Prévia do material em texto
<p>UNITPAC- CENTRO UNIVERSITÁRIO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS</p><p>CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA</p><p>5º Período</p><p>JOSÉ ANTONIO DE SOUSA NETO</p><p>MÓDULO: TICS</p><p>PROFESSOR: MÁRIO DE SOUZA LIMA E SILVA</p><p>PACIENTE COM FIBROMIALGIA</p><p>Araguaína – TO 2024</p><p>· Quais os sintomas mais comuns dos pacientes portadores de fibromialgia?</p><p>· Qual a melhor forma de abordar esta patologia?</p><p>Os pacientes portadores de fibromialgia podem apresentar uma variedade de sintomas, que podem variar em intensidade e duração. Alguns dos sintomas mais comuns associados à fibromialgia incluem dor generalizada, sensibilidade ao toque, fadiga persistente, distúrbios do sono e dificuldades cognitivas.</p><p>A característica principal da fibromialgia é a presença de dor crônica e generalizada pelo corpo. Os pacientes podem experimentar dores articulares e em tecidos moles, que podem ser constantes ou intermitentes. Essa dor muitas vezes é descrita como uma sensação de queimação, rigidez ou dor profunda. Além disso, os pacientes com fibromialgia também podem ter sensibilidade aumentada ao toque, tornando até mesmo uma leve pressão desconfortável e dolorosa. A fadiga é outro sintoma comum da fibromialgia, que pode ser persistente e incapacitante. Mesmo após períodos de descanso adequado, os pacientes podem sentir uma exaustão constante, afetando suas atividades diárias e qualidade de vida. Distúrbios do sono são frequentemente associados à fibromialgia. Os pacientes podem experimentar insônia, sono não reparador ou despertar frequente durante a noite. Isso leva a um ciclo de sono perturbado, resultando em cansaço constante e agravando outros sintomas. As dificuldades cognitivas, muitas vezes chamadas de "névoa fibro", são comuns em pacientes com fibromialgia. Os pacientes podem ter problemas de memória, concentração e função cognitiva, o que pode afetar negativamente o trabalho, estudos e atividades que exigem um alto nível de foco mental. Além desses sintomas principais, a fibromialgia pode estar associada a dores de cabeça, problemas digestivos, ansiedade, depressão e sensibilidade a estímulos sensoriais, como luzes brilhantes e ruídos altos.</p><p>A abordagem da fibromialgia é multifacetada, pois envolve uma combinação de estratégias para ajudar no manejo dos sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Não há uma única solução que funcione para todos, mas algumas abordagens comumente utilizadas incluem tratamento medicamentoso, terapias não farmacológicas, mudanças no estilo de vida e apoio psicológico. O tratamento medicamentoso pode envolver o uso de analgésicos para aliviar a dor, como anti-inflamatórios não esteroides e opioides em casos mais graves. Além disso, medicamentos antidepressivos e anticonvulsivantes podem ser prescritos para ajudar a controlar a dor, melhorar o sono e aliviar a fadiga. Terapias não farmacológicas desempenham um papel importante no manejo da fibromialgia. A fisioterapia pode ajudar a fortalecer os músculos, melhorar a flexibilidade e reduzir a dor. A terapia ocupacional pode ensinar estratégias para lidar com as limitações físicas e adaptar as atividades diárias. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode ajudar a modificar os padrões de pensamento negativos, desenvolver habilidades de enfrentamento e reduzir a ansiedade e depressão associadas à condição. Fazer mudanças no estilo de vida também é fundamental. Isso inclui a prática regular de exercícios físicos de baixo impacto, como caminhadas, natação, pilates ou ioga, para melhorar a força muscular, a flexibilidade e o bem-estar geral. Uma alimentação saudável, com uma dieta equilibrada e adequada hidratação, pode contribuir para o alívio dos sintomas.</p><p>Além disso, é importante estabelecer uma rotina de sono adequada, evitando estimulantes antes de dormir e criando um ambiente propício para um sono tranquilo. O apoio psicológico também desempenha um papel importante no manejo da fibromialgia. Participar de grupos de apoio, buscar aconselhamento individual ou familiar e adotar técnicas de relaxamento, como meditação e respiração profunda, podem ajudar a lidar com o estresse, melhorar a saúde mental e promover o bem-estar emocional.</p><p>RELAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA</p><p>Conhecer a fibromialgia na prática médica é de extrema importância, pois permite que o médico promova o melhor diagnóstico e tratamento, conferindo bem-estar aos seus pacientes.</p><p>Permite, assim um diagnóstico preciso, pois a fibromialgia é uma condição crônica que muitas vezes é subdiagnosticada ou confundida com outras doenças devido à sua natureza complexa e aos sintomas variados. Médicos bem informados são essenciais para um diagnóstico precoce e preciso, garantindo que os pacientes recebam o tratamento adequado o mais cedo possível. Esta, pode causar uma série de sintomas debilitantes, como dor generalizada, fadiga, distúrbios do sono, problemas cognitivos e distúrbios emocionais. Ao reconhecer e compreender a condição, os médicos podem oferecer tratamentos eficazes para ajudar a aliviar o sofrimento dos pacientes e melhorar sua qualidade de vida. O tratamento da fibromialgia geralmente requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo médicos de diferentes especialidades, como reumatologistas, neurologistas, fisioterapeutas, psicólogos e terapeutas ocupacionais. Médicos bem informados podem coordenar o cuidado do paciente, garantindo uma abordagem holística e abrangente e diminuição do estresse psicomotor do paciente.</p><p>Conhecer a fibromialgia permite aos médicos educar os pacientes sobre sua condição, explicar os sintomas, discutir as opções de tratamento e fornecer estratégias de autocuidado e gerenciamento da dor. Isso capacita os pacientes a entenderem melhor sua condição e a desempenharem um papel ativo em seu próprio cuidado, pois esta é frequentemente mal compreendida e estigmatizada, com muitos pacientes enfrentando dúvidas sobre a legitimidade de sua condição.</p><p>Ao diagnosticar e tratar precocemente a fibromialgia, os médicos podem ajudar a prevenir complicações secundárias, como depressão, ansiedade, distúrbios do sono e incapacidade funcional, melhorando assim o prognóstico dos pacientes a longo prazo. Portanto, conhecer a fibromialgia na prática médica é essencial para garantir diagnóstico precoce e preciso, fornecer tratamento eficaz e personalizado, educar os pacientes, reduzir o estigma, contribuir para a pesquisa e melhorar os resultados a longo prazo dos pacientes, além de dar qualidade de vida ao paciente, o médico, deve sempre estar atualizado dos fatores condicionantes dessa síndrome.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>GRAMINHA, Cristiane Vitaliano et al. Relações entre sintomas depressivos, dor e impacto da fibromialgia na qualidade de vida em mulheres. Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde no Contexto Social, v. 8, n. 2, p. 267-273, 2020.</p><p>ASCENSO, Láisa Renata Souza et al. Fibromialgia e suas consequências no cotidiano do paciente. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 2, p. 17234-17237, 2021.</p><p>HEYMANN, Roberto E. et al. Novas diretrizes para o diagnóstico da fibromialgia. São Paulo -SP. 2009.</p><p>image1.png</p>