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<p>U</p><p>N</p><p>O</p><p>PA</p><p>R</p><p>SIN</p><p>TA</p><p>X</p><p>E</p><p>Sintaxe</p><p>Lícia Mara Pinheiro Rodrigues</p><p>Sintaxe</p><p>Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)</p><p>Rodrigues, Lícia Mara Pinheiro</p><p>ISBN 978-85-8482-600-1</p><p>1. Língua portuguesa. I. Título.</p><p>CDD 469.5</p><p>Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.</p><p>176 p.</p><p>R696s Sintaxe / Lícia Mara Pinheiro Rodrigues. – Londrina :</p><p>© 2017 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.</p><p>Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer</p><p>modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo</p><p>de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora e</p><p>Distribuidora Educacional S.A.</p><p>2017</p><p>Editora e Distribuidora Educacional S.A.</p><p>Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza</p><p>CEP: 86041-100 — Londrina — PR</p><p>e-mail: editora.educacional@kroton.com.br</p><p>Homepage: http://www.kroton.com.br/</p><p>Tema 1 | Adequação sintática & adequação semântica</p><p>Tema 2 | Predicação verbal</p><p>Tema 3 | Sujeito, predicado & predicativo</p><p>Tema 4 | Objeto direto & objeto indireto</p><p>Tema 5 | Agente da passiva, complemento nominal, adjunto adnominal</p><p>Tema 6 | Adjunto adverbial, aposto, vocativo, palavras denotativas</p><p>Tema 7 | Período composto: orações coordenadas e orações intercaladas</p><p>Tema 8 | Período composto por subordinação – orações subordinadas</p><p>substantivas</p><p>Tema 9 | Período composto por subordinação – orações subordinadas</p><p>adjetivas</p><p>Tema 10 | Período composto por subordinação – orações subordinadas</p><p>adverbiais e orações reduzidas</p><p>Tema 11 | As relações de concordância</p><p>Tema 12 | As relações de regência</p><p>7</p><p>19</p><p>33</p><p>47</p><p>61</p><p>75</p><p>89</p><p>103</p><p>117</p><p>131</p><p>145</p><p>159</p><p>Sumário</p><p>Convite à leitura</p><p>Conteúdo</p><p>Nessa aula você estudará:</p><p>• O que é adequação sintática.</p><p>• Como atingir adequação semântica.</p><p>Habilidades</p><p>Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:</p><p>• Qual a distinção entre adequação sintática e adequação semântica?</p><p>• Quais os vínculos estabelecidos entre morfologia e sintaxe?</p><p>• Quais os aspectos abordados na análise sintática?</p><p>Tema 1</p><p>Adequação sintática &</p><p>adequação semântica</p><p>Você já entendeu que a “adequação sintática” trata da construção de períodos</p><p>e orações coerentes, observando as relações existentes entre seus termos e sua</p><p>organização. E ainda que a “adequação semântica” é obtida sempre que houver uma</p><p>escolha criteriosa de palavras para expressar algo em um determinado contexto.</p><p>Qualquer erro cometido contra as regras da sintaxe, ou seja, os desacertos no</p><p>que se refere à concordância, à regência e à colocação das palavras denomina-se</p><p>“solecismo”. Outro problema que pode ocorrer devido à má construção da frase,</p><p>ocasionando duplo sentido, chama-se “ambiguidade”.</p><p>A seguir, segue um texto por meio do qual esses conceitos podem ser mais</p><p>explicitados:</p><p>ÁRVORE AMEAÇA CAIR EM PRAÇA DO JARDIM INDEPENDÊNCIA</p><p>Um perigo iminente ameaça a segurança dos moradores da rua Lúcia Tonon</p><p>Martins, no Jardim Independência. Uma árvore, com cerca de 35 metros de altura,</p><p>que fica na Praça Conselheiro da Luz, ameaça cair a qualquer momento. Ela foi</p><p>atingida, no final de novembro do ano passado, por um raio e desde este dia,</p><p>apodreceu e morreu. A árvore, de grande porte, é do tipo Cambuí e está muito</p><p>próxima à rede de iluminação pública e das residências. “O perigo são as crianças</p><p>que brincam no local”, diz Sérgio Marcatti, presidente da Associação do Bairro.</p><p>(Jornal Integração, 16-31 ago. 1996).</p><p>No texto, o que se pode perceber é que o presidente da associação do bairro</p><p>pretendia dizer que uma árvore de grande porte, que foi atingida por um raio, estava</p><p>prestes a cair, oferecendo perigo principalmente às crianças que brincavam no local,</p><p>mas o que ele informou literalmente foi que as crianças é que ofereciam perigo.</p><p>O que teria acontecido para ocasionar essa informação incoerente? Certamente</p><p>o presidente da associação, no momento de fazer a seleção daquilo que gostaria</p><p>de expressar, não organizou as palavras de maneira criteriosa para que trouxesse</p><p>clareza ao que pretendia expressar.</p><p>POR DENTRO DO TEMA</p><p>Adequação sintática & adequação semântica</p><p>T1</p><p>8</p><p>A adequação sintática envolve conhecimento da sintaxe do português que, por</p><p>sua vez, tem ligações diretas com a morfologia, que é o estudo da estrutura, da</p><p>formação e da classificação das palavras.</p><p>Pode-se afirmar que morfologia e sintaxe estabelecem entre si um vínculo que</p><p>proporciona a construção adequada da estrutura de uma oração. Portanto, os</p><p>conhecimentos sobre verbos, substantivos, adjetivos e advérbios e suas flexões,</p><p>significações e desempenhos são fundamentais para o entendimento dessa estrutura</p><p>a qual não deve ser encarada como uma construção estabelecida em uma ordem</p><p>linear de itens lexicais, mas sim em uma ordem hierárquica, ou seja, a combinação</p><p>de palavras para formar as orações não acontece de modo aleatório, mas mediante</p><p>a obediência a determinados princípios da língua.</p><p>As palavras são combinadas em conjuntos em torno de um núcleo e esse</p><p>conjunto – denominado sintagma – é que desempenha uma função no conjunto</p><p>maior – a frase. A adequação sintática é considerada um instrumento em favor da</p><p>adequação semântica.</p><p>Considere este exemplo para compreender melhor essa questão.</p><p>Com grande dificuldade a criança carregava a boneca.</p><p>A frase em questão é iniciada pelo modo da ação verbal – com grande dificuldade</p><p>– seguida, pelo termo sobre o qual se faz uma declaração – a criança –, finalizada</p><p>pela declaração sobre o ser – carregava a boneca.</p><p>É comum que se coloquem nas primeiras posições os constituintes mais</p><p>importantes para nossos fins comunicativos, deixando nas últimas posições</p><p>as informações menos relevantes. Isso diz respeito a certa mobilidade que os</p><p>constituintes possuem na frase. Geralmente a ordenação padrão em língua</p><p>portuguesa obedece à seguinte estrutura:</p><p>sujeito (S) + verbo (V) + complemento (C) = SVC</p><p>Na verdade há a tendência de considerar os nomes iniciais como agentes da</p><p>ação verbal e os finais como alvo, e as circunstâncias da ação (tempo, modo, lugar</p><p>etc.) costumam ser deixados em posição secundária. Dessa forma, se retomar a</p><p>frase em questão, tem-se a seguinte organização estrutural:</p><p>Com grande dificuldade, a criança carregava a boneca.</p><p>circunstância S V C</p><p>Vale salientar, finalmente, que cabe à sintaxe o estudo dos seguintes aspectos:</p><p>1) Análise sintática – estuda as funções sintáticas que as palavras ou orações</p><p>exercem na frase. Esse estudo é dividido em duas partes:</p><p>Adequação sintática & adequação semântica</p><p>T1</p><p>9</p><p>• Sintaxe do período simples – estuda as funções dos termos que constituem</p><p>as orações absolutas</p><p>• Sintaxe do período composto – estuda a função das orações em relação</p><p>ao período a que pertencem que pode ser por coordenação (orações</p><p>independentes sintaticamente) e subordinação (orações dependentes</p><p>sintaticamente).</p><p>2) Sintaxe de concordância – estuda a relação de concordância que as palavras</p><p>apresentam na frase.</p><p>3) Sintaxe de regência – estuda a relação de dependência entre as palavras na</p><p>frase.</p><p>4) Sintaxe de colocação – estuda a disposição das palavras na frase.</p><p>Todos esses tópicos serão mais aprofundados no estudo dos temas desse</p><p>Caderno de Atividades.</p><p>Quer saber mais sobre o assunto?</p><p>Então:</p><p>Sites</p><p>Leia o trabalho Língua Portuguesa IV, de Mariangela Rios de Oliveira</p><p>Disponível em: <http://www.videoaulasonline.com.br>. Acesso em: 02/01/2014.</p><p>Aborda a sintaxe do período simples partindo de uma abordagem mais geral para a</p><p>mais específica na descrição da tradição gramatical.</p><p>Acesse ao site de Radamés Manosso.</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 02/01/2014.</p><p>São discutidas as noções de sintaxe, sob o enfoque da gramática descritiva.</p><p>ACOMPANHE NA WEB</p><p>Adequação sintática & adequação semântica</p><p>T1</p><p>10</p><p>Instruções:</p><p>Chegou a hora de você exercitar</p><p>sintática; ensinando o que não se sabe para quem já sabe? In:</p><p>FORTKAMP,M. B. M.; TOMITCH, L. M. B. (Org.). Aspectos da lingüística aplicada:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>T4</p><p>60 Objeto direto & objeto indireto</p><p>estudos em homenagem ao Professor Hilário Inácio Bohn. Florianópolis: Insular,</p><p>2000. p. 203-228. Disponível em: <http://www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/</p><p>segmenta.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MACEDO, W. Elementos para uma estrutura da língua portuguesa. Rio de Janeiro:</p><p>Presença, 1987.</p><p>MANOSSO, R. Aspectos de gramática descritiva da língua portuguesa brasileira.</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MEIRA, A. C. G. A. de. As orações e as relações de interdependência. Ícone – Revista</p><p>de Letras, São Luís de Montes Belos, GO, v. 2, p. 43-53, jul. 2008.</p><p>OLIVEIRA, M. R. de. Língua portuguesa IV. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009.</p><p>Disponível em: <http://www.videoaulasonline.com.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>PINHO, A. K. A. e. Complemento nominal de substantivo (CN) e adjunto adnominal</p><p>preposicionado (AA): uma análise morfossintática baseada em corpus. Anais do</p><p>SILEL, Uberlândia: EDUFU, v.2, n. 2, 2011. Disponível em: <http://www.ileel.ufu.br/</p><p>anaisdosilel/pt/arquivos/silel2011/577.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ROCHA LIMA, Carlos H. da. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de</p><p>Janeiro: José Olympio, 1994.</p><p>RODRIGUES, E. dos S. Concordância verbal com construções partitivas: uma</p><p>proposta de análise. Veredas online – atemática, Juiz de Fora, MG, n.1, p. 93-107,</p><p>2011. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistaveredas/files/2011/05/ARTIGO-71.</p><p>pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>SILVA, E. V. Norma, variação e ensino: a concordância verbal. Caderno de Letras</p><p>da UFF. Dossiê: literatura, língua e identidade, n. 34, p. 31-41, 2008. Disponível em:</p><p><http://www.uff.br/cadernosdeletrasuff/34/artigo2.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>STEFANELLO, A. B.; BASIM, N. T. R. O ensino de orações coordenadas: proposta</p><p>interativa da linguagem. Disc. Scientia. Santa Maria, RS, v. 9, n. 1, p. 135-153, 2008.</p><p>Tema 5</p><p>Agente da passiva,</p><p>complemento nominal,</p><p>adjunto adnominal</p><p>Como já foi abordado anteriormente, o agente da passiva é um termo relacionado</p><p>ao verbo, como ocorre com o objeto direto e o objeto indireto, termos estudados</p><p>no Tema 4. Assim como ocorre com o verbo, ou seja, o fato deste necessitar de um</p><p>termo que se relacione com ele por motivos semânticos, alguns nomes também</p><p>apresentam essa necessidade. Portanto, ao estudar o complemento nominal e o</p><p>adjunto adnominal, você entenderá a relação daquele primeiro com certos nomes</p><p>(substantivos, adjetivos e advérbios), assim como a aplicação deste último como um</p><p>termo periférico que sempre está vinculado ao núcleo do termo ao qual pertence.</p><p>O agente da passiva é um termo da oração que pratica a ação expressa pelo</p><p>verbo quando este se encontra na voz passiva. Esse termo aparece precedido</p><p>da preposição por, na maioria das vezes, e, mais raramente, pela preposição de.</p><p>Exemplo:</p><p>Na saída, a moça foi abordada por um estranho.</p><p>verbo na voz agente da passiva</p><p>passiva</p><p>Aquele político vivia cercado de bajuladores.</p><p>verbo na voz agente da passiva</p><p>passiva</p><p>Segundo Bechara (2009), o agente da passiva é um tipo de termo argumental,</p><p>não obrigatório e, por isso, muitas vezes uma oração pode aparecer na voz passiva</p><p>e não apresentar o agente da passiva. Exemplo:</p><p>O réu foi condenado ontem à tarde.</p><p>verbo na voz</p><p>POR DENTRO DO TEMA</p><p>T5</p><p>62 Agente da passiva, complemento nominal, adjunto adnominal</p><p>passiva</p><p>Vale salientar ainda que uma oração na voz passiva tem origem a partir de uma</p><p>estrutura equivalente, semanticamente, na voz ativa, desde que nesta última haja a</p><p>presença de um verbo transitivo direto ou de um verbo transitivo direto e indireto.</p><p>Na transposição da voz ativa para a voz passiva analítica (formada por verbo</p><p>auxiliar conjugado + verbo principal no particípio), o objeto direto da ativa, passa</p><p>para a função de sujeito da voz passiva e o sujeito da ativa passa a agente da passiva.</p><p>Exemplo:</p><p>Voz ativa: Um carro desgovernado atropelou muitas pessoas.</p><p>sujeito agente VTD OD</p><p>Voz passiva: Muitas pessoas foram atropeladas por um carro desgovernado.</p><p>sujeito paciente VTD na voz passiva AP</p><p>Obs.: O verbo auxiliar da voz passiva fica no mesmo tempo e modo da voz ativa.</p><p>Henriques (2011, p. 72) adverte que:</p><p>“[...] o fato de haver uma estrutura com verbo transitivo direto não significa, obrigatoriamente,</p><p>que a voz passiva equivalente tenha uso corrente no português. Razões semânticas,</p><p>pragmáticas ou estilísticas podem revelar que, às vezes, a voz passiva é uma estrutura mais</p><p>potencial do que real – e o mesmo se pode dizer para a ocorrência da voz pronominal.“</p><p>Exemplos:</p><p>Ainda não publicaram as novas regras salariais. → VA</p><p>As novas regras salariais ainda não foram publicadas. → VP verbal de uso corrente.</p><p>Ainda não se publicaram as novas regras salariais. → VP pronominal de uso corrente</p><p>Levaram vários sustos. → VA</p><p>Vários sustos foram levados. → VP verbal de uso improvável</p><p>Levaram-se vários sustos. → VP pronominal de uso improvável</p><p>Em outras estruturas sintáticas, há certos nomes de significação transitiva que</p><p>necessitam de um complemento. Nesse caso, emprega-se o complemento nominal.</p><p>Dessa forma, a função do complemento nominal assemelha-se à do objeto indireto</p><p>por também ser um termo regido de preposição, porém o objeto indireto completa</p><p>o sentido de um verbo e o complemento nominal, o de um substantivo, adjetivo</p><p>ou advérbio.</p><p>Exemplos:</p><p>Tenho necessidade de sua ajuda. X Necessito de sua ajuda.</p><p>substantivo CN VTI OI</p><p>T5</p><p>63Agente da passiva, complemento nominal, adjunto adnominal</p><p>Ele tinha confiança em você. X Ele confiava em você.</p><p>substantivo CN VTI OI</p><p>É válido esclarecer ainda que, quando o complemento nominal completa o</p><p>sentido de um substantivo, este apresenta duas particularidades:</p><p>1) o substantivo que necessita de complemento é sempre abstrato;</p><p>2) o substantivo que exige complemento geralmente deriva de um verbo.</p><p>Veja também exemplos de complementos nominais de adjetivos e advérbios</p><p>A mãe foi favorável a um dos filhos.</p><p>adjetivo complemento nominal</p><p>A mãe agiu favoravelmente a um dos filhos.</p><p>advérbio CN</p><p>Obs.: O complemento nominal, assim como o objeto direto e o objeto indireto,</p><p>também pode ser representado por pronomes oblíquos. Exemplos:</p><p>A mãe sempre lhe foi favorável. (= favorável a ele)</p><p>Eles me devem respeito. (= respeito a mim)</p><p>Como foi proposto no início desse tema, vale agora abordar o adjunto adnominal,</p><p>um termo periférico que sempre se vincula a um núcleo ao qual pertence. Mas o que</p><p>isso significa? Em outras palavras, o adjunto adnominal é um termo que delimita o</p><p>significado de um substantivo-núcleo seja qual for a sua função sintática na oração.</p><p>Exemplo:</p><p>Estas duas camisetas de algodão pertencem a uma criança pequena.</p><p>núcleo do núcleo do</p><p>sujeito OI</p><p>Os adjuntos adnominais são: estas, duas, de algodão, uma e pequena</p><p>Já se afirmou também que, para o entendimento da estrutura sintática de uma</p><p>oração, um pré-requisito é ter um bom conhecimento das classes gramaticais, uma</p><p>vez que são elas que fornecem os elementos</p><p>que possibilitam a construção dessa</p><p>estrutura. Portanto, vale ressaltar aqui que o adjunto adnominal pode ser expresso</p><p>pelas seguintes classes gramaticais:</p><p>a) artigo definido ou indefinido</p><p>T5</p><p>64 Agente da passiva, complemento nominal, adjunto adnominal</p><p>Exemplo: O homem precisa de uma cadeira.</p><p>b) pronome adjetivo</p><p>Exemplo: Meu cachorro foi roubado.</p><p>c) numeral adjetivo</p><p>Exemplo: Comprei duas camisetas.</p><p>d) adjetivo</p><p>Exemplo: Visitamos belas paisagens.</p><p>e) locução adjetiva</p><p>Exemplo: Ali havia uma mesa de madeira.</p><p>Obs.: O adjunto adnominal, como acontece com o objeto direto, objeto indireto</p><p>e complemento nominal, também pode ser expresso por pronomes oblíquos desde</p><p>que estes tenham valor possessivo. Exemplo:</p><p>Ela tocou-me o rosto. (= meu rosto)</p><p>Beijei-lhe os cabelos. (= seus cabelos)</p><p>Distinção entre o complemento nominal e o adjunto adnominal</p><p>Você aprendeu que o complemento nominal é um termo sempre iniciado por</p><p>preposição e que o adjunto adnominal, quando expresso por uma locução adjetiva,</p><p>também pode ser iniciado por uma preposição. Dessa forma, às vezes surgem,</p><p>então, dúvidas de como distinguir um de outro. Porém, essa dúvida só terá sentido</p><p>se o termo preposicionado referir-se a um substantivo abstrato.</p><p>Observe:</p><p>I - A acusação do rapaz não era consistente.</p><p>II - A acusação ao rapaz não era consistente.</p><p>Nos dois casos, os termos em destaque se referem a um substantivo abstrato,</p><p>porém suas funções sintáticas são diferentes.</p><p>O critério utilizado para distinguir qual termo funciona como adjunto adnominal</p><p>e qual funciona como complemento nominal é o seguinte:</p><p>1º - verifique se o termo em destaque é o agente da ação. = adjunto adnominal</p><p>2º verifique se o temo em destaque é o alvo da ação. = complemento nominal</p><p>T5</p><p>65Agente da passiva, complemento nominal, adjunto adnominal</p><p>Em I, pode-se observar que o rapaz é quem acusa, portanto a função sintática do</p><p>termo “do rapaz” é de adjunto adnominal;</p><p>Em II, constata-se que o rapaz recebe a acusação, ou seja, é o alvo da ação =</p><p>complemento nominal.</p><p>Quer saber mais sobre o assunto?</p><p>Então:</p><p>Sites</p><p>Leia o artigo Complemento Nominal de Substantivo (CN) e Adjunto Adnominal</p><p>Preposicionado (AA): Uma Análise Morfossintática Baseada em Corpus, de Anya</p><p>Karina D’Almeida e Pinho.</p><p>Disponível em: <http://www.ileel.ufu.br/anaisdosilel/pt/arquivos/silel2011/577.pdf>.</p><p>Acesso em: 02/01/2014.</p><p>Leia o trabalho Língua Portuguesa IV, de Mariangela Rios de Oliveira..</p><p>Disponível em: <http://www.videoaulasonline.com.br>. Acesso em: 02/01/2014.</p><p>Aborda a sintaxe do período simples partindo de uma abordagem mais geral para a</p><p>mais específica na descrição da tradição gramatical.</p><p>Acesse ao site de Radamés Manosso</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 02/01/2014.</p><p>São discutidas as noções de sintaxe, sob o enfoque da gramática descritiva.</p><p>Consulte a Moderna gramática portuguesa, de Evanildo Bechara. Na parte II, item C,</p><p>encontram-se considerações mais aprofundadas sobre sintaxe.</p><p>Consulte o capítulo Termos integrantes da oração e Termos Acessórios da Oração</p><p>da Gramática da língua portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla. São Paulo:</p><p>Companhia Editora Nacional, 2008.</p><p>ACOMPANHE NA WEB</p><p>T5</p><p>66 Agente da passiva, complemento nominal, adjunto adnominal</p><p>Instruções:</p><p>Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das</p><p>questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo</p><p>para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se</p><p>para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-</p><p>se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.</p><p>Questão 1:</p><p>AGORA É A SUA VEZ</p><p>Na parte principal do anúncio observa-se que a primeira oração foi construída na voz</p><p>passiva. Porém o agente da passiva não está explícito, ou seja, está subentendido.</p><p>O gramático Evanildo Bechara adverte que o agente da passiva é um tipo de termo</p><p>argumental, não obrigatório e, por isso, muitas vezes uma oração pode aparecer</p><p>na voz passiva e não apresentar o agente da passiva. Levando-se em consideração</p><p>que a oração em questão faz parte de um anúncio publicitário, justifique o fato de o</p><p>agente da passiva estar subentendido.</p><p>Questão 2:</p><p>Alguns substantivos quando derivam de verbos transitivos herdam a transitividade</p><p>desses verbos: Observe:</p><p>Ela gosta de morango. → Esta bala tem gosto de morango.</p><p>Com base nessa afirmação, transforme os verbos transitivos em substantivos e,</p><p>depois disso, identifique o complemento nominal. Veja um exemplo:</p><p>Ela aludiu ao fato desagradável.</p><p>T5</p><p>67Agente da passiva, complemento nominal, adjunto adnominal</p><p>VTD</p><p>Ela fez alusão ao fato desagradável.</p><p>subst. complemento nominal</p><p>a) A mulher persistia na luta contra a doença.</p><p>b) Ele comprometeu-se com a família.</p><p>Questão 3:</p><p>Reveja o item teórico “Distinção entre o complemento nominal e o adjunto</p><p>adnominal”. Depois, observe os termos destacados nas frases a seguir e classifique-</p><p>os em complemento nominal ou adjunto adnominal. Justifique a classificação.</p><p>A contratação dos funcionários será feita por uma empresa especializada.</p><p>A contratação da empresa irá beneficiar muitos desempregados.</p><p>Questão 4:</p><p>Você aprendeu que são as classes morfológicas que fornecem elementos à sintaxe</p><p>para a construção das estruturas da oração. O adjetivo é uma classe de palavras</p><p>que ora exprime uma característica ocasional ou circunstancial dos nomes a que se</p><p>refere, desempenhando a função sintática de predicativo do sujeito, outras vezes,</p><p>exprime uma característica constante dos nomes e, nesse caso, funciona como</p><p>adjunto adnominal.</p><p>Com base nesses argumentos, considere estas orações:</p><p>I. A mulher caminhava indignada pelo pátio da repartição.</p><p>II. Pessoas indignadas surgiam de toda parte.</p><p>III. O homem ficou indignado com a resposta da balconista.</p><p>IV. O funcionário, indignado, foi falar com o chefe do departamento.</p><p>V. Homens indignados surgiam de todos os lados.</p><p>Informe em que orações o adjetivo “indignado” exprime uma característica constante</p><p>dos nomes a que se refere e em quais casos ele é usado para expressar uma</p><p>característica ocasional ou circunstancial. A partir desse reconhecimento, aponte a</p><p>função sintática dos termos desempenhados pelo adjetivo em questão.</p><p>Questão 5:</p><p>Substitua o termo em destaque por um pronome oblíquo átono equivalente. A</p><p>T5</p><p>68 Agente da passiva, complemento nominal, adjunto adnominal</p><p>seguir, informe a função sintática do pronome.</p><p>A decisão dos presentes foi favorável a mim.</p><p>Questão 6:</p><p>Assinale a alternativa em que o termo em destaque exerce a função de agente da</p><p>passiva.</p><p>a) Os presentes iriam necessitar de ajuda para terminar a pesquisa.</p><p>b) O carro ficou cercado de curiosos durante a exposição</p><p>c) O estádio estava repleto de torcedores no domingo.</p><p>d) Ele não é mais digno de confiança para trabalhar no projeto.</p><p>e) Seu rosto ficou cheio de espinhas por causa de tanto chocolate.</p><p>Questão 7:</p><p>Em qual das alternativas o pronome oblíquo funciona como complemento nominal?</p><p>a) Essas informações lhe são indispensáveis.</p><p>b) Essas informações não me servem.</p><p>c) Nunca nos vimos naquela boate.</p><p>d) Informei-lhe o acontecido.</p><p>e) Não lhe faça nenhum mal.</p><p>Questão 8:</p><p>Assinale a alternativa em que o pronome destacado não funciona como adjunto</p><p>adnominal:</p><p>a) Enxugaram-lhe a face suada.</p><p>b) A criança mordeu-me a mão.</p><p>c) Acariciou-lhe os cabelos com carinho.</p><p>d) Ela me enviou um belo presente.</p><p>e) Joana apertou-me o braço em sinal de cumplicidade.</p><p>T5</p><p>69Agente da passiva, complemento nominal, adjunto adnominal</p><p>Questão 9:</p><p>Na frase: A instituição de caridade tem necessidade de agasalhos para doação, os</p><p>termos em destaque têm, respectivamente, a função sintática de:</p><p>a) objeto indireto – objeto direto – complemento nominal</p><p>b) adjunto adnominal – objeto direto – adjunto adnominal</p><p>c) adjunto adnominal – objeto direto – complemento nominal</p><p>d) sujeito – objeto direto – complemento</p><p>nominal</p><p>se) ujeito – predicativo do sujeito – complemento nominal</p><p>Questão 10:</p><p>Assinale a frase em que o adjunto adnominal destacado não seja redundante, ou</p><p>seja, excessivo.</p><p>a) A viúva do falecido acabara de se mudar para cá.</p><p>b) O elo de ligação entre eles era enorme.</p><p>c) A fabricação de tijolos é monopólio exclusivo da minha empresa.</p><p>d) O político foi cassado, pois se apropriou de erário público.</p><p>e) A filha do casal mudou-se para outro estado.</p><p>T5</p><p>70 Agente da passiva, complemento nominal, adjunto adnominal</p><p>T5</p><p>71Agente da passiva, complemento nominal, adjunto adnominal</p><p>Depois de realizadas todas as tarefas propostas e leituras recomendadas, você</p><p>chegou ao final dessa etapa. Nesse tema, você viu que ao agente da passiva é um</p><p>termo usado sempre que, num processo comunicativo, o emissor da mensagem</p><p>tem a intenção de expressar a ideia de passividade do sujeito. Viu também que há</p><p>situações em que determinados nomes abstratos (substantivos, adjetivos e advérbios)</p><p>exigem um complemento que lhes esclareça o sentido e, nesse caso, utiliza-se o</p><p>complemento nominal. E, por fim, entendeu que os termos sintáticos exercidos</p><p>pelos substantivos muitas vezes são utilizados acompanhados de atributos que lhe</p><p>delimitam o significado, circunstância que lança mão do emprego de um adjunto</p><p>adnominal.</p><p>Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de</p><p>acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!</p><p>FINALIZANDO</p><p>T5</p><p>72 Agente da passiva, complemento nominal, adjunto adnominal</p><p>T5</p><p>73Agente da passiva, complemento nominal, adjunto adnominal</p><p>AGUIAR NETA, M. do C. M.; MELO, M. de F. B. Coordenação e subordinação no</p><p>português do Brasil: da visão tradicional à abordagem lingüística. In: ENCONTRO</p><p>DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA, 11., 2009, João Pessoa. Anais... João Pessoa, 2009.</p><p>Disponível em: <http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/monitoriapet/</p><p>ANAIS/Area4/4CCHLADLCVMT01.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ALMEIDA, N. T. Gramática da língua portuguesa para concursos, vestibulares,</p><p>Enem, colégios técnicos e militares... São Paulo: Saraiva, 2009.</p><p>BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.</p><p>CAVALCANTE, M. M. Facultatividade e omissão de complementos verbais.</p><p>Revista de Letras, Ceará, v.19, n. ½, jan./dez. 1997. Disponível em: <http://www.</p><p>revistadeletras.ufc.br/rl19Art02.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>CEGALLA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Companhia</p><p>Editora Nacional, 2008.</p><p>CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Gramática reflexiva. São Paulo: Atual, 2009.</p><p>Volume único.</p><p>COMPANI, D. A frase fragmentada como recurso estilístico. Entrelinhas. Rio</p><p>Grande do Sul, ano II, n. 1, jan./abr. 2005. Disponível em: <http://www.entrelinhas.</p><p>unisinos.br/index.php?e=1&s=9&a=4> Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>FARIAS, C. A. de. A multifuncionalidade do aposto em textos jornalísticos de</p><p>divulgação científica e em artigos científicos. Dissertação (Mestrado em Estudos</p><p>Linguísticos)– Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, 2011. Disponível em:</p><p><http://nou-rau.uem.br/nou-rau/document/?code=vtls000184614>. Acesso em:</p><p>2 jan. 2014.</p><p>HENRIQUES. C. C. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro:</p><p>Campus/Elsevier, 2011.</p><p>HOUAISS A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. abr. 2007.</p><p>IGNÁCIO, S. E. Tipologia dos complementos verbais do português contemporâneo.</p><p>Disponível em: <http://seer.fclar.unesp.br/alfa/article/view/3755/3478>. Acesso</p><p>em: 2 jan. 2014.</p><p>LEFFA, V. J. Análise sintática; ensinando o que não se sabe para quem já sabe? In:</p><p>FORTKAMP,M. B. M.; TOMITCH, L. M. B. (Org.). Aspectos da lingüística aplicada:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>T5</p><p>74 Agente da passiva, complemento nominal, adjunto adnominal</p><p>estudos em homenagem ao Professor Hilário Inácio Bohn. Florianópolis: Insular,</p><p>2000. p. 203-228. Disponível em: <http://www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/</p><p>segmenta.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MACEDO, W. Elementos para uma estrutura da língua portuguesa. Rio de Janeiro:</p><p>Presença, 1987.</p><p>MANOSSO, R. Aspectos de gramática descritiva da língua portuguesa brasileira.</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MEIRA, A. C. G. A. de. As orações e as relações de interdependência. Ícone –</p><p>Revista de Letras, São Luís de Montes Belos, GO, v. 2, p. 43-53, jul. 2008.</p><p>OLIVEIRA, M. R. de. Língua portuguesa IV. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009.</p><p>Disponível em: <http://www.videoaulasonline.com.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>PINHO, A. K. A. e. Complemento nominal de substantivo (CN) e adjunto adnominal</p><p>preposicionado (AA): uma análise morfossintática baseada em corpus. Anais do</p><p>SILEL, Uberlândia: EDUFU, v.2, n. 2, 2011. Disponível em: <http://www.ileel.ufu.br/</p><p>anaisdosilel/pt/arquivos/silel2011/577.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ROCHA LIMA, Carlos H. da. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de</p><p>Janeiro: José Olympio, 1994.</p><p>RODRIGUES, E. dos S. Concordância verbal com construções partitivas: uma</p><p>proposta de análise. Veredas online – atemática, Juiz de Fora, MG, n.1, p. 93-107,</p><p>2011. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistaveredas/files/2011/05/ARTIGO-71.</p><p>pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>SILVA, E. V. Norma, variação e ensino: a concordância verbal. Caderno de Letras</p><p>da UFF. Dossiê: literatura, língua e identidade, n. 34, p. 31-41, 2008. Disponível em:</p><p><http://www.uff.br/cadernosdeletrasuff/34/artigo2.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>STEFANELLO, A. B.; BASIM, N. T. R. O ensino de orações coordenadas: proposta</p><p>interativa da linguagem. Disc. Scientia. Santa Maria, RS, v. 9, n. 1, p. 135-153, 2008.</p><p>GLOSSÁRIO</p><p>Sujeito agente: sujeito que faz a ação expressa pelo verbo da voz ativa. (CEGALLA,</p><p>2008, p. 325)</p><p>Sujeito paciente: sujeito que sofre ou recebe os efeitos da ação expressa pelo</p><p>verbo passivo. (CEGALLA, 2008, p. 325)</p><p>Tema 6</p><p>Adjunto adverbial, aposto,</p><p>vocativo, palavras denotativas</p><p>De acordo com o que se afirmou anteriormente, o adjunto adverbial é o termo da</p><p>oração que, a priori, denota a circunstância de um fato expresso por um verbo, mas</p><p>também, em outros casos, intensifica o sentido de um adjetivo ou de um advérbio.</p><p>Novamente recorre-se à morfologia para afirmar que o adjunto adverbial é</p><p>expresso por um advérbio ou por uma locução adverbial.</p><p>Veja estes exemplos:</p><p>Ela sempre fazia tudo formalmente.</p><p>advérbio</p><p>Ela sempre fazia tudo com formalidade.</p><p>locução adverbial</p><p>Nesses casos, tanto o advérbio “formalmente” quanto a locução “com formalidade”</p><p>funcionam como adjuntos adverbiais, pois expressam uma circunstância referida ao</p><p>verbo “fazia”.</p><p>Em outros casos, como já foi mencionado, o adjunto adverbial intensifica</p><p>o sentido de um adjetivo ou de um advérbio – que também exerce a função de</p><p>adjunto adverbial.</p><p>Exemplos:</p><p>Sua pele estava bastante manchada.</p><p>adjunto adjetivo</p><p>adverbial</p><p>Meu filho acordou cedo demais.</p><p>POR DENTRO DO TEMA</p><p>T6</p><p>76 Adjunto adverbial, aposto, vocativo, palavras denotativas</p><p>adjunto adjunto</p><p>adverbial adverbial</p><p>São muitas as circunstâncias expressas pelos adjuntos adverbiais. O quadro a</p><p>seguir – elaborado sem a intenção de considerá-lo encerrado – tem o objetivo de</p><p>selecionar os adjuntos adverbiais mais frequentes.</p><p>tempo Amanhã poderemos conversar no período da tarde.</p><p>modo A moça fazia tudo às pressas.</p><p>lugar Encontrarei com você em frete ao fórum.</p><p>afirmação Certamente ela concordará com o acordo.</p><p>negação Não sabemos se ele voltará logo.</p><p>dúvida Talvez você possa me dar uma informação concreta.</p><p>intensidade Você está estudando demais!</p><p>assunto Os turistas conversavam sobre os perigos da viagem.</p><p>causa Muitas pessoas sorriam de contentamento.</p><p>instrumento Cortei minha mão com uma faca afiada.</p><p>fim/finalidade Eles</p><p>não estavam preparados para essa perda.</p><p>companhia Iremos ao cinema com nossos amigos.</p><p>meio A mulher chegou aqui de táxi.</p><p>condição Sem dinheiro, não poderemos viajar.</p><p>conformidade Faça tudo conforme o combinado.</p><p>concessão Apesar de cansado, quis sair.</p><p>preço ou valor Comprei uma blusa por noventa reais.</p><p>inclusão Todos foram à festa, inclusive eu.</p><p>exclusão Todos foram convidados, menos eu.</p><p>quantidade Os presentes chegavam em minha casa aos montes.</p><p>repetição ou reiteração Vou conversar outra vez com ele.</p><p>ordem Ele, finalmente, chegou ao seu destino.</p><p>[...]</p><p>Esse quadro, como já foi dito anteriormente, não contempla todos os tipos de</p><p>adjuntos adverbiais que podem ocorrer na língua portuguesa, nem tampouco se</p><p>pretende afirmar que as classificações que lhes foram dadas são definitivas, uma vez</p><p>que, segundo Henriques (2009, p. 81), “[...] o reconhecimento da função “adjunto</p><p>adverbial” tem natureza sintática, mas a identificação do tipo a que pertence tem</p><p>caráter semântico (isto é, depende do entendimento de seu significado em relação</p><p>ao outro vocábulo).”</p><p>Para se abordar o aposto, toma-se como base a definição de Henriques (2009, p.</p><p>81): o aposto [...] é um termo acessório que se relaciona obrigatoriamente com um</p><p>T6</p><p>77Adjunto adverbial, aposto, vocativo, palavras denotativas</p><p>termo anterior a ele (por isso, é aposto = posto + após), podendo ser empregado</p><p>com finalidades distintas. Pode, porém, o aposto referir-se ao sentido global de uma</p><p>oração.</p><p>Tipos de aposto:</p><p>a) explicativo – amplia o significado de um termo fundamental da oração e</p><p>aparece entre vírgulas, travessões ou parênteses.</p><p>Exemplo: Luiz Vaz de Camões, poeta português, é autor da obra “Os Lusíadas”.</p><p>b) especificativo – refere-se a um substantivo de sentido genérico a fim de</p><p>especificá-lo. Nesse caso não se usa nenhum sinal de pontuação.</p><p>Exemplo: O poeta Luiz Vaz de Camões nasceu em Portugal.</p><p>c) enumerativo – enumera as partes que constituem o termo fundamental.</p><p>Aparece separado por dois-pontos, vírgula ou travessão.</p><p>Exemplo: Nada altera a sua personalidade: curiosidade, ignorância, desrespeito.</p><p>d) resumidor, resumitivo ou recapitulativo – resume por meio de um pronome</p><p>o que foi expresso pelo termo fundamental. Nesse caso, o sujeito concorda com o</p><p>aposto.</p><p>O carro, os móveis, as jóias, tudo foi levado pelos ladrões.</p><p>e) aposto distributivo – relaciona-se sintaticamente com outra oração.</p><p>Exemplo: Machado de Assis e Gonçalves Dias são os meus escritores preferidos,</p><p>aquele na prosa e este na poesia.</p><p>f) aposto referido a uma oração - refere-se ao conteúdo de uma oração inteira.</p><p>Exemplo: Depois da prova, Filipe estava radiante, sinal de seu sucesso.</p><p>Vocativo</p><p>Na introdução deste tema afirmou-se que o vocativo é um termo independente</p><p>da estrutura sintática da oração, ou seja, não pertence nem ao sujeito nem ao</p><p>predicado. Seu uso está ligado a chamar ou interpelar alguém ou algo personificado,</p><p>isto é, o interlocutor (ou destinatário) real ou retórico.</p><p>Exemplos: Ó mar salgado, quanto de teu sal</p><p>São lágrimas de Portugal! (Fernando Pessoa)</p><p>Você, garota, não perde por esperar!</p><p>T6</p><p>78 Adjunto adverbial, aposto, vocativo, palavras denotativas</p><p>Obs.: O vocativo também é um termo que aparece isolado por vírgula(s).</p><p>Palavras denotativas</p><p>Segundo Almeida (2009), há na língua portuguesa algumas palavras ou locuções</p><p>que antes eram consideradas impropriamente como advérbios e que passaram a</p><p>ter na Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) uma classificação à parte, mas sem</p><p>nome especial. A esse respeito, Henriques (2011, p. 86) afirma que: “Na verdade,</p><p>trata-se de vocábulos cujo valor semântico especial ora se vincula a toda a oração,</p><p>ora a alguma outra palavra em particular – ainda que em alguns livros sejam tratados</p><p>como advérbio [...]”. Essas considerações referem-se às palavras denotativas.</p><p>As palavras denotativas devem ser analisadas de acordo com a ideia que indicam.</p><p>O quadro a seguir traz alguns de seus exemplos:</p><p>de inclusão Até eu poderei participar do concurso.</p><p>de exclusão Esqueci de convidar apenas uma pessoa: você</p><p>de designação Eis aí o material de que precisamos.</p><p>de realce Eu é que não vou sair com esta chuva.</p><p>de restrição De todos os que vieram, só você está atrasado.</p><p>de retificação Ele sairá ainda hoje, ou melhor, amanhã bem cedo</p><p>de situação Então o estrago que fizeram foi esse?</p><p>Você deve ter percebido que alguns nomes que as palavras denotativas recebem</p><p>coincidem com a classificação de certos adjuntos adverbiais. Como fazer a distinção</p><p>entre uma palavra denotativa de inclusão, por exemplo, e um adjunto adverbial de</p><p>inclusão?</p><p>Acontece que não se pode perder de vista que o adjunto adverbial, na maioria</p><p>das vezes, refere-se a um verbo; já as palavras denotativas podem se relacionar com</p><p>qualquer outro vocábulo da oração.</p><p>Retornamos, então, aos dois exemplos que serviram para designar, anteriormente,</p><p>um adjunto adverbial de inclusão e uma palavra denotativa de inclusão:</p><p>Todos foram à festa, inclusive eu. → “inclusive eu” refere-se ao verbo</p><p>adjunto adverbial</p><p>de inclusão</p><p>Até eu poderei participar do concurso. → “até” refere-se ao pronome eu</p><p>palavra</p><p>denotativa</p><p>de inclusão</p><p>T6</p><p>79Adjunto adverbial, aposto, vocativo, palavras denotativas</p><p>Quer saber mais sobre o assunto?</p><p>Então:</p><p>Sites</p><p>Leia a dissertação A Multifuncionalidade do Aposto em Textos Jornalísticos de</p><p>divulgação científica e em Artigos Científicos, de Cristina Araújo de Farias.</p><p>Disponível em: <http://nou-rau.uem.br/nou-rau/document/?code=vtls000184614>.</p><p>Acesso em: 02/01/2014.</p><p>Leia o trabalho de Mariangela Rios de Oliveira, que trata do estudo da sintaxe do</p><p>período simples. Língua Portuguesa IV.</p><p>Disponível em: <http://www.videoaulasonline.com.br>. Acesso em: 02/01/2014.</p><p>Aborda a sintaxe do período simples partindo de uma abordagem mais geral para a</p><p>mais específica na descrição da tradição gramatical.</p><p>Acesse ao site de Radamés Manosso.</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 02/01/2014.</p><p>São discutidas as noções de sintaxe, sob o enfoque da gramática descritiva.</p><p>Consulte a Moderna gramática portuguesa, de Evanildo Bechara. Na parte II, item C,</p><p>encontram-se considerações mais aprofundadas sobre sintaxe.</p><p>Consulte o capítulo Termos Acessórios da Oração da Gramática da língua portuguesa,</p><p>de Domingos Paschoal Cegalla. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.</p><p>ACOMPANHE NA WEB</p><p>AGORA É A SUA VEZ</p><p>Instruções:</p><p>Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das</p><p>questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo</p><p>para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se</p><p>T6</p><p>80 Adjunto adverbial, aposto, vocativo, palavras denotativas</p><p>para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-</p><p>se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.</p><p>Questão 1:</p><p>O aposto pode ser empregado para:</p><p>a) ampliar o significado de um substantivo.</p><p>b) especificar um substantivo de sentido genérico</p><p>c) enumerar as partes que constituem o termo fundamental</p><p>d) resumir por meio de um pronome o que foi expresso pelo termo fundamental</p><p>e) relacionar-se sintaticamente com termos de outra oração.</p><p>f) referir-se ao conteúdo de uma oração toda.</p><p>Indique com qual desses casos os apostos destacados a seguir se identificam.</p><p>( ) O ator Brad Pitt nasceu em Oklahoma, no ano de 1963.</p><p>( ) Só comprou coisas supérfluas: um suspensório, um charuto, uma boina e um</p><p>disco de vinil.</p><p>( ) Os rapazes eram dois bons profissionais: um na área de odontologia outro</p><p>em engenharia.</p><p>( ) As roupas, os sapatos, as peças íntimas, tudo estava espalhado pelo quarto.</p><p>( ) Leandro, o primeiro filho do casal, mora na Itália.</p><p>Questão 2:</p><p>Observe os adjuntos adverbiais destacados nas frases:</p><p>a) Apesar de estar cansado, concordou em sair com a namorada.</p><p>b) Faça tudo conforme o combinado.</p><p>c) Ela acordou cedo para estudar para a prova.</p><p>d) Ultimamente ele vivia de maneira displicente.</p><p>e) Durante à reunião, muito se falou sobre esse assunto.</p><p>Em que frase o adjunto adverbial expressa o valor semântico de</p><p>Modo?</p><p>T6</p><p>81Adjunto adverbial, aposto, vocativo, palavras denotativas</p><p>Assunto?</p><p>Concessão?</p><p>Questão 3:</p><p>Leia o poema a seguir para responder às questões 3 e 4:</p><p>Hotel Toffolo</p><p>E vieram dizer-nos que não havia jantar.</p><p>Como se não houvesse outras fomes</p><p>e outros alimentos.</p><p>Como se a cidade não nos servisse o seu pão de nuvens.</p><p>Não, hoteleiro, nosso repasto é interior</p><p>e só pretendemos a mesa.</p><p>Comeríamos a mesa, se no-lo ordenassem as Escrituras.</p><p>Tudo se come, tudo se comunica,</p><p>tudo, no coração, é ceia.</p><p>ANDRADE, Carlos Drummond de. Claro enigma. José Olympio, 1951.</p><p>Disponível em: < http://www.algumapoesia.com.br/drummond.htm>.</p><p>Com base nos estudos dos termos sintáticos do período simples, informe a função</p><p>sintática dos termos em destaque no poema.</p><p>Questão 4:</p><p>Agora, considere os seguintes períodos presentes nos dois últimos versos:</p><p>I. “Tudo se come”,</p><p>II. “tudo se comunica”</p><p>III. “tudo, no coração, é ceia.”</p><p>Informe e classifique o sujeito e o predicado de cada um deles:</p><p>Questão 5:</p><p>Em “Fale um pouco mais baixo, criatura!, o termo em destaque tem a mesma</p><p>função sintática que o segmento destacado na alternativa:</p><p>T6</p><p>82 Adjunto adverbial, aposto, vocativo, palavras denotativas</p><p>a) Essa pessoa, filha de um amigo meu, não deve ficar aqui.</p><p>b) Conheci, naquela festa, Mariluce, uma prima do interior.</p><p>c) Caro Pedro, suas coisas foram levadas para o seu quarto.</p><p>d) Preciso apenas de uma coisa: sossego.</p><p>e) Paula, sindica do edifício, está meio adoentada.</p><p>Questão 6:</p><p>Não está corretamente analisado o seguinte termo em destaque:</p><p>a) O rapaz fez uma queixa contra o vendedor.(objeto direto)</p><p>b) A polícia deteve alguns participantes da passeata. (adjunto adnominal)</p><p>c) A mulher insistia em suas lamúrias. (objeto indireto)</p><p>d) O empresário, um homem inteligente, empreendeu uma quantia elevada nesse</p><p>projeto. (vocativo)</p><p>e) Os medicamentos vencidos foram recolhidos pela vigilância sanitária. (agente</p><p>da passiva)</p><p>Questão 7:</p><p>Identifique a alternativa em que os dois termos destacados têm a função de adjunto</p><p>adnominal:</p><p>a) As mulheres europeias estavam absolutamente impossibilitadas de tomar uma</p><p>decisão.</p><p>b) Você deve esperar aqui com todas as suas bagagens.</p><p>c) Lindíssimas roupas foram escolhidas por aquela mulher.</p><p>d) Eles chegaram muito tarde e jantaram sozinhos.</p><p>e) A mãe encontrou as filhas encolhidas num canto da sala.</p><p>Questão 8:</p><p>Assinale a melhor opção, considerando os períodos propostos.</p><p>Período I – Diversos imigrantes andam pelas ruas de São Paulo, cidade cosmopolita.</p><p>Período II – O desperdício de alimento tornou-se um problema grave em nosso</p><p>país.</p><p>T6</p><p>83Adjunto adverbial, aposto, vocativo, palavras denotativas</p><p>Os termos grafados, nos períodos 1 e 2, são respectivamente:</p><p>a) aposto, adjunto adverbial de modo.</p><p>b) aposto, complemento nominal</p><p>c) objeto direto, agente da passiva.</p><p>d) aposto, adjunto adnominal.</p><p>e) vocativo, adjunto adnominal.</p><p>T6</p><p>84 Adjunto adverbial, aposto, vocativo, palavras denotativas</p><p>T6</p><p>85Adjunto adverbial, aposto, vocativo, palavras denotativas</p><p>Nesse tema, você viu que o ajunto adverbial é um termo que exprime uma</p><p>circunstância, geralmente referida ao verbo e, às vezes, intensifica o sentido do</p><p>adjetivo e do advérbio. Viu também que o aposto é empregado sempre que outro</p><p>termo da oração precisa ser esclarecido. E ainda que o vocativo não é um termo</p><p>sintático da oração, mas do discurso, já que se relaciona com o interlocutor que</p><p>está fora da oração, portanto não pertence sem ao sujeito nem ao predicado. Por</p><p>fim, compreendeu que as palavras denotativas, embora muitas vezes tratadas pelos</p><p>gramáticos como adjuntos adverbiais, têm classificação à parte, pois elas não se</p><p>relacionam com o verbo, mas com outro vocábulo da oração.</p><p>Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de</p><p>acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!</p><p>FINALIZANDO</p><p>T6</p><p>86 Adjunto adverbial, aposto, vocativo, palavras denotativas</p><p>T6</p><p>87Adjunto adverbial, aposto, vocativo, palavras denotativas</p><p>AGUIAR NETA, M. do C. M.; MELO, M. de F. B. Coordenação e subordinação no</p><p>português do Brasil: da visão tradicional à abordagem lingüística. In: ENCONTRO</p><p>DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA, 11., 2009, João Pessoa. Anais... João Pessoa,</p><p>2009. Disponível em: <http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/</p><p>monitoriapet/ANAIS/Area4/4CCHLADLCVMT01.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ALMEIDA, N. T. Gramática da língua portuguesa para concursos, vestibulares,</p><p>Enem, colégios técnicos e militares... São Paulo: Saraiva, 2009.</p><p>BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,</p><p>2009.</p><p>CAVALCANTE, M. M. Facultatividade e omissão de complementos verbais.</p><p>Revista de Letras, Ceará, v.19, n. ½, jan./dez. 1997. Disponível em: <http://www.</p><p>revistadeletras.ufc.br/rl19Art02.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>CEGALLA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Companhia</p><p>Editora Nacional, 2008.</p><p>CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Gramática reflexiva. São Paulo: Atual, 2009.</p><p>Volume único.</p><p>COMPANI, D. A frase fragmentada como recurso estilístico. Entrelinhas. Rio</p><p>Grande do Sul, ano II, n. 1, jan./abr. 2005. Disponível em: <http://www.entrelinhas.</p><p>unisinos.br/index.php?e=1&s=9&a=4> Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>FARIAS, C. A. de. A multifuncionalidade do aposto em textos jornalísticos de</p><p>divulgação científica e em artigos científicos. Dissertação (Mestrado em Estudos</p><p>Linguísticos)– Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, 2011. Disponível em:</p><p><http://nou-rau.uem.br/nou-rau/document/?code=vtls000184614>. Acesso em:</p><p>2 jan. 2014.</p><p>HENRIQUES. C. C. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro:</p><p>Campus/Elsevier, 2011.</p><p>HOUAISS A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. abr. 2007.</p><p>IGNÁCIO, S. E. Tipologia dos complementos verbais do português contemporâneo.</p><p>Disponível em: <http://seer.fclar.unesp.br/alfa/article/view/3755/3478>. Acesso</p><p>em: 2 jan. 2014.</p><p>LEFFA, V. J. Análise sintática; ensinando o que não se sabe para quem já sabe? In:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>T6</p><p>88 Adjunto adverbial, aposto, vocativo, palavras denotativas</p><p>FORTKAMP,M. B. M.; TOMITCH, L. M. B. (Org.). Aspectos da lingüística aplicada:</p><p>estudos em homenagem ao Professor Hilário Inácio Bohn. Florianópolis: Insular,</p><p>2000. p. 203-228. Disponível em: <http://www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/</p><p>segmenta.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MACEDO, W. Elementos para uma estrutura da língua portuguesa. Rio de Janeiro:</p><p>Presença, 1987.</p><p>MANOSSO, R. Aspectos de gramática descritiva da língua portuguesa brasileira.</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MEIRA, A. C. G. A. de. As orações e as relações de interdependência. Ícone –</p><p>Revista de Letras, São Luís de Montes Belos, GO, v. 2, p. 43-53, jul. 2008.</p><p>OLIVEIRA, M. R. de. Língua portuguesa IV. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009.</p><p>Disponível em: <http://www.videoaulasonline.com.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>PINHO, A. K. A. e. Complemento nominal de substantivo (CN) e adjunto adnominal</p><p>preposicionado (AA): uma análise morfossintática baseada em corpus. Anais do</p><p>SILEL, Uberlândia: EDUFU, v.2, n. 2, 2011. Disponível em: <http://www.ileel.ufu.br/</p><p>anaisdosilel/pt/arquivos/silel2011/577.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ROCHA LIMA, Carlos H. da. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de</p><p>Janeiro: José Olympio, 1994.</p><p>RODRIGUES, E. dos S. Concordância verbal com construções partitivas: uma</p><p>proposta de análise. Veredas online – atemática, Juiz de Fora, MG, n.1, p. 93-107,</p><p>2011. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistaveredas/files/2011/05/ARTIGO-71.</p><p>pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>SILVA, E. V. Norma, variação e ensino: a concordância verbal. Caderno de Letras</p><p>da UFF. Dossiê: literatura, língua e identidade, n. 34, p. 31-41,</p><p>2008. Disponível em:</p><p><http://www.uff.br/cadernosdeletrasuff/34/artigo2.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>STEFANELLO, A. B.; BASIM, N. T. R. O ensino de orações coordenadas: proposta</p><p>interativa da linguagem. Disc. Scientia. Santa Maria, RS, v. 9, n. 1, p. 135-153, 2008.</p><p>Tema 7</p><p>Período composto: orações</p><p>coordenadas e orações</p><p>intercaladas</p><p>Você já está ciente de que o período pode ser formado por uma oração - período</p><p>simples (oração absoluta) – ou por um conjunto de orações – período composto.</p><p>Veja estes exemplos:</p><p>Minha amiga vai dar uma festa linda!</p><p>1 oração</p><p>Minha amiga vai dar uma festa linda e não me convidou.</p><p>1ª oração 2ª oração</p><p>As orações que formam o segundo período do exemplo são orações coordenadas</p><p>as quais se caracterizam pela sua independência sintática. Mas o que isso significa?</p><p>Significa que, quando os períodos são construídos com orações em que haja</p><p>uma ordenação em sequência, sem que ocorra uma relação hierárquica, elas</p><p>são consideradas coordenadas. Bechara (2009) as define como: orações que são</p><p>sintaticamente independentes porque possuem todos os termos sintáticos previstos</p><p>na relação predicativa. Veja este exemplo:</p><p>Amanhã eu irei ao clube, mas meu irmão não vai.</p><p>1ª oração 2ª oração</p><p>Se a primeira oração for separada da segunda, pode-se perceber que cada uma</p><p>delas possui os elementos sintáticos necessários para o seu entendimento: Observe:</p><p>1ª oração:</p><p>Amanhã eu irei ao clube.</p><p>POR DENTRO DO TEMA</p><p>T7</p><p>90 Período composto: orações coordenadas e orações intercaladas</p><p>Sujeito simples = eu</p><p>Predicado verbal = amanhã irei ao clube</p><p>2ª oração:</p><p>(mas) meu irmão não vai.</p><p>Sujeito simples = meu irmão</p><p>Predicado verbal = não vai</p><p>Note que o emprego da conjunção “mas” não é responsável por estabelecer</p><p>dependência entre as duas orações. Sua função é estabelecer uma relação semântica</p><p>de oposição entre as ideias expostas nas duas orações.</p><p>Além disso, o uso da conjunção serve para definir a classificação das orações</p><p>coordenadas, as quais se dividem em coordenadas assindéticas e coordenadas</p><p>sindéticas.</p><p>As orações coordenadas assindéticas são aquelas que não são iniciadas</p><p>por conjunção. Já as coordenadas sindéticas são iniciadas por uma conjunção</p><p>coordenativa e esta é responsável pela classificação que a oração coordenada</p><p>sindética vai receber. Veja novamente o exemplo trazido anteriormente:</p><p>Amanhã eu irei ao clube, mas meu irmão não vai.</p><p>1ª oração 2ª oração</p><p>oração coordenada assindética oração coordenada sindética</p><p>conjunção</p><p>Classificação das orações coordenadas sindéticas</p><p>1) Aditivas</p><p>Leia esta frase:</p><p>Seu carro está amassado e precisa ser consertado.</p><p>oração coordenada oração coordenada sindética</p><p>assindética aditiva</p><p>Como você pode perceber, neste período formado por duas orações</p><p>coordenadas, a 2ª oração está ligada à 1ª por meio da conjunção coordenativa “e”, a</p><p>qual expressa uma ideia de acrescentamento ou adição à ideia da 1ª oração.</p><p>T7</p><p>91Período composto: orações coordenadas e orações intercaladas</p><p>As orações coordenadas sindéticas aditivas podem ser introduzidas pelas seguintes</p><p>conjunções coordenativas aditivas: e, nem (= e não), não só... mas também, não</p><p>só...como também, bem como, não só...mas ainda, etc.</p><p>2) Adversativas</p><p>Leia mais esta frase:</p><p>Tentei chegar mais cedo, todavia não consegui.</p><p>oração coordenada oração coordenada sindética</p><p>assindética adversativa</p><p>A 2ª oração, iniciada pela conjunção “todavia”, expressa ideia de contraste ou</p><p>compensação em relação à 1ª oração. As orações coordenadas sindéticas adversativas</p><p>podem ser iniciadas pelas seguintes conjunções coordenativas adversativas: mas,</p><p>porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante, etc.</p><p>3) Alternativas</p><p>Agora leia mais esta frase:</p><p>Ou vou ao cinema, ou vou à festa do seu aniversário.</p><p>oração coordenada oração coordenada</p><p>sindética alternativa sindética alternativa</p><p>Note que, nesse caso, as duas orações expressam fatos ou ideias que envolvem</p><p>alternância ou escolha. As orações coordenadas sindéticas iniciam-se pelas</p><p>conjunções coordenativas alternativas, ou seja: ou, ou...ou, ora, já...já, quer...quer,</p><p>seja...seja, talvez...talvez, etc.</p><p>4) Conclusivas</p><p>Na oração:</p><p>Júlia estava preparada para a competição, portanto estava certa da vitória.</p><p>oração coordenada assindética oração coordenada</p><p>sindética</p><p>conclusiva</p><p>A ideia iniciada pela conjunção “portanto” expressa conclusão do fato mencionado</p><p>na 1ª oração. As conjunções coordenativas que iniciam esse tipo de oração são:</p><p>logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.</p><p>T7</p><p>92 Período composto: orações coordenadas e orações intercaladas</p><p>5) Explicativas</p><p>Por fim, considere mais esta frase:</p><p>Vá se arrumar agora, porque precisamos sair.</p><p>oração coordenada oração coordenada sindética</p><p>assindética explicativa</p><p>A 2ª oração, iniciada pela conjunção “porque” explica ou justifica a ideia contida</p><p>na 1ª oração. As orações desse tipo são introduzidas pelas seguintes conjunções</p><p>coordenativas explicativas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto, etc.</p><p>É importante que se esclareça que a classificação que pode ser dada a uma</p><p>oração coordenada sindética precisa levar em conta as relações de sentido que se</p><p>estabelecem no contexto da comunicação, já que, muitas vezes, o uso de determinada</p><p>conjunção contraria o que normalmente é prescrito em sua classificação gramatical.</p><p>Observe estas frases:</p><p>O garoto ganhou um presente e agradeceu-o.</p><p>oração coordenada oração coordenada</p><p>assindética sindética aditiva</p><p>O garoto ganhou um presente e não gostou dele.</p><p>oração coordenada oração coordenada</p><p>assindética sindética adversativa</p><p>Note que a conjunção “e” assume dois valores semânticos: na primeira, de adição;</p><p>na segunda, de adversidade.</p><p>Orações intercaladas</p><p>As orações intercaladas são aquelas que são inseridas em outra oração sempre</p><p>que se deseja fazer um esclarecimento, uma ressalva, uma advertência, ou qualquer</p><p>outro tipo de acréscimos ao texto. Em geral, elas parecem entre vírgulas, entre</p><p>travessões ou parênteses.</p><p>Exemplo:</p><p>Sua filha – disse o rapaz alegremente – é uma pessoa muito especial.</p><p>T7</p><p>93Período composto: orações coordenadas e orações intercaladas</p><p>Quer saber mais sobre o assunto?</p><p>Então:</p><p>Sites</p><p>Leia o artigo O Ensino de Orações Coordenadas: Proposta Interativa de Linguagem,</p><p>de Aline Basin Stofonello e Nilsa Teresinha Reichert Basin.</p><p>Disponível em: <http://sites.unifra.br/Portals/36/ALC/2008/o%20ensino.pdf>.</p><p>Acesso em: 02/01/2014.</p><p>Leia o artigo As Orações e as Relações de Interdependência, de Ana Clara Gonçalves</p><p>Alves de Meira.</p><p>Disponível em: <http://www.slmb.ueg.br/iconeletras>. Acesso em: 02/01/2014.</p><p>Acesse o site <www.radames.manosso.non.br>. Acesso em: 02/01/2014.</p><p>Em que são discutidas as noções de sintaxe, sob o enfoque da gramática descritiva.</p><p>Consulte a Moderna gramática portuguesa, de Evanildo Bechara. Na parte II, item C,</p><p>encontram-se considerações mais aprofundadas sobre sintaxe.</p><p>Consulte o capítulo Orações Coordenadas Independentes, da Gramática da</p><p>língua portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla. São Paulo: Companhia Editora</p><p>Nacional, 2008.</p><p>Vídeos Importantes:</p><p>Assista à aula sobre Orações Coordenadas, de Sandra Franco.</p><p>Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=FqC4W0WCVAA>.</p><p>Acesso em:</p><p>02/01/2014.</p><p>ACOMPANHE NA WEB</p><p>T7</p><p>94 Período composto: orações coordenadas e orações intercaladas</p><p>Instruções:</p><p>Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das</p><p>questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo</p><p>para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se</p><p>para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-</p><p>se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.</p><p>Questão 1:</p><p>A seguir, são apresentados dois períodos simples. Una-os utilizando uma conjunção</p><p>coordenativa capaz de estabelecer uma relação coerente entre eles. Depois,</p><p>informe a relação semântica que a conjunção estabelece entre as orações.</p><p>a) O produto agradou aos clientes. Alguns saíram da loja reclamando.</p><p>Questão 2:</p><p>Nos períodos:</p><p>I. A nossa reunião está marcada para às dezoito horas, portanto passarei na sua</p><p>casa meia hora antes.</p><p>II. Ele não só viaja muito a trabalho, como também gosta de viajar a lazer.</p><p>Separe as orações e classifique as coordenadas sindéticas.</p><p>Questão 3:</p><p>Faça o que se propõe a partir das seguintes orações:</p><p>• Nosso colega de trabalho não veio hoje.</p><p>• Ele não justificou sua falta.</p><p>• Devemos telefonar para ele.</p><p>Usando conjunções adequadas para estabelecer sentido ao período, reúna as três</p><p>orações – sem alterar a ordem - em um período composto por coordenação. Faça</p><p>alterações que julgar necessárias.</p><p>AGORA É A SUA VEZ</p><p>T7</p><p>95Período composto: orações coordenadas e orações intercaladas</p><p>Questão 4:</p><p>Às vezes as orações coordenadas assindéticas aparecem ligadas às sindéticas por</p><p>meio de um sinal de pontuação como o ponto e vírgula ou os dois pontos. Isso</p><p>acontece porque a conjunção pode facilmente ser entendida pelo contexto. Leia</p><p>o período a seguir e substitua os dois pontos por uma conjunção que estabeleça</p><p>o sentido subentendido.</p><p>Podem ficar tranquilos: amanhã estarei aqui no horário combinado.</p><p>Questão 5:</p><p>Nos períodos abaixo, os pontos substituíram propositalmente as conjunções</p><p>coordenativas responsáveis por estabelecer as relações entre suas orações.</p><p>São nove horas. Não terminei meu trabalho. Vou precisar ficar até mais tarde.</p><p>Una esses períodos, utilizando as conjunções coordenativas que podem deixar</p><p>claras essas relações.</p><p>Questão 6:</p><p>Observe o emprego da conjunção e nos períodos a seguir:</p><p>O casal comprou uma casa de campo e vai se mudar para lá no final do ano.</p><p>O casal comprou uma casa de campo e pretende vendê-la logo.</p><p>O casal comprou uma casa de campo e está muito satisfeito com a aquisição.</p><p>A relação semântica estabelecida por elas são, respectivamente:</p><p>a) adição – adição – adição</p><p>b) adição – oposição – adição</p><p>c) oposição – adição – conclusão</p><p>d) conclusão – adição – oposição</p><p>e) adição – oposição – conclusão</p><p>Questão 7:</p><p>Assinale a alternativa em que há uma oração coordenada explicativa.</p><p>a) Fiz-lhe sinal que ficasse quieto.</p><p>b) O garoto que veio aqui é seu irmão?</p><p>T7</p><p>96 Período composto: orações coordenadas e orações intercaladas</p><p>c) Fique quieto que preciso falar com você.</p><p>d) Disse tudo o que queria e foi embora.</p><p>e) Falava que falava e ninguém o compreendia</p><p>Questão 8:</p><p>Assinale a sequência de conjunções que estabelecem uma correta relação</p><p>semântica entre as orações a segui:</p><p>1) Meu time jogou bem, __________ não conseguiu a vitória.</p><p>2) Esforçou-se muito naquele projeto, __________ conseguiu os recurso</p><p>pretendidos.</p><p>3) Ele deve ser uma pessoa ansiosa, __________ está sempre roendo as unhas.</p><p>4) Suas palavras foram muito ásperas, _________ ela manteve-se calma.</p><p>5) Você deve sair agora _________ teremos problemas.</p><p>a) logo – no entanto – ou – nem – porque</p><p>b) no entanto – portanto – pois – todavia – ou</p><p>c) pois – ou – portanto – todavia – nem</p><p>d) por isso – porém – entretanto – logo – e</p><p>e) no entanto – portanto – ou – pois – nem</p><p>Questão 9:</p><p>O gramático Domingos Paschoal Cegalla considera que orações interferentes são</p><p>aquelas que são colocadas “à margem” da frase com o objetivo de esclarecer,</p><p>observar, ressalvar algo. Assinale o enunciado em destaque em que não há esse</p><p>tipo de oração:</p><p>a) Notei, é verdade, que ela era muito bonita.</p><p>b) Preciso fugir daqui – pensava o menino aflito.</p><p>c) Ela mostra-se bastante contente (e parece ser verdade).</p><p>d) Meu vizinho, que se mudou para cá ontem, parece ser simpático.</p><p>e) Dessa vez, disse ele, não vou concordar com você.</p><p>T7</p><p>97Período composto: orações coordenadas e orações intercaladas</p><p>Questão 10:</p><p>Embora todas as conjunções dos períodos abaixo sejam coordenativas aditivas,</p><p>uma delas apresenta ideia de adversidade. Identifique:</p><p>a) Não foi ao cinema nem ao museu.</p><p>b) Queria assistir ao filme e não conseguiu.</p><p>c) Ele não só vive bem vestido, como também frequenta lugares caros.</p><p>d) Não só aprecio teatro mas também música.</p><p>e) Vou sair hoje e vou levar meus filhos comigo.</p><p>T7</p><p>98 Período composto: orações coordenadas e orações intercaladas</p><p>T7</p><p>99Período composto: orações coordenadas e orações intercaladas</p><p>Nesse tema, você viu que as relações sintáticas estabelecidas entre duas ou</p><p>mais orações fazem parte do estudo do período composto, entre as quais estão</p><p>as orações coordenadas que se caracterizam por apresentar orações que são</p><p>independentes sintaticamente entre si. Esse período é constituído por orações</p><p>coordenadas assindéticas e por orações coordenadas sindéticas. Viu também que as</p><p>orações que não pertencem à estrutura sintática do período e são responsáveis por</p><p>acrescentar algum elemento cujo valor semântico é julgado relevante pelo falante</p><p>ou narrador são denominadas de orações interferentes.</p><p>Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de</p><p>acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!</p><p>FINALIZANDO</p><p>T7</p><p>100 Período composto: orações coordenadas e orações intercaladas</p><p>T7</p><p>101Período composto: orações coordenadas e orações intercaladas</p><p>AGUIAR NETA, M. do C. M.; MELO, M. de F. B. Coordenação e subordinação no</p><p>português do Brasil: da visão tradicional à abordagem lingüística. In: ENCONTRO</p><p>DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA, 11., 2009, João Pessoa. Anais... João Pessoa,</p><p>2009. Disponível em: <http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/</p><p>monitoriapet/ANAIS/Area4/4CCHLADLCVMT01.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ALMEIDA, N. T. Gramática da língua portuguesa para concursos, vestibulares,</p><p>Enem, colégios técnicos e militares... São Paulo: Saraiva, 2009.</p><p>BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,</p><p>2009.</p><p>CAVALCANTE, M. M. Facultatividade e omissão de complementos verbais.</p><p>Revista de Letras, Ceará, v.19, n. ½, jan./dez. 1997. Disponível em: <http://www.</p><p>revistadeletras.ufc.br/rl19Art02.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>CEGALLA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Companhia</p><p>Editora Nacional, 2008.</p><p>CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Gramática reflexiva. São Paulo: Atual, 2009.</p><p>Volume único.</p><p>COMPANI, D. A frase fragmentada como recurso estilístico. Entrelinhas. Rio</p><p>Grande do Sul, ano II, n. 1, jan./abr. 2005. Disponível em: <http://www.entrelinhas.</p><p>unisinos.br/index.php?e=1&s=9&a=4> Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>FARIAS, C. A. de. A multifuncionalidade do aposto em textos jornalísticos de</p><p>divulgação científica e em artigos científicos. Dissertação (Mestrado em Estudos</p><p>Linguísticos)– Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, 2011. Disponível em:</p><p><http://nou-rau.uem.br/nou-rau/document/?code=vtls000184614>. Acesso em:</p><p>2 jan. 2014.</p><p>HENRIQUES. C. C. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro:</p><p>Campus/Elsevier, 2011.</p><p>HOUAISS A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. abr. 2007.</p><p>IGNÁCIO, S. E. Tipologia dos complementos verbais do português contemporâneo.</p><p>Disponível em: <http://seer.fclar.unesp.br/alfa/article/view/3755/3478>. Acesso</p><p>em: 2 jan. 2014.</p><p>LEFFA, V. J. Análise sintática; ensinando o que não se sabe para quem já sabe? In:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>T7</p><p>102 Período composto: orações coordenadas e</p><p>orações intercaladas</p><p>FORTKAMP,M. B. M.; TOMITCH, L. M. B. (Org.). Aspectos da lingüística aplicada:</p><p>estudos em homenagem ao Professor Hilário Inácio Bohn. Florianópolis: Insular,</p><p>2000. p. 203-228. Disponível em: <http://www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/</p><p>segmenta.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MACEDO, W. Elementos para uma estrutura da língua portuguesa. Rio de Janeiro:</p><p>Presença, 1987.</p><p>MANOSSO, R. Aspectos de gramática descritiva da língua portuguesa brasileira.</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MEIRA, A. C. G. A. de. As orações e as relações de interdependência. Ícone –</p><p>Revista de Letras, São Luís de Montes Belos, GO, v. 2, p. 43-53, jul. 2008.</p><p>OLIVEIRA, M. R. de. Língua portuguesa IV. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009.</p><p>Disponível em: <http://www.videoaulasonline.com.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>PINHO, A. K. A. e. Complemento nominal de substantivo (CN) e adjunto adnominal</p><p>preposicionado (AA): uma análise morfossintática baseada em corpus. Anais do</p><p>SILEL, Uberlândia: EDUFU, v.2, n. 2, 2011. Disponível em: <http://www.ileel.ufu.br/</p><p>anaisdosilel/pt/arquivos/silel2011/577.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ROCHA LIMA, Carlos H. da. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de</p><p>Janeiro: José Olympio, 1994.</p><p>RODRIGUES, E. dos S. Concordância verbal com construções partitivas: uma</p><p>proposta de análise. Veredas online – atemática, Juiz de Fora, MG, n.1, p. 93-107,</p><p>2011. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistaveredas/files/2011/05/ARTIGO-71.</p><p>pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>SILVA, E. V. Norma, variação e ensino: a concordância verbal. Caderno de Letras</p><p>da UFF. Dossiê: literatura, língua e identidade, n. 34, p. 31-41, 2008. Disponível em:</p><p><http://www.uff.br/cadernosdeletrasuff/34/artigo2.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>STEFANELLO, A. B.; BASIM, N. T. R. O ensino de orações coordenadas: proposta</p><p>interativa da linguagem. Disc. Scientia. Santa Maria, RS, v. 9, n. 1, p. 135-153, 2008.</p><p>Tema 8</p><p>Período composto por</p><p>subordinação – orações</p><p>subordinadas substantivas</p><p>Já foi apontado anteriormente que as orações subordinadas mantém uma</p><p>relação de dependência em relação a outra oração denominada oração principal.</p><p>Observe mais uma vez um exemplo, para que você possa ficar seguro em relação a</p><p>esse assunto:</p><p>Fernando esperou que você voltasse hoje.</p><p>1ª oração 2ª oração</p><p>oração principal (OP) oração subordinada</p><p>Note o que acontece se a 1ª oração for separada da 2ª:</p><p>Fernando esperou...</p><p>Percebe-se que a oração isolada não apresenta sentido, portanto, como se tem</p><p>comentado no desenvolvimento de todos os temas, a obtenção de sentido daquilo</p><p>que se quer expressar é fundamental para aquele que quer comunicar algo.</p><p>Dessa forma, a oração “que você voltasse hoje” funciona como o termo</p><p>responsável por dar sentido ao período, já que é ela que completa o sentido da</p><p>1ª oração. Afirma-se também que, nessa oração, o verbo “voltasse” poderia ser</p><p>substituído pelo substantivo “volta” e, assim, seria possível obter uma estrutura</p><p>equivalente ao período simples. Veja o exemplo:</p><p>Fernando esperou que você voltasse hoje. → período composto</p><p>1ª oração 2ª oração</p><p>Fernando esperou a sua volta hoje. → período simples</p><p>POR DENTRO DO TEMA</p><p>T8</p><p>104 Período composto por subordinação – orações subordinadas substantivas</p><p>Como a substituição do verbo voltasse pode ser feita por um substantivo,</p><p>isso determina a classificação da oração subordinada em oração subordinada</p><p>substantiva. Porém, adverte-se que nem toda oração subordinada substantiva pode</p><p>ser substituída por um substantivo equivalente.</p><p>Note bem esses aspectos em relação às orações subordinadas substantivas:</p><p>é subordinada porque completa o sentido de uma oração principal (OP);</p><p>é substantiva porque equivale a uma função sintática desempenhada por um</p><p>substantivo nas orações.</p><p>E você deve estar se perguntando: quais são as funções que podem ser</p><p>desempenhadas pelos substantivos? A reposta é a seguinte: são alguns termos</p><p>explorados nos temas que corresponderam ao estudo do período simples, a saber:</p><p>sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito,</p><p>aposto e agente da passiva. Dessa forma, a função que a oração subordinada</p><p>substantiva exerce no período determinará a sua classificação.</p><p>Classificação das orações subordinadas substantivas:</p><p>1) Subjetivas</p><p>Observe essa frase:</p><p>É fundamental que você colabore.</p><p>OP oração subordinada</p><p>VL + PS substantiva subjetiva</p><p>É fundamental /a sua colaboração.</p><p>VL + PS S</p><p>São subjetivas as oração que exercem a função de sujeito da OP.</p><p>2) Objetivas diretas</p><p>Observe:</p><p>Ele pediu que eu participasse do jogo.</p><p>OP oração subordinada substantiva</p><p>S + VTD objetiva direta</p><p>T8</p><p>105Período composto por subordinação – orações subordinadas substantivas</p><p>Ele pediu /a minha participação no jogo.</p><p>S + VTD objeto direto</p><p>As orações que exercem a função de objeto direto da OP são denominadas</p><p>objetivas diretas.</p><p>3) Objetivas indiretas</p><p>Agora, leia mais esta frase:</p><p>Ele insistia em que permanecêssemos ali.</p><p>OP oração subordinada substantiva</p><p>S + VTI objetiva indireta</p><p>Ele insistia na nossa permanência ali.</p><p>S + VTI objeto indireto</p><p>As orações objetivas indiretas exercem a função de objeto indireto da OP.</p><p>4) Completivas nominais</p><p>Observe:</p><p>Eles são favoráveis a que você seja promovido.</p><p>OP oração subordinada substantiva</p><p>S + VL + PS completiva nominal</p><p>Eles são favoráveis / à sua promoção.</p><p>S + VL + PS complemento nominal</p><p>As orações completivas nominais exercem a função de complemento nominal</p><p>da OP.</p><p>5) predicativas</p><p>Leia:</p><p>A decisão seria que ele ingressasse na equipe.</p><p>OP oração subordinada substantiva</p><p>S + VL predicativa</p><p>A decisão seria / o seu ingresso na equipe.</p><p>T8</p><p>106 Período composto por subordinação – orações subordinadas substantivas</p><p>S + VL predicativo do sujeito</p><p>As orações que exercem a função de predicativo do sujeito da OP classificam-se</p><p>como orações subordinadas substantivas predicativas.</p><p>6) Apositivas</p><p>Observe:</p><p>Ele desejava isto: que nosso time vencesse o campeonato.</p><p>OP oração subordinada substantiva</p><p>S + VTD + OD apositiva</p><p>Ele desejava isto: / a vitória do nosso time no campeonato.</p><p>S + VTD + OD aposto</p><p>As orações subordinadas apositivas exercem a função de aposto da OP.</p><p>7) Agente da passiva</p><p>Por último, observe esta oração:</p><p>Ele foi procurado por quem não conhecia.</p><p>OP oração subordinada substantiva</p><p>S + VTD na voz agente da passiva</p><p>passiva</p><p>Ele foi procurado por um desconhecido.</p><p>S+ VTD na voz agente da passiva</p><p>passiva</p><p>As orações que exercem a função de agente da passiva são denominadas de</p><p>orações subordinadas substantivas agente da passiva.</p><p>Obs.: A Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) não reconhece esse tipo de</p><p>oração.</p><p>Por fim, vale ressaltar algumas particularidades das orações subordinadas</p><p>substantivas:</p><p>normalmente são introduzidas pelas conjunções integrantes que e se</p><p>T8</p><p>107Período composto por subordinação – orações subordinadas substantivas</p><p>também podem ser iniciadas por certos advérbios interrogativos, pronomes</p><p>indefinidos ou interrogativos;</p><p>Orações subordinadas substantivas reduzidas</p><p>As orações subordinadas substantivas que foram apresentadas anteriormente</p><p>são consideradas pela gramática como pertencentes à forma desenvolvida, pois são</p><p>iniciadas por conjunção integrante e possuem um verbo flexionado</p><p>(conjugado).</p><p>Porém, há outra forma de as orações se apresentarem: na forma reduzida.</p><p>Veja:</p><p>O guia afirmou que conhecia bem o caminho. → oração desenvolvida</p><p>O guia afirmou conhecer bem o caminho. → oração reduzida</p><p>Observe que as duas orações transmitem a mesma ideia, o que muda é a forma</p><p>de serem apresentadas.</p><p>São características das orações subordinadas substantivas reduzidas: a ausência</p><p>da conjunção e a presença de um verbo no infinitivo.</p><p>ACOMPANHE NA WEB</p><p>Quer saber mais sobre o assunto?</p><p>Então:</p><p>Sites</p><p>Leia o artigo Análise Sintática; Ensinando o que não se Sabe para quem já Sabe? de</p><p>Vilson J. Leffa.</p><p>Disponível em: <http://www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/segmenta.pdf>. Acesso</p><p>em: 02/01/2014.</p><p>Acesse ao site de Radamés Manosso.</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 02/01/2014.</p><p>São discutidas as noções de sintaxe, sob o enfoque da gramática descritiva.</p><p>Consulte o livro Elementos para uma Estrutura da Língua Portuguesa, de Walmírio</p><p>Macedo. Rio de Janeiro: Presença, 1987. p. 157-158. O autor enumera as ocorrências</p><p>T8</p><p>108 Período composto por subordinação – orações subordinadas substantivas</p><p>das chamadas estruturas matrizes das orações substantivas.</p><p>Consulte a Moderna gramática portuguesa, de Evanildo Bechara. Na parte II, item C,</p><p>encontram-se considerações mais aprofundadas sobre sintaxe.</p><p>Consulte o capítulo Orações Principais e Subordinadas, da Gramática da língua</p><p>portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla. São Paulo: Companhia Editora Nacional,</p><p>2008.</p><p>AGORA É A SUA VEZ</p><p>Instruções:</p><p>Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das</p><p>questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo</p><p>para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se</p><p>para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-</p><p>se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.</p><p>Questão 1:</p><p>Escreva os períodos a seguir, transformando os termos destacados em uma oração</p><p>subordinada equivalente. Não se esqueça de iniciar a oração subordinada com a</p><p>conjunção integrante que:</p><p>a) A moça percebeu, naquele momento, a aproximação do estranho.</p><p>b) Todos os habitantes da região devastada pelo furacão necessitavam de ajuda</p><p>do governo.</p><p>Questão 2:</p><p>Compare estes dois períodos:</p><p>I. Mariana ainda não sabe que sua filha está grávida.</p><p>II. Mariana ainda não sabe se sua filha está grávida.</p><p>a) Identifique as conjunções que iniciam as orações subordinadas.</p><p>b) Identifique também os termos sintáticos presentes na OP.</p><p>c) Classifique as orações subordinadas dos dois períodos.</p><p>T8</p><p>109Período composto por subordinação – orações subordinadas substantivas</p><p>d) Informe qual o sentido atribuído a cada oração subordinada substantiva e que</p><p>palavra é responsável pelas duas interpretações.</p><p>Questão 3:</p><p>Sabendo-se que as orações subordinadas substantivas além das conjunções</p><p>integrantes podem também, em alguns casos, ser iniciadas por um pronome</p><p>indefinido, por um pronome ou advérbio interrogativo ou exclamativo, classifique</p><p>as orações substantivas que ocorrem nos seguintes períodos:</p><p>a) Não sabemos quando ele retornará da Itália.</p><p>b) Ainda não está claro onde faremos a festa.</p><p>Questão 4:</p><p>Você sabe que um termo sintático desempenhado por um substantivo pode ser</p><p>representado por uma oração subordinada substantiva equivalente.</p><p>Transforme a expressão destacada em uma oração subordinada substantiva</p><p>e classifique-a. Depois, utilizando um verbo no infinitivo, coloque-a na forma</p><p>reduzida.</p><p>a) Havia receio da saída àquela hora.</p><p>b) O homem desejava a sua promoção a gerente da loja.</p><p>Questão 5:</p><p>Sabendo-se que oração subordinada substantiva subjetiva é aquela que exerce a</p><p>função sintática de sujeito de uma oração principal, leia as orações destacadas e</p><p>assinale a alternativa em que não há esse tipo de oração.</p><p>a) É fundamental que todos compareçam ao local bem cedo.</p><p>b) Espera-se que os organismos internacionais tenham um novo olhar para esse</p><p>caso.</p><p>c) Creiamos que tudo isso possa dar certo.</p><p>d) Ficou provado que você não esteve naquele local.</p><p>e) Convém que as pessoas permaneçam em suas casas hoje.</p><p>Questão 6:</p><p>Assinale a alternativa em que a oração subordinada em destaque é completiva</p><p>nominal.</p><p>T8</p><p>110 Período composto por subordinação – orações subordinadas substantivas</p><p>a) Dizem que ele não quis falar a verdade.</p><p>b) Não é certo que as planilhas de gastos sejam apresentadas.</p><p>c) Parece certo que ele virá aqui amanhã.</p><p>d) Todos estavam certos de que haveria um novo aumento.</p><p>e) É provável que ele viaje ainda hoje.</p><p>Questão 7:</p><p>No período “Só espero de você uma coisa: que seja sincero comigo.”</p><p>A oração em destaque refere-se ao termo “uma coisa”, portanto classifica-se como:</p><p>a) subjetiva</p><p>b) completiva nominal</p><p>c) objetiva indireta</p><p>d) predicativa</p><p>e) apositiva</p><p>Questão 8:</p><p>As orações destacadas estão corretamente classificadas, exceto em:</p><p>a) Não era difícil que ele discutisse com a mãe. (subjetiva)</p><p>b) Os habitantes da região tinham medo de que fossem atacados por feras</p><p>selvagens. (completiva nominal)</p><p>c) Você deve convencê-lo de que precisamos ir embora agora. (objetiva indireta)</p><p>d) Sou favorável a que a reunião acabe mais cedo. (predicativa)</p><p>e) Tinham esperança de que ele colaboraria conosco na investigação do caso.</p><p>(completiva nominal)</p><p>Questão 9:</p><p>Leia o seguinte período:</p><p>Este assunto será esclarecido por quem o entende muito bem.</p><p>O termo em destaque exerce, em relação à oração principal, a função de:</p><p>a) objeto indireto</p><p>T8</p><p>111Período composto por subordinação – orações subordinadas substantivas</p><p>c) complemento nominal</p><p>d) agente da passiva</p><p>e) sujeito</p><p>T8</p><p>112 Período composto por subordinação – orações subordinadas substantivas</p><p>T8</p><p>113Período composto por subordinação – orações subordinadas substantivas</p><p>FINALIZANDO</p><p>Nesse tema, você viu que o período composto por subordinação apresenta uma</p><p>estrutura em que uma oração mantém uma relação de dependência em relação à</p><p>outra oração e, nesse caso, a oração que funciona como termo de outra recebe o</p><p>nome de oração subordinada, e a oração a que esta se subordina chama-se oração</p><p>principal. Viu também que a oração substantiva pode exercer no período composto</p><p>as mesmas funções que o substantivo pode exercer nas orações do período simples.</p><p>E, por fim, entendeu que as orações subordinadas podem aparecer em duas formas:</p><p>desenvolvida - iniciada por conjunção e com verbo flexionado - e reduzida – sem</p><p>conjunção e com verbo em uma forma nominal.</p><p>Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de</p><p>acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!</p><p>T8</p><p>114 Período composto por subordinação – orações subordinadas substantivas</p><p>T8</p><p>115Período composto por subordinação – orações subordinadas substantivas</p><p>AGUIAR NETA, M. do C. M.; MELO, M. de F. B. Coordenação e subordinação no</p><p>português do Brasil: da visão tradicional à abordagem lingüística. In: ENCONTRO</p><p>DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA, 11., 2009, João Pessoa. Anais... João Pessoa,</p><p>2009. Disponível em: <http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/</p><p>monitoriapet/ANAIS/Area4/4CCHLADLCVMT01.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ALMEIDA, N. T. Gramática da língua portuguesa para concursos, vestibulares,</p><p>Enem, colégios técnicos e militares... São Paulo: Saraiva, 2009.</p><p>BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,</p><p>2009.</p><p>CAVALCANTE, M. M. Facultatividade e omissão de complementos verbais.</p><p>Revista de Letras, Ceará, v.19, n. ½, jan./dez. 1997. Disponível em: <http://www.</p><p>revistadeletras.ufc.br/rl19Art02.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>CEGALLA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Companhia</p><p>Editora Nacional, 2008.</p><p>CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Gramática reflexiva. São Paulo: Atual, 2009.</p><p>Volume único.</p><p>COMPANI, D. A frase fragmentada como recurso estilístico. Entrelinhas. Rio</p><p>Grande do Sul, ano II, n. 1, jan./abr. 2005. Disponível em: <http://www.entrelinhas.</p><p>unisinos.br/index.php?e=1&s=9&a=4> Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>FARIAS, C. A. de. A multifuncionalidade do aposto em textos jornalísticos de</p><p>divulgação científica e em artigos científicos. Dissertação (Mestrado em Estudos</p><p>Linguísticos)– Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, 2011. Disponível em:</p><p><http://nou-rau.uem.br/nou-rau/document/?code=vtls000184614>. Acesso em:</p><p>2 jan. 2014.</p><p>HENRIQUES. C. C. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro:</p><p>Campus/Elsevier, 2011.</p><p>HOUAISS A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. abr. 2007.</p><p>IGNÁCIO, S. E. Tipologia dos complementos verbais do português contemporâneo.</p><p>Disponível em: <http://seer.fclar.unesp.br/alfa/article/view/3755/3478>. Acesso</p><p>em: 2 jan. 2014.</p><p>LEFFA, V. J. Análise sintática; ensinando o que não se sabe para quem já sabe? In:</p><p>FORTKAMP,M. B. M.; TOMITCH, L. M. B. (Org.). Aspectos da lingüística aplicada:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>T8</p><p>116 Período composto por subordinação – orações subordinadas substantivas</p><p>estudos em homenagem ao Professor Hilário Inácio Bohn. Florianópolis: Insular,</p><p>2000. p. 203-228. Disponível em: <http://www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/</p><p>segmenta.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MACEDO, W. Elementos para uma estrutura da língua portuguesa. Rio de Janeiro:</p><p>Presença, 1987.</p><p>MANOSSO, R. Aspectos de gramática descritiva da língua portuguesa brasileira.</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MEIRA, A. C. G. A. de. As orações e as relações de interdependência. Ícone –</p><p>Revista de Letras, São Luís de Montes Belos, GO, v. 2, p. 43-53, jul. 2008.</p><p>OLIVEIRA, M. R. de. Língua portuguesa IV. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009.</p><p>Disponível em: <http://www.videoaulasonline.com.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>PINHO, A. K. A. e. Complemento nominal de substantivo (CN) e adjunto adnominal</p><p>preposicionado (AA): uma análise morfossintática baseada em corpus. Anais do</p><p>SILEL, Uberlândia: EDUFU, v.2, n. 2, 2011. Disponível em: <http://www.ileel.ufu.br/</p><p>anaisdosilel/pt/arquivos/silel2011/577.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ROCHA LIMA, Carlos H. da. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de</p><p>Janeiro: José Olympio, 1994.</p><p>RODRIGUES, E. dos S. Concordância verbal com construções partitivas: uma</p><p>proposta de análise. Veredas online – atemática, Juiz de Fora, MG, n.1, p. 93-107,</p><p>2011. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistaveredas/files/2011/05/ARTIGO-71.</p><p>pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>SILVA, E. V. Norma, variação e ensino: a concordância verbal. Caderno de Letras</p><p>da UFF. Dossiê: literatura, língua e identidade, n. 34, p. 31-41, 2008. Disponível em:</p><p><http://www.uff.br/cadernosdeletrasuff/34/artigo2.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>STEFANELLO, A. B.; BASIM, N. T. R. O ensino de orações coordenadas: proposta</p><p>interativa da linguagem. Disc. Scientia. Santa Maria, RS, v. 9, n. 1, p. 135-153, 2008.</p><p>Tema 9</p><p>Período composto por</p><p>subordinação – orações</p><p>subordinadas adjetivas</p><p>Você já está ciente de que a oração subordinada adjetiva equivale à função de</p><p>adjunto adnominal, pois determina um substantivo ou pronome contido na oração</p><p>principal (OP). Observe mais uma representação dessa equivalência:</p><p>A moça levava uma vida confortável.</p><p>adjunto</p><p>adnominal</p><p>A moça levava uma vida que tinha muito conforto.</p><p>OP oração subordinada adjetiva</p><p>Classificação das orações subordinadas adjetivas</p><p>Para que você entenda a classificação das orações subordinadas adjetivas,</p><p>propõem-se, inicialmente, estas duas orações:</p><p>I – Amanhã bem cedo, vou devolver os livros que peguei na biblioteca.</p><p>OP oração subordinada adjetiva</p><p>II – Atualmente os rios, que são fonte de alimento, estão sendo poluídos.</p><p>OP oração subordinada adjetiva OP</p><p>Observe que no primeiro período, a oração “que peguei na biblioteca” restringe</p><p>ou particulariza o sentido do substantivo “livros” da OP. Já no segundo período, a</p><p>oração “que são fonte de alimento” acrescenta uma explicação sobre uma qualidade</p><p>peculiar do termo “rios” da OP.</p><p>POR DENTRO DO TEMA</p><p>T9</p><p>118 Período composto por subordinação – orações subordinadas adjetivas</p><p>A partir desse entendimento, pode-se, então, classificar as orações subordinadas</p><p>adjetivas que se dividem em:</p><p>1) Restritivas – aquelas que restringem ou particularizam o sentido de um</p><p>substantivo ou pronome presente na oração principal. Veja um exemplo:</p><p>As pessoas que passavam por ali estavam apressadas.</p><p>OP oração subordinada OP</p><p>adjetiva restritiva</p><p>2) Explicativas – aquelas que acrescentam uma explicação peculiar a um</p><p>substantivo ou pronome da oração principal. Observe esse exemplo:</p><p>Paris, que é a capital da França, recebe muitos turistas durante o ano.</p><p>OP oração subordinada OP</p><p>adjetiva explicativa</p><p>É importante salientar que toda oração adjetiva explicativa aparece isolada por</p><p>vírgula(s).</p><p>O gramático Nílson Teixeira de Almeida adverte que o emprego ou não da vírgula</p><p>nas orações adjetivas pode acarretar mudança de sentido ao que quer expressar.</p><p>Observe:</p><p>I – Ele visitará o irmão que mora em Recife.</p><p>II – Ele visitará o irmão, que mora em Recife.</p><p>Na oração I, o sentido que se quer dar é que ele tem mais de um irmão e que</p><p>apenas um deles mora em Recife. Portanto a oração é subordinada adjetiva restritiva.</p><p>Em II, ele tem apenas um irmão, e este mora em Recife. A oração é adjetiva explicativa.</p><p>Outro aspecto importante no que diz respeito às orações subordinadas adjetivas é</p><p>que elas são introduzidas por pronomes relativos (que, quem, onde, como, quando,</p><p>o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos,</p><p>quantas.). Um quadro com esses pronomes já foi abordado anteriormente, no item</p><p>“Orientações de Estudo”.</p><p>Os pronomes relativos, além de desempenharem a função de conectivo no</p><p>período, ainda exercem uma função sintática na oração adjetiva que introduzem.</p><p>Como fazer para reconhecer a função sintática do pronome relativo?</p><p>Basta substituí-lo por seu termo antecedente e, a seguir, analisar sua função na</p><p>T9</p><p>119Período composto por subordinação – orações subordinadas adjetivas</p><p>oração subordinada. Observe:</p><p>Comprei este carro que é muito confortável.</p><p>termo</p><p>antecedente</p><p>Este carro</p><p>Dessa forma: Este carro é muito confortável.</p><p>sujeito</p><p>Os pronomes relativos desempenham as seguintes funções sintáticas:</p><p>Sujeito: As flores que murcharam eram para você.</p><p>termo</p><p>antecedente</p><p>As flores</p><p>Dessa forma: As flores murcharam.</p><p>sujeito</p><p>Objeto direto: Vi as fotos que tiramos ontem.</p><p>termo</p><p>antecedente</p><p>as fotos</p><p>Dessa forma: (nós) Tiramos as fotos.</p><p>OD</p><p>Objeto indireto: O cargo ao qual aspiro é ótimo.</p><p>termo</p><p>antecedente</p><p>o cargo</p><p>Dessa forma: (eu) Aspiro ao cargo.</p><p>OI</p><p>T9</p><p>120 Período composto por subordinação – orações subordinadas adjetivas</p><p>Predicativo: Não sou mais aquilo que fui no passado.</p><p>termo</p><p>antecedente</p><p>aquilo</p><p>Dessa forma: (eu) fui aquilo.</p><p>PS</p><p>Complemento nominal: Este é o livro a que fizemos referência.</p><p>termo</p><p>seu aprendizado por meio das resoluções das</p><p>questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo</p><p>para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se</p><p>para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-</p><p>se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.</p><p>Questão 1:</p><p>Leia o texto a seguir.</p><p>A oncocercose é uma doença típica de comunidades primitivas. Não foi</p><p>desenvolvido ainda nenhum medicamento ou tratamento que possibilite o</p><p>restabelecimento da visão. Após ser picado pelo mosquito, o parasita (agente da</p><p>doença) cai na circulação sanguínea e passa a provocar irritações oculares até a</p><p>perda total da visão. (Folha de S. Paulo, 02 nov. 1990).</p><p>O texto veiculado no jornal Folha de S. Paulo apresenta um trecho em que se</p><p>observa uma construção sintática inadequada, gerando, consequentemente, uma</p><p>incoerência. Observe:</p><p>“Após ser picado pelo mosquito, o parasita (agente da doença) cai na circulação</p><p>sanguínea e passa a provocar irritações oculares até a perda total da visão.”</p><p>Agora responda: Qual foi a incoerência observada e qual era a intenção que o</p><p>autor tinha ao escrever tal trecho?</p><p>Questão 2:</p><p>Você aprendeu que a má construção de frases pode gerar um texto ambíguo, ou</p><p>seja, um texto em que haja dupla interpretação. Com base nessa afirmação, leia o</p><p>seguinte fragmento para responder ao que lhe será proposto.</p><p>O presidente americano [...] produziu um espetáculo cinematográfico em novembro</p><p>passado na Arábia Saudita, onde comeu um peru fantasiado de marine no mesmo</p><p>bandejão em que era servido aos soldados americanos. (VEJA, set. 1991).</p><p>Afirma-se que o trecho possui duas informações ambíguas: uma decorrente da</p><p>ordem das palavras e outra pela omissão do sujeito. Identifique esses trechos,</p><p>informe quais as possibilidades de interpretações depreendidas e dê a eles outra</p><p>redação a fim de desfazer a ambiguidade.</p><p>AGORA É A SUA VEZ</p><p>Adequação sintática & adequação semântica</p><p>T1</p><p>11</p><p>Questão 3:</p><p>Leia o trecho a seguir:</p><p>A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo anunciou ontem a adoção de um</p><p>sistema de captação de órgãos que “fura” a fila única de transplante criada pela</p><p>própria Secretaria. [...]</p><p>Pelo esquema, o hospital que fizer a captação dos órgãos fica com um dos rins do</p><p>doador, passando os demais para a central de transplantes. [...]</p><p>(Folha de S. Paulo, 01 jan. 98)</p><p>Observe que, no segundo parágrafo, por motivos de má estruturação do período,</p><p>o leitor pode interpretar de maneira equivocada o que o redator quis informar.</p><p>Identifique esse equívoco e, a seguir, interprete qual seria a verdadeira intenção do</p><p>redator da notícia.</p><p>Questão 4:</p><p>Leia mais este texto:</p><p>João Carlos vivia em uma pequena casa construída no alto de uma colina, cuja</p><p>frente dava para leste. Desde o pé da colina se espalhava em todas as direções,</p><p>até o horizonte, uma planície coberta de areia. Na noite em que completava 30</p><p>anos, João, sentado nos degraus da escada colocada à frente de sua casa, olhava</p><p>o sol poente e observava como a sua sombra ia diminuindo no caminho coberto</p><p>de grama. De repente, viu um cavalo que descia para a sua casa. As árvores e as</p><p>folhagens não o permitiam ver distintamente; entretanto observou que o cavalo</p><p>era manco. Ao olhar de mais perto verificou que o visitante era seu filho Guilherme,</p><p>que há 20 anos tinha partido para alistar-se no exército, e, em todo este tempo,</p><p>não havia dado sinal de vida. Guilherme, ao ver seu pai, desmontou imediatamente,</p><p>correu até ele, lançando-se nos seus braços e começando a chorar.</p><p>(Disponível em: <http://www.geocities.ws/jonascimento/textualidade/texto.html>.</p><p>Acesso em: 02 jan. 2014).</p><p>Embora o texto demonstre que seu autor apresenta um bom domínio da língua</p><p>escrita, há nele uma série de incoerências. Levante pelo menos duas delas.</p><p>Questão 5:</p><p>Você aprendeu que um texto ambíguo é aquele que permite mais de um sentido.</p><p>Identifique a alternativa em que não ocorre ambiguidade:</p><p>a) “Calheiros participou da reunião ministerial com FHC no Palácio do Planalto, na</p><p>qual ele voltou a pedir unidade no governo.”</p><p>Adequação sintática & adequação semântica</p><p>T1</p><p>12</p><p>b) Andando pela zona rural do litoral norte, facilmente se encontram casas de</p><p>veraneio e moradores de alto padrão. (ITA)</p><p>c) “Perante o tribunal, o menino identificou como seu agressor o colega do primo</p><p>que frequenta a mesma escola que ele.”</p><p>d) Campanha contra a violência do Governo do Estado entra em nova fase. (ENEM</p><p>2003)</p><p>e) Aquela velha senhora, enquanto andava pela casa, encontrou o garotinho no</p><p>quarto dela.</p><p>Questão 6:</p><p>Muitas vezes os padrões de clareza e coerência de um texto são prejudicados pelo</p><p>mau uso dos pronomes. Assinale a alternativa em que o pronome foi utilizado de</p><p>maneira correta, permitindo uma boa interpretação do que se quer informar.</p><p>a) A lanchonete ficava no morro do Carlão, cujo único dono era o Aparício.</p><p>b) As pessoas estavam em uma sala onde cuja janela estava fechada.</p><p>c) O espetáculo a cujo início não assisti estava maravilhoso.</p><p>d) Comprou um carro maravilhoso, cujo carro custou uma fortuna.</p><p>e) Os filhos, cujos pais são atenciosos com eles, são menos carentes.</p><p>Questão 7:</p><p>Leia este fragmento de texto:</p><p>“No final da Guerra Civil americana, o ex-coronel ianque [...] sai à caça do soldado</p><p>desertor que realizou assalto a trem com confederados.” (O Estado de S. Paulo, 15.</p><p>set. 1995)</p><p>O texto em questão permite diferentes interpretações. Leia com atenção as</p><p>afirmações, a seguir, a respeito dessas interpretações.</p><p>I. O ex-coronel ianque sai à caça do soldado que realizou assalto a trem em</p><p>companhia dos confederados.</p><p>II. O ex-coronel sai à caça do soldado em companhia dos confederados</p><p>III. O trem levava confederados.</p><p>IV. No trem havia confederados.</p><p>Considerando as interpretações anteriores, marque a alternativa adequada:</p><p>Adequação sintática & adequação semântica</p><p>T1</p><p>13</p><p>a) I – II e III estão corretas</p><p>b) I e III estão corretas</p><p>c) II – III e IV estão corretas</p><p>d) nenhuma está correta</p><p>e) todas estão corretas</p><p>Questão 8:</p><p>Muitas vezes a substituição de uma palavra por outra na estruturação de uma frase pode</p><p>trazer mudança de sentido. Observe os pares de frases abaixo, e assinale a alternativa</p><p>em que a substituição das palavras em destaque implica mudança de sentido.</p><p>a) Os alunos daquela escola saíram de férias na semana passada.</p><p>Os alunos daquela escola saíram em férias na semana passada.</p><p>b) Os alunos daquela escola correram à cidade em busca do material para a</p><p>pesquisa.</p><p>Os alunos daquela escola correram a cidade em busca do material para a pesquisa.</p><p>c) Os alunos daquela escola traziam em suas mochilas o material para a pesquisa.</p><p>Os alunos daquela escola traziam nas suas mochilas o material para a pesquisa.</p><p>d) Os alunos daquela escola tinham de terminar suas pesquisas em casa.</p><p>Os alunos daquela escola tinham que terminar suas pesquisas em casa.</p><p>e) Os alunos daquela escola foram retornando para casa uma a um.</p><p>Os alunos daquela escola foram retornando para casa um em um.</p><p>Questão 9:</p><p>Leia as frases a seguir e, depois, considera as afirmações que são feitas sobre elas.</p><p>A - O exército deixou destruída a cidade.</p><p>B - O exército deixou a cidade destruída.</p><p>I. Em A, o verbo deixou significa tornou</p><p>II. Em B, o verbo deixou pode significar tornou ou foi embora.</p><p>III. Em B, em consequência da ação do exército, a cidade assumiu uma característica</p><p>nova.</p><p>Adequação sintática & adequação semântica</p><p>T1</p><p>14</p><p>IV. Em A, o adjetivo destruída pode ter característica constante ou circunstancial,</p><p>dependendo daquilo que se quer expressar.</p><p>V. Nenhuma das frases é ambígua.</p><p>Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões) contida(s) no(s) item(ns):</p><p>a) I e II</p><p>b) I, II e III</p><p>c) I, II e IV</p><p>d) V</p><p>e) I</p><p>Adequação sintática & adequação semântica</p><p>T1</p><p>15</p><p>Nesse tema, você viu que para uma boa comunicação daquilo que se deseja</p><p>expressar há a necessidade de uma perfeita sintonia entre os interlocutores nos</p><p>diferentes contextos linguísticos,</p><p>antecedente</p><p>o livro</p><p>Dessa forma: (nós) fizemos referência ao livro.</p><p>CN</p><p>Agente da passiva: O rapaz por quem fomos enganadas fugiu.</p><p>termo</p><p>antecedente</p><p>o rapaz</p><p>Dessa forma: (nós) Fomos enganados pelo rapaz.</p><p>AP</p><p>Adjunto adnominal: Paulo é um homem em cuja palavra confio.</p><p>termo</p><p>antecedente</p><p>na palavra</p><p>do homem</p><p>Dessa forma: (eu) Confio na palavra do homem.</p><p>adjunto</p><p>adnominal</p><p>T9</p><p>121Período composto por subordinação – orações subordinadas adjetivas</p><p>Adjunto adverbial: A casa onde estou é muito bonita.</p><p>termo</p><p>antecedente</p><p>na casa</p><p>Dessa forma: (eu) Estou na casa.</p><p>adjunto</p><p>adverbial</p><p>Orações subordinadas adjetivas reduzidas</p><p>As orações subordinadas adjetivas também podem apresentar-se na forma</p><p>desenvolvida ou reduzida. Veja:</p><p>Na rua vi crianças que soltavam pipas. → oração desenvolvida</p><p>Na rua vi crianças soltando pipas. → oração reduzida</p><p>Note que, assim como ocorre com as orações subordinadas substantivas, as</p><p>orações subordinadas adjetivas reduzidas conservam o mesmo sentido da forma</p><p>desenvolvida. Há, porém, uma diferença: enquanto as subordinadas substantivas</p><p>reduzidas estruturam-se por meio de um verbo no infinitivo, as adjetivas reduzidas</p><p>podem apresentar um verbo no infinitivo, gerúndio ou particípio. Veja estes exemplos:</p><p>Estavam todos a conversar sobre futebol. → reduzida de infinitivo</p><p>No restaurante vi uma pessoa discutindo com o garçom. → reduzida de gerúndio</p><p>Ela pôs a blusa comprada naquele shopping. → reduzida de particípio</p><p>ACOMPANHE NA WEB</p><p>Quer saber mais sobre o assunto?</p><p>Então:</p><p>Sites</p><p>Leia o artigo A Frase Fragmentada como Recurso Estilístico, de Daiana Compani.</p><p>Disponível em: <http://www.entrelinhas.unisinos.br/index.php?e=1&s=9&a=4>.</p><p>T9</p><p>122 Período composto por subordinação – orações subordinadas adjetivas</p><p>Acesso em: 02/01/2014.</p><p>Leia o artigo Análise Sintática; Ensinando o que não se Sabe para quem já Sabe? de</p><p>Vilson J. Leffa.</p><p>Disponível em: <http://www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/segmenta.pdf>. Acesso</p><p>em: 02/01/2014.</p><p>Acesse ao site de Radamés Manosso</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 02/01/2014.</p><p>O São discutidas as noções de sintaxe, sob o enfoque da gramática descritiva.</p><p>Consulte a Moderna gramática portuguesa, de Evanildo Bechara. Na parte II, item C,</p><p>encontram-se considerações mais aprofundadas sobre sintaxe.</p><p>Consulte o capítulo Orações Principais e Subordinadas, da Gramática da língua</p><p>portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla. São Paulo: Companhia Editora Nacional,</p><p>2008.</p><p>Instruções:</p><p>Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das</p><p>questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo</p><p>para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se</p><p>para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-</p><p>se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.</p><p>Questão 1:</p><p>Ligue as orações a seguir por meio de um pronome relativo, construindo um</p><p>período composto. A seguir, classifique as orações adjetivas obtidas.</p><p>a) Os turistas preferiram ficar na praia de Copacabana.</p><p>Na praia de Copacabana a queima de fogos de final de ano é espetacular.</p><p>b) Nosso sonho é conhecer a Patagônia.</p><p>A Patagônia é uma região natural no extremo sul do continente americano.</p><p>AGORA É A SUA VEZ</p><p>T9</p><p>123Período composto por subordinação – orações subordinadas adjetivas</p><p>c) Na minha velhice gostaria de viver em alguma cidade do interior do Brasil</p><p>Nessas cidades a vida é pacata e agradável.</p><p>d) A atriz americana fez uma viagem ao sul da África.</p><p>Sou fã dessa atriz.</p><p>Questão 2:</p><p>Compare os dois períodos:</p><p>I. O advogado, que é perspicaz, sempre soluciona os casos brilhantemente.</p><p>II. O advogado que é perspicaz sempre soluciona os casos brilhantemente.</p><p>Explique a diferença de sentido entre eles:</p><p>Questão 3:</p><p>Observe este esquema de representação da função sintática do pronome relativo:</p><p>Roberta, que me emprestou o dicionário de inglês, é aluna novata.</p><p>que = Roberta</p><p>Roberta me emprestou o dicionário de inglês</p><p>Função sintática do pronome relativo = sujeito</p><p>Nas frases a seguir, faça a substituição do pronome relativo por seu antecedente e</p><p>informe sua função sintática:</p><p>a) Este é o filme a que fizemos referência.</p><p>b) O ponto de vista do qual discordei pertencia a um homem culto.</p><p>Questão 4:</p><p>Você aprendeu que as orações subordinadas adjetivas podem apresentar-se na</p><p>forma desenvolvida ou na forma reduzida. Nessa última, o verbo pode aparecer</p><p>no infinitivo, no gerúndio ou no particípio. Nas questões a seguir, transforme as</p><p>orações desenvolvidas em reduzidas.</p><p>a) Na porta do clube havia um segurança que controlava a entrada.</p><p>b) O juiz escutava a testemunha a qual depunha sobre o caso.</p><p>c) Com o Natal que chega as lojas recebem muitas mercadorias novas.</p><p>T9</p><p>124 Período composto por subordinação – orações subordinadas adjetivas</p><p>d) Observávamos as águas dos rios que se encontravam com o mar nesta região.</p><p>Questão 5:</p><p>As orações subordinadas adjetivas são iniciadas por pronomes relativos, os quais se</p><p>referem a um termo antecedente presente na oração principal. Assinale a opção</p><p>em que se encontra esse tipo de oração.</p><p>a) Vá na frente, que eu vou depois.</p><p>b) O rapaz disse que não poderia sair naquela hora.</p><p>c) Fiz-lhe sinal que descesse do ônibus ali.</p><p>d) Apresentaram-me uma moça que era muito tímida.</p><p>e) É necessário que você invista em roupas melhores.</p><p>Questão 6:</p><p>Observe as duas frases a seguir</p><p>I. Apresentei-lhe meu amigo.</p><p>II. Fiz alusão ao meu amigo ontem</p><p>Assinale a alternativa em que elas estão em correta relação lógica e sintática.</p><p>a) Apresentei-lhe meu amigo de cuja alusão foi feita ontem.</p><p>b) Apresentei-lhe meu amigo a quem alusão fiz ontem.</p><p>c) Apresentei-lhe meu amigo onde aludi ontem sobre ele.</p><p>d) Apresentei-lhe meu amigo ao qual fiz alusão ontem.</p><p>e) Apresentei-lhe meu amigo cujo o qual aludi ontem.</p><p>Questão 7:</p><p>Assinale a opção que completa corretamente as lacunas do período seguinte.</p><p>A confusão___________ ele se viu envolvido poderia ser solucionada caso</p><p>o responsável pelo mal entendido, __________não estava presente naquele</p><p>momento, aceitasse esclarecer o ocorrido. Porém, no lugar __________</p><p>estávamos, não havia nenhum telefone para que pudéssemos chamá-lo.</p><p>a) na qual – o qual – que</p><p>b) em que – que – o qual</p><p>T9</p><p>125Período composto por subordinação – orações subordinadas adjetivas</p><p>c) que – cujo – onde</p><p>d) na qual – que – que</p><p>e) em que – o qual – em que</p><p>Questão 8:</p><p>Considere as palavras destacadas neste período:</p><p>O rapaz afirmou que estava preparado para a viagem com que tinha sonhado a</p><p>vida toda.</p><p>Elas introduzem, respectivamente, orações:</p><p>a) subordinada substantiva objetiva direta e subordinada substantiva completiva</p><p>nominal</p><p>b) subordinada substantiva objetiva direta e subordinada adjetiva restritiva</p><p>c) subordinada substantiva subjetiva e subordinada substantiva objetiva indireta</p><p>d) subordinada substantiva apositiva e subordinada substantiva objetiva</p><p>indireta</p><p>e) subordinada substantiva objetiva direta e subordinada adjetiva explicativa</p><p>Questão 9:</p><p>Assinale a alternativa em que há erro quanto à classificação da oração subordinada</p><p>em destaque:</p><p>a) Tinha avisado ao irmão que voltaria mais tarde. (substantiva objetiva direta)</p><p>b) Ele estava certo de que iriam à festa de Martha. (substantiva completiva nominal)</p><p>c) As pessoas que chegavam olhavam o defunto de longe. (adjetiva explicativa)</p><p>d) Creio que você não mentiu para ela. (substantiva objetiva direta)</p><p>e) As cidades em que moramos eram todas lindíssimas. (adjetiva restritiva)</p><p>T9</p><p>126 Período composto por subordinação – orações subordinadas adjetivas</p><p>T9</p><p>127Período composto por subordinação – orações subordinadas adjetivas</p><p>FINALIZANDO</p><p>Nesse tema, você viu que as orações subordinadas adjetivas desempenham a</p><p>função equivalente ao adjunto adnominal e são usadas em determinados contextos,</p><p>quando se pretende atribuir uma característica restrita ou genérica a um substantivo</p><p>ou pronome. Elas classificam-se em restritivas e explicativas. Viu também que os</p><p>pronomes relativos são responsáveis pela transposição da oração principal para a</p><p>oração subordinada adjetiva, além de acumular uma função sintática em relação a</p><p>essa oração. Por fim, entendeu que as orações adjetivas podem ser apresentadas na</p><p>forma desenvolvida e na reduzida.</p><p>Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de</p><p>acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!</p><p>T9</p><p>128 Período composto por subordinação – orações subordinadas adjetivas</p><p>T9</p><p>129Período composto por subordinação – orações subordinadas adjetivas</p><p>AGUIAR NETA, M. do C. M.; MELO, M. de F. B. Coordenação e subordinação no</p><p>português do Brasil: da visão tradicional à abordagem lingüística. In: ENCONTRO</p><p>DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA, 11., 2009, João Pessoa. Anais... João Pessoa,</p><p>2009. Disponível em: <http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/</p><p>monitoriapet/ANAIS/Area4/4CCHLADLCVMT01.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ALMEIDA, N. T. Gramática da língua portuguesa para concursos, vestibulares,</p><p>Enem, colégios técnicos e militares... São Paulo: Saraiva, 2009.</p><p>BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,</p><p>2009.</p><p>CAVALCANTE, M. M. Facultatividade e omissão de complementos verbais.</p><p>Revista de Letras, Ceará, v.19, n. ½, jan./dez. 1997. Disponível em: <http://www.</p><p>revistadeletras.ufc.br/rl19Art02.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>CEGALLA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Companhia</p><p>Editora Nacional, 2008.</p><p>CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Gramática reflexiva. São Paulo: Atual, 2009.</p><p>Volume único.</p><p>COMPANI, D. A frase fragmentada como recurso estilístico. Entrelinhas. Rio</p><p>Grande do Sul, ano II, n. 1, jan./abr. 2005. Disponível em: <http://www.entrelinhas.</p><p>unisinos.br/index.php?e=1&s=9&a=4> Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>FARIAS, C. A. de. A multifuncionalidade do aposto em textos jornalísticos de</p><p>divulgação científica e em artigos científicos. Dissertação (Mestrado em Estudos</p><p>Linguísticos)– Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, 2011. Disponível em:</p><p><http://nou-rau.uem.br/nou-rau/document/?code=vtls000184614>. Acesso em:</p><p>2 jan. 2014.</p><p>HENRIQUES. C. C. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro:</p><p>Campus/Elsevier, 2011.</p><p>HOUAISS A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. abr. 2007.</p><p>IGNÁCIO, S. E. Tipologia dos complementos verbais do português contemporâneo.</p><p>Disponível em: <http://seer.fclar.unesp.br/alfa/article/view/3755/3478>. Acesso</p><p>em: 2 jan. 2014.</p><p>LEFFA, V. J. Análise sintática; ensinando o que não se sabe para quem já sabe? In:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>T9</p><p>130 Período composto por subordinação – orações subordinadas adjetivas</p><p>FORTKAMP,M. B. M.; TOMITCH, L. M. B. (Org.). Aspectos da lingüística aplicada:</p><p>estudos em homenagem ao Professor Hilário Inácio Bohn. Florianópolis: Insular,</p><p>2000. p. 203-228. Disponível em: <http://www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/</p><p>segmenta.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MACEDO, W. Elementos para uma estrutura da língua portuguesa. Rio de Janeiro:</p><p>Presença, 1987.</p><p>MANOSSO, R. Aspectos de gramática descritiva da língua portuguesa brasileira.</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MEIRA, A. C. G. A. de. As orações e as relações de interdependência. Ícone –</p><p>Revista de Letras, São Luís de Montes Belos, GO, v. 2, p. 43-53, jul. 2008.</p><p>OLIVEIRA, M. R. de. Língua portuguesa IV. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009.</p><p>Disponível em: <http://www.videoaulasonline.com.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>PINHO, A. K. A. e. Complemento nominal de substantivo (CN) e adjunto adnominal</p><p>preposicionado (AA): uma análise morfossintática baseada em corpus. Anais do</p><p>SILEL, Uberlândia: EDUFU, v.2, n. 2, 2011. Disponível em: <http://www.ileel.ufu.br/</p><p>anaisdosilel/pt/arquivos/silel2011/577.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ROCHA LIMA, Carlos H. da. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de</p><p>Janeiro: José Olympio, 1994.</p><p>RODRIGUES, E. dos S. Concordância verbal com construções partitivas: uma</p><p>proposta de análise. Veredas online – atemática, Juiz de Fora, MG, n.1, p. 93-107,</p><p>2011. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistaveredas/files/2011/05/ARTIGO-71.</p><p>pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>SILVA, E. V. Norma, variação e ensino: a concordância verbal. Caderno de Letras</p><p>da UFF. Dossiê: literatura, língua e identidade, n. 34, p. 31-41, 2008. Disponível em:</p><p><http://www.uff.br/cadernosdeletrasuff/34/artigo2.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>STEFANELLO, A. B.; BASIM, N. T. R. O ensino de orações coordenadas: proposta</p><p>interativa da linguagem. Disc. Scientia. Santa Maria, RS, v. 9, n. 1, p. 135-153, 2008.</p><p>Tema 10</p><p>Período composto por</p><p>subordinação – orações</p><p>subordinadas adverbiais e</p><p>orações reduzidas</p><p>Como você já está familiarizado com a estrutura das orações subordinadas,</p><p>inicia-se esse tema propondo o seguinte período:</p><p>Eu não pude sair de casa, já que chovia muito.</p><p>Note que se trata de um tipo de informação muito frequente na comunicação do</p><p>dia a dia das pessoas. A pessoa que transmite uma informação comunica a causa de</p><p>não ter podido sair de casa. Daí a importância de compreender esse tipo de período.</p><p>As orações subordinadas adverbiais são iniciadas por palavras que denotam</p><p>vários tipos de circunstâncias, além dessa citada anteriormente e, dessa forma, são</p><p>classificadas de acordo com o sentido contido nas conjunções subordinativas que</p><p>as iniciam.</p><p>Classificação das orações subordinadas adverbiais:</p><p>Causais – exprimem a causa de um fato apresentado na oração principal. Observe:</p><p>Ele veio logo, porque queria abrir o presente.</p><p>OP oração subordinada adverbial causal</p><p>Esse tipo de oração é iniciada pelas seguintes conjunções subordinativas causais:</p><p>porque, já que, visto que, como, posto que, uma vez que, que, etc.</p><p>Condicionais – exprimem uma condição para a ocorrência de um fato da oração</p><p>principal. Veja:</p><p>Caso você queira colaborar conosco, pode me telefonar.</p><p>oração subordinada adverbial condicional OP</p><p>POR DENTRO DO TEMA</p><p>T10</p><p>132 Período composto por subordinação – orações subordinadas adverbiais e orações reduzidas</p><p>As conjunções subordinativas que iniciam essas orações são: se, caso, contanto</p><p>que, desde que, a menos que, salvo, etc.</p><p>3) Comparativas – exprimem uma comparação em relação à oração principal.</p><p>Veja este exemplo:</p><p>Sua pele era áspera como uma lixa. (é)</p><p>OP oração subordinada</p><p>adverbial comparativa</p><p>Uma particularidade dessa oração é que geralmente o verbo da subordinada</p><p>aparecerá subtendido quando este coincide com o verbo da OP.</p><p>As conjunções subordinativas causais que introduzem essas orações são: como,</p><p>assim como, que (mais) do que, (menos) do que, tanto quanto, etc.</p><p>Conformativas – expressam uma ideia de concordância em relação a um fato</p><p>expresso na oração principal. Veja este período:</p><p>Você deve escrever o relatório conforme o diretor exigiu.</p><p>OP oração subordinada</p><p>adverbial conformativa</p><p>As conjunções subordinativas conformativas que introduzem essas orações são:</p><p>conforme, como, segundo, consoante.</p><p>5) Concessivas – estabelecem uma concessão em relação a um fato presente na</p><p>oração principal. Leia este exemplo:</p><p>Mesmo que estivesse muito quente, colocou uma camisa de manga longa.</p><p>oração subordinada adverbial concessiva OP</p><p>As orações subordinadas concessivas são introduzidas pelas seguintes conjunções</p><p>subordinativas: embora, mesmo que, ainda que, apesar de que, conquanto, que, por</p><p>mais que, etc.</p><p>Consecutivas – indicam uma consequência do fato ocorrido na oração principal.</p><p>Observe:</p><p>Ele comeu tanto que sentiu ânsia de vômito.</p><p>OP oração subordinada</p><p>adverbial consecutiva</p><p>T10</p><p>133Período composto por subordinação – orações subordinadas adverbiais e orações reduzidas</p><p>Iniciam esse tipo de oração as conjunções subordinativas consecutivas: de modo</p><p>que, de sorte que, que (precedido das expressões tão, tal, tanto, tamanho), etc.</p><p>7) Finais – exprimem uma finalidade para um fato apresentado na oração principal.</p><p>Exemplo:</p><p>Para que fique tudo organizado, você deve trabalhar muito.</p><p>oração subordinada adverbial final OP</p><p>As conjunções subordinativas finais são: a fim de que, para que, que.</p><p>8) Proporcionais – indicam uma proporção em relação a um fato expresso na</p><p>oração principal. Observe:</p><p>Quanto mais ela se irrita, mais sua cabeça dói.</p><p>oração subordinada OP</p><p>adverbial proporcional</p><p>São conjunções subordinadas proporcionais: à medida que, à proporção que,</p><p>quanto mais, quanto menos, etc.</p><p>9) Temporais – exprimem o momento em que o fato expresso na oração principal</p><p>acontece. Veja:</p><p>Assim que ele chegou, tive que sair.</p><p>oração subordinada OP</p><p>adverbial temporal</p><p>As conjunções subordinativas temporais são: quando, enquanto, assim que,</p><p>desde que, sempre que, logo que, mal, etc.</p><p>Obs.: Alguns gramáticos, contrariando o que prescreva a Nomenclatura</p><p>Gramatical Brasileira (NGB), consideram ainda que existem dois tipos de orações</p><p>subordinadas adverbiais: as modais e as locativas. Observe:</p><p>Ele foi chegando de mansinho, sem que fosse percebido.</p><p>OP oração subordinada</p><p>adverbial modal</p><p>Na minha velhice quero viver onde me sinta em paz.</p><p>OP oração subordinada</p><p>T10</p><p>134 Período composto por subordinação – orações subordinadas adverbiais e orações reduzidas</p><p>adverbial locativa</p><p>Orações subordinadas adverbiais reduzidas</p><p>As orações subordinadas adverbiais também podem apresentar-se na forma</p><p>desenvolvida ou reduzida. Veja:</p><p>Porque estava muito ocupado, ele não pode sair. → oração desenvolvida</p><p>Por estar muito ocupado, ele não pode sair. → oração reduzida</p><p>A forma de redução das orações subordinadas adverbiais é o mesmo das orações</p><p>subordinadas adjetivas, ou seja, podem apresentar um verbo no infinitivo, gerúndio</p><p>ou particípio. Veja estes exemplos:</p><p>Ao entrar, ele fechou a porta. → reduzida de infinitivo</p><p>Mesmo estando nervoso, ele quis conversar. → reduzida de gerúndio</p><p>Terminado o espetáculo, todos foram a um restaurante. → reduzida de particípio</p><p>ACOMPANHE NA WEB</p><p>Quer saber mais sobre o assunto?</p><p>Então:</p><p>Sites</p><p>Leia o artigo Coordenação e Subordinação no Português do Brasil: da Visão</p><p>Tradicional à Abordagem Lingüística, de Maria do Carmo Melo Aguiar e Maria de</p><p>Fátima Benício Melo</p><p>Disponível em: <http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/monitoriapet/</p><p>ANAIS/Area4/4CCHLADLCVMT01.pdf>. Acesso em: 02/01/2014.</p><p>Leia o artigo Análise Sintática; Ensinando o que não se Sabe para quem já Sabe? de</p><p>Vilson J. Leffa.</p><p>Disponível em: <http://www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/segmenta.pdf>. Acesso</p><p>em: 02/01/2014.</p><p>Acesse ao site de Radamés Manosso.</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 02/01/2014.</p><p>T10</p><p>135Período composto por subordinação – orações subordinadas adverbiais e orações reduzidas</p><p>São discutidas as noções de sintaxe, sob o enfoque da gramática descritiva.</p><p>Consulte a Moderna gramática portuguesa, de Evanildo Bechara. Na parte II, item C,</p><p>encontram-se considerações mais aprofundadas sobre sintaxe.</p><p>Consulte o capítulo Orações Principais e subordinadas, da Gramática da língua</p><p>portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla. São Paulo: Companhia Editora Nacional,</p><p>2008.</p><p>Instruções:</p><p>Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das</p><p>questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo</p><p>para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se</p><p>para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-</p><p>se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.</p><p>Questão 1:</p><p>Leia:</p><p>Música Ambiente</p><p>Se um dia fores embora</p><p>Te amarei bem mais do que esta hora</p><p>Me lembrarei de tudo que eu não disse</p><p>E de quando havia tudo que existe</p><p>Quando choramos abraçados</p><p>E caminhamos lado a lado</p><p>Por favor amor me acredite</p><p>Não há palavras para explicar o que eu sinto</p><p>Mesmo que tenhamos planejado</p><p>Um caminho diferente</p><p>Tenho mais do que eu preciso</p><p>Estar contigo é o bastante</p><p>Certas coisas de todo dia</p><p>Nos trazem a alegria</p><p>De caminharmos juntos lado a lado por amor</p><p>E quando eu for embora</p><p>Não, não chore por mim.</p><p>AGORA É A SUA VEZ</p><p>T10</p><p>136 Período composto por subordinação – orações subordinadas adverbiais e orações reduzidas</p><p>Legião Urbana. Música ambiente. São Paulo: EMI-Odeon, 1996. Disponível em:</p><p><http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/46955/> Acesso em: 02 jan. 2014.</p><p>Como já foi dito anteriormente, os períodos que apresentam orações subordinadas</p><p>adverbiais são frequentes em nosso cotidiano. Pode-se afirmar que eles estão</p><p>presentes na conversação diária, em músicas, em reportagem de jornais, etc. Dessa</p><p>forma, tomando essa música do grupo Legião Urbana como exemplo, retire dela</p><p>pelo menos três orações subordinadas adverbiais e classifique-as. Fique atento(a)</p><p>ao emprego das conjunções, pois são elas que iniciam a oração e possibilitam sua</p><p>classificação. Não se esqueça também de que alguns termos podem estar</p><p>subentendidos.</p><p>Questão 2:</p><p>Assinale a alternativa em que há uma oração subordinada adverbial concessiva.</p><p>a) Ainda que fôssemos colegas, não lhe poderia falar sobre sua demissão.</p><p>b) Ele agiu tão mal que vai ter que assumir as consequências.</p><p>c) Meu carro está falhando, visto que o abasteci com uma gasolina ruim.</p><p>d) A comemoração foi adiada visto que a obra não foi concluída.</p><p>e) O espetáculo será ótimo contanto que o público se mantenha comportado.</p><p>Questão 3:</p><p>Observe estas duas orações:</p><p>I. O sol estava muito quente.</p><p>II. Decidimos ir ao clube.</p><p>Faça o que se pede:</p><p>a) reúna as duas orações de tal forma que a oração I seja uma oração principal e</p><p>a oração II uma subordinada adverbial consecutiva. Para isso, você deverá fazer</p><p>algumas adaptações.</p><p>b) Agora faça com que a oração II seja a oração principal e a oração I seja</p><p>subordinada adverbial causal.</p><p>Questão 4:</p><p>Muitas vezes, uma mesma conjunção assume valores semânticos diferentes nos</p><p>períodos. Identifique os valores que a conjunção que assume nos períodos a seguir:</p><p>T10</p><p>137Período composto por subordinação – orações subordinadas adverbiais e orações reduzidas</p><p>a) Pequena que seja sua contribuição, vou ter que aceitá-la.</p><p>b) Gritou tanto durante o campeonato que ficou rouco.</p><p>c) Distante que ele está, não poderei convidá-lo para minha formatura</p><p>d) Ela acenou várias vezes, fazendo sinal que ele entrasse.</p><p>Questão 5:</p><p>Assinale a alternativa em que há uma oração subordinada adverbial condicional:</p><p>a) Ainda</p><p>que fôssemos colegas, não poderia contar-lhe sobre sua demissão.</p><p>b) Ele procedeu tão mal de modo que vai ter que assumir as consequências.</p><p>c) Meu carro está falhando, visto que o abasteci com uma gasolina ruim.</p><p>d) Você poderá conseguir um bom dinheiro com esse trabalho contanto que se</p><p>esmere em imprimir-lhe qualidade.</p><p>e) Sua ansiedade era tanta que decidiu invadir o escritório do patrão.</p><p>Questão 6:</p><p>Assinale a alternativa em que há uma relação de causa entre as orações.</p><p>a) Desde que ele entrou na cozinha, não parou mais de mexer em tudo.</p><p>b) Poderemos fazer aquela viagem de férias programadas há meses, desde que</p><p>tenhamos o dinheiro necessário.</p><p>c) Desde que essa mercadoria é falsa, será apreendida pela Polícia Federal.</p><p>d) Ele não será responsabilizado pela depredação do patrimônio, desde que pague</p><p>pelo prejuízo.</p><p>e) Não nos víamos desde que ele foi embora para a Europa.</p><p>Questão 7:</p><p>Assinale a alternativa em que há uma oração subordinada adverbial final na forma</p><p>reduzida:</p><p>a) Ao chegar a casa, o filho atirou seu material escolar em cima da cama.</p><p>b) Muitas pessoas faziam promessas à criança para conseguirem arrancar dela um</p><p>sorriso.</p><p>c) Estando bom o tempo, viajaremos de carro ainda hoje.</p><p>T10</p><p>138 Período composto por subordinação – orações subordinadas adverbiais e orações reduzidas</p><p>d) Terminada a faxina, todos os trabalhadores da empresa puderam voltar às suas</p><p>casas.</p><p>e) Visitei uns amigos ao retornar ao meu país.</p><p>Questão 8:</p><p>Leia o poema a seguir</p><p>177</p><p>hoje me desfiz dos meus bens</p><p>vendi o sofá cujo tecido desenhei</p><p>e a mesa de jantar onde fizemos planos</p><p>o quadro que fica atrás do bar</p><p>rifei junto com algumas quinquilharias</p><p>da época em que nos juntamos</p><p>a tevê e o aparelho de som</p><p>foram adquiridos pela vizinha</p><p>testemunha do quanto erramos</p><p>a cama doei para um asilo</p><p>sem olhar pra trás e lembrar</p><p>do que ali inventamos</p><p>aquele cinzeiro de cobre</p><p>foi de brinde com os cristais</p><p>e as plantas que não regamos</p><p>coube tudo num caminhão de mudança</p><p>até a dor que não soubemos curar</p><p>mas que um dia vamos</p><p>Martha Medeiros. De cara lavada. Disponível em: <http://www.releituras.com/</p><p>mamedeiros_cara177.asp>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>Reconheça o tipo de relação sintática expressa pela oração reduzida destacada no</p><p>poema.</p><p>a) condição</p><p>b) tempo</p><p>c) modo</p><p>T10</p><p>139Período composto por subordinação – orações subordinadas adverbiais e orações reduzidas</p><p>d) consequência</p><p>e) conformidade</p><p>Questão 9:</p><p>Assinale a alternativa em que a oração subordinada em destaque foi classificada</p><p>incorretamente.</p><p>a) Mal abriu a porta, ele veio correndo ao seu encontro. (adverbial temporal)</p><p>b) Convém, nestes últimos dias, que você venha nos ajudar nos preparativos da</p><p>festa. (substantiva objetiva direta)</p><p>c) Durante as férias, conheci um lugarejo que me agradou muito por sua</p><p>simplicidade. (adjetiva restritiva)</p><p>d) À medida que entrávamos na mata, íamos visualizando a vegetação exuberante.</p><p>(adverbial proporcional)</p><p>e) Embora fosse bom profissional, não conseguia boas colocações. (adverbial</p><p>concessiva)</p><p>T10</p><p>140 Período composto por subordinação – orações subordinadas adverbiais e orações reduzidas</p><p>T10</p><p>141Período composto por subordinação – orações subordinadas adverbiais e orações reduzidas</p><p>Nesse tema, você viu que as orações subordinadas adverbiais desempenham,</p><p>em relação à principal, a função sintática de adjunto adverbial, exprimindo diversas</p><p>circunstâncias como causa, condição, comparação, conformidade, concessão,</p><p>consequência, finalidade, proporção e tempo. Viu também que as palavras que</p><p>introduzem esse tipo de oração são as conjunções subordinativas adverbiais e</p><p>são elas as responsáveis pela classificação que as orações subordinadas adverbiais</p><p>recebem. Viu também que as orações subordinadas adverbiais também podem se</p><p>apresentar na forma desenvolvida e na reduzida.</p><p>Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de</p><p>acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!</p><p>FINALIZANDO</p><p>T10</p><p>142 Período composto por subordinação – orações subordinadas adverbiais e orações reduzidas</p><p>T10</p><p>143Período composto por subordinação – orações subordinadas adverbiais e orações reduzidas</p><p>AGUIAR NETA, M. do C. M.; MELO, M. de F. B. Coordenação e subordinação no</p><p>português do Brasil: da visão tradicional à abordagem lingüística. In: ENCONTRO</p><p>DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA, 11., 2009, João Pessoa. Anais... João Pessoa,</p><p>2009. Disponível em: <http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/</p><p>monitoriapet/ANAIS/Area4/4CCHLADLCVMT01.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ALMEIDA, N. T. Gramática da língua portuguesa para concursos, vestibulares,</p><p>Enem, colégios técnicos e militares... São Paulo: Saraiva, 2009.</p><p>BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,</p><p>2009.</p><p>CAVALCANTE, M. M. Facultatividade e omissão de complementos verbais.</p><p>Revista de Letras, Ceará, v.19, n. ½, jan./dez. 1997. Disponível em: <http://www.</p><p>revistadeletras.ufc.br/rl19Art02.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>CEGALLA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Companhia</p><p>Editora Nacional, 2008.</p><p>CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Gramática reflexiva. São Paulo: Atual, 2009.</p><p>Volume único.</p><p>COMPANI, D. A frase fragmentada como recurso estilístico. Entrelinhas. Rio</p><p>Grande do Sul, ano II, n. 1, jan./abr. 2005. Disponível em: <http://www.entrelinhas.</p><p>unisinos.br/index.php?e=1&s=9&a=4> Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>FARIAS, C. A. de. A multifuncionalidade do aposto em textos jornalísticos de</p><p>divulgação científica e em artigos científicos. Dissertação (Mestrado em Estudos</p><p>Linguísticos)– Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, 2011. Disponível em:</p><p><http://nou-rau.uem.br/nou-rau/document/?code=vtls000184614>. Acesso em:</p><p>2 jan. 2014.</p><p>HENRIQUES. C. C. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro:</p><p>Campus/Elsevier, 2011.</p><p>HOUAISS A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. abr. 2007.</p><p>IGNÁCIO, S. E. Tipologia dos complementos verbais do português contemporâneo.</p><p>Disponível em: <http://seer.fclar.unesp.br/alfa/article/view/3755/3478>. Acesso</p><p>em: 2 jan. 2014.</p><p>LEFFA, V. J. Análise sintática; ensinando o que não se sabe para quem já sabe? In:</p><p>FORTKAMP,M. B. M.; TOMITCH, L. M. B. (Org.). Aspectos da lingüística aplicada:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>T10</p><p>144 Período composto por subordinação – orações subordinadas adverbiais e orações reduzidas</p><p>estudos em homenagem ao Professor Hilário Inácio Bohn. Florianópolis: Insular,</p><p>2000. p. 203-228. Disponível em: <http://www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/</p><p>segmenta.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MACEDO, W. Elementos para uma estrutura da língua portuguesa. Rio de Janeiro:</p><p>Presença, 1987.</p><p>MANOSSO, R. Aspectos de gramática descritiva da língua portuguesa brasileira.</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MEIRA, A. C. G. A. de. As orações e as relações de interdependência. Ícone –</p><p>Revista de Letras, São Luís de Montes Belos, GO, v. 2, p. 43-53, jul. 2008.</p><p>OLIVEIRA, M. R. de. Língua portuguesa IV. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009.</p><p>Disponível em: <http://www.videoaulasonline.com.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>PINHO, A. K. A. e. Complemento nominal de substantivo (CN) e adjunto adnominal</p><p>preposicionado (AA): uma análise morfossintática baseada em corpus. Anais do</p><p>SILEL, Uberlândia: EDUFU, v.2, n. 2, 2011. Disponível em: <http://www.ileel.ufu.br/</p><p>anaisdosilel/pt/arquivos/silel2011/577.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ROCHA LIMA, Carlos H. da. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de</p><p>Janeiro: José Olympio, 1994.</p><p>RODRIGUES, E. dos S. Concordância verbal com construções partitivas: uma</p><p>proposta de análise. Veredas online – atemática, Juiz de Fora, MG, n.1, p. 93-107,</p><p>2011. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistaveredas/files/2011/05/ARTIGO-71.</p><p>pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>SILVA, E. V. Norma, variação e ensino: a concordância verbal. Caderno de Letras</p><p>da UFF. Dossiê: literatura, língua e identidade, n. 34, p. 31-41, 2008. Disponível em:</p><p><http://www.uff.br/cadernosdeletrasuff/34/artigo2.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>STEFANELLO, A. B.; BASIM, N. T. R. O ensino de orações coordenadas: proposta</p><p>interativa da linguagem. Disc. Scientia. Santa Maria, RS, v. 9, n. 1, p. 135-153, 2008.</p><p>Tema 11</p><p>As relações de concordância</p><p>Tomando como base o entendimento de que a concordância é um princípio</p><p>linguístico que orienta a combinação de palavras na frase, propõe-se a seguinte</p><p>sentença:</p><p>O grupo de pesquisadores chegou à região selecionada para a coleta de material.</p><p>Se essa frase fosse considerada no contexto de uma comunicação entre dois</p><p>interlocutores, aquele que a ouviu, caso não conhecesse as regras de concordância,</p><p>poderia perguntar:</p><p>O grupo de pesquisadores chegou ou chegaram?</p><p>O que está em questão é: com que termo o verbo chegar faz concordância?</p><p>Com o termo “grupo” ou com o determinante “pesquisadores”?</p><p>Afirma-se que, na variedade padrão da língua portuguesa, as duas formas são</p><p>consideradas corretas.</p><p>E você poderia questionar o seguinte: mas a regra de concordância não diz que</p><p>o verbo deve concordar com o sujeito?</p><p>Na realidade, o que ocorre, nesse exemplo, é o verbo poder concordar com o</p><p>núcleo do sujeito (grupo) e com o seu determinante (de pesquisadores). Ou seja:</p><p>existem casos em que há mais de uma possibilidade de concordância para o verbo</p><p>e é disso que este tema vai tratar.</p><p>Vale ressaltar que os casos de concordância verbal serão divididos em quatro</p><p>itens: o primeiro tratará dos casos de concordância com o sujeito simples; o</p><p>segundo, de concordância com o sujeito composto; o terceiro, da concordância</p><p>especial do verbo ser; e o quarto, de alguns casos especiais de concordância.</p><p>Concordância do verbo com o sujeito simples</p><p>Sujeito representado por:</p><p>• Substantivo coletivo – verbo no singular:</p><p>POR DENTRO DO TEMA</p><p>T11</p><p>146 As relações de concordância</p><p>O arquipélago foi atingido por um tsunami.</p><p>Porém se o coletivo estiver acompanhado de adjunto adnominal ou estiver</p><p>distante do verbo – verbo no singular ou no plural:</p><p>O grupo de estudantes manteve-se/mantiveram-se em silêncio.</p><p>A turma, durante as horas vagas, costumava/costumavam caminhar pelo parque.</p><p>• Nomes próprios de lugar ou títulos de obras – verbo no plural, caso precedido</p><p>de artigo:</p><p>Os Alpes ficam na Europa.</p><p>No entanto, em nomes de obras, em estruturas com o verbo ser + predicativo do</p><p>sujeito no singular – verbo no singular ou plural</p><p>Os Lusíadas é/são obra de Luiz de Camões.</p><p>Caso os nomes próprios não apareçam precedidos de artigo – verbo no singular:</p><p>Campinas é uma cidade do interior de São Paulo.</p><p>• Pronome de tratamento – verbo na 3ª pessoa:</p><p>Vossa Excelência vai sair agora?</p><p>Vossas Senhorias poderiam cooperar conosco?</p><p>• Pronome relativo que –verbo concorda com o antecedente do pronome:</p><p>Fui eu que idealizei esse projeto.</p><p>• Pronome relativo quem – verbo concorda com o antecedente do pronome</p><p>ou na 3ª pessoa do singular</p><p>Fui eu quem idealizei/idealizou esse projeto.</p><p>• Um dos que – verbo no plural ou singular</p><p>Um dos que mais duvidou/duvidaram disso foi Paulo.</p><p>• Expressões partitivas como: parte de, a maioria de, metade de, grande parte</p><p>de + substantivo no plural – verbo no singular ou no plural:</p><p>Grande parte dos presentes não viu/viram o espetáculo.</p><p>• Expressões como cerca de, perto de, mais de, menos de + numeral – verbo</p><p>concorda com o numeral que o acompanha:</p><p>T11</p><p>147As relações de concordância</p><p>Cerca de dez mil pessoas compareceram à passeata.</p><p>Mais de uma pessoa compareceu ao evento beneficente.</p><p>• Locução mais de um – verbo no singular:</p><p>Mais de um reservou um lugar no teatro.</p><p>Porém, se o verbo expressar reciprocidade ficará no plural:</p><p>Mais de um jogador xingaram-se durante a partida de futebol.</p><p>• Expressão indicativa de porcentagem – verbo concorda com o numeral ou</p><p>com o substantivo a que se refere a porcentagem:</p><p>35% da população apoiam este candidato.</p><p>35% dos professores não comparecem à reunião do sindicato.</p><p>• Locuções pronominais algum de nós/vós, alguns de nós/vós, qual de nós/vós,</p><p>quais de nós/vós, etc. – verbo fica no singular quando o primeiro pronome da</p><p>locução estiver no singular:</p><p>Algum de nós fará o almoço hoje.</p><p>Qual de nós fará o almoço hoje?</p><p>Se o primeiro pronome aparecer no plural – verbo pode concordar com esse</p><p>pronome ou com o pronome pessoal:</p><p>Alguns de nós sairão/sairemos mais cedo hoje.</p><p>Quais de nós sairão/sairemos mais cedo hoje?</p><p>Concordância do verbo com o sujeito composto</p><p>Se o sujeito composto:</p><p>• Estiver anteposto ao verbo – verbo no plural:</p><p>A mãe e os filhos permaneciam imóveis perante à cena.</p><p>• Estiver posposto ao verbo – verbo concorda com o núcleo mais próximo ou</p><p>com todos os núcleos do sujeito</p><p>Permaneceu/permaneceram imóveis perante a cena a mãe e os filhos.</p><p>• Constituído por pessoas gramaticais diferentes – verbo no plural</p><p>Nesse caso:</p><p>T11</p><p>148 As relações de concordância</p><p>1ª pessoa prevalece sobre as demais:</p><p>Eu, tu e ele iremos ao cinema hoje.</p><p>2ª e 3ª pessoas – verbo pode ficar na 2ª ou 3ª pessoa</p><p>Tu e ele ireis/irão ao cinema hoje?</p><p>• Constituído por núcleos ligados por ou – verbo no singular, dando ideia de</p><p>exclusão, ou plural com ideia de inclusão:</p><p>Um ou outro será escolhido como representante da comissão.</p><p>Matemática ou Física são disciplinas muito importantes.</p><p>Constituído por núcleos ligados por com – verbo no plural</p><p>A mulher com o esposo farão uma viagem para a França.</p><p>• Constituído por expressões um ou outro, nem um nem outro – verbo no</p><p>singular:</p><p>Nem um nem outro rapaz permaneceu naquele cargo.</p><p>• Constituído por expressões um e outro – verbo no singular ou plural:</p><p>Um e outro trouxe/trouxeram uma colaboração para a campanha.</p><p>• Constituído por uma sequência de palavras seguido de aposto resumidor –</p><p>verbo concorda com o aposto.</p><p>Viagens, passeios, noitadas, tudo isso não o satisfazia mais.</p><p>Concordância do verbo ser</p><p>Em geral, o verbo ser, como verbo de ligação, concorda com o sujeito:</p><p>Minha vida é um mar de rosas.</p><p>Porém, há casos em que ele pode concordar com o predicativo. Veja esses casos:</p><p>• Se o sujeito for constituído pelos pronomes tudo, isso, isto ou aquilo +</p><p>predicativo no plural – verbo concorda com o predicativo</p><p>Tudo eram bobagens para a moça.</p><p>Aquilo eram bobagens de criança.</p><p>Se o sujeito se referir a coisas ou objetos – verbo concorda, de preferência,</p><p>com o predicativo:</p><p>T11</p><p>149As relações de concordância</p><p>A cama eram algumas tábuas muito finas.</p><p>• Se o sujeito for expresso por pronomes retos – verbo concorda com o</p><p>pronome:</p><p>O responsável por tudo sou eu.</p><p>• Se o verbo ser indicar quantidade – concordância com o predicativo:</p><p>Quinhentos reais é muito por essa camisa.</p><p>• Se o verbo ser indicar horas, datas e distâncias – concorda com o numeral</p><p>É meio-dia e meia agora.</p><p>Hoje são dois de agosto.</p><p>Obs.: Nesse último caso, admite-se também o singular, pois a concordância</p><p>pode ser feita com o termo dia que está subentendido:</p><p>Hoje é (dia) dois de agosto.</p><p>Casos especiais de concordância</p><p>• Verbo haver:</p><p>a) – com sentido de existir é impessoal, portanto fica na 3ª pessoa do singular:</p><p>Havia vinte pessoas na sala.</p><p>Obs.: em locuções verbais, transmite sua impessoalidade para o verbo auxiliar:</p><p>Deve haver vinte pessoas naquela sala.</p><p>b) indicando tempo decorrido também é impessoal:</p><p>Há meses partiu para bem longe.</p><p>• O verbo fazer, expressando tempo decorrido, é impessoal e fica na 3ª pessoa</p><p>do singular:</p><p>Faz dez anos que não o vejo.</p><p>• Bater, soar, dar indicando horas – concordam com o numeral:</p><p>São duas horas.</p><p>Bateram duas horas no relógio da matriz.</p><p>• Na voz passiva pronominal (ou sintética) – verbo concorda com o sujeito:</p><p>T11</p><p>150 As relações de concordância</p><p>Conserta-se relógio de pulso.</p><p>Forram-se botões.</p><p>Quer saber mais sobre o assunto?</p><p>Então:</p><p>Sites</p><p>Leia o artigo Concordância Verbal com Construções Partitivas – uma Proposta de</p><p>Análise, de Érica dos Santos Rodrigues.</p><p>Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistaveredas/files/2011/05/ARTIGO-71.pdf>.</p><p>Acesso em: 02/01/2014.</p><p>Leia também o artigo Norma, Variação</p><p>e Ensino: a Concordância Verbal, de Edila</p><p>Vianna Silva.</p><p>Disponível em: <http://www.uff.br/cadernosdeletrasuff/34/artigo2.pdf>. Acesso em:</p><p>02/01/2014.</p><p>Acesse ao site de Radamés Manosso.</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 02/01/2014.</p><p>São discutidas as noções de sintaxe, sob o enfoque da gramática descritiva.</p><p>Consulte a Moderna gramática portuguesa, de Evanildo Bechara. Na parte II, item C,</p><p>encontram-se considerações mais aprofundadas sobre sintaxe.</p><p>Consulte o capítulo Sintaxe de Concordância, na Novíssima gramática da língua</p><p>portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla. São Paulo: Companhia Editora Nacional,</p><p>2008.</p><p>Consulte o capítulo Sintaxe de Concordância, na Gramática da língua portuguesa</p><p>para concursos, vestibulares, ENEM, colégios técnicos e militares... .São Paulo:</p><p>Saraiva, 2009.</p><p>ACOMPANHE NA WEB</p><p>T11</p><p>151As relações de concordância</p><p>Instruções:</p><p>Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das</p><p>questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo</p><p>para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se</p><p>para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-</p><p>se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.</p><p>Questão 1:</p><p>As frases a seguir apresentam erros de concordância. Corrija esses erros tomando</p><p>como base as regras da norma padrão da língua portuguesa.</p><p>a) Vossa Excelência pareceis não se importar com o caso.</p><p>b) Eram zero hora em Brasília.</p><p>c) 50% dos candidatos não obteve aprovação no concurso.</p><p>d) Fomos nós que obteve uma boa colocação nas ultimas eleições.</p><p>Questão 2:</p><p>Substitua os temos em destaque pelo indicado entre parênteses e refaça, se</p><p>necessário, a concordância.</p><p>a) Quase todos os componentes do grupo pretendem terminar o trabalho hoje.</p><p>(Grande parte de)</p><p>b) Muitos pássaros raros voaram para a mata. (Uma porção de)</p><p>Questão 3:</p><p>Observe este anúncio um tanto estranho:</p><p>AGORA É A SUA VEZ</p><p>T11</p><p>152 As relações de concordância</p><p>Pela leitura do cartaz, percebe-se que a intenção do seu autor foi anunciar</p><p>apartamentos e quartos para alugar, possivelmente em três línguas diferentes.</p><p>E, além disso, ele teve a intenção de obedecer ao padrão formal de linguagem.</p><p>Justifique essa afirmação.</p><p>Questão 4:</p><p>Nas duas frases a seguir, a concordância verbal obedece aos padrões da norma</p><p>culta. Observe:</p><p>I. Palmeiras ou Corinthians vencerá o campeonato paulista.</p><p>II. O pai ou a mãe devem educar seus filhos.</p><p>Explique por que o sujeito composto formado por núcleos unidos pela palavra ou</p><p>apresentam em I verbo no singular e em II, no plural.</p><p>Questão 5:</p><p>Complete essas frases com a forma adequada do verbo ser no presente do indicativo:</p><p>a) Mariana _______ as alegrias dos avós.</p><p>b) O responsável pelo evento _____ vós.</p><p>c) Hoje _______ 25 de outubro.</p><p>d) De sua casa até aqui ________ cinco quilômetros.</p><p>Questão 6:</p><p>Assinale a alternativa que há frase inteiramente de acordo com as normas gramaticais</p><p>do padrão culto.</p><p>a) Antigamente haviam três árvores naquela quadra.</p><p>b) Já fazem muitos anos que ele mudou daqui.</p><p>c) O advogado declarou que não existiam provas contra seu cliente.</p><p>d) Já deu cinco horas no relógio da sala de jantar.</p><p>e) Naquela fábrica, contrata-se operários com pouca experiência.</p><p>Questão 7:</p><p>Assinale a alternativa em que o verbo entre parênteses deverá ser utilizado</p><p>exclusivamente no singular para preencher a lacuna.</p><p>a) A maioria dos turistas _____________ na praia durante o domingo. (permanecer)</p><p>T11</p><p>153As relações de concordância</p><p>b) Mais de um político ___________ depois da reunião com os líderes internacionais.</p><p>(abraçar)</p><p>c) Minas Gerais __________muita soja no cerrado. (produzir)</p><p>d) Alguns de vós __________ para a Europa conosco. (viajar)</p><p>e) O rapaz com sua namorada ____________ no teatro para assistir ao espetáculo</p><p>de dança. (entrar)</p><p>Questão 8:</p><p>Identifique a alternativa que completa corretamente a frase:</p><p>Quando se _________ de compras desses produtos, não __________haver tantos</p><p>impedimentos vindos de alguém que ______ dias que não _______ aqui.</p><p>a) tratam – deve – fazem – veem</p><p>b) trata – deve – faz – vem</p><p>c) tratam – devem – faz – vem</p><p>d) trata – devem – fazem – veem</p><p>e) tratam – devem – fazem - vem</p><p>Questão 9:</p><p>Assinale a concordância verbal incorreta.</p><p>a) Durante a estada do ditador nos Estados Unidos, mais de um manifestante quis</p><p>tirar-lhe a vida.</p><p>b) Sempre soube que daquele relacionamento ainda resta muitas coisas a resolver.</p><p>c) Com o aumento de tantos golpes, ali naquela empresa exigiam-se referências</p><p>para o cargo.</p><p>d) O pai ou o filho ficará no lugar do avô na direção da indústria.</p><p>e) Muito fez pela recuperação do paciente o médico e a enfermeira.</p><p>Questão 10:</p><p>Assinale a alternativa cuja sequência enumera corretamente as frases:</p><p>(1) concordância verbal correta</p><p>(2) concordância verbal incorreta</p><p>T11</p><p>154 As relações de concordância</p><p>( ) Viajareis de férias com meus pais ele, sua mãe e eu.</p><p>( ) Perto de cem pessoas invadiram o gramado daquele estádio</p><p>( ) Vão fazer dez anos desde que nos mudamos para a Flórida.</p><p>( ) Os Estados Unidos representa uma grande ajuda aos países em desenvolvimento.</p><p>( ) Qual de nós chegaremos mais cedo para ajudá-lo?</p><p>a) 2, 2, 2, 1, 1</p><p>b) 2, 1, 2, 1, 1</p><p>c) 2, 1, 2, 1, 2</p><p>T11</p><p>155As relações de concordância</p><p>Neste tema você viu que a relação de concordância constitui um dos aspectos</p><p>fundamentais da estrutura sintática da língua portuguesa e, nesse sentido, a</p><p>concordância é um princípio sintático em que as palavras determinantes se ajustam às</p><p>palavras das quais dependem. Portanto, apreender as regras básicas de concordância</p><p>e saber aplicá-las faz-se necessário a todos que desejam utilizar o padrão formal</p><p>da língua portuguesa. Viu também que gramática da língua portuguesa divide esse</p><p>estudo em duas partes: concordância nominal e concordância verbal e esta trata da</p><p>relação estabelecida de palavra para palavra ou de palavra para sentido.</p><p>Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de</p><p>acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!</p><p>FINALIZANDO</p><p>T11</p><p>156 As relações de concordância</p><p>T11</p><p>157As relações de concordância</p><p>AGUIAR NETA, M. do C. M.; MELO, M. de F. B. Coordenação e subordinação no</p><p>português do Brasil: da visão tradicional à abordagem lingüística. In: ENCONTRO</p><p>DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA, 11., 2009, João Pessoa. Anais... João Pessoa, 2009.</p><p>Disponível em: <http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/monitoriapet/</p><p>ANAIS/Area4/4CCHLADLCVMT01.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ALMEIDA, N. T. Gramática da língua portuguesa para concursos, vestibulares,</p><p>Enem, colégios técnicos e militares... São Paulo: Saraiva, 2009.</p><p>BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.</p><p>CAVALCANTE, M. M. Facultatividade e omissão de complementos verbais. Revista de</p><p>Letras, Ceará, v.19, n. ½, jan./dez. 1997. Disponível em: <http://www.revistadeletras.</p><p>ufc.br/rl19Art02.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>CEGALLA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Companhia</p><p>Editora Nacional, 2008.</p><p>CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Gramática reflexiva. São Paulo: Atual, 2009.</p><p>Volume único.</p><p>COMPANI, D. A frase fragmentada como recurso estilístico. Entrelinhas. Rio Grande</p><p>do Sul, ano II, n. 1, jan./abr. 2005. Disponível em: <http://www.entrelinhas.unisinos.</p><p>br/index.php?e=1&s=9&a=4> Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>FARIAS, C. A. de. A multifuncionalidade do aposto em textos jornalísticos de</p><p>divulgação científica e em artigos científicos. Dissertação (Mestrado em Estudos</p><p>Linguísticos)– Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, 2011. Disponível em:</p><p><http://nou-rau.uem.br/nou-rau/document/?code=vtls000184614>. Acesso em: 2</p><p>jan. 2014.</p><p>HENRIQUES. C. C. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro:</p><p>Campus/Elsevier, 2011.</p><p>HOUAISS A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. abr. 2007.</p><p>IGNÁCIO, S. E. Tipologia</p><p>dos complementos verbais do português contemporâneo.</p><p>Disponível em: <http://seer.fclar.unesp.br/alfa/article/view/3755/3478>. Acesso em:</p><p>2 jan. 2014.</p><p>LEFFA, V. J. Análise sintática; ensinando o que não se sabe para quem já sabe? In:</p><p>FORTKAMP,M. B. M.; TOMITCH, L. M. B. (Org.). Aspectos da lingüística aplicada:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>T11</p><p>158 As relações de concordância</p><p>estudos em homenagem ao Professor Hilário Inácio Bohn. Florianópolis: Insular,</p><p>2000. p. 203-228. Disponível em: <http://www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/</p><p>segmenta.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MACEDO, W. Elementos para uma estrutura da língua portuguesa. Rio de Janeiro:</p><p>Presença, 1987.</p><p>MANOSSO, R. Aspectos de gramática descritiva da língua portuguesa brasileira.</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MEIRA, A. C. G. A. de. As orações e as relações de interdependência. Ícone – Revista</p><p>de Letras, São Luís de Montes Belos, GO, v. 2, p. 43-53, jul. 2008.</p><p>OLIVEIRA, M. R. de. Língua portuguesa IV. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009. Disponível</p><p>em: <http://www.videoaulasonline.com.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>PINHO, A. K. A. e. Complemento nominal de substantivo (CN) e adjunto adnominal</p><p>preposicionado (AA): uma análise morfossintática baseada em corpus. Anais do</p><p>SILEL, Uberlândia: EDUFU, v.2, n. 2, 2011. Disponível em: <http://www.ileel.ufu.br/</p><p>anaisdosilel/pt/arquivos/silel2011/577.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ROCHA LIMA, Carlos H. da. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de</p><p>Janeiro: José Olympio, 1994.</p><p>RODRIGUES, E. dos S. Concordância verbal com construções partitivas: uma</p><p>proposta de análise. Veredas online – atemática, Juiz de Fora, MG, n.1, p. 93-107,</p><p>2011. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistaveredas/files/2011/05/ARTIGO-71.</p><p>pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>SILVA, E. V. Norma, variação e ensino: a concordância verbal. Caderno de Letras</p><p>da UFF. Dossiê: literatura, língua e identidade, n. 34, p. 31-41, 2008. Disponível em:</p><p><http://www.uff.br/cadernosdeletrasuff/34/artigo2.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>STEFANELLO, A. B.; BASIM, N. T. R. O ensino de orações coordenadas: proposta</p><p>interativa da linguagem. Disc. Scientia. Santa Maria, RS, v. 9, n. 1, p. 135-153, 2008.</p><p>Tema 12</p><p>As relações de regência</p><p>Você já está ciente de que a relação de interdependência que se estabelece</p><p>entre as palavras, quando elas são selecionadas e combinadas para formar as frases,</p><p>denomina-se regência. E também que a regência sempre estabelece uma relação</p><p>entre o termo regente e o termo regido. Com base nesses conhecimentos, você</p><p>ainda pode se perguntar: mas por que é importante esse tipo de conhecimento</p><p>para minha vida prática? O que pode ser usado como justificativa é que as relações</p><p>de regência são responsáveis, juntamente com outros princípios, pela organização</p><p>lógico-sintática dos enunciados linguísticos da língua portuguesa. Como há certos</p><p>verbos que admitem mais de uma regência, daí a necessidade de conhecer os casos</p><p>que comumente oferecem dúvidas.</p><p>Geralmente a diversidade de regência corresponde a uma diversidade de</p><p>significados do verbo, no caso da regência verbal. Por exemplo, o verbo agradar,</p><p>no sentido de “acariciar”, é transitivo direto, enquanto no sentido de “satisfazer,</p><p>contentar” é transitivo indireto. Observe:</p><p>A mãe, comovida, agradava o filho choroso.</p><p>VTD OD</p><p>Suas palavras agradaram ao público.</p><p>VTD OI</p><p>Para que você compreenda melhor o que está sendo exposto, observe o quadro</p><p>com alguns verbos cuja regência costuma suscitar dúvidas:</p><p>POR DENTRO DO TEMA</p><p>T12</p><p>160 As relações de regência</p><p>aspirar</p><p>VTD</p><p>VTI</p><p>sorver, respirar</p><p>pretender, desejar</p><p>Os atletas aspiravam o ar das</p><p>montanhas.</p><p>O vereador aspirava a um alto cargo.</p><p>assistir</p><p>VTI</p><p>VTD</p><p>VI</p><p>ver, presenciar</p><p>prestar assistência</p><p>morar, residir</p><p>Ontem assisti a um filme iraniano.</p><p>O médico assiste o doente.</p><p>Minha comadre assiste em Santos.</p><p>atender VTD</p><p>VTI</p><p>acolher com atenção,</p><p>acatar</p><p>dar atenção</p><p>A balconista atendeu o cliente.</p><p>Ele não atendeu ao meu pedido</p><p>chamar</p><p>VTD</p><p>VTI</p><p>VTD ou VTI</p><p>convocar, fazer vir</p><p>invocar (prep. por)</p><p>cognominar, qualificar,</p><p>denominar +</p><p>predicativo</p><p>do objeto</p><p>Chamem a polícia!</p><p>O pai chama desesperadamente pela</p><p>filha.</p><p>Chamava-o irresponsável.</p><p>Chamava-o de irresponsável.</p><p>Chamava-lhe irresponsável.</p><p>Chamava-lhe de irresponsável.</p><p>chegar e ir VI</p><p>(exigem a preposição</p><p>“a” quando indicam</p><p>lugar)</p><p>Cheguei ao cinema vinte minutos</p><p>atrasado.</p><p>Vou ao cinema duas vezes por semana.</p><p>custar</p><p>VTD</p><p>VTI</p><p>valer</p><p>ser difícil (conjugado</p><p>como verbo reflexivo</p><p>na 3ª p. do singular)</p><p>A blusa custou noventa reais.</p><p>Custou-me muito esquecê-lo.</p><p>esquecer</p><p>ou lembrar</p><p>VTD</p><p>VTI</p><p>VTI</p><p>(quando não</p><p>pronominais)</p><p>(quando pronominais,</p><p>exigem a prep. “de”)</p><p>cair no esquecimento/</p><p>vir à lembrança</p><p>Esqueci o nome dele, mas lembrei o</p><p>dela.</p><p>Esqueci-me dele, mas lembrei-me dela.</p><p>Esqueceram-me as chaves em casa.</p><p>Lembrei-me aqueles dias maravilhosos</p><p>informar</p><p>VTD</p><p>VTDI</p><p>dar notícias, esclarecer</p><p>(mesmo significado)</p><p>Os jornais informaram o público.</p><p>A secretária informou a nota ao aluno.</p><p>implicar</p><p>VTD</p><p>VTI</p><p>VTDI</p><p>causar, envolver</p><p>antipatizar</p><p>embaraçar</p><p>Seu ato implica consequências.</p><p>O menino implicou com a irmã.</p><p>O rapaz implicou-o no caso.</p><p>VERBO CLASSIFICAÇÃO SIGNIFICADO EXEMPLO</p><p>T12</p><p>161As relações de regência</p><p>morar e</p><p>residir</p><p>VI</p><p>(exigem adjunto</p><p>adverbial com a prep.</p><p>“em”</p><p>Moro em São Paulo.</p><p>Resido em Jundiaí.</p><p>obedecer e</p><p>desobedecer</p><p>VTI</p><p>(exigem a preposição</p><p>“a”)</p><p>O rapaz obedece ao regulamento.</p><p>Felipe desobedeceu às regras.</p><p>pagar e</p><p>perdoar</p><p>VTD</p><p>VTI</p><p>VTDI</p><p>(quando o objeto é</p><p>coisa)</p><p>(quando o objeto é</p><p>pessoa)</p><p>Paguei a conta.</p><p>Perdoei aos inimigos.</p><p>Paguei a conta ao feirante.</p><p>Perdoei a ofensa ao menino.</p><p>preferir</p><p>VTDI</p><p>VTD</p><p>querer antes, escolher</p><p>entre duas ou várias</p><p>coisas.</p><p>dar primazia a,</p><p>determinar-se por</p><p>Prefiro o amor à guerra.</p><p>Preferimos a alegria, não aceitamos</p><p>a dor.</p><p>precisar</p><p>VTD</p><p>VTI</p><p>indicar com certeza</p><p>ter necessidade</p><p>Ele precisou a hora de sua saída.</p><p>Ele precisa de sua ajuda.</p><p>querer</p><p>VTD</p><p>VTI</p><p>desejar</p><p>estimar, querer bem</p><p>(exige a prep. “a”)</p><p>Ela queria muito esse vestido.</p><p>Eu quero muito a meus amigos.</p><p>simpatizar e</p><p>antipatizar</p><p>VTI</p><p>(exige a preposição</p><p>“com”; não são</p><p>pronominais)</p><p>Simpatizava com a ideia.</p><p>Sempre antipatizei com ela.</p><p>visar</p><p>VTD</p><p>VTI</p><p>mirar, pôr visto</p><p>ter em vista,</p><p>pretender (exige a</p><p>prep. “a”)</p><p>Visou o alvo e atirou.</p><p>O fiscal visava os passaportes.</p><p>Ele sempre visou a uma posição de</p><p>destaque.</p><p>Obs.: Não se deve misturar verbos cujas regências são diferentes. Veja o que</p><p>comumente costuma ser feito nesse sentido:</p><p>Ele procurou e pediu à moça um favor.</p><p>Nesse caso, a construção deveria ser a seguinte:</p><p>Ele procurou a moça e pediu-lhe um favor.</p><p>A seguir, apresenta-se um quadro com uma relação de nomes com suas</p><p>regências mais comuns.</p><p>T12</p><p>162 As relações de regência</p><p>REGÊNCIA DE ALGUNS NOMES</p><p>a</p><p>Acessível, adequado, alheio, análogo, apto, avesso, benéfico, cego,conforme,</p><p>contíguo, desatento, desfavorável, desleal, equivalente, fiel, grato, guerra, hostil,</p><p>idêntico, inacessível, inerente, indiferente, infiel, insensível, nocivo, obediente,</p><p>odioso, oposto, peculiar, pernicioso, próximo (de), superior, surdo (de),visível.</p><p>de</p><p>amante, amigo, ansioso, ávido, capaz, cobiçoso, comum, contemporâneo,</p><p>curioso, devoto, diferente, digno, dessemelhante, dotado, duro, estreito, fértil,</p><p>fraco, incerto, indigno, inocente, menor, natural, nobre, orgulhoso, pálido, passível,</p><p>pobre, pródigo (em), temeroso, vazio, vizinho.</p><p>com</p><p>afável, amoroso, aparentado, compatível, conforme, cruel, cuidadoso, descontente,</p><p>furioso (de), inconsequente, ingrato, intolerante, liberal, misericordioso, orgulhoso,</p><p>parecido (a), rente (a, de).</p><p>contra desrespeitoso, manifestação, queixa.</p><p>em</p><p>constante, cúmplice, diligente, entendido, erudito, exato, fecundo, fértil, fraco,</p><p>forte, hábil, impossibilidade (de), incansável, incerto, inconstante, indeciso, lento,</p><p>morador, parco (de),</p><p>perito, prático, sábio, sito, último (de, a), único.</p><p>entre convênio, união.</p><p>para apto, bom, diligente, essencial, idôneo, incapaz, inútil, odioso, pronto.</p><p>para com afável, amoroso, capaz, cruel, intolerante, orgulhoso.</p><p>por ansioso, querido (de), responsável, respeito (a,de).</p><p>sobre dúvida, influência, triunfo.</p><p>ACOMPANHE NA WEB</p><p>Quer saber mais sobre o assunto?</p><p>Então:</p><p>Sites</p><p>Acesse ao site de Radamés Manosso.</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 02/01/2014.</p><p>São discutidas as noções de sintaxe, sob o enfoque da gramática descritiva.</p><p>T12</p><p>163As relações de regência</p><p>Consulte a Moderna gramática portuguesa, de Evanildo Bechara. Na parte II, item C,</p><p>encontram-se considerações mais aprofundadas sobre sintaxe.</p><p>Consulte o capítulo Sintaxe de Regência, na Novíssima gramática da língua</p><p>portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla. São Paulo: Companhia Editora Nacional,</p><p>2008.</p><p>Consulte o capítulo Sintaxe de Concordância, na Gramática da língua portuguesa</p><p>para concursos, vestibulares, Enem, colégios técnicos e militares... São Paulo: Saraiva,</p><p>2009.</p><p>Instruções:</p><p>Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das</p><p>questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo</p><p>para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se</p><p>para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-</p><p>se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.</p><p>Questão 1:</p><p>Reescreva a frase seguinte, utilizando as duas outras regências possíveis do verbo</p><p>lembrar:</p><p>Lembrei-me o dia de seu aniversário</p><p>Questão 2:</p><p>Indique os sentidos e regências dos verbos destacados nas seguintes frases.</p><p>a) A mulher queria muito bem aos filhos.</p><p>b) As medidas tomadas pela diretoria não agradaram aos funcionários.</p><p>c) Custa-me crer que ele tenha tomado uma atitude dessas.</p><p>d) A mulher atendeu prontamente ao pedido do marido.</p><p>e) Hoje, aquele jovem rapaz assiste em uma cidade do interior.</p><p>AGORA É A SUA VEZ</p><p>T12</p><p>164 As relações de regência</p><p>Questão 3:</p><p>Complete as frases com os verbos entre parênteses, adequadamente regidos.</p><p>a) O trem ____________ estação com três horas de atraso. (chegar)</p><p>b) Ontem Fernanda_________________ avisar sobre a comemoração do meu</p><p>aniversário. (esquecer-se)</p><p>c) Você sempre ____________ ordens que o seu chefe lhe dá.(desobedecer)</p><p>d) O garoto não _________________ local onde havia perdido o brinquedo.</p><p>(precisar)</p><p>e) Aquelas senhoras ______________ crianças desamparadas. (assistir)</p><p>Questão 4:</p><p>Leia esta frase:</p><p>Ele não compareceu à festa porque não lhe informaram de que poderia levar a</p><p>namorada com ele.</p><p>Afirma-se que, nessa frase, a regência do verbo “informar” contraria os padrões da</p><p>norma culta. Justifique por quê.</p><p>Questão 5:</p><p>Assinale a alternativa em que o verbo visar foi empregado incorretamente.</p><p>a) A campanha daquela igreja visava à obtenção de alimentos para serem</p><p>distribuídos por ocasião do Natal.</p><p>b) O chefe daquele departamento visava à nomeação de mais dois funcionários</p><p>para o departamento de recursos humanos.</p><p>c) Sempre que podia, o professor visava as provas de seus alunos.</p><p>d) Com os recursos obtidos, ele visava à viagem ao exterior.</p><p>e) Durante a competição, o atirador visou ao alvo e atirou.</p><p>Questão 6:</p><p>Identifique a frase em que o verbo destacado está com regência incorreta:</p><p>a) Durante a reunião, informei-o de que deveríamos permanecer em nossos postos</p><p>até segunda ordem.</p><p>b) O amigo pagou-lhe as dívidas, mas não o perdoou por causa das muitas ofensas.</p><p>T12</p><p>165As relações de regência</p><p>c) Ele ficou ciente de que prefiro fazer coisas úteis a permanecer no ócio.</p><p>d) Esquece-se, por causa dos muitos compromissos, de que teria que sair para</p><p>comprar café.</p><p>e) Sempre soube que o cargo a que aspiramos é muito visado por todos.</p><p>Questão 7:</p><p>Observe, nos períodos abaixo, a regência de alguns verbos e nomes:</p><p>I. A moça disse que prefere mais viajar do que fazer compras.</p><p>II. Ele me disse que minha atitude tinha sido incompatível com meu temperamento.</p><p>III. A moça contemplava o lago e parecia alheia com tudo.</p><p>IV. O funcionário considerava difícil visar tantos documentos em um só dia.</p><p>V. Eu custo muito a entender esse exercício.</p><p>Assinale a sequência que corresponde aos períodos incorretos:</p><p>a) I, IV e V</p><p>b) II, IV e V</p><p>c) I, III e V</p><p>d) II e V</p><p>e) II, III e V</p><p>Questão 8:</p><p>Escolha a alternativa que preencha corretamente as lacunas das frases a seguir:</p><p>I. O supermercado ____________ chegamos estava lotado.</p><p>II. Ele é um rapaz ___________ devemos perdoar.</p><p>III. Esse é um espetáculo ____________ abertura assistimos entusiasmados</p><p>IV. A posição ______________ ele aspira é muito vantajosa.</p><p>V. O bairro _________ ruas caminho todos os dias é muito iluminado.</p><p>a) em que – o qual – cuja – que - cujas</p><p>b) a que – o qual – em cuja – a que – cujas</p><p>T12</p><p>166 As relações de regência</p><p>c) a que – a quem – a cuja – que – em cujas</p><p>d) a que – a quem – a cuja – à qual – por cujas</p><p>e) em que – o qual – em cuja – a que – por cujas.</p><p>Questão 9:</p><p>Assinale a alternativa que indica, dentre as frases abaixo, as com erro de regência</p><p>nominal:</p><p>1. Fernando sempre foi uma pessoa alheia a tudo ao se redor.</p><p>2. Este sentimento de inadequação era comum de todos os componentes do</p><p>grupo.</p><p>3.Tal forma, embora muito usada entre nós, é absolutamente avessa à língua</p><p>portuguesa.</p><p>4. O animal estava ávido a matar a presa.</p><p>5.Sua insatisfação era visível por todos os que estavam ali.</p><p>a) 2 - 4</p><p>b) 1 - 3</p><p>c) 1 - 4</p><p>d) 4 - 5</p><p>e) 2 - 5</p><p>T12</p><p>167As relações de regência</p><p>Neste tema você viu que a relação de dependência que ocorre entre os termos</p><p>da oração e seus complementos denomina-se regência, princípio que ocorre</p><p>quando determinados verbos ou nomes exigem um complemento. Viu também</p><p>que o termo que exige complemento é denominado termo regente e o que lhe</p><p>completa o sentido é chamado termo regido. Por fim, compreendeu que as relações</p><p>de regência também são divididas em dois tipos: regência verbal e regência nominal</p><p>e que, para que se utilize a língua portuguesa no padrão formal, é preciso conhecer</p><p>os casos de regência que comumente oferecem dúvidas.</p><p>Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de</p><p>acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!</p><p>FINALIZANDO</p><p>T12</p><p>168 As relações de regência</p><p>T12</p><p>169As relações de regência</p><p>AGUIAR NETA, M. do C. M.; MELO, M. de F. B. Coordenação e subordinação no</p><p>português do Brasil: da visão tradicional à abordagem lingüística. In: ENCONTRO</p><p>DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA, 11., 2009, João Pessoa. Anais... João Pessoa,</p><p>2009. Disponível em: <http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/</p><p>monitoriapet/ANAIS/Area4/4CCHLADLCVMT01.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ALMEIDA, N. T. Gramática da língua portuguesa para concursos, vestibulares,</p><p>Enem, colégios técnicos e militares... São Paulo: Saraiva, 2009.</p><p>BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,</p><p>2009.</p><p>CAVALCANTE, M. M. Facultatividade e omissão de complementos verbais.</p><p>Revista de Letras, Ceará, v.19, n. ½, jan./dez. 1997. Disponível em: <http://www.</p><p>revistadeletras.ufc.br/rl19Art02.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>CEGALLA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Companhia</p><p>Editora Nacional, 2008.</p><p>CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Gramática reflexiva. São Paulo: Atual, 2009.</p><p>Volume único.</p><p>COMPANI, D. A frase fragmentada como recurso estilístico. Entrelinhas. Rio</p><p>Grande do Sul, ano II, n. 1, jan./abr. 2005. Disponível em: <http://www.entrelinhas.</p><p>unisinos.br/index.php?e=1&s=9&a=4> Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>FARIAS, C. A. de. A multifuncionalidade do aposto em textos jornalísticos de</p><p>divulgação científica e em artigos científicos. Dissertação (Mestrado em Estudos</p><p>Linguísticos)– Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, 2011. Disponível em:</p><p><http://nou-rau.uem.br/nou-rau/document/?code=vtls000184614>. Acesso em:</p><p>2 jan. 2014.</p><p>HENRIQUES. C. C. Sintaxe: estudos descritivos</p><p>da frase para o texto. Rio de Janeiro:</p><p>Campus/Elsevier, 2011.</p><p>HOUAISS A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. abr. 2007.</p><p>IGNÁCIO, S. E. Tipologia dos complementos verbais do português contemporâneo.</p><p>Disponível em: <http://seer.fclar.unesp.br/alfa/article/view/3755/3478>. Acesso</p><p>em: 2 jan. 2014.</p><p>LEFFA, V. J. Análise sintática; ensinando o que não se sabe para quem já sabe? In:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>T12</p><p>170 As relações de regência</p><p>FORTKAMP,M. B. M.; TOMITCH, L. M. B. (Org.). Aspectos da lingüística aplicada:</p><p>estudos em homenagem ao Professor Hilário Inácio Bohn. Florianópolis: Insular,</p><p>2000. p. 203-228. Disponível em: <http://www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/</p><p>segmenta.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MACEDO, W. Elementos para uma estrutura da língua portuguesa. Rio de Janeiro:</p><p>Presença, 1987.</p><p>MANOSSO, R. Aspectos de gramática descritiva da língua portuguesa brasileira.</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MEIRA, A. C. G. A. de. As orações e as relações de interdependência. Ícone –</p><p>Revista de Letras, São Luís de Montes Belos, GO, v. 2, p. 43-53, jul. 2008.</p><p>OLIVEIRA, M. R. de. Língua portuguesa IV. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009.</p><p>Disponível em: <http://www.videoaulasonline.com.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>PINHO, A. K. A. e. Complemento nominal de substantivo (CN) e adjunto adnominal</p><p>preposicionado (AA): uma análise morfossintática baseada em corpus. Anais do</p><p>SILEL, Uberlândia: EDUFU, v.2, n. 2, 2011. Disponível em: <http://www.ileel.ufu.br/</p><p>anaisdosilel/pt/arquivos/silel2011/577.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ROCHA LIMA, Carlos H. da. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de</p><p>Janeiro: José Olympio, 1994.</p><p>RODRIGUES, E. dos S. Concordância verbal com construções partitivas: uma</p><p>proposta de análise. Veredas online – atemática, Juiz de Fora, MG, n.1, p. 93-107,</p><p>2011. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistaveredas/files/2011/05/ARTIGO-71.</p><p>pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>SILVA, E. V. Norma, variação e ensino: a concordância verbal. Caderno de Letras</p><p>da UFF. Dossiê: literatura, língua e identidade, n. 34, p. 31-41, 2008. Disponível em:</p><p><http://www.uff.br/cadernosdeletrasuff/34/artigo2.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>STEFANELLO, A. B.; BASIM, N. T. R. O ensino de orações coordenadas: proposta</p><p>interativa da linguagem. Disc. Scientia. Santa Maria, RS, v. 9, n. 1, p. 135-153, 2008.</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>U</p><p>N</p><p>O</p><p>PA</p><p>R</p><p>SIN</p><p>TA</p><p>X</p><p>E</p><p>Sintaxe</p><p>caso contrário correse o risco de que a mensagem</p><p>seja perdida. Viu também que para atingir essa sintonia é importante que se utilize de</p><p>maneira adequada os elementos estruturais das frases para que a comunicação flua</p><p>clara e coerente. Para que isso aconteça, é preciso compreender a correlação existente</p><p>entre os termos que constituem as orações. O domínio desse processo proporciona a</p><p>adequação sintática que, por sua vez, permite atingir a adequação semântica.</p><p>Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de</p><p>acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!</p><p>FINALIZANDO</p><p>Adequação sintática & adequação semântica</p><p>T1</p><p>16</p><p>Adequação sintática & adequação semântica</p><p>T1</p><p>17</p><p>AGUIAR NETA, M. do C. M.; MELO, M. de F. B. Coordenação e subordinação no</p><p>português do Brasil: da visão tradicional à abordagem lingüística. In: ENCONTRO</p><p>DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA, 11., 2009, João Pessoa. Anais... João Pessoa,</p><p>2009. Disponível em: <http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/</p><p>monitoriapet/ANAIS/Area4/4CCHLADLCVMT01.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ALMEIDA, N. T. Gramática da língua portuguesa para concursos, vestibulares,</p><p>Enem, colégios técnicos e militares... São Paulo: Saraiva, 2009.</p><p>BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,</p><p>2009.</p><p>CAVALCANTE, M. M. Facultatividade e omissão de complementos verbais.</p><p>Revista de Letras, Ceará, v.19, n. ½, jan./dez. 1997. Disponível em: <http://www.</p><p>revistadeletras.ufc.br/rl19Art02.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>CEGALLA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Companhia</p><p>Editora Nacional, 2008.</p><p>CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Gramática reflexiva. São Paulo: Atual, 2009.</p><p>Volume único.</p><p>COMPANI, D. A frase fragmentada como recurso estilístico. Entrelinhas. Rio</p><p>Grande do Sul, ano II, n. 1, jan./abr. 2005. Disponível em: <http://www.entrelinhas.</p><p>unisinos.br/index.php?e=1&s=9&a=4> Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>FARIAS, C. A. de. A multifuncionalidade do aposto em textos jornalísticos de</p><p>divulgação científica e em artigos científicos. Dissertação (Mestrado em Estudos</p><p>Linguísticos)– Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, 2011. Disponível em:</p><p><http://nou-rau.uem.br/nou-rau/document/?code=vtls000184614>. Acesso em:</p><p>2 jan. 2014.</p><p>HENRIQUES. C. C. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro:</p><p>Campus/Elsevier, 2011.</p><p>HOUAISS A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. abr. 2007.</p><p>IGNÁCIO, S. E. Tipologia dos complementos verbais do português contemporâneo.</p><p>Disponível em: <http://seer.fclar.unesp.br/alfa/article/view/3755/3478>. Acesso</p><p>em: 2 jan. 2014.</p><p>LEFFA, V. J. Análise sintática; ensinando o que não se sabe para quem já sabe? In:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>T1</p><p>18 Adequação sintática & adequação semântica</p><p>FORTKAMP,M. B. M.; TOMITCH, L. M. B. (Org.). Aspectos da lingüística aplicada:</p><p>estudos em homenagem ao Professor Hilário Inácio Bohn. Florianópolis: Insular,</p><p>2000. p. 203-228. Disponível em: <http://www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/</p><p>segmenta.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MACEDO, W. Elementos para uma estrutura da língua portuguesa. Rio de Janeiro:</p><p>Presença, 1987.</p><p>MANOSSO, R. Aspectos de gramática descritiva da língua portuguesa brasileira.</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MEIRA, A. C. G. A. de. As orações e as relações de interdependência. Ícone – Revista</p><p>de Letras, São Luís de Montes Belos, GO, v. 2, p. 43-53, jul. 2008.</p><p>OLIVEIRA, M. R. de. Língua portuguesa IV. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009.</p><p>Disponível em: <http://www.videoaulasonline.com.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>PINHO, A. K. A. e. Complemento nominal de substantivo (CN) e adjunto adnominal</p><p>preposicionado (AA): uma análise morfossintática baseada em corpus. Anais do</p><p>SILEL, Uberlândia: EDUFU, v.2, n. 2, 2011. Disponível em: <http://www.ileel.ufu.br/</p><p>anaisdosilel/pt/arquivos/silel2011/577.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ROCHA LIMA, Carlos H. da. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de</p><p>Janeiro: José Olympio, 1994.</p><p>RODRIGUES, E. dos S. Concordância verbal com construções partitivas: uma</p><p>proposta de análise. Veredas online – atemática, Juiz de Fora, MG, n.1, p. 93-107,</p><p>2011. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistaveredas/files/2011/05/ARTIGO-71.</p><p>pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>SILVA, E. V. Norma, variação e ensino: a concordância verbal. Caderno de Letras</p><p>da UFF. Dossiê: literatura, língua e identidade, n. 34, p. 31-41, 2008. Disponível em:</p><p><http://www.uff.br/cadernosdeletrasuff/34/artigo2.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>STEFANELLO, A. B.; BASIM, N. T. R. O ensino de orações coordenadas: proposta</p><p>interativa da linguagem. Disc. Scientia. Santa Maria, RS, v. 9, n. 1, p. 135-153, 2008.</p><p>Tema 2</p><p>Predicação verbal</p><p>Você já está ciente de que o verbo mantém uma ligação com o sujeito por meio</p><p>das relações de concordância, de regência e de mediação.</p><p>Já entendeu também que a relação de concordância diz respeito à adaptação</p><p>em número e pessoa entre o verbo e o sujeito; que na relação de regência ocorre</p><p>a subordinação entre um verbo e seus complementos ou circunstâncias, visando</p><p>à construção de orações corretas e claras, e que na relação de mediação, o verbo</p><p>pode manter uma marca de ligação entre o sujeito e a qualificação do sujeito e,</p><p>em outro contexto, pode estabelecer a conexão entre sujeito e verbo e verbo e</p><p>complementos ou entre verbos e circunstâncias.</p><p>Esses três pontos foram abordados e exemplificados nas orientações de estudo</p><p>e convém que você os reveja, caso sinta necessidade de esclarecer alguma dúvida.</p><p>Cabe salientar mais uma vez que, neste tema, será dada atenção especial para</p><p>a relação de mediação que o verbo estabelece entre os termos da oração, pois a</p><p>relação de concordância será objeto de estudo do tema 11 e a de concordância do</p><p>tema 12.</p><p>Para entender bem a relação de mediação, é essencial saber analisar os verbos</p><p>quanto à predicação, isto é, classificá-los a partir das relações que ele estabelece na</p><p>oração, tendo em vista a significação que se pretende obter em um determinado</p><p>contexto.</p><p>Em uma oração, o verbo pode ser classificado de duas formas:</p><p>1) verbos significativos – também denominados de nocionais.</p><p>Dentro da oração, os verbos significativos podem apresentar sentido completo</p><p>ou incompleto e, a partir disso, são classificados em intransitivos ou transitivos.</p><p>Os verbos intransitivos (VI) – unem sujeito a uma circunstância.</p><p>Exemplo:</p><p>POR DENTRO DO TEMA</p><p>T2</p><p>20 Predicação verbal</p><p>O assessor do Ministro estava na Europa.</p><p>VI circunstância</p><p>Os verbos transitivos fazem a conexão entre sujeito e o alvo de sua ação e</p><p>subdividem-se em:</p><p>a) transitivo direto (VTD) – não exige preposição na conexão com seu</p><p>complemento (objeto direto - OD).</p><p>Exemplo:</p><p>Os manifestantes aguardavam o pronunciamento do líder.</p><p>VTD objeto direto</p><p>b) transitivo indireto (VTI) – une-se ao seu complemento (objeto indireto - OI)</p><p>por meio de uma preposição</p><p>Exemplo:</p><p>Os garotos necessitavam de atenção.</p><p>VTI objeto indireto</p><p>c) transitivo direto e indireto (VTDI) – exige dois complementos: um sem</p><p>preposição (objeto direto) e outro com preposição (objeto indireto).</p><p>Exemplo:</p><p>Ensinamos o caminho ao turista alemão.</p><p>VTDI objeto direto objeto indireto</p><p>2) verbos de ligação (VL) - fazem a conexão entre sujeito e sua qualificação ou</p><p>estado denominada predicativo do sujeito (PS).</p><p>Exemplo:</p><p>O clima daquela região estava agradável.</p><p>sujeito verbo de predicativo</p><p>ligação do sujeito</p><p>Os principais verbos de ligação são: ser, estar, parecer, permanecer, ficar,</p><p>continuar e outros.</p><p>É importante salientar que os verbos de ligação possuem as seguintes</p><p>características: a) não têm significação própria; b) não indicam ação e c) não indicam</p><p>T2</p><p>21Predicação verbal</p><p>a posição do sujeito em um lugar.</p><p>Além dessas características, os verbos de ligação exprimem certas características</p><p>do sujeito:</p><p>a) estado permanente – Exemplo: Minha casa é confortável.</p><p>b) estado transitório – Exemplo: Ontem ela estava meio aborrecida.</p><p>c) mudança de estado – Exemplo: De repente, ela ficou extremamente nervosa.</p><p>d) aparência de estado – Exemplo: Você me parece muito feliz hoje.</p><p>e) Continuidade de estado – Exemplo: As pessoas continuam amedrontadas.</p><p>É importante esclarecer que a predicação de um verbo depende do contexto em</p><p>que este é aplicado, ou seja, a análise do verbo está vinculada a seu significado ou</p><p>emprego em uma frase. Só neste contexto sua predicação se torna evidente. Veja</p><p>alguns exemplos para esclarecer melhor as ideias apresentadas até o momento.</p><p>Minha prova será difícil.</p><p>sujeito VL PS</p><p>Minha prova será no período da manhã.</p><p>.........sujeito.......VI............circunstância</p><p>Minha prova será na sala ao lado da secretaria.</p><p>Sujeito VI circunstância</p><p>Obs.: ser é verbo intransitivo quando tem o significado de ocorrer, realizar-se.</p><p>Meu chefe está nervoso</p><p>sujeito VL PS</p><p>Meu chefe está no escritório</p><p>sujeito VI circunstância</p><p>Obs. estar é verbo intransitivo quando indica a posição do sujeito em um lugar.</p><p>As crianças continuam animadas.</p><p>sujeito VL PS</p><p>As crianças continuam suas brincadeiras.</p><p>T2</p><p>22 Predicação verbal</p><p>sujeito VTD OD</p><p>As crianças continuam no parque.</p><p>sujeito VI circunstância</p><p>Obs.: continuar é verbo transitivo direto quando significa uma ação não</p><p>interrompida; quando indica posição do sujeito em um lugar é intransitivo.</p><p>É importante esclarecer ainda que alguns verbos intransitivos ou transitivos</p><p>assumem a função de um verbo de ligação. Observe esses exemplos:</p><p>A mulher virou o prato.</p><p>Sujeito VTD OD</p><p>A mulher virou uma fera.</p><p>Sujeito VL PS</p><p>A menina saiu de sua casa.</p><p>Sujeito VI circunstância</p><p>A moça saiu uma moça linda.</p><p>Sujeito VL PS</p><p>O nosso vizinho caiu em um buraco.</p><p>Sujeito VI circunstância</p><p>O nosso vizinho caiu doente.</p><p>Sujeito VL PS</p><p>Quer saber mais sobre o assunto?</p><p>Então:</p><p>Sites</p><p>Consulte o capítulo Classificação do verbo quanto aos complementos, na</p><p>ACOMPANHE NA WEB</p><p>T2</p><p>23Predicação verbal</p><p>Gramática Normativa da Língua Portuguesa, de Rocha Lima, Rio de Janeiro: José</p><p>Olympio, 1994.</p><p>Leia o trabalho Língua Portuguesa IV, de Mariangela Rios de Oliveira.</p><p>Disponível em: <http://www.videoaulasonline.com.br>. Acesso em: 02/01/2014.</p><p>Aborda a sintaxe do período simples partindo de uma abordagem mais geral para a</p><p>mais específica na descrição da tradição gramatical.</p><p>Acesse ao site de Radamés Manosso.</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 02/01/2014.</p><p>São discutidas as noções de sintaxe, sob o enfoque da gramática descritiva.</p><p>Consulte a Moderna gramática portuguesa, de Evanildo Bechara. Na parte II, item C,</p><p>encontram-se considerações mais aprofundadas sobre sintaxe.</p><p>Instruções:</p><p>Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das</p><p>questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo</p><p>para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se</p><p>para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-</p><p>se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.</p><p>Questão 1:</p><p>Leia o trecho a seguir:</p><p>Desprezo</p><p>Desprezo era um lugarejo. Acho que lugar</p><p>desprezado é mais triste do que abandonado. Não sei por quê caminhos o mundo</p><p>me tirou do Desprezo para este Posto de gasolina na estrada que vai pra São</p><p>Paulo. Acho quase um milagre. Quando a gente morava no Desprezo ele já era</p><p>desprezado. Restavam três casas em pé. E três famílias com oito guris que corriam</p><p>pelas estradas já cobertas de mato. Eu era um dos oito guris. Agora estou aqui</p><p>botando gasolina para os potentados. Naquele tempo do Desprezo eu queria ser</p><p>AGORA É A SUA VEZ</p><p>T2</p><p>24 Predicação verbal</p><p>chão, isto ser: para que em mim as árvores crescessem. Para</p><p>que sobre mim as conchas se formassem. Eu queria ser chão no tempo do</p><p>Desprezo para que sobre mim os rios corressem.</p><p>(BARROS, Manoel de. Memórias inventadas: a segunda infância. São Paulo: Editora</p><p>Planeta do Brasil, 2006)</p><p>O poema em prosa de Manoel de Barros é construído por meio de várias frases</p><p>em que o poeta utilizou o verbo ser. Você aprendeu que o verbo ser pode ser</p><p>classificado como verbo de ligação quando este funciona como elo entre a</p><p>qualidade (ou estado) e o sujeito. Observe a ocorrência do verbo ser em destaque</p><p>no texto e informe se em todos os casos ele é de ligação. Se houver algum caso</p><p>em que o verbo tenha outra predicação, informe-a. A seguir, levante uma hipótese</p><p>para que o poeta tenha usado tantas vezes o verbo ser.</p><p>Questão 2:</p><p>Um mesmo verbo pode exigir ou não um complemento, dependendo do contexto</p><p>de sua regência. A partir dessa informação, observe os pares de frases abaixo e</p><p>classifique os verbos quanto à predicação.</p><p>a) O rapaz estudava uma maneira de sair daquele lugar.</p><p>Desde que era pequeno, Lourenço estuda em ótimas escolas.</p><p>b) A doença inesperada comeu-lhe as economias rapidamente.</p><p>Aqueles turistas sempre comiam naquele restaurante à beira mar.</p><p>c) O franco atirador, com frieza, visou a vítima.</p><p>Desde que se formou, o jovem visa a um cargo melhor.</p><p>d) Durante as férias, assisto a bons filmes.</p><p>Os voluntários assistiam as pessoas que foram resgatadas da enchente.</p><p>Questão 3:</p><p>O anúncio a seguir refere-se às questões 3 e 4.</p><p>T2</p><p>25Predicação verbal</p><p>a) Na parte principal do anúncio, lê-se o seguinte: ”Shell Helix revitaliza o motor</p><p>de seu carro. E você também.” Considerando o anúncio como um todo, pode-se</p><p>afirmar que esse enunciado possui duas orações. A primeira é: “Shell Helix revitaliza</p><p>o motor de seu carro”. E a segunda: “E você também” – embora seu verbo esteja</p><p>subentendido. Informe, agora, por que esse verbo está subentendido e, depois,</p><p>informe também sua predicação e seu complemento.</p><p>b) Na parte inferior do anúncio, há uma frase com quatro verbos. Observe:</p><p>“Shell Helix limpa, renova, revitaliza e refresca o motor de seu carro.”</p><p>Afirma-se que os quatro verbos utilizam como complemento um único termo: “o</p><p>motor de seu carro”. Justifique o emprego desse termo usado para completar o</p><p>sentido dos quatro verbos em questão.</p><p>Questão 4:</p><p>Ainda na parte inferior do anúncio há uma sequência de quatro verbos: viver,</p><p>concorre, experimente e vá. Leia o contexto em que eles foram utilizados e informe</p><p>a sua predicação.</p><p>Questão 5:</p><p>Examine as três frases seguintes:</p><p>I. Nas noites de domingo, todos ficam acomodados em suas casas.</p><p>II. Às vezes, Mariana nem percebia sua aproximação.</p><p>III. Nos finais de semana, Vanusa oferecia um jantar aos colegas de trabalho.</p><p>Os verbos em destaque nas três frases classificam-se, respectivamente, como:</p><p>a) intransitivo, transitivo indireto, transitivo direto</p><p>b) de ligação, transitivo direto, transitivo direto e indireto</p><p>c) de ligação, transitivo indireto, transitivo direto</p><p>d) transitivo direto, transitivo direto, transitivo direto e indireto</p><p>e) intransitivo, transitivo direto, transitivo direto e indireto.</p><p>Questão 6:</p><p>Sabendo-se que a predicação do verbo indica a relação que o verbo mantém</p><p>com o sujeito da oração, identifique a opção em que a classificação do verbo está</p><p>correta.</p><p>T2</p><p>26 Predicação verbal</p><p>a) Às cinco horas, meu tio nos levará ao aeroporto de Congonhas. (verbo intransitivo)</p><p>b) Aquela moça era uma ótima profissional. (verbo transitivo direto)</p><p>c) Viajou tranquilo para a Europa, durante as férias de julho. (verbo de ligação)</p><p>d) Minha família ficou em Copacabana no último verão. (verbo intransitivo)</p><p>e) As estradas ficaram intransitáveis no feriado de carnaval. (verbo transitivo direto)</p><p>Questão 7:</p><p>O verbo de ligação é aquele que serve como elemento de ligação entre o sujeito</p><p>e seu atributo. Leia as frases abaixo e assinale a alternativa em que o verbo é de</p><p>ligação.</p><p>a) O conteúdo da carta continuava o mistério.</p><p>b) Alguns grupos de pessoas continuavam confiantes na mudança de governo.</p><p>c) Várias pessoas andavam pelo lindo parque aos domingos.</p><p>d) Seu amigo não estava comigo naquele dia.</p><p>e) O importante industrial permaneceu em Londres por vários meses.</p><p>Questão 8:</p><p>Leia o texto a seguir:</p><p>São demais os perigos desta vida</p><p>Pra quem tem paixão principalmente</p><p>Quando uma lua chega de repente</p><p>E se deixa no céu, como esquecida</p><p>E se ao luar que atua desvairado</p><p>Vem se unir uma música qualquer</p><p>Aí então é preciso ter cuidado</p><p>Porque deve andar perto uma mulher...</p><p>(MORAES, Vinicius de. Soneto de fidelidade e outros</p><p>poemas. Rio de Janeiro: Ediouro, 2000)</p><p>T2</p><p>27Predicação verbal</p><p>No 3º verso do poema de Vinicius de Moraes o verbo chega concorda com o</p><p>sujeito lua e sua ação não se estende a outros seres. Nesse caso, dizemos que o</p><p>verbo é:</p><p>a) transitivo direto</p><p>b) de ligação</p><p>c) intransitivo</p><p>d) transitivo direto e indireto</p><p>e) transitivo indireto</p><p>Questão 9:</p><p>Assinale a alternativa que indica, correta e respectivamente, a função sintática dos</p><p>verbos em destaque.</p><p>As pessoas do local amam essa região, defendem este território com muita firmeza</p><p>e precisam dele para garantir sua sobrevivência.</p><p>a) intransitivo – transitivo direto – transitivo indireto – de ligação</p><p>b) intransitivo – transitivo indireto – de ligação – intransitivo</p><p>c) transitivo direto – transitivo direto – transitivo indireto – transitivo direto</p><p>d) transitivo direto – transitivo direto – intransitivo – transitivo indireto</p><p>d) transitivo indireto – transitivo direto – transitivo indireto – transitivo direto</p><p>T2</p><p>28 Predicação verbal</p><p>T2</p><p>29Predicação verbal</p><p>Nesse tema, você viu que o verbo mantém uma relação de mediação com o</p><p>sujeito. Viu também que estudar essa mediação é importante, uma vez que, para</p><p>comunicar algo a alguém, são utilizadas estruturas que contêm a declaração daquilo</p><p>que vai ser comunicado – o predicado – e também sobre o que ou quem vai ser</p><p>dada essa informação – o sujeito. Todo predicado, ao informar algo, transmite uma</p><p>ideia de ação e/ou estado sobre o sujeito e essa informação é dada pelos verbos, os</p><p>quais são divididos em significativos ou nocionais – quando indicam ação – ou de</p><p>ligação – quando informam estado ou característica do sujeito.</p><p>Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de</p><p>acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!</p><p>FINALIZANDO</p><p>T2</p><p>30 Predicação verbal</p><p>T2</p><p>31Predicação verbal</p><p>AGUIAR NETA, M. do C. M.; MELO, M. de F. B. Coordenação e subordinação no</p><p>português do Brasil: da visão tradicional à abordagem lingüística. In: ENCONTRO</p><p>DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA, 11., 2009, João Pessoa. Anais... João Pessoa,</p><p>2009. Disponível em: <http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/</p><p>monitoriapet/ANAIS/Area4/4CCHLADLCVMT01.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ALMEIDA, N. T. Gramática da língua portuguesa para concursos, vestibulares,</p><p>Enem, colégios técnicos e militares... São Paulo: Saraiva, 2009.</p><p>BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,</p><p>2009.</p><p>CAVALCANTE, M. M. Facultatividade e omissão de complementos verbais.</p><p>Revista de Letras, Ceará, v.19, n. ½, jan./dez. 1997. Disponível em: <http://www.</p><p>revistadeletras.ufc.br/rl19Art02.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>CEGALLA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Companhia</p><p>Editora Nacional, 2008.</p><p>CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Gramática reflexiva. São Paulo: Atual, 2009.</p><p>Volume único.</p><p>COMPANI, D. A frase fragmentada como recurso estilístico. Entrelinhas. Rio</p><p>Grande do Sul, ano II, n. 1, jan./abr. 2005. Disponível em: <http://www.entrelinhas.</p><p>unisinos.br/index.php?e=1&s=9&a=4> Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>FARIAS, C. A. de. A multifuncionalidade do aposto em textos jornalísticos de</p><p>divulgação científica e em artigos científicos. Dissertação (Mestrado em Estudos</p><p>Linguísticos)– Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, 2011. Disponível em:</p><p><http://nou-rau.uem.br/nou-rau/document/?code=vtls000184614>. Acesso em:</p><p>2 jan. 2014.</p><p>HENRIQUES. C. C. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro:</p><p>Campus/Elsevier, 2011.</p><p>HOUAISS A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. abr. 2007.</p><p>IGNÁCIO, S. E. Tipologia dos complementos verbais do português contemporâneo.</p><p>Disponível em: <http://seer.fclar.unesp.br/alfa/article/view/3755/3478>. Acesso</p><p>em: 2 jan. 2014.</p><p>LEFFA, V. J. Análise sintática; ensinando o que não se sabe para quem já sabe? In:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>T2</p><p>32 Predicação verbal</p><p>FORTKAMP,M. B. M.; TOMITCH, L. M. B. (Org.). Aspectos da lingüística aplicada:</p><p>estudos em homenagem ao Professor Hilário Inácio Bohn. Florianópolis: Insular,</p><p>2000. p. 203-228. Disponível em: <http://www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/</p><p>segmenta.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MACEDO, W. Elementos para uma estrutura da língua portuguesa. Rio de Janeiro:</p><p>Presença, 1987.</p><p>MANOSSO, R. Aspectos de gramática descritiva da língua portuguesa brasileira.</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MEIRA, A. C. G. A. de. As orações e as relações de interdependência. Ícone –</p><p>Revista de Letras, São Luís de Montes Belos, GO, v. 2, p. 43-53, jul. 2008.</p><p>OLIVEIRA, M. R. de. Língua portuguesa IV. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009.</p><p>Disponível em: <http://www.videoaulasonline.com.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>PINHO, A. K. A. e. Complemento nominal de substantivo (CN) e adjunto adnominal</p><p>preposicionado (AA): uma análise morfossintática baseada em corpus. Anais do</p><p>SILEL, Uberlândia: EDUFU, v.2, n. 2, 2011. Disponível em: <http://www.ileel.ufu.br/</p><p>anaisdosilel/pt/arquivos/silel2011/577.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ROCHA LIMA, Carlos H. da. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de</p><p>Janeiro: José Olympio, 1994.</p><p>RODRIGUES, E. dos S. Concordância verbal com construções partitivas: uma</p><p>proposta de análise. Veredas online – atemática, Juiz de Fora, MG, n.1, p. 93-107,</p><p>2011. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistaveredas/files/2011/05/ARTIGO-71.</p><p>pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>SILVA, E. V. Norma, variação e ensino: a concordância verbal. Caderno de Letras</p><p>da UFF. Dossiê: literatura, língua e identidade, n. 34, p. 31-41, 2008. Disponível em:</p><p><http://www.uff.br/cadernosdeletrasuff/34/artigo2.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>STEFANELLO, A. B.; BASIM, N. T. R. O ensino de orações coordenadas: proposta</p><p>interativa da linguagem. Disc. Scientia. Santa Maria, RS, v. 9, n. 1, p. 135-153, 2008.</p><p>Tema 3</p><p>Sujeito, predicado &</p><p>predicativo</p><p>Se fosse proposta a você a seguinte frase: “Os retardatários não puderam entrar</p><p>no local da prova” e, logo em seguida, lhe fizessem os seguintes questionamentos:</p><p>Qual é o assunto central dessa frase? Qual é a informação fornecida sobre ele?</p><p>Você com certeza responderia que o assunto central da frase é “os retardatários”</p><p>e a informação fornecida sobre eles é que “não puderam entrar no local da prova”.</p><p>Pode-se afirmar, portanto, que ao se levantar um assunto para se estabelecer a</p><p>comunicação de um fato ou de uma ideia e para se informar algo sobre este assunto</p><p>utilizamos os dois termos anunciados anteriormente na abertura desse tema, ou</p><p>seja, o sujeito e o predicado.</p><p>De posse dessas informações prévias, convém, agora, que o sujeito seja</p><p>conhecido com mais detalhes.</p><p>O sujeito é o termo da oração (formado por uma palavra ou conjunto de palavras)</p><p>sobre o qual se declara alguma coisa, portanto, geralmente, o verbo concorda com</p><p>ele em número e pessoa.</p><p>Tipos de sujeito:</p><p>a) sujeito simples (claro ou oculto) – possui apenas um núcleo.</p><p>Exemplo:</p><p>Nós viajaremos para Londres no final de semana.</p><p>sujeito</p><p>claro</p><p>(nós) Viajaremos para Londres no final de semana.</p><p>sujeito</p><p>oculto</p><p>POR DENTRO DO TEMA</p><p>T3</p><p>34 Sujeito, predicado & predicativo</p><p>Há casos em que o verbo não concorda com o sujeito e, por isso, ocorre uma</p><p>concordância especial (por</p><p>razões semânticas – concordância “ideológica”) ou</p><p>opcional (pela proximidade de algum vocábulo com o verbo – concordância atrativa)</p><p>Exemplos:</p><p>Os responsáveis pela pesquisa somos nós</p><p>sujeito verbo</p><p>Nesse caso observa-se que o verbo concordou com o pronome nós e não com</p><p>o sujeito, porque os pronomes pessoais atraem o verbo ser.</p><p>Já na frase:</p><p>Os brasileiros somos bastante otimistas.</p><p>sujeito verbo</p><p>O verbo concordou com um elemento da oração que está implícito (os brasileiros</p><p>+ eu), resultando em uma concordância “ideológica” denominada silepse.</p><p>b) sujeito composto – possui dois ou mais núcleos.</p><p>Exemplo:</p><p>Os responsáveis pela pesquisa foram ele e eu.</p><p>verbo sujeito</p><p>Em frases com sujeito composto, também pode ocorrer concordância especial</p><p>(por razões semânticas) ou opcional (pela proximidade de algum vocábulo com o</p><p>verbo).</p><p>Exemplos:</p><p>Ainda não voltaram/voltou da praia a mulher e seus filhos.</p><p>verbo sujeito</p><p>Nesse caso, como o sujeito está posposto ao verbo, este pode ser flexionado no</p><p>singular – concordando com o núcleo mais próximo – ou no plural – concordando</p><p>com os dois núcleos.</p><p>Obs.: quando o sujeito aparece posposto ao verbo, ele encontra-se na ordem</p><p>inversa.</p><p>Eu, tu e ele resolveremos este assunto com a maior urgência.</p><p>T3</p><p>35Sujeito, predicado & predicativo</p><p>sujeito verbo</p><p>Como o sujeito composto foi formado por pessoas gramaticais diferentes, e</p><p>dentre elas há a 1ª pessoa, ela prevalece sobre as demais.</p><p>c) sujeito indeterminado – não aparece expresso na oração, ou por não se</p><p>desejar, ou por não ser possível que ele seja explicitado.</p><p>Há dois processos de indeterminação do sujeito:</p><p>Colocando-se o verbo na 3ª pessoa do plural.</p><p>Exemplo:</p><p>(?) Falaram mal de você na reunião de ontem.</p><p>Nesse caso o verbo não se refere a nenhuma palavra determinada no contexto.</p><p>Colocando-se o verbo na terceira pessoa do singular + pronome SE (classificado</p><p>como pronome indeterminador do sujeito)</p><p>Exemplo:</p><p>(?) Vive-se bem no campo.</p><p>VI</p><p>(?) Necessita-se de paz de espírito.</p><p>VTI</p><p>(?) Ama-se a Deus em primeiro lugar.</p><p>VTD</p><p>preposicionado</p><p>(?) Nunca se é feliz sozinho.</p><p>VL</p><p>Obs.: Não se deve confundir o pronome indeterminador do sujeito (PIS)</p><p>– que acompanha verbos intransitivos, transitivos indiretos, transitivos diretos</p><p>preposicionados e de ligação com o pronome apassivador (PA) – que acompanha</p><p>verbos transitivos diretos.</p><p>Exemplo:</p><p>Vendem-se casas na zona rural.</p><p>T3</p><p>36 Sujeito, predicado & predicativo</p><p>VTD sujeito</p><p>Nesse exemplo, o verbo está na voz passiva pronominal (ou sintética) e equivale</p><p>à seguinte estrutura da voz passiva verbal (também conhecida como analítica):</p><p>Casas são vendidas na zona rural.</p><p>sujeito</p><p>Portanto, nos dois casos em que há voz passiva, o sujeito é o termo casas.</p><p>É importante esclarecer ainda, que a função do sujeito não é exclusiva de</p><p>substantivos, pronomes e numerais. Os advérbios de base nominal ou pronominal</p><p>também podem desempenhar a função de sujeito em uma oração.</p><p>Exemplos:</p><p>Agora é tudo ou nada.</p><p>sujeito</p><p>Ali parece sujo.</p><p>sujeito</p><p>d) oração sem sujeito – ocorre quando o predicado não se refere a nenhum</p><p>tipo de sujeito e, nesse caso, são empregados verbos impessoais.</p><p>Exemplos:</p><p>(Ø) Trovejou durante a noite toda.</p><p>(Ø) Está muito quente hoje.</p><p>(Ø) Há muitos problemas naquele setor da indústria.</p><p>(Ø) Faz muito calor naquela região.</p><p>(Ø) Já é meio-dia e meia.</p><p>(Ø) Chega de lamúrias!</p><p>Obs.: Nas locuções verbais, o verbo auxiliar representará a impessoalidade do</p><p>verbo principal, ou seja, ficará na 3ª pessoa do singular (ou eventualmente na 3ª</p><p>pessoa do plural, com o verbo ser)</p><p>Exemplos:</p><p>(Ø) Deve haver muitas pessoas na fila do caixa.</p><p>T3</p><p>37Sujeito, predicado & predicativo</p><p>(Ø) Vai fazer dias muito quentes neste verão.</p><p>(Ø) Devem ser umas três da manhã em Tóquio.</p><p>Predicado</p><p>O predicado é o termo indispensável da oração, uma vez que, conforme exposto</p><p>anteriormente, o sujeito pode estar indeterminado ou, em algumas orações, ele</p><p>pode não existir.</p><p>Tipos de predicado:</p><p>a) predicado nominal – ocorre quando sua estrutura é constituída por: verbo de</p><p>ligação + predicativo do sujeito</p><p>Exemplo:</p><p>As pessoas daquele local ficaram inquietas.</p><p>VL predicativo</p><p>do sujeito</p><p>O predicativo do sujeito expressa uma característica, qualidade ou estado do</p><p>sujeito.</p><p>b) predicado verbal – ocorre quando sua estrutura é formada por um verbo</p><p>significativo (intransitivo ou transitivo) + complementos e/ou circunstâncias e não</p><p>há predicativo na oração.</p><p>Exemplo:</p><p>O homem abandou o carro no estacionamento.</p><p>VTD OD circunstância</p><p>c) predicado verbo-nominal – ocorre quando sua estrutura é formada por um</p><p>verbo significativo (intransitivo ou transitivo) + um predicativo (do sujeito ou do</p><p>objeto)</p><p>Exemplo:</p><p>As pessoas caminhavam desorientadas.</p><p>VI PS</p><p>A mãe encontrou a filha desmaiada.</p><p>VTD OD PO</p><p>T3</p><p>38 Sujeito, predicado & predicativo</p><p>Na estrutura do predicado verbo-nominal também pode ser encontrado o</p><p>predicativo do sujeito e o predicativo do objeto – termo que atribui características</p><p>ao objeto direto ou ao objeto indireto.</p><p>Predicativo do sujeito, do objeto</p><p>Segundo Henriques (2011), predicativo é o “termo B” que qualifica o “termo A”</p><p>Exemplos:</p><p>A criança estava irritada.</p><p>termo A termo B</p><p>Todos consideravam o garoto mais velho um gênio.</p><p>termo A termo B</p><p>Quer saber mais sobre o assunto?</p><p>Então:</p><p>Sites</p><p>Consulte o capítulo Termos Essenciais da Oração da Gramática da Língua</p><p>ACOMPANHE NA WEB</p><p>T3</p><p>39Sujeito, predicado & predicativo</p><p>Portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla, São Paulo: Companhia Editora</p><p>Nacional, 2008.</p><p>Leia o trabalho Língua Portuguesa IV, de Mariangela Rios de Oliveira.</p><p>Disponível em: <http://www.videoaulasonline.com.br>. Acesso em: 02/01/2014.</p><p>Aborda a sintaxe do período simples partindo de uma abordagem mais geral para</p><p>a mais específica na descrição da tradição gramatical.</p><p>Acesse ao site de Radamés Manosso.</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.b>. Acesso em: 02/01/2014.</p><p>São discutidas as noções de sintaxe, sob o enfoque da gramática descritiva.</p><p>Consulte a Moderna gramática portuguesa, de Evanildo Bechara. Na parte II, item</p><p>C, encontram-se considerações mais aprofundadas sobre sintaxe.</p><p>AGORA É A SUA VEZ</p><p>Instruções:</p><p>Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das</p><p>questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo</p><p>para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-</p><p>se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão.</p><p>Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas</p><p>ao tema.</p><p>Questão 1:</p><p>Leia.</p><p>A imagem e os espelhos</p><p>Jamais deves buscar a coisa em si, a qual depende tão-somente dos espelhos. A</p><p>coisa em si, nunca: a coisa em ti. Um pintor, por exemplo, não pinta uma árvore:</p><p>ele pinta-se uma árvore. E um grande poeta – espécie de Rei Midas à sua maneira</p><p>– um grande poeta, bem que ele poderia dizer:</p><p>- Tudo o que eu toco se transforma em mim.</p><p>QUINTANA, Mario. Caderno H. 2010. p. 163. Disponível em: <http://</p><p>T3</p><p>40 Sujeito, predicado & predicativo</p><p>quintaneandoeoutrosgerundios.blogspot.com/2010/12/imagem-e-os-espelhos.</p><p>html>.Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>Sabe-se que</p><p>• o sujeito é o termo da oração sobre o qual se declara algo e com o qual o</p><p>verbo estabelece concordância;</p><p>• o predicado é o termo da oração que exprime</p><p>algo sobre o sujeito.</p><p>Na oração: “Jamais deves buscar a coisa em si [...]” identifique o sujeito e o</p><p>predicado e classifique-os.</p><p>Questão 2:</p><p>Compare estas duas orações:</p><p>I. Hoje o dia amanheceu muito bonito.</p><p>II. Hoje amanheceu ventando.</p><p>Agora responda:</p><p>Em qual das duas orações o predicado se refere a um sujeito? Justifique sua</p><p>resposta.</p><p>Questão 3:</p><p>A seguir, são fornecidas três frases em que seus predicados estão destacados.</p><p>Compare-os:</p><p>I. Por causa do grande tumulto, muitos dos presentes se assustaram.</p><p>II. Por causa do tumulto, muitos dos presentes pareciam assustados.</p><p>III. Por causa do tumulto, muitos dos presentes observavam a cena assustados.</p><p>Agora responda: Pode-se afirmar que os três predicados em destaque têm a</p><p>mesma classificação? Justifique.</p><p>Questão 4:</p><p>A seguir são dadas duas orações nas quais o predicado está em destaque. Faça o</p><p>que se pede:</p><p>1) classifique o predicado de cada uma delas;</p><p>2) reúna as duas orações em apenas uma, fazendo as adaptações necessárias</p><p>3) classifique o predicado dessa nova oração.</p><p>T3</p><p>41Sujeito, predicado & predicativo</p><p>I. O rapaz chegou ao trabalho.</p><p>II. O rapaz estava atrasado.</p><p>Questão 5:</p><p>Muitas vezes, no momento em que o falante vai transmitir uma mensagem não quer</p><p>ou não pode fixar com exatidão o sujeito. Nesse caso, o sujeito fica indeterminado.</p><p>Assinale a alternativa em que o sujeito é indeterminado.</p><p>a) Após um mês, conseguiu-se o visto no consulado.</p><p>b) Naquela tarde, necessitou-se muito de sua ajuda.</p><p>c) Correram ao encontro da mãe as duas crianças.</p><p>d) Percebe-se nitidamente a sua decepção sobre este assunto.</p><p>e) Às vezes ele se confundia em meio aos papéis.</p><p>Questão 6:</p><p>Examine as três frases abaixo:</p><p>I. Fizeram alterações no quadro de horários.</p><p>II. Agradaram-na imensamente as palavras dele e seu gesto educado.</p><p>III. Estávamos apreensivos em relação ao resultado das avaliações.</p><p>Assinale a alternativa que informa a correta classificação do sujeito</p><p>a) respectivamente oculto, simples, indeterminado</p><p>b) respectivamente indeterminado, composto, oculto</p><p>c) respectivamente indeterminado, composto, indeterminado</p><p>d) todos são ocultos</p><p>e) todos são indeterminados.</p><p>Questão 7:</p><p>Existem alguns verbos que não admitem sujeito e, portanto, são denominados</p><p>verbos impessoais. Nesse caso eles formam orações sem sujeito e evidentemente</p><p>essas orações são constituídas apenas pelo predicado. De posse dessas</p><p>informações, identifique a opção em que ocorre oração sem sujeito.</p><p>Hoje existe um grande número de pessoas desempregadas no país.</p><p>T3</p><p>42 Sujeito, predicado & predicativo</p><p>b) O dia estava insuportavelmente quente ontem.</p><p>c) A chuva continua caindo torrencialmente sobre a cidade.</p><p>d) Houve muitas desavenças entre eles.</p><p>e) No inverno, os dias são mais curtos.</p><p>Questão 8:</p><p>Identifique a opção em que a classificação do predicado está correta:</p><p>a) Durante a noite, ouviram-se gritos horríveis vindo daquele apartamento.</p><p>(predicado verbo-nominal)</p><p>b) Muitas pessoas permaneciam incomodadas com a sua presença aqui.(predicado</p><p>verbal)</p><p>c) A sua presença na reunião deixou os presentes impressionados. (predicado</p><p>verbo-nominal).</p><p>d) Nossos amigos continuam preocupados com minha ausência. (predicado verbal)</p><p>e) A diretora da empresa não considerou satisfatório o meu relatório. (predicado</p><p>verbal)</p><p>Questão 9:</p><p>Na frase “Ela caminhava distraída” o termo em destaque exerce a função de:</p><p>a) predicado nominal</p><p>b) predicado verbo-nominal</p><p>c) predicativo do sujeito</p><p>d) predicativo do objeto</p><p>e) predicado verbal</p><p>T3</p><p>43Sujeito, predicado & predicativo</p><p>Nesse tema, você viu que para compartilhar suas ideias com alguém é preciso</p><p>organizar suas ideias utilizando estruturas linguísticas que permitem a transmissão</p><p>adequada dessas ideias. Sujeito e predicado são considerados as duas estruturas</p><p>linguísticas fundamentais para que você possa verbalizar o que sente, o que pensa,</p><p>o que deseja etc., daí a importância de conhecer esses dois termos e seus tipos.</p><p>Viu também que o predicativo do sujeito e o predicativo do objeto são termos</p><p>que participam da construção do predicado sempre que se deseja atribuir uma</p><p>característica, qualidade ou estado ao sujeito ou ao objeto direto do verbo.</p><p>Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de</p><p>acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!</p><p>FINALIZANDO</p><p>T3</p><p>44 Sujeito, predicado & predicativo</p><p>T3</p><p>45Sujeito, predicado & predicativo</p><p>AGUIAR NETA, M. do C. M.; MELO, M. de F. B. Coordenação e subordinação no</p><p>português do Brasil: da visão tradicional à abordagem lingüística. In: ENCONTRO</p><p>DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA, 11., 2009, João Pessoa. Anais... João Pessoa,</p><p>2009. Disponível em: <http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/</p><p>monitoriapet/ANAIS/Area4/4CCHLADLCVMT01.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ALMEIDA, N. T. Gramática da língua portuguesa para concursos, vestibulares,</p><p>Enem, colégios técnicos e militares... São Paulo: Saraiva, 2009.</p><p>BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,</p><p>2009.</p><p>CAVALCANTE, M. M. Facultatividade e omissão de complementos verbais.</p><p>Revista de Letras, Ceará, v.19, n. ½, jan./dez. 1997. Disponível em: <http://www.</p><p>revistadeletras.ufc.br/rl19Art02.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>CEGALLA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Companhia</p><p>Editora Nacional, 2008.</p><p>CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Gramática reflexiva. São Paulo: Atual, 2009.</p><p>Volume único.</p><p>COMPANI, D. A frase fragmentada como recurso estilístico. Entrelinhas. Rio</p><p>Grande do Sul, ano II, n. 1, jan./abr. 2005. Disponível em: <http://www.entrelinhas.</p><p>unisinos.br/index.php?e=1&s=9&a=4> Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>FARIAS, C. A. de. A multifuncionalidade do aposto em textos jornalísticos de</p><p>divulgação científica e em artigos científicos. Dissertação (Mestrado em Estudos</p><p>Linguísticos)– Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, 2011. Disponível em:</p><p><http://nou-rau.uem.br/nou-rau/document/?code=vtls000184614>. Acesso em:</p><p>2 jan. 2014.</p><p>HENRIQUES. C. C. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro:</p><p>Campus/Elsevier, 2011.</p><p>HOUAISS A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. abr. 2007.</p><p>IGNÁCIO, S. E. Tipologia dos complementos verbais do português contemporâneo.</p><p>Disponível em: <http://seer.fclar.unesp.br/alfa/article/view/3755/3478>. Acesso</p><p>em: 2 jan. 2014.</p><p>LEFFA, V. J. Análise sintática; ensinando o que não se sabe para quem já sabe? In:</p><p>FORTKAMP,M. B. M.; TOMITCH, L. M. B. (Org.). Aspectos da lingüística aplicada:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>T3</p><p>46 Sujeito, predicado & predicativo</p><p>estudos em homenagem ao Professor Hilário Inácio Bohn. Florianópolis: Insular,</p><p>2000. p. 203-228. Disponível em: <http://www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/</p><p>segmenta.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MACEDO, W. Elementos para uma estrutura da língua portuguesa. Rio de Janeiro:</p><p>Presença, 1987.</p><p>MANOSSO, R. Aspectos de gramática descritiva da língua portuguesa brasileira.</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>MEIRA, A. C. G. A. de. As orações e as relações de interdependência. Ícone –</p><p>Revista de Letras, São Luís de Montes Belos, GO, v. 2, p. 43-53, jul. 2008.</p><p>OLIVEIRA, M. R. de. Língua portuguesa IV. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009.</p><p>Disponível em: <http://www.videoaulasonline.com.br>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>PINHO, A. K. A. e. Complemento nominal de substantivo (CN) e adjunto adnominal</p><p>preposicionado (AA): uma análise morfossintática baseada em corpus. Anais do</p><p>SILEL, Uberlândia: EDUFU, v.2, n. 2, 2011. Disponível em: <http://www.ileel.ufu.br/</p><p>anaisdosilel/pt/arquivos/silel2011/577.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ROCHA LIMA, Carlos H. da. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de</p><p>Janeiro: José Olympio, 1994.</p><p>RODRIGUES, E. dos S. Concordância verbal com construções partitivas: uma</p><p>proposta de análise. Veredas online – atemática, Juiz de Fora, MG, n.1, p. 93-107,</p><p>2011. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistaveredas/files/2011/05/ARTIGO-71.</p><p>pdf>. Acesso em: 2 jan.</p><p>2014.</p><p>SILVA, E. V. Norma, variação e ensino: a concordância verbal. Caderno de Letras</p><p>da UFF. Dossiê: literatura, língua e identidade, n. 34, p. 31-41, 2008. Disponível em:</p><p><http://www.uff.br/cadernosdeletrasuff/34/artigo2.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>STEFANELLO, A. B.; BASIM, N. T. R. O ensino de orações coordenadas: proposta</p><p>interativa da linguagem. Disc. Scientia. Santa Maria, RS, v. 9, n. 1, p. 135-153, 2008.</p><p>Silepse – figura pela qual a concordância das palavras na frase se faz logicamente,</p><p>pelo significado, e não de acordo com as regras da gramática (p.ex., muita gente</p><p>aqui, pelo que dizem, não sabem se portar em público) (DICIONÁRIO ELETRÔNICO</p><p>HOUAISS)</p><p>GLOSSÁRIO</p><p>Tema 4</p><p>Objeto direto & objeto indireto</p><p>Você já entendeu que uma oração é uma estrutura organizada com vistas a</p><p>comunicar ideias, fatos, sentimentos etc. e, para que isso ocorra, as palavras que</p><p>formam essa estrutura estabelecem relações entre si. Já entendeu também que os</p><p>temos fundamentais dessa estrutura são sujeito e predicado e esse último pode ser</p><p>formado apenas por um verbo. Mas, na maioria das vezes, o predicado, quando</p><p>informa uma ação do sujeito, apresenta um verbo que necessita de complemento,</p><p>isto é, um verbo transitivo. Nesse caso é que são usados os complementos verbais,</p><p>ou seja, o objeto direto e o objeto indireto.</p><p>Dessa forma, define-se objeto direto como um termo que integra o sentido de</p><p>um verbo significativo sem o auxílio de preposição obrigatória.</p><p>Exemplo:</p><p>Os pedestres desrespeitaram o sinal de trânsito.</p><p>VTD OD</p><p>Já o objeto indireto integra o sentido de um verbo significativo com o auxílio de</p><p>uma preposição obrigatória.</p><p>Exemplo:</p><p>Os pedestres obedeceram ao sinal de trânsito.</p><p>VTI OI</p><p>Há certas particularidades sobre o emprego do objeto direto que merecem ser</p><p>mencionadas:</p><p>a) Objeto direto preposicionado – alguns casos de emprego:</p><p>Para evitar ambiguidade, ou seja, por motivos de clareza – uso obrigatório.</p><p>Exemplo: Ofendeu ao filho a mãe.</p><p>POR DENTRO DO TEMA</p><p>T4</p><p>48 Nome do Objeto direto & objeto indireto Tema 4</p><p>Quando o objeto direto é formado por um pronome oblíquo tônico – uso</p><p>obrigatório.</p><p>Exemplo: Ele sempre consultava a mim.</p><p>Quando o objeto direto é formado pelo pronome quem (interrogativo ou relativo)</p><p>– uso obrigatório.</p><p>Exemplo: Estamos hospedando a quem agora? (interrogativo)</p><p>Ela é a pessoa a quem sempre amei. (relativo)</p><p>Quando o objeto direto aparece antecipado ao sujeito (procedimento chamado</p><p>de topicalização) – uso facultativo.</p><p>Exemplo: Ao seu procedimento todos admiram.</p><p>Quando o objeto direto é formado por um pronome indefinido designativo de</p><p>pessoa– uso facultativo.</p><p>Exemplo: Essas medidas beneficiarão a todos.</p><p>Quando o objeto direto é utilizado com intenção partitiva – uso facultativo.</p><p>Exemplo: Comeram do bolo que ofereci.</p><p>Por motivos estilísticos quando se quer enfatizar o objeto direto – uso facultativo.</p><p>Exemplo: Sempre cumpri com o meu dever.</p><p>b) objeto direto interno – ocorre em duas situações:</p><p>Quando o objeto direto tem o mesmo radical do verbo.</p><p>Exemplo: Sorriu um sorriso triste e sentou-se.</p><p>Quando o objeto direto tem apenas uma identificação semântica com o verbo.</p><p>Exemplo: Meus filhos dormiam um sono tranquilo.</p><p>c) objeto direto pleonástico - utilizado por motivos estilísticos:</p><p>Quando o objeto direto é repetido por meio de um pronome oblíquo átono.</p><p>Exemplo: Meus pertences, eu os encontrei espalhados pelo chão.</p><p>OD OD</p><p>pleonástico</p><p>T4</p><p>49Objeto direto & objeto indireto</p><p>Há também duas particularidades acerca do objeto indireto:</p><p>a) objeto indireto pleonástico</p><p>Quando o objeto indireto é repetido por meio de um pronome oblíquo átono.</p><p>Exemplo: Aos dois, desejamos-lhe sucesso.</p><p>OI OI</p><p>pleonástico</p><p>b) Objeto indireto de interesse</p><p>Quando o objeto indireto não tem função inferida pelo verbo - intransitivo – e,</p><p>portanto, é empregado como recurso expressivo do falante na mensagem verbal.</p><p>Exemplo: Nunca me apareças aqui sem avisar</p><p>Pronomes oblíquos na função de objeto</p><p>Comumente o objeto direto e o objeto indireto são representados por pronomes</p><p>oblíquos. Veja esses exemplos:</p><p>Sempre a encontro nesse local.</p><p>OD VTD</p><p>Enviei-lhe uma mensagem de boa viagem.</p><p>OI VTI</p><p>Confundiram-me com outra pessoa.</p><p>VTD OD</p><p>Telefonaram para mim?</p><p>VTI OI</p><p>Observe o quadro a seguir que esquematiza o emprego dos pronomes oblíquos</p><p>como objetos diretos e indiretos:</p><p>Pronomes oblíquos átonos Pronomes oblíquos tônicos</p><p>o – a – os – as (e variações*) → sempre objeto</p><p>direto</p><p>lhe – lhes → sempre objeto indireto</p><p>me – te – se – nos – vos → objeto direto e</p><p>indireto (conforme a predicação verbal)</p><p>preposição + mim – ti – si – ele(s) – ela(s) –</p><p>nós – vós → objeto direto preposicionado ou</p><p>objeto indireto (conforme a predicação verbal)</p><p>T4</p><p>50 Nome do Objeto direto & objeto indireto Tema 4</p><p>* quando os pronomes oblíquos átonos O – A – Os – As aparecem pospostos</p><p>aos verbos, sofrem as seguintes alterações:</p><p>Se o verbo termina em R, S ou Z, essa letra desaparece e os pronomes assumem</p><p>as formas LO – LA – LOS – LAS</p><p>Exemplos:</p><p>Encontrá-lo na saída é um prazer. (encontrar + o + encontrá-lo)</p><p>Deixemo-las conversar a sós. (deixemos + as + deixemo-la)</p><p>Fi-los sair da sala naquela hora. (fiz + os = fi-los)</p><p>Obs.: Essa última forma é pouco utilizada no português contemporâneo.</p><p>Se o verbo termina em som nasal (com M ou ÃO), conserva-se essa(s) letra e os</p><p>pronomes assumem as formas NO – NA – NOS - NAS</p><p>Exemplos:</p><p>Chamaram-no para conversar. (chamaram + o = chamaram-no)</p><p>A herança, dão-na como perdida. (dão + a = dão-na)</p><p>Obs.:</p><p>Os pronomes oblíquos que completam o sentido dos verbos transitivos e, ao mesmo</p><p>tempo, repetem a figura do sujeito são denominados pronomes oblíquos reflexivos.</p><p>Exemplos:</p><p>Ele penteou-se caprichosamente para sair.</p><p>OD</p><p>reflexivo</p><p>Nós nos impusemos severa disciplina.</p><p>OI</p><p>reflexivo</p><p>Muitas vezes, esse pronome pode ter aspecto recíproco.</p><p>Exemplos:</p><p>Eles cumprimentaram-se antes da luta.</p><p>OD</p><p>Reflexivo</p><p>T4</p><p>51Objeto direto & objeto indireto</p><p>Quer saber mais sobre o assunto?</p><p>Então:</p><p>Sites</p><p>Leia o artigo científico Tipologia dos Complementos Verbais do Português</p><p>Contemporâneo, de Sebastião Expedito Ignácio.</p><p>Disponível em: <http://seer.fclar.unesp.br/alfa/article/view/3755/3478>. Acesso em:</p><p>02/01/2014.</p><p>Leia o artigo Facultatividade e Omissão de Complementos Verbais, de Mônica</p><p>Magalhães Cavalcante</p><p>Disponível em: <http://www.revistadeletras.ufc.br/rl19Art02.pdf>. Acesso em:</p><p>02/01/2014.</p><p>Leia o trabalho Língua Portuguesa IV, de Mariangela Rios de Oliveira.</p><p>Disponível em: <http://www.videoaulasonline.com.br>. Acesso em: 02/01/2014.</p><p>Aborda a sintaxe do período simples partindo de uma abordagem mais geral para a</p><p>mais específica na descrição da tradição gramatical.</p><p>Acesse ao site de Radamés Manosso</p><p>Disponível em: <http://www.radames.manosso.nom.br>. Acesso em: 02/01/2014.</p><p>São discutidas as noções de sintaxe, sob o enfoque da gramática descritiva.</p><p>Consulte a Moderna gramática portuguesa, de Evanildo Bechara. Na parte II, item C,</p><p>encontram-se considerações mais aprofundadas sobre sintaxe.</p><p>Consulte o capítulo Termos integrantes da oração da Gramática da língua portuguesa,</p><p>de Domingos Paschoal Cegalla. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.</p><p>ACOMPANHE NA WEB</p><p>T4</p><p>52 Nome do Objeto direto & objeto indireto Tema 4</p><p>Instruções:</p><p>Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das</p><p>questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades</p><p>auxiliarão você no preparo</p><p>para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se</p><p>para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-</p><p>se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.</p><p>Questão 1:</p><p>Leia a anedota:</p><p>O freguês sentou-se e pediu um chope. O garçom trouxe o chope e o</p><p>freguês pediu para trocar por um suco de laranja. O garçom trocou, o freguês</p><p>bebeu e saiu sem pagar.</p><p>- Ei! ─ disse o garçom. - O senhor não pagou o suco de laranja.</p><p>- Claro que não! Eu o troquei pelo chope!</p><p>- É... Mas o senhor não pagou o chope.</p><p>- Claro que não! Eu não o bebi!</p><p>Em relação a essa anedota, indique C (certo) ou E (errado) quanto às afirmações</p><p>a seguir:</p><p>I. Os verbos sentou-se e pediu (1ª linha) têm o mesmo sujeito. ( )</p><p>II. Os verbos trocou, bebeu e saiu são intransitivos ( )</p><p>III. O predicado da frase “O senhor não pagou o suco de laranja” é nominal.( )</p><p>IV. Na frase: “Eu o troquei pelo chope” o verbo é transitivo direto. ( )</p><p>V. Em: “Eu não o bebi” (última linha) o pronome oblíquo “o” funciona como objeto</p><p>direto ( )</p><p>Informe a sequência de itens certos e errados:</p><p>I – ( ); II – ( ); III – ( ); IV – ( ); V – ( )</p><p>Agora justifique os itens que você indicou como errados.</p><p>AGORA É A SUA VEZ</p><p>T4</p><p>53Objeto direto & objeto indireto</p><p>Questão 2:</p><p>Considere esta oração:</p><p>Irrita o guarda o motorista.</p><p>Pode-se afirmar que a oração é ambígua, pois não há clareza se quem irrita é o</p><p>guarda ou o motorista.</p><p>Com base no entendimento de que o objeto direto preposicionado pode ser usado</p><p>para desfazer a ambiguidade, sem mudar a ordem dos termos, escolha um deles</p><p>para ser o agente da irritação (sujeito) e o outro para ser o alvo dessa ação (objeto</p><p>direto). A seguir, para que a frase fique mais clara, coloque uma preposição antes</p><p>do termo escolhido para ser o objeto direto.</p><p>Questão 3:</p><p>Informe se os pronomes oblíquos em destaque exercem a função sintática de</p><p>objeto direto ou de objeto indireto.</p><p>Quando Márcia saía para fazer compras, eu sempre a encontrava na porta do</p><p>supermercado e lhe oferecia ajuda. Ela me dizia que seus pais viriam buscá-la de</p><p>carro e que eu não deveria me preocupar.</p><p>Questão 4:</p><p>Considere a frase a seguir:</p><p>Deixaram a criança deprimida o sofrimento e a saudade</p><p>a) Informe a função sintática dos termos “o sofrimento e a saudade” e “a criança”.</p><p>b) coloque a frase na ordem direta</p><p>c) Substitua o termo “a criança” por um pronome oblíquo correspondente.</p><p>Questão 5:</p><p>Leia estas frases:</p><p>O convidado bebeu o vinho que lhe</p><p>ofereceram.</p><p>O convidado bebeu do vinho que lhe</p><p>ofereceram.</p><p>T4</p><p>54 Nome do Objeto direto & objeto indireto Tema 4</p><p>Informe qual é a diferença de sentido que há entre elas.</p><p>Questão 6:</p><p>Na frase: Ele me informou que não a levaria para casa para poupar-lhe</p><p>aborrecimentos.</p><p>Os termos destacados desempenham, respectivamente, a função sintática de:</p><p>a) objeto direto, objeto direto, objeto direto</p><p>b) objeto indireto, objeto direto, objeto direto</p><p>c) objeto indireto, objeto direto, objeto indireto</p><p>d) objeto indireto, objeto indireto, objeto indireto</p><p>e) objeto direto, objeto direto, objeto indireto:</p><p>Questão 7:</p><p>Numere a 2ª coluna, identificando a função sintática do termo destacado, de</p><p>acordo com a 1ª coluna.</p><p>(1) objeto direto</p><p>(2) objeto indireto</p><p>(3) objeto direto preposicionado</p><p>(4) objeto direto pleonástico</p><p>(5) objeto indireto interno</p><p>( ) A ti não te encontraram domingo passado.</p><p>( ) Muitos a reconheceram na festa.</p><p>( ) O rapaz chamou-lhe de intolerante.</p><p>( ) A criança chorava um choro sentido.</p><p>( ) A gregos e troianos, poucos agradariam.</p><p>A sequência correta, de cima para baixo, é:</p><p>a) 4 – 2 – 1 – 5 – 3</p><p>b) 2 – 1 – 4 – 3 – 5</p><p>c) 4 – 1 – 2 – 5 – 3</p><p>T4</p><p>55Objeto direto & objeto indireto</p><p>d) 3 – 1 – 4 – 2 – 5</p><p>e) 4 – 3 – 2 – 5 – 1</p><p>Questão 8:</p><p>Sabendo-se que os pronomes oblíquos átonos podem exercer a função de objeto</p><p>do verbo, assinale a alternativa em que a substituição do termo em destaque por</p><p>um pronome não está correta:</p><p>a) Ponham suas coisas naquele banco. Ponham-nas naquele banco.</p><p>b) Vou informar ao meu sócio que você não vem. Vou informar-lhe que você não</p><p>vem.</p><p>c) A criança destruiu o brinquedo. A criança destruiu-no.</p><p>d) Você deve tirar seus livros da estante. Você deve tirá-los da estante.</p><p>e) Ofereceram auxílio aos desabrigados. Ofereceram-lhes auxílio.</p><p>Questão 9:</p><p>Assinale a única opção em que o termo destacado não exerce a função de objeto</p><p>direto preposicionado.</p><p>a) Comi do bolo que me serviram.</p><p>b) Agrediu ao garoto o nosso colega.</p><p>c) Ela é a pessoa a quem sempre amarei.</p><p>d) Você ofendeu a todos os presentes.</p><p>e) Prefiro bolo a pão.</p><p>Questão 10:</p><p>Assinale a opção em que o termo em destaque não está devidamente analisado.</p><p>a) Você há de chorar lágrimas amargas. (objeto direto interno)</p><p>b) Ele bebeu do suco que estava ótimo. (objeto indireto)</p><p>c) Você ofendeu a todos os presentes. (objeto direto preposicionado)</p><p>d) Sempre existiram no mundo essas atrocidades. (sujeito)</p><p>e) Os guichês do metrô continuavam fechados. (predicativo do sujeito)</p><p>T4</p><p>56 Nome do Objeto direto & objeto indireto Tema 4</p><p>T4</p><p>57Objeto direto & objeto indireto</p><p>Nesse tema você viu que o objeto direto e o objeto indireto são termos da oração</p><p>que se relacionam ao verbo e dizem respeito às ações que as pessoas realizam</p><p>sobre algo ou alguém. Isto, no plano linguístico, equivale a dizer que os objetos são</p><p>responsáveis por expressar a capacidade humana de agir e modificar seu entorno.</p><p>Viu também que o emprego dos objetos está ligado a motivos estilísticos ou de</p><p>clareza, como, por exemplo, o objeto direto preposicionado e o objeto direto e</p><p>indireto pleonástico. E, por fim, que os pronomes pessoais oblíquos átonos podem</p><p>desempenhar a função de objeto direto e de objeto indireto.</p><p>Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de</p><p>acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!</p><p>FINALIZANDO</p><p>T4</p><p>58 Nome do Objeto direto & objeto indireto Tema 4</p><p>T4</p><p>59Objeto direto & objeto indireto</p><p>AGUIAR NETA, M. do C. M.; MELO, M. de F. B. Coordenação e subordinação no</p><p>português do Brasil: da visão tradicional à abordagem lingüística. In: ENCONTRO</p><p>DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA, 11., 2009, João Pessoa. Anais... João Pessoa,</p><p>2009. Disponível em: <http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/</p><p>monitoriapet/ANAIS/Area4/4CCHLADLCVMT01.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>ALMEIDA, N. T. Gramática da língua portuguesa para concursos, vestibulares,</p><p>Enem, colégios técnicos e militares... São Paulo: Saraiva, 2009.</p><p>BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,</p><p>2009.</p><p>CAVALCANTE, M. M. Facultatividade e omissão de complementos verbais.</p><p>Revista de Letras, Ceará, v.19, n. ½, jan./dez. 1997. Disponível em: <http://www.</p><p>revistadeletras.ufc.br/rl19Art02.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>CEGALLA, D. P. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Companhia</p><p>Editora Nacional, 2008.</p><p>CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Gramática reflexiva. São Paulo: Atual, 2009.</p><p>Volume único.</p><p>COMPANI, D. A frase fragmentada como recurso estilístico. Entrelinhas. Rio</p><p>Grande do Sul, ano II, n. 1, jan./abr. 2005. Disponível em: <http://www.entrelinhas.</p><p>unisinos.br/index.php?e=1&s=9&a=4> Acesso em: 2 jan. 2014.</p><p>FARIAS, C. A. de. A multifuncionalidade do aposto em textos jornalísticos de</p><p>divulgação científica e em artigos científicos. Dissertação (Mestrado em Estudos</p><p>Linguísticos)– Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, 2011. Disponível em:</p><p><http://nou-rau.uem.br/nou-rau/document/?code=vtls000184614>. Acesso em:</p><p>2 jan. 2014.</p><p>HENRIQUES. C. C. Sintaxe: estudos descritivos da frase para o texto. Rio de Janeiro:</p><p>Campus/Elsevier, 2011.</p><p>HOUAISS A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. abr. 2007.</p><p>IGNÁCIO, S. E. Tipologia dos complementos verbais do português contemporâneo.</p><p>Disponível em: <http://seer.fclar.unesp.br/alfa/article/view/3755/3478>. Acesso</p><p>em: 2 jan. 2014.</p><p>LEFFA, V. J. Análise</p>

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