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FAN - Faculdade Nobre Direito Civil I 1. Introdução ao Direito Civil I O Direito é ciência do “deve ser” que se projeta necessariamente no plano da experiência. Para cada um receber o que é seu, o Direito é coercitivo, isto é, imposto a sociedade por meio de normas da conduta. “ A norma é a expressão formal do Direito, disciplinadora das condutas e enquadrada no Direito” Professor: Ibraim Vieira Lustosa. Lei: Segundo Sílvio Venosa “a regra geral de direito, abstrata e permanente, datada de sanção, expressa pela vontade de autoridade competente, de cunho obrigatório e forma escrito”. Costume: É o uso geral, constante e notório, observado socialmente e correspondente a uma necessidade jurídica. Espécies: Segundo a lei (secundum legem): já foi erigido em lei e, por tanto perdeu a característica de costume propriamente dito. (Ex: art. 569 – inciso II – CC 02) Na falta da lei (praeter legem): Serve para preencher lacunas, é um dos recursos de que se serve o juiz para sentenciar quando a lei for omissa.(Ex: Cheque pré-datado.) Contra a lei ( Contra legem): é o que se opõem ao dispositivo de uma lei (corrente majoritária não o aceita em nosso Direito). “lombadas” ou quebra-molas sem observâncias e critérios estabelecidos pelo CONTRAM. Professor: Ibraim Vieira Lustosa. 2. Fontes do Direito: Segundo Miguel Reale. “são as pessoas ou meios em virtude dos quais as regras jurídicas se positivam com legítima força obrigatória, isto é, com vigência e eficácia.” 2.1. Classificação das Fontes: Diretas (Primárias / imediatas: fontes formas) lei e costume. Indiretas (secundárias ou mediatas) jurisprudência, doutrina, analogia, equidade e princípios gerais do direito. Professor: Ibraim Vieira Lustosa. Jurisprudência: “ Conjunto de decisões dos tribunais, ou uma série de decisões similares sobre uma mesma matéria. Doutrina: É a opinião dos doutos, conhecidos como juristas, dentro dos campos técnico, científico e filosófico. Analogia: Consiste em aplicar, à hipótese não prevista especialmente em lei, dispositivo relativo a um caso semelhante. Professor: Ibraim Vieira Lustosa. Analogia: Espécies e Requisitos. Analogia legal (legis) Aplicação de apenas uma norma semelhante à hipótese não prevista em lei Analogia Aplicações a casos semelhantes a mesma regra de direito Espécies Requisitos Analogia jurídica (juris) Aplicação de um conjunto de normas de onde se extraem elementos , semelhantes à hipótese não prevista em lei Identidade jurídica na essência Semelhança entre o caso contemplado e o não contemplado em lei Falta de previsão legal para o caso Princípios gerais do Direito: Por esses princípios o intérprete investiga o pensamento mais alto da cultura jurídica universal, buscando uma orientação geral do pensamento jurídico. Eqüidade: A própria lei atribui ao juiz a possibilidade de julgar conforme seus ditames. Segundo a doutrina de TERCIO SAMPAIO FERRAZ, o “juízo por eqüidade, na falta de norma positiva, é o recurso a uma espécie de intuição, no concreto, das exigências da justiça enquanto igualdade proporcional. O intérprete deve, porém, sempre buscar uma racionalização desta intuição, mediante uma análise das considerações práticas dos efeitos presumíveis das soluções encontradas, o que exige juízo empírico e de valor, os quais aparecem fundidos na expressão juízo por eqüidade “. 3. Classificação das Leis Vários critérios classificatórios são utilizados pela doutrina na análise das leis. Quanto à origem as leis são: Federais, Estaduais e Municipais. Quanto à duração são: Temporárias: Já nascem com o tempo determinado de vigência, surgem para atender a uma situação circunstancial ou de emergência. Permanentes : São editadas para vigorar por tempo indeterminado, deixando de vigorar quando revogada. Professor: Ibraim Vieira Lustosa. Quanto à amplitude ou alcance, são: Gerais: são as leis que disciplinam um número indeterminado de pessoas e atingem uma gama de situações genéricas. Ex: O Código Civil Brasileiro. Especiais: aquelas que regulam matérias com critérios particulares, diversos das leis gerais. EX: Lei do Inquilinato (Nº 8.245/91), cuida da locação de imóveis. Excepcionais: São as que disciplinam fatos e relações jurídicas genéricas, de modo diverso do regulado pela lei geral. A idéia que traduz é de exceção, sendo tais normas características de regime desse porte. Ex: atos institucionais da Revolução de 1964. Singulares: norma estabelecida para um único caso concreto, somente sendo considerada lei por uma questão de classificação didática. Ex: decreto legislativo de nomeação de servidor público. Professor: Ibraim Vieira Lustosa. Quanto à sanção as leis podem ser: Perfeitas: regras cuja violação autoriza simplesmente a declaração de nulidade (absoluta ou relativa) do ato. Ex: o ato ou negocio jurídico praticado com vicio de consentimento é anulável (art. 171, II, do CC). Mais que perfeitas: São aquelas que sua violação autoriza a aplicação de sanções: Ex: o casamento de pessoas casadas é vedado pela lei (art. 1.521, VI, do CC), sendo sancionado com a nulidade pela Lei Civil (art. 1.548, II do CC) e com punição penal ao infrator pelo crime de bigamia (art. 236 do CP). Menos que perfeitas e imperfeitas: Aquelas que prescrevem uma conduta sem impor sanção. Não existe nulidade para o ato, nem qualquer punição. Ex: A determinação do prezo de 30 dias, a contar da abertura da sucessão, para o inicio do processo de inventario (art. 983 do CPC). OBS: Leis Estaduais cominaram multa pela desobediência do prazo ou perda de incentivo fiscal e foram admitidas pela jurisprudência. O que não desnatura o exemplo. Professor: Ibraim Vieira Lustosa.
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