAÇÃO</p><p>(PASSIVA) OBESERVAÇÃO</p><p>Caixa Econômica</p><p>Federal (CEF)</p><p>Empresa pública</p><p>federal</p><p>Poupança, LCI, FGTS e</p><p>repasses do governo</p><p>federal</p><p>É considerado um agente</p><p>especial do governo federal. Faz</p><p>parte do SBPE.</p><p>Sociedade de</p><p>Crédito Imobiliário</p><p>(SCI)</p><p>Sociedade</p><p>Anônima Poupança e LCI</p><p>É uma das carteiras que pode</p><p>compor um banco múltiplo. Faz</p><p>parte do SBPE.</p><p>Companhias</p><p>Hipotecárias</p><p>Sociedade</p><p>Anônima LCI e debêntures</p><p>Não podem captar através de</p><p>poupança. Não fazem parte do</p><p>SBPE.</p><p>Cooperativas</p><p>de Crédito</p><p>Associação civil</p><p>sem fins lucrativo Poupança</p><p>Apenas as cooperativas de</p><p>crédito que forem autorizadas</p><p>pelo BACEN podem captar</p><p>poupança e fazer parte do SBPE</p><p>Quadro-resumo com as principais diferenças entre as instituições que compõem o SFH</p><p>SOPA DE LETRINHAS – AS SIGLAS DO MERCADO IMOBILIÁRIO</p><p>SISTEMA O QUE É QUEM PARTICIPA</p><p>SBPE</p><p>2º O Sistema Brasileiro de Poupança e Em-</p><p>préstimo (SBPE) tem por finalidade promo-</p><p>ver o financiamento imobiliário em geral,</p><p>por meio da captação e do direcionamento</p><p>dos recursos de depósitos de poupança</p><p>• Bancos múltiplos com</p><p>carteira de crédito imobiliário</p><p>• Caixas econômicas</p><p>• Sociedades de crédito imobiliário</p><p>• Associações de poupança e empréstimo</p><p>• Cooperativas de crédito autorizadas</p><p>SFH</p><p>O Sistema Financeiro da Habitação (SFH),</p><p>destina-se a facilitar e a promover a constru-</p><p>ção e a aquisição da casa própria ou mora-</p><p>dia, especialmente pelas classes de menor</p><p>renda da população.</p><p>Todos que integram o SBPE mais:</p><p>• Companhias Hipotecárias</p><p>• Entidade de previdência complementar</p><p>(aberta)</p><p>• Companhias securitizadora</p><p>• Demais instituições que o CMN</p><p>determinar</p><p>SFI</p><p>O Sistema de Financiamento Imobiliário</p><p>(SFI), de que trata a Lei nº 9.514, de 20 de</p><p>novembro de 1997, tem por finalidade pro-</p><p>mover o financiamento imobiliário em geral,</p><p>segundo condições compatíveis com os fun-</p><p>dos respectivos.</p><p>• Caixas econômicas</p><p>• Bancos comerciais</p><p>• Bancos de investimento</p><p>• Bancos múltiplos com</p><p>carteira de crédito imobiliário,</p><p>• Sociedades de crédito imobiliário</p><p>• Associações de poupança e</p><p>empréstimo,</p><p>• Companhias hipotecárias e, a critério</p><p>do Conselho Monetário Nacional - CMN</p><p>156</p><p>47</p><p>IMPORTANTE: As operações no âmbito do SFH devem observar as seguintes condições específicas</p><p>no limite máximo do valor de avaliação do imóvel financiado de R$ 1.500.000,00 (um milhão e qui-</p><p>nhentos mil reais)</p><p>2.9 SUBSISTEMA OPERATIVO – SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO</p><p>DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS (SDTVM)</p><p>2.9.1 CORRETORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS (CTVM) E</p><p>DISTRIBUIDORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS (DTVM)</p><p>As corretoras e distribuidoras tinham funções distintas até 2009, pois somente as corretoras po-</p><p>diam operar em bolsas de valores. As distribuidoras precisavam de uma corretora para operar nas</p><p>bolsas, tendo, portanto, uma área mais restrita de operação.</p><p>Com a decisão conjunta CVM e Bacen nº 17/2009, que autorizou as distribuidoras a operar direta-</p><p>mente nos ambientes e sistemas de negociação dos mercados organizados de bolsas de valores,</p><p>eliminou-se a principal diferença entre as duas instituições financeiras.</p><p>Abaixo, a íntegra da decisão conjunta:</p><p>DECISÃO-CONJUNTA Nº 17</p><p>BANCO CENTRAL DO BRASIL COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS</p><p>Autoriza as sociedades distribuidoras de títulos e</p><p>valores mobiliários a operar diretamente nos</p><p>ambientes e sistemas de negociação dos</p><p>mercados organizados de bolsa de valores.</p><p>A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil e o Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários, com base no art.</p><p>2º, inciso XV, do Regulamento anexo à Resolução nº 1.120, de 4 de abril de 1986, com a redação dada pela Resolução</p><p>nº 1.653, de 26 de outubro de 1989,</p><p>D E C I D I R A M:</p><p>Art. 1º As sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários ficam autorizadas a operar diretamente nos am-</p><p>bientes e sistemas de negociação dos mercados organizados de bolsa de valores.</p><p>Art. 2º Esta decisão-conjunta entra em vigor na data de sua publicação.</p><p>Brasília, 2 de Março de 2009.</p><p>Alexandre Antonio Tombini Maria Helena dos Santos Fernandes de Santana</p><p>Presidente, substituto do Banco Central do Brasil Presidente da Comissão de Valores Mobiliários</p><p>A principal atividade dessas instituições é a de execução de ordens de compra e venda de ativos</p><p>para seus clientes. Um investidor não opera diretamente na bolsa de valores, mas sim através de</p><p>um intermediário (corretora/distribuidora), que cobra taxa por essa prestação de serviço.</p><p>Além da execução da ordem (operacional), as corretoras e distribuidoras normalmente contam</p><p>com equipes de analistas para auxiliar os investidores na escolha do melhor produto de investi-</p><p>mento de acordo com o perfil, prazo e necessidade do cliente/investidor.</p><p>157</p><p>48</p><p>Outras atividades das distribuidoras e corretoras:</p><p>1) Comprar e vender títulos e valores mobiliários por contra própria e de terceiros;</p><p>2) Operar em bolsas de mercadorias e de futuros por contra própria e de terceiros;</p><p>3) Intermediar a oferta pública e distribuir títulos e valores mobiliários no mercado;</p><p>4) Operar em bolsas de valores;</p><p>5) Administrar carteiras e custodiar títulos e valores mobiliários;</p><p>6) Subscrever emissões de títulos e valores mobiliários no mercado;</p><p>7) Exercer funções de agente fiduciário;</p><p>8) Instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento;</p><p>9) Intermediar operações de compra e venda de moeda estrangeira, além de outras operações</p><p>no mercado de câmbio;</p><p>10) Praticar operações de compra e venda de metais preciosos no mercado físico, por conta pró-</p><p>pria e de terceiros;</p><p>11) Realizar operações de compromissadas;</p><p>12) Praticar operações de conta margem;</p><p>13) Prestar serviços de intermediação e de assessoria ou assistência técnica em operações e ativi-</p><p>dades nos mercados financeiro e de capitais.</p><p>Até o dia 13/05/2020 o limite para corretoras e distribuidoras operarem com liquidação</p><p>pronta era de U$ 100 mil. Após a publicação da circular BCB 4.019, esse limite foi elevado</p><p>para U$ 300 mil dólares.</p><p>#PaiEd | Atualiza</p><p>Nas operações de câmbio, as corretoras e distribuidoras têm limites diferenciados para operação,</p><p>conforme circular do Bacen nº 3.691, de 16 de dezembro de 2013, com trecho reproduzido abaixo:</p><p>“Art. 34. Os agentes do mercado de câmbio podem realizar as seguintes opera-</p><p>ções:</p><p>III – sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades distribuido-</p><p>ras de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio:</p><p>a) operações de câmbio com clientes para liquidação pronta9 de até US$</p><p>300.000,00 (trezentos mil dólares dos Estados Unidos) ou o seu equivalente em</p><p>outras moedas; e</p><p>b) operações para liquidação pronta no mercado interbancário, arbitragens no</p><p>País e, por meio de banco autorizado a operar no mercado de câmbio, arbitragem</p><p>com o exterior;”</p><p>9 Liquidação Pronta é o tipo de operação de câmbio que deve ser liquidada em até dois dias úteis</p><p>158</p><p>49</p><p>Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade</p><p>limitada.</p><p>Sofrem supervisão compartilhada do Bacen e CVM.</p><p>2.9.2 BOLSAS DE VALORES E MERCADO</p><p>DE BALCÃO ORGANIZADOS</p><p>Uma Bolsa de Valores é peça fundamental para o bom funcionamento do Mercado de Capitais, que</p><p>é o mercado em que as empresas acessam diretamente os investidores para captar recursos. As</p><p>companhias precisam de recursos para investir em seus projetos e, por outro lado, os investidores</p><p>necessitam de remuneração para valores financeiros que estão disponíveis.</p><p>A bolsa de valores é, portanto, o local adequado para que os investidores transacionem recursos</p><p>para a compra de títulos (valores mobiliários). Trata-se de uma instituição que faz parte do Siste-</p><p>ma de Distribuição de Títulos e Valores Mobiliários, no qual as Sociedades Corretoras têm acesso</p><p>para repassar as ordens de seus clientes.</p><p>São associações privadas civis que têm o objetivo de efetuar o registro, a compensação, a liqui-</p><p>dação física e financeira das operações realizadas em pregão ou sistema eletrônico. Entretanto,</p><p>desde 28 de janeiro de 2000, com a resolução nº 2690 do Bacen, as bolsas de valores puderam pas-</p><p>sar a visar lucro e a ser constituídas sob a forma de sociedades anônimas (S.A).</p><p>Sofrem fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), porém, possuem status de autor-</p><p>reguladoras, já que são responsáveis por estabelecer diversas regras relativas ao funcionamento</p><p>dos mercados que administra e à atuação dos intermediários que a acessam.</p><p>Ainda segundo a resolução nº 2690/2000, são objetivos das bolsas de valores:</p><p>I – Manter local ou sistema adequado à realização de operações de compra e venda de títulos</p><p>e/ou valores mobiliários, em mercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado pela</p><p>própria bolsa, sociedades membros e pelas autoridades competentes;</p><p>II – Dotar, permanentemente, o referido local ou sistema de todos os meios necessários à pronta e</p><p>eficiente realização e visibilidade das operações;</p><p>III – Estabelecer sistemas de negociação que propiciem continuidade de preços e liquidez ao mer-</p><p>cado de títulos e/ou valores mobiliários;</p><p>IV – Criar mecanismos regulamentares e operacionais que possibilitem o atendimento, pelas socie-</p><p>dades membros, de quaisquer ordens de compra e venda dos investidores, sem prejuízo de igual</p><p>competência da Comissão de Valores Mobiliários, que poderá, inclusive, estabelecer limites míni-</p><p>mos considerados razoáveis em relação ao valor monetário das referidas ordens;</p><p>V – Efetuar registro das operações;</p><p>VI – Preservar elevados padrões éticos de negociação, estabelecendo, para esse fim, normas de</p><p>comportamento para as sociedades membros e para as companhias abertas e demais emissores de</p><p>títulos e/ou valores mobiliários, fiscalizando sua observância e aplicando penalidades, no limite de</p><p>sua competência, aos infratores;</p><p>VII – Divulgar as operações realizadas, com rapidez, amplitude e detalhes;</p><p>159</p><p>50</p><p>VIII – Conceder, à sociedade membro, crédito para assistência de liquidez, com vistas a resolver</p><p>situação transitória, até o limite do valor de seus títulos patrimoniais ou de outros ativos especifi-</p><p>cados no estatuto social mediante apresentação de garantias subsidiárias adequadas, observado o</p><p>que a respeito dispuser a legislação aplicável; e</p><p>IX – Exercer outras atividades expressamente autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários.</p><p>Importante ressaltar que o investidor não opera diretamente na bolsa de valores, pois precisa de</p><p>uma corretora de valores para acessar à bolsa, conforme figura abaixo:</p><p>Já o mercado de balcão organizado é um mercado de títulos (valores mobiliários) no qual não há</p><p>um local físico definido para a realização das transações. É chamado de mercado organizado</p><p>quando conta com um sistema eletrônico de negociação de títulos e valores mobiliários (sistema</p><p>interligado de terminais entre instituições, por exemplo). Nesse tipo de mercado, as ordens de</p><p>compra e venda são fechadas de forma eletrônica.</p><p>Trata-se de um ambiente administrado por instituições autorreguladoras, que são autorizadas a</p><p>funcionar pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e sofrem fiscalização por parte dessa autar-</p><p>quia.</p><p>O mercado de balcão organizado é considerado uma “porta de entrada” para empresas que possu-</p><p>am um porte médio, já que, normalmente, na bolsa de valores estão as companhias maiores.</p><p>Uma diferença importante entre mercado de balcão e bolsa de valores é que no mercado de balcão</p><p>não existe o fundo de garantia para ressarcir o investidor em caso de prejuízos decorrentes de er-</p><p>ros de ordens por parte dos operadores, entrega de valores mobiliários erroneamente, liquidação</p><p>extrajudicial da corretora, entre outros. Esse fundo de garantia é administrado pela própria bolsa</p><p>de valores.</p><p>160</p><p>51</p><p>2.9.3 B3 – BOLSA, BALCÃO, BRASIL</p><p>A B3 surgiu sob o formato atual após a fusão da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São</p><p>Paulo (BM&FBOVESPA) com a Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (CETIP),</p><p>aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Conselho Administrativo de Defesa</p><p>Econômica (CADE) em 22 de março de 2017.</p><p>Uma Bolsa de Valores é peça fundamental para o bom funcionamento do Mercado de Capitais, que</p><p>é o mercado em que as empresas acessam diretamente os investidores para captar recursos. As</p><p>companhias precisam de recursos para investir em seus projetos e, por outro lado, os investidores</p><p>necessitam de remuneração para valores financeiros que estão disponíveis.</p><p>A bolsa de valores é, portanto, o local adequado para que os investidores transacionem recursos</p><p>para a compra de títulos (valores mobiliários). Trata-se de uma instituição que faz parte do Siste-</p><p>ma de Distribuição de Títulos e Valores Mobiliários, no qual as Sociedades Corretoras têm acesso</p><p>para repassar as ordens de seus clientes.</p><p>São associações privadas civis que têm o objetivo de efetuar o registro, a compensação, a liqui-</p><p>dação física e financeira das operações realizadas em pregão ou sistema eletrônico. Entretanto,</p><p>desde 28 de janeiro de 2000, com a resolução nº 2690 do Bacen, as bolsas de valores puderam pas-</p><p>sar a visar lucro e a ser constituídas sob a forma de sociedades anônimas (S.A).</p><p>Sofrem fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), porém, possuem status de autor-</p><p>reguladoras, já que são responsáveis por estabelecer diversas regras relativas ao funcionamento</p><p>dos mercados que administra e à atuação dos intermediários que a acessam.</p><p>Ainda segundo a resolução nº 2690/2000, são objetivos das bolsas de valores:</p><p>I – Manter local ou sistema adequado à realização de operações de compra e venda de títulos e/</p><p>ou valores mobiliários, em mercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado pela</p><p>própria bolsa, sociedades membros e pelas autoridades competentes;</p><p>II – Dotar, permanentemente, o referido local ou sistema de todos os meios necessários à pronta e</p><p>eficiente realização e visibilidade das operações;</p><p>III – Estabelecer sistemas de negociação que propiciem continuidade de preços e liquidez ao mer-</p><p>cado de títulos e/ou valores mobiliários;</p><p>IV – Criar mecanismos regulamentares e operacionais que possibilitem o atendimento, pelas socie-</p><p>dades membros, de quaisquer ordens de compra e venda dos investidores, sem prejuízo de igual</p><p>competência da Comissão de Valores Mobiliários, que poderá, inclusive, estabelecer limites míni-</p><p>mos considerados razoáveis em relação ao valor monetário das referidas ordens;</p><p>V – Efetuar registro das operações;</p><p>VI – Preservar elevados padrões éticos de negociação, estabelecendo, para esse fim, normas de</p><p>comportamento para as sociedades membros e para as companhias abertas e demais emissores de</p><p>títulos e/ou valores mobiliários, fiscalizando sua observância e aplicando penalidades, no limite de</p><p>sua competência, aos infratores;</p><p>VII – Divulgar as operações realizadas, com rapidez, amplitude e detalhes;</p><p>161</p><p>52</p><p>VIII – Conceder, à sociedade membro, crédito para assistência de liquidez, com vistas a resolver</p><p>situação transitória, até o limite do valor de seus títulos patrimoniais ou de outros ativos especifi-</p><p>cados no estatuto social mediante apresentação</p><p>Portanto se trata de um termo de valor adjetivo que modificara o</p><p>nome ao qual se refere.</p><p>Artigo – “ Colombo procurou as Índias, mas a Terra avisto em você.”</p><p>Adjetivos – A melhor aula é sempre aqui.</p><p>Pronome – “ E o teu cabelo está enrolado no meu peito?”</p><p>Numeral – Cinco pessoas reclamara dos dois colegas.</p><p>Locução adjetiva – “Enquanto o som do paredão toca/Cê gasta o seu batom de cereja”</p><p>TREINAMENTO ZAMBELIANO</p><p>Classifique os elementos sublinhados das orações abaixo.</p><p>a) O candidato voltou do curso.</p><p>____________________________________________________</p><p>b) Histórias incríveis contou-nos aquele colega.</p><p>____________________________________________________</p><p>c) O professor Zambeli ofereceu-lhe um lugar melhor no curso.</p><p>____________________________________________________</p><p>d) Procurei-a por todos os lugares.</p><p>____________________________________________________</p><p>e) Gabaritaram a prova.</p><p>____________________________________________________</p><p>f) Talvez ainda haja concursos neste ano.</p><p>____________________________________________________</p><p>g) Taxa de homicídio cresce em 15 anos no país.</p><p>____________________________________________________</p><p>h) A prova foi fácil.</p><p>____________________________________________________</p><p>i) Site oferece promoções aos clientes na internet.</p><p>____________________________________________________</p><p>19</p><p>18</p><p>CONCORDÂNCIA VERBAL</p><p>REGRA GERAL</p><p>O verbo concorda com o núcleo do sujeito.</p><p>“Existem momentos na vida da gente, em que as palavras perdem o sentido ou parecem inúteis e,</p><p>por mais que a gente pense numa forma de empregá-las, elas parecem não servir. Então a gente</p><p>não diz, apenas sente.” (Freud)</p><p>1) VERBO HAVER</p><p>O verbo haver é impessoal (permanecendo na 3º pessoa do singular) quando significa: existir, acon-</p><p>tecer, ocorrer. Formando locução com outro verbo, a impessoalidade a ele se estenderá.</p><p>• Nunca havia pessoas nesta sala.</p><p>• Está havendo oportunidades neste curso.</p><p>• Houve um assalto no banco.</p><p>2) SE</p><p>Pronome Apassivador Índice de Indeterminação do Sujeito</p><p>• Procuram-se alunos interessados.</p><p>• Não se sabe tudo na hora da prova.</p><p>• Nunca se estudaram tantos artigos.</p><p>• Ligar-se-ão as pessoas certas neste curso.</p><p>• Procura-se uma questão sobre o tema.</p><p>• Vende-se este carro.</p><p>• Vive-se triste nesta época do ano.</p><p>• Mora-se bem no bairro aqui.</p><p>• Não se necessita de mais aula.</p><p>• Nunca se trata só de uma questão.</p><p>• Assistiu-se a outras palestras.</p><p>• É-se muito estressado durante os estudos.</p><p>20</p><p>19</p><p>Treina aqui rapidinho!</p><p>1) se – partícula apassivadora</p><p>2) se – índice de indeterminação do sujeito</p><p>a) Precisa-se de uma boa resposta. ( )</p><p>b) Não se perdoam certas palavras. ( )</p><p>c) Para chegar aqui, anda-se muito. ( )</p><p>d) Bergamota, nos dias de frio no sul, come-se no sol. ( )</p><p>e) Aqui se vive em paz! ( )</p><p>f) Discutiu- se, nesta semana, quando o gerente estava aqui, esse projeto. ( )</p><p>g) Alugam-se, durante o ano, quartos para estudantes. ( )</p><p>h) Repreendia-se o aluno e nada acontecia ( )</p><p>i) Necessitava-se de novas soluções. ( )</p><p>3) Expressões fracionárias ou partitivas = o verbo poderá ficar no singular ou ir para o plural.</p><p>• A maioria desses acidentes pode (podem) ser evitado (evitados).</p><p>• Três quintos do teste foi (foram) de questões objetivas.</p><p>• Mais da metade dos professores utiliza (utilizam) o quadro-branco.</p><p>4) Sujeito oracional</p><p>Quando o sujeito for representado por uma oração, o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.</p><p>• Estudar e aprovar constitui seu projeto.</p><p>• Seria legal se todos acordassem durante a aula.</p><p>• Não se indica que as pessoas fiquem aqui.</p><p>21</p><p>20</p><p>CONCORDÂNCIA NOMINAL</p><p>REGRA GERAL</p><p>Os artigos, os pronomes, os numerais e os adjetivos concordam com o substantivo a que eles se</p><p>referem.</p><p>CASOS ESPECIAIS</p><p>1) Adjetivo + substantivos de gênero diferente: concordância com o termo mais próximo.</p><p>• Gosto de comer deliciosos bolos, pizzas e salgadinhos.</p><p>• Gosto de comer deliciosas pizzas, bolos e salgadinhos.</p><p>2) Substantivos de gênero e número diferentes mais adjetivo: concordância com o termo mais</p><p>próximo ou uso do masculino plural.</p><p>• Gostaria de pedir frango e costela bem passados.</p><p>• Gostaria de pedir frango e costela bem passada</p><p>3) ANEXO</p><p>• Seguem anexos os contratos.</p><p>• As cartas anexas devem conter envelope.</p><p>4) SÓ</p><p>• Edgar ficou só em casa.</p><p>• Sérgio e Edgar ficaram sós.</p><p>• Depois da guerra só restaram cinzas.</p><p>• Eles queriam ficar só na sala.</p><p>22</p><p>21</p><p>Observação:</p><p>A locução adverbial a sós é invariável.</p><p>5) OBRIGADO – adjetivo</p><p>• “Muito obrigada”, disse a aniversariante aos convidados!</p><p>6) BASTANTE</p><p>Adjetivo = vários, muitos</p><p>Advérbio = muito, suficiente</p><p>• Recebi bastantes flores.</p><p>• Estudei bastante.</p><p>• Tenho bastantes motivos para estudar com você!</p><p>7) TODO, TODA – qualquer</p><p>TODO O, TODA A – inteiro</p><p>• Todo aluno tem dificuldades nos estudos.</p><p>• Todo o clube comemorou a chegada do jogador.</p><p>8) É BOM, É NECESSÁRIO, É PROIBIDO, É PERMITIDO</p><p>Com determinante = variável</p><p>Sem determinante = invariável</p><p>• A sabedoria é necessária, sobretudo durante a prova!</p><p>• É proibida a entrada de concurseiros despreparados.</p><p>• A receita de pizza com requeijão é muito boa.</p><p>• É proibido cola durante as provas!</p><p>• É necessário inteligência na resolução das questões.</p><p>23</p><p>22</p><p>9) MEIO</p><p>Adjetivo = metade</p><p>Advérbio = mais ou menos</p><p>• Adicione meia colher de açúcar.</p><p>• Isso pesa meio quilo.</p><p>• A porta estava meio aberta.</p><p>• Ela sempre fica meio nervosa nas provas.</p><p>24</p><p>23</p><p>REGÊNCIA VERBAL</p><p>A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os com-</p><p>plementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou as circunstâncias (adjuntos adverbiais).</p><p>Um verbo pode assumir valor semântico diferente com a simples mudança ou retirada de uma pre-</p><p>posição.</p><p>Caros, antes vamos lembrar a transitividade!</p><p>TIPOS DE VERBOS</p><p>Intransitivos – Sem complemento</p><p>• “Os opostos se distraem. Os dispostos se atraem”</p><p>Transitivos Diretos – exigem um complemento sem preposição, chamado de objeto direto.</p><p>• “Não crie expectativa</p><p>Não pergunte como foi o dia</p><p>Não se preocupe à toa</p><p>Não há tempo e o tempo voa”</p><p>Transitivos Indiretos – exigem um complemento preposicionado, chamado de objeto indireto.</p><p>• Precisamos de uma semana de estudos, pois o professor confia também no nosso progresso!</p><p>Transitivos Direto e Indireto – exigem um objeto direto e um objeto indireto.</p><p>• Eu sempre digo aos alunos algumas letras de músicas durante a aula.</p><p>Ligação – unem uma característica ao substantivo</p><p>• “E quando eu estiver triste</p><p>Simplesmente me abrace</p><p>E quando eu estiver louco</p><p>Subitamente se afaste</p><p>E quando eu estiver fogo</p><p>Suavemente se encaixe.” (Skank)</p><p>20</p><p>25</p><p>24</p><p>Agora vamos lembrar dos pronomes oblíquos</p><p>Pronomes oblíquos átonos Pronomes oblíquos tônicos</p><p>singular plural singular plural</p><p>1ª pessoa me nos mim nós</p><p>2ª pessoa te vos ti vós</p><p>3ª pessoa o, a, se, lhe os, as, se, lhes ele, ela, si eles, elas, si</p><p>PRINCIPAIS VERBOS DESTE ASSUNTO:</p><p>REGÊNCIA DE ALGUNS VERBOS:</p><p>1. Assistir</p><p>(A) = ver – é VTI.</p><p>• Eu sempre assisto a séries neste aplicativo.</p><p>• Vamos assistir ao “Divãgando” no canal do youtube do Zambeli.</p><p>(B) = ajudar – é VTD.</p><p>• Os psicólogos sempre assistem as pessoas.</p><p>• Nosso time de professores assistirá você!</p><p>2. Esquecer / lembrar</p><p>(A) quando desacompanhados de pronome oblíquo, são VTD</p><p>• Esqueci meus problemas nesta festa.</p><p>• Lembramos a sua história durante a prova.</p><p>(B) quando acompanhado de pronome oblíquo, são VTI</p><p>• Tu te esqueceste do teu nome?</p><p>• Lembro-me da tua história.</p><p>3. Implicar</p><p>(A) = acarretar, causar – é VTD.</p><p>• A pobreza implica uma série de complicações na vida da pessoa.</p><p>• Não saber o básico implicará sua decepção.</p><p>26</p><p>25</p><p>(B) = embirrar, ter implicância. É VTI.</p><p>• As pessoas implicam com os moradores de rua.</p><p>• Não implica com os coleguinhas, Edgar!</p><p>4. Pagar/perdoar</p><p>(A) Paga-se o que se deve. Perdoa-se alguma coisa.</p><p>• Eu sempre pago minhas</p><p>de garantias subsidiárias adequadas, observado o</p><p>que a respeito dispuser a legislação aplicável; e</p><p>IX – Exercer outras atividades expressamente autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários.</p><p>IMPORTANTE:</p><p>2.9.4 BANCOS DE INVESTIMENTO (BI)</p><p>Os bancos de investimento são instituições financeiras de natureza privada, especializadas em</p><p>operações de participação societária de caráter temporário, bem como no financiamento da ativi-</p><p>dade produtiva para suprimento de capital fixo ou de giro, mediante a administração de recursos</p><p>de terceiros.</p><p>Seu surgimento se deu com a promulgação de uma lei nos Estados Unidos depois da crise de 1929,</p><p>que impôs uma distinção entre os bancos de investimentos e os comerciais ou varejistas para pro-</p><p>teger os depósitos dos correntistas. (conceito de chineses wall)</p><p>Essas instituições devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, devendo conter em</p><p>sua denominação a expressão “banco de investimento”.</p><p>Como o banco de investimento é uma instituição financeira e atua no mercado de valores mobiliá-</p><p>rios, logo sua supervisão é exercida de forma compartilhada pelo Banco Central do Brasil (BCB) e</p><p>pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), conforme exemplo ilustrado na figura a seguir:</p><p>162</p><p>53</p><p>Os bancos de investimento podem manter contas, sem juros e não movimentáveis por cheque,</p><p>relativas a recursos de terceiros (como as contas não são movimentadas por cheques, logo não se</p><p>cria moeda escritural). Essas contas, que não são contas correntes, têm como objetivo o recebi-</p><p>mento de recursos destinados à aplicação em títulos e valores mobiliários, assim como em outros</p><p>ativos financeiros e/ou modalidades operacionais disponíveis nos mercados financeiro e de capi-</p><p>tais. Tais recursos também poderão ser vinculados à execução de suas operações ativas ou relacio-</p><p>nadas com a prestação de serviços.</p><p>Suas principais operações passivas são:</p><p>• Depósitos a prazo (com ou sem a emissão de certificados): Certificado de</p><p>Depósito Bancário (CDB) e Recibo de Depósito Bancário (RDC)</p><p>• Recursos oriundos do exterior, inclusive por meio de repasses interbancá-</p><p>rios</p><p>• Repasse de recursos oficiais</p><p>• Depósitos interfinanceiros</p><p>• Outras formas de captação autorizadas pelo Banco Central do Brasil</p><p>Suas principais operações ativas são:</p><p>• Financiamento de capital fixo e de giro</p><p>As operações acessórias são as principais atividades dos bancos de investimentos, uma vez que</p><p>eles são os principais prestadores de serviços no mercado de valores mobiliários.</p><p>Entre as atividades prestadas, destacam-se:</p><p>SERVIÇOS</p><p>• Operações de câmbio (compra e venda de moeda estrangeira)</p><p>• Operar em bolsas de mercadorias e de futuros, bem como em merca-</p><p>dos de balcão organizados, por conta própria e de terceiros</p><p>• Administrar fundos e clubes de investimento</p><p>• Praticar operações de compra e venda – por conta própria ou de tercei-</p><p>ros – de metais preciosos no mercado físico, e de quaisquer títulos e</p><p>valores mobiliários nos mercados financeiros e de capitais.</p><p>• Coordenar processos de reorganização e reestruturação de sociedades</p><p>e conglomerados, financeiros ou não, mediante prestação de serviços</p><p>de consultoria, participação societária e/ou concessão de financiamen-</p><p>tos ou empréstimos.</p><p>163</p><p>54</p><p>Conforme a Circular BCB 2.998, é também facultada aos bancos de investimento a prestação de</p><p>serviços relacionados à administração de empresa cujo objeto social esteja diretamente vinculado</p><p>a operações praticadas no âmbito do mercado financeiro, abrangendo o exercício de atividades</p><p>necessárias ao seu funcionamento, inclusive escrituração, administração de ativos e passivos e cus-</p><p>tódia. Na hipótese de a referida prestação de serviços envolver a gestão de recursos da empresa ou</p><p>de seus investidores, deve ser observada a regulamentação relativa à administração de recursos de</p><p>terceiros.</p><p>2.10 SUBSISTEMA OPERATIVO –</p><p>DEMAIS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS</p><p>2.10.1 BANCOS DE DESENVOLVIMENTO (BD)</p><p>Os bancos de desenvolvimento são instituições públicas que surgiram na década de 1940, no es-</p><p>forço de reconstrução pós-guerras mundiais. Desde então, essas instituições vêm cumprindo papel</p><p>relevante para o desenvolvimento socioeconômico dos países e regiões onde atuam, conforme os</p><p>diferentes estágios em que se encontram, em cenários tanto de estabilidade quanto de crise.</p><p>Segundo a resolução CMN nº 394, de 1976, em seu artigo 1º, os bancos de desenvolvimento, ape-</p><p>sar de serem obrigatoriamente públicos, não podem pertencer ao governo federal. Por esse moti-</p><p>vo, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é caracterizado como uma</p><p>agência de fomento e não banco de desenvolvimento.</p><p>Seu objetivo é o de proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao</p><p>financiamento, a médio e longo prazos, de programas e projetos que visem promover o desenvol-</p><p>vimento econômico e social dos respectivos Estados da Federação onde tenham sede, cabendo-</p><p>-lhes apoiar, prioritariamente, o setor privado.</p><p>Desde 2008, os bancos de desenvolvimento podem prestar assistência a programas e projetos de-</p><p>senvolvidos em estado limítrofe à sua área de atuação, desde que seja em caráter excepcional e</p><p>que o empreendimento vise benefícios de interesse comum.</p><p>Todas as instituições devem ser constituídas sob a forma de uma sociedade anônima, devendo</p><p>adotar em sua denominação, de forma obrigatória e privativa, a expressão “banco de desenvolvi-</p><p>mento”, seguida do nome do Estado em que tenham sede.</p><p>Para atender a seu objetivo, os Bancos de Desenvolvimento podem apoiar iniciativas</p><p>que visem:</p><p>• Ampliar e icentivar a capacidade produtiva da economia;</p><p>• Assegurar melhor ordenação de setores da economia regional e o saneamento de empresas</p><p>por meio de incorporação, fusão, associação e assunção de controle acionário de acervo, liqui-</p><p>dação ou consolidação de passivo ou ativo onerosos;</p><p>• Incrementar a produção rural por meio de projetos integrados de investimentos destinados à</p><p>formação de capital fixo ou semifixo;</p><p>164</p><p>55</p><p>• Promover a incorporação e o desenvolvimento de tecnologia de produção, o aperfeiçoamento</p><p>gerencial, a formação e o aprimoramento de pessoal técnico.</p><p>Suas principais operações passivas são:</p><p>• Depósitos a prazo: Certificado de Depósito Bancário (CDB) e Recibo de De-</p><p>pósito Bancário (RDC)</p><p>• Letra Financeira (LF)</p><p>• Operações de crédito, assim entendidas as provenientes de empréstimos</p><p>e financiamentos obtidos no país ou no exterior, na forma da legislação e</p><p>regulamentação vigentes</p><p>• Operações de crédito ou contribuições do setor público federal, estadual</p><p>ou municipal</p><p>• Emissão ou endosso de cédulas hipotecárias, bem como endosso de títu-</p><p>los hipotecários previstos em lei para o crédito rural</p><p>• Outras modalidades de captação, desde que autorizadas pelo Banco Cen-</p><p>tral do Brasil</p><p>Devido ao fato de os bancos de desenvolvimento terem como principal meio de captação os recur-</p><p>sos públicos, é proibido a eles a realização de operações de redesconto – empréstimos junto ao</p><p>Banco Central do Brasil (BCB) –, conforme determina o artigo 15 da resolução CMN nº 394.</p><p>Suas operações ativas são:</p><p>• Empréstimos e financiamentos</p><p>• Investimentos</p><p>• Arrendamento mercantil</p><p>• Outras modalidades mediante prévia autorização do Banco Central</p><p>As operações de arrendamento mercantil devem ser contratadas com o próprio vendedor dos</p><p>bens ou com pessoas jurídicas a ele vinculadas e realizadas com recursos provenientes de institui-</p><p>ções públicas federais de desenvolvimento.</p><p>Podem se beneficiar de créditos concedidos pelo banco de desenvolvimento:</p><p>• Pessoas físicas residentes e domiciliadas no país, desde que os recursos concedidos sejam vin-</p><p>culados à execução de projeto aprovado pelo banco e/ou à realização de capital social, ou à</p><p>aquisição do controle acionário de empresas cujas atividades tenham importância para a eco-</p><p>nomia estadual ou regional;</p><p>• Pessoas jurídicas de direito privado sediadas no país;</p><p>• Pessoas jurídicas de direito público ou entidade direta ou indiretamente por</p><p>elas controladas.</p><p>165</p><p>56</p><p>Suas principais operações acessórias são:</p><p>Outros Serviços</p><p>Os bancos de desenvolvimento podem operar no mercado de câmbio (compra e</p><p>venda de moeda estrangeira) de forma restrita, realizado somente as operações</p><p>autorizadas pelo Banco Central do Brasil (BCB)</p><p>2.10.2 BANCOS DE CÂMBIO (BC)</p><p>São instituições financeiras autorizadas a realizar operações de câmbio, bem como operações de</p><p>crédito vinculadas a essas operações, sem nenhuma restrição.</p><p>Podem receber recursos através de depósito em conta, porém, não podem ser remuneradas nem</p><p>movimentáveis por cheque ou por meio eletrônico. Os recursos devem ser destinados exclusiva-</p><p>mente para realizar as operações fins do banco.</p><p>Segundo a resolução nº 3.426/2006, do CMN, são operações que podem ser realizadas por um</p><p>banco de câmbio:</p><p>I – Compra e Venda de Moeda Estrangeira;</p><p>II – Transferências de Recursos do e Para o Exterior;</p><p>III – Financiamento de Importação e Exportação;</p><p>IV – Adiantamento Sobre Contrato de Câmbio;</p><p>V – Outras Operações, Inclusive de Prestação de Serviços, Previstas na Legislação de Câmbio;</p><p>VI – Atuar, por conta própria, em bolsas de mercadorias e futuros e em mercado de balcão, em</p><p>operações vinculadas a moedas estrangeiras ou vinculadas a operações de câmbio.</p><p>Além de recursos próprios, os BC podem captar recursos através de:</p><p>• Repasses de outros bancos</p><p>• Depósitos interbancários</p><p>• Recursos do exterior</p><p>Principais operações ativas:</p><p>• Financiamento para Importação e Exportação</p><p>• Adiantamento sobre Contrato de Câmbio</p><p>166</p><p>57</p><p>A principal atividade de um Banco de Câmbio é a prestação de serviço, mais detalhada no quadro</p><p>abaixo:</p><p>SERVIÇOS</p><p>• Operações de câmbio (compra e venda de moeda estrangeira)</p><p>• Transferências de recursos do e para o exterior</p><p>2.10.3 SOCIEDADE DE CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO (SCFI) – FINANCEIRAS</p><p>As sociedades de crédito, financiamento e investimento (SCFI), conhecidas como “financeiras”, são</p><p>instituições privadas que fornecem empréstimo e financiamento para aquisição de bens, serviços e</p><p>capital de giro.</p><p>Suas principais operações ativas são:</p><p>• Empréstimos e financiamento de bens e serviços a pessoas físicas ou</p><p>jurídicas</p><p>• Financiamento de capital de giro a pessoas jurídicas</p><p>• Empréstimos consignados</p><p>Até Abril de 2020 as Financeiras não podiam captar através de CDB (Cerrtificado de Depósito</p><p>Bancário) o que passou a ser permitido após a publicação da Resolução CMN 4.812</p><p>#PaiEd | Atualiza</p><p>Já suas operações passivas são:</p><p>• Letras de Câmbio (LC)</p><p>• Depósito a prazo sem emissão de certificado, ou seja, somente com Reci-</p><p>bo de Depósito Bancário (RDC)</p><p>• Letra Financeira (LF)</p><p>• Recursos de instituições financeiras oficiais</p><p>• Depósito a Prazo com Garantia Especial – DPGE</p><p>• LIG – Letra Imobiliária Garantida</p><p>• CDB (NOVIDADE)</p><p>167</p><p>58</p><p>SAIBA A DIFERENÇA ENTRE EMPRÉSTIMO E FINANCIAMENTO</p><p>EMPRÉSTIMO FINANCIAMENTO</p><p>É um contrato entre o cliente e a instituição financei-</p><p>ra, pelo qual o primeiro recebe uma quantia que de-</p><p>verá ser devolvida ao banco em prazo determinado,</p><p>acrescida dos juros acertados. Os recursos obtidos no</p><p>empréstimo não têm destinação específica.</p><p>Assim como o empréstimo bancário, o financia-</p><p>mento também é um contrato entre o cliente e</p><p>a instituição financeira, mas com destinação es-</p><p>pecífica dos recursos tomados, como, por exem-</p><p>plo, a aquisição de veículo ou de bem imóvel. Ge-</p><p>ralmente o financiamento possui algum tipo de</p><p>garantia, como, por exemplo, alienação fiduciária</p><p>ou hipoteca.</p><p>O dinheiro recebido não tem destinação obrigatória.</p><p>O dinheiro recebido está vinculado à aquisição de</p><p>determinado bem ou serviço como, por exemplo,</p><p>a aquisição de um veículo ou equipamento.</p><p>Até Abril de 2020 as Financeiras não podiam captar através de CDB (Cerrtificado de Depósito</p><p>Bancário) o que passou a ser permitido após a publicação da Resolução CMN 4.812.</p><p>#PaiEd | Atualiza</p><p>2.10.4 SOCIEDADE DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (SAM)</p><p>Suas operações se assemelham a uma locação de um bem – operação essa que chamamos de “ar-</p><p>rendamento mercantil” ou “leasing”.</p><p>Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, cuja denominação deve conter a ex-</p><p>pressão “arrendamento mercantil”. Embora sejam fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil e rea-</p><p>lizem operações com características de um financiamento, as sociedades de arrecadamento mer-</p><p>cantil não são consideradas instituições financeiras, mas sim entidades equiparadas a instituições</p><p>financeiras, conforme artigo 1º da lei federal nº 7.492 de 1986.</p><p>Como funciona uma operação de leasing:</p><p>168</p><p>59</p><p>O que pode ser arrendado?</p><p>Tipos de leasing Financeiro e Operacional</p><p>Arrendador Sociedade de Arrendamento Mercantil</p><p>Arrendatário</p><p>(quem contrata) Pessoa Física ou Jurídica</p><p>Tipo de Bens Pessoa jurídica: móveis ou imóveis</p><p>Pessoa Física: apenas bens imóveis</p><p>Origem dos bens Nacional ou importados</p><p>Ao final do contrato, o arrendatário tem as opções de efetivar a aquisição do bem arrendado ou</p><p>devolvê-lo.</p><p>Para conseguir realizar a operação de leasing, a Sociedade de Arrendamento Mercantil necessita</p><p>comprar o bem, o que deve ser feito através de recursos próprios ou por meio do seu instrumento</p><p>de captação, carazterizando-se como uma operação passiva:</p><p>• Colocação de debêntures10 de emissão pública ou particular e de notas</p><p>promissórias destinadas à oferta pública</p><p>• Empréstimos contraídos no exterior</p><p>• Empréstimos e financiamentos de instituições financeiras nacionais, inclu-</p><p>sive de repasses de recursos externos</p><p>2.10.5 ADMINISTRADORAS DE CONSÓRCIO</p><p>O consórcio é um modelo em que se forma um grupo para aquisição de bens móveis ou imóveis e</p><p>serviços na forma de autofinanciamento. Na prática, os consorciados (participantes desse grupo)</p><p>depositam em uma espécie de “fundo” gerido pela Administradora de Consórcio.</p><p>A Administradora de Consórcio é uma pessoa jurídica que presta serviço e tem como seu objeto</p><p>social principal a administração de grupo de consórcio, e pode ser constituída sob a forma de so-</p><p>ciedade limitada ou sociedade anônima.</p><p>As administradoras de consórcio estão sob normatização, autorização e supervisão do Banco Cen-</p><p>tral do Brasil, para o qual devem enviar, periodicamente, informações contábeis e não contábeis</p><p>sobre as operações realizadas. Além disso, as questões relativas a consórcio estão sujeitas ao Có-</p><p>digo de Defesa do Consumidor (CDC), cabendo aos órgãos pertencentes ao Sistema Nacional de</p><p>Defesa do Consumidor (Procon, por exemplo) fazer a mediação de questões entre clientes e admi-</p><p>nistradoras de consórcio.</p><p>A remuneração da administradora se dá através da taxa de administração, que é um percentual do</p><p>bem ou serviço que serve de referência para o consórcio. A adesão do consorciado ao plano se dá</p><p>através da assinatura do contrato de participação.</p><p>10 Debêntures é um valor mobiliário emitido por sociedades por ações, representativo de dívida, que assegura a seus</p><p>detentores o direito de crédito contra a companhia emissora.</p><p>169</p><p>60</p><p>Existem duas formas possíveis de o consorciado ser contemplado para adquirir o seu bem ou servi-</p><p>ço: sorteio ou lance.</p><p>Os bens e direitos adquiridos pela administradora em nome do grupo de consórcio, inclusive os</p><p>decorrentes de garantia, bem como seus rendimentos, não se comunicam com o seu patrimônio,</p><p>considerando que:</p><p>I – não integram o ativo da administradora;</p><p>II – não respondem direta ou indiretamente por qualquer obrigação da administradora;</p><p>III – não compõem o elenco de bens e direitos da administradora, para efeito de liquidação judicial</p><p>ou extrajudicial;</p><p>IV – não podem ser dados em garantia de débito da administradora.</p><p>As Administradoras de Consórcio não realizam intermediação financeira. Apenas rea-</p><p>lizam gestão de recursos de terceiros e o seu ganho está na taxa de administração que</p><p>os consorciados pagam.</p><p>2.10.6 ADMINISTRADORAS DE CARTÃO DE CRÉDITO E INSTITUIÇÕES DE PAGAMENTO</p><p>As administradoras de cartão de crédito são as instituições que emitem o cartão de crédito. Impor-</p><p>tante ressaltar que não se pode confundir</p><p>a administradora do cartão (emissora) com a bandeira</p><p>do cartão de crédito. A bandeira (Visa, Mastercard, American Express, Diners, Elo, entre outros) é</p><p>a responsável pela comunicação da transação para a administradora. Já as administradoras são as</p><p>responsáveis pela oferta do cartão de crédito junto ao cliente. As maiores administradoras no nos-</p><p>so país são os grandes bancos.</p><p>Quando a administradora do cartão de crédito for uma instituição financeira, ela sofrerá fiscaliza-</p><p>ção do Bacen. Quando a emissora não for uma instituição financeira, essa operação não terá fisca-</p><p>lização da autarquia.</p><p>Existem duas categorias de cartão de crédito: básico e diferenciado</p><p>No básico, pode-se apenas realizar pagamentos de bens e serviços nos estabelecimentos creden-</p><p>ciados. Já o cartão diferenciado, pode, além de pagamentos, estar associado a programas de be-</p><p>nefícios, como, por exemplo, pontos por utilização, milhas aéreas, seguros e atendimento diferen-</p><p>ciado no exterior.</p><p>A remuneração das administradoras se dá a partir de um percentual do valor das compras realiza-</p><p>das no cartão de crédito, que deve ser pago pelo estabelecimento comercial onde ocorreu a com-</p><p>pra e também com as taxas abaixo, que podem ser cobradas do usuário:</p><p>1) Anuidade</p><p>2) Emissão de segunda via de cartão</p><p>3) Saque em espécie no cartão de crédito</p><p>4) Pagamento de contas através do cartão de crédito</p><p>170</p><p>61</p><p>5) Pedido de avaliação emergencial de crédito</p><p>Ainda pode ser citada a receita financeira, que ocorre quando o usuário decide parcelar ou pagar</p><p>um valor inferior ao total da fatura do cartão de crédito. Quando isso ocorre, as taxas cobradas do</p><p>usuário são muito altas e essa receita fica com a administradora do cartão. Em janeiro de 2016, a</p><p>taxa ao ano para esse tipo de operação chegou a incríveis 431%.</p><p>Já as instituições de pagamento, segundo definição do Banco Central, são: “Pessoas Jurídicas não</p><p>financeiras que executam os serviços de pagamento no âmbito do arranjo de pagamentos e que</p><p>são responsáveis pelo relacionamento com os usuários finais do serviço de pagamento”.</p><p>Para um melhor entendimento, a definição de Arranjo de Pagamentos, também segundo o Banco</p><p>Central, diz que:</p><p>“Um arranjo de pagamento é o conjunto de regras e procedimentos que disci-</p><p>plina a prestação de determinado serviço de pagamento ao público. Já o servi-</p><p>ço de pagamento disciplinado no âmbito do arranjo é o conjunto de atividades</p><p>que pode envolver aporte e saque de recursos, emissão de instrumento de paga-</p><p>mento, gestão de uma conta que sirva para realizar pagamento, credenciamento</p><p>para aceitação de um instrumento de pagamento, remessa de fundos, dentre ou-</p><p>tras listadas no inciso III do art. 6º da Lei 12.865, de 9 de outubro de 2013.</p><p>São exemplos de arranjos de pagamento os procedimentos utilizados para reali-</p><p>zar compras com cartões de crédito, débito e pré-pago, seja em moeda nacional</p><p>ou em moeda estrangeira. Os serviços de transferência e remessas de recursos</p><p>também são arranjos de pagamentos.”</p><p>A lei nº 12.865, de 2013, sobre os arranjos de pagamentos e instituições de pagamento, fez-se</p><p>necessária por conta do advento da tecnologia, que mudou e vem mudando a forma de se realizar</p><p>pagamentos e transferências de recursos. Não se tinha, até 2013, uma legislação clara sobre o as-</p><p>sunto, e muitas empresas começaram a explorar o mercado de pagamentos, aproveitando o cresci-</p><p>mento das compras on-line, principalmente.</p><p>Para entender melhor a operação de uma instituição de pagamento, imagine que exista uma mi-</p><p>croempresa que venda produtos pela internet. Certamente seria um custo alto desenvolver uma</p><p>plataforma de pagamento da própria empresa. Por esse motivo é que se contrata uma “instituição</p><p>de pagamento”, para, dentro do site dessa microempresa, realizar a solução de pagamento pela</p><p>internet. O fluxo de compra e repasse se dá dessa forma:</p><p>171</p><p>62</p><p>A lei nº 12.865, em seu artigo 12, fala claramente sobre o espaço de tempo em que os recursos</p><p>ficam na instituição de pagamento:</p><p>Art. 12. Os recursos mantidos em contas de pagamento:</p><p>I – constituem patrimônio separado, que não se confunde com o da instituição de pagamento;</p><p>II – não respondem direta ou indiretamente por nenhuma obrigação da instituição de paga-</p><p>mento nem podem ser objeto de arresto, sequestro, busca e apreensão ou qualquer outro ato</p><p>de constrição judicial em função de débitos de responsabilidade da instituição de pagamento;</p><p>III – não compõem o ativo da instituição de pagamento, para efeito de falência ou liquidação</p><p>judicial ou extrajudicial; e</p><p>IV – não podem ser dados em garantia de débitos assumidos pela instituição de pagamento.</p><p>As administradoras de Cartão de Crédito e também as Instituições de Pagamentos não</p><p>realizam operações ativas de captação. A receita advém das taxas cobradas e também</p><p>das operações financeiras, quando realizadas.</p><p>172</p><p>63</p><p>MÓDULO 03</p><p>3. MOEDA: POLÍTICA, TAXA DE JUROS E DINÂMICA DE MERCADO</p><p>3.1 INFLAÇÃO</p><p>Inflação é o aumento dos preços de bens e serviços. Ela implica diminuição do poder de compra da</p><p>moeda. A inflação é medida pelos índices de preços. O Brasil tem vários índices de preços. O Índice</p><p>Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o índice utilizado no sistema de metas para a</p><p>inflação.</p><p>Causas da inflação</p><p>Consequências da inflação</p><p>A inflação gera incertezas importantes na economia, desestimulando o investimento e, assim,</p><p>prejudicando o crescimento econômico. Os preços relativos ficam distorcidos, gerando várias ine-</p><p>ficiências na economia. As pessoas e as firmas perdem noção dos preços relativos e, assim, fica</p><p>difícil avaliar se algo está barato ou caro. A inflação afeta particularmente as camadas menos</p><p>favorecidas da população, pois essas têm menos acesso a instrumentos financeiros para se defen-</p><p>der da inflação.</p><p>Inflação mais alta também aumenta o custo da dívida pública, pois as taxas de juros da dívida pú-</p><p>blica têm de compensar não só o efeito da inflação mas também têm de incluir um prêmio de risco</p><p>para compensar as incertezas associadas com a inflação mais alta.</p><p>3.1.1 IPCA (ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO)</p><p>Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA que tem por objetivo medir a inflação de</p><p>um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das</p><p>famílias</p><p>Principais características do IPCA:</p><p>1. Índice Oficial de inflação do Brasil;</p><p>173</p><p>64</p><p>2. Calculado pelo IBGE;</p><p>3. Divulgado mensalmente. Coleta do 01 a 30 do mês de referência;</p><p>4. Utilizado como referência para Meta de inflação definida pelo CMN para o COPOM.</p><p>População-objetivo do IPCA abrange as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1</p><p>(hum) e 40 (quarenta) salários-mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos, e residentes</p><p>nas áreas urbanas das regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizon-</p><p>te, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, Brasília e município de Goiânia:</p><p>Preços que influenciam no calculo do IPCA: Alimentação e bebidas, Habitação, Artigos de residência,</p><p>Vestuário, Transportes, Saúde e cuidados pessoais, Despesas pessoais, Educação e Comunicação.</p><p>3.1.2 IGP-M (ÍNDICE GERAL DE PREÇOS DO MERCADO)</p><p>Calculado pela FGV.</p><p>Divulgado mensalmente</p><p>IGP-M/FGV é composto pelos índices:</p><p>• 60% do Índice de Preços por Atacado (IPA)</p><p>• 30% Índice de Preços ao Consumidor (IPC)</p><p>• 10% Índice Nacional de Custo de Construção (INCC)</p><p>O índice que mais afeta o IGP-M é o IPA</p><p>Conforme a data de coleta das informações para a apuração, altera-se o final do índice, para M, DI</p><p>ou 10:</p><p>1. IGP – DI: 1º ao dia 30 daquele mês</p><p>2. IGP – 10: 11 do mês anterior ao dia 10 do mês atual</p><p>3. IGP – M: 21 do mês passado e o dia 20 do mês atual</p><p>Graças aos outros IGP, é possível obter parciais durante o mesmo mês.</p><p>3.2 TAXAS DE JUROS</p><p>3.2.1 TAXA SELIC</p><p>Aprendemos que o COPOM é o responspavel por determinar a taxa de juros Selic-Meta. Mas esse</p><p>termo “Selic” pode representar três conceitos distintos para a, vamos a eles:</p><p>1. Taxa Selic-Meta: Esse</p><p>é o mais famoso de todos, é a taxa de juros, determinada em reuniões</p><p>periódicas (no mínimo 8 vezes ao ano), pelo COPOM (comitê de política monetária – diretores</p><p>do BACEN). Essa taxa serve como referência para todas as taxas do mercado e é determinada</p><p>em função da meta de inflação que o COPOM possui, dada pelo Conselho Monetário Nacional –</p><p>CMN.</p><p>2. Taxa Selic-Over: Bom, sabemos que os bancos diariamente fazem empréstimos entre si (for-</p><p>ma de operações compromissadas) e que nessas operações, em geral, são dados títulos como</p><p>174</p><p>65</p><p>garantias. As taxas entre eles são livremente pactuadas, mas tem como referência a taxa Selic-</p><p>-meta. Ao final de todos os dias uteis, o Banco Central calcula a taxa média praticada nessas</p><p>operações de empréstimo interbancários. Essa taxa média é chamada de Selic Over.</p><p>3. Sistema de Liquidação SELIC: Já o Sistema Especial de Liquidação e Custódia, é uma clearing</p><p>house, Administrada pelo BACEN em conjunto com a ANBIMA, responsável pela liquidação e</p><p>custódia de todos os títulos públicos federais, tais como LFT, LTL e NTN’s.</p><p>A Selic over pode ser alterada diariamente (dias úteis), pois se trata de uma média das taxas de ne-</p><p>gociação dos Títulos Públicos Federais, enquanto a Selic Meta só é alterada pelo Copom, através de</p><p>reuniões ordinárias ou Extraordinárias.</p><p>3.2.2 CDI (CERTIFICADO DE DEPÓSITO INTERFINANCEIRO)</p><p>Os Certificados de Depósito Interbancário são os títulos de emissão das instituições financeiras,</p><p>que lastreiam as operações do mercado interbancário. Suas características são idênticas às de um</p><p>CDB, mas sua negociação é restrita ao mercado interbancário. Sua função é, portanto, transferir</p><p>recursos de uma instituição financeira para outra. Em outras palavras, para que o sistema seja mais</p><p>fluido, quem tem dinheiro sobrando empresta para quem não tem.</p><p>O cálculo da taxa CDI (ou taxa DI como é conhecida) é muito semelhante ao cálculo da Selic Over,</p><p>ou seja, taxa média praticada pelas Instituições Financeiras em suas operações compromissadas de</p><p>1 dia. A única diferença do DI para Selic Over é no tipo de garantia dada nas operações.</p><p>• Garantia é Título Público: Selic-Over</p><p>• Garantia é Título Privado: Taxa CDI (DI)</p><p>3.2.3 TR (TAXA REFERENCIAL)</p><p>A TR é calculada a partir da Taxa Básica Financeira (TBF) deduzida de um redutor (R), da seguinte</p><p>forma:</p><p>175</p><p>66</p><p>( )1</p><p>1</p><p>TBF</p><p>TR</p><p>R</p><p>+ </p><p>= − </p><p> </p><p>A TBF de um mês é uma média ponderada entre as taxas médias das LTNs com vencimentos ime-</p><p>diatamente anterior e imediatamente posterior ao prazo de um mês, seguida da aplicação, ao valor</p><p>resultante, de um fator multiplicativo fixado em 0,93 (noventa e três centésimos),</p><p>A TR é utilizada na remuneração dos títulos da dívida agrária (TDA), dos recursos das cadernetas</p><p>de poupança e do FGTS. É competência do BACEN calcular e divulgar a TR.</p><p>Devido a queda da taxa de juros Selic-Meta, ao calcular a TR obtém-se taxa de juros negativa, isso</p><p>devido ao fato do redutor atual (estipulado pelo BACEN) ser superior a TBF.</p><p>Mas por definição e legislação, a TR não pode ser negativa, por esse motivo, sempre que o valor</p><p>der negativo, determina-se uma TR igual ZERO.</p><p>Desde setembro de 2017 a TR tem sido igual a Zero. Felizes daqueles que tem empréstimos habita-</p><p>cionais corrigidos pela TR.</p><p>3.3 OPERAÇÕES DE CRÉDITO E RECUPERAÇÃO</p><p>As operações de crédito distribuem-se segundo as seguintes modalidades:</p><p>176</p><p>67</p><p>As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Bra-</p><p>sil devem classificar as operações de crédito, em ordem crescente de risco, nos seguintes níveis:</p><p>A classificação da operação no nível de risco correspondente é de responsabilidade da instituição</p><p>detentora do crédito e deve ser efetuada com base em critérios consistentes e verificáveis, ampa-</p><p>rada por informações internas e externas, contemplando, pelo menos, os seguintes aspectos:</p><p>a) em relação ao devedor e seus garantidores:</p><p>I – situação econômico-financeira;</p><p>II – grau de endividamento;</p><p>III – capacidade de geração de resultados;</p><p>IV – fluxo de caixa;</p><p>V – administração e qualidade de controles;</p><p>VI – pontualidade e atrasos nos pagamentos;</p><p>VII – contingências;</p><p>VIII – setor de atividade econômica;</p><p>IX – limite de crédito;</p><p>b) em relação à operação:</p><p>I – natureza e finalidade da transação;</p><p>II – características das garantias, particularmente quanto à suficiência e liquidez;</p><p>III – valor.</p><p>177</p><p>68</p><p>Caso o cliente entre em atraso com suas obrigações, a classificação deverá ser revista.</p><p>Para as operações com prazo a decorrer superior a 36 (trinta e seis) meses admite-se a contagem</p><p>em dobro dos prazos previstos</p><p>As operações de crédito contratadas com cliente cuja responsabilidade total seja de valor inferior</p><p>a R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) podem ser classificadas mediante adoção de modelo interno</p><p>de avaliação ou em função dos atrasos.</p><p>Agora fica fácil entender por que os bancos</p><p>facilitam as renegociações e intensificam</p><p>suas cobranças cada vez mais.</p><p>O atraso de pagamentos gera</p><p>provisionamento ou seja, prejuízo. A</p><p>recuperação de crédito já provisionado,</p><p>representa para instituição financeira um</p><p>lucro liquido</p><p>3.4 POLÍTICA MONETÁRIA</p><p>Conjunto de decisões por meio das quais os governos e suas instituições (sobretudo os bancos cen-</p><p>trais) controlam o suprimento e o valor da moeda na economia e, por consequência, interferem</p><p>nos níveis de inflação e desemprego.</p><p>Manter a inflação sob controle, ao redor da meta, é objetivo fundamental do Banco Central (BC). A</p><p>me ta para a inflação é estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).</p><p>A estabilidade dos preços preserva o valor do dinheiro, mantendo o poder de compra da moeda.</p><p>Para alcançar esse objetivo, o BC utiliza a política monetária, política que se refere às ações do BC</p><p>que visam afetar o custo do dinheiro (taxas de juros) e a quantidade de dinheiro (condições de li-</p><p>quidez) na economia. No caso do BC, o principal instrumento de política monetária é a taxa Selic,</p><p>decidida pelo Copom.</p><p>178</p><p>69</p><p>Conjunto de medidas adotadas pelo Governo visando adequar os meios de pagamento disponíveis</p><p>às necessidades da economia do país, bem como, controlar da quantidade de dinheiro em circula-</p><p>ção no mercado e que permite definir as taxas de juros.</p><p>3.4.1 MEIOS DE PAGAMENTO</p><p>Meios de pagamento são a quantidade de moeda que o poder público tem. Abarcam também os</p><p>depósitos à vista realizados em bancos que são comerciais. Estão ligados aos agregados monetá-</p><p>rios.</p><p>(M1) – Base Monetária restrita.</p><p>M1 = papel-moeda em poder do público + depósitos à vista, incluindo Cooperativas de Crédito.</p><p>(M2, M3 e M4) – Base Monetária Ampliada.</p><p>M2 = M1 + depósitos de poupança + títulos privados emitidos pelas instituições financeiras deposi-</p><p>tárias, incluindo cooperativas.</p><p>M3 = M2 + cotas de fundos de investimento depositários + operações compromissadas com títulos</p><p>públicos e privados.</p><p>M4 = M3 + títulos públicos emitidos pelo Governo Federal, adquiridos em operações definitivas.</p><p>A definição dos componentes e emissores dos meios de pagamentos (restrito e ampliado) é com-</p><p>patível com os conceitos e instrumentos incluídos nos indicadores de base monetária (restrita e</p><p>ampliada).</p><p>Nesse sentido, o meio de pagamento restrito (M1) é definido como sendo o passivo monetário res-</p><p>trito do BCB e das instituições financeiras que captam depósitos à vista, em poder dos detentores</p><p>de moeda, sendo coerente com o conceito de base monetária restrita (passivo monetário do BCB).</p><p>Analogamente, os meios de pagamentos ampliados (totalizados no M4) referem-se ao passivo mo-</p><p>netário amplo das SD (BCB, instituições financeiras e fundos de investimentos monetários) e do</p><p>Governo Federal, em poder dos agentes econômicos que detêm moeda na economia nacional.</p><p>Esse conceito é compatível com o passivo monetário amplo do Banco Central e do Governo Fede-</p><p>ral, definido pela base monetária ampliada.</p><p>179</p><p>70</p><p>O Exercício da política monetária, se dá pela movimentação e controle dos fluxos e saldos nas con-</p><p>tas dos meios de pagamentos.</p><p>Vejamos agora os impactos na economia com um exercício de oscilação da taxa de juros em diver-</p><p>sos canais de transmissão:</p><p>Notou como a taxa de juros pode afetar o dinheiro na economia? Então, alterar a Selic é executar a</p><p>política monetária, não é à toa que quem altera é o COPOM (Comitê de Política Monetária)</p><p>Além da taxa de juros Seli-Meta, o Banco Central pode se utilizar de outros três instrumentos para</p><p>controle da liquidez da economia:</p><p>• Depósito compulsório</p><p>• Operações de Redesconto</p><p>• Open Market (operações de mercado aberto)</p><p>Desses instrumentos, o open Market, se destaca por ser o mais ágil e você vai entender porque se</p><p>continuar lendo abaixo o resumo que eu fiz para você sobre cada um deles!</p><p>180</p><p>71</p><p>3.4.2 DEPÓSITO COMPULSÓRIO</p><p>O recolhimento compulsório é mais um dos mecanismos que o Banco Central (BC) tem à disposição</p><p>na sua caixa de ferramentas na manutenção da estabilidade financeira e de combate à inflação.</p><p>Trata-se de parcela do dinheiro dos correntistas que os bancos são obrigados a manter depositada</p><p>no BC. Limita a criação de moedas feita pelas instituições monetárias;</p><p>Atualmente existe 3 tipos de compulsórios:</p><p>1. Compulsório sobre depósito à vista,</p><p>2. depósito à prazo</p><p>3. poupanças;</p><p>As alíquotas oscilam muito e depende de alguns fatores entre eles o tamanho da instituição finan-</p><p>ceira, mas os percentuais praticados na atualidade são próximos da tabela abaixo:</p><p>Fonte: Banco Central do Brasil</p><p>IMPORTANTE: Uma elevação na alíquota do depósito compulsório provoca uma redução da liqui-</p><p>dez e uma elevação nas taxas de juros.</p><p>3.4.3 OPERAÇÃO DE REDESCONTO</p><p>A taxa de redesconto é a taxa de juros que o Banco Central (BC) usa para emprestar dinheiro a</p><p>bancos comerciais. Em geral, os bancos comerciais necessitam de empréstimos de curto prazo para</p><p>cobrir seus caixas e podem não encontrar outras instituições financeiras que os possam emprestar,</p><p>por falta de liquidez no mercado. Nesse caso, o BC funciona como um emprestador de última ins-</p><p>tância para estes bancos.</p><p>O Banco Central usa a taxa de redesconto como parte de sua política monetária da seguinte for-</p><p>ma: quando quer estimular a economia aumentando a base monetária e a disponibilidade de cré-</p><p>dito, diminui a taxa de redesconto para que os bancos comerciais se sintam mais encorajados a re-</p><p>alizar estes empréstimos de curto prazo. De forma contrária, quando quer desacelerar a economia,</p><p>aumenta a taxa de redesconto e dessa forma, os bancos comerciais têm que reservar uma parte</p><p>maior de seus recursos para o cumprimento de necessidades de curto prazo.</p><p>3.4.4 OPEN MARKET (MERCADO ABERTO)</p><p>É a compra e ou venda de T.P.F (Título Público Federal) executada pelo BACEN. É o instrumento</p><p>mais ágil e eficaz que o governo dispõe para fazer política monetária;</p><p>Apenas algumas instituições financeiras possuem autorização para participar destas operações, es-</p><p>sas instituições são chamadas de dealers.</p><p>181</p><p>72</p><p>Comentário: É sem dúvida o melhor e, mais eficaz instrumento para fazer política monetária do</p><p>BACEN, por ter um resultado imediato e confiável.</p><p>Resumo Das Consequências Da Política Monetária</p><p>LIQUIDEZ INFLAÇÃO PIB</p><p>AUMENTAR (↑)</p><p>Compulsório e Redesconto</p><p>ou</p><p>VENDER T.P.F</p><p>REDUZ</p><p>↓</p><p>REDUZ</p><p>↓</p><p>REDUZ</p><p>↓</p><p>REDUZIR (↓)</p><p>Compulsório e Redesconto</p><p>ou</p><p>COMPRAR T.P.F</p><p>↑</p><p>AUMENTA</p><p>↑</p><p>AUMENTA</p><p>↑</p><p>AUMENTA</p><p>Note que a Liquidez da economia, a Inflação e o PIB, são inversamente proporcional a taxa de ju-</p><p>ros, taxa de redesconto e alíquota de compulsório. Já para open marketing, os efeitos da compra</p><p>de título são similares aos de redução de taxas.</p><p>3.4.5 POLÍTICA MONETÁRIA – NÃO CONVENCIONAL (QUANTITATIVE EASING)</p><p>Política Monetária Não Convencional ocorre comumente em cenários econômicos de crise, como</p><p>na gerada pelo novo Coronavírus, em 2020, ou na crise do Subprime, iniciada nos Estados Unidos</p><p>em 2008</p><p>No Brasil, como Política Monetária Não Convencional, o Governo adotou o auxílio emergencial para</p><p>aqueles que perderam suas rendas ou, mesmo, ganhavam uma quantia baixa mensal, por família.</p><p>Com esta Política Monetária Não Convencional, visava-se auxiliar a população nesta conjuntura, de</p><p>forma que tivessem algum poder aquisitivo para se sustentar minimamente.</p><p>Outra medida adotada foi um programa de compra de títulos privados no mercado secundário,</p><p>que reduz a liquidez e diminui a volatilidade dos rendimentos dos títulos, surtindo alguns efeitos</p><p>positivos para o funcionamento do mercado.</p><p>Cenário de utilização da política monetária não-convencional (Quantitative Easing)</p><p>182</p><p>73</p><p>Alguns dos instrumentos de política monetária utilizados, não convencional na crise de 2020 (Covid):</p><p>INSTRUMENTO CONVENCIONAL NÃO-CONVENCIONAL</p><p>Taxa de juros</p><p>Selic-Meta</p><p>COPOM reduziu</p><p>a taxa de juros</p><p>chegando a 2%</p><p>ao ano. Menor da</p><p>história do país</p><p>Como não tinha mais margem para redução da taxa e o</p><p>mercado tinha muitas incertezas sobre o tempo e as con-</p><p>dições necessárias para manutenção da taxa nesse pa-</p><p>tamar, pela primeira vez, no Brasil, o COPOM utilizou-se</p><p>de uma medida não convencional chamada “Forward</p><p>Guidance” que é caracterizado por uma previsão da taxa</p><p>de juros para o futuro, antecipando decisões de próximas</p><p>reuniões.</p><p>Essa previsão, que pode ser de alta, baixa ou manuten-</p><p>cão, vem sempre condicionada a um tempo (exemplo:</p><p>até a próxima reunião, para os próximos 90 dias.. etc)</p><p>ou a uma condição de estado (exemplo: até a inflação</p><p>projetada estiver acima de 6% ao ano, até o desemprego</p><p>estiver acima de 12%, ect.)</p><p>Open Market</p><p>(Mercado Aberto)</p><p>BACEN Comprou</p><p>títulos públicos</p><p>em operações</p><p>compromissadas</p><p>Bacen realizou leiloes de compra de títulos públicos fe-</p><p>derais, dos dealers (principais bancos), sem a obrigação</p><p>da instituição financeira ter que recomprar futuramente</p><p>(operação não compromissada).</p><p>A grande diferença das operações tradicionais é que uma</p><p>vez não existindo o compromisso de recompra das insti-</p><p>tuições financeiras, as mesmas não terão a necessidade</p><p>de manutenção do valor no caixa futuro, sendo obrigada</p><p>a aplicar o recursos em títulos privados, crédito, e inves-</p><p>timentos que irão fomentar a economia.</p><p>O governo federal também utilizou-se de outras medidas para injetar dinheiro na economia. Como:</p><p>Auxílio Brasil:</p><p>O Auxílio Brasil integra em apenas um programa várias políticas públicas de assistência social, saú-</p><p>de, educação, emprego e renda. O novo programa social de transferência direta e indireta de renda</p><p>é destinado às famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o país. Além de</p><p>garantir uma renda básica a essas famílias, o programa busca simplificar a cesta de benefícios e</p><p>estimular a emancipação dessas famílias para que alcancem autonomia e superem situações de</p><p>vulnerabilidade social.</p><p>O Auxílio Brasil é coordenado pelo Ministério da Cidadania, responsável por gerenciar os benefícios</p><p>do programa e o envio de recursos para pagamento.</p><p>• Mais de 20 milhões de famílias contempladas.</p><p>• 2020: 231 bilhões</p><p>• 2021: 60 bilhões</p><p>183</p><p>74</p><p>Programa Emergencial de Suporte a Empregos</p><p>Crédito emergencial para empresas com faturamento superior a R$ 360 mil e igual ou inferior a</p><p>R$ 50 milhões, calculado com base no exercício de 2019, exclusivamente para pagamento da folha</p><p>de salários de funcionários e quitação de verbas trabalhistas.</p><p>• 2020: 41 bilhões</p><p>Essas medidas, embora afetam o dinheiro em circulação e a liquidez da economia, não são medidas</p><p>de política monetária e sim de rendas e fiscal. A última prova da Cesgranrio, aplicada em 2021, ci-</p><p>tou essas decisões como política monetária não-convencional. É um erro, pois afetar a moeda não</p><p>é a única característica necessária para se caracterizar política monetária.</p><p>Exemplo: Ao reduzir a aliquota de imposto cobrados sobre a exportação de petróleo, essa medida</p><p>terá como objetico o icentivo da exportação, mas as consequencias serão (caso nada mais se altere):</p><p>• Redução impostos arrecadados: Política Fiscal</p><p>• Aumento Exportações: Política Cambial</p><p>Outra medida adotada pelo governo, foi a aprovação da Lei 14.185, de 2021 que autoriza</p><p>o Banco</p><p>Central (BC) a receber depósitos voluntários remunerados das instituições financeiras.</p><p>Esse tema foi cobrado no último concurso do BB, em minha opinião, de forma equivocada pela Ban-</p><p>ca Organizadora. Nesse caso, por cobrar uma Lei que foi aprovada no dia 15 de Julho de 2021, ou</p><p>seja, posterior a publicação do edital 24 de junho do mesmo ano. Mesmo que o texto tenta induzir</p><p>que a questão trata-se de política monetária não convencional, é praticamente impossível respon-</p><p>der a questão, sem que o candidato tenha acesso ao teor da lei.</p><p>Pedir para o candidato interpretar uma Lei que não está no edital (posterior a publicação), é um</p><p>absurdo!</p><p>A lei em questão (Lei Federal 14.185), tarta-se de uma sugestão para que o BACEN aceite o recolhi-</p><p>mento de depósito voluntário remunerado. Esse instrumento seria uma alternativa para os Bancos</p><p>fazerem suas operações de tesouraria e ter uma rentabildiade do excedente de caixa, sem a neces-</p><p>sidade de compra de títulos públicos do BACEN no mercado secundário.</p><p>Com essa operação, o objetivo principal do governo é de maquear o aumento da dívida pública em</p><p>relação ao PIB. Já que os títulos públicos utilzizados pelo BACEN para execução da política mone-</p><p>tária (open market), podem não ser mais necessário para redução de liquidez dos bancos, sendo</p><p>assim amortizados e amortizando a dívida pública.</p><p>184</p><p>75</p><p>MÓDULO 04</p><p>4. ORÇAMENTO E DÍVIDAS PÚBLICA</p><p>4.1 DÍVIDA PÚBLICA E ORÇAMENTO</p><p>Muitas vezes o seu salário não é suficiente para bancar os seus projetos de vida, como comprar a</p><p>casa própria, pagar aquele curso de idiomas, trocar de carro, etc. Às vezes ele não é suficiente nem</p><p>para fechar as contas do mês. O que você faz nessa situação?</p><p>Nesse caso, como nem sempre é possível equilibrar receitas e despesas de forma imediata, você</p><p>pode pegar um empréstimo ou, em outras palavras, contrair uma dívida. Com o governo não é</p><p>muito diferente. Para realizar os seus investimentos e fazer o país crescer, ele pode precisar pe-</p><p>gar um empréstimo. Essa necessidade também aparece nos momentos em que a arrecadação de</p><p>tributos é menor do que os gastos, que incluem, além dos investimentos, despesas de consumo</p><p>como saúde, educação, segurança, pagamento de salários, aposentadorias e benefícios sociais.</p><p>Assim, é importante entender as informações relacionadas às finanças do governo para que se pos-</p><p>sa exercer a cidadania de forma ativa e crítica. As finanças do governo acabam tendo impacto na</p><p>vida de todos: na qualidade dos serviços públicos oferecidos, nos custos dos financiamentos, nas</p><p>taxas do cartão de crédito etc.</p><p>A Dívida surge quando o governo gasta mais que arrecada Assim, quando os impostos e demais</p><p>receitas não são suficientes para cobrir as despesas, o governo emite títulos e os coloca à venda no</p><p>mercado, gerando, assim, a Dívida Pública Federal.</p><p>A Dívida Pública Federal (DPF) é a dívida contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit</p><p>orçamentário do Governo Federal, nele incluído o refinanciamento da própria dívida, bem como</p><p>para realizar operações com finalidades específicas definidas em lei.</p><p>A Lei Orçamentária Anual (LOA) da União estima as receitas e fixa as despesas de todo o Governo</p><p>Federal. Ao fixar as despesas, a LOA separa as despesas em Orçamento Fiscal e Orçamento da Se-</p><p>guridade Social, destacando do primeiro a parcela que se refere ao Refinanciamento da Dívida.</p><p>4.2 SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL – STN</p><p>O Tesouro Nacional é como se fosse o caixa do governo. Ele recebe o dinheiro arrecadado pela Re-</p><p>ceita Federal e outros órgãos e faz a gestão destes recursos para cumprir o orçamento público, que</p><p>é um planejamento dos gastos do governo.</p><p>Quem faz a gestão disso é a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), órgão da Secretaria-Especial de</p><p>Fazenda, subordinado ao Ministério da Economia.</p><p>185</p><p>76</p><p>Qual o objetivo da Política Fiscal?</p><p>O Congresso Nacional define o orçamento e as metas de execução da política fiscal, cabendo ao</p><p>Tesouro Nacional executá-la. Isso significa gerenciar as receitas e despesas do governo para que os</p><p>serviços públicos cheguem até o cidadão.</p><p>Assim, a Política Fiscal atua com o objetivo de cumprir três funções importantes na economia:</p><p>DISTRIBUIÇÃO DOS</p><p>RECURSOS PÚBLICOS</p><p>O Tesouro Nacional é o órgão do Ministério da Economia responsável</p><p>por garantir que os recursos arrecadados serão distribuídos confor-</p><p>me o orçamento.</p><p>GESTÃO DA</p><p>CONTABILIDADE PÚBLICA</p><p>Órgão central. É no Tesouro que são definidas as regras sobre como</p><p>o dinheiro e o patrimônio públicos devem ser contabilizados pelos</p><p>entes da Federação (União, Estados e Municípios). Além disso, é ele</p><p>quem contabiliza as receitas e despesas, bem como os ativos e passi-</p><p>vos do Governo Federal (União)</p><p>ADMINISTRAÇÃO DA</p><p>DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL</p><p>É o Tesouro Nacional que Administra a dívida pública do Governo</p><p>Federal</p><p>EXECUÇÃO DA POLÍTICA</p><p>FISCAL DO PAÍS</p><p>O Tesouro Nacional também é responsável por tornar possível que</p><p>objetivos importantes da economia brasileira sejam cumpridos. Exe-</p><p>cutar a política fiscal, que consiste nas medidas que o governo adota</p><p>para planejar e executar o orçamento, é outra atribuição do Tesouro</p><p>Nacional.</p><p>AUXÍLIO AOS ESTADOS E</p><p>MUNICÍPIOS NA BUSCA</p><p>PELO EQUILÍBRIO</p><p>Da mesma forma que o Tesouro busca a sustentabilidade das contas</p><p>em nível federal, ele também auxilia os entes da federação a encon-</p><p>trarem o equilíbrio em suas finanças.</p><p>GERAÇÃO DE INFORMAÇÕES</p><p>ESSENCIAIS AO DEBATE</p><p>PÚBLICO</p><p>O Tesouro produz conhecimento que dá suporte a debates e aponta</p><p>alternativas em direção a uma Administração Pública mais eficiente</p><p>O Tesouro Nacional é o órgão do Ministério da Economia responsável por garantir que os recursos</p><p>arrecadados serão distribuídos conforme o orçamento.</p><p>186</p><p>77</p><p>4.2.1 COMPETÊNCIAS DA SECRETÁRIA DO TESOURO NACIONAL – STN</p><p>A Secretaria do Tesouro Nacional desempenha as seguintes competências:</p><p>I. Administrar a Conta Única do Tesouro Nacional;</p><p>II. Gerenciar o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI);</p><p>III. Administrar os haveres e a dívida pública sob responsabilidade do Tesouro Nacional;</p><p>IV. Promover o acompanhamento, a sistematização e a padronização da execução contábil de</p><p>toda a administração pública;</p><p>V. Consolidar as contas públicas nacionais;</p><p>VI. Viabilizar a melhoria das condições de sustentabilidade das contas públicas;</p><p>VII. Estabelecer e avaliar os Programas de Reestruturação e Ajuste Fiscal dos Estados;</p><p>VIII. Avaliar o cumprimento dos compromissos fiscais dos Municípios que firmaram contrato de</p><p>refinanciamento de dívida com a União;</p><p>IX. Verificar o cumprimento dos limites das operações de crédito dos Estados, do Distrito Federal</p><p>e dos Municípios.</p><p>4.3 TESOURO DIRETO</p><p>O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para</p><p>venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de forma 100% online.</p><p>Lançado em 2002, o Programa surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos,</p><p>permitindo aplicações a partir R$ 30,00.</p><p>O Tesouro Direto é uma excelente alternativa de investimento pois oferece títulos com diferentes</p><p>tipos de rentabilidade (prefixada, ligada à variação da inflação ou à variação da taxa de juros básica</p><p>da economia – Selic), diferentes prazos de vencimento e também diferentes fluxos de remunera-</p><p>ção. Com tantas opções, fica fácil achar o título indicado para realizar seus objetivos!</p><p>Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, o Tesouro Direto oferece boa</p><p>rentabilidade e liquidez diária, mesmo sendo a aplicação de menor risco do mercado.</p><p>Como investir no Tesouro Direto?</p><p>Os bancos e corretoras habilitados são Instituições Financeiras pelas quais você se cadastra no Te-</p><p>souro Direto. É por meio dessas instituições também que você disponibilizará o valor que quer apli-</p><p>car e receberá seu dinheiro quando resgatar seus investimentos no Tesouro Direto.</p><p>4.3.1 OBJETIVOS DO TESOURO DIRETO</p><p>I. Garantir o acesso do cidadão ao investimento em títulos da Dívida Pública Federal.</p><p>II. Promover a educação financeira dos brasileiros.</p><p>187</p><p>78</p><p>III. Ser referência de investimento para o cidadão.</p><p>IV. Estimular a formação de poupança no país.</p><p>V. Incentivar a competitividade no mercado financeiro.</p><p>VI Ser uma alternativa de investimento conhecida e acessível.</p><p>4.4 TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS</p><p>A dívida pública federal interna e externa é composta, em sua maior parte, por títulos mobiliários</p><p>que diferem entre si conforme o contexto e a finalidade da emissão.</p><p>Os TPF são títulos de Renda fixa que é uma obrigação cujo rendimento (taxa de juros) é determi-</p><p>nado no momento da compra do título. Esse rendimento pode ter sua remuneração prefixada ou</p><p>pós-fixada. Para os títulos pós-fixados, por exemplo, tem-se diferentes indexadores, que variam</p><p>conforme o tipo. Existem também aqueles que não possuem indexadores, os chamados títulos</p><p>prefixados.</p><p>A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) aperfeiçoou o Programa Tesouro Direto para deixá-lo</p><p>mais atraente, simples e acessível aos investidores. Dentre as mudanças estão a recompra diá-</p><p>ria.</p><p>Com a recompra diária, os investidores poderão vender seus títulos ao Tesouro Nacional todos os</p><p>dias, ampliando a liquidez e a flexibilidade da aplicação. Antes, a recompra só ocorria às quartas-</p><p>-feiras.</p><p>Uma das mudanças está na nomenclatura dos títulos públicos que antes eram definidos por suas</p><p>siglas, passaram a ser mais simples, conforme tabela abaixo:</p><p>TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS</p><p>Nome Anterior Nome Atual Rentabilidade</p><p>Títulos sem CUPOM, ou</p><p>seja, com pagamento</p><p>de juros somente no</p><p>vencimento.</p><p>LTN Tesouro Prefixado Deságio sobre o valor</p><p>nominal (prefixado)</p><p>LFT Tesouro Selic SELIC (pós-fixado)</p><p>NTN – B (Principal) Tesouro IPCA Juros + IPCA</p><p>Títulos com CUPOM</p><p>NTN-B Tesouro IPCA com</p><p>Juros Semestrais Juros + IPCA</p><p>NTN-F Tesouro Prefixado com</p><p>Juros Semestrais</p><p>Deságio sobre o valor</p><p>nominal (prefixado)</p><p>188</p><p>79</p><p>Títulos disponíveis no site do Tesouro Direto</p><p>4.4.1 NEGOCIAÇÃO COM TÍTULOS DE RENDA FIXA</p><p>CONCEITOS</p><p>Dealer: credenciado em títulos federais é uma instituição financeira especializada na negociação</p><p>desses títulos. A lista dos “dealers” está publicada no site do BC.</p><p>Dalers PRIMÁRIOS – Até 12 instituições, direcionadas para as colocações primárias de títulos públi-</p><p>cos federais</p><p>Dalers ESPECIALISTAS – Até 10 instituições, direcionadas para a negociação no mercado secundá-</p><p>rio de títulos públicos federais</p><p>Operações compromissadas: são operações de empréstimo de recursos (reservas bancárias) com</p><p>garantia em títulos. Nestas operações existe um compromisso de recompra com vencimento em</p><p>data futura, anterior ou igual à do vencimento do título objeto</p><p>MERCADO PRIMÁRIO</p><p>As colocações primárias serão feitas por intermédio de ofertas públicas, pela STN (ou Banco Cen-</p><p>tral) que divulgará com antecedência mínima de 1 (um) dia útil, os editais (portarias/comunicados)</p><p>contendo as condições específicas de cada Leilão, com acesso direto exclusivo para as instituições</p><p>financeiras integrantes do SELIC e o respectivo crédito à conta do Tesouro Nacional. Antes de cada</p><p>Leilão, o Banco Central poderá divulgar a intenção do volume a ser colocado junto ao mercado,</p><p>reservando-se a parcela restante, quando houver</p><p>189</p><p>80</p><p>Tipos de ofertas públicas no mercado primário de Títulos Públicos Federais:</p><p>Participantes: bancos, corretoras e distribuidoras;</p><p>Fundos: não podem participar;</p><p>Frequência: uma vez por semana (3ª feira, em geral).</p><p>MERCADO SECUNDÁRIO</p><p>Títulos: Os títulos constantes da carteira do Banco Central (ou das instituições participantes) são</p><p>oferecidos para venda (ou compra);</p><p>Oferta: a oferta ocorre por meio de leilão informal (go-around);</p><p>Participantes: somente dealers credenciados;</p><p>190</p><p>81</p><p>MÓDULO 05</p><p>5. PRODUTOS BANCÁRIOS</p><p>5.1 CARTÃO DE CRÉDITO</p><p>O cartão de crédito é um cartão de plástico, que permite ao cliente pagar compras ou serviços até o</p><p>limite de crédito previamente definido no contrato do uso do cartão. Ele é de uso pessoal e individu-</p><p>al, não deve ser emprestado a ninguém, nem ter sua senha revelada, por medida de segurança.</p><p>Ao fazer uma compra e pagar com o cartão de crédito, o indivíduo assume a responsabilidade de</p><p>pagar o valor daquela despesa na data do vencimento da fatura, juntamente com os outros gastos</p><p>pagos com o cartão de crédito.</p><p>5.1.1 REGULAMENTAÇÃO</p><p>Os serviços de pagamentos vinculados a cartões de crédito emitidos por instituições financeiras</p><p>ou instituições de pagamento estão sujeitos à regulamentação baixada pelo Conselho Monetário</p><p>Nacional e pelo Banco Central do Brasil.</p><p>Também são regulados os cartões emitidos por lojas, conhecidos como “private label” no que se re-</p><p>fere ao eventual financiamento concedido por uma instituição financeira ao cliente para pagamento</p><p>da fatura. (compra parcelada na loja) Demais cartões não são fiscalizados pelo Banco Central.</p><p>5.1.2 TIPOS DE CARTÕES</p><p>Toda instituição emissora de cartão de crédito é obrigada a ofertar cartão de crédito básico. O valor</p><p>da anuidade do cartão básico deve ser menor do que o valor da anuidade do cartão diferenciado.</p><p>5.1.3 TARIFAS</p><p>As instituições podem cobrar de pessoas naturais basicamente cinco tarifas referentes à prestação</p><p>de serviços de cartão de crédito, a título de serviços prioritários:</p><p>191</p><p>82</p><p>Após decorrido o vencimento da fatura, o saldo remanescente do crédito rotativo pode ser finan-</p><p>ciado mediante linha de crédito para pagamento parcelado, desde que em condições mais vanta-</p><p>josas para o cliente em relação àquelas praticadas na modalidade de crédito rotativo, inclusive no</p><p>que diz respeito à cobrança de encargos financeiros.</p><p>Atenção, antes existia a exigência de valor mínimo para cobrança de tarifa nos cartões de</p><p>crédito de 20% e depois 15%. Porém essa exigência foi revogada em 2018 pela Circular BA-</p><p>CEN nº 3.892.</p><p>#PaiEd | Atualiza</p><p>5.2 CARTÃO DE DÉBITO</p><p>O cartão de débito permite acessar os terminais de autoatendimento (caixas eletrônicos), para rea-</p><p>lizar saques, depósitos, transferências, pagamentos de contas, consultas a extratos, entre outras</p><p>funções. No comércio, o uso do cartão de débito permite a realização de pagamentos em locais</p><p>credenciados, debitando o dinheiro diretamente da conta-corrente do proprietário do cartão, me-</p><p>diante a digitação de uma senha pessoal, e transferindo o mesmo valor para a conta-corrente do</p><p>vendedor ou do prestador do serviço</p><p>Os cartões de débito possuem aparência semelhante à dos cartões de crédito. Alguns cartões são</p><p>denominados múltiplos. Eles possuem tanto a função crédito quanto a débito, devendo o proprie-</p><p>tário do cartão, no momento de sua utilização, informar se o pagamento é na função crédito (que</p><p>leva a um pagamento futuro, por meio de uma fatura do cartão de crédito) ou na função débito.</p><p>5.2.1 TECNOLOGIA DE APROXIMAÇÃO</p><p>NFC é uma sigla para “Near Field Communication”. Levando para o bom português, trata-se de</p><p>uma tecnologia de troca de dados sem fio por aproximação entre dois dispositivos, e que pode ser</p><p>utilizada para diversas finalidades – inclusive pagamentos.</p><p>192</p><p>83</p><p>A utilização da tecnologia é simples. Basta aproximar o celular depois de acionar a função, relógio</p><p>ou cartão de crédito em um dispositivo ou tag compatível e pronto. Toda a troca de informações</p><p>será realizada em questão de segundos.</p><p>Alguns bancos já disponibilizam cartões que permitem compras através do débito ou crédito por</p><p>aproximação.</p><p>Por uma questão de segurança, existe um limite entre compras aprovadas que exigem digitar a</p><p>senha ou não.</p><p>5.3 CRÉDITO RURAL</p><p>O crédito rural é o financiamento destinado ao segmento rural. Os produtores rurais utilizam os</p><p>recursos concedidos pelas instituições financeiras nessa linha de crédito de diversas maneiras na</p><p>sua propriedade. Por exemplo, podem investir em novos equipamentos e animais ou custear ma-</p><p>téria prima para o cultivo. Podem ainda utilizar esses recursos para comercializar e industrializar a</p><p>produção. São as chamadas finalidades do crédito rural.</p><p>5.3.1 FINALIDADES DO CRÉDITO RURAL</p><p>193</p><p>84</p><p>5.3.2 ORIGEM DOS RECURSOS</p><p>Os recursos</p><p>controlados geralmente financiam operações de crédito rural com as condições previa-</p><p>mente definidas, como taxas de juros, limites e prazo.</p><p>No caso de créditos provenientes de recursos não controlados (recursos próprios), os financiamentos</p><p>possuem condições livremente pactuadas entre as instituições financeiras e os produtores rurais.</p><p>5.3.3 BENEFICIÁRIOS</p><p>I. Produtor rural (pessoa física ou jurídica);</p><p>II. Cooperativa de produtores rurais;</p><p>III. Pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo produtor rural, se dedique a uma das seguintes</p><p>atividades:</p><p>a) Pesquisa ou produção de mudas ou sementes fiscalizadas/certificadas;</p><p>b) Pesquisa ou produção de sêmen para inseminação artificial e embriões;</p><p>c) Prestação de serviços mecanizados de natureza agropecuária, em imóveis rurais, inclusive para</p><p>proteção do solo;</p><p>d) Prestação de serviços de inseminação artificial, em imóveis rurais;</p><p>e) Atividades florestais.</p><p>Para concessão do crédito, o beneficiário deverá apresentar o orçamento, plano ou projeto, salvo</p><p>em operações de desconto.</p><p>5.3.4 PROAGRO – SEGURO DO AGRONEGÓCIO</p><p>Proagro é o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária. É um programa do governo federal</p><p>que garante o pagamento de financiamentos rurais quando a lavoura sofrer danos provocados por</p><p>eventos climáticos adversos ou causados por doenças e pragas sem controle.</p><p>194</p><p>85</p><p>O Proagro é administrado pelo Banco Central e regulamentado pelo CMN. As instituições financei-</p><p>ras (bancos e cooperativas de crédito) são os agentes do programa.</p><p>5.4 CONSÓRCIO</p><p>Consórcio é a reunião de pessoas naturais ou jurídicas em grupo, promovida por administradora</p><p>de consórcio, com a finalidade de propiciar a seus integrantes, por meio de autofinanciamento, a</p><p>aquisição de bens e serviços. O grupo de consórcio tem prazo de duração e número de cotas pre-</p><p>viamente determinados.</p><p>Somente as administradoras de consórcio autorizadas a funcionar pelo Banco Central podem ad-</p><p>ministrar grupos de consórcio.</p><p>O Banco Central (BC) é responsável pela normatização, autorização, supervisão e controle das ati-</p><p>vidades do sistema de consórcios, com foco na eficiência e solidez das administradoras e cumpri-</p><p>mento da regulamentação específica.</p><p>Os principais bens são veículos e imóveis.</p><p>A taxa de administração corresponde ao valor pago às administradoras de consórcio pela gestão e admi-</p><p>nistração do grupo. O percentual da taxa de administração deve estar definido no contrato de adesão.</p><p>5.4.1 CONTEMPLAÇÃO NO CONSÓRCIO</p><p>I. A contemplação é atribuiç ão de crédito ao consorciado para a aquisição de bem ou serviço.</p><p>II. As contemplações podem ocorrer por meio de sorteios ou lances.</p><p>III. A contemplação por lance somente pode ocorrer depois de efetuadas as contemplações por</p><p>sorteio ou se estas não forem realizadas por insuficiência de recursos do grupo de consórcio.</p><p>IV. Uma vez contemplado, o consorciado terá a faculdade de escolher o fornecedor e o bem desde</p><p>que respeitada a categoria em que o contrato estiver referenciado.</p><p>V. O fato de a administradora eventualmente ser vinculada a alguma concessionária, revendedora</p><p>ou montadora de bens não pode restringir a liberdade de escolha do consorciado.</p><p>5.5 CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR – CDC</p><p>O crédito direto ao consumidor (CDC) é uma modalidade de empréstimo pessoal ou financiamento</p><p>para aquisição de produtos e serviços, destinado a todos que desejam fazer compras parceladas.</p><p>Na operação de crédito, o banco ou outra instituição financeira (credor) oferece a você (tomador/</p><p>devedor) recursos financeiros, com o compromisso de que o valor seja pago em uma data futura</p><p>com juros e encargos.</p><p>Toda operação de crédito depende de um contrato entre banco e cliente que define as regras da</p><p>operação.</p><p>195</p><p>86</p><p>Os pagamentos das prestações podem ser realizados de duas maneiras:</p><p>Ao realizar uma operação de CDC, o banco deverá apresentar o CET, que é uma taxa percentual</p><p>anual, incluindo todos os custos das operações de crédito, como tributos, tarifas, seguros, custos</p><p>de registro de contrato e outras despesas, mesmo que relativas ao pagamento de serviços de ter-</p><p>ceiros contratados pela instituição.</p><p>5.6 SEGUROS</p><p>Seguro é um instrumento de proteção contra risco de perda financeira. É uma forma de gerencia-</p><p>mento de risco contra acidentes e perdas incertas.</p><p>O Seguro é um contrato envolvendo duas ou mais partes em que uma age como segurador, com o</p><p>dever de indenizar a outra, o segurado, em caso de ocorrência de um evento determinado sinistro.</p><p>5.6.1 GLOSSÁRIO</p><p>Apólice: documento emitido pela sociedade seguradora formalizando a aceitação da cobertura so-</p><p>licitada pelo proponente, nos planos individuais, ou pelo estipulante, nos planos coletivos.</p><p>Beneficiário: pessoa física ou jurídica designada para receber os valores dos capitais segurados, na</p><p>hipótese de ocorrência do sinistro.</p><p>No seguro prestamista, o primeiro beneficiário é o credor, a quem deverá ser paga a indenização,</p><p>no valor a que tem direito em decorrência da obrigação a que o seguro está atrelado, limitado ao</p><p>capital segurado contratado.</p><p>Carregamento: importância destinada a atender às despesas administrativas e de comercialização</p><p>do plano.</p><p>Período de diferimento: período compreendido entre a data de início de vigência da cobertura por</p><p>sobrevivência e a data contratualmente prevista para início do pagamento do capital segurado.</p><p>Prêmio: valor correspondente a cada um dos pagamentos destinados ao custeio do seguro.</p><p>Proponente: o interessado em contratar a cobertura (ou coberturas), ou aderir ao contrato, no</p><p>caso de contratação coletiva.</p><p>Riscos excluídos: são aqueles riscos, previstos nas condições gerais e/ou especiais, que não serão</p><p>cobertos pelo plano.</p><p>Sinistro: a ocorrência do risco coberto, durante o período de vigência do plano de seguro.</p><p>196</p><p>87</p><p>Fiz esse quadro resumo com os principais tipos de seguros:</p><p>TIPOS DE SEGUROS O QUE É</p><p>SEGURO DE PESSOAS</p><p>Estes seguros têm por objetivo garantir o pagamento de uma indenização ao</p><p>segurado ou aos seus beneficiários, observadas as condições contratuais e as</p><p>garantias contratadas. Como exemplos de seguros de pessoas, temos: seguro</p><p>de vida, seguro funeral, seguro de acidentes pessoais, seguro educacional,</p><p>seguro viagem, seguro prestamista, seguro de diária por internação hospitalar,</p><p>seguro desemprego (perda de renda), seguro de diária de incapacidade tem-</p><p>porária e seguro de perda de certificado de habilitação de voo.</p><p>SEGURO PRESTAMISTA</p><p>Embora seja um tipo de seguro de pessoas, achei importante destacar esse</p><p>tipo de seguro, pois é muito utilizado em bancos, já que o Seguro Prestamista</p><p>objetiva o pagamento de prestações ou a quitação do saldo devedor de bens</p><p>ou planos de financiamento adquiridos pelo segurado, em caso de morte, in-</p><p>validez permanente, invalidez temporária.</p><p>SEGURO RURAL</p><p>O Seguro Rural é um dos mais importantes instrumentos de política agrícola,</p><p>por permitir ao produtor proteger-se contra perdas decorrentes principalmen-</p><p>te de fenômenos climáticos adversos. Contudo, é mais abrangente, cobrindo</p><p>não só a atividade agrícola, mas também a atividade pecuária, o patrimônio do</p><p>produtor rural, seus produtos, o crédito para comercialização desses produtos,</p><p>além do seguro de vida dos produtores.</p><p>SEGURO DE</p><p>AUTOMÓVEIS</p><p>Há duas modalidades no Seguro de Automóveis: Valor Determinado e Valor de</p><p>Mercado Referenciado. As Seguradoras podem oferecer a contratação apenas</p><p>na modalidade Valor Determinado, apenas na modalidade Valor de Mercado</p><p>Referenciado, ou em ambas. O segurado deverá contratar o seguro na mo-</p><p>dalidade que mais lhe convier, dentre as oferecidas pela Seguradora de sua</p><p>escolha</p><p>DPVAT</p><p>É o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores</p><p>de Vias Terrestres, ou por sua Carga, a Pessoas Transportadas ou Não (Seguro</p><p>DPVAT), criado com a finalidade de amparar as vítimas de acidentes de trân-</p><p>sito em todo o território nacional, não importando de quem seja a culpa dos</p><p>acidentes.</p><p>SEGURO GARANTIA</p><p>ESTENDIDA</p><p>O seguro de Garantia Estendida tem como objetivo</p><p>fornecer ao segurado, fa-</p><p>cultativamente e mediante o pagamento de prêmio, a extensão temporal da</p><p>garantia do fornecedor de um bem adquirido e, quando prevista, sua comple-</p><p>mentação.</p><p>5.7 TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO</p><p>197</p><p>88</p><p>O título de capitalização é um meio de guardar dinheiro, de forma programada, para realizar um pla-</p><p>no: fazer uma viagem, uma reforma, uma festa, programar seus estudos ou ainda ajudar a melhorar a</p><p>sua empresa. E, ao mesmo tempo em que você junta dinheiro, concorre a diversos prêmios.</p><p>Os valores pagos pelo subscritor “Prêmio” são dividido em três cotas:</p><p>Os títulos são estruturados, quanto a sua forma de pagamento, em PM, PP e PU.</p><p>5.7.1 MODALIDADES DE TÍTULOS</p><p>Modalidade I: Compra-Programada – O titular pode optar por bem ou serviço, descrito na ficha de</p><p>cadastro, subsidiado por acordos comerciais com indústrias ou empresas comerciais. Praticamente</p><p>não está mais sendo comercializada.</p><p>Modalidade II: Filantropia Premiável – destinada ao consumidor interessado em participar de sor-</p><p>teios, lhe sendo facultada a opção de contribuir com entidades beneficentes de assistência sociais,</p><p>por meio da cessão a essas entidades do direito de resgate do saldo capitalizado.</p><p>Modalidade III: Incentivo – o título de capitalização está vinculado a promoções comerciais instituídas</p><p>por empresas promotoras (subscritoras do título), sendo que o consumidor tem direito apenas a partici-</p><p>par dos sorteios, sem acesso ao resgate do saldo capitalizado, que pertence ao subscritor do título.</p><p>Modalidade IV: Instrumento de Garantia – o titular pode utilizar o saldo de capitalização do título</p><p>para assegurar o cumprimento de obrigação assumida em contrato principal pelo titular perante</p><p>terceiro. O saldo capitalizado não pode ser utilizado para aquisição de bem ou serviço.</p><p>Modalidade V: Popular – esta modalidade tem por objetivo a participação do titular em sorteios,</p><p>propiciando, ao final da vigência, devolução de valor inferior ao total pago. Nesta modalidade, as</p><p>Condições Gerias deverão conter, em destaque, a seguinte mensagem: “Este título restituirá ao</p><p>final de sua vigência valor inferior ao total dos pagamentos efetuados. A contratação deste título é</p><p>apropriada principalmente na hipótese de o consumidor estar interessado em capitalizar parte da</p><p>contribuição e participar dos sorteios. Consulte a tabela para observar a evolução do percentual de</p><p>resgate, de acordo com os meses de vigência do título.”</p><p>198</p><p>89</p><p>Modalidade IV: Tradicional – trata de modalidade que objetiva restituir ao titular, ao final do prazo</p><p>de vigência, no mínimo, o valor total dos pagamentos efetuados pelo subscritor, pessoa que adquiriu</p><p>o título, desde que todos os pagamentos previstos tenham sido realizados nas datas programadas.</p><p>5.7.2 PRAZOS</p><p>Resumo (Fonte, site da Susep)</p><p>5.8 PREVIDÊNCIA PRIVADA</p><p>Previdência Social é aquela referente ao benefício pago pelo INSS aos trabalhadores. Ela funciona</p><p>como um seguro controlado pelo governo, garantindo que o trabalhador continue a receber uma</p><p>renda quando se aposentar, mas que também não fique desamparado em caso de gravidez, aci-</p><p>dente ou doença.</p><p>199</p><p>90</p><p>Previdência Privada, como o próprio nome sugere, é uma opção do indivíduo. Também chamada</p><p>de Previdência Complementar, ela estabelece a formação de uma reserva a ser usada tanto para</p><p>complementar a renda recebida pelo INSS, quanto para realizar um projeto de vida, como o paga-</p><p>mento da faculdade dos filhos ou investir em um negócio próprio.</p><p>5.8.1 TAXAS DE ADMINISTRAÇÃO</p><p>Refere-se às despesas com a gestão financeira do fundo, contratada a uma empresa especializada.</p><p>A cobrança ocorre durante toda a fase de contribuição e incide sobre o capital total, incluindo o</p><p>rendimento. Esse custo é regulamentado pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliá-</p><p>rios (quando o fundo tiver aplicações em renda variável).</p><p>O percentual da taxa tem que ser aprovado pela Susep e constar do contrato. Nos planos VGBL e</p><p>PGBL, o custo varia de 0,5% a 4% ao ano, em geral sendo cobrada diariamente.</p><p>É cobrada pela tarefa de administrar o dinheiro do fundo de investimento exclusivo, criado para o</p><p>seu plano, e pode variar de acordo com as condições comerciais do plano contratado. Os que têm</p><p>fundos com investimentos em ações, por serem mais complexos, normalmente têm taxas um pou-</p><p>co maiores do que aqueles que investem apenas em renda fixa.</p><p>5.8.2 TAXAS DE CARREGAMENTO</p><p>Corresponde às despesas administrativas das instituições financeiras com pessoal, emissão de do-</p><p>cumentos e lucro. É cobrada logo na entrada do plano e a cada depósito ou contribuição que você</p><p>faz. Isso quer dizer que, se esse custo for de 5%, a cada R$ 100,00 investidos só R$ 95,00 vão ser</p><p>creditados efetivamente no seu plano. Em outras palavras, quanto maior o percentual, menor a</p><p>fatia da contribuição ou depósito feita por você que vai “engordar” o seu capital.</p><p>As instituições financeiras têm liberdade de cobrar taxas de até 10% nos planos VGBL e PGBL, com</p><p>aprovação da Susep, mas a concorrência forte impede a imposição desse limite.</p><p>Ela serve para cobrir despesas de corretagem e administração. Na maioria dos casos, a cobrança</p><p>dessa taxa não ultrapassa 5% sobre o valor de cada contribuição que você fizer. No mercado há</p><p>três formas de taxa de carregamento, dependendo do plano contratado. São elas:</p><p>1. Antecipada: incide no momento do aporte. Esta taxa é decrescente em função do valor do</p><p>aporte e do montante acumulado. Ou seja, quanto maior o valor do aporte ou quanto maior o</p><p>montante acumulado, menor será a taxa de carregamento antecipada.</p><p>2. Postecipada: incide somente em caso de portabilidade ou resgates. É decrescente em função</p><p>do tempo de permanência no plano, podendo chegar a zero. Ou seja, quanto maior o tempo de</p><p>permanência, menor será a taxa.</p><p>3. Híbrida: a cobrança ocorre tanto na entrada (no ingresso de aportes ao plano), quanto na saída</p><p>(na ocorrência de resgates ou portabilidades). Como você pode ver, existem produtos que ex-</p><p>tinguem a cobrança dessa taxa após certo tempo de aplicação. Outros atrelam esse percentual</p><p>ao saldo investido: quanto maior o volume aplicado, menor a taxa. Nos dois casos, não deixe de</p><p>pesquisar antes de escolher seu plano de previdência.</p><p>200</p><p>91</p><p>5.8.3 PORTABILIDADE</p><p>É a transferência, parcial ou total, do saldo acumulado entre fundos do plano contrato, ou para</p><p>outros planos, outra seguradora ou Entidade Aberta de Previdência Complementar – EAPC, du-</p><p>rante o período de acumulação, por vontade do titular.</p><p>Transferências Entre Planos</p><p>Não é permitido mudar de modalidade, ou seja, de um VGBL para um PGBL e vice-versa. Se quiser</p><p>fazê-lo, o investidor deverá resgatar seus recursos e aplicar tudo de novo no outro plano, o que</p><p>implicará cobrança de IR sobre o dinheiro retirado, conforme regime tributário escolhido e vigente</p><p>à época do resgate.</p><p>5.8.4 RESGATES</p><p>Uma das formas de sair do plano, ou seja, de utilizar a reserva acumulada, pode ser o resgate total,</p><p>caso o cliente não queira passar a receber uma renda mensal. Para essa opção, há duas formas</p><p>disponíveis de resgate:</p><p>• Resgate programado: são definidas datas certas para a retirada do dinheiro. Os recursos que</p><p>continuarem no plano permanecerão rendendo.</p><p>• Resgate total: é a alternativa mais barata para o usuário, mas não é indicada para quem não</p><p>tem experiência em gerir seu patrimônio. Afinal, se o dinheiro ficar parado, deixará de render.</p><p>Importante: No caso de resgate total ou de parte dos recursos antes da data de saída estipulada, é</p><p>preciso ficar atento às regras de carência para resgate.</p><p>5.8.5 FASE DE BENEFÍCIOS</p><p>RENDA VITALÍCIA Pagamento de uma renda mensal por toda a vida ao participante.</p><p>RENDA VITALÍCIA</p><p>COM PRAZO MÍNIMO</p><p>GARANTIDO</p><p>Pagamento de uma renda mensal por toda a vida ao participante. Caso</p><p>ocorra o seu falecimento, a renda é revertida ao beneficiário indicado até</p><p>o cumprimento do prazo garantido.</p><p>RENDA VITALÍCIA</p><p>REVERSÍVEL AO</p><p>BENEFICIÁRIO</p><p>Pagamento de uma renda mensal por toda a vida ao participante. Após o</p><p>seu falecimento,</p><p>um percentual da renda, será revertida ao beneficiário</p><p>indicado.</p><p>RENDA TEMPORÁRIA Pagamento de uma renda mensal ao participante, durante o prazo defi-</p><p>nido.</p><p>Proteção Adicional</p><p>PENSÃO PRAZO CERTO Pagamento mensal ao beneficiário indicado durante o prazo definido.</p><p>PENSÃO AO CÔNJUGE Pagamento de uma renda mensal por toda a vida, ao beneficiário indica-</p><p>do pelo participante, caso ocorra o seu falecimento.</p><p>201</p><p>92</p><p>PENSÃO AOS MENORES Pagamento de uma renda mensal ao beneficiário menor indicado ( até</p><p>que complete 21 anos), caso ocorra o falecimento do participante.</p><p>RENDA POR INVALIDEZ</p><p>COM PRAZO MÍNIMO</p><p>GARANTIDO</p><p>Pagamento de uma renda mensal por toda a vida ao participante, no caso</p><p>de invalidez total e permanente. Caso ocorra o seu falecimento, a renda é</p><p>revertida ao beneficiário indicado até o cumprimento do prazo garantido.</p><p>PECÚLIO POR MORTE Pagamento único ao beneficiário indicado, em decorrência da morte do</p><p>segurado.</p><p>5.8.6 PLANO GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES (PGBL)</p><p>O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) é mais vantajoso para aqueles que fazem a declaração</p><p>do imposto de rend’a pelo formulário completo. É uma aplicação em que incide risco, já que não</p><p>há garantia de rentabilidade, que inclusive pode ser negativa. Ainda assim, em caso de ganho, ele</p><p>é repassado integralmente ao participante.</p><p>O resgate pode ser feito no prazo de 60 dias de duas formas: de uma única vez, ou transformado</p><p>em parcelas mensais. Também pode ser abatido até 12% da renda bruta anual do Imposto de</p><p>Renda e tem taxa de carregamento. É comercializado por seguradoras. Com o PGBL, o dinheiro é</p><p>colocado em um fundo de investimento exclusivo, administrado por uma empresa especializada na</p><p>gestão de recursos de terceiros e é fiscalizado pelo Banco Central.</p><p>5.8.7 VIDA GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES (VGBL)</p><p>O VGBL, ou Vida Gerador de Benefício Livre, é aconselhável para aqueles que não têm renda tribu-</p><p>tável, já que não é dedutível do Imposto de Renda, ainda que seja necessário o pagamento de IR</p><p>sobre o ganho de capital.</p><p>Nesse tipo de produto, também não existe uma garantia de rentabilidade mínima, ainda que todo</p><p>o rendimento seja repassado ao integrante. O primeiro resgate pode ser feito em prazo que varia</p><p>de dois meses a dois anos. A partir do segundo ano, também pode ser feita a cada dois meses. Pos-</p><p>sui taxa de carregamento.</p><p>PGBL X VGBL</p><p>PGBL VGBL</p><p>DEDUÇÃO DE IR</p><p>Permite abater da base de cálculo do</p><p>IR os aportes realizados anualmente ao</p><p>plano até um limite máximo de 12%(*) da</p><p>renda bruta tributável do investidor.</p><p>Não permite abater do IR os</p><p>aportes ao plano.</p><p>INCIDÊNCIA DE IR</p><p>Essa dedução não significa que os</p><p>aportes feitos na Previdência são isentos</p><p>de IR. Haverá incidência do IR sobre</p><p>o valor total do resgate ou da renda</p><p>recebida quando eles ocorrerem.</p><p>O IR incidirá apenas sobre os</p><p>rendimentos do plano e não</p><p>sobre o total acumulado.</p><p>202</p><p>93</p><p>PGBL VGBL</p><p>Perfil Investidor</p><p>Indicado para as pessoas que optam</p><p>pela declaração completa do Imposto de</p><p>Renda</p><p>Indicado para quem usa a</p><p>declaração simplificada ou é</p><p>isento ou para quem já investe</p><p>em um PGBL, mas quer investir</p><p>mais de 12% de sua renda</p><p>bruta em previdência privada.</p><p>5.9 CADERNETA DE POUPANÇA</p><p>Possui total liquidez, porém com perda de rentabilidade. Remunera sobre o menor saldo do período.</p><p>Rentabilidade: Em maio de 2012 a caderneta de poupança teve uma alteração na rentabilidade</p><p>paga aos investidores. Com objetivo de evitar a migração de recursos investidos em títulos públicos</p><p>para poupança (efeito observado com queda da taxa de juros) o governo limitou o ganho das ca-</p><p>dernetas de poupança a 70% da taxa de juros, ficando assim:</p><p>Periodicidade de pagamento dos juros:</p><p>• Pessoa Física e PJ Imunes: Mensal (0,5% ao mês)</p><p>• Pessoa Jurídica: Trimestral (1,5% ao trimestre)</p><p>Dadas de depósito: Aplicações realizadas nos dias 29, 30 e 31 de cada mês, terão como data de</p><p>aniversário o dia 01 do mês subsequente.</p><p>Podem captar através de poupança somente as Instituições Financeiras que fazem parte do Siste-</p><p>ma Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE)</p><p>1. Caixa Econômica Federal – CEF</p><p>2. Sociedade de Crédito Imobiliário – SCI</p><p>3. Associações de Poupança e Empréstimos – APE</p><p>4. Bancos Múltiplos com carteira de SCI.</p><p>5. Cooperativas de Crédito – CC</p><p>203</p><p>94</p><p>OBS: As Companhias Hipotecárias não podem captar através de Poupança.</p><p>Garantias: Aplicações em cadernetas de poupança estão cobertas pelo Fundo Garantidor de Cré-</p><p>dito – FGC até o limite vigente que atualmente é de R$ 250.000,00. Poupanças da CEF são 100%</p><p>cobertas pelo governo federal.</p><p>De maneira geral as cadernetas de poupança não permitem a cobrança de tarifas, porém algumas</p><p>operações realizadas em uma conta poupança PODEM gerar cobrança de tarifa, tais como: Mais</p><p>de 2 saques mensais, fornecimento de cartão magnético adicional, entre outras. A manutenção</p><p>da conta é SEMPRE ISENTA.</p><p>204</p><p>95</p><p>MÓDULO 06</p><p>6. MERCADO DE CAPITAIS</p><p>Esse é o módulo é um dos mais complicados para estudarmos, pois o edital não delimitou o merca-</p><p>do de capitais. Poderia escrever sobre esse assunto em 10 páginas ou até 200... mas vamos ao bom</p><p>e velho meio termo! Boa leitura e compreensão futuro Analista Bancário do BNB.</p><p>6.1 INSTRUMENTOS DE RENDA VARIÁVEL</p><p>Renda Variável são classificados como instrumentos de renda variável aqueles produtos cujos ren-</p><p>dimentos não são conhecidos, ou não podem ser previamente determinados, pois dependem de</p><p>eventos futuros, tais como os fatores conjunturais. Possibilitam maiores ganhos, porém o risco de</p><p>eventuais perdas é bem maior. O exemplo mais comum são as ações.</p><p>6.1.1 AÇÕES</p><p>Ação representa a menor “fração” do capital social de uma empresa, ou seja, a unidade do capital</p><p>nas sociedades anônimas. Quem adquire estas “frações” é chamado de acionista que vai ter uma</p><p>certa participação na empresa, correspondente a quantas destas “frações” ele detiver.</p><p>Tipo De Ações</p><p>• Ordinárias (ON): Garante o direito a voto nas assembleias aos acionistas;</p><p>• Preferenciais (PN):</p><p>• Tem preferência no recebimento de dividendos em relação as ordinárias.</p><p>• Não tem direito a voto.</p><p>• Recebem 10% a mais de dividendos em relação a ordinárias.</p><p>• Caso a companhia fique 3 anos sem distribuir dividendos passa a ter direito a voto.</p><p>OBS.: Empresas que abrem seu capital deverão ter no mínimo 50% de suas ações sendo do tipo</p><p>ordinária. (½ e ½)</p><p>Bônus De Subscrição</p><p>Bônus de subscrição são títulos negociáveis emitidos por sociedades por ações, que conferem aos</p><p>seus titulares, nas condições constantes do certificado, o direito de subscrever ações do capital</p><p>social da companhia, dentro do limite de capital autorizado no estatuto.</p><p>205</p><p>96</p><p>Os bônus de subscrição podem ser atribuídos, como vantagem adicional, aos subscritores de emis-</p><p>sões de ações e debêntures. No entanto, a emissão pode também ser alienada, em que o investi-</p><p>dor terá que pagar um preço por esse direito, para que, em futuras emissões, possa ter a preferên-</p><p>cia na subscrição.</p><p>6.1.2 DEPOSITARY RECEIPTS (DR’S)</p><p>São títulos negociados em um país que têm como lastro ações de uma empresa que está instalada</p><p>fora deste país.</p><p>Do ponto de vista do Brasil, DR’s são recibos de depósitos lançados por empresas brasileiras que</p><p>desejam (e podem) colocar ações no mercado internacional. Estes recibos têm como lastro as</p><p>ações destas mesmas empresas.</p><p>AGO e AGE</p><p>Assembleia Geral Ordinária – AGO</p><p>Anualmente, nos 4 (quatro) primeiros meses seguintes ao término do exercício social, deverá ha-</p><p>ver 1 (uma) assembléia-geral para:</p><p>I. tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras;</p><p>II. deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos;</p><p>III. eleger os administradores e os membros do conselho fiscal, quando for o caso;</p><p>IV. aprovar a correção da expressão monetária do capital social</p><p>A assembleia-geral é ordinária quando tem por objeto as matérias acima citadas, e extraordinária</p><p>nos demais casos.</p><p>A companhia deverá enviar à CVM edital de</p><p>contas.</p><p>• Eu o perdoarei.</p><p>(B) Paga-se a quem se deve. Perdoa-se a alguém.</p><p>• Paguei o pão ao padeiro! (VTDI)</p><p>• Perdoei a você.</p><p>5. Preferir</p><p>Prefere-se A a B</p><p>• Prefiro crase a pontuação.</p><p>• Todos nós preferimos uma vida estável a uma vida tumultuada.</p><p>6. Querer</p><p>(A) VTD = no sentido de “desejar”</p><p>��� Eu quero um celular novo!</p><p>• Vamos querer uma vaga neste concurso!</p><p>(B) VTI = no sentido de “ gostar de, amar, querer bem”</p><p>• Ele quer a você.</p><p>• Eu lhe quero!</p><p>PRONOME RELATIVO</p><p>QUE – Retoma pessoas ou coisas.</p><p>• Eu ganhei o presente ontem. O presente era estranho.</p><p>• O presente que eu ganhei ontem era estranho.</p><p>• “Revisamos com mais disposição uma disciplina em que acreditamos, com que simpatizamos</p><p>e de que gostamos”</p><p>• Esses são os professores de que você precisa para ser do time BB.</p><p>• A novela a que eu assisto chama-se Império!</p><p>27</p><p>26</p><p>CUJO – Indica uma ideia de posse. Concorda sempre com o ser possuído.</p><p>• A árvore cujos frutos são venenosos foi plantada perto da minha casa?</p><p>• O rapaz era um amigo de cujo nome não me lembrava.</p><p>• As pessoas em cujas dicas financeiras acreditei estão presas.</p><p>ONDE – Só retoma lugar. Sinônimo de EM QUE</p><p>• Quero passar em uma cidade tranquila, onde possa ter bons momentos.</p><p>• O local onde trabalharei será a PRF!</p><p>• Vivemos uma época muito difícil, em que (na qual) a violência reina entre nós.</p><p>• A sociedade em que vivo valoriza a aparência apenas.</p><p>• A cidade aonde vamos está alagada!</p><p>• Chegaremos aonde nossos sonhos permitirem!</p><p>28</p><p>27</p><p>CRASE</p><p>OCORRE CRASE</p><p>1) Substitua a palavra feminina por outra masculina correlata; em surgindo a combinação AO,</p><p>haverá crase.</p><p>• Eles não se referem às brigas da turma.</p><p>• Não consigo ser indiferente à desumanização das pessoas.</p><p>2) Àquele = a este, àquela = a esta, àquilo = a isto</p><p>• Ele fez referência àquele aluno.</p><p>• Nunca disseram a verdade àquelas pessoas.</p><p>• Suas queixas são idênticas às de seus colegas.</p><p>3) Nas locuções femininas</p><p>• à frente de; à espera de; à procura de; à noite; à tarde; à esquerda; à direita; às vezes; às pres-</p><p>sas; à medida que; à proporção que; à toa; à vontade, etc.</p><p>• Vamos estudar à noite.</p><p>• Sinto-me à vontade nesta sala, Zambeli.</p><p>4) Na indicação de horas determinadas: deve-se substituir a hora pela expressão “meio-dia”; se</p><p>aparecer AO antes de “meio-dia”, devemos colocar o acento, indicativo de crase no A.</p><p>• Ele saiu às duas horas e vinte minutos. (ao meio dia)</p><p>• Ele está aqui desde as duas horas. (o meio-dia).</p><p>5) Antes de nome próprio de lugares, deve-se colocar o verbo VOLTAR; se dissermos VOLTO DA,</p><p>haverá acento indicativo de crase; se dissermos VOLTO DE, não ocorrerá o acento.</p><p>• Vou à Bahia. (volto da). Vou a São Paulo (volto de).</p><p>Obs.: se o nome do lugar estiver acompanhado de uma característica (adjunto adnominal), o acen-</p><p>to será obrigatório.</p><p>29</p><p>28</p><p>• Vou a Portugal. Vou à Portugal das grandes navegações.</p><p>6) Antes da palavra “casa”, haverá o acento indicativo de crase somente quando ela estiver es-</p><p>pecificada.</p><p>• Retornou a casa. Retornou à casa dos pais.</p><p>7) Antes da palavra “terra”, haverá o acento indicativo de crase, se ela estiver especificada, se</p><p>for empregada como planeta ou for possível substituí-la por solo.</p><p>• O navegador retornou a terra. Ele chegou à terra das cucas.</p><p>• O aviador desceu à terra.</p><p>• Lançou a semente à terra que comprara.</p><p>8) Antes da palavra “distância”, haverá o acento indicativo de crase, se ela estiver especificada.</p><p>• Ficou à distância de 10m.</p><p>• Ficou a distância.</p><p>CRASE OPCIONAL</p><p>1) Antes de nomes próprios femininos.</p><p>• Entreguei o presente a Tati (ou à Tati).</p><p>2) Antes de pronomes possessivos femininos adjetivos no singular.</p><p>• Fiz alusão a minha amiga (ou à minha amiga). Mas não fiz à sua.</p><p>3) Depois da preposição ATÉ.</p><p>• Fui até a escola. (ou até à escola).</p><p>NÃO OCORRE CRASE</p><p>1) Antes de palavras masculinas.</p><p>• Ele saiu a pé.</p><p>30</p><p>29</p><p>• Nunca vendemos a prazo.</p><p>2) Antes de verbos.</p><p>• Estou disposto a colaborar com ele.</p><p>• Começou a chover.</p><p>3) Antes de artigo indefinido.</p><p>• Fomos a uma empresa especializada.</p><p>• Entreguei meu material a uma funcionária do curso.</p><p>4) Antes de alguns pronomes</p><p>• Passamos os dados do projeto a ela.</p><p>• Eles podem ir a qualquer restaurante.</p><p>• Refiro-me a esta aluna.</p><p>• A pessoa a quem me dirigi estava atrapalhada.</p><p>• O restaurante a cuja dona me referi é ótimo.</p><p>5) Depois de preposição.</p><p>• Eles foram para a praia.</p><p>• A aula começou após as 9h.</p><p>6) Quando o A estiver no singular e a palavra a que ele se refere estiver no plural.</p><p>• Refiro-me a pessoas que são competentes.</p><p>• Nunca obedeça a pessoas que você não conhece.</p><p>7) Em locuções formadas pela mesma palavra.</p><p>• Tomei o remédio gota a gota.</p><p>• (cara a cara, lado a lado, face a face, passo a passo, frente a frente, dia a dia, etc.)</p><p>31</p><p>30</p><p>EXERCÍCIO</p><p>01. Utilize o acento indicativo de crase quando necessário</p><p>a) Enviarei a você as informações referentes as nossas atuais atividades.</p><p>b) Com relação a suas habilidades, procure dar mais ênfase as que se referem a pintura.</p><p>c) Você vai a aula hoje?</p><p>d) Escreveram a ti antes de escreverem a mim!</p><p>e) Telefone a ela, depois a você e a todas as nossas amigas.</p><p>f) A cena a qual assistimos foi lamentável.</p><p>g) Prefiro maçã a pera.</p><p>h) Prefiro a maçã a pera.</p><p>i) Os preços continuam a subir.</p><p>j) Prefiro aquela maçã aquele mamão.</p><p>k) Entreguei a bolsa aquela que atendeu ao portão.</p><p>l) Refiro-me as exportações e não as importações.</p><p>32</p><p>31</p><p>QUESTÕES</p><p>01. “A primeira marca do príncipe soberano é o poder de dar lei a todos em geral, e a cada em particu-</p><p>lar. Mas isso não basta, e é necessário acrescentar: sem o consentimento de maior nem igual nem</p><p>menor que ele.” “O soberano de uma República, seja ele uma assembleia ou um homem, não está</p><p>absolutamente sujeito ..I.. leis civis. [...] E, para medirmos a inovação assim introduzida, basta re-</p><p>corrermos ..II.. frase de um teólogo do século XII: “A diferença entre o príncipe e o tirano é que o</p><p>príncipe obedece à Lei e governa ..III.. seu povo em conformidade com o Direito.”</p><p>Preenchem corretamente as lacunas I, II e III do texto, na ordem dada:</p><p>a) às – à – o</p><p>b) às – a – ao</p><p>c) as – à – ao</p><p>d) às – a – o</p><p>e) as – à – o</p><p>02. Quanto ...... origens do ruído, o pensador David le Breton ...... associa ao utilitarismo, com que se</p><p>relaciona, por vezes, ...... racionalismo, que dispõe a experiência dos sentidos em segundo plano.</p><p>Preenche as lacunas da frase acima, correta e respectivamente, o que se encontra em:</p><p>a) as − às − ao</p><p>b) a − a − ao</p><p>c) às − às − ao</p><p>d) as − as − o</p><p>e) às − as − o</p><p>03. O sinal indicativo de crase pode ser acrescido, por ser facultativo, à expressão destacada em:</p><p>a) Meditar é aprender a estar aqui, agora. (5º parágrafo)</p><p>b) se voltavam ávidos a técnicas milenares de relaxamento... (2º parágrafo)</p><p>c) Agora sente o sol aquecendo as escamas. (3º parágrafo)</p><p>d) o macarrão que esfria, a minha frente. (6º parágrafo)</p><p>e) Esquece as moscas. (3º parágrafo)</p><p>04. A constante exposição à mídia acaba levando o filósofo... (último parágrafo)</p><p>No segmento acima, o sinal indicativo de crase deverá ser mantido caso se substitua “mídia” por</p><p>a) imprensa.</p><p>b) programas.</p><p>c) meio de comunicação.</p><p>d) debates.</p><p>e) propagandas.</p><p>33</p><p>32</p><p>05. O sinal indicativo de crase está usado de acordo com a norma-padrão em:</p><p>a) Tenho preocupações referentes à questões ambientais.</p><p>b) Medidas de proteção à infância precisam ser tomadas por governos.</p><p>c) Devem-se fazer campanhas para aumentar às preocupações sanitárias.</p><p>d) À partir do início da faculdade é necessário estudar muito.</p><p>e) Você confere, à seguir, os documentos dos clientes.</p><p>GABARITO</p><p>01. A 02. E 03. D 04. A 05. B</p><p>34</p><p>33</p><p>COLOCAÇÃO PRONOMINAL</p><p>PRONOMES: EMPREGO, FORMAS DE TRATAMENTO E COLOCAÇÃO</p><p>1) EMPREGO</p><p>Número Pessoa Pronomes retos Pronomes oblíquos</p><p>Singular</p><p>primeira Eu Me, mim, comigo</p><p>segunda Tu Te, ti, contigo</p><p>terceira Ele/ela Se, si, consigo, o, a, lhe</p><p>Plural</p><p>convocação da assembleia geral ordinária, em até 15</p><p>(quinze) dias antes da data marcada para a sua realização ou no mesmo dia de sua primeira publi-</p><p>cação, o que ocorrer primeiro. Deverá enviar também todos os documentos necessários ao exercí-</p><p>cio do direito de voto nas assembleias gerais ordinárias.</p><p>206</p><p>97</p><p>Além disso, disponibilizará o sumário das decisões tomadas na assembleia, no mesmo dia da sua</p><p>realização, e ata da assembleia geral ordinária, em até 7 (sete) dias úteis de sua realização.</p><p>6.1.3 DIREITOS DOS ACIONISTAS</p><p>Dividendos: Distribuição de parte do lucro aos seus acionistas. Por lei as empresas devem dividir</p><p>no mínimo 25% do seu lucro líquido.</p><p>#FICADICA: O valor distribuído em forma de dividendos é descontado do preço da ação.</p><p>Juros sobre o Capital Próprio: São proventos pagos em dinheiro como os dividendos, sendo, po-</p><p>rém dedutíveis do lucro tributável da empresa.</p><p>Bonificações: Correspondem à distribuição de novas ações para os atuais acionistas, em função do</p><p>aumento do capital. Excepcionalmente pode ocorrer a distribuição de bonificação em dinheiro.</p><p>Direito de Subscrição: Direito aos acionistas de aquisição de ações por aumento de capital, com</p><p>preço e prazos determinados. Garante a possibilidade do acionista manter a mesma participação</p><p>no capital total.</p><p>OBS: O direito de subscrição assemelha-se ao direito de um titular de uma opção de compra (call),</p><p>ou seja, ambos possuem o direito de comprar uma determinada quantidade de ações com prazos</p><p>e condições pré-estabelecidos.</p><p>Principais Direitos Do Acionista Minoritário</p><p>I. Participar nos lucros sociais, recebendo dividendos, juros sobre o capital e bonificações;</p><p>II. Comparecer às assembleias e, conforme a espécie da ação, votar;</p><p>III. Ter acesso às demonstrações financeiras da companhia, às informações eventuais (e.g. fatos</p><p>relevantes) e periódicas (como o Formulário de Referência) e aos seus atos societários;</p><p>IV. Fiscalizar, na forma da Lei das Sociedades por Ações, a gestão dos negócios sociais;</p><p>V. Receber extratos de sua posição acionária;</p><p>VI. Exercer eventuais direitos de subscrição;</p><p>VII. Participar do acervo da companhia, em caso de liquidação;</p><p>VIII. Dispor dos meios e procedimentos legais para fazer assegurar os seus direitos, que não podem</p><p>ser afastados pelo.</p><p>Acionista Controlador</p><p>Pessoa natural ou jurídica, ou grupo de pessoas vinculadas por acordo de acionistas, que possui a</p><p>maioria dos votos (Ações Ordinárias) nas deliberações da assembleia geral e o poder de eleger a</p><p>maioria dos administradores da companhia, e usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades</p><p>sociais e orientar o funcionamento da companhia.</p><p>207</p><p>98</p><p>6.1.4 OFERTA PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA</p><p>Agentes Underwriter: Bancos de Investimento, Bancos Múltiplos com carteira de Investimento,</p><p>Sociedade Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (SDTVM) e Sociedade Corretora de Títulos</p><p>e Valores Mobiliários.</p><p>Mercado Primário: Colocação de títulos resultantes de novas emissões. Empresas utilizam o mer-</p><p>cado primário para captar os recursos necessários ao financiamento de suas atividades.</p><p>Mercado Secundário: Negociação de ativos, títulos e valores mobiliários em mercados organiza-</p><p>dos, onde investidores compram e vendem em busca de lucratividade e liquidez, transferindo,</p><p>entre si, os títulos anteriormente adquiridos no mercado primário.</p><p>Negociação De Ações (Mercado Secundário)</p><p>Desde 2019, a B3 opera com seu prazo de liquidação do mercado a vista de renda variável</p><p>em D+2 e não mais D+3 como era antes.</p><p>#PaiEd | Atualiza</p><p>Compra e Venda de Ações</p><p>As compras e vendas de ações são intermediadas por uma CTVM ou DTVM. Quando essa negocia-</p><p>ção é realizada pela internet, utiliza-se o home broker. O principal objetivo do mercado secundário</p><p>é fornecer liquidez para os ativos. Em geral, as ações são negociadas em lote-padrão.</p><p>• Home broker: É um moderno canal de relacionamento entre os investidores e as sociedades</p><p>corretoras, que torna ainda mais ágil e simples as negociações no mercado acionário, permi-</p><p>tindo o envio de ordens de compra e venda de ações pela Internet, e possibilitando o acesso às</p><p>cotações, o acompanhamento de carteiras de ações, entre vários outros recursos.</p><p>208</p><p>99</p><p>• Liquidez: Maior ou menor facilidade de se negociar um título, convertendo-o em dinheiro.</p><p>• Lote-padrão: Lote de títulos de características idênticas e em quantidade prefixada pelas bolsas</p><p>de valores.</p><p>Custo Da Operação</p><p>• Corretagem: Custo pago para corretoras pelas operações executadas.</p><p>Financeiro no dia Valor Fixo % volume</p><p>De R$ 0,01 a R$ 135,07 R$ 2,70 0,00 %</p><p>De R$ 135,08 a R$ 498,62 R$ 0,00 2,00 %</p><p>De R$ 498,63 a R$ 1.514,69 R$ 2,49 1,50 %</p><p>De R$ 1.514,70 a R$ 3.029,38 R$ 10,06 1,00 %</p><p>A partir de R$ 3.029,39 R$ 25,21 0,50 %</p><p>Informação adicional, na prova não é cobrada estes valores</p><p>• Emolumentos: Os emolumentos são cobrados pelas Bolsas por pregão em que tenham ocorri-</p><p>do negócios por ordem do investidor. A taxa cobrada pela Bolsa é de 0,035% do valor financeiro</p><p>da operação</p><p>• Custódia: Uma espécie de tarifa de manutenção de conta, cobrada por algumas corretoras.</p><p>6.1.5 S.A ABERTA X S.A FECHADA</p><p>Abertas:</p><p>• Negociação em bolsas de valores ou mercado de balcão;</p><p>• Divisão do capital entre muitos sócios (pulverização);</p><p>• Cumprimento de várias normas exigidas pelo agente regulador (bolsas de Valores e CVM).</p><p>Fechadas:</p><p>• Negociação no balcão das empresas, sem garantia;</p><p>• Concentração do capital na mão de poucos acionistas.</p><p>• Uma empresa quando abre o capital está também abrindo a sua contabilidade para o mercado,</p><p>devendo assim possuir uma gestão transparente publicando balanços periódicos entre outras</p><p>exigências feitas pela CVM.</p><p>Impactos Sobre Os Preços E Quantidades Das Ações Do Investidor</p><p>GRUPAMENTO (INPLIT)</p><p>Reduzir a quantidade de ações aumentando o valor de cada ação; (Objetivo: Menor risco)</p><p>DESDOBRAMENTO (SPLIT):</p><p>Aumenta a quantidade de ações reduzindo o valor da ação; (Objetivo: Maior liquidez)</p><p>209</p><p>100</p><p>IMPORTANTE: Tanto no processo de split como o de inplit, o capital social do investidor, assim</p><p>como o seu montante investido, não se altera. Já quando uma companhia distribui dividendos ou</p><p>pagamentos de Juros sobre o Capital próprio, o valor distribuído é descontado do preço da ação.</p><p>6.1.6 GOVERNANÇA CORPORATIVA:</p><p>Governança corporativa é o conjunto de práticas que tem por finalidade alinhar os objetivos da</p><p>administração da companhia aos interesses dos acionistas.</p><p>Para tanto, estabelece um sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolven-</p><p>do os relacionamentos entre investidores (acionistas/cotistas), Conselho de Administração, Dire-</p><p>toria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. A análise das práticas de governança corporativa</p><p>aplicada ao mercado de capitais envolve, principalmente: transparência, equidade de tratamento</p><p>dos acionistas, prestação de contas e responsabilidade corporativa. Boas práticas de governança</p><p>corporativa logram aumentar o valor de uma companhia, facilitar seu acesso ao capital e contribuir</p><p>para sua perenidade.</p><p>Governança corporativa é o conjunto de mecanismos de incentivo e controle que visam assegurar</p><p>que as decisões sejam tomadas em linha com os objetivos de longo prazo das organizações. Entre</p><p>os mecanismos de governança, destacam-se a existência de:</p><p>I. Conselho de administração ativo e que atue com independência;</p><p>II. Maioria obrigatória de conselheiros independentes, todos com excelente reputação no merca-</p><p>do, experiência e firme compromisso de dedicação ao Conselho;</p><p>III. Comitê de Auditoria composto exclusivamente por membros independentes.</p><p>6.1.7 PRINCIPAIS ÍNDICES DE MERCADO</p><p>IBOVESPA:</p><p>Mais utilizado e mais importante índice brasileiro ;</p><p>Composto pelas ações de maior liquidez da bolsa de valores dos últimos 12 meses;</p><p>A carteira é revista ao final de cada quadrimestre; (jan – abril; maio – ago; set – dez).</p><p>As ações para participarem do Ibovespa devem obrigatoriamente:</p><p>• apresentar, em termos de volume, participação superior a 0,1% do</p><p>total;</p><p>• ter sido negociada em mais de 80% do total de pregões do período.</p><p>IBrX:</p><p>Assim como o Ibovespa, é composto pelas 100 empresas com o maior número de operações e vo-</p><p>lume negociado na Bovespa nos últimos 12 meses.</p><p>O que diferencia do Ibovespa, é o fato do IBrX considerar apenas as ações disponíveis no merca-</p><p>do, desconsiderando assim as ações em posse dos controladores.</p><p>210</p><p>101</p><p>IBrX – 50:</p><p>Adota os mesmo critérios do Índice IBrX, mas é composto apenas pelas 50 ações de maior liquidez;</p><p>ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial:</p><p>Ferramenta para análise comparativa de performance das empresas listadas na BM&FBovespa sob</p><p>o aspecto da sustentabilidade corporativa, baseada na eficiência econômica, no equilíbrio ambien-</p><p>tal, na justiça social e na governança corporativa.</p><p>• metodologia do índice foi desenvolvida pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo</p><p>da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP, e reuniu inicialmente 28 empresas</p><p>IGC – Índice de Ações com Governança Corporativa:</p><p>Índice que mede o desempenho de um carteira teórica composta por ações de empresas compro-</p><p>metidas com programas de governança corporativa. Calculado pela Bolsa de Valores de São Paulo.</p><p>Índice Mid-Large Cap – MLCX e Índice Small Cap – SMLL</p><p>Criados pela BM&FBOVESPA, o Índice BM&FBOVESPA Mid Large Cap (MLCX) e o Índice</p><p>BM&FBOVESPA Small Cap (SMLL) têm por objetivo medir o comportamento das empresas listadas</p><p>na Bolsa de modo segmentado, sendo que o índice Mid Large medirá o retorno de uma carteira</p><p>composta pelas empresas listadas de maior capitalização, e o índice Small Cap medirá o retorno</p><p>de uma carteira composta por empresas de menor capitalização. As ações componentes serão</p><p>selecionadas por sua liquidez, e serão ponderadas nas carteiras pelo valor de mercado das ações</p><p>disponíveis à negociação.</p><p>Índice de Energia Elétrica – IEE</p><p>Primeiro índice setorial da BM&FBOVESPA, o Índice de Energia Elétrica (IEE) foi lançado em agosto de</p><p>1996 com o objetivo de medir o desempenho do setor de energia elétrica. Dessa forma, constitui-se</p><p>em um instrumento que permite a avaliação da performance de carteiras especializadas nesse setor.</p><p>S&P 500</p><p>Índice composto por 500 ações qualificadas, devido ao seu tamanho de mercado, liquidez e tam-</p><p>bém representação de grupo industrial. Trata-se das 500 ações mais importantes do mercado nor-</p><p>te americano, chamadas de Large Caps (empresas com alto valor de mercado).</p><p>Dow Jones</p><p>É o índice mais importante da Bolsa da Nova York. É baseado na cotação das 30 maiores e mais</p><p>importantes empresas dos Estados Unidos, formado por grandes empresas líderes de cada setor.</p><p>Apenas composto por ações “blue chips”.</p><p>NASDAQ</p><p>É o segundo índice mais importante dos EUA. Mede a performance de todas as ações listadas no</p><p>Nasdaq. O Nasdaq se caracteriza por reunir empresas de alta tecnologia em eletrônica, informáti-</p><p>ca, telecomunicações, etc.</p><p>211</p><p>102</p><p>MSCI World</p><p>Índice divulgado e calculado pela Morgan Stanley, e é formado por 1.650 ações mundiais de 23 pa-</p><p>íses considerados “desenvolvidos”. É revisado a cada quatro meses.</p><p>MSCI Emerging Markets</p><p>Criado em 1988 também pela Morgan Stanley contava apenas com 10 países “emergentes”. Atual-</p><p>mente conta com 24 países que representam 10% da capitalização mundial. Países que compões o</p><p>índice atualmente: Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru, República Tcheca, Egito, Hungria, Polônia,</p><p>Catar, Rússia, África do Sul, Turquia, Emirados Árabes, China, Índia, Indonésia, Coréia, Malásia, Pa-</p><p>quistão, Filipinas, Taiwan e Tailândia.</p><p>Euro Stock</p><p>Composto pelas 50 maiores empresas com liquidez do Mercado europeu. Formada apenas por</p><p>“blue chips”.</p><p>6.1.8 CLUBE DE INVESTIMENTO</p><p>O Clube de Investimento é um condomínio constituído por no mínimo 3 pessoas e no máximo 50</p><p>pessoas físicas, para aplicação de recursos em títulos e valores mobiliários, sendo administrado</p><p>por corretoras, distribuidoras e bancos de investimento. Quando se tratar de empregados de uma</p><p>mesma empresa, o número de condôminos pode ser maior.</p><p>A carteira é composta por 67% no mínimo em ações, sendo o restante em renda fixa e derivativo.</p><p>O papel idealizado para os Clubes de Investimento é o de porta de entrada do investidor ainda não</p><p>familiarizado com o mercado de capitais, daí sua política de investimento ser bastante simples. Es-</p><p>pera-se que mediante sua participação no clube o investidor adquira conhecimentos e habilidades</p><p>sobre a estrutura e o funcionamento do mercado, que o permitirão posteriormente acessar com</p><p>segurança produtos mais sofisticados.</p><p>O máximo que um único investidor pode ter de um clube de investimento é de 40% sobre o patri-</p><p>mônio do clube.</p><p>6.2 TÍTULOS CORPORATIVOS</p><p>1. Debêntures</p><p>2. Debêntures Incentivadas</p><p>3. Notas Promissórias</p><p>6.2.1 DEBÊNTURES</p><p>O Objetivo da emissão pública de uma debênture é de captação de recursos de médio e longo pra-</p><p>zo para sociedades anônimas (S.A.) não financeiras de capital aberto.</p><p>As sociedades de arrendamento mercantil as companhias hipotecárias e o BNDES Participações</p><p>estão também autorizadas a emitir debêntures.</p><p>212</p><p>103</p><p>Classe das Debêntures:</p><p>Sobre as debêntures:</p><p>Como regra geral, o valor total das emissões de debêntures de uma empresa não poderá ultrapas-</p><p>sar o seu capital social.</p><p>Resgate Antecipado: as debêntures podem ter na escritura de emissão cláusula de resgate anteci-</p><p>pado, que dá ao emissor (a empresa que está captando recursos) o direito de resgatar antecipada-</p><p>mente, parcial ou totalmente as debêntures em circulação.</p><p>Agente Fiduciário</p><p>A função do agente fiduciário é proteger o interesse dos debenturistas exercendo uma fiscali-</p><p>zação permanente e atenta, verificando se as condições estabelecidas na escritura da debênture</p><p>estão sendo cumpridas.</p><p>Entende-se por relação fiduciária a confiança e lealdade estabelecida entre a instituição partici-</p><p>pante (administradora, gestora, custodiante, etc.) e os cotistas.</p><p>A emissão pública de debêntures exige a nomeação de um agente fiduciário. Esse agente deve</p><p>ser ou uma pessoa natural capacitada ou uma instituição financeira autorizada pelo Banco Central</p><p>para o exercício dessa função e que tenha como objeto social a administração ou a custódia de</p><p>bens de terceiros (ex.: corretora de valores).</p><p>213</p><p>104</p><p>O agente fiduciário não tem a função de avalista ou garantidor da emissão.</p><p>O Agente Fiduciário poderá usar de qualquer ação para proteger direitos ou defender interesses</p><p>dos debenturistas, sendo-lhe especialmente facultado, no caso de inadimplemento da emitente:</p><p>• executar garantias reais, receber o produto da cobrança e aplicá-lo no pagamento, integral ou</p><p>proporcional dos debenturistas;</p><p>• requerer falência da emitente, se não existirem garantias reais;</p><p>• representar os debenturistas em processos de falência, concordata, intervenção ou liquidação</p><p>extrajudicial da emitente, salvo deliberação em contrário da assembleia dos debenturistas;</p><p>• tomar qualquer providência necessária para que os debenturistas realizem os seus créditos.</p><p>Garantia Debêntures</p><p>A debênture poderá, conforme dispuser a escritura de emissão, ter garantia real, garantia flutuan-</p><p>te, garantia sem preferência (quirografária), ou ter garantia subordinada aos demais credores da</p><p>empresas ordem hierárquica das garantias são:</p><p>1. GARANTIA REAL: fornecida pela emissora pressupõe a obrigação de não alienar ou onerar o</p><p>bem registrado em garantia, tem preferência sobre outros credores, desde que averbada no regis-</p><p>tro. É uma garantia forte.</p><p>2. GARANTIA FLUTUANTE: assegura à debênture privilégio geral sobre o ativo da companhia,</p><p>mas não impede a negociação dos bens que compõem esse ativo. Ela marca lugar na fila dos cre-</p><p>dores, e está na preferência, após as garantias reais, dos encargos trabalhistas e dos impostos. É</p><p>uma garantia fraca, e sua execução privilegiada é de difícil realização, pois caso a emissora esteja</p><p>em situação financeira delicada, dificilmente haverá um ativo não comprometido pela companhia.</p><p>3. GARANTIA QUIROGRAFÁRIA: ou sem preferência, não oferece privilégio</p><p>algum sobre o ativo</p><p>da emissora, concorrendo em igualdade de condições com os demais credores quirografários (sem</p><p>preferência), em caso de falência da companhia.</p><p>4. GARANTIA SUBORDINADA: na hipótese de liquidação da companhia, oferece preferência de</p><p>pagamento tão somente sobre o crédito de seus acionistas.</p><p>Para decorar a ordem de prioridade das debêntures, memorize REFLUQUISU.</p><p>(sim, sei que ta escrito errado, mas funciona para prova! :D</p><p>REal</p><p>FLUtuante</p><p>QUIrografária</p><p>SUbordinada</p><p>#Dica do PaiEd</p><p>214</p><p>105</p><p>6.2.2 DEBÊNTURES INCENTIVADAS</p><p>A emissão do título destina-se ao financiamento de projetos voltados para a implantação, amplia-</p><p>ção, manutenção, recuperação ou modernização, entre outros, do setor de logística e transporte,</p><p>o qual está inserido o segmento portuário.</p><p>Principais diferenças de uma debênture comum:</p><p>1. prazo médio ponderado mínimo de 4 anos;</p><p>2. Isenção de Imposto de Renda para pessoa física.</p><p>3. Menor alíquota de imposto de renda para investidor pessoa jurídica (15%).</p><p>Porque as empresas optam em emitir debêntures como alternativa a empréstimos bancários.</p><p>#Dica do PaiEd</p><p>6.2.3 NOTAS PROMISSÓRIAS</p><p>Quem pode emitir: Sociedades anônimas não financeiras.</p><p>215</p><p>106</p><p>São vedadas as ofertas públicas de notas promissórias por instituições financeiras, sociedades cor-</p><p>retoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades de arrendamento mercantil.</p><p>Dessa forma, as Notas Promissórias dessas instituições não são valores mobiliários.</p><p>A venda de nota promissória comercial necessita obrigatoriamente de uma instituição financeira</p><p>atuando como agente colocador, podendo ser uma distribuidora ou corretora. Pode ser resgatada</p><p>antecipadamente (o que implica na extinção do título) caso o titular (investidor) da NP concorde.</p><p>A nota promissória comercial não possui garantia real, por isso é um instrumento para empresas</p><p>com bom conceito de crédito.</p><p>Prazo</p><p>• O prazo mínimo não tem.</p><p>• O prazo máximo da NP é 360 dias, independentemente do tipo de SA.</p><p>Índice de Preços: Como o prazo máximo de uma NP é de 360 dias, e a remuneração de ativos por</p><p>índice de preços exige prazo mínimo de um ano, uma NP não pode ser remunerada por índice de</p><p>preços. Ou seja, uma NP emitida com prazo de 1 ano teria um pouco mais de 360 dias, pois teria</p><p>365 ou 366 dias.</p><p>DEBÊNTURES X NOTA PROMISSÓRIAS (COMMERCIAL PAPERS)</p><p>DEBÊNTURES NOTA PROMISSÓRIAS</p><p>OBJETIVO</p><p>Captação de recursos para</p><p>financiamento de CAPITAL FIXO, mas</p><p>também pode ser de giro</p><p>Captação de recursos para</p><p>financiamento de CAPITAL DE</p><p>GIRO</p><p>PRAZO MÉDIO E LONGO PRAZO CURTO PRAZO</p><p>QUEM PODE EMITIR SA’s SA’s</p><p>QUEM NÃO</p><p>PODE EMITIR Instituições Financeiras Instituições Financeiras</p><p>PRAZO MÍNIMO</p><p>PARA RESGATE Não tem Não tem</p><p>PRAZO MÁXIMO</p><p>PARA RESGATE Não tem 360 dias</p><p>FGC Não está coberto Não está coberto</p><p>216</p><p>107</p><p>MÓDULO 07</p><p>7. MERCADO DE CÂMBIO E POLÍTICA CAMBIAL</p><p>7.1 MERCADO DE CÂMBIO</p><p>O mercado de câmbio brasileiro compreende as operações de compra e de venda de moeda es-</p><p>trangeira e as operações com ouro-instrumento cambial, realizadas com instituições autorizadas</p><p>pelo Banco Central do Brasil a operar no mercado de câmbio, bem como as operações em moeda</p><p>nacional entre residentes, domiciliados ou com sede no País e residentes, domiciliados ou com</p><p>sede no exterior.</p><p>Incluem-se no mercado de câmbio brasileiro as operações relativas aos recebimentos, pagamentos</p><p>e transferências do e para o exterior mediante a utilização de cartões de uso internacional e de</p><p>empresas facilitadoras de pagamentos internacionais, bem como as operações referentes às trans-</p><p>ferências financeiras postais internacionais, inclusive mediante vales postais e reembolsos postais</p><p>internacionais.</p><p>7.1.1 O QUE É CÂMBIO?</p><p>Quando um brasileiro vai viajar ao exterior e adquire dinheiro para usar no seu destino – por exem-</p><p>plo, o dólar, no caso dos Estados Unidos, e o peso, no caso da Argentina, essa aquisição é uma</p><p>operação de câmbio. Da mesma forma, importadores brasileiros realizam operações de câmbio</p><p>para trocar reais pela moeda do seu parceiro comercial a fim de pagar pelos itens que adquiriram.</p><p>Essas trocas de moedas acontecem no mercado de câmbio. Nele, turistas, comerciantes, empresas</p><p>e instituições financeiras compram e vendem moeda estrangeira (divisas) sob a regulação e super-</p><p>visão do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central (BC).</p><p>7.1.2 PRINCIPAIS OPERAÇÕES DE CÂMBIO</p><p>Câmbio para turista: Qualquer pessoa que vai viajar para o exterior pode comprar moeda do país</p><p>estrangeiro. Além de dinheiro em espécie, o viajante pode comprar moeda estrangeira também</p><p>em outras formas, como cartões pré-pagos.</p><p>Remessas pessoais: As pessoas podem também receber e enviar dinheiro para o exterior por meio</p><p>de operações de câmbio. Assim como no caso da compra de dinheiro para turismo, a transação</p><p>deve ser fechada em instituições autorizadas.</p><p>Importação e exportação: A empresa que faz transações comerciais com outros países conta com di-</p><p>versas maneiras para receber pelos seus produtos e serviços vendidos e para pagar seus compromissos.</p><p>217</p><p>108</p><p>7.1.3 COMO FAZER UMA OPERAÇÃO DE CÂMBIO?</p><p>As pessoas físicas e as pessoas jurídicas podem comprar e vender moeda estrangeira ou realizar</p><p>transferências internacionais em reais, de qualquer natureza, sem limitação de valor, sendo con-</p><p>traparte na operação agente autorizado a operar no mercado de câmbio, observada a legalidade</p><p>da transação, tendo como base a fundamentação econômica e as responsabilidades definidas na</p><p>respectiva documentação.</p><p>Documentos Exigidos</p><p>O Banco Central não estabelece quais documentos devem ser exigidos em cada operação de câm-</p><p>bio. Isso é responsabilidade do agente autorizado. O Banco Central estabelece apenas que a docu-</p><p>mentação deve ser suficiente para respaldar a pretendida operação de câmbio. Assim, a documen-</p><p>tação exigida pode variar de acordo com a operação e de instituição para instituição.</p><p>Nas operações com valor equivalente a até US$ 3 mil (ou equivalente em outra moeda), a regu-</p><p>lamentação cambial dispensa a apresentação de documentação referente aos negócios jurídicos</p><p>subjacentes, mas mantém a obrigatoriedade de identificação dos clientes.</p><p>Nesses casos é dispensada também a guarda de cópia dos documentos de identificação do cliente.</p><p>Em valores superiores ao limite estabelecido, além da obrigatoriedade da confecção de um contra-</p><p>to de câmbio, também deverá o cliente e a Instituição Autorizada guardar a documentação por um</p><p>período mínimo de 5 anos contados do término do exercício em que ocorreu a operação.</p><p>É facultada a realização de operações de câmbio por meio de máquina dispensadora de cédulas,</p><p>devendo o cliente ser identificado na forma especificada pelo Banco Central do Brasil.</p><p>7.1.4 AGENTES AUTORIZADOS A OPERAREM</p><p>As autorizações para a prática de operações no mercado de câmbio podem ser concedidas pelo</p><p>Banco Central do Brasil a bancos múltiplos, bancos comerciais, caixas econômicas, bancos de in-</p><p>vestimento, bancos de desenvolvimento, bancos de câmbio, sociedades de crédito, financiamento</p><p>e investimento, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades distribuidoras de</p><p>títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio.</p><p>I. Bancos, exceto de desenvolvimento, e a Caixa Econômica Federal: todas as operações do mer-</p><p>cado de câmbio;</p><p>II. Bancos de desenvolvimento e sociedades de crédito, financiamento e investimento: operações</p><p>específicas autorizadas pelo Banco Central do Brasil;</p><p>III. Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades distribuidoras de títulos e</p><p>valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio.</p><p>a) operações de câmbio com clientes para liquidação pronta de até US$300.000,00 (trezentos mil</p><p>dólares dos Estados Unidos) ou o seu equivalente em outras moedas</p><p>b) operações no mercado interbancário, arbitragens no País e, por meio de banco autorizado a</p><p>operar no mercado de câmbio, arbitragem com o exterior;</p><p>218</p><p>109</p><p>IV. Agências de turismo, observado o prazo de validade</p><p>da autorização do Banco Central, compra</p><p>e venda de moeda estrangeira em espécie, cheques e cheques de viagem relativos a viagens</p><p>internacionais</p><p>A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) está autorizada à prática das modalidades de</p><p>vale postal internacional e de reembolso postal internacional, podendo conduzir sob o mecanis-</p><p>mo de vale postal internacional operações com clientes, para liquidação pronta, não sujeitas ou</p><p>vinculadas a registro no Banco Central do Brasil e de até US$50.000,00 (cinquenta mil dólares dos</p><p>Estados Unidos) ou o seu equivalente em outras moeda.</p><p>Cuidado, em Abril de 2020 tivemos uma alteração no limite das Corretoras e Distribuidoras</p><p>de Valors Mobiliários para operações de câmbio de liquidação pronta, elevando limite de</p><p>100 mil para 300 mil dólares.</p><p>#PaiEd | Atualiza</p><p>Nas operações de câmbio com clientes para liquidação pronta de até US$100.000,00 (cem mil dóla-</p><p>res dos Estados Unidos), ou o seu equivalente em outras moedas, os agentes autorizados a operar</p><p>no mercado de câmbio devem encaminhar ao Banco Central do Brasil o Valor Efetivo Total (VET),</p><p>expresso em reais por unidade de moeda estrangeira e calculado considerando a taxa de câmbio,</p><p>os tributos incidentes e as tarifas eventualmente cobradas.</p><p>7.1.5 IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO</p><p>Exportação é a venda ou a saída de bens, produtos e serviços do Brasil para o exterior. Importação</p><p>é o movimento contrário, onde a saída é de capital e a entrada de bens, produtos ou serviços.</p><p>O recebimento dos valores decorrentes de operação de exportação pode ser feito por meio de:</p><p>I. crédito do valor em conta no exterior mantida pelo próprio exportador (nesse caso, os valores</p><p>podem ser integralmente mantidos no exterior e não precisam ser transferidos para o Brasil);</p><p>II. crédito em conta mantida no exterior por banco autorizado a operar no mercado de câmbio no</p><p>Brasil;</p><p>III. transferência internacional em reais, incluídas as ordens de pagamento oriundas do exterior em</p><p>moeda nacional;</p><p>IV. cartão de uso internacional, emitido no exterior, não havendo qualquer limite de valor assinala-</p><p>do para tanto;</p><p>V. vale postal internacional, nas operações até o valor equivalente a US$ 50 mil, observadas as con-</p><p>dições específicas dos Correios;</p><p>VI. em espécie, observada a regulamentação específica quanto ao ingresso de moeda em espécie</p><p>no País;</p><p>VII. empresas facilitadoras de pagamentos internacionais, mediante crédito a conta de depósito ou</p><p>conta de pagamento pré-paga em reais mantida pelo exportador em instituições financeiras e</p><p>demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central ou mediante crédito em cartão</p><p>de crédito de titularidade do exportador.</p><p>219</p><p>110</p><p>Como é feita o pagamento no exterior:</p><p>Agora pensa na dificuldade de alguém que vai exportar um produto. Produzir algo para vender</p><p>para fora do país pode ser tentador quando falamos em receber em dólar, mas os riscos são gran-</p><p>des, produzir entregar e não receber, para o importador de pagar e não receber a mercadoria.</p><p>Além disso as vezes o exportador pode precisar de recursos para produzir antes de exportar.</p><p>Nesses casos os bancos podem ajudar facilitando o crédito, antecipando esses contratos futuros.</p><p>Há 3 formas possíveis de financiamento de exportações:</p><p>I. Recebimento antecipado dos valores decorrentes das exportações;</p><p>II. Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC);</p><p>III. Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE).</p><p>7.1.6 ADIANTAMENTO SOBRE CONTRATO DE CÂMBIO (ACC)</p><p>é uma operação de crédito na qual a instituição financeira antecipa ao exportador o valor parcial</p><p>ou total em reais de um contrato de câmbio. Essa antecipação é feita antes do embarque da mer-</p><p>cadoria ou da prestação do serviço.</p><p>7.1.7 ADIANTAMENTO SOBRE CAMBIAIS ENTREGUES (ACE)</p><p>é uma operação de crédito similar, mas o valor, igualmente em moeda nacional, é concedido ao</p><p>exportador após o embarque da mercadoria ou a prestação do serviço.</p><p>7.2 TAXA DE CÂMBIO</p><p>A taxa de câmbio é livremente pactuada entre os agentes autorizados a operar no mercado de</p><p>câmbio ou entre estes e seus clientes.</p><p>Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em unidades monetárias de</p><p>outra moeda.</p><p>PTAX é a taxa que expressa à média das taxas de câmbio praticada no mercado interbancário. Di-</p><p>vulgada pelo BACEN.</p><p>TODAS as operações devem ter registro OBRIGATÓRIO no SISBACEN pelas instituições autorizadas</p><p>por ele a atuar.</p><p>220</p><p>111</p><p>As operações de câmbio, cujo instrumento de formalização e classificação segue modelo definido</p><p>pelo Banco Central do Brasil, podem ser contratadas para liquidação no prazo máximo de 1.500</p><p>dias, contados da data de sua contratação.</p><p>7.2.1 CÂMBIO PRONTO – TAXA SPOT</p><p>O câmbio pronto é uma operação de compra ou venda de moeda estrangeira à vista e possibilita o</p><p>fluxo de caixa para pagamento de obrigações ou recebimentos do exterior. Em outras palavras, é</p><p>uma modalidade sem risco de crédito. Isso ocorre por meio da contratação de câmbio para liquida-</p><p>ção em até dois dias úteis.</p><p>7.2.2 CÂMBIO FUTURO – TAXA FORWARD (NDF)</p><p>O câmbio futuro é uma modalidade pensada para empresas importadoras, exportadoras e presta-</p><p>doras de serviços. Trata-se de uma operação que visa proteger as operações de câmbio, travando a</p><p>taxa no momento exato da contratação. O câmbio futuro garante o valor total da operação e possí-</p><p>veis oscilações do mercado, com liquidação acima de dois dias úteis.</p><p>7.2.3 DÓLAR COMERCIAL, TURISMO E PARALELO</p><p>Essa imagem representa como o Banco Central</p><p>divulga a cotação de uma moeda. Note que não</p><p>existe variações de “tipo de dólar”, uma cotação</p><p>única, com valor diferente para compra ou venda.</p><p>Se o Banco Central não divulga, como que existe? Diferenciar os “tipos” de dólar é uma prática de</p><p>mercado. O Bacen deixa as taxas livremente pactuadas, porém como o custo de transação é dife-</p><p>rente quando se vai fazer um câmbio para utilizar a moeda em uma viagem (turismo) ou quando</p><p>você vai fazer uma operação de importação ou exportação (comercial), logo, os agentes autoriza-</p><p>dos precificam as cotações de forma segregada, diferenciando assim os preços.</p><p>221</p><p>112</p><p>Mas e o dólar paralelo? Então, já estudou por um curso paralelo? (risos). Tudo que é paralelo, vive</p><p>as margens da lei, ou seja, ilegal e é crime!</p><p>7.2.4 VALORIZAÇÃO E DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL</p><p>Como qualquer ativo, o que provoca a sua valorização ou desvalorização é a famosa “lei da procura</p><p>e oferta”. Embora não seja uma lei, propriamente dita, é uma regra que funciona para quase tudo</p><p>dentro da economia, ou seja, quanto mais tem, mais barato fica. Fiz esse infográfico a seguir para</p><p>ilustrar isso melhor para você.</p><p>Importante você tomar cuidado com o termo “desvalorização cambial”. Da uma ideia que o valor</p><p>do dólar ficou mais barato, sendo que na verdade é o contrário. Quando falamos em “desvaloriza-</p><p>ção cambial” estamos nos referindo a moeda local, ou seja, o real. Logo, desvalorização cambial,</p><p>nada mais é que dizer que o real ficou mais barato, frente a moeda estrangeira.</p><p>Entendeu? Então, mas porque o preço da moeda estrangeira não sobe ou cai de forma consisten-</p><p>te? Vou exemplificar para ficar mais fácil de você compreender.</p><p>Imagine que um dólar americano está custando R$ 5,80 e que o mercado acredita que está CARO,</p><p>analise as consequências abaixo:</p><p>Todo o movimento do mercado irá favorecer para uma desvalorização do dólar, ou seja, valoriza-</p><p>ção da moeda local, nesse exemplo reduzindo o valor do dólar de 5,80 para 4,80.</p><p>222</p><p>113</p><p>Agora vamos imaginar um cenário oposto, que o valor da moeda está R$ 3,80 e o mercado julga</p><p>como BARATO, analise as consequências abaixo:</p><p>O único problema dessas oscilações e ajustes naturais do mercado é que se ele demorar muito,</p><p>pode levar grandes negócios a falência. E aí que entra o banco Central, executando a sua política</p><p>cambial com objetivo de minimizar as oscilações.</p><p>7.3 POLÍTICA CAMBIAL</p><p>É o conjunto de medidas que define o regime de taxas de câmbio – flutuante, fixo, administrado</p><p>– e regulamenta as operações de câmbio. Dessa forma,</p><p>a política cambial define as relações finan-</p><p>ceiras entre o país e o resto do mundo, a forma de atuação no mercado de câmbio, as regras para</p><p>movimentação internacional de capitais e de moeda e a gestão das reservas internacionais.</p><p>As Reservas Internacionais de um país são formadas por ativos em moedas estrangeiras, como</p><p>Títulos depósitos bancários, ouro etc., que podem ser usados para pagamentos de dívidas interna-</p><p>cionais.</p><p>Tipos de política cambial que podem ser adotadas por um país:</p><p>POLÍTICA COMO FUNCIONA PRÓ CONTRA</p><p>Câmbio Fixo</p><p>Banco central estipula</p><p>um valor para cotação</p><p>da moeda estrangeira e</p><p>fixa. Esse preço não se</p><p>altera pelo fluxo de mo-</p><p>edas e sim apenas quan-</p><p>do a autoridade mone-</p><p>tária assim desejar.</p><p>Previsibilidade para quem</p><p>importa e exporta, viaja</p><p>etc. Imagina você progra-</p><p>mar sua viagem para os</p><p>EUA sabendo que o dólar</p><p>estará a um preço X e não</p><p>vai se alterar?</p><p>Não existe milagre. Se a quanti-</p><p>dade de moeda se altera (entra-</p><p>da e saída de dólar) o preço tam-</p><p>bém deveria se alterar. A única</p><p>maneira de isso não acontecer, é</p><p>o Banco Central utilizando suas</p><p>reservas internacionais para ga-</p><p>rantir moeda sempre que faltar.</p><p>Além de risco de quebra de um</p><p>país, pode gerar alta pressão in-</p><p>flacionária.</p><p>223</p><p>114</p><p>POLÍTICA COMO FUNCIONA PRÓ CONTRA</p><p>Câmbio</p><p>Flutuante</p><p>(sem</p><p>intervenção)</p><p>Nesse cenário o Banco</p><p>Central deixa o merca-</p><p>do estipular a cotação</p><p>da moeda estrangei-</p><p>ra, acreditando que os</p><p>ajustes necessários irão</p><p>sempre ocorrerem con-</p><p>forme interesse e neces-</p><p>sidade da economia.</p><p>Os preços estarão sempre</p><p>refletindo a realidade do</p><p>momento. São de certa for-</p><p>ma mais justos e reais e sur-</p><p>tos são corrigidos pelo pró-</p><p>prio mercado com o passar</p><p>do tempo. Utra vantagem é</p><p>que as reservas internacio-</p><p>nais são preservadas</p><p>A correção do mercado pode</p><p>passar muito tempo e isso gerar</p><p>inflação, quebra de empresas,</p><p>crises nas balanças, no PIB etc.</p><p>O mercado pode se regular, mas</p><p>a pergunta que fica é se quando</p><p>a mão invisível chegar, será que</p><p>o paciente ainda estará vivo?</p><p>Cambio</p><p>Flutuante</p><p>com</p><p>intervenção</p><p>(sujo) e</p><p>COM banda</p><p>cambial</p><p>Com essa política o</p><p>Banco Central do Bra-</p><p>sil pode intervir sempre</p><p>que achar necessário e</p><p>ao mesmo tempo DEVE</p><p>intervir sempre que as</p><p>cotações estiverem pró-</p><p>ximas das bandas esta-</p><p>belecidas (prometidas</p><p>ao mercado)</p><p>É uim meio termo entre fixo</p><p>e flutuante, nesse cenário</p><p>você não sabe o quanto</p><p>estará a moeda estrangeira</p><p>amanhã, mas saberá qual</p><p>será o seu mínimo e máxi-</p><p>mo, o que te da uma certa</p><p>previsibilidade, dependen-</p><p>do da banda estabelecida.</p><p>Assim como no fixo, a obrigato-</p><p>riedade de manter preço, pode</p><p>gerar inflação ou até mesmo fim</p><p>das reservas internacionais. É</p><p>menos arriscado que o fixo, mes-</p><p>mo assim, exige da autoridade</p><p>monetária intervenções sempre</p><p>que a cotação estiver próxima de</p><p>romper os limites por ela estabe-</p><p>lecidos e prometidos.</p><p>Cambio</p><p>Flutuante</p><p>com</p><p>intervenção</p><p>(sujo) e</p><p>SEM banda</p><p>cambial</p><p>Esse é a política atual do</p><p>Brasil, onde o banco cen-</p><p>tral interveem sempre</p><p>que achar necessário.</p><p>Sem a obrigatoriedade,</p><p>apenas conforme suas</p><p>políticas e interesses eco-</p><p>nômicos.</p><p>Como não há obrigatorie-</p><p>dade, governo não precisa</p><p>acabar com suas reservas,</p><p>ou coloca-las em risco, em</p><p>grandes surtos econômicos,</p><p>deixando a moeda oscilar,</p><p>sem forçar a sua cotação.</p><p>Imprevisibilidade. Não se sabe</p><p>quanto será o câmbio, nem míni-</p><p>mo e nem máximo. Difícil tomar</p><p>decisões de plantar para exportar</p><p>ou investir para vender depen-</p><p>dendo de insumos importados.</p><p>Saída são contratos de hedge, ou</p><p>seja, proteção contra oscilações.</p><p>O Brasil adota o regime de câmbio flutuante, o que significa que o BC não interfere no mercado</p><p>para determinar a taxa de câmbio, mas para manter a funcionalidade do mercado de câmbio.</p><p>A condução da política cambial afeta diretamente a vida do cidadão, mesmo que não tenha transa-</p><p>ções com exterior. A taxa de câmbio reflete nos preços dos produtos que o país importa e exporta,</p><p>influenciando assim os demais preços da economia.</p><p>Veja como é a política cambial no Brasil com ao longo da história:</p><p>224</p><p>115</p><p>7.4 SWAP CAMBIAL</p><p>Swap (do inglês, “troca”) é um derivativo financeiro que promove simultaneamente a troca de ta-</p><p>xas ou rentabilidade de ativos financeiros entre agentes econômicos. Por meio dele o BC procura</p><p>evitar movimento disfuncional do mercado de câmbio.</p><p>O objetivo dessas operações é prover “hedge” cambial – proteção contra variações excessivas da</p><p>moeda americana em relação ao real – e liquidez ao mercado de câmbio doméstico. A compra de</p><p>contrato de swap pelo BC funciona como injeção de dólares no mercado futuro.</p><p>Quando uma empresa possui um ativo financeiro indexado à variação do dólar comercial e deseja</p><p>trocar esse indexador por uma determinada taxa prefixada, sem se desfazer do ativo financeiro, ela</p><p>poderá realizar essa operação por meio de uma troca de taxas.</p><p>No contrato de swap, o BC se compromete a pagar ao detentor do swap a variação do dólar, acres-</p><p>cida de uma taxa de juros (“cupom cambial”), e a receber a variação da taxa de juros doméstica</p><p>acumulada no mesmo período (taxa Selic). Portanto, quem vende esse contrato fica protegido caso</p><p>a cotação do dólar aumente, mas tem de pagar a taxa Selic para o comprador, no caso o BC.</p><p>Essas operações foram autorizadas pela Lei Federal 11.908 de 2009:</p><p>“Fica o Banco Central do Brasil autorizado a realizar operações de swap de mo-</p><p>edas com bancos centrais de outros países, nos limites e condições fixados pelo</p><p>Conselho Monetário Nacional.�</p><p>Para se proteger dos riscos assumidos, o BACEN também realiza operações de swap com o Banco</p><p>Central dos Estados Unidos (FED).</p><p>Esses contratos de swap de moedas a ser firmado entre o Banco Central do Brasil e o Federal Re-</p><p>serve Bank of New York, tem como limite o valor em aberto das operações decorrentes não ultra-</p><p>passará o montante agregado de US$60 bilhões, admitindo-se a realização de operações até 30 de</p><p>setembro de 2021.</p><p>7.5 EFEITO FISHER (FISHER-OPEN)</p><p>O efeito Fisher define que a taxa de juros nominal é igual à taxa de juros real mais a expectativa de</p><p>inflação. Ou seja, considere que o Brasil tenha:</p><p>• Taxa Selic: 14%</p><p>• Expectativa de inflação no ano (IPCA): 6%</p><p>Concluimos que o nosso juros real é de aproximados 7,5%. Caso essa expectativa de inflação se</p><p>eleve, é de se esperar que a taxa de juros (nominal) também se eleve na mesma proporção.</p><p>Já o conceito de fisher-open indica que as taxas de câmbios à vista devem variar igualmente, mas</p><p>em direção oposta, À diferença entre a taxa de juros comparáveis entre dois países.</p><p>225</p><p>116</p><p>MÓDULO 08</p><p>8. GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL</p><p>A contração de financiamento é a operação que envolve o maior risco nos negócios, isto porque o</p><p>dinheiro é a mercadoria de maior liquidez.</p><p>Na contratação de empréstimo a instituição abre mão da liquidez e fica com a mera promessa de</p><p>receber a coisa emprestada, que pode retornar ou não. E, mesmo que retorne, pode não ser da</p><p>mesma forma líquida que saiu. O risco, portanto, não poderia ser maior.</p><p>DIREITOS DE GARANTIAS</p><p>CONCEITO:</p><p>É o compromisso adicional que se estabelece numa transação, como forma de assegurar sua realização.</p><p>AS GARANTIAS PODEM SER: Pessoais ou fidejussórias e Reais.</p><p>GARANTIAS PESSOAIS ou FIDEJUSSÓRIA: a garantia é pessoal. Isso significa que é prestada por</p><p>pessoas e não por bens específicos. Portanto, em caso de descumprimento de uma obrigação, o</p><p>pagamento do débito será assegurado por uma terceira pessoa.</p><p>• Aval</p><p>• Fiança</p><p>• Fiança Bancária</p><p>GARANTIAS REAIS: o cumprimento de uma obrigação é garantido por meio de um bem — móvel</p><p>ou imóvel. Como exemplo, podemos citar a hipoteca, o penhor e a anticrese.</p><p>• Hipoteca</p><p>• Penhor</p><p>• Alienação Fiduciária</p><p>8.1 GARANTIAS PESSOAIS</p><p>Garantia pessoal, também chamada garantia fidejussória, expressa a obrigação que alguém assu-</p><p>me, ao garantir o cumprimento de obrigação alheia – caso o devedor não o faça.</p><p>A Garantia Fidejussória é também chamada de garantia pessoal ou caução fidejussória. Ela consiste</p><p>em uma obrigação assumida por um terceiro, que oferta o seu patrimônio para garantir dívida ou</p><p>obrigações de outra pessoa.</p><p>226</p><p>117</p><p>Logo, nessa modalidade de garantia, alguém assume a responsabilidade por uma obrigação alheia,</p><p>pelo pagamento de uma indenização ou multa ocasionada pelo não cumprimento do devedor. Tra-</p><p>ta-se de um contrato de caráter acessório e unilateral.</p><p>Exemplos:</p><p>• Aval</p><p>• Fiança</p><p>8.1.1 AVAL</p><p>1 – Garantia autônoma e independente (a responsabilidade subsiste, ainda que a obrigação do ava-</p><p>lizado seja nula – falência – incapacidade – falsidade).</p><p>2 – somente em cambial (somente em títulos de crédito).</p><p>3 – obrigação solidária (o avalista tem a mesma responsabilidade que o avalizado – tem 100% de</p><p>responsabilidade).</p><p>4 – necessita da outorga conjugal (cód.civil-art.1647,iii) – outorga uxória (mulher casada) – outorga</p><p>marital (homem casado) exceto no regime de separação absoluta.</p><p>5 – o devedor principal não é obrigado a apresentar outro avalista em caso de morte do primeiro.</p><p>6 – não admite “benefício de ordem” ou “beneficio de excussão”.</p><p>Tipos de aval</p><p>Pode ser aposto no verso ou no anverso do título de crédito e, tão somente no título.</p><p>• aval em preto (indica, através de cláusula, o avalizado).</p><p>• aval em branco (é sempre em favor do sacador-credor).</p><p>Aval parcial ou limitado – é vedado o aval parcial. art.897 – parágrafo único do ncc., “exceto” na du-</p><p>plicata, cheque, letra de câmbio e nota promissória, em virtude das leis especiais prevalecerem sobre</p><p>as leis gerais. (as leis uniformes (especiais) sobre duplicata, cheque, letra de câmbio e nota promissó-</p><p>ria autorizam o aval parcial, por isso, o código civil tem sua ação nula perante esses títulos).</p><p>Aval póstumo (é dado após o vencimento do título – rolagem de dívida – tem o mesmo valor do</p><p>dado antes do vencimento).</p><p>• aval de aval ou sucessivo (é prestado a outro avalista).</p><p>Aval cumulativo (vários avalistas a um mesmo obrigado no título).</p><p>• cancelamento de aval o aval pode ser cancelado. art.898, parágrafo 2º. do ncc – “considera-se</p><p>não escrito o aval cancelado”.</p><p>227</p><p>118</p><p>8.1.2 FIANÇA</p><p>1 – garantia acessória e subsidiária (o fiador só se obrigará se o devedor principal não cumprir a</p><p>prestação devida, a menos que se tenha estipulado solidariedade).</p><p>2 – somente em contratos (nunca em cambiais – títulos).</p><p>3 – obrigação subsidiária: retratável (o fiador poderá exonerar-se da obrigação a todo o tempo, se</p><p>a fiança tiver duração ilimitada. ficando obrigado por todos os efeitos da fiança por 60 dias após a</p><p>notificação ao credor). art.835 do ncc.</p><p>4 – necessita da outorga conjugal – outorga uxória (mulher casada) – outorga marital (homem ca-</p><p>sado) exceto no regime de separação absoluta. art.1.647, inciso iii do ncc.</p><p>5 – o credor pode exigir outro fiador em caso de morte, insolvência ou incapacidade do primeiro.</p><p>art.826 do ncc.</p><p>6 – goza do “benefício de ordem” ou “benefício de excussão”- (consiste no direito assegurado ao</p><p>fiador de exigir do credor que acione, em primeiro lugar, o devedor principal, isto é, que os bens do</p><p>devedor principal sejam executados antes dos seus) art.827 do ncc.</p><p>Tipos de fiança:</p><p>• fiança comum ( é a normal, goza de todas as regalias da fiança).</p><p>• fiança solidária (é aquela em que o fiador abre mão de alguns benefícios, como o benefício de</p><p>ordem..., tornando-se quase avalista. (fiador solidário)</p><p>• fiança excessiva (não sendo limitada, a fiança compreenderá todos os acessórios da dívida prin-</p><p>cipal, inclusive as despesas judiciais , desde a citação do fiador). art.822 do ncc.</p><p>• fiança limitada (se a fiança for dada para uma parte do débito, não se estenderá ao restante).</p><p>art.823 do ncc.</p><p>• sub-fiança (é a fiança que garante outra fiança).</p><p>IMPORTANTE: A fiança conjuntamente prestada a um só débito por mais de uma pessoa importa o</p><p>compromisso de solidariedade entre elas, se declaradamente não se reservarem o benefício de divisão.</p><p>Os fiadores são solidários entre si, em regra, exceto em caso de benefício da divisão.</p><p>Benefício de divisão – cada fiador, responde unicamente pela parte que, em proporção, couber-</p><p>-lhe no pagamento. – cada fiador pode fixar no contrato a parte da dívida que toma sob sua res-</p><p>ponsabilidade. art. 829 de ncc.</p><p>228</p><p>119</p><p>Benefício de sub-rogação – é um dos direitos relativos aos efeitos da “fiança” em que o fiador que</p><p>pagar integralmente a dívida, fica sub-rogado nos direitos do credor, podendo demandar a cada</p><p>um dos outros fiadores pela respectiva cota. (art. 831 do ncc).</p><p>Obs.: quando o credor, sem justa causa, demorar a execução iniciada contra o devedor, poderá o</p><p>fiador promover-lhe o andamento. art. 834 do ncc.</p><p>8.1.3 FIANÇA BANCÁRIA</p><p>A fiança bancária, uma modalidade de garantia concedida por um Banco (fiador), através de carta</p><p>de fiança, em que a instituição financeira garante o cumprimento da obrigação assumida por seus</p><p>clientes (afiançados) na qual o Banco assume a qualidade de fiador.</p><p>O Banco se responsabiliza total ou parcialmente pelo cumprimento da obrigação assumida pela</p><p>empresa afiançada, proporcionando ao devedor, de um lado, credibilidade e tranquilidade em suas</p><p>negociações, e ao credor, de outro, a segurança ao recebimento do pagamento.</p><p>Tipo de garantia onde o banco (fiador) se solidariza com o seu cliente (afiançado);</p><p>• Utilização:</p><p>• obtenção de empréstimos e financiamentos no País;</p><p>• habilitação em concorrência pública;</p><p>• locação;</p><p>• adiantamento por encomenda de bens</p><p>• Acesso as linhas de crédito em outros bancos;</p><p>• Garantias em concorrências e execuções de obras públicas;</p><p>• Financiamentos para exportação;</p><p>• Em operações na BM&F.</p><p>• Tipos de Fiança Bancária:</p><p>• BID BOND: concorrências públicas no exterior;</p><p>• PERFORMANCE BOND: garantias de contratos de execução longa. Exemplo: EMBRAER;</p><p>• ADVANCED PAYMENT BOND: garantia de pagamento antecipado ao exportador no exterior;</p><p>• REFUNDMENT BOND: assegurar o recebimento do importador em casos de pagamento</p><p>antecipado.</p><p>• Obs.: A fiança bancária NÃO é um empréstimo por isso, só incide IOF caso o banco seja obri-</p><p>gado a honrar a fiança.</p><p>229</p><p>120</p><p>8.1.4 AVAL X FIANÇA</p><p>8.2 GARANTIAS REAIS</p><p>Garantias reais são aquelas em que o cumprimento de determinada obrigação é garantido por</p><p>meio de um bem móvel ou imóvel.</p><p>Principais exemplos:</p><p>• Hipoteca</p><p>• Penhor</p><p>• Alienação Fiduciária</p><p>8.2.1 HIPOTECA</p><p>HIPOTECA (se dá com bens imóveis, ou seja, a garantia real sobre uma coisa, em regra, IMÓVEL).</p><p>Exceções: navios – aeronaves – minas e pedreiras – estradas de ferro com as máquinas.</p><p>1. É nula a cláusula que proíbe ao proprietário alienar (vender) imóvel hipotecado. Art. 1.475 do NCC.</p><p>2. REGISTRO DA HIPOTECA – As hipotecas serão registradas no cartório do lugar do imóvel</p><p>(Registro de Imóveis), ou de cada um deles, se o título se referir a mais de um. Art. 1.492.</p><p>3. O Registro da hipoteca, sobre ESTRADAS DE FERRO, será no Município da “estação” inicial da</p><p>respectiva linha. Art. 1.502</p><p>4. A hipoteca dos NAVIOS e das AERONAVES reger-se-á pelo disposto em lei especial. Parágrafo</p><p>único do art. 1.473</p><p>230</p><p>121</p><p>REGISTRO – não se registrarão, no mesmo dia, duas hipotecas, sobre o mesmo imóvel, em favor de pes-</p><p>soas diversas, salvo se as escrituras, do mesmo dia, indicarem à hora em que foram lavradas. Art.1.494</p><p>O IMÓVEL PODERÁ SER HIPOTECADO MAIS DE UMA VEZ. Art. 1.494</p><p>DA EXTINÇÃO DA HIPOTECA – A hipoteca extingue-se:</p><p>I – pela extinção da obrigação principal;</p><p>II – pelo perecimento da coisa;</p><p>III – pela resolução da propriedade;</p><p>IV – pela renuncia do credor;</p><p>V – pela remição;</p><p>VI – pela arrematação ou adjudicação.</p><p>• Extingue-se ainda a hipoteca com a averbação, no Registro de Imóveis, do cancelamento do</p><p>registro, à vista da respectiva prova. Art. 1.500 (arts. 1.473 a 1.505 do NCC.)</p><p>PODEM SER OBJETO DE HIPOTECA –Art. 1.473,</p><p>1. os imóveis e os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles;</p><p>2. domínio direto;</p><p>3. domínio</p><p>4. as estradas de ferro;</p><p>5. os recursos naturais a que se refere o art. 1.230, independentemente do solo onde</p><p>se acham;</p><p>jazidas, minas, recursos minerais, potenciais recursos de energia hidráulica, monumentos</p><p>arqueológicos, etc.</p><p>6. os navios;</p><p>7. as aeronaves.</p><p>8. o direito de uso especial para fins de moradia;</p><p>9. o direito real de uso;</p><p>10. a propriedade superficiário</p><p>8.2.2 PENHOR MERCANTIL</p><p>PENHOR INDUSTRIAL e MERCANTIL (máquinas – aparelhos – materiais – instrumentos, instalados</p><p>ou em funcionamento, com os acessórios ou sem eles – animais utilizados na indústria – sal e bens</p><p>destinados a exploração de salinas – produtos da suinocultura – animais destinados à industrializa-</p><p>ção de carnes e derivados – matérias-primas e produtos industrializados). Art. 1.447.</p><p>REGISTRO – Cartório de Registro de Imóveis.</p><p>O credor poderá tomar em garantia um ou mais objetos até o valor da dívida. Art. 1.469.</p><p>231</p><p>122</p><p>Os credores, podem fazer efetivo o penhor, antes de recorrerem à autoridade judiciária, sempre</p><p>que haja perigo de demora, dando aos devedores comprovantes dos bens de que se apossarem.</p><p>Art. 1.470.</p><p>PODEM SER OBJETO DE PENHOR:</p><p>• Coisas móveis corpóreas, individualmente ou com acessórios;</p><p>• Coisas fungíveis;</p><p>• Coisas em coletividade (rebanho, biblioteca, gêneros de um armazém);</p><p>• Coisas fungíveis e dinheiro</p><p>• Títulos da dívida pública;</p><p>• Títulos de crédito;</p><p>• Ações de companhias;</p><p>• Dívidas ativas, direitos e ações de qualquer natureza;</p><p>• Quota parte na propriedade comum;</p><p>• O proveito do usufruto de coisa móvel;</p><p>• Frutos pendentes, máquinas, instrumentos e animais dos estabelecimentos agrícolas;</p><p>• Mercadorias depositadas em armazéns.</p><p>8.2.3 ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA</p><p>O bem, móvel ou imóvel – ficará em poder do devedor (fiduciante), alienando ao financiador (fidu-</p><p>ciário), em garantia do pagamento da dívida contraída. Em outras palavras, o bem móvel ou imó-</p><p>vel, que comprei a prazo e estou devendo é a garantia do débito.</p><p>• Bem “móvel” – Dec. 911/69</p><p>• Bem “imóvel” – Lei 9.514/97</p><p>REGISTROS – Bem móvel no Cartório de Títulos e Documentos e, bem imóvel no Cartório de Regis-</p><p>tro de Imóveis.</p><p>FAQ – ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA</p><p>1. O QUE É O CONTRATO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA?</p><p>Para que se entenda de maneira bem simples o contrato de alienação fiduciária, muito utilizado na</p><p>compra de veículos ou computadores, temos que, inicialmente, saber como ele funciona.</p><p>Como exemplo, vamos partir da situação onde o consumidor deseja adquirir um determinado bem,</p><p>uma motocicleta ou um carro, mas não possui o dinheiro necessário ou tem somente uma parte</p><p>dele para pagar a entrada.</p><p>Nestas situações, bastante comuns no dia-a-dia, o consumidor se dirige a uma revenda, onde será</p><p>escolhido o veículo desejado. Depois, esta empresa, sabendo que o consumidor não tem a quantia</p><p>necessária para adquirir o veículo à vista, oferecerá algumas opções de financiamento com os ban-</p><p>cos com os quais possui parceria comercial e encaminhará uma proposta em nome do consumidor.</p><p>232</p><p>123</p><p>Assim, após a análise e aprovação do crédito, o consumidor adquire a posse do veículo mas este</p><p>bem ficará vinculado ao contrato de financiamento, como sendo de propriedade do banco até o</p><p>final do pagamento das parcelas, servindo de garantia ao valor financiado.</p><p>Ocorrendo a quitação do contrato, o banco passará a propriedade do bem ao consumidor sempre</p><p>lembrando que, no caso de veículos, deverá haver comunicação aos órgãos de trânsito da liberação</p><p>da restrição no documento de propriedade do veículo.</p><p>2. O QUE PODERÁ OCORRER CASO O CONSUMIDOR NÃO CONSIGA PAGAR AS PRESTAÇÕES DO</p><p>FINANCIAMENTO?</p><p>Nestas situações, onde consumidor deixa de pagar as prestações do contrato, o banco poderá in-</p><p>gressar com ação de execução da dívida ou com a ação de busca e apreensão do bem alienado.</p><p>Para a ação de busca e apreensão, exige-se a comprovação da mora do devedor, mediante carta</p><p>registrada expedida pelo Cartório de Títulos e Documentos ou pelo protesto do título, e também</p><p>que o devedor tenha recebido a comunicação do protesto ou da notificação extrajudicial em seu</p><p>endereço, mesmo que não tenha sido entregue pessoalmente.</p><p>Proposta a ação com as provas acima, o Juiz defere a liminar de busca e apreensão ou, se o deve-</p><p>dor já pagou ao menos 40% do contrato, para colocar em dia o pagamento das parcelas devidas e</p><p>demais encargos.</p><p>3. O QUE ACONTECE COM O BEM CASO O JUIZ DETERMINE A BUSCA E APREENSÃO LIMINAR-</p><p>MENTE OU O CONSUMIDOR NÃO CONSIGA PAGAR O VALOR ATRASADO?</p><p>De acordo com a lei, o banco não pode ficar com o bem, que deverá ser vendido. Isto não significa</p><p>a quitação da dívida. O devedor continua pessoalmente obrigado a pagar o saldo, se houver, caso</p><p>o resultado da venda seja inferior ao da dívida, algo que ocorre na maioria dos casos, e poderá ter</p><p>seu nome inscrito nos bancos de dados de restrição ao crédito, como a Serasa e SPCs, em relação</p><p>ao saldo contratual inadimplido.</p><p>É importante lembrar que este o valor de venda do veículo não pode estar abaixo de mercado, sob</p><p>pena de causar sérios prejuízos ao consumidor e, caso o banco se negue a informá-lo, entendemos</p><p>que a pessoa prejudicada poderá ingressar com ação judicial de prestação de contas, exigindo de-</p><p>talhes sobre a avaliação dada ao bem e sobre os valores arrecadados na sua venda.</p><p>Nada impede, porém, que o consumidor em dificuldades para pagar as parcelas, devolva o bem</p><p>para o banco e, nesta devolução, seja feito um acordo prevendo a quitação do saldo devedor. Como</p><p>o consumidor pode se defender quando não se nega a pagar as parcelas atrasadas mas o banco,</p><p>antes de qualquer a ação judicial, quer cobrar valores abusivos e honorários de cobrança ou advo-</p><p>catícios? Nestas situações, o consumidor pode fazer uma consignação em pagamento dos valores</p><p>das parcelas atrasadas. Na prática, isto significa que o consumidor fará um depósito, em um banco</p><p>oficial, dos valores que entende corretamente devidos. Pode ser de uma ou mais parcelas. Feito o</p><p>depósito, o devedor deverá comunicar o credor, por meio de carta com aviso de recebimento (AR)</p><p>que, pelo fato de não concordar com o valor cobrado, optou por pagar as parcelas em atraso por</p><p>meio de consignação extrajudicial. Juntamente com a correspondência, deverá ser enviada uma</p><p>cópia do comprovante de depósito.</p><p>Após o recebimento desta carta, o banco terá um prazo de 10 dias para negar, por escrito, este</p><p>depósito das parcelas atrasadas, geralmente por entender que o valor depositado é insuficiente.</p><p>233</p><p>124</p><p>Se não houver negativa por escrito, a parcela ou parcelas em atraso que foram depositadas serão</p><p>consideradas quitadas.</p><p>No caso de negativa do banco, o devedor ainda poderá optar por fazer esta consignação por meio</p><p>de ação judicial e pedir liminarmente para o Juiz que, ao citar o banco, impeça o mesmo de ingressar</p><p>com ação de busca e apreensão por causa do oferecimento do pagamento das parcelas em atraso na</p><p>Justiça. Este procedimento é legal e está previsto no artigo 890 e seguintes do Código de Processo</p><p>Civil mas, infelizmente, poucos consumidores o conhecem. De quem é a responsabilidade por multas</p><p>e acidentes de trânsito nos casos de veículos adquiridos por meio de alienação fiduciária?</p><p>Diversas decisões judiciais já apontaram que a responsabilidade, nesta situações, é da pessoa que</p><p>adquiriu o veículo, apesar de o bem ser de propriedade do banco.</p><p>4. O CONSUMIDOR PODERÁ SE DEFENDER NA AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO PEDINDO A REVI-</p><p>SÃO JUDICIAL DO CONTRATO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA?</p><p>Sim, apesar do decreto-lei nº 911/69 prever no artigo 3º, parágrafo 2º, que a defesa nas ações de</p><p>busca e apreensão seja limitada para alegar o pagamento do débito vencido ou o cumprimento</p><p>das obrigações contratuais, entende-se que tal restrição fere as garantias constitucionais da ampla</p><p>defesa e do contraditório.</p><p>Assim, o consumidor, em sua defesa, poderá formular qualquer tipo de defesa e até requerer, por meio</p><p>de reconvenção, a revisão judicial dos juros do contrato e de quaisquer outros encargos ali previstos.</p><p>5. DEVOLVER O BEM (VEÍCULO ETC) ALIENADO QUITA A DÍVIDA?</p><p>Na maioria dos casos NÃO!</p><p>No contrato de alienação fiduciária</p><p>(financiamento) o agente alienante (banco ou outra instituição</p><p>financeira) “empresta” o dinheiro para que a pessoa compre o bem (veículo etc), mas fica com a</p><p>propriedade deste até que o financiamento seja quitado.</p><p>Ou seja, o bem (veículo etc.) fica em garantia para pagamento da dívida e se o contratante não pa-</p><p>gá-la, o banco pode entrar com ação de busca e apreensão para retira-lo a fim de vender em leilão</p><p>para cobrir o saldo negativo existente.</p><p>Pela lei da alienação fiduciária, o banco é obrigado a vender o bem financiado (veículo etc.) em leilão</p><p>e esta venda normalmente se dá por valor entre 50% a 70% do valor de mercado do bem. Após, pa-</p><p>gos os custos com leiloeiro, custas judiciais e honorários advocatícios, o que sobrar do valor vai para</p><p>abater a dívida. Portanto, normalmente, o valor que sobra não é suficiente para cobrir o financiamen-</p><p>to, ficando um saldo devedor a ser pago. Por isto, o consumidor deve ter muito cuidado, pois muitas</p><p>instituições financeiras, através de empresas de cobranças, costumam dizer que a devolução quita</p><p>a dívida e o consumidor devolve o bem (veículo etc.) e não pede o termo de quitação (documento</p><p>assinado e carimbado pelo banco dando a dívida por quitada) e após algum tempo, o consumidor</p><p>descobre que ainda é devedor e que seu nome está registrado no SPC e SERASA por causa de dívidas.</p><p>Então, muito cuidado ao negociar a devolução do bem (veículo etc.) alienado pensando que estará</p><p>quitando a dívida, pois somente haverá garantias quando a instituição financeira dá o comprovan-</p><p>te de quitação do contrato e da dívida, através de documento assinado e carimbado pela mesma!</p><p>234</p><p>125</p><p>6. BENS ALIENADOS (VEÍCULOS ETC...) PODEM SER PENHORADOS PARA PAGAR DÍVIDAS?</p><p>Sim. Embora não seja algo comum de acontecer, os bens alienados (veículos etc.) podem ser pe-</p><p>nhorados, na justiça, para pagamento de dívidas.</p><p>Neste caso, quando o bem é levado a leilão o agente alientante (instituição financeira) terá a pre-</p><p>ferência no recebimento do saldo devedor do contrato de alienação (financiamento) e o saldo da</p><p>venda iria para o credor que pediu a penhora.</p><p>8.4.4 DIFERENÇA HIPOTECA E ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA</p><p>Hipoteca Alienação Fiduciária</p><p>Tipo de Bem Imóveis Moveis e Imóveis</p><p>Constituição Escritura pública e</p><p>Registro cartório Registro em Instrumento Particular</p><p>Direitos</p><p>Devedor sobre</p><p>o imóvel</p><p>Propriedade e Posse do bem Somente a posse, propriedade transferida para</p><p>o credor que ainda tem a posse indireta do bem</p><p>Eficácia Sujeito a concurso de credores Imunidade ao concurso de credores</p><p>Execução Judicial – Lenta Extrajudicial – rápida</p><p>235</p><p>126</p><p>MÓDULO 09</p><p>9. PREVENÇÃO E COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO</p><p>E AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO (PLD/FT)</p><p>Sobre a legislação de lavagem de dinheiro. O combate a Lavagem de dinheiro, foi reforça-</p><p>do com legislação específica da CVM (INCVM 617) e aprimorado com novas legislações do</p><p>BACEN (Circular 3.978, carta circular 4.037 entre outros). Essa apostila está 100% conforme</p><p>a nova legislação, então aproveite! Muitos materiais de cursos e “professores” estão desa-</p><p>tualizados, portanto, Cuidado!</p><p>#PaiEd | Atualiza</p><p>9.1 LAVAGEM DE DINHEIRO</p><p>O crime de lavagem de dinheiro caracteriza-se por um conjunto de operações comerciais ou financeiras</p><p>que buscam a incorporação na economia de cada país, de modo transitório ou permanente, de recur-</p><p>sos, bens e valores de origem ilícita e que se desenvolvem por meio de um processo dinâmico que en-</p><p>volve, teoricamente, três fases independentes que, com frequência, ocorrem simultaneamente.</p><p>Há mais de 20 anos, percebeu-se a necessidade da adoção de um esforço internacional conjunto</p><p>para combater a lavagem de dinheiro, envolvendo não somente os governos dos diversos países,</p><p>mas também o setor privado, especialmente o sistema financeiro. Mais recentemente, os atenta-</p><p>dos terroristas em diversas partes do mundo revigoraram a necessidade desse esforço global, com</p><p>o objetivo de buscar a eliminação das fontes de financiamento ao terrorismo.</p><p>Para disfarçar os lucros ilícitos sem comprometer os envolvidos, a lavagem de dinheiro realiza-</p><p>-se por meio de um processo dinâmico que requer: primeiro, o distanciamento dos fundos de</p><p>sua origem, evitando uma associação direta deles com o crime; segundo, o disfarce de suas várias</p><p>movimentações para dificultar o rastreamento desses recursos; e terceiro, a disponibilização do</p><p>dinheiro novamente para os criminosos depois de ter sido suficientemente movimentado no ciclo</p><p>de lavagem e poder ser considerado “limpo”.</p><p>Em termos mais gerais, lavar recursos é fazer com que produtos de crime pareçam ter sido adqui-</p><p>ridos legalmente.</p><p>9.1.1 FASES LAVAGEM DE DINHEIRO</p><p>FASE 1: COLOCAÇÃO</p><p>A primeira etapa do processo é a colocação do dinheiro no sistema econômico. Objetivando ocul-</p><p>tar sua origem, o criminoso procura movimentar o dinheiro em países com regras mais permissivas</p><p>e naqueles que possuem um sistema financeiro liberal.</p><p>236</p><p>127</p><p>A colocação se efetua por meio de depósitos, compra de instrumentos negociáveis ou compra de</p><p>bens. Para dificultar a identificação da procedência do dinheiro, os criminosos aplicam técnicas</p><p>sofisticadas e cada vez mais dinâmicas, tais como o fracionamento dos valores que transitam pelo</p><p>sistema financeiro e a utilização de estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham com</p><p>dinheiro em espécie.</p><p>FASE 2: OCULTAÇÃO OU EXTRATIFICAÇÃO</p><p>A segunda etapa do processo consiste em dificultar o rastreamento contábil dos recursos ilícitos.</p><p>O objetivo é quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade da realização de investigações so-</p><p>bre a origem do dinheiro. Os criminosos buscam movimentá-lo de forma eletrônica, transferindo</p><p>os ativos para contas anônimas – preferencialmente, em países amparados por lei de sigilo ban-</p><p>cário – ou realizando depósitos em contas abertas em nome de “laranjas” ou utilizando empresas</p><p>fictícias ou contas “fantasmas”.</p><p>FASE 3: INTEGRAÇÃO</p><p>Nesta última etapa, os ativos são incorporados formalmente ao sistema econômico. As organiza-</p><p>ções criminosas buscam investir em empreendimentos que facilitem suas atividades – podendo</p><p>tais sociedades prestarem serviços entre si. Uma vez formada a cadeia, torna-se cada vez mais fácil</p><p>legitimar o dinheiro ilegal.</p><p>Essa integração pode ser realizada de diversas maneiras, como por exemplo quando essa empresa</p><p>estrangeira ou fundo offshore adquirem participações de empresas no Brasil onde os sócios são</p><p>direto ou indiretamente pessoas ligadas aos criminosos.</p><p>Fiz esse infográfico para te ajudar a entender melhor o processo como um todo.</p><p>237</p><p>128</p><p>EXEMPLOS DE CADA UMA DAS FASES</p><p>FASE Exemplo</p><p>Colocação</p><p>1. Comprar uma propriedade rural com dinheiro do crime.</p><p>2. Ir em uma casa de câmbio e fazer remessa de recursos ilícitos para uma conta no exterior.</p><p>Ocultação</p><p>(estratificação)</p><p>1. Enviar recursos provenientes de crimes para paraísos fiscais.</p><p>2. Fazer câmbio de notas oriundas de um crime por moeda de outro país.</p><p>Integração</p><p>1. Comprar hotéis, restaurantes, negócios, com dinheiro oriundo de contas no exterior</p><p>sem procedências.</p><p>2. Compra de bens com doações originárias de contas “fantasmas”, empresas de</p><p>“fachada” etc.</p><p>9.1.2 LAVAGEM DE DINHEIRO X SONEGAÇÃO FISCAL</p><p>Como você notou, em um processo clássico de lavagem de dinheiro, recursos são enviados para</p><p>países que possuem imunidade tributária “paraísos fiscais”, como por exemplo: Bahamas, Emira-</p><p>dos Árabes Unidos, Hong Kong, Luxemburgo, Suíça, Panamá, Ilhas Cayman entre outros.</p><p>O objetivo de envio para esses países não é o de não pagar impostos, ou deixar de pagar impostos</p><p>no Brasil (sonegar) e sim aproveitar-se de sigilo bancário dado pelo sistema financeiro de cada um.</p><p>A grande diferença de enviar o dinheiro sujo para os Estados Unidos ou para Bahamas, por exem-</p><p>plo, dar-se pelo fato de que se algum dia o Brasil resolver pedir ao outro país informações sobre va-</p><p>lores, movimentações vinculadas a titularidade de determinado individuo, o governo de Bahamas</p><p>provavelmente não irá fornecer. Então advinha para onde</p><p>os criminosos vão?</p><p>Fiz esse quadro para resumir a diferença, espero que entenda:</p><p>De forma resumida, sonegação fiscal é um valor que você pode declarar, pagar os impostos devi-</p><p>dos e regularizar sua infração. Já lavagem de dinheiro, a declaração do valor acarreta especificar a</p><p>origem ilícita, que pode ser um crime financeiro, roubo, sequestro etc.</p><p>9.1.3 SUJEITO A LEI</p><p>Sujeitam-se às obrigações as pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter permanente ou</p><p>eventual, como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não:</p><p>I. a captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de terceiros, em moeda nacional</p><p>ou estrangeira;</p><p>238</p><p>129</p><p>II. a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ativo financeiro ou instrumento cambial;</p><p>III. a custódia, emissão, distribuição, liqüidação, negociação, intermediação ou administração de</p><p>títulos ou valores mobiliários.</p><p>9.1.4 PENA</p><p>Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade</p><p>de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.</p><p>Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa</p><p>Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores</p><p>provenientes de infração penal.</p><p>I – os converte em ativos lícitos;</p><p>II – os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito, movi-</p><p>menta ou transfere;</p><p>III – importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros.</p><p>A multa pecuniária, aplicada pelo COAF, será variável não superior:</p><p>a) ao dobro do valor da operação;</p><p>b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação;</p><p>c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais).</p><p>ELEVAÇÃO DA PENA: A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos nesta Lei</p><p>forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa</p><p>REDUÇÃO DA PENA: poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime aberto ou</p><p>semiaberto, facultando-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena</p><p>restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autori-</p><p>dades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais, à identificação</p><p>dos autores, coautores e partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime.</p><p>(Delação premiada)</p><p>9.1.5 OPERAÇÕES SUSPEITAS</p><p>Todas operações estão listadas na CARTA CIRCULAR Nº 4.001 (Janeiro 2020). Como é muito exten-</p><p>so e as vezes até de fácil dedução, listei as principais:</p><p>As operações ou as situações descritas a seguir exemplificam a ocorrência de indícios de suspeita</p><p>para fins dos procedimentos de monitoramento e seleção</p><p>I – Operações em Espécies</p><p>a) movimentação em espécie, que apresentem atipicidade em relação à atividade econômica do</p><p>cliente ou incompatibilidade com a sua capacidade financeira;</p><p>239</p><p>130</p><p>b) aumentos substanciais no volume de depósitos ou aportes em espécie dentro de curto período</p><p>de tempo, a destino não relacionado com o cliente;</p><p>c) fragmentação de depósitos ou outro instrumento de transferência de recurso em espécie, in-</p><p>clusive boleto de pagamento, de forma a dissimular o valor total da movimentação;</p><p>d) fragmentação de saques em espécie, a fim de burlar limites regulatórios de reportes;</p><p>e) depósitos ou aportes em espécie em contas de clientes que exerçam atividade comercial rela-</p><p>cionada com negociação de bens de luxo ou de alto valor, tais como obras de arte, imóveis, barcos,</p><p>joias, automóveis ou aeronaves;</p><p>f) depósitos ou aportes em espécie com cédulas úmidas, malcheirosas, mofadas, ou ainda que</p><p>apresentem marcas, símbolos ou selos desconhecidos, empacotadas em maços desorganizados e</p><p>não uniformes;</p><p>g) depósitos em espécie relevantes em contas de servidores públicos e de qualquer tipo de Pesso-</p><p>as Expostas Politicamente (PEP)</p><p>III – situações relacionadas com a identificação e qualificação de clientes:</p><p>a) resistência ao fornecimento de informações necessárias para o início de relacionamento ou</p><p>para a atualização cadastral;</p><p>b) oferecimento de informação falsa;</p><p>c) abertura, movimentação de contas ou realização de operações por detentor de procuração ou</p><p>de qualquer outro tipo de mandato;</p><p>d) representação de diferentes pessoas jurídicas ou organizações pelos mesmos procuradores ou</p><p>representantes legais, sem justificativa razoável para tal ocorrência;</p><p>9.1.6 DO REGISTRO DE OPERAÇÕES</p><p>As instituições financeiras devem manter registros de todas as operações realizadas, produtos e</p><p>serviços contratados, inclusive saques, depósitos, aportes, pagamentos, recebimentos e transfe-</p><p>rências de recursos que devem conter, no mínimo, as seguintes informações sobre cada operação:</p><p>I. tipo;</p><p>II. valor, quando aplicável;</p><p>III. data de realização;</p><p>IV. nome,</p><p>V. CPF ou CNPJ do beneficiário da operação (valores acima de R$ 2.000,00)</p><p>VI. canal utilizado.</p><p>Os registros devem ser realizados inclusive nas situações em que a operação ocorrer no âmbito da</p><p>mesma instituição.</p><p>240</p><p>131</p><p>As instituições financeiras devem requerer dos sacadores clientes e não clientes solicitação de</p><p>provisionamento com, no mínimo, três dias úteis de antecedência, das operações de saque, in-</p><p>clusive as realizadas por meio de cheque ou ordem de pagamento, de valor igual ou superior a</p><p>R$50.000,00 (cinquenta mil reais)</p><p>9.1.7 DA COMUNICAÇÃO DE OPERAÇÕES EM ESPÉCIE</p><p>As instituições devem comunicar ao Coaf:</p><p>I – as operações de depósito ou aporte em espécie ou saque em espécie de valor igual ou superior</p><p>a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais);</p><p>II – a solicitação de provisionamento de saques em espécie de valor igual ou superior a</p><p>R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).</p><p>A comunicação mencionada deve ser realizada até o dia útil seguinte ao da ocorrência da operação</p><p>ou do provisionamento.</p><p>A comunicação é feita através do SISCOAF – Sistema de Controle de Atividades Financeiras</p><p>9.1.8 MUDANÇAS NA LEGISLAÇÃO: AVALIAÇÃO DE RISCO</p><p>A principal mudança na forma de combater a lavagem de dinheiro está no formato como eram</p><p>classificadas e denunciadas as atividades suspeitas.</p><p>Até final de 2019 a legislação especifica adotava procedimentos protocolar a serem observado pe-</p><p>las instituições financeiras e demais agentes que deveriam combater esse tipo de crime.</p><p>Com a nova legislação, vigente à partir de 2020, sugere a classificação dos clientes, atividades, devem</p><p>se dar em função da característica de avaliação de risco, devendo a instituição regulada classificar:</p><p>Note que a classificação de Risco não se resume APENAS a CLIENTES. Inclusive se aplica aos pró-</p><p>prios produtos e serviços oferecido por cada instituição. Todos devem ser classificados conforme</p><p>os seus riscos.</p><p>A CVM definiu inclusive quais são os grupos de riscos que devem segmentados, já o BACEN deixou</p><p>a critério das Instituições Financeiras criarem suas próprias metodologias:</p><p>241</p><p>132</p><p>Indiferente de como segmentar, antes de classificar, é necessário conhecer bem o seu cliente</p><p>(KYC). Conceito de Know your customer é a forma como a instituição vai utilizar para conhecer as</p><p>diretrizes de seu cliente em serviços financeiros exige que os profissionais se esforcem para veri-</p><p>ficar a identidade, a idoneidade e os riscos envolvidos na manutenção de uma relação comercial.</p><p>9.1.9 DIRETOR DE POLÍTICA PLD-FT</p><p>Devem indicar um diretor estatutário, responsável pelo cumprimento das normas estabelecidas,</p><p>em especial, pela implementação e manutenção da respectiva política de PLDFT compatível com a</p><p>natureza, o porte, a complexidade, a estrutura, o perfil de risco e o modelo de negócio da institui-</p><p>ção, de forma a assegurar o efetivo gerenciamento dos riscos de LDFT apontados</p><p>I. as pessoas naturais ou jurídicas que prestem no mercado de valores mobiliários, em caráter</p><p>permanente ou eventual, os serviços relacionados à distribuição, custódia, intermediação, ou ad-</p><p>ministração de carteiras</p><p>II. entidades administradoras de mercados</p><p>organizados e as entidades operadoras de infraestru-</p><p>tura do mercado financeiro;</p><p>III. as demais pessoas referidas em regulamentação específica que prestem serviços no mercado</p><p>de valores mobiliários, incluindo:</p><p>a) os escrituradores;</p><p>b) os consultores de valores mobiliários;</p><p>c) as agências de classificação de risco;</p><p>d) os representantes de investidores não residentes; e</p><p>e) as companhias securitizadoras; e</p><p>O Diretor de Compliance, Risco e PLD emitirá relatório anual relativo à avaliação interna de risco</p><p>de LDFT, e encaminhará para a Alta Administração</p><p>9.2 COAF – CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIUDADE FINANCEIRA</p><p>É o órgão máximo no combate à lavagem de dinheiro. O COAF está vinculado ao BANCO CENTRAL</p><p>DO BRASIL e tem como finalidade disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e</p><p>identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas na Lei, sem prejuízo da compe-</p><p>tência de outros órgãos e entidades.</p><p>O Coaf dispõe de autonomia técnica e operacional, atua em todo o território nacional e vincula-se</p><p>administrativamente ao Banco Central do Brasil.</p><p>Compete ao Coaf, em todo o território nacional, sem prejuízo das atribuições estabelecidas na le-</p><p>gislação em vigor:</p><p>I. Produzir e gerir informações de inteligência financeira para a prevenção e o combate à lavagem</p><p>de dinheiro;</p><p>II. Promover a interlocução institucional com órgãos e entidades nacionais, estrangeiros e interna-</p><p>cionais que tenham conexão com suas atividades.</p><p>242</p><p>133</p><p>O Coaf e a produção de inteligência financeira</p><p>A produção de inteligência financeira consiste em realizar a análise das informações recebidas e, se</p><p>forem identificados fundados indícios de lavagem de dinheiro, de financiamento do terrorismo ou</p><p>outros ilícitos, produzir Relatórios de Inteligência Financeira (RIF).</p><p>Os RIF são encaminhados às autoridades competentes que podem, a seu critério, abrir procedi-</p><p>mento de investigação sobre os indícios relatados</p><p>O Coaf e a atividade de supervisão</p><p>Órgão supervisor de alguns setores obrigados no que diz respeito à prevenção à lavagem de di-</p><p>nheiro e ao financiamento do terrorismo</p><p>O Coaf é o órgão fiscalizador e regulador nos assuntos relacionados à prevenção à lavagem de di-</p><p>nheiro e ao financiamento do terrorismo de setores obrigados como, por exemplo:</p><p>• Joias, pedras e metais preciosos;</p><p>• Fomento comercial (factoring);</p><p>• Bens de luxo ou alto valor;</p><p>• Entre outros setores que não tem regulador próprio.</p><p>O papel do Coaf como supervisor é regulamentar, monitorar, fiscalizar e aplicar sanções em face</p><p>de pessoas que atuam nesses setores obrigados. O objetivo é exigir a implementação de procedi-</p><p>mentos e controles para que essas pessoas não sejam utilizadas para fins ilícitos por seus clientes.</p><p>Deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de dar ciência de tal ato a qualquer pessoa, inclusive àquela</p><p>à qual se refira a informação, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a proposta ou realização.</p><p>9.2.1 CONVENÇÃO DE VIENA</p><p>Foi uma convenção contra o tráfico ilícito de entorpecentes e de substâncias psicotrópicas.</p><p>“O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV da Cons-</p><p>tituição, e considerando que a Convenção Contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substâncias</p><p>Psicotrópicas, foi concluída em Viena, a 20 de dezembro de 1988;</p><p>243</p><p>134</p><p>Considerando que a referida Convenção foi aprovada pelo Congresso Nacional, pelo Decreto Legis-</p><p>lativo n° 162, de 14 de junho de 1991;”.</p><p>#DICA DO PROFESSOR</p><p>Você se lembra da Operação Unfair Play da Lava Jato? Ok, vou perdoar se você não se lembrar, são</p><p>tantas, né? Essa operação investigou e puniu gestores brasileiros envolvidos em esquema de lava-</p><p>gem de dinheiro junto ao COI – Comitê Olímpico Internacional.</p><p>Por falar em COI, sabe quais são as três fases de lavagem de dinheiro? Cite na ordem em que elas</p><p>acontecem:</p><p>• Colocação</p><p>• Ocultação</p><p>• Integração</p><p>Agora não tem como esquecer na hora da prova, combinado?</p><p>9.3. PPE (PESSOA POLITICAMENTE EXPOSTA)</p><p>9.3.1 DA QUALIFICAÇÃO COMO PESSOA EXPOSTA POLITICAMENTE</p><p>Consideram-se pessoas expostas politicamente:</p><p>I – os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo e Legislativo da União;</p><p>II – os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da União, de:</p><p>a) Ministro de Estado ou equiparado;</p><p>b) Natureza Especial ou equivalente;</p><p>c) presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de entidades da administração pública</p><p>indireta; e</p><p>III – os membros do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais</p><p>Superiores, dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais do Trabalho, dos Tribunais</p><p>Regionais Eleitorais, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho e do Conselho da Justiça Federal;</p><p>IV – os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República, o</p><p>Vice-Procurador-Geral da República, o Procurador-Geral do Trabalho, o Procurador-Geral da Justi-</p><p>ça Militar, os Subprocuradores-Gerais da República e os Procuradores Gerais de Justiça dos Estados</p><p>e do Distrito Federal;</p><p>V – os membros do Tribunal de Contas da União, o Procurador-Geral e os Subprocuradores-Gerais</p><p>do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União;</p><p>VI – os presidentes e os tesoureiros nacionais, ou equivalentes, de partidos políticos;</p><p>244</p><p>135</p><p>VII – os Governadores e os Secretários de Estado e do Distrito Federal, os Deputados Estaduais e</p><p>Distritais, os presidentes, ou equivalentes, de entidades da administração pública indireta estadual</p><p>e distrital e os presidentes de Tribunais de Justiça, Tribunais Militares, Tribunais de Contas ou equi-</p><p>valentes dos Estados e do Distrito Federal; e</p><p>VIII – os Prefeitos, os Vereadores, os Secretários Municipais, os presidentes, ou equivalentes, de</p><p>entidades da administração pública indireta municipal e os Presidentes de Tribunais de Contas ou</p><p>equivalentes dos Municípios.</p><p>§ 2º São também consideradas expostas politicamente as pessoas que, no exterior, sejam:</p><p>I – chefes de estado ou de governo;</p><p>II – políticos de escalões superiores;</p><p>III – ocupantes de cargos governamentais de escalões superiores;</p><p>IV – oficiais-generais e membros de escalões superiores do Poder Judiciário;</p><p>V – executivos de escalões superiores de empresas públicas; ou</p><p>VI – dirigentes de partidos políticos</p><p>Consideram-se PEP os agentes públicos que desempenham ou tenham desempenhado, nos últi-</p><p>mos cinco anos, no Brasil ou em países, territórios e dependências estrangeiros, cargos, empregos</p><p>ou funções públicas relevantes, assim como seus representantes, familiares e outras pessoas de</p><p>seu relacionamento próximo.</p><p>São considerados familiares: os parentes, na linha direta, até o segundo grau, o cônjuge, o compa-</p><p>nheiro, a companheira, o enteado e a enteada;</p><p>A condição de pessoa exposta politicamente perdura até 5 (cinco) anos contados da data em que a</p><p>pessoa deixou de se enquadrar.</p><p>9.4 AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA</p><p>A Febraban, cumprindo a sua vocação de representar o setor bancário e de fortalecer a sua relação</p><p>com a sociedade, liderou, em conjunto com os maiores bancos do país, a criação do sistema brasi-</p><p>leiro de autorregularão bancária.</p><p>As normas da auto-regulação abrangem todos os produtos e serviços ofertados ou disponibiliza-</p><p>dos pelas Signatárias a qualquer pessoa física, cliente ou não cliente (o “consumidor”).</p><p>A autorregularão possibilitará aos bancos, em conjunto com a sociedade, harmonizar o sistema</p><p>bancário, suplementando as normas e os mecanismos de controle já existentes.</p><p>A plena concorrência é essencial para a manutenção dos direitos do consumidor. Assim, a Febra-</p><p>ban desenvolveu a autorregularão como um sistema voluntário, focado na sadia concorrência do</p><p>mercado, na elevação de padrões e no aumento da transparência em benefício dos consumidores.</p><p>As normas da autorregularão NÃO se sobrepõem, mas se harmonizam a legislação vigente.</p><p>245</p><p>136</p><p>Podem solicitar a participação no Sistema de AutoRegulação Bancária os bancos múltiplos, bancos</p><p>comerciais, bancos de investimento, caixas econômicas,</p><p>primeira Nós Nos, conosco</p><p>segunda Vós Vos, convosco</p><p>terceira Eles/elas Se, si, consigo, os, as, lhes</p><p>Pronomes retos (morfologia) exercem a função de sujeito (sintática).</p><p>Pronomes oblíquos (morfologia) exercem a função de complemento.</p><p>2) FORMAS DE TRATAMENTO</p><p>a) O/A X Lhe</p><p>• O curso enviou a apostila aos alunos nesta semana.</p><p>b) o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em -r, -s, -z, assumem a forma lo, la,</p><p>los, las,e os verbos perdem aquelas terminações.</p><p>• Queria vender a apostila para o Giu.</p><p>• Queria vendê-la para o Giu.</p><p>c) o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em -m, -ão, -õe, assumem a forma no,</p><p>na, nos, nas.</p><p>• Meus professores enviaram as dicas aos alunos.</p><p>• Meus professores enviaram-nas aos alunos.</p><p>35</p><p>34</p><p>3) COLOCAÇÃO</p><p>É o emprego dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação</p><p>ao verbo na frase.</p><p>Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), no meio do verbo (mesó-</p><p>clise) e depois do verbo (ênclise).</p><p>PRÓCLISE</p><p>a) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo al-</p><p>gum.</p><p>• Nada me emociona.</p><p>• Ninguém te viu.</p><p>b) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que, caso</p><p>• Quando me perguntaram, respondi que te amava!</p><p>• Se lhe enviarem o bilhete, avise que nos lembramos dela.</p><p>c) Advérbios</p><p>• Aqui se estuda de verdade.</p><p>• Sempre me esforcei para passar no concurso.</p><p>OBS.: Se houver vírgula depois do advérbio, a próclise não existirá mais.</p><p>• Aqui, estuda-se muito!</p><p>d) Pronomes</p><p>• Alguém me perguntou isso? (indefinido)</p><p>• A questão que te tirou do concurso foi anulada!!! (relativo)</p><p>• Aquilo me emocionou muito. (demonstrativo)</p><p>e) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).</p><p>• Deus o abençoe.</p><p>• Macacos me mordam!</p><p>36</p><p>35</p><p>f) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.</p><p>• Em se plantando tudo dá.</p><p>• Em se tratando de concurso, Português é importante!</p><p>MESÓCLISE</p><p>Usada quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito.</p><p>• Convidar-me-ão para a festa.</p><p>• Entregá-lo-ia a você, se tivesse tempo.</p><p>• Dar-te-ei a apostila de Português do Zambeli.</p><p>ÊNCLISE</p><p>a) Com o verbo no início da frase</p><p>• Entregaram-me as apostilas do curso.</p><p>b) Com o verbo no imperativo afirmativo.</p><p>• Gui, retire-se daqui!</p><p>COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS</p><p>Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio.</p><p>AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pro-</p><p>nome deverá ficar antes do verbo auxiliar.</p><p>• Havia-lhe contado aquele segredo.</p><p>• Não lhe havia enviado os cheques.</p><p>37</p><p>http://www.infoescola.com/portugues/locucao-verbal/</p><p>http://www.infoescola.com/portugues/verbos-auxiliares-portugues/</p><p>36</p><p>AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois</p><p>do verbo auxiliar ou do verbo principal.</p><p>Infinitivo</p><p>• Quero-lhe dizer o que aconteceu.</p><p>• Quero dizer-lhe o que aconteceu.</p><p>Gerúndio</p><p>• Estou lhe dizendo a verdade.</p><p>• Ia escrevendo-lhe o email.</p><p>Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do verbo prin-</p><p>cipal.</p><p>Infinitivo</p><p>• Não lhe vou dizer aquela história.</p><p>• Não quero dizer-lhe meu nome.</p><p>Gerúndio</p><p>• Não lhe ia dizendo a verdade.</p><p>• Não ia dizendo-lhe a verdade.</p><p>38</p><p>37</p><p>QUESTÕES</p><p>01. (CESGRANRIO – 2021 – Caixa – Técnico Bancário Novo)</p><p>A colocação do pronome oblíquo átono está em acordo com a norma-padrão da língua portuguesa</p><p>em:</p><p>a) Poder-se-á levar a educação financeira para as salas de aula, o que será muito proveitoso.</p><p>b) Nos perguntam sempre sobre como gerir melhor a vida financeira.</p><p>c) As famílias nunca preocuparam-se com a educação financeira como parte da formação de seus</p><p>filhos.</p><p>d) Aqueles que relacionam-se bem com o dinheiro têm uma vida mais organizada.</p><p>e) Compreenderia-se melhor o desempenho da empresa, se o mercado fosse estudado.</p><p>02. (CESGRANRIO – 2021 – Banco do Brasil – Escriturário – Agente Comercial – Prova B)</p><p>A colocação do pronome oblíquo átono destacado está de acordo com o que prevê a norma-padrão</p><p>da língua portuguesa no seguinte período:</p><p>a) Consideraria-se o QA mais importante que o QI há duas décadas?</p><p>b) Se busca investir naquilo que pode fazer a diferença entre a máquina e o homem.</p><p>c) As mudanças no mercado de trabalho jamais dar-se-ão sem investimento no capital humano.</p><p>d) Os candidatos que saem-se melhor nas entrevistas são contratados mais rapidamente.</p><p>e) Alguns se consideram mais preparados para enfrentar adversidades no trabalho do que em fa-</p><p>mília.</p><p>03. (CESGRANRIO – 2021 – Banco do Brasil – Escriturário – Agente Comercial – Prova C)</p><p>A colocação do pronome oblíquo destacado está de acordo com a norma-padrão em:</p><p>a) O dinheiro não foi-me bastante.</p><p>b) O depósito só estará concretizado, se houver quem validá-lo.</p><p>c) Se você pudesse emprestar esse dinheiro, depositaria-o ainda esta semana?</p><p>d) Explique-me como funciona esse financiamento.</p><p>e) Me empreste seu cartão, que eu faço a transação hoje.</p><p>GABARITO</p><p>01. A 02. E 03. D</p><p>39</p><p>38</p><p>DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>USO DOS PORQUÊS</p><p>Existem 4 possibilidades de uso dos porquês. Cada uma delas representa uma mudança não só na</p><p>escrita do termo, como também na classe gramatical da qual faz parte. Devido a isso, é importante</p><p>compreender que o contexto – ou seja, a apicação dentro de uma frase ou de um texto – é o princi-</p><p>pal responsável por nos mostrar qual dos 4 tipos deve ser utilizado.</p><p>1) POR QUE</p><p>→ Utiliza-se para introduzir perguntas;</p><p>→ Utiliza-se quando se troca por “motivo” “razão”;</p><p>→ Utiliza-se quando se troca por “pelo qual” – nesse caso, há uma preposição e um pronome rela-</p><p>tivo na nossa construção.</p><p>“Por que as pessoas sadias adoecem?</p><p>Bem alimentadas, ou não…</p><p>Por que perecem?</p><p>Tudo está guardado na mente!” (Criolo)</p><p>• Ainda não se sabe por que houve o rompimento das barragens de rejeito de minério em Mariana.</p><p>• A tragédia por que passam as pessoas dessa cidade é triste.</p><p>2) POR QUÊ</p><p>→ Aplica-se esse porquê pelos mesmo motivos do porquê anterior. Porém, este é acentuado devi-</p><p>do ao fato de estar no final da frase. A pontuação, portanto, é o que faz ele ser acentuado.</p><p>• “Já não me preocupo se eu não sei por quê. Às vezes, o que eu vejo quase ninguém vê.”</p><p>(Legião Urbana)</p><p>• Você não estuda muito, por quê?</p><p>40</p><p>39</p><p>3) PORQUE</p><p>→ Este introduz ideia de causa e explicação. Equivale a “pois”, “já que”. Este porquê pertence à</p><p>classe das conjunções.</p><p>“Eu canto porque o instante existe</p><p>e a minha vida está completa.</p><p>Não sou alegre nem sou triste:</p><p>sou poeta.” (Cecília Meireles)</p><p>• Não saiam da aula porque o professor já vem.</p><p>4) PORQUÊ</p><p>→ Vem sempre acompanhado de um artigo, pronome, numeral (um determinante). Este porquê</p><p>pertence à classe dos substantivos.</p><p>• Você tem seus porquês para estar aqui!</p><p>• Preciso de cinco porquês neste caso!</p><p>Além dos porquês, para estudarmos a ortografia da nossa língua, é bastante importante compreen-</p><p>der o sentido das palavras a partir dessa escrita. A ortografia é responsável por estabelecer padrões</p><p>para a forma escrita das palavras. Para se desenvolver essas regras, utilizam-se ou critérios etimo-</p><p>lógicos (ligados à origem da palavra), ou critérios fonológicos (ligados aos fonemas representados).</p><p>A partir disso, parece fazer mais sentido confundirmos a escrita de alguns termos específicos. Por</p><p>isso, estudaremos agora essas convenções.</p><p>Til – deve ser usado para indicar a nasalização das vogais a e o. põem, lã, chão, visões.</p><p>Cedilha – coloca-se debaixo de c antes de a, de o e de u para representar um som específico e não</p><p>pode iniciar palavras. Assim, antes de e e i, deve-se usar c. caça, maciço, açúcar.</p><p>Homônimos – são palavras com significados diferentes, mas que são pronunciadas de forma pare-</p><p>cida. Essas palavras podem ser divididas em homônimos</p><p>cooperativas de crédito ou sociedades</p><p>de crédito, financiamento e investimento, desde que associados à Febraban.</p><p>As Signatárias deverão observar os seguintes princípios gerais:</p><p>• Ética e legalidade: adotar condutas benéficas à sociedade, ao funcionamento do mercado e ao</p><p>meio-ambiente. Respeitar a livre concorrência e a liberdade de iniciativa. Atuar em conformi-</p><p>dade com a legislação vigente e com as normas da autoregulação.</p><p>• Respeito ao Consumidor: tratar o consumidor de forma justa e transparente, com atendimen-</p><p>to cortês e digno. Assistir o consumidor na avaliação dos produtos e serviços adequados ‡s suas</p><p>necessidades e garantir a segurança e a confidencialidade de seus dados pessoais. Conce- der</p><p>crédito de forma responsável e incentivar o uso consciente de crédito.</p><p>• Comunicação Eficiente: fornecer informações de forma precisa, adequada, clara e oportuna,</p><p>proporcionando condições para o consumidor tomar decisões conscientes e bem informadas.</p><p>A comunicação com o consumidor, por qualquer veículo, pessoalmente ou mediante ofertas</p><p>ou anúncios publicitários, deve ser feita de modo a informa-lo sobre os aspectos relevantes do</p><p>relacionamento com a Signatária.</p><p>• Melhoria Continua: aperfeiçoar padrões de conduta, elevar a qualidade dos produtos, níveis</p><p>de segurança e a eficiência dos serviços.</p><p>9.4.1 FAQ AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA</p><p>1. O QUE É A AUTORREGULAÇÃO FEBRABAN?</p><p>A Autorregulação FEBRABAN é um sistema criado pelas próprias instituições financeiras que esta-</p><p>belece uma série de compromissos de conduta que, em conjunto com as diversas outras normas</p><p>aplicáveis as suas atividades, contribuem para que o mercado funcione de forma ainda mais eficaz,</p><p>clara e transparente, em benefício do consumidor, da sociedade e contribuindo para um sistema</p><p>financeiro saudável, ético e eficiente.</p><p>2. QUEM PARTICIPA DA AUTORREGULAÇÃO FEBRABAN?</p><p>Todas as instituições financeiras associadas à FEBRABAN participam como Signatárias da Autorre-</p><p>gulação e se submetem ao Código de Conduta Ética e Autorregulação Bancária. São as chamadas</p><p>Signatárias “nível I”.</p><p>As instituições podem ainda, de forma voluntária, aderir a um ou mais eixos normativos da Autor-</p><p>regulação. São consideradas “nível II” as Instituições Financeiras Signatárias que aderirem volunta-</p><p>riamente a pelo menos um dos eixos normativos abaixo descritos e “nível III” aquelas que aderirem</p><p>a todos os eixos normativos.</p><p>246</p><p>137</p><p>3. QUAIS SÃO OS EIXOS NORMATIVOS VOLUNTÁRIOS DA AUTORREGULAÇÃO?</p><p>São três:</p><p>1. Relacionamento com o consumidor: esse conjunto de normativos consolida diretrizes e proce-</p><p>dimentos para as boas práticas das instituições financeiras com seus consumidores;</p><p>2. Prevenção a ilícitos: atualmente relacionado aos Normativos SARB 011/2013 e 021/2019, esse</p><p>eixo normativo consolida as melhores práticas nacionais e internacionais de prevenção e com-</p><p>bate à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo e à corrupção.</p><p>3. Responsabilidade socioambiental: conjunto de diretrizes e procedimentos fundamentais para</p><p>as práticas socioambientais das Signatárias nos negócios e na relação com as partes interessa-</p><p>das, conforme regras atualmente previstas no Normativo SARB 014/2014.</p><p>4. QUAIS SÃO AS NORMAS QUE REGEM A AUTORREGULAÇÃO FEBRABAN?</p><p>A Autorregulação é regida pelo Código de Conduta Ética de Autorregulação Bancária e pelos nor-</p><p>mativos da Autorregulação</p><p>5. COMO A AUTORREGULAÇÃO FEBRABAN VAI AUXILIAR NO RELACIONAMENTO ENTRE BANCOS</p><p>E CONSUMIDORES?</p><p>O propósito da Autorregulação é promover a melhoria contínua da qualidade do relacionamento</p><p>entre os bancos participantes do Sistema e os consumidores. Assim, ao contribuir para um melhor</p><p>funcionamento do setor como um todo, os consumidores e a sociedade são diretamente beneficia-</p><p>dos por esse processo.</p><p>6. QUANDO O CONSUMIDOR IDENTIFICAR QUE ALGUM BANCO NÃO ESTÁ CUMPRINDO</p><p>AS NOR- MAS, PODE NOTICIAR O SISTEMA QUANTO A ISSO? COMO SE MANIFESTAR?</p><p>É pelo CONTE AQUI que o consumidor pode reportar eventual descumprimento de normas da Au-</p><p>torregulação. Neste caso, seu registro não será tratado ou respondido individualmente e integrará</p><p>o plano de monitoramento e supervisão da autorregulação.</p><p>Serão tratados somente registros referentes aos bancos participantes do Sistema.</p><p>Caso você tenha uma reclamação individual sobre produtos ou serviços bancários, a FEBRABAN</p><p>redireciona seu acesso para a plataforma oficial de resolução de conflitos www.consumidor.gov.br.</p><p>O consumidor se cadastra no site, registra seu caso, e a Instituição Financeira terá até 10 dias para</p><p>contato e resposta direta.</p><p>Se o banco ainda não fizer parte da plataforma, sua demanda será redirecionada à instituição, que</p><p>terá até 15 dias para contato.</p><p>7. A AUTORREGULAÇÃO FEBRABAN MONITORA A CONDUTA DAS INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES,</p><p>PARA GARANTIR O CUMPRIMENTO DAS NORMAS DO SISTEMA?</p><p>O monitoramento das condutas das Instituições Financeiras participantes para avaliar e assegurar</p><p>a efetiva adequação a todas as normas da Autorregulação Bancária é feito pela Diretoria de Autor-</p><p>regulação, através de avaliações e auditorias de canais de atendimento, como SACs e Agênciais.</p><p>247</p><p>138</p><p>8. O QUE ACONTECE QUANDO ALGUMA NORMA É DESCUMPRIDA?</p><p>Quando constatado descumprimento das regras estabelecidas, após a devida averiguação, podem</p><p>ser aplicadas advertências, multas ou até mesmo desligamento compulsório da instituição finan-</p><p>ceira da Autorregulação FEBRABAN.</p><p>9. EXISTE ALGUM BENEFÍCIO EM SER CLIENTE DE UM BANCO</p><p>PARTICIPANTE DA AUTORREGULA- ÇÃO FEBRABAN?</p><p>A participação da Instituição Financeira na Autorregulação demonstra seu compromisso em aderir</p><p>a regras com padrão superior de exigência de qualidade e respeito ao consumidor.</p><p>10. COMO FAÇO PARA CONHECER E TER ACESSO ÀS REGRAS DA AUTORREGULAÇÃO FEBRABAN?</p><p>Todas as regras e obrigações das Instituições Financeiras participantes estão definidas em normati-</p><p>vos da Autorregulação, disponíveis no portal www.autorregulacaobancaria.com.br.</p><p>9.5 SIGILO BANCÁRIO</p><p>As instituições financeiras conservarão sigilo em suas operações ativas e passivas e serviços</p><p>prestados e também Comissão de Valores Mobiliários, quando se tratar de fiscalização de</p><p>operações e serviços no mercado de valores mobiliários, inclusive nas instituições financeiras que</p><p>sejam companhias abertas.</p><p>Deverá obedecer a lei, todas a instituições financeiras fiscalizadas pelo BCB.</p><p>Não constitui violação do dever de sigilo:</p><p>I. A troca de informações entre instituições financeiras, para fins cadastrais;</p><p>II. O fornecimento de informações constantes de cadastro de emitentes de cheques sem provisão</p><p>de fundos e de devedores inadimplentes;</p><p>III. A comunicação, às autoridades competentes, da prática de ilícitos penais ou administrativos</p><p>IV. A revelação de informações sigilosas com o consentimento expresso dos interessados;</p><p>A quebra de sigilo poderá ser decretada, quando necessária para apuração de ocorrência de</p><p>qualquer ilícito, em qualquer fase do inquérito ou do processo judicial, e especialmente nos</p><p>seguintes crimes.</p><p>I – de terrorismo;</p><p>II – de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins;</p><p>III – de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado a sua produção;</p><p>IV – de extorsão mediante seqüestro;</p><p>V – contra o sistema financeiro nacional;</p><p>VI – contra a Administração Pública;</p><p>VII – contra a ordem tributária e a previdência social;</p><p>248</p><p>http://www.autorregulacaobancaria.com.br</p><p>139</p><p>VIII – lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores;</p><p>IX – praticado por organização criminosa.</p><p>Consideram-se operações financeiras:</p><p>I – depósitos à vista e a prazo, inclusive em conta de poupança;</p><p>II – pagamentos efetuados em moeda corrente ou em cheques;</p><p>III – emissão de ordens de crédito ou documentos assemelhados;</p><p>IV – resgates em contas de depósitos à vista ou a prazo, inclusive de poupança;</p><p>V – contratos de mútuo;</p><p>VI – descontos de duplicatas, notas promissórias e outros títulos de crédito;</p><p>VII – aquisições e vendas de títulos de renda fixa ou variável;</p><p>perfeitos, homônimos homófonos e ho-</p><p>mônimos homógrafos.</p><p>• Homônimos perfeitos</p><p>Grafia (escrita): igual</p><p>Fonética (som): igual</p><p>Significado: diferente</p><p>41</p><p>40</p><p>manga são cedo</p><p>rio morro sexta</p><p>leve verão caminho</p><p>• Homônimos homófonos</p><p>Grafia (escrita): diferente</p><p>Fonética (som): igual</p><p>Significado: diferente</p><p>assento acento</p><p>alto auto</p><p>cinto sinto</p><p>conselho concelho</p><p>concerto conserto</p><p>• Homônimos homógrafos</p><p>Grafia (escrita): igual</p><p>Fonética (som): diferente</p><p>Significado: diferente</p><p>gosto cor</p><p>molho jogo</p><p>começo colher</p><p>Parônimos – são palavras que apresentam significados diferentes embora sejam parecidas na grafia</p><p>ou na pronúncia.</p><p>A princípio: no início</p><p>Em princípio: em tese</p><p>Ao encontro de: favorável</p><p>De encontro a: contra</p><p>Emergir: vir à tona</p><p>Imergir: afundar</p><p>Amoral: indiferente à moral</p><p>Imoral: contrário à moral</p><p>Delatar: denunciar</p><p>Dilatar: ampliar</p><p>Descrição: ato de descrever</p><p>Discrição: modéstia</p><p>Descriminar: inocentar</p><p>Discriminar: separar,</p><p>segregar, discernir</p><p>Eminente: elevado, célebre.</p><p>Iminente: próximo.</p><p>Emigrar: sair da pátria.</p><p>Imigrar: entrar em</p><p>país estranho.</p><p>42</p><p>41</p><p>Flagrante: evidência</p><p>Fragrante: aromático</p><p>Ratificar: confirmar</p><p>Retificar: corrigir</p><p>Tráfego: movimentação</p><p>de veículos</p><p>Tráfico: negócio ilícito</p><p>Infligir: aplicar pena</p><p>Infringir: transgredir</p><p>Mandado: ordem judicial</p><p>Mandato: delegação de poder</p><p>Absolver: perdoar</p><p>Absorver: aspirar</p><p>43</p><p>42</p><p>ORAÇÕES</p><p>ORAÇÕES COORDENADAS</p><p>Orações Coordenativas – ligam termos que exercem a mesma função sintática, ou orações inde-</p><p>pendentes. Subdividem-se:</p><p>1) Assindéticas – não se unem por meio de conjunção.</p><p>• “E ela parou, olhou, sorriu, me deu um beijo e foi embora.” (Natiruts)</p><p>• “Voltou do trabalho, tomou banho, foi deitar-se”.</p><p>2) Sindéticas – unem-se por meio de conjunção. Classificam-se como</p><p>1) aditivas: expressam ideia de adição, soma, acréscimo.</p><p>e, nem, não só... mas também, mas ainda, etc.</p><p>• A corrupção atinge todas as camadas da sociedade e incide em alguns comportamentos.</p><p>• “De repente, a dor de esperar terminou, e o amor veio enfim.” (Tim Maia)</p><p>• Ela não trabalha nem estuda.</p><p>44</p><p>43</p><p>2) adversativas: expressam ideia de oposição, contraste.</p><p>mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, não obstante, etc.</p><p>• “Eu queria querer-te e amar o amor, (...) tudo métrica, rima e nunca dor, mas a vida é real e de</p><p>viés” (Caetano Veloso)</p><p>• “A minha vontade é forte, porém minha disposição de obedecer-lhe é fraca.”</p><p>(Carlos Drummond de Andrade)</p><p>3) alternativas: expressam ideia de alternância ou exclusão.</p><p>ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer, seja...seja</p><p>• “A amizade é o grande palavrão das mulheres, quer para permitir que o amor entre, quer para</p><p>o pôr fora da porta.” (Charles Saint-Beuve)</p><p>• “Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza”</p><p>4) conclusivas: expressam ideia de conclusão ou uma ideia consequente do que se disse antes.</p><p>logo, portanto, por isso, por conseguinte, assim, de modo que, em vista disso então, pois (depois</p><p>do verbo) etc.</p><p>• “Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar.”</p><p>• “Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se cha-</p><p>ma amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.”</p><p>(Dalai Lama)</p><p>5) explicativas: a segunda oração dá a explicação sobre a razão do que se afirmou na primeira ora-</p><p>ção.</p><p>pois, porque, que.</p><p>• “Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar. Nessa hora fique</p><p>firme, pois tudo isso logo vai passar.” (Jeneci)</p><p>• “Deixe em paz meu coração, que ele é um pote até aqui de mágoa” (Chico Buarque)</p><p>45</p><p>https://www.pensador.com/autor/carlos_drummond_de_andrade/</p><p>http://pensador.uol.com.br/autor/charles_saint_beuve/</p><p>44</p><p>ORAÇÕES SUBORDINADAS</p><p>Dependem de uma oração principal. Podem ser: adverbiais, substantivas ou adjetivas.</p><p>Orações Subordinadas Adverbiais – ligam duas orações sintaticamente dependentes e mostram</p><p>circunstâncias.</p><p>Causais: exprimem o motivo (a causa, a razão) da ação da oração principal.</p><p>porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, pois (anteposto ao verbo).</p><p>• As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte.</p><p>• Já que você não vai, eu não vou</p><p>Condicionais: exprimem circunstância, uma condição para outra ação ocorrer.</p><p>se, caso, contanto que, desde que, a menos que, a não ser que, uma vez que (+ verbo no subjun-</p><p>tivo)</p><p>• Uma vez que você aceite a proposta, assinaremos o contrato.</p><p>• Se não fosse a liberdade de expressão, algumas manifestações artísticas só existiriam entre</p><p>quatro paredes.</p><p>Consecutivas: exprimem consequência, o resultado de uma ação.</p><p>{tão, tal, tamanho, tanto} ...que, de modo que, de maneira que, de forma que</p><p>“Tenho tanto sentimento</p><p>Que é frequente persuadir-me</p><p>De que sou sentimental,</p><p>Mas reconheço, ao medir-me,</p><p>Que tudo isso é pensamento,</p><p>Que não senti afinal.” (Fernando Pessoa)</p><p>Comparativas: expressam semelhança, relações, diferenças.</p><p>como, que (precedido de mais ou menos), assim como, tanto ...quanto</p><p>• “O amor é como o sol, sabe como renascer.” (Natiruts)</p><p>• É mais fácil lidar com uma má consciência do que com uma má reputação. (Friedrich Nietzsche)</p><p>46</p><p>45</p><p>Conformativas: expressam conformidade.</p><p>como, conforme, segundo, consoante, de acordo com*...</p><p>• “Os filhos tornam-se para os pais, segundo a educação que recebem, uma recompensa ou um</p><p>castigo.” (J. Petit Senn)</p><p>• Segundo atesta recente relatório do Banco Central, a economia brasileira é viável.</p><p>Concessivas: expressam um fato que poderia opor-se à realização do que se declara na oração prin-</p><p>cipal.</p><p>embora, se bem que, ainda que, apesar de que, mesmo que, conquanto, posto que, por mais que.</p><p>• “Mesmo que ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar</p><p>agora e fazer um novo fim.”</p><p>• “Você é um problema que eu quero ter, mesmo sabendo que eu não consigo resolver..</p><p>(Maiara e Maraisa)</p><p>• Acho que sou bastante forte para sair de todas as situações em que entrei, embora tenha sido</p><p>suficientemente fraco para entrar. (Caio Fernando Abreu)</p><p>Temporais: exprimem o tempo, o momento, de um acontecimento. A relação pode ser de simulta-</p><p>neidade, anterioridade, posterioridade…</p><p>quando, logo que, assim que, mal, sempre que, antes que, enquanto, depois que, desde que,</p><p>sempre que, cada vez que</p><p>• “Quando eu estiver cantando, fique em silêncio” (Cazuza)</p><p>• Assim que se olharam, amaram-se; assim que se amaram, suspiraram; assim que suspiraram,</p><p>perguntaram-se um ao outro o motivo; assim que descobriram o motivo, procuraram o remé-</p><p>dio. (William Shakespeare)</p><p>Finais: indicam a finalidade ou o objetivo da ação expressa na oração principal.</p><p>a fim de que, para que, para*.</p><p>• Eu queria estudar para gabaritar essa prova.</p><p>• “Você tem um segundo para aprender a me amar; você tem a vida inteira para me devorar.”</p><p>(Cazuza)</p><p>47</p><p>http://pensador.uol.com.br/autor/j_petit_senn/</p><p>https://www.pensador.com/autor/caio_fernando_abreu/</p><p>http://pensador.uol.com.br/autor/cazuza/</p><p>46</p><p>Proporcionais: destacam a intensidade de um fato, da qual depende a intensidade do fato expresso</p><p>na principal.</p><p>à proporção que, à medida que, quanto mais ...., (tanto) mais, quanto menos...</p><p>• “O erro só é bom enquanto somos jovens. À medida que avançamos na idade, não convém que</p><p>o arrastemos atrás de nós.” (Johann Goethe)</p><p>• Quanto mais vivo a minha vida, mais experiências vão acontecendo.</p><p>ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS</p><p>Geralmente são introduzidas pelas conjunções integrantes “que” e “se”.</p><p>As orações subordinadas substantivas exercem uma função sintática em que, normalmente, o nú-</p><p>cleo é um substantivo.</p><p>1. Subjetivas – funcionam como sujeito.</p><p>• “É imprescindível que você estude com o Zambeli”.</p><p>• Convém que você revise hoje.</p><p>• Pareceu-me que a criança chorava.</p><p>2. Objetivas Diretas – funcionam</p><p>como objeto direto.</p><p>• Eu disse que estudaria português!</p><p>• O colega avisou que só faltavam quinze minutos para o término da prova.</p><p>3. Objetivas Indiretas – funcionam como objeto indireto, ainda com preposição.</p><p>• Eles gostaram de que eu falasse vinte vezes a mesma coisa!</p><p>• A professora insistiu muito em que os alunos tivessem aulas de recuperação..</p><p>4. Completivas Nominais – funcionam como complemento nominal.</p><p>• Tenho convicção de que ele estudará um dia!</p><p>• Os eleitores tinham crença em que o candidato fosse honesto.</p><p>48</p><p>http://pensador.uol.com.br/autor/johann_goethe/</p><p>47</p><p>5. Predicativas – funcionam como predicativo do sujeito. Ou seja, há verbo de ligação.</p><p>• “O problema de estudar é que, na aula, eu entendo tudo!”</p><p>• O certo é que ninguém se responsabilizou pelo crime.</p><p>6. Apositivas – funcionam como aposto. Lembre-se da pontuação.</p><p>• Desejo-lhe uma coisa: que entenda um dia a matéria!</p><p>• Isto é certo: que seremos aprovados.</p><p>49</p><p>48</p><p>EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO</p><p>A oração pode estar enunciada na ordem direta, observando a seguinte sequência:</p><p>Sujeito + Verbo + Complementos Verbais + Adjunto Adverbial</p><p>O bancário oferecerá o produto aos clientes após a demonstração.</p><p>Todas as turmas do primeiro andar da ala esquerda do prédio sairão hoje.</p><p>Não se separam por vírgula:</p><p>→ Predicado de sujeito = “Acontecerá, alguma coisa amanhã!”</p><p>→ Objeto de verbo = “Contamos, aos alunos, todos os detalhes”.</p><p>→ Adjunto adnominal de nome = “A questão, de Português, foi anulada facilmente!”</p><p>EMPREGO DA VÍRGULA</p><p>• Coordenados</p><p>• Deslocados</p><p>• Intercalados</p><p>• Elipses</p><p>50</p><p>49</p><p>COORDENADOS</p><p>1) para separar itens de uma série. (Enumeração)</p><p>• Um arquiteto, um engenheiro e um empreiteiro foram contratados pela empresa.</p><p>• “Eu tenho uma proposta para te fazer: eu, você, dois filhos e um cachorro; Um edredom, um</p><p>filme bom no frio de agosto. E aí, cê topa?” (Luan Santana)</p><p>2) para separar orações coordenadas assindéticas.</p><p>• “A garrafa precisa do copo, o copo precisa da mesa, a mesa precisa de mim e eu preciso da cer-</p><p>veja.” (Marília Mendonça)</p><p>• Alguns reclamam, outros protestam, ninguém reivindica.</p><p>3) As orações coordenadas devem sempre ser separadas por vírgula. Orações coordenadas são as</p><p>que indicam adição (e, nem, mas também), alternância (ou, ou ... ou, ora ... ora), adversidade</p><p>(mas, porém, contudo...), conclusão (logo, portanto...) e explicação (porque, pois).</p><p>• Ela me convidou, pois sou sua amiga!</p><p>• Siga o mapa, ou peça informações.</p><p>• O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória</p><p>4) para separar orações coordenadas sindéticas ligadas por “e”, desde que os sujeitos sejam dife-</p><p>rentes.</p><p>• “Acordei mais uma vez embriagado, e o seu cheiro impregnado na minha roupa.” (Marília Mendonça)</p><p>• Os sentimentos podem mudar com o tempo, e as pessoas não entendem isso!</p><p>• Inúmeros alunos só comem e dormem nas férias</p><p>DESLOCADOS</p><p>1) para separar o adjunto adverbial deslocado.</p><p>Na terça-feira, a comissão temporária que examina a modernização do Código de Defesa do Consu-</p><p>midor (CDC) debateu a necessidade de regras para publicidade infantil.</p><p>Encontrei, hoje pela manhã, alguns professores reunidos com o diretor.</p><p>51</p><p>50</p><p>Quando o adjunto é pequeno, mesmo estando deslocado, não é necessário isolá-lo</p><p>por vírgula, a não ser que a ênfase o exija</p><p>Amanhã irei rever alguns amigos.</p><p>Todos os envolvidos na criação precisam hoje preencher o formulário.</p><p>2) para separar orações adverbiais, especialmente quando forem longas.</p><p>No final da aula, Paulo escreveu uma fórmula, porque era importante!</p><p>Estudou bastante, para que pudesse obter um bom resultado nas avaliações.</p><p>3) para separar as orações adverbiais antepostas à principal ou intercaladas, tanto desenvolvidas</p><p>quanto reduzidas.</p><p>Nossas intenções, conforme todos podem comprovar, são as melhores.</p><p>Os alunos, terminada a aula, saíram sem despedir-se.</p><p>Ao ver o estrago, retirou-se apavorado, mas, como estava escuro, derrubou tudo.</p><p>INTERCALADOS</p><p>1) para separar o aposto.</p><p>Sempre segui duas dicas: estude e seja feliz!</p><p>“Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons.”</p><p>(Drummond)</p><p>2) para separar o vocativo.</p><p>Caros alunos, vocês estão entendendo?</p><p>Mariana, aquela professora de português já chegou?</p><p>52</p><p>51</p><p>3) para separar expressões explicativas, retificativas, continuativas, conclusivas ou enfáticas (aliás,</p><p>além disso, com efeito, enfim, isto é, em suma, ou seja, ou melhor, por exemplo, etc).</p><p>Além disso, precisamos completar as tarefas.</p><p>Queremos, por exemplo, fazer algumas provas antigas.</p><p>Enfim, faça o que você decidir.</p><p>4) Orações Subordinadas Adjetivas</p><p>a) Restritivas – delimitam o sentido do substantivo antecedente (sem vírgula). Encerram uma qua-</p><p>lidade que não é inerente ao substantivo.</p><p>As emoções que nos atormentam nos momentos de raiva acabam mais atrapalhando do que aju-</p><p>dando!</p><p>As rosas que são vermelhas embelezam meu jardim.</p><p>b) Explicativas – explicações ou afirmações adicionais ao antecedente já definido plenamente</p><p>(com vírgula sempre). Encerram uma qualidade inerente ao substantivo.</p><p>A telefonia móvel, que facilitou a vida do homem moderno, provocou também situações constran-</p><p>gedoras.</p><p>Nossa família, que sempre foi unida, amparou-a afetuosamente.</p><p>Preocupava-se demais com o colega, que nunca lhe retribuía os favores.</p><p>ELIPSES</p><p>1) para assinalar supressão de um verbo.</p><p>“Os tristes acham que o vento geme; os alegres, que ele canta.” (Veríssimo)</p><p>Eu preciso de ajuda; meu colega, de uma boa explicação.</p><p>A vida é um jogo; o destino, um parceiro temível.</p><p>53</p><p>52</p><p>EMPREGO DO PONTO-E-VÍRGULA</p><p>1) para separar orações que contenham várias enumerações já separadas por vírgula ou que en-</p><p>cerrem comparações e contrastes.</p><p>Havia vários fatores que corroboravam sua personalidade agressiva: morava numa região muito</p><p>violenta, na qual tiros e facadas eram algo comum; nunca teve acesso à escola e à boa informação,</p><p>por não desfrutar as condições econômicas básicas para isso; era espancado pelo pai quando tinha</p><p>seis anos de idade; etc.</p><p>Muitos se esforçam; poucos conseguem.</p><p>2) para separar orações em que as conjunções adversativas ou conclusivas estejam deslocadas.</p><p>O colega sempre conversava durante as aulas; as pessoas da turma, todavia, não suportavam aque-</p><p>la atitude.</p><p>Vamos terminar este namoro; considere-se, portanto, livre deste compromisso.</p><p>EMPREGO DOS DOIS-PONTOS</p><p>Aparece após uma oração completa.</p><p>Foram escolhidas três cores diferentes: verde, amarelo e lilás</p><p>Joana entregou à Maria: uma pasta e duas fotos.</p><p>Joana entregou à Maria os documentos: uma pasta e duas fotos.</p><p>1) para anunciar uma citação.</p><p>Lembrando um poema de Fernando Pessoa: “Para ser grande, sê inteiro.”</p><p>2) para anunciar uma enumeração, um aposto, uma explicação, uma consequência ou um esclare-</p><p>cimento.</p><p>Conheço três pessoas legais neste curso: meu vizinho, meu primo e meu irmão.</p><p>Não há razão para tanto estresse: tudo já está resolvido.</p><p>54</p><p>53</p><p>ACENTUAÇÃO</p><p>A acentuação tem grande importância no nosso cotidiano porque não só nos auxilia a pronunciar as</p><p>palavras corretamente, como também a identificar a classe gramatical a que pertencem, a compre-</p><p>ender qual o seu sentido, entre outras funções.</p><p>Sílaba</p><p>VOGAL</p><p>• Pode ser formada por uma vogal, um ditongo ou um tritongo, acompanhados ou não de</p><p>consoante.</p><p>Eu U.ru.guai A.plau.dir Sa.pa.to Trans.por Fór.ceps</p><p>• A sílaba pode ser definida pela sua intensidade como:</p><p>Tônica: forte Átona: fraca</p><p>• Dessa forma, a sílaba tônica é aquela pronunciada com mais intensidade e pode ou não</p><p>ter um acento gráfico. Todas as palavras com mais de uma sílaba têm uma tônica.</p><p>Sor.te A.le.gri.a Ó.ti.mo Me.do Li.vro A.ca.bou</p><p>Dessa forma, dependendo da posição da sílaba tônica nas palavras, há como classificá-las de três</p><p>formas:</p><p>• Proparoxítona: a antepenúltima sílaba é tônica.</p><p>rá.pi.do lâm.pa.da leu.có.ci.to</p><p>• Paroxítona: a penúltima sílaba é tônica.</p><p>ba.na.na sa.pa.to</p><p>sa.bi.a</p><p>• Oxítona: a última sílaba é tônica.</p><p>u.ru.bu sa.ci sa.bi.á</p><p>• Monossílabo: há apenas uma sílaba, que pode ser tônica ou átona.</p><p>mês pé mau pois com</p><p>55</p><p>54</p><p>ACENTUAÇÃO GRÁFICA</p><p>Esse acento é uma marca da escrita que indica a vogal tônica de algumas palavras. Apesar de nem</p><p>todas as sílabas tônicas serem acentuadas, essa marca aparecerá na mesma posição do acento tô-</p><p>nico.</p><p>REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO</p><p>→ Proparoxítonas</p><p>Todas são acentuadas.</p><p>Á.ra.be Plás.ti.co Pês.se.go</p><p>→ Paroxítonas e Oxítonas</p><p>Essas duas regras de acentuação são longas, por isso é preferível verificar o quadro a seguir e saber</p><p>as etapas de identificação da acentuação.</p><p>A(s), E(s), O(s), EM, ENS Restante</p><p>Paroxítonas</p><p>Oxítonas</p><p>56</p><p>55</p><p>E.lé.tron Bên.ção Pa.ra.béns</p><p>Ca.fé Ca.fe.zi.nho His.tó.ri.co</p><p>His.to.ri.ca.men.te Hí.fen Hi.fens</p><p>REGRAS ESPECIAIS</p><p>Os acentos a seguir só ocorrem devido a fenômenos fonológicos.</p><p>• Ditongo Aberto -EI -EU -OI: apenas em oxítonas e monossílabos.</p><p>Pa.péis Céu He.rói</p><p>Cha.péu An.zóis Dói</p><p>• Paroxítona terminada em Ditongo*: assegura a pronúncia como ditongo e não hiato.</p><p>Má.goa Sé.rie Gló.ria</p><p>Far.má.cia Re.ló.gio Mé.dia</p><p>• Hiatos – acentuam-se I e U quando:</p><p>• Sozinhos ou acompanhados de -s.</p><p>• Não forem precedidos de ditongo.</p><p>• Não forem seguidos de -nh.</p><p>Ra.i.nha E.go.ís.mo Vi.ú.va</p><p>Tra.mam.da.í Bai.u.ca Ba.ú</p><p>57</p><p>56</p><p>ACENTOS DIFERENCIAIS</p><p>• Forma verbal pôr é acentuada para diferenciá-la da preposição por.</p><p>• Forma verbal pôde (pretérito perfeito do indicativo) é acentuada para diferenciá-la de pode</p><p>(presente do indicativo).</p><p>• Os verbos ter e vir, e seus derivados, quando conjugados na terceira pessoa do plural do pre-</p><p>sente do indicativo, são acentuados para diferenciá-los da conjugação da terceira pessoa do</p><p>singular.</p><p>58</p><p>57</p><p>ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS</p><p>As palavras, em basicamente todas as línguas, são formadas por partes que podem ou não apresen-</p><p>tar um significado. Chamamos essas partes carregadas de sentido de “morfemas”.</p><p>des-leal-dade</p><p>Nosso estudo inicia-se, então, a partir dos tipos de morfemas que podemos identificar nas palavras.</p><p>RADICAL</p><p>É a menor unidade (morfema) portadora de significado na qual podemos alocar afixos. É a base,</p><p>também, para identificarmos uma família de palavras.</p><p>pedra</p><p>pedreiro – pedregulho – pedrada – pedraria</p><p>A base comum entre todas as palavras é o que identificamos como radical. Assim, pedr- é o morfe-</p><p>ma que permanece o mesmo entre os exemplos apresentados.</p><p>01. A flutuação entre as pronúncias de v e b perceptível em palavras como vassoura e bassoura, verga-</p><p>mota e bergamota, esteve também presente na formação da Língua Portuguesa, de tal forma que</p><p>atualmente, palavras da mesma família podem apresentar uma ou outra letra na mesma posição. É</p><p>o caso da família de palavras a que pertence</p><p>a) aborrecimentos</p><p>b) embalagens</p><p>c) envolvem</p><p>d) inviolabilidade</p><p>e) lambuzados</p><p>59</p><p>58</p><p>VOGAL TEMÁTICA</p><p>É uma parte da palavra que a auxilia na mudança de forma, principalmente em verbos, substantivos</p><p>e adjetivos (sim, as classes de palavras).</p><p>bonita mares cantar</p><p>Nos verbos, a vogal temática nos auxilia a verificar o tipo de conjugação à qual o verbo pertence.</p><p>Para essa classe, são apenas 3 tipos de vogais:</p><p>amar 1ª conjugação</p><p>beber 2ª conjugação</p><p>sorrir 3ª conjugação</p><p>Para os substantivos e adjetivos, há também apenas 3 tipos de vogais:</p><p>casa vogal temática em a</p><p>pente vogal temática em e</p><p>cachorro vogal temática em o</p><p>A partir disso, é interessante perceber que a vogal temática é como um extensor e é importante ter</p><p>esse conhecimento porque, ao unirmos alguns sufixos às palavras, a vogal temática tem papel fun-</p><p>damental nesse novo contato.</p><p>AFIXOS</p><p>Os afixos são morfemas que também vão se unir a um radical. Há dois tipos: os sufixos, que se</p><p>unem ao final do radical; e os prefixos, que se unem ao início do radical. Vamos observar a palavra</p><p>usada no início da nossa aula:</p><p>des-leal-dade</p><p>prefixo radical sufixo</p><p>Percebam que esse tipo de morfema, por mais que tenha uma carga de sentido, não aparece livre-</p><p>mente em um texto. Ou seja, os afixos devem sempre estar unidos a um radical base.</p><p>Prefixos Sufixos</p><p>indeciso</p><p>infeliz</p><p>imigrar</p><p>levemente</p><p>jornaleiro</p><p>jornalista</p><p>60</p><p>59</p><p>DESINÊNCIAS</p><p>Nesta parte, estudaremos as possíveis flexões dos morfemas. Há dois grupos de palavras que se</p><p>enquadram aqui: os nomes (substantivos, adjetivos, artigos, pronomes, numerais) e os verbos. Dá</p><p>para começar a perceber a importância desse conteúdo, pois, no estudo das classes de palavras,</p><p>fica mais evidente ainda a forma como cada classe se relaciona à outra.</p><p>No estudo dos morfemas, há as desinências nominais e as desinências verbais. Nas classes dos no-</p><p>mes, as desinências indicam gênero (feminino e masculino) e número (singular e plural).</p><p>leitor leitora</p><p>Na classe dos verbos, as desinências indicam modo-tempo ou número-pessoa.</p><p>cantássemos</p><p>cant á sse mos</p><p>radical vogal temática modo-tempo número-pessoa</p><p>A partir de nossos estudos sobre a estrutura das palavras, podemos iniciar outro: os processos de</p><p>formação de palavras.</p><p>O processo de criação de novas palavras precisa acompanhar a evolução social. Assim, novas pala-</p><p>vras são desenvolvidas basicamente todos os dias, ou você acha que o termo fax sempre existiu?</p><p>Inclusive, se pararmos para pensar, ele já nem é tão usado assim. Os dois processos que mais apa-</p><p>recem em prova são derivação e composição.</p><p>DERIVAÇÃO</p><p>Nesse processo, as palavras são originadas de outros vocábulos. Isso pode acontecer a partir do</p><p>acréscimo ou da supressão de afixos.</p><p>DERIVAÇÃO PREFIXAL</p><p>Ocorre quando há o acréscimo de um prefixo ao radical.</p><p>contrapor incapaz desligar</p><p>Há alguns prefixos que merecem a nossa atenção, pois é comum de aparecer em questões o valor</p><p>semântico de alguns:</p><p>a-, an-</p><p>Provação, negação,</p><p>insuficiência, carência,</p><p>contradição.</p><p>afônico, anemia, anônimo,</p><p>anoxia, amoral.</p><p>61</p><p>60</p><p>cum-, com-, con-, co-, cor- Companhia, sociedade,</p><p>concomitância</p><p>cumplicidade, compadre,</p><p>condutor, colaborar.</p><p>de(s)-, di(s)- Negação, ação contrária,</p><p>cessação de um ato ou estado.</p><p>desventura, discordância,</p><p>difícil, desinteressante.</p><p>ex-, es-, e- Movimento para fora,</p><p>mudança de estado.</p><p>esforço, esvaziar, evadir,</p><p>expatriar, expectorar, emigrar,</p><p>esforçar</p><p>in-, im-, i- Sentido contrário, negação,</p><p>privação impenitente. incorrigível, ilegal, ignorância</p><p>DERIVAÇÃO SUFIXAL</p><p>Ocorre quando há o acréscimo de um sufixo ao radical.</p><p>felizmente sapataria maresia</p><p>Lembre-se de que os sufixos derivacionais podem mudar a classe gramatical da palavra, transfor-</p><p>mando um verbo em um substantivo, por exemplo.</p><p>DERIVAÇÃO PREFIXAL SUFIXAL</p><p>Ocorre quando há o acréscimo de um prefixo e de um sufixo ao radical. Neste caso, é importante</p><p>ressaltar que, caso seja necessário remover um dos afixos acoplados, a palavra ainda existirá e fará</p><p>sentido no português. Outro fato importante é que a palavra deve ser derivada, primeiramente, no</p><p>âmbido da classe gramatical a que ela já está. Somente depois é que se deriva a palavra para outra</p><p>classe gramatical.</p><p>IN FELIZ MENTE</p><p>DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA</p><p>Aqui, há também a soma de um prefixo e de um sufixo a um radical. Porém, isso acontece AO MES-</p><p>MO TEMPO (simultaneamente). Ou seja, caso removamos um dos afixos, a palavra não existe e não</p><p>faz sentido no português.</p><p>EN TARDE CER</p><p>DERIVAÇÃO REGRESSIVA</p><p>Ocorre quando a criação de uma palavra é feita pela eliminação do sufixo da palavra derivante (ou</p><p>seja, palavra que forma a derivada). Além disso, a palavra que perde o sufixo muda de classe gra-</p><p>matical.</p><p>62</p><p>61</p><p>beijar beijo</p><p>consumir consumo</p><p>pescar pesca</p><p>DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA</p><p>Ocorre quando há troca na categoria de classe gramatical da palavra sem mudança na forma da</p><p>palavra, o que não aconteceu em nenhum dos casos anteriores.</p><p>Meu pai adora ouvir o pássaro cantar. O cantar do pássaro é muito melódico e bonito.</p><p>COMPOSIÇÃO</p><p>Nesse processo, diferente do que acontece nos processos de derivação, em que há uma palavra</p><p>como base e outras formadas a partir dela, iremos ter novas palavras a partir da união de radicais.</p><p>sofá-cama passatempo embora</p><p>Para uma classificação mais estrutural quanto à união dos radicais, o processo de composição pode</p><p>ser dividido em duas partes</p><p>JUSTAPOSIÇÃO</p><p>Aqui um radical é justaposto ao outro. Isso significa que não há alteração em relação à fonética dos</p><p>radicais sendo usados. Pode-se usar hífen aqui</p><p>couve-flor pontapé guarda-chuva</p><p>AGLUTINAÇÃO</p><p>Já nesse caso, os radicais são combinados e há, portanto, a perda de elementos fonéticos.</p><p>planalto hidrelétrica fidalgo</p><p>63</p><p>62</p><p>OUTROS PROCESSOS</p><p>Hodiernamente, há outros processos que são considerados para a prova como base de formação</p><p>de novas palavras para as línguas. Vejamos alguns mais recorrentes.</p><p>HIBRIDISMO</p><p>Neste caso, é necessária uma análise sobre a etimologia da palavra (sua origem).</p><p>automóvel televisão empipocar</p><p>NEOLOGISMO</p><p>Aqui ocorre o emprego de novas palavras, derivadas ou formadas de outras já existentes, na mes-</p><p>ma língua ou não (ou seja, podem ocorrer com elementos de outras línguas). É basicamente qual-</p><p>quer palavra nova.</p><p>temakeria abobado deletar</p><p>ESTRANGEIRISMO</p><p>Ocorre, diferente do hibridismo, a incorporação de uma palavra ou expressão estrangeira a outra</p><p>língua receptora. Pode-se manter a pronúncia e grafia ou adaptá-las.</p><p>xampu abajur design</p><p>64</p><p>63</p><p>TEMPOS E MODOS VERBAIS</p><p>PRESENTE:</p><p>É o tempo coringa da língua portuguesa, aplicando-se a distintos usos. Os seus principais são:</p><p>Valor Exemplo Observação</p><p>Simultaneidade ao</p><p>momento de fala Reviso Português agora.</p><p>Uso mais comum quando na presença de um</p><p>adjunto adverbial que indique a simultanei-</p><p>dade.</p><p>Contemporaneidade Meu amigo é policial.</p><p>Frequência Estudo às oito a semana toda. Nesse caso, pode ou não haver um adjunto</p><p>adverbial circunstanciando a frequência.</p><p>Atemporalidade Freud é o pai da Psicanálise. Este uso também pode ser entendido como</p><p>de “verdades absolutas”.</p><p>Futuridade No sábado, viajo para o Rio. Sobretudo em usos que remetem a um futu-</p><p>ro considerado breve pelo enunciador.</p><p>Apresentação</p><p>histórica (passado) Em 1969, o homem pisa na Lua. Também denominado “presente histórico,</p><p>assume o valor do perfeito.</p><p>PRETÉRITO PERFEITO X PRETÉRITO IMPERFEITO:</p><p>A diferença entre eles não é propriamente de tempo, mas de ponto de vista acerca do passado, ou</p><p>seja, uma diferença na noção verbal conhecida como aspecto. Isso é o que estabelece a distinção</p><p>de significado entre:</p><p>Quando concurseiro, estudei com no GG. (Perfeito)</p><p>X</p><p>Quando concurseiro, estudava com no GG. (Imperfeito)</p><p>65</p><p>64</p><p>PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO:</p><p>Corresponde a um passado anterior a outro fato já expresso em um forma passada. Vejamos o</p><p>exemplo:</p><p>Quando a mãe chegou em casa, as crianças já tinham dormido.</p><p>FUTURO DO PRESENTE:</p><p>Corresponde à nossa própria intuição do que seja o futuro, ou seja, aquilo que está por vir, seja</p><p>como expectativa, torcida, desejo. Possui três formas alternantes na língua atual:</p><p>• Revisará (cada vez mais restrita a contextos formais)</p><p>• Vai revisar (de uso crescentemente aceito, mesmo em contexto não excessivamente formais)</p><p>• Irá revisar (que equivale a uma ênfase da última forma)</p><p>FUTURO DO PRETÉRITO:</p><p>Remete a uma projeção de futuro, tendo por referência um fato passado, compare-se os dois exem-</p><p>plos seguintes:</p><p>Jura que comparecerá. (Futuro do presente)</p><p>Jurou que compareceria. (Futuro do pretérito)</p><p>Na comparação acima, concluímos que a relação de referência que o futuro do presente mantém</p><p>com o tempo verbal presente é da mesma natureza da que podemos verificar entre o futuro do</p><p>pretérito e os pretéritos.</p><p>Outro uso muito produtivo do futuro do pretérito é na típica construção de condição hipotética,</p><p>em que esse tempo se correlaciona ao imperfeito do subjuntivo:</p><p>Se soubesse de tua presença, traria teu convite.</p><p>O futuro do pretérito apresenta ainda um uso estilístico em que se pretende a expressão de gentile-</p><p>za, polidez, com valor de presente, como em:</p><p>Poderia me passar o sal?</p><p>Por favor, você me daria licença?</p><p>O subjuntivo é um dos modos verbais. É usado para transmitir uma ação possível, mas incerta.</p><p>Expressa um acontecimento hipotético, que ainda não se realizou por estar dependente de outro</p><p>acontecimento para se realizar.</p><p>O subjuntivo é formado por três tempos verbais simples.</p><p>66</p><p>65</p><p>TEMPOS VERBAIS SIMPLES DO MODO SUBJUNTIVO:</p><p>• presente do subjuntivo;</p><p>• pretérito imperfeito do subjuntivo;</p><p>• futuro do subjuntivo.</p><p>PRESENTE DO SUBJUNTIVO</p><p>O presente do subjuntivo é usado para expressar hipóteses e desejos:</p><p>• Tomara que dê tudo certo!</p><p>• Para eu estudar hoje, quero que você vá para casa.</p><p>PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO</p><p>O pretérito imperfeito do subjuntivo é usado para expressar possibilidades e desejos, estando a</p><p>ação condicionada por outra:</p><p>• Seria tão bom se desse tudo certo!</p><p>• Eu estudaria melhor, se você fosse para casa.</p><p>FUTURO DO SUBJUNTIVO</p><p>O futuro do subjuntivo é usado para expressar a possibilidade de uma ação acontecer no futuro:</p><p>• Será tão bom quando der tudo certo!</p><p>• Eu estuderei melhor, quando você for para casa.</p><p>O modo imperativo, que, em língua padrão, apresenta a seguinte formação, a partir dos presentes</p><p>do indicativo e do subjuntivo:</p><p>Presente do</p><p>indicativo</p><p>Imperativo</p><p>afirmativo</p><p>Imperativo negativo</p><p>(Não, nunca, jamais)</p><p>Presente do</p><p>subjuntivo</p><p>Estudo ----- ----- Estude</p><p>Estudas [sem o -s] Estuda Não estudes Estudes</p><p>Estuda Estude Não estude Estude</p><p>Estudamos Estudemos Não estudemos Estudemos</p><p>Estudais [sem o -s] Estudai Não estudeis Estudeis</p><p>Estudam Estudem Não estudem Estudem</p><p>67</p><p>66</p><p>EXERCÍCIOS</p><p>01. Coloque entre parêntesis A -> se for modo indicativo, B -> se for modo subjuntivo e C-> se for impe-</p><p>rativo.</p><p>a) Tati gosta de trabalhar. ( )</p><p>b) Pare de estudar. ( )</p><p>c) Ficaria feliz se a Tati aparecesse aqui hoje. ( )</p><p>d) Vamos à aula hoje. ( )</p><p>e) Vá buscar o bolo, Maria da Paz. ( )</p><p>f) Estamos lendo sobre verbos. ( )</p><p>g) Achei melhor faltar na quinta-feira. ( )</p><p>h) Queria que o Mateus fosse o assador do churras. ( )</p><p>i) Meu cachorro não para de latir durante as lives. ( )</p><p>j) Não mexa nas minhas coisas. ( )</p><p>k) Cheguei atrasado ao encontro. ( )</p><p>l) Não entre. ( )</p><p>m) Está chovendo hoje. ( )</p><p>n) Gostaria que chovesse hoje. ( )</p><p>o) Meu amigo chegou sem avisar. ( )</p><p>Está vendo os espaços abaixo? Complete-os</p><p>a) Já lhe avisei! ____________ esse objeto com cuidado. (pegar)</p><p>b) Já te avisei! _____________ esse objeto com cuidado. (pegar)</p><p>c) Vocês aí! ________________ com mais entusiasmos. (cantar)</p><p>d) ___________ aquela menina! Você sabe onde ela mora? (olhar)</p><p>e) ___________ aquela menina! Tu sabes onde ela mora? (olhar)</p><p>f) ___________, mãe! (comprar)</p><p>68</p><p>67</p><p>g) Não havia força que ___________ com ela. (poder)</p><p>h) Se tivesse dinheiro, certamente se ______________ dali. (mudar)</p><p>i) Se a seca ___________, a plantação certamente morreria. (chegar)</p><p>j) Se a seca ___________, a plantação certamente morrerá. (chegar)</p><p>k) Sua proposta não ______ aos empregados. (convir- presente do indicativo)</p><p>l) É preciso que nós ________________ auxílio para eles. (providenciar – presente do subjuntivo)</p><p>m) O árbitro não __________. (intervir – pretérito perfeito do indicativo)</p><p>n) Não _______ tempo preocupando-te com a vida alheia. (perder)</p><p>o) Elas _______ cultura, mas nem todos _______ isso. (ter e ver – presente do indicativo)</p><p>p) Seria essencial que __________ os horários antigos. (manter – pretérito imperfeito subjuntivo)</p><p>69</p><p>68</p><p>QUESTÕES</p><p>01. A alternativa cuja forma verbal em destaque está no tempo futuro é observada em:</p><p>a) Prometeu a si mesmo que lacraria a boca...</p><p>b) ... ficaria calado durante a consulta inteira...</p><p>c) Mas ela não questionou nada...</p><p>d) ... ela o emparedava abrindo todas as portas.</p><p>e) ... reprime o desejo e vira as costas...</p><p>02. Os verbos que se encontram nos mesmos tempo e modo estão em:</p><p>a) Mas o que experimentava naquele momento era diferente</p><p>b) mas era como se já tivessem sido amigos</p>