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<p>See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/238742296</p><p>A importância de Ontologias de Fundamentação para a Engenharia de Ontologias</p><p>de Domínio: o caso do domínio de Processos de Software</p><p>Article · January 2008</p><p>CITATIONS</p><p>23</p><p>READS</p><p>624</p><p>4 authors, including:</p><p>Giancarlo Guizzardi</p><p>University of Twente</p><p>439 PUBLICATIONS   10,355 CITATIONS</p><p>SEE PROFILE</p><p>Ricardo de Almeida Falbo</p><p>Universidade Federal do Espírito Santo</p><p>214 PUBLICATIONS   3,496 CITATIONS</p><p>SEE PROFILE</p><p>Renata Guizzardi</p><p>University of Twente</p><p>105 PUBLICATIONS   1,766 CITATIONS</p><p>SEE PROFILE</p><p>All content following this page was uploaded by Ricardo de Almeida Falbo on 27 March 2014.</p><p>The user has requested enhancement of the downloaded file.</p><p>https://www.researchgate.net/publication/238742296_A_importancia_de_Ontologias_de_Fundamentacao_para_a_Engenharia_de_Ontologias_de_Dominio_o_caso_do_dominio_de_Processos_de_Software?enrichId=rgreq-d1dad36d7c75d88fcb1a27d708469779-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzIzODc0MjI5NjtBUzo5ODc1Njc0MTU2NjQ2NUAxNDAwNTU2ODUwNDMz&el=1_x_2&_esc=publicationCoverPdf</p><p>https://www.researchgate.net/publication/238742296_A_importancia_de_Ontologias_de_Fundamentacao_para_a_Engenharia_de_Ontologias_de_Dominio_o_caso_do_dominio_de_Processos_de_Software?enrichId=rgreq-d1dad36d7c75d88fcb1a27d708469779-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzIzODc0MjI5NjtBUzo5ODc1Njc0MTU2NjQ2NUAxNDAwNTU2ODUwNDMz&el=1_x_3&_esc=publicationCoverPdf</p><p>https://www.researchgate.net/?enrichId=rgreq-d1dad36d7c75d88fcb1a27d708469779-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzIzODc0MjI5NjtBUzo5ODc1Njc0MTU2NjQ2NUAxNDAwNTU2ODUwNDMz&el=1_x_1&_esc=publicationCoverPdf</p><p>https://www.researchgate.net/profile/Giancarlo-Guizzardi-2?enrichId=rgreq-d1dad36d7c75d88fcb1a27d708469779-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzIzODc0MjI5NjtBUzo5ODc1Njc0MTU2NjQ2NUAxNDAwNTU2ODUwNDMz&el=1_x_4&_esc=publicationCoverPdf</p><p>https://www.researchgate.net/profile/Giancarlo-Guizzardi-2?enrichId=rgreq-d1dad36d7c75d88fcb1a27d708469779-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzIzODc0MjI5NjtBUzo5ODc1Njc0MTU2NjQ2NUAxNDAwNTU2ODUwNDMz&el=1_x_5&_esc=publicationCoverPdf</p><p>https://www.researchgate.net/institution/University-of-Twente?enrichId=rgreq-d1dad36d7c75d88fcb1a27d708469779-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzIzODc0MjI5NjtBUzo5ODc1Njc0MTU2NjQ2NUAxNDAwNTU2ODUwNDMz&el=1_x_6&_esc=publicationCoverPdf</p><p>https://www.researchgate.net/profile/Giancarlo-Guizzardi-2?enrichId=rgreq-d1dad36d7c75d88fcb1a27d708469779-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzIzODc0MjI5NjtBUzo5ODc1Njc0MTU2NjQ2NUAxNDAwNTU2ODUwNDMz&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf</p><p>https://www.researchgate.net/profile/Ricardo-Falbo?enrichId=rgreq-d1dad36d7c75d88fcb1a27d708469779-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzIzODc0MjI5NjtBUzo5ODc1Njc0MTU2NjQ2NUAxNDAwNTU2ODUwNDMz&el=1_x_4&_esc=publicationCoverPdf</p><p>https://www.researchgate.net/profile/Ricardo-Falbo?enrichId=rgreq-d1dad36d7c75d88fcb1a27d708469779-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzIzODc0MjI5NjtBUzo5ODc1Njc0MTU2NjQ2NUAxNDAwNTU2ODUwNDMz&el=1_x_5&_esc=publicationCoverPdf</p><p>https://www.researchgate.net/institution/Universidade_Federal_do_Espirito_Santo?enrichId=rgreq-d1dad36d7c75d88fcb1a27d708469779-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzIzODc0MjI5NjtBUzo5ODc1Njc0MTU2NjQ2NUAxNDAwNTU2ODUwNDMz&el=1_x_6&_esc=publicationCoverPdf</p><p>https://www.researchgate.net/profile/Ricardo-Falbo?enrichId=rgreq-d1dad36d7c75d88fcb1a27d708469779-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzIzODc0MjI5NjtBUzo5ODc1Njc0MTU2NjQ2NUAxNDAwNTU2ODUwNDMz&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf</p><p>https://www.researchgate.net/profile/Renata-Guizzardi?enrichId=rgreq-d1dad36d7c75d88fcb1a27d708469779-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzIzODc0MjI5NjtBUzo5ODc1Njc0MTU2NjQ2NUAxNDAwNTU2ODUwNDMz&el=1_x_4&_esc=publicationCoverPdf</p><p>https://www.researchgate.net/profile/Renata-Guizzardi?enrichId=rgreq-d1dad36d7c75d88fcb1a27d708469779-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzIzODc0MjI5NjtBUzo5ODc1Njc0MTU2NjQ2NUAxNDAwNTU2ODUwNDMz&el=1_x_5&_esc=publicationCoverPdf</p><p>https://www.researchgate.net/institution/University-of-Twente?enrichId=rgreq-d1dad36d7c75d88fcb1a27d708469779-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzIzODc0MjI5NjtBUzo5ODc1Njc0MTU2NjQ2NUAxNDAwNTU2ODUwNDMz&el=1_x_6&_esc=publicationCoverPdf</p><p>https://www.researchgate.net/profile/Renata-Guizzardi?enrichId=rgreq-d1dad36d7c75d88fcb1a27d708469779-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzIzODc0MjI5NjtBUzo5ODc1Njc0MTU2NjQ2NUAxNDAwNTU2ODUwNDMz&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf</p><p>https://www.researchgate.net/profile/Ricardo-Falbo?enrichId=rgreq-d1dad36d7c75d88fcb1a27d708469779-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzIzODc0MjI5NjtBUzo5ODc1Njc0MTU2NjQ2NUAxNDAwNTU2ODUwNDMz&el=1_x_10&_esc=publicationCoverPdf</p><p>Resumo — Ontologias de Fundamentação (Foundational</p><p>Ontologies) são sistemas de categorias filosoficamente bem</p><p>fundamentados e independentes de domínio que têm sido</p><p>utilizados com sucesso para melhorar a qualidade de</p><p>linguagens de modelagem e modelos conceituais. Neste artigo,</p><p>são apresentadas as últimas evoluções feitas em uma ontologia</p><p>de fundamentação particular denominada UFO (Unified</p><p>Foundational Ontology). Além disso, discute-se a relevância</p><p>de ontologias de fundamentação no desenvolvimento de</p><p>ontologias de domínio por meio de um estudo de caso no</p><p>domínio de processos de software.</p><p>Palavras-chave — Ontologias em Engenharia de Software,</p><p>Ontologias de Fundamentação, Processo de Software.</p><p>I. INTRODUÇÃO</p><p>esde o final dos anos sessenta, tem-se reconhecido</p><p>ontologias como um instrumento conceitual bastante útil</p><p>na Ciência da Computação, principalmente nas áreas de</p><p>modelagem de dados e inteligência artificial [1]. Nos últimos</p><p>oito anos, ocorreu uma explosão de trabalhos relacionados a</p><p>ontologias em diferentes áreas da Ciência da Computação,</p><p>motivados, sobretudo, pelo crescente interesse na Web</p><p>Semântica (Semantic Web) e no papel desempenhado por elas</p><p>nessa iniciativa.</p><p>Um importante ponto a ser enfatizado é a diferença nos</p><p>sentidos do termo ontologia quando usado em computação, de</p><p>um lado, pela comunidade de Modelagem Conceitual e do</p><p>outro pelas comunidades de Inteligência Artificial, Engenharia</p><p>de Software e Web Semântica [1]. Em Modelagem Conceitual</p><p>e áreas relacionadas (tal como Modelagem Organizacional), o</p><p>termo tem sido usado de acordo com sua definição em</p><p>Filosofia, a saber, como um sistema de categorias formais</p><p>independente de domínio e filosoficamente bem</p><p>fundamentado que pode ser usado para enunciar modelos da</p><p>realidade específicos de domínio. Em contraste, nas demais</p><p>áreas mencionadas, geralmente o termo ontologia é usado</p><p>como: (i) um artefato concreto de engenharia projetado para</p><p>um propósito específico sem dar muita atenção para questões</p><p>de fundamentação, (ii) uma representação de um domínio</p><p>particular (p.ex., biologia molecular, direito etc) expressa em</p><p>Esta pesquisa tem sido parcialmente apoiada pelas fundações de apoio a</p><p>pesquisa FAPES (Projeto INFRA-MODELA e Bolsa DCR #37274554/2007)</p><p>e FACITEC (Projeto MODELA).</p><p>alguma linguagem de representação de conhecimento (p.ex.,</p><p>RDF, OWL, F-Logic) ou de modelagem conceitual (p.ex.,</p><p>UML, EER).</p><p>Ontologias, no sentido filosófico, têm sido desenvolvidas</p><p>em Filosofia pelo menos desde Aristóteles e recentemente</p><p>várias dessas teorias têm sido propostas na área de Ontologia</p><p>Aplicada (Applied Ontology) sob o nome de Ontologias de</p><p>Fundamentação (Foundational Ontologies). Neste artigo,</p><p>discute-se uma ontologia de fundamentação particular</p><p>denominada UFO (Unified Foundational Ontology).</p><p>UFO tem sido desenvolvida baseada em um número de</p><p>teorias das áreas de Ontologias Formais, Lógica Filosófica,</p><p>Filosofia da Linguagem, Lingüística e Psicologia Cognitiva. O</p><p>cerne dessa ontologia (UFO-A) é apresentado em detalhes e</p><p>formalizado em [1]. Além disso, em outros trabalhos, UFO</p><p>tem sido aplicada com sucesso para avaliar, (re)projetar e</p><p>integrar os modelos de linguagens de modelagem conceitual,</p><p>bem como para prover semântica de mundo real (real-world</p><p>semantics) para seus elementos de modelagem (p.ex.,</p><p>[1-4]).</p><p>São dois os objetivos deste artigo. Primeiro, é apresentada</p><p>uma nova versão de dois fragmentos de UFO, denominados</p><p>UFO-B e UFO-C, inicialmente propostos em [4]. UFO-B é</p><p>uma ontologia de eventos. UFO-C fundamenta-se em UFO-A</p><p>e UFO-B para sistematizar conceitos sociais, tais como plano,</p><p>ação, objetivo, agente, intencionalidade, comprometimento e</p><p>compromisso. Segundo, trabalha-se a relação entre os dois</p><p>sentidos de ontologias anteriormente mencionados, ilustrando</p><p>a importância de ontologias de fundamentação no</p><p>desenvolvimento de ontologias de domínio. Em particular,</p><p>mostra-se como utilizar UFO para avaliar, re-projetar e dar</p><p>semântica de mundo real para uma ontologia de domínio,</p><p>usando como estudo de caso a ontologia de processo de</p><p>software desenvolvida no Projeto ODE (Ontology-based</p><p>software Development Environment) [5].</p><p>O restante deste artigo está organizado da seguinte forma:</p><p>na seção II, apresenta-se um pequeno fragmento de UFO-A,</p><p>discutindo apenas aquelas categorias que são essenciais para o</p><p>entendimento das seções que se seguem; nas seções III e IV,</p><p>são introduzidas as novas teorias desenvolvidas para UFO-B e</p><p>C, respectivamente; a seção V apresenta uma parte da</p><p>ontologia de processo de software original de ODE e mostra a</p><p>avaliação e o re-projeto dessa ontologia quando interpretada</p><p>em termos da UFO; finalmente, a seção VI apresenta as</p><p>considerações finais deste artigo.</p><p>G. Guizzardi, R.A. Falbo e R.S.S. Guizzardi</p><p>A importância de Ontologias de Fundamentação</p><p>para a Engenharia de Ontologias de Domínio: o</p><p>caso do domínio de Processos de Software</p><p>D</p><p>II. UFO-A: UMA ONTOLOGIA DE OBJETOS</p><p>Uma distinção fundamental dessa ontologia é entre as</p><p>categorias de Indivíduo (Particular) e Universal (Tipo).</p><p>Indivíduos são entidades que existem na realidade, possuindo</p><p>uma identidade única. Universais, por sua vez, são padrões de</p><p>características que podem ser instanciados em um número de</p><p>diferentes indivíduos.</p><p>Substanciais (substantial) são indivíduos existencialmente</p><p>independentes. Exemplos incluem objetos mesoscópicos do</p><p>senso comum, tais como uma pessoa, um cachorro, uma casa,</p><p>Tom Jobim e Os Beatles. A palavra Modo (Mode), em</p><p>contraste, denota a instanciação de uma propriedade. Um</p><p>modo é um indivíduo que só pode existir em outros indivíduos</p><p>e é dito ser inerente a esses indivíduos. Exemplos típicos de</p><p>modos são uma cor, uma carga elétrica, um sintoma etc. Um</p><p>importante traço que caracteriza todos os Modos é o fato deles</p><p>só poderem existir em outros indivíduos. Por exemplo, uma</p><p>carga elétrica só pode existir em algum condutor. Colocando</p><p>de forma mais técnica, diz-se que um modo é existencialmente</p><p>dependente de outros indivíduos [1]. A dependência</p><p>existencial também pode ser usada para diferenciar modos</p><p>intrínsecos e relacionais: modos intrínsecos (intrinsic modes)</p><p>são dependentes de um único indivíduo (p.ex., uma cor, uma</p><p>dor de cabeça, uma temperatura); modos relacionais</p><p>(relators) dependem de vários indivíduos (p.ex., um emprego,</p><p>um tratamento médico, um casamento).</p><p>Seguindo essa linha e levando em consideração a distinção</p><p>de categorias de indivíduos e universais, há categorias de</p><p>universais substanciais (substantial universals) e universais</p><p>de modo (mode universals). Exemplos do primeiro incluem</p><p>Maçã, Planeta e Pessoa. Exemplos do último incluem Cor,</p><p>Carga Elétrica e Dor de Cabeça.</p><p>Uma tentativa de modelar a relação entre modos intrínsecos</p><p>e sua representação em estruturas cognitivas humanas é</p><p>apresentada na Teoria de Espaços Conceituais introduzida em</p><p>[6]. Essa teoria é baseada na noção de estrutura de</p><p>qualidade (quality structure). A idéia é que para diversos</p><p>universais de propriedade que pode ser percebidos ou</p><p>concebidos há uma estrutura de qualidade associada na</p><p>cognição humana. Por exemplo, altura e massa são associadas</p><p>com estruturas unidimensionais isomórficas à parte não-</p><p>negativa da linha dos números reais. Outras propriedades</p><p>como cor e sabor são representadas por estruturas</p><p>multidimensionais. Em [6], a percepção ou concepção de uma</p><p>propriedade intrínseca pode ser representada como um ponto</p><p>na estrutura de qualidade. Esse ponto é denominado na</p><p>literatura de quale. Estruturas de qualidade e qualia são, junto</p><p>com conjuntos, números e proposições, exemplos de</p><p>indivíduos abstratos.</p><p>Relações são entidades que aglutinam outras entidades. Na</p><p>literatura de Filosofia, duas categorias amplas de relações são</p><p>tipicamente consideradas, a saber relações formais e</p><p>materiais. Relações formais acontecem entre duas ou mais</p><p>entidades diretamente, sem nenhum outro indivíduo</p><p>intervindo. Em princípio, a categoria de relações formais</p><p>inclui aquelas relações que formam a superestrutura</p><p>matemática de nosso arcabouço, incluindo dependência</p><p>existencial, parte-de, subconjunto-de, instanciação, dentre</p><p>outras [1]. Relações materiais, por outro lado, possuem</p><p>estrutura material por si próprias e incluem exemplos como</p><p>trabalhar em, estar matriculado em ou estar conectado a.</p><p>Enquanto, por exemplo, a relação formal entre Paulo e seu</p><p>conhecimento x de Grego acontece diretamente e tão logo</p><p>Paulo e x existam, para que aconteça uma relação material ser</p><p>tratado em entre Paulo e uma unidade médica U-M, uma outra</p><p>entidade precisa existir para mediar Paulo e U-M, neste caso</p><p>um tratamento. Essas entidades são denominadas modos</p><p>relacionais (relators) e são indivíduos com o poder de</p><p>conectar (mediar) outros indivíduos. Assim, um tratamento</p><p>médico conecta um paciente a uma unidade médica, uma</p><p>matrícula conecta um estudante a uma instituição de ensino</p><p>etc.</p><p>Suponha que João está casado com Maria. Neste caso,</p><p>assume-se que há um modo relacional m1 do tipo casamento</p><p>que media João e Maria. Além disso, há várias propriedades</p><p>que João adquire em virtude de estar casado com Maria, bem</p><p>como responsabilidades legais que João assume no contexto</p><p>dessa relação. Essas novas propriedades adquiridas são</p><p>instanciadas em modos intrínsicos de João que, por</p><p>conseguinte, são existencialmente dependentes dele.</p><p>Entretanto, esses modos também dependem da existência de</p><p>Maria. Esse tipo de modo é chamado de modo externamente</p><p>dependente, i.e, modos intrínsecos que são inerentes a um</p><p>único indivíduo, mas que são existencialmente dependentes de</p><p>outros (possivelmente vários) indivíduos. O modo relacional</p><p>casamento, neste caso, é a soma de todos os modos</p><p>externamente dependentes que João e Maria adquirem em</p><p>virtude de estarem casados um com o outro.</p><p>Indivíduo</p><p>Objeto</p><p>Substancial Modo</p><p>Modo RelacionalModo Intrínsico</p><p>Modo Externamente Dependente</p><p>Indivíduo Abstrato</p><p>Quale</p><p>Estrutura de Qualidade</p><p>Proposição</p><p>Entidade</p><p>Indivíduo Concreto</p><p>Situação</p><p>é ponto em></p><p>presente em></p><p>1..*</p><p>1..*</p><p>1..* 1..*</p><p>Fig. 1. Fragmento da UFO-A: Indivíduos</p><p>Finalmente, considera-se aqui a noção de situação.</p><p>Situações são entidades complexas constituídas possivelmente</p><p>por vários objetos (incluindo outras situações), sendo tratadas</p><p>aqui como um sinônimo para o que é chamado na literatura de</p><p>estado de coisas (state of affairs), ou seja, uma porção da</p><p>realidade que pode ser compreendida como um todo. São</p><p>exemplos de situações: “João estar gripado e com febre”, e</p><p>“Maria estar casada com João que trabalha para a UFES”.</p><p>Tomando por base a noção de situação, define-se a relação</p><p>“estar presente em” entre objetos e as situações que eles</p><p>constituem. Por exemplo, pode-se dizer que o substancial João</p><p>e seus modos febre e gripe estão presentes na situação “João</p><p>estar gripado e com febre”. Para uma discussão mais</p><p>detalhada de nossa visão de situações, veja [7].</p><p>Universal</p><p>Universal Unário</p><p>Universal de Substância</p><p>Universal de Modo Relação Material</p><p>Relação</p><p>Relação Formal</p><p>Entidade</p><p>Fig. 2. Fragmento da UFO-A: Universais</p><p>III. UFO-B: UMA ONTOLOGIA DE EVENTOS</p><p>UFO-B diferencia explictamente Eventos e Objetos</p><p>(Figuras 3-5). Classicamente, esta distinção é feita em termos</p><p>de suas respectivas relações com o tempo. Diz-se que objetos</p><p>estão inteiramente presentes em qualquer instante do tempo</p><p>que estiverem presentes, i.e., eles são no tempo no sentido de,</p><p>se em uma circunstância c1, um objeto O possui a propriedade</p><p>P1 e em uma circunstância c2 a propriedade P2 (possivelmente</p><p>incompatível com P1), ele continua sendo o mesmo objeto O</p><p>em ambas as situações. Por exemplo, pode-se dizer que o</p><p>indivíduo João pesa 80Kg em c1 e 70Kg em c2, mas ele é o</p><p>mesmo indivíduo João.</p><p>Eventos (ou ocorrências) são indivíduos compostos de</p><p>partes temporais. Eles acontecem no tempo no sentido de se</p><p>estenderem no tempo acumulando partes temporais. São</p><p>exemplos de eventos: uma conversa, uma partida de futebol, a</p><p>execução de uma sinfonia e um processo de negócio. Em</p><p>qualquer momento em que um evento está presente, apenas</p><p>algumas de suas partes temporais estarão presentes. Como</p><p>uma conseqüência, eventos não podem sofrer mudanças no</p><p>tempo no sentido genuíno, uma vez que nenhuma de suas</p><p>partes temporais mantém sua identidade ao longo do tempo.</p><p>Eventos são possíveis transformações de uma situação para</p><p>outra na realidade, i.e., eles podem alterar o estado de coisas</p><p>da realidade de um (pré)estado para outro (pós-estado).</p><p>Eventos são entidades ontologicamente dependentes no</p><p>sentido de, para existirem, dependerem existencialmente de</p><p>seus participantes. Seja o evento e: o ataque de Brutus a</p><p>César. Nesse evento, há a participação de César, Brutus e da</p><p>faca usada no ataque. Neste caso, e é composto da</p><p>participação individual de cada uma dessas entidades. Cada</p><p>uma dessas participações é por si própria um evento que pode</p><p>ser complexo ou atômico, mas que existencialmente depende</p><p>de um único substancial. Em UFO-B, ser atômico e ser</p><p>instantâneo são noções ortogonais, i.e., participações atômicas</p><p>podem se estender no tempo, bem como eventos instantâneos</p><p>podem ser compostos de múltiplas participações</p><p>(instantâneas). Em suma, o modelo da Figura 3 mostra essas</p><p>duas perspectivas sob as quais eventos podem ser analisados,</p><p>a saber: como entidades que se estendem no tempo com certas</p><p>estruturas mereológicas (i.e., eventos simples ou complexos),</p><p>e como entidades ontologicamente dependentes que podem</p><p>envolver um número de participações individuais.</p><p>Objeto</p><p>Substancial</p><p>Indivíduo Concreto</p><p>Evento</p><p>Evento Atômico Evento Complexo</p><p>2..*</p><p>1</p><p>< participação de</p><p>Situação</p><p>pré-estado</p><p>pós-estado</p><p>Participação</p><p>enquadrado em ></p><p>Intervalo Temporal</p><p>Fig. 3. Fragmento da UFO-B: Objetos e Eventos.</p><p>Considera-se nesta ontologia que todos os modos espaciais</p><p>(p.ex. localização no espaço) de eventos são definidas em</p><p>termos dos modos espaciais de seus participantes. Em</p><p>contraste, todos os modos temporais de substanciais são</p><p>definidos em termos dos eventos nos quais eles participam.</p><p>Análogo ao que foi discutido para objetos, os modos</p><p>temporais de eventos têm seus valores (qualia) obtidos pela</p><p>sua projeção em uma estrutura de qualidade. Assume-se aqui,</p><p>ainda, que o espaço conceitual de tempo é uma estrutura</p><p>composta de intervalos temporais (time intervals) que, por</p><p>sua vez, são compostos de instantes (time point). Instantes</p><p>podem ser representados como números reais e intervalos</p><p>temporais como conjuntos de números reais. Entretanto, eles</p><p>também podem ser interpretados como entidades sui generis,</p><p>tais como cronóides (chronoids) e fronteiras temporais [8].</p><p>Em outras palavras, nesse ponto, evita-se fazer</p><p>comprometimentos ontológicos desnecessários. Em particular,</p><p>este modelo permite uma diversidade de estruturas temporais,</p><p>tais como tempo linear, ramificado, paralelo e circular. Para o</p><p>caso de estruturas ordenadas, consideram-se as ditas Relações</p><p>entre intervalos de Allen [9] a partir das quais as</p><p>correspondentes relações entre eventos podem ser derivadas</p><p>(Figures 4 e 5).</p><p>Intervalo Temporal</p><p>Relação Relação Formal Relação Temporal</p><p>1</p><p>1</p><p>precede encontra intersecta inicia durante finaliza equivale</p><p>origem destino</p><p>**</p><p>Fig. 4. Fragmento da UFO-B: Relações de Allen [9].</p><p>Indivíduo Abstrato</p><p>Estrutura de Qualidade</p><p>Estrutura Temporal</p><p>Quale</p><p>< é ponto em</p><p>Instante</p><p>Intervalo Temporal</p><p>< é ponto em</p><p>0..1</p><p>fim</p><p>0..1início</p><p>Fig. 5. Fragmento da UFO-B: Intervalos Temporais e Instantes.</p><p>IV. UFO-C: UMA ONTOLOGIA DE ENTIDADES SOCIAIS</p><p>A terceira camada da UFO é uma ontologia de entidades</p><p>sociais (tanto objetos quanto eventos), construída sobre UFO-</p><p>A e UFO-B. Fragmentos dessa ontologia são mostrados nas</p><p>Figuras 6 e 7. Começa-se pela distinção entre substanciais</p><p>agentivos e não agentivos, respectivamente denominados aqui</p><p>por agentes e substanciais inanimados. Agentes podem ser</p><p>físicos (p.ex., uma pessoa) ou sociais (p.ex., uma organização,</p><p>uma sociedade). Substanciais Inanimados também podem ser</p><p>indivíduos físicos (p.ex., um livro, um carro, uma árvore) ou</p><p>sociais (p.ex., dinheiro, linguagem e normas). Uma descrição</p><p>normativa (normative description) [10] é um tipo de</p><p>substancial inanimado social que define uma ou mais</p><p>regras/normas reconhecidas por, pelo menos, um agente social</p><p>e que pode definir entidades sociais como universais (p.ex.,</p><p>tipos de comprometimentos sociais), outros objetos (a coroa</p><p>do rei da Espanha) e papéis sociais, tais como presidente, ou</p><p>pedestre. São exemplos de descrições normativas a</p><p>Constituição Brasileira e o regimento do Mestrado em</p><p>Informática da UFES, bem como um conjunto de diretivas</p><p>sobre como realizar algumas ações dentro de uma</p><p>organização.</p><p>Substancial</p><p>AgenteS.Inanimado</p><p>Evento</p><p>Participação</p><p>Ação</p><p>Contribuição de Ação</p><p>1</p><p>atuação de></p><p>Evento Complexo</p><p>Ação Complexa 2..*</p><p>Interação</p><p>Universal de EventoUniversal de Ação (Plano)</p><p>instância de ></p><p>Ação Atômica</p><p>Ato Comunicativo</p><p>S.Inanimado Social</p><p>Agente Social</p><p>Descrição Normativa</p><p>reconhecida por></p><p>Participação como Recurso</p><p>Criação Término Uso Alteração</p><p>participação como recurso de></p><p>participação de></p><p>1</p><p>recurso</p><p>1</p><p>2..*</p><p>Evento Atômico</p><p><instância de</p><p>*</p><p>*</p><p>*</p><p>Fig. 6. Fragmento de UFO-C: Ações, Agentes e Substanciais Inanimados</p><p>Agente</p><p>Modo Intencional</p><p>Modo Mental</p><p><inerente a</p><p>DesejoCrença Intenção (Comprometimento Interno)</p><p>Proposição</p><p>* 1</p><p>< conteúdo proposicional de</p><p>Objetivo</p><p>1..* 1..*< conteúdo proposicional de</p><p>SituaçãoEvento</p><p>Ação</p><p>causada por></p><p>Comprometimento Social</p><p>Modo Externamente Dependente</p><p>Modo Social Comprometimento</p><p>Reinvindicação Social</p><p>Modo Intrínsico</p><p>< dependência externa</p><p>Modo Relacional</p><p>Modo</p><p>Modo Relacional Social</p><p>satisfaz</p><p>pré-estado</p><p>pós-estado</p><p>C. Cumprido</p><p>2..*</p><p>1 1..*</p><p>Fig. 7. Fragmento de UFO-C: Modos Mentais e Sociais</p><p>Agentes são substanciais que podem possuir tipos especiais</p><p>de modos chamados de modos intencionais (intentional</p><p>modes). Conforme sustentado em [11], intencionalidade deve</p><p>ser entendida em um contexto mais amplo do que a noção de</p><p>“alguma coisa que se intenciona”, mas como a capacidade de</p><p>certas propriedades de certos indivíduos de se referir a</p><p>possíveis situações na realidade. Todo modo intencional tem</p><p>um tipo – p.ex, crença (belief), desejo (desire), intenção</p><p>(intention) – e um conteúdo proposicional, sendo este último</p><p>uma representação abstrata de uma classe de situações</p><p>referenciadas por esse modo intencional. Assim, “alguma</p><p>coisa que se intenciona” é um tipo específico de</p><p>intencionalidade denominada intenção (intention). O</p><p>conteúdo proposicional de uma intenção é um objetivo (goal).</p><p>A relação precisa entre um modo intencional e uma situação é</p><p>a seguinte: uma situação na realidade pode satisfazer o</p><p>conteúdo proposicional de um modo intencional (i.e.,</p><p>satisfazer, no sentido lógico, a proposição representando o</p><p>conteúdo proposicional). Crenças podem ser justificadas por</p><p>situações na realidade. Exemplos incluem a crença de que</p><p>Roma é a capital da Itália e de que a Lua move-se em órbita</p><p>em torno da Terra. Desejos e intenções podem ser realizados</p><p>ou podem ser frustrados. Enquanto um desejo expressa uma</p><p>vontade de um agente em direção a um estado de coisas na</p><p>realidade (p.ex., o meu desejo de que o Brasil ganhe a</p><p>próxima Copa do Mundo), intenções</p><p>são estados de coisas</p><p>desejados e que o agente se compromete a perseguir</p><p>(comprometimento interno), tal como a intenção de passar as</p><p>próximas férias na praia [11] [12]. Por essa razão, intenções</p><p>fazem com que agentes executem ações.</p><p>Ações são eventos intencionais, i.e., eventos que</p><p>instanciam um plano (ação universal) com o propósito</p><p>específico de satisfazer (o conteúdo proposicional de) alguma</p><p>intenção. São exemplos de ações: escrever este artigo, um</p><p>processo de negócio, um ato comunicativo [11] etc. Assim</p><p>como eventos, ações podem ser atômicas ou complexas. Já</p><p>uma ação complexa é composta de duas ou mais participações.</p><p>Essas participações, por sua vez, podem ser intencionais</p><p>(sendo, portanto, elas próprias ações) ou eventos não</p><p>intencionais. Por exemplo, o ataque de Brutus a César inclui a</p><p>participação intencional de Brutus e a participação não</p><p>intencional da faca. Em outras palavras, seguindo a tradição</p><p>de teorias filosóficas de ação (action theories), nem toda</p><p>participação de um agente é considerada uma ação, mas</p><p>somente as participações intencionais, aqui denominadas</p><p>contribuições de ação (action contributions). Apenas agentes</p><p>(entidades capazes de possuir modos intencionais) podem</p><p>realizar ações.</p><p>Um substancial inanimado participando em uma ação é</p><p>denominado um recurso. Uma ação complexa composta de</p><p>contribuições de ações de diferentes agentes é denominada</p><p>uma interação (interaction). Dois artistas colaborando para</p><p>criar uma escultura é um exemplo de uma interação, assim</p><p>como um diálogo entre dois agentes. No primeiro caso, a</p><p>escultura, as ferramentas e o material usados para criá-la são</p><p>exemplos de recursos. Substanciais inanimados podem</p><p>participar em ações de diferentes maneiras. Neste artigo, são</p><p>considerados quatro tipos de participação de recurso</p><p>(resource participation), a saber: criação (creation), término</p><p>(termination), alteração (change) e uso (usage), que podem</p><p>ser caracterizados como se segue. Sejam r um recurso, a uma</p><p>ação e s1 e s2 duas situações correspondendo, respectivamente,</p><p>ao pré e ao pós-estado da ação a. Tem-se, então:</p><p>• criação: uma participação de recurso de r em a é uma</p><p>criação sse: (r não está presente em s1 ) E (r está</p><p>presente em s2) E (existe pelo menos uma contribuição</p><p>de ação ac que é parte de a e que s2 satisfaz o conteúdo</p><p>proposicional de ac).</p><p>• término: uma participação de recurso de r em a é um</p><p>término sse: (r está presente em s1) E (r não está</p><p>presente em s2) E (existe pelo menos uma contribuição</p><p>de ação ac que é parte de a e que s2 satisfaz o conteúdo</p><p>proposicional de ac).</p><p>• alteração: uma participação de recurso de r em a é uma</p><p>alteração sse: (i) existe pelo menos um modo m tal que</p><p>(m é inerente a r em s1 E m não é inerente a r em s2)</p><p>OU (m não é inerente a r em s1 E m é inerente a r em</p><p>s2); E (ii) existe pelo menos uma contribuição de ação</p><p>ac que é parte de a e que s2 satisfaz o conteúdo</p><p>proposicional de ac.</p><p>• uso: uma participação de recurso que não é de nenhum</p><p>dos tipos acima é uma participação de uso.</p><p>Conforme discutido em [3], uma participação de recurso</p><p>pode ser a causa de uma dependência de recurso e o resultado</p><p>de uma aquisição de recurso entre agentes. Em uma aquisição</p><p>de recurso de um agente B para um agente A, A dá permissão</p><p>do recurso r para B. Para isso acontecer, A deve ter o direito</p><p>de conceder permissão para o agente B e, além disso, o direito</p><p>de conceder o direito do tipo de permissão (p.ex, usar, alterar).</p><p>Em outras palavras, diferentes tipos de participações de</p><p>recurso podem ser ligados a diferentes conseqüências</p><p>deônticas da relação entre agentes. Em suma, uma</p><p>participação de recurso em uma ação corresponde à criação</p><p>(alteração, término ou uso) pretendida de um objeto nessa</p><p>ação. Assim, considera-se, por exemplo, uma alteração do</p><p>recurso r na ação a quando essa alteração é o conteúdo da</p><p>intenção de pelo menos um dos agentes nessa ação.</p><p>Atos comunicativos podem ser usados para criar modos</p><p>sociais (social modes). Nessa visão, a linguagem não somente</p><p>representa a realidade mas também cria parte dela [11]. Assim,</p><p>propriedades sociais são tipos de propriedades intencionais</p><p>que são criados pela troca de atos comunicativos e pelas</p><p>conseqüências dessas trocas (p.ex., adoção de uma objetivo,</p><p>delegação etc [3][12]). Suponha que João alugue um carro em</p><p>uma locadora de automóveis. Quando ele assina um contrato</p><p>de locação, ele está executando um ato comunicativo, no caso</p><p>uma promessa. Esse ato cria um comprometimento social</p><p>(social commitment) com a locadora: o comprometimento de</p><p>devolver o carro em certas condições etc (o conteúdo</p><p>proposicional). Além disso, cria também uma reivindicação</p><p>social (social claim) da locadora para com João, relativa a</p><p>esse conteúdo proposicional. Um modo relacional social</p><p>(social relator), ou vínculo social (social bond), é um tipo de</p><p>modo social composto de dois ou mais pares de</p><p>comprometimentos/reivindicações (propriedades sociais)</p><p>associados. Finalmente, um comprometimento (interno ou</p><p>social) é cumprido por um agente se esse agente realiza uma</p><p>ação tal que o pós-estado dessa ação é uma situação que</p><p>satisfaz o conteúdo proposicional daquele comprometimento.</p><p>A. Distinção entre Universais de Ação, Ocorrências de</p><p>Ação e Ações Programadas</p><p>Nesta subseção, elaboram-se alguns dos conceitos</p><p>discutidos anteriormente com a intenção de clarificar uma</p><p>distinção que é comumente obscura em diversos modelos de</p><p>processo, a saber a distinção entre universais de ação (action</p><p>universals), ocorrências de ações (action occurrences) e ações</p><p>programadas (scheduled actions). A Figura 8 apresenta</p><p>categorias ontológicas adicionais da UFO-C necessárias para</p><p>discutir essas distinções.</p><p>Inicia-se com um detalhamento da noção de</p><p>comprometimento (commitment). Comprometimentos</p><p>(internos ou sociais) podem ser cumpridos (fulfilled) ou não</p><p>cumpridos (unfulfilled). Comprometimentos não cumpridos</p><p>podem estar pendentes (pending), desmarcado (dismissed)</p><p>ou quebrados (broken). Um comprometimento social</p><p>(social commitement) C é um comprometimento de um agente</p><p>A para com outro agente B. Na qualidade de um modo</p><p>externamente dependente, diz-se que C é inerente a A e</p><p>externamente dependente de B. Diferentemente de um</p><p>comprometimento interno, neste caso, C só pode ser</p><p>desmarcado por B. Comprometimentos internos ou</p><p>intenções (intentions) fazem com que o agente realize ações.</p><p>Assim, seguindo [12], tem-se que comprometimentos sociais</p><p>necessariamente causam a criação de comprometimentos</p><p>internos, i.e., se Pedro promete trazer um livro amanhã para</p><p>João, além do comprometimento com João, ele também tem a</p><p>intenção (comprometimento interno) de trazer o livro amanhã.</p><p>Modo Intencional</p><p>Proposição</p><p>conteúdo proposicional de></p><p>Objetivo</p><p>Intervalo Temporal</p><p>Comprometimento</p><p>C. Cumprido</p><p>C. Não Cumprido</p><p>C.Pendente C.Desmarcado</p><p>C.Quebrado</p><p>Objetivo de Compromisso</p><p>associado a ></p><p>Universal de Ação (Plano)</p><p>baseado em></p><p>Comprometimento Fechado</p><p>Auto-Compromisso</p><p>Compromisso Social</p><p>Compromisso Fechado</p><p>Compromisso Fechado Complexo</p><p>Universal de Ação Complexa</p><p>baseado em></p><p>2..*</p><p>Compromisso</p><p>Fig. 8. Fragmento da UFO-C tratando de Compromissos.</p><p>Como discutido na seção anterior, um comprometimento é</p><p>cumprido por um agente A se esse agente realiza uma ação tal</p><p>que o pós-estado dessa ação é uma situação que satisfaz o</p><p>conteúdo proposicional do comprometimento. Em muitos</p><p>casos, há diversas ações que podem levar a essa situação.</p><p>Diferenciam-se comprometimentos abertos (open</p><p>commitments) e fechados (closed commitments), sendo a</p><p>diferença que, no caso do último, o agente deve cumprir o</p><p>comprometimento pela execução de uma ação específica. Diz-</p><p>se, então, que um comprometimento C é baseado em um plano</p><p>P tal que C é cumprido pelo agente A se e somente se A</p><p>ativamente provocar uma situação S que satisfaz o conteúdo</p><p>proposicional de C e por meio de uma ação p´ que é uma</p><p>instância de P. Comprometimentos abertos e fechados podem</p><p>explicar</p><p>as noções de delegação aberta e fechada [12],</p><p>respectivamente. Essas, por sua vez, podem explicar a</p><p>diferença entre o que é chamado de Dependência de Objetivo</p><p>(Goal Dependence) e Dependência de Plano (Plan</p><p>Dependence) em linguagens de Engenharia de Requisitos, tais</p><p>como TROPOS e i* [3].</p><p>Um tipo especial de comprometimento é um compromisso</p><p>(appointment). Um compromisso é um comprometimento cujo</p><p>conteúdo proposicional explicitamente refere-se a um</p><p>intervalo temporal. Por exemplo, enquanto “Pedro promete</p><p>devolver o livro para João” é um comprometimento social,</p><p>“Pedro promete devolver o livro para João nessa semana” é</p><p>um compromisso. Um compromisso pode ser interno,</p><p>denominado aqui de auto-compromisso (self-appointment),</p><p>ou um compromisso social (social appointment). Um</p><p>compromisso fechado (closed appointment) é um</p><p>comprometimento fechado cujo conteúdo proposicional se</p><p>refere explicitamente a um intervalo temporal. Um</p><p>compromisso fechado complexo (complex closed</p><p>appointment) é baseado em uma universal de ação complexa</p><p>(complex action universal). De um lado, um compromisso</p><p>fechado complexo C é composto de vários comprometimentos</p><p>que devem ser satisfeitos pela execução de um número de</p><p>ações que são parte de uma ação complexa (instância de um</p><p>plano complexo no qual C é baseado). De outro, C representa</p><p>um conjunto de comprometimentos de executar uma instância</p><p>de um plano complexo pela execução de suas sub-ações</p><p>específicas (i.e., criando instâncias dessas ações) dentro de</p><p>intervalos temporais específicos (referenciados pelo conteúdo</p><p>proposicional do seus sub-comprometimentos).</p><p>Neste ponto, é possível tornar claro que ações programadas</p><p>(scheduled actions) não são nem ocorrências de ações (action</p><p>occurrences) (i.e., eventos particulares que ocorrem em</p><p>intervalos de tempo específicos) nem universais de ação</p><p>(action universals) (padrões de características instanciados por</p><p>múltiplas ocorrências de ações). De fato, uma ação</p><p>programada não é uma ação. Ao contrário, é um</p><p>comprometimento de instanciar um plano em um intervalo de</p><p>tempo específico, ou seja, é um compromisso fechado (closed</p><p>appointment).</p><p>V. ANALISANDO E APERFEIÇOANDO UMA ONTOLOGIA DE</p><p>PROCESSO DE SOFTWARE EM TERMOS DA UFO</p><p>Em [13], Falbo e Bertollo apresentam uma Ontologia de</p><p>Processo de Software que foi desenvolvida para estabelecer</p><p>uma conceituação comum para organizações de software</p><p>falarem sobre processos de software. Essa ontologia é usada</p><p>como base para o desenvolvimento de uma infra-estrutura de</p><p>processo para ODE (Ontology-based software Development</p><p>Environment) [5], um Ambiente de Desenvolvimento de</p><p>Software Centrado em Processo. A Figura 9 mostra um</p><p>fragmento dessa ontologia.</p><p>Conforme mostrado nessa figura, um processo de software</p><p>pode ser decomposto em atividades ou outros processos,</p><p>chamados de sub-processos. Uma atividade é uma porção de</p><p>trabalho que pode produzir artefatos (produtos). Para ser</p><p>realizada, uma atividade requer recursos, adota procedimentos</p><p>e utiliza artefatos produzidos por outras atividades (insumos).</p><p>Uma atividade pode ser decomposta em sub-atividades e pode</p><p>depender da realização de outras atividades, ditas pré-</p><p>atividades. Artefatos podem ser decompostos em sub-</p><p>artefatos.</p><p>Recursos são usados durante, ou para apoiar, a execução de</p><p>atividades. Esses recursos podem ser agrupados em três</p><p>categorias principais: (i) recursos humanos são os papéis que</p><p>agentes humanos devem desempenhar em uma atividade, tais</p><p>como engenheiro de requisitos, gerente de projeto, cliente etc;</p><p>(ii) recursos de hardware incluem quaisquer equipamentos de</p><p>hardware requeridos para a realização de uma atividade, tais</p><p>como computadores e impressoras; (iii) recursos de software</p><p>dizem respeito a qualquer produto de software que é usado na</p><p>realização de uma atividade, tal como uma ferramenta CASE</p><p>ou um sistema de gerenciamento de banco de dados.</p><p>Procedimentos são adotados na realização de atividades.</p><p>Há diversos tipos de procedimentos. Modelos de Documento,</p><p>por exemplo, são modelos a serem seguidos em uma atividade</p><p>para a elaboração de um artefato. Um método é um</p><p>procedimento sistemático que define um fluxo (workflow) de</p><p>atividades (uma seqüência de passos) e heurísticas para</p><p>realizar uma ou mais atividades. Quando um método pode ser</p><p>adotado na realização de mais de uma atividade, ele possui um</p><p>fluxo de trabalho (workflow) para cada uma delas.</p><p>Atividade Artefato</p><p>Recurso</p><p>Recurso de Software</p><p>Recurso de Hardware</p><p>Recurso Humano</p><p>Processo de Software</p><p>subProcesso</p><p>superProcesso</p><p>superAtividade</p><p>subAtividade subArtefato</p><p>superArtefato</p><p>pré-atividade</p><p>pós-atividade</p><p>requer></p><p>depende de></p><p>artefato de entrada</p><p>artefato de saída</p><p>usa</p><p>produz</p><p>Modelo de DocumentoProcedimento</p><p>Fluxo de Trabalho de Método</p><p>Método</p><p>descreve como executar></p><p>define> aplicável em><adota</p><p>Fig. 9. Fragmento da Ontologia de Processo de Software de ODE.</p><p>As Figuras 10 e 11 representam fragmentos da ontologia de</p><p>processo de software revisado, obtidos pela interpretação dos</p><p>conceitos da ontologia original em termos de UFO-C. Nesses</p><p>modelos, os conceitos da UFO são mostrados em cinza. Nessa</p><p>interpretação, torna-se claro que a ontologia de processos do</p><p>ODE funde as noções de universal de ação (action universal)</p><p>e ocorrência de ação (action occurrence). Fez-se, portanto, a</p><p>separação desses conceitos, introduzindo-se os termos</p><p>Ocorrência de Atividade e Ocorrência de Processo de</p><p>Software para denotar ações particulares que ocorrem em</p><p>intervalos de tempo específicos. Uma ocorrência de atividade</p><p>pode ser atômica ou complexa. Uma ocorrência de processo</p><p>de software, em contraste, é necessariamente uma ação</p><p>complexa. De fato, a distinção entre a ocorrência de um sub-</p><p>processo (i.e., um processo que é parte de outro processo) e a</p><p>ocorrência de uma atividade complexa não é clara na</p><p>ontologia de domínio original. Neste trabalho, para eliminar</p><p>essa ambigüidade, assume-se que uma ocorrência de processo</p><p>de software é a raiz de um reticulado de composição, i.e, uma</p><p>ocorrência de processo de software é uma ação complexa que</p><p>não é parte de nenhum outro evento complexo. Uma</p><p>conseqüência dessa definição é que não é possível haver sub-</p><p>processos e, portanto, a relação todo-parte reflexiva entre</p><p>ocorrências de processo de software foi removida do modelo.</p><p>Em suma, uma Ocorrência de Processo de software é uma</p><p>instância de Processo de Software que, por sua vez, é um</p><p>subtipo de Universal de Ação Complexa. Uma Ocorrência de</p><p>Atividade é uma instância de uma Atividade, que é um subtipo</p><p>de Universal de Ação (Plano).</p><p>Na ontologia original, um artefato é um tipo de Substancial</p><p>Inanimado. A relação de sub-artefato entre artefatos é,</p><p>portanto, governada pelos axiomas mereológicos definidos</p><p>para relações todo-parte entre substanciais definidos em [1].</p><p>Embora isso não possa ser detalhado aqui, tem-se que,</p><p>geralmente, essas relações entre objetos são irreflexivas,</p><p>assimétricas e não transitivas. Relações todo-parte entre</p><p>processos, em contraste, são relações de ordem parcial estrita.</p><p>A noção de recurso na ontologia do ODE pode ser</p><p>mapeada para a noção de substancial na UFO-A e a relação</p><p>requer sub-julga diferentes tipos de participação de uma</p><p>ocorrência de atividade. Acredita-se que essa questão precisa</p><p>ser elaborada nessa ontologia, de modo a fazer justiça à</p><p>distinção entre contribuições de ação e participação de</p><p>recursos em UFO-C. Em particular, um recurso humano (um</p><p>Agente em UFO-C) não pode ser usado, modificado, criado</p><p>ou eliminado por uma ocorrência de atividade. Ao contrário,</p><p>uma contribuição de ação de um recurso humano, na verdade,</p><p>denota um comprometimento social desse agente em realizar</p><p>parte dessa ocorrência de atividade (com suas permissões e</p><p>obrigações decorrentes). Em termos de relações formais, em</p><p>[3] apontamos que a relação requer para o caso de recursos</p><p>humanos é um tipo de relação de dependência entre agentes,</p><p>que conduz a uma relação de delegação quando o processo</p><p>é</p><p>instanciado ou programado. Em poucas palavras, um agente A</p><p>depende de um agente B se e somente se A possui um objetivo</p><p>O que ele não pode atingir sozinho (seja por falta de</p><p>capacidade, seja pelo fato de O contrastar com um de seus</p><p>outros objetivos) e B pode atingir O. O agente A delega o</p><p>objetivo O para B se e somente se A depende de B em relação</p><p>a O e B compromete-se em atingir O para A.</p><p>Recursos de hardware e de software são tipos de</p><p>substanciais inanimados e, portanto, seus tipos de participação</p><p>devem corresponder aos tipos de participação de recurso</p><p>definidos na UFO-C. Nesse caso específico, a participação</p><p>deve ser de uso. Por outro lado, um artefato de saída (produto)</p><p>é um recurso com participação de criação em uma ocorrência</p><p>de atividade, enquanto um artefato de entrada (insumo) é um</p><p>recurso com participação de uso.</p><p>Vale ressaltar que um recurso em UFO-C é um papel que</p><p>um objeto desempenha em um evento. Por conseguinte, o</p><p>mesmo deve acontecer para suas subclasses: artefato de</p><p>entrada, artefado de saída e recursos devem ser papéis</p><p>desempenhados por substanciais inanimados no escopo de</p><p>uma ocorrência de atividade. Como uma conseqüência, um</p><p>substancial S que é um artefato de entrada (insumo) para uma</p><p>ocorrência de atividade pode ser um artefato de saída de outra</p><p>ocorrência de atividade. Agora, pode um substancial S que é</p><p>um artefato de saída (produto) para uma ocorrência de</p><p>atividade ser um recurso de software usado por outra</p><p>ocorrência de atividade? Em outras palavras, uma vez que</p><p>recursos humanos não são mais considerados recursos, o que</p><p>caracteriza os diferentes papéis de produto e recurso, uma vez</p><p>que ambos são desempenhados por substanciais inanimados</p><p>com participação de uso? A resposta é a seguinte: se um</p><p>objeto desempenha o papel de recurso em uma ocorrência de</p><p>atividade, então não há uma participação de criação desse</p><p>objeto em outra ocorrência de atividade que é parte da mesma</p><p>ocorrência de processo de software.</p><p>Um procedimento é um tipo de Descrição Normativa. Em</p><p>UFO-C, há dois tipos especiais de descrições normativas:</p><p>descrições de objeto e de plano. Uma descrição de</p><p>substancial inanimado é uma descrição de um universal de</p><p>substancial inanimado, tal como a planta de uma casa. De</p><p>maneira análoga, uma descrição de plano (plan description) é</p><p>uma descrição de um plano (universal de ação), tal como</p><p>diretivas sobre como montar uma cadeira. Um método é um</p><p>tipo de descrição de plano, enquanto um modelo de</p><p>documento é um tipo de descrição de substancial.</p><p>requer></p><p>Ocorrência de Atividade Artefato</p><p>Recurso</p><p>Recurso de Software</p><p>Recurso de Hardware</p><p>Recurso Humano</p><p>pósAtividade</p><p>depende de></p><p>subArtefato</p><p>superArtefato</p><p>artefato de entrada</p><p>artefato de saída</p><p>usa</p><p>produz</p><p>UFO:Recurso</p><p>S.Inanimado</p><p>Agente Substancial</p><p>Ação</p><p>Procedimento Modelo de Documento</p><p>Descrição Normativa Descrição de S. Inanimado</p><p>descreve></p><p>aplicável em>préAtividade</p><p>Universal S. Inanimado</p><p>instância de></p><p>Fig. 10. Fragmento Remodelado da Ontologia da Processos de Software</p><p>(Substanciais)</p><p>Uma outra questão na ontologia original é a relação de</p><p>dependência entre atividades (agora, ocorrências de</p><p>atividades). Dependência entre ocorrências de atividades é</p><p>definida em termos de recursos e, mais especificamente, de</p><p>artefatos: uma ocorrência de atividade a depende de uma</p><p>ocorrência de atividade b se e somente se a utiliza como</p><p>insumo um recurso produzido por b. Entretanto, os nomes de</p><p>papéis usados nessa relação são pré-atividade e pós-atividade,</p><p>indicando que há uma relação de ordenação escondida entre</p><p>essas ocorrências de atividade. A que relações de ordenação</p><p>temporal essas relações corresponderiam? Pela ontologia</p><p>original, não é possível chegar a uma resposta. Em geral, as</p><p>duas únicas relações temporais que podem ser descartadas de</p><p>início são termina (finishes) e equivalente (equals), i.e., se</p><p>uma ocorrência de atividade a depende de alguma coisa</p><p>produzida por uma ocorrência de atividade b, então a não</p><p>pode terminar simultaneamente ou antes de b. Assim,</p><p>considerando relações de ordenação entre ocorrências de</p><p>atividade instantâneas, a dependência implica que b ocorre</p><p>antes de a (vide UFO-B), uma vez que as relações inicia</p><p>(starts) e durante (during) não são definidas para instantes e a</p><p>relação encontra (meets) degenera-se para equivalente neste</p><p>caso. Entretanto, para o caso de ocorrências de atividade que</p><p>se estendem no tempo, há quatro possibilidades: precede</p><p>(before), encontra (meets), inicia (starts) e durante (during).</p><p>Em qualquer caso, essas quatro relações são de ordem total e</p><p>estrita (irreflexiva, assimétrica e transitiva) se um modelo</p><p>linear de tempo for assumido. Em suma, uma vez que a</p><p>dependência entre ocorrências de atividade implica uma</p><p>relação de ordem total mais uma dependência de recurso,</p><p>como resultado tem-se que a relação deve obedecer uma</p><p>relação de ordem parcial (i.e., irreflexiva, assimétrica e</p><p>transitiva, mas não totalmente definida).</p><p>Podem se tornar mais claras as duas relações entre método</p><p>e fluxo de trabalho na Figura 9, fazendo-se uma distinção</p><p>explícita entre Universal de Ação (Action Universal) e uma</p><p>descrição desse universal. Um fluxo de trabalho de um</p><p>método é um exemplo de uma descrição. Assim, não se pode</p><p>dizer que ele é composto de atividades. Como uma descrição</p><p>de plano (plan description), um fluxo de trabalho de um</p><p>método descreve como realizar um universal de ação</p><p>complexa (um processo de software ou uma atividade</p><p>complexa). A relação “descreve como realizar” é, portanto,</p><p>uma especialização da relação “descreve” entre Plano (Plan) e</p><p>Descrição de Plano (Plan Description). Além disso, como</p><p>uma descrição de um universal de ação complexa, um fluxo de</p><p>trabalho de um método descreve como realizar duas ou mais</p><p>ações que compõem as instâncias desse universal.</p><p>Ocorrência de Atividade</p><p>ProcedimentoMétodo</p><p>Fluxo de Trabalho de Método</p><p>adota></p><p>Descrição NormativaDescrição de Plano</p><p>Universal de Ação (Plano)</p><p>descreve></p><p>Ação</p><p>Universal de Ação Complexa</p><p><instância de</p><p>Ação Complexa</p><p>Atividade</p><p><instância de</p><p>< instância de</p><p>Processo de Software</p><p>< instância de</p><p>2..*</p><p>Ocorrência de Processo Soft.</p><p>descreve como executar></p><p>subAtividade</p><p>superAtividade</p><p>2..*</p><p>Fig. 11. Fragmento Remodelado da Ontologia da Processos de Software</p><p>(Eventos)</p><p>VI. CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Este artigo apresentou as evoluções mais recentes da</p><p>ontologia de fundamentação UFO. Em particular, foram</p><p>discutidas as novas versões de dois fragmentos da UFO, a</p><p>saber UFO-B (que diz respeito a eventos) e UFO-C (que trata</p><p>de conceitos sociais e intencionais). Além disso, ilustrou-se o</p><p>papel desempenhado por uma ontologia filosoficamente bem</p><p>fundamentada no projeto de ontologias de domínio. Em</p><p>particular, mostrou-se como UFO pode ser usada para avaliar,</p><p>re-projetar e dar semântica de mundo real para uma ontologia</p><p>no domínio de engenharia de software, a saber a ontologia de</p><p>processo de software que é o cerne do ambiente de</p><p>desenvolvimento de software ODE. Fazendo isso, corrigiu-se</p><p>um número de problemas conceituais nessa ontologia,</p><p>tornando-a mais fiel ao domínio representado e tornando seus</p><p>comprometimentos ontológicos explícitos.</p><p>Fidedignidade à realidade e clareza conceitual são atributos</p><p>de qualidade essenciais para modelos conceituais, em geral, e</p><p>para ontologias de domínio em particular, e são diretamente</p><p>responsáveis pela efetividade desses modelos como</p><p>arcabouços de referência para as tarefas de reúso e</p><p>interoperabilidade semântica como exemplificado em [1-4].</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>[1] Guizzardi, G. Ontological Foundations for Structural Conceptual</p><p>Models, Telematica Insituut Fundamental Research Series no. 15, The</p><p>Netherlands, 2005, ISBN 90-75176-81-3.</p><p>[2] Guizzardi, G., The Role of Foundational Ontology for Conceptual</p><p>Modeling and Domain Ontology Representation, Keynote Paper,</p><p>Proceedings of 7th International Baltic Conference on Databases and</p><p>Information Systems (DB&IS), Vilnius, IEEE Press, 2006.</p><p>[3]</p><p>Guizzardi, R.S.S. Agent-Oriented Constructivist Knowledge</p><p>Management, PhD Thesis, University of Twente, The Netherlands,</p><p>2006, ISBN 90-365-2313-3.</p><p>[4] Guizzardi, G., Wagner, G. Some Applications of a Unified</p><p>Foundational Ontology in Business Modeling, In Ontologies and</p><p>Business Systems Analysis, M. Rosemann and P. Green (Eds.),</p><p>IDEA Publisher, 2005.</p><p>[5] Falbo, R.A., ODE: Ontology-based Software Development</p><p>Environment, IX Congreso Argentino de Ciencias de la Computación,</p><p>La Plata, Argentina, Outubro 2003.</p><p>[6] Gärdenfors, P., Conceptual Spaces: the Geometry of Thought, USA,</p><p>MIT Press, 2000.</p><p>[7] Dockhorn, P., Guizzardi, G. et al., Situations in Conceptual Modeling</p><p>of Context, Proceedings of the 2nd Workshop on Vocabularies,</p><p>Ontologies and Rules for The Enterprise (VORTE), Hong Kong, IEEE</p><p>Digital Library, 2006.</p><p>[8] Herre, H. et al., General Formal Ontology (GFO): A Foundational</p><p>Ontology Integrating Objects and Processes. Technical Report n.8.</p><p>University of Leipzig, 2006.</p><p>[9] Allen, J.F., Maintaining Knowledge About Temporal Intervals,</p><p>Communications of the ACM, Vol.26, no. 11, 1983.</p><p>[10] Bottazzi, E.; Ferrario, E., Towards a DOLCE Ontology of</p><p>Organizations, Journal of Business Process Integration and</p><p>Management (IJBPIM), Inderscience Publisher, 2008 (forthcoming).</p><p>[11] Searle, J., Mind, Language and Society, Basic Books, 2000.</p><p>[12] Conte, R., Castelfranchi, C., Cognitive and Social Action, UCL Press,</p><p>London, 1995.</p><p>[13] Falbo, R.; Bertollo, G., Establishing a Common Vocabulary for Helping</p><p>Organizations to Understand Software Processes, Proceedings of the 1st</p><p>Workshop on Vocabularies, Ontologies and Rules for The Enterprise</p><p>(VORTE), Enschede, The Netherlands, ISSN 1574-0846, 2005.</p><p>Giancarlo Guizzardi nasceu em Vitória, Espírito</p><p>Santo, Brasil em 22 de abril de 1975. Possui</p><p>Doutorado em Ciência da Computação (com a mais</p><p>alta distinção) pela Universidade de Twente na</p><p>Holanda. Dr. Guizzardi foi pesquisador associado do</p><p>Laboratório de Ontologia Aplicada (LOA), Instituto de</p><p>Ciência e Tecnologia da Cognição (ISTC) em Trento,</p><p>Itália. Atualmente é professor adjunto do</p><p>Departamento de Informática da Universidade Federal</p><p>do Espírito Santo (UFES) e membro do Núcleo de Estudos em Modelos e</p><p>Ontologias (NEMO). Entre seus campos de interesse estão Ontologia Formal e</p><p>suas aplicações, Engenharia de Ontologias, e Modelagem Conceitual.</p><p>Ricardo A. Falbo nasceu no Rio de Janeiro, Brasil</p><p>em 21 de setembro de 1964. Possui Doutorado em</p><p>Engenharia de Sistemas e Computação pela</p><p>Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE).</p><p>Dr. Falbo é professor associado do Departamento de</p><p>Informática da Universidade Federal do Espírito</p><p>Santo (UFES), membro do Núcleo de Estudos de</p><p>Modelos e Ontologias (NEMO) e coordenador do</p><p>Laboratório de Engenharia de Software (LabES).</p><p>Entre seus campos de interesse estão Engenharia de</p><p>Ontologias e aplicação de ontologias em Engenharia</p><p>de Software (Qualidade de Software, Processo de Software, etc).</p><p>Renata S.S. Guizzardi nasceu em Volta Redonda,</p><p>Rio de Janeiro, Brasil em 19 de novembro de</p><p>1974. Possui Doutorado em Ciência da</p><p>Computação pela Universidade de Twente na</p><p>Holanda. Dra. Guizzardi foi pesquisadora da</p><p>Divisão de Sistemas de Raciocício Automatizado</p><p>(SGA) da Fondazione Bruno Kessler (FBK) em</p><p>Trento, Itália. Atualmente é pesquisadora DCR da</p><p>FAPES, colaboradora de pesquisa do</p><p>Departamento de Informática da Universidade Federal do Espírito Santo</p><p>(UFES) e membro do Núcleo de Estudos em Modelos e Ontologias (NEMO).</p><p>Entre seus campos de interesse estão Modelagem Organizacional, Engenharia</p><p>de Sistemas Multi-Agentes, e Gestão do Conhecimento.</p><p>View publication stats</p><p>https://www.researchgate.net/publication/238742296</p><p><<</p><p>/ASCII85EncodePages false</p><p>/AllowTransparency false</p><p>/AutoPositionEPSFiles false</p><p>/AutoRotatePages /None</p><p>/Binding /Left</p><p>/CalGrayProfile (None)</p><p>/CalRGBProfile (None)</p><p>/CalCMYKProfile (None)</p><p>/sRGBProfile (sRGB IEC61966-2.1)</p><p>/CannotEmbedFontPolicy /Error</p><p>/CompatibilityLevel 1.6</p><p>/CompressObjects /Off</p><p>/CompressPages true</p><p>/ConvertImagesToIndexed true</p><p>/PassThroughJPEGImages true</p><p>/CreateJDFFile false</p><p>/CreateJobTicket false</p><p>/DefaultRenderingIntent /Default</p><p>/DetectBlends true</p><p>/DetectCurves 0.1000</p><p>/ColorConversionStrategy /LeaveColorUnchanged</p><p>/DoThumbnails true</p><p>/EmbedAllFonts true</p><p>/EmbedOpenType false</p><p>/ParseICCProfilesInComments true</p><p>/EmbedJobOptions true</p><p>/DSCReportingLevel 0</p><p>/EmitDSCWarnings false</p><p>/EndPage -1</p><p>/ImageMemory 1048576</p><p>/LockDistillerParams true</p><p>/MaxSubsetPct 100</p><p>/Optimize true</p><p>/OPM 0</p><p>/ParseDSCComments false</p><p>/ParseDSCCommentsForDocInfo false</p><p>/PreserveCopyPage true</p><p>/PreserveDICMYKValues true</p><p>/PreserveEPSInfo false</p><p>/PreserveFlatness true</p><p>/PreserveHalftoneInfo true</p><p>/PreserveOPIComments false</p><p>/PreserveOverprintSettings true</p><p>/StartPage 1</p><p>/SubsetFonts true</p><p>/TransferFunctionInfo /Remove</p><p>/UCRandBGInfo /Preserve</p><p>/UsePrologue false</p><p>/ColorSettingsFile ()</p><p>/AlwaysEmbed [ true</p><p>]</p><p>/NeverEmbed [ true</p><p>]</p><p>/AntiAliasColorImages false</p><p>/CropColorImages true</p><p>/ColorImageMinResolution 36</p><p>/ColorImageMinResolutionPolicy /Warning</p><p>/DownsampleColorImages true</p><p>/ColorImageDownsampleType /Bicubic</p><p>/ColorImageResolution 300</p><p>/ColorImageDepth -1</p><p>/ColorImageMinDownsampleDepth 1</p><p>/ColorImageDownsampleThreshold 2.00333</p><p>/EncodeColorImages true</p><p>/ColorImageFilter /DCTEncode</p><p>/AutoFilterColorImages false</p><p>/ColorImageAutoFilterStrategy /JPEG</p><p>/ColorACSImageDict <<</p><p>/QFactor 0.76</p><p>/HSamples [2 1 1 2] /VSamples [2 1 1 2]</p><p>>></p><p>/ColorImageDict <<</p><p>/QFactor 0.76</p><p>/HSamples [2 1 1 2] /VSamples [2 1 1 2]</p><p>>></p><p>/JPEG2000ColorACSImageDict <<</p><p>/TileWidth 256</p><p>/TileHeight 256</p><p>/Quality 15</p><p>>></p><p>/JPEG2000ColorImageDict <<</p><p>/TileWidth 256</p><p>/TileHeight 256</p><p>/Quality 15</p><p>>></p><p>/AntiAliasGrayImages false</p><p>/CropGrayImages 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