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<p>1</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>COORDENAÇÃO ANDRAGÓGICA</p><p>SEÇÃO TÉCNICA DE ENSINO</p><p>DISCIPLINA > DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR</p><p>DOCENTE: Prof. Cel José WALTERLER</p><p>DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR</p><p>1. CONCEITO</p><p>O processo é o leito de garantias do indivíduo que o Estado deverá cursar para a</p><p>aplicação da pena. Garantias indispensáveis e indisponíveis. Vale dizer, não pode o</p><p>Estado prescindir delas e nem mesmo o acusado poderá abrir mão de sua aplicação.</p><p>Tem, assim, o processo o caráter de instrumentalidade garantista, ou seja, caráter</p><p>de instrumento para a garantia do indivíduo iluminado por princípios.</p><p>2. SISTEMAS PROCESSUAIS</p><p>a) INQUISITIVO – Nele, as funções de julgar, acusar e defender concentram-se e se</p><p>confundem.</p><p>b) ACUSATÓRIO – Como o próprio nome sugere, há distinção de funções no</p><p>processo. Surge com o nascimento do Ministério Público (MP). Assim, pelo surgimento</p><p>de partes bem definidas é possível o estabelecimento do contraditório pelo choque de</p><p>teses. (Art. 129, I, CF – MP como entidade autônoma).</p><p>c) MISTO OU FRANCÊS – Conjugação dos sistemas anteriores.</p><p>Pelo sistema acusatório, o juiz não pode iniciar o processo de ofício.</p><p>3. INVESTIGAÇÃO NO SISTEMA ACUSATÓRIO:</p><p>JUIZ – papel centrado na flexibilização das garantias fundamentais, contudo, não</p><p>interfere no caminho investigatório;</p><p>MINISTÉRIO PÚBLICO – exercício do controle externo da atividade policial</p><p>(fiscalização e controle sem relação hierárquica). Interferência indireta nos rumos da</p><p>investigação (requisição de diligências policiais). O MP pode presidir investigação?</p><p>O poder de investigar do MP é decorrência do sistema acusatório, ou seja, aquele</p><p>que acusa pode, também, investigar. Há quem defenda que a CF não prevê,</p><p>expressamente, este poder e que a Polícia Federal é a polícia judiciária da União, com</p><p>exclusividade. (Min Nelson Jobim, STF).</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>2</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>4. PRINCÍPIOS</p><p>DEVIDO PROCESSO LEGAL (art. 5º, LIV, CF) – Garantia mais ampla, por se confundir</p><p>com a própria necessidade de processo. Aplicação da pena, apenas e tão somente, por</p><p>meio do processo. A transação penal só existe em relação aos crimes de menor potencial</p><p>ofensivo (art. 98, I, CF), para a aplicação de penas alternativas (não privativas de</p><p>liberdade) e suspensão condicional do processo (art. 89, Lei 9.0099/95).</p><p>JUIZ NATURAL (art. 5º, XXXVII, CF) – Estabelecimento de regras de competência,</p><p>prévias ao fato. Vedação do juízo ou tribunal de exceção. As regras de competência</p><p>possuem base constitucional (art. 5º, LIII, CF).</p><p>PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA (art. 5º, LVII, CF) – Ninguém será considerado culpado</p><p>até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.</p><p>Consequências:</p><p>a) REGRA PROBATÓRIA: O ônus da prova cabe a quem acusa. Daí, o fato de, na</p><p>dúvida, pender-se em favor do acusado (in dubio pro reo).</p><p>b) REGRA DE TRATAMENTO: O acusado deve ser tratado como inocente. A prisão</p><p>só poderá ocorrer após sentença condenatória, com transito em julgado, salvo prisão</p><p>cautelar.</p><p>CONTRADITÓRIO (art. 5º, LV, CF) – Condução dialética do processo, com a</p><p>participação efetiva do MP e da defesa. O contraditório divide-se em:</p><p>a) NECESSIDADE DE INFORMAÇÃO: Informação de todos os atos do processo.</p><p>b) POSSIBILIDADE DE REAÇÃO: Ação garantida no âmbito do processo.</p><p>c) CONSIDERAÇÃO DA REAÇÃO: Faculdade de ter as teses de defesa apresentadas</p><p>consideradas pelo juiz.</p><p>Por inexistir contraditório na fase de investigação, as peças colhidas no inquérito</p><p>policial não podem, isoladamente, exclusivamente, levar à condenação do acusado. Por</p><p>outro lado, os exames periciais e as escutas telefônicas, p. ex., podem autorizar um</p><p>decreto condenatório face à possibilidade de a defesa contestá-los na fase processual.</p><p>É o que se chama de contraditório diferido.</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>3</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>5. AMPLA DEFESA (art. 5º, LV, CF) – Divisão:</p><p>a) DEFESA TÉCNICA: Aquela realizada por um técnico (art. 564, III, alínea c, CPP e</p><p>art. 261, CPP);</p><p>b) AUTO DEFESA: Realizada pelo próprio acusado.</p><p> DEFESA TÉCNICA:</p><p>Possibilidade de nomeação, pelo presidente, de defensor ad hoc pela falta do</p><p>defensor constituído pelo acusado (art. 265, CPP).</p><p>A ampla defesa inicia-se a partir do início do processo, sendo obrigatória a</p><p>presença de defensor desde o interrogatório (Lei 10.792/03). Possui o advogado o</p><p>direito à entrevista pessoal com seu cliente antes do interrogatório (art. 185, CPP).</p><p>Também como corolário da ampla defesa, o juiz não pode julgar sem a peça das</p><p>alegações finais. Deve, então, determinar que defensor ad hoc ofereça as alegações</p><p>finais. A defesa técnica deve, portanto, ser plena e efetiva. PLENA, por ser necessária</p><p>em todo o processo e, EFETIVA (art. 261, § único, CPP), pela necessidade de seu exercício</p><p>operar-se mediante manifestação fundamentada, sob pena de nulidade (art. 497, V,</p><p>CPP).</p><p> AUTO DEFESA:</p><p>a) CURADOR: Ocorria quando a maioridade civil era diversa da maioridade penal,</p><p>sendo necessário, nesses casos, a nomeação de curador para acompanhar o processo.</p><p>Agora, não há mais sentido a figura do curador, haja vista o advento do Novo</p><p>Código Civil (NCC), fazendo a maioridade civil coincidir com a maioridade penal.</p><p>Alguns autores, porém, entendem que o próprio NCC veda a projeção de efeitos</p><p>para outras esferas do Direito. De qualquer sorte, a figura de defensor supre a</p><p>necessidade de curador.</p><p>b) DIVISÃO DA AUTO DEFESA:</p><p>(i) Direito de Audiência: Direito de ser ouvido, o qual se manifesta durante o</p><p>interrogatório.</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>4</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>(ii) Direito de Presença. Direito de estar presente a todos os atos do processo,</p><p>inclusive, no caso de réu preso. Flexibilizado no caso de precatória para outra Comarca</p><p>e na situação de a testemunha sentir-se ameaçada ou constrangida na sala de audiências</p><p>(art. 217, CPP).</p><p>(iii) Direito De</p><p>local diverso</p><p>(art. 244, “c” e “d”,</p><p>CPPM). Nesses casos, a atribuição para efetivar a lavratura será da autoridade com</p><p>atribuição no local da prisão do perseguido(art. 244, “c”, CPPM) ou do encontrado (art.</p><p>244, “d”, CPPM).</p><p>Quando a prisão em flagrante for efetuada em lugar não sujeito à administração</p><p>militar, o auto poderá ser lavrado por autoridade civil, ou pela autoridade militar mais</p><p>próxima do local em que ocorreu a infração. (art. 250, CPPM).</p><p>Se o fato for praticado em presença da autoridade militar ou sendo ela o ofendido,</p><p>estando no exercício de suas funções, a própria autoridade militar deverá prender e</p><p>autuar em flagrante o infrator (art. 249, CPPM).</p><p>Para o STJ e STF, porque a autoridade não exerce jurisdição, a inobservância de</p><p>regras de atribuição não são capazes de viciar o APDF, não importando em ordem de</p><p>habeas corpus.</p><p>Com fundamento no art. 5º, LVII, da CF, encerrada a lavratura do APFD pelo</p><p>escrivão, impõe-se que a prisão seja comunicada, imediatamente, nas 24 horas</p><p>seguintes à prisão, ao juiz competente.</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>27</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>No caso de demora de tal comunicação, dizem o STF e o STJ que, apesar de</p><p>22responsabilizar administrativa e penalmente a autoridade policial, não haverá</p><p>relaxamento da prisão ou nulidade do APFD.</p><p>A falta desta comunicação, por si só, salvo se provada alguma coação contra o</p><p>preso, como não se trata de nenhum requisito de validade da prisão, em que pese</p><p>constituir abuso de autoridade, tanto não compromete a legalidade da prisão quanto</p><p>não enseja o seu relaxamento (STF e Mirabete).</p><p>A omissão da entrega de Nota de Culpa, em que pese tal omissão, segundo o STF,</p><p>não tornar o auto imprestável para propositura da ação penal, sendo considerada um</p><p>ato essencial do APFD e uma garantia constitucional do preso, com fundamento no art.</p><p>5º, LXIV, da CF, possibilitando o conhecimento dos responsáveis por sua prisão, além de</p><p>caracterizar abuso de autoridade, deve redundar no relaxamento da prisão do</p><p>conduzido, SEM PREJUÍZO DA CONTINUIDADE DA AÇÃO PENAL.</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>28</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>COORDENAÇÃO ANDRAGÓGICA</p><p>SEÇÃO TÉCNICA DE ENSINO</p><p>DISCIPLINA > DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR</p><p>DOCENTE: Prof. Cel José WALTERLER</p><p>AVALIAÇÃO ÚNICA</p><p>DISCENTE:</p><p>O Processo Penal Militar, no âmbito das Auditorias Militares Estaduais caminha,</p><p>basicamente, sob a sustentação dos Conselho Especial de Justiça Militar e Conselho</p><p>Permanente de Justiça Militar, respectivamente. O primeiro é trimestral e julga apenas</p><p>PRAÇAS; já o Conselho Especial é constituído para CADA PROCESSO e somente é</p><p>dissolvido quando aquele processo é julgado, o que demonstra uma identidade</p><p>processual forte em relação às partes. Tal previsão legal, no nosso entendimento, gera</p><p>injustiças em relação às PRAÇAS, vez que na maioria dos julgamentos os membros do</p><p>CPJM que participaram da instrução processual NUNCA participam do julgamento. Faça</p><p>uma análise comparativa entre essas duas modalidades de julgamento do militar,</p><p>apontado, na sua visão, os aspectos negativos e os positivos, em ambos os conselhos.</p><p>1</p><p>2</p><p>3</p><p>4</p><p>5</p><p>6</p><p>7</p><p>8</p><p>9</p><p>10</p><p>11</p><p>12</p><p>13</p><p>14</p><p>15</p><p>16</p><p>17</p><p>18</p><p>19</p><p>20</p><p>21</p><p>22</p><p>23</p><p>24</p><p>25</p><p>26</p><p>27</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>29</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>28</p><p>29</p><p>30</p><p>31</p><p>32</p><p>33</p><p>34</p><p>35</p><p>36</p><p>37</p><p>38</p><p>39</p><p>40</p><p>41</p><p>42</p><p>43</p><p>44</p><p>45</p><p>Fraternalmente.</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>Postulação Pessoal. O acusado pode postular, pessoalmente, em</p><p>três situações: habeas corpus, recursos e revisão criminal.</p><p>(iv) Direito À Não-Auto Incriminação. Nemo tenetur se detegere ou, para o Direito</p><p>norte-americano, “privilege agaist self-incrimination”. Ou seja, é o direito de não</p><p>descobrir-se, sendo facultado o direito de não produzir provas contra si.</p><p>Surge como decorrência do princípio da ampla defesa (art. 5º, LV, CF) e da</p><p>Convenção Norte-Americana de Direitos Humanos (art. 8º, item 2, g, CADH – “...</p><p>ninguém será obrigado a declarar-se culpado”).</p><p>(v) Direito Ao Silêncio (art. 5º, LXIII, CF). O silêncio não importará em prejuízo da</p><p>defesa nem em confissão (art. 186, CPP).</p><p>O art. 198, CPP, não foi adequado pela Lei 10.792/03, porém tal dispositivo não é</p><p>recepcionado pela constituição.</p><p>O acusado tem o direito de mentir, inexistindo o dever de falar a verdade.</p><p>Prevalece, porém, o entendimento de o acusado não poder mentir sobre sua</p><p>identificação pessoal (interrogatório de qualificação), sob pena de cometer a</p><p>contravenção penal descrita no art. 68, da Lei de Contravenções Penais (recusa de dados</p><p>sobre própria identidade ou qualificação).</p><p>Condução coercitiva:</p><p>Aceita-se a condução coercitiva para a acareação e para o interrogatório, mas o</p><p>acusado tem direito ao silêncio.</p><p>Reprodução simulada dos fatos</p><p>A reprodução simulada dos fatos só é possível com a aquiescência do acusado,</p><p>porém ele pode ser conduzido coercitivamente ao local do exame.</p><p>Exame grafotécnico</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>5</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>O acusado também não está obrigado a fornecer os padrões grafotécnicos, apesar</p><p>da existência do art. 174, IV, CPP, e 344, d, CPPM, autorizando o juiz a ditar os caracteres</p><p>necessários à realização do exame, quando não houver escritos para a comparação ou</p><p>forem insuficientes os exibidos. A doutrina aponta como possível ao acusado ou</p><p>investigado a negativa em escrever o que lhe foi ditado, sem falar-se em crime de</p><p>desobediência.</p><p>Exames que demandam intervenção corporal invasiva 5Os exames que demandam</p><p>intervenção corporal invasiva não podem ser realizados sem a autorização do acusado.</p><p>Bafômetro e os exames de embriaguez</p><p>O bafômetro e os exames de embriaguez não podem ser impostos ao acusado em</p><p>face da necessidade de participação ativa do sujeito.</p><p>6 INQUÉRITO POLICIAL MILITAR</p><p>1. Conceito</p><p>É a primeira etapa da persecução penal que, de regra, é atribuída à Polícia</p><p>judiciária Militar, visando a averiguar as circunstâncias de um fato aparentemente</p><p>delitivo e a sua provável autoria.</p><p>Código de Processo Penal Militar – CPPM</p><p>Art. 9º O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, que, nos termos legais,</p><p>configure crime militar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade</p><p>precípua é a de ministrar elementos necessários à propositura da ação penal.</p><p>Parágrafo único. São, porém, efetivamente instrutórios da ação penal os exames, perícias e</p><p>avaliações realizados regularmente no curso do inquérito, por peritos idôneos e com obediência às</p><p>formalidades previstas neste Código.</p><p>Finalidade do IPM (9º, CPPM):</p><p>1. Apuração de fato aparentemente delitivo e sua provável autoria;</p><p>2. Fornecer ao MP elementos necessários à propositura da ação penal ou da</p><p>manifestação pelo arquivamento. Vale dizer, fornecer os elementos necessários à</p><p>formação dos elementos de convicção;</p><p>3. Servir de base às medidas endoprocessuais – cautelares reais, busca e</p><p>apreensão; ou cautelares pessoais, prisão preventiva etc..</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>6</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>Modos por que pode ser iniciado o IPM</p><p>Art. 10. O inquérito é iniciado mediante portaria:</p><p>a) de ofício, pela autoridade militar em cujo âmbito de jurisdição ou comando haja ocorrido</p><p>a infração penal, atendida a hierarquia do infrator;</p><p>b) por determinação ou delegação da autoridade militar superior, que, em caso de urgência,</p><p>poderá ser feita por via telegráfica ou radiotelefônica e confirmada, posteriormente, por ofício;</p><p>c) em virtude de requisição do Ministério Público;</p><p>d) por decisão do Superior Tribunal Militar, nos termos do art. 25;</p><p>INSTAURAÇÃO DE NOVO INQUÉRITO</p><p>Art. 25. O arquivamento de inquérito não obsta a instauração de outro, se novas</p><p>provas aparecerem em relação ao fato, ao indiciado ou a terceira pessoa,</p><p>ressalvados o caso julgado e os casos de extinção da punibilidade.</p><p>§ 1º Verificando a hipótese contida neste artigo, o juiz remeterá os autos ao</p><p>Ministério Público, para os fins do disposto no art. 10, letra c.</p><p>§ 2º O Ministério Público poderá requerer o arquivamento dos autos, se entender</p><p>inadequada a instauração do inquérito.</p><p>e) a requerimento da parte ofendida ou de quem legalmente a represente, ou em virtude</p><p>de representação devidamente autorizada de quem tenha conhecimento de infração penal, cuja</p><p>repressão caiba à Justiça Militar;</p><p>f) quando, de sindicância feita em âmbito de jurisdição militar, resulte indício da existência</p><p>de infração penal militar.</p><p>CARACTERISTICAS:</p><p>1. OBRIGATORIEDADE (art. 10, “a” e “f”, CPPM) – A autoridade policial militar,</p><p>independente de provocação do juiz, do MP, da vítima ou de qualquer do povo, tem o</p><p>dever jurídico de instaurar o Inquérito Policial Militar (IPM) sempre que deparar-se com</p><p>um fato aparentemente delitivo persequível via ação penal pública incondicionada.</p><p>ATENÇÃO</p><p>Com a recente promulgação da NOVA LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE (LEI Nº 13.869,</p><p>DE 5 DE SETEMBRO DE 2019, constitui abuso de autoridade:</p><p>Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração</p><p>penal ou administrativa, em desfavor de alguém, à falta de qualquer indício da</p><p>prática de crime, de ilícito funcional ou de infração administrativa:</p><p>Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.869-2019?OpenDocument</p><p>http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.869-2019?OpenDocument</p><p>7</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de sindicância ou investigação</p><p>preliminar sumária, devidamente justificada.</p><p>(...)</p><p>Art. 30. Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa sem justa</p><p>causa fundamentada ou contra quem sabe inocente:</p><p>Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)</p><p>anos, e multa.</p><p>ATENÇÃO 2</p><p>O enunciado dessa nova LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE impõe acurada apreciação</p><p>dos fatos que, numa primeira visão, impliquem na instauração de procedimentos</p><p>inquisitoriais, pois, em se instaurando desnecessariamente um IPM ou uma mera</p><p>sindicância, a autoridade responsável pela edição do ato, poderá ser penalizada.</p><p>SUPERIORIDADE OU IGUALDADE DE POSTO DO INFRATOR</p><p>Art. 10.</p><p>§ 1º. Tendo o infrator posto superior ou igual ao do comandante, diretor ou chefe de órgão ou</p><p>serviço, em cujo âmbito de jurisdição militar haja ocorrido a infração penal, será feita a</p><p>comunicação do fato à autoridade superior competente, para que esta torne efetiva a delegação,</p><p>nos termos do § 2° do art. 7º.</p><p>(...)</p><p>§ 5º. Se, no curso do inquérito, o seu encarregado verificar a existência de indícios contra oficial</p><p>de posto superior ao seu, ou mais antigo, tomará as providências necessárias para que as suas</p><p>funções sejam delegadas a outro oficial, nos termos do § 2° do art. 7º.</p><p>Art. 7º.</p><p>§ 2º. Em se tratando de delegação para instauração de inquérito policial militar,</p><p>deverá aquela recair em oficial de posto superior ao do indiciado, seja este oficial da</p><p>ativa, da reserva, remunerada ou não, ou reformado.</p><p>Providências antes do IPM</p><p>Art. 10.</p><p>§ 2º O aguardamento da delegação não obsta que o oficial responsável por comando, direção ou</p><p>chefia, ou aquele que o substitua ou esteja de dia, de serviço ou de quarto, tome ou determine que</p><p>sejam tomadas imediatamente as providências cabíveis, previstas no art. 12, uma vez que tenha</p><p>conhecimento de infração penal que lhe incumba reprimir ou evitar.</p><p>Infração de natureza não Militar</p><p>Art. 10.</p><p>§ 3º Se a infração penal não for, evidentemente, de natureza militar, comunicará o fato à</p><p>autoridade policial competente, a quem fará apresentar o infrator. Em se tratando de civil, menor</p><p>de dezoito anos, a apresentação será feita ao Juiz de Menores.</p><p>Oficial general como infrator</p><p>§ 4º Se o infrator for oficial general, será sempre comunicado o fato ao ministro e ao chefe de</p><p>Estado-Maior competentes, obedecidos os trâmites regulamentares.</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>8</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>AINDA características do IPM:</p><p>2. Indisponibilidade – A autoridade policial não pode abandonar as investigações</p><p>ou determinar o arquivamento de inquérito policial.</p><p>3. Discricionariedade na condução das investigações – Além do rol de diligências</p><p>previstas nos arts. 12 e 13, do CPPM, a autoridade policial pode realizar qualquer outra</p><p>que entenda necessária, podendo indeferir solicitação do ofendido para realização de</p><p>qualquer diligência ou exame, exceto o de corpo de delito, visto ser ele obrigatório. O</p><p>indeferimento de solicitação para realização de exame de corpo de delito cabe Mandado</p><p>de segurança Criminal ou representação ao MP para que este, entendendo necessário,</p><p>requisite sua realização com fulcro no 129, CF.</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL</p><p>Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:</p><p>I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;</p><p>(...)</p><p>VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência,</p><p>requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei</p><p>complementar respectiva;</p><p>VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar</p><p>mencionada no artigo anterior;</p><p>VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial,</p><p>indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;</p><p>4. Procedimento Escrito – Deve ser reduzido a escrito em um só processado,</p><p>apesar de não estar sujeito a formalidades indeclináveis.</p><p>5. Sigilação (art. 5º, XXXIII) – Sem prejuízo do princípio da publicidade, que se</p><p>refere aos atos processuais e não aos atos de investigação, a sigilação é da própria</p><p>essência do inquérito, sendo admitida excepcionalmente pelo constituinte quando</p><p>imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.</p><p>Não há sigilo, porém, em relação ao juiz, ao MP nem aos advogados, ainda que</p><p>sem procuração nos autos (art. 7º, XXXIII, XXXIV).</p><p>AINDA A NOVA LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE</p><p>Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se</p><p>pretenda produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a</p><p>imagem do investigado ou acusado:</p><p>Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.</p><p>Art. 29. Prestar informação falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou</p><p>administrativo com o fim de prejudicar interesse de investigado:</p><p>Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>9</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>Sigilação Do Indiciado Preso Ou Incomunicabilidade –</p><p>CPPM</p><p>Incomunicabilidade do indiciado. Prazo.</p><p>Art. 17. O encarregado do inquérito poderá manter incomunicável o indiciado, que</p><p>estiver legalmente preso, por três dias no máximo.</p><p>Este artigo 17 do CPPM é inconstitucional, por força do 5º, LXII e 136, § 3º, IV, da</p><p>CF. Diz o STJ e o STF: “Se no estado de defesa é vedada a incomunicabilidade de preso,</p><p>quanto mais no estado de normalidade”.</p><p>AINDA CARACTERISTICAS DO IPM:</p><p>6. Facultatividade (art. 28, CPPM) – Entre nós o inquérito policial é facultativo ou</p><p>dispensável, o que é imprescindível são os elementos de convicção. Assim, os elementos</p><p>de convicção podem ser colhidos por meio de notícia trazida por qualquer do povo</p><p>(notitia criminis).</p><p>CPMM</p><p>Dispensa de Inquérito</p><p>Art. 28. O IPM poderá ser dispensado, sem prejuízo de diligência requisitada pelo</p><p>Ministério Público:</p><p>a) quando o fato e sua autoria já estiverem esclarecidos por documentos ou outras</p><p>provas materiais;</p><p>b) nos crimes contra a honra, quando decorrerem de escrito ou publicação, cujo autor</p><p>esteja identificado;</p><p>c) nos crimes previstos nos arts. 341 e 349 do Código Penal Militar.</p><p>CÓDIGO PENAL MILITAR</p><p>Desacato</p><p>Art. 341. Desacatar autoridade judiciária militar no exercício da função ou em razão</p><p>dela: Pena - reclusão, até quatro anos</p><p>Desobediência a decisão judicial</p><p>Art. 349. Deixar, sem justa causa, de cumprir decisão da Justiça Militar, ou retardar</p><p>ou fraudar o seu cumprimento: Pena - detenção, de três meses a um ano</p><p>NATUREZA JURÍDICA DO IPM. Tem o inquérito policial natureza jurídica de mera</p><p>peça informativa, não contraditória, conforme sugere o seu próprio nome.</p><p>CONSEQUÊNCIAS DA NATUREZA JURÍDICA DO IPM:</p><p>1. Não é possível falar-se em suspeição ou impedimento da autoridade policial,</p><p>ainda que esta seja pai ou irmão do ofendido (STF);</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del1001.htm#art349</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del1001.htm#art349</p><p>10</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina,</p><p>legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>2. Não há falar-se em nulidade do inquérito policial ou da consequente ação penal</p><p>em face de suspeição ou impedimento. Também, a nulidade do inquérito policial não</p><p>contamina a ação penal, salvo se ao ato de investigação for dado valor de ato de prova</p><p>e for ele utilizado como fundamento da condenação.</p><p>Apesar de não ser possível arguir suspeição ou impedimento, se a autoridade</p><p>policial, espontaneamente, não se afastar das investigações, cabe recurso</p><p>administrativo ao seu superior hierárquico.</p><p>VALOR PROBATÓRIO DOS ATOS E ELEMENTOS DE CONVICÇÃO COLHIDOS NO</p><p>CURSO DO INQUÉRITO POLCIAL.</p><p>DIFERENÇA ENTRE ATOS DE PROVA E ATOS DE INVESTIGAÇÃO.</p><p>I - Atos de Prova – são colhidos ante o juiz que, em regra, vai julgar o mérito da</p><p>causa. Os atos de prova integram a relação processual e são revestidos de publicidade</p><p>contraditório e ampla defesa.</p><p>II - Atos de Investigação – são praticados ante à Polícia Judiciária ou outra</p><p>autoridade administrativa. Servem, não à sentença, mas sim à formação do juízo de</p><p>convencimento do titular da ação penal (MP). Não formam juízo de certeza, mas apenas</p><p>de probabilidade e, como tal, não exigem observância da ampla defesa, do contraditório</p><p>e de publicidade.</p><p>Para o STF e o STJ, os atos praticados no curso de inquérito policial, uma vez</p><p>colhidos por autoridade policial com atribuição em razão da matéria, obedecidas todas</p><p>as formalidades legais e não contestados em juízo, têm a mesma força de ato de prova.</p><p>As demais investigações solteiras, têm eficácia limitada.</p><p>PODE A AUTORIDADE POLICIAL INDEFERIR A REQUISIÇÃO? E O REQUERIMENTO?</p><p>No caso de requerimento, a autoridade policial pode deferir ou indeferir</p><p>discricionariamente.</p><p>Deferindo, deve constar o requerimento como peça inaugural ou inicial do</p><p>procedimento, registrando-o e autuando.</p><p>No caso de indeferir o pleito, deverá fundamentar sua decisão e cientificar o</p><p>subscritor do requerimento.</p><p>PROVIDÊNCIAS CONTRA O INDEFERIMENTO:</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>11</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>a) Interpor recurso administrativo inominado perante o órgão competente da</p><p>estrutura da respectiva Polícia Judiciária Militar;</p><p>b) Levar ao conhecimento do MPM, podendo este requisitar a instauração do IPM,</p><p>promover a ação penal ou o arquivamento do requerimento;</p><p>c) Impetrar MS Criminal contra o ato da Autoridade Policial Militar.</p><p>NOTÍCIA ANÔNIMA</p><p>Diante de notitia criminis inqualificada, apócrifa ou anônima, a autoridade policial</p><p>está desobrigada de instaurar o inquérito policial de ofício, visto o art. 5º, IV, da CF vedar</p><p>o anonimato. O STJ porém tem julgados em dois sentidos:</p><p>a) Já considerou inconstitucional o Inquérito originado de notícia anônima;</p><p>b) Já entendeu que a autoridade policial pode, com muita cautela, investigar as</p><p>informações e, uma vez verificando a procedência, instaurar o IPM de ofício.</p><p>Nesse sentido, deve a autoridade adotar extrema cautela, haja vista o teor da</p><p>NOVA LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE transcrito na página nº 6 desta apostila.</p><p>ESCRIVÃO DO INQUÉRITO</p><p>CPPM - Art. 11. A designação de escrivão para o inquérito caberá ao respectivo</p><p>encarregado, se não tiver sido feita pela autoridade que lhe deu delegação para aquele</p><p>fim, recaindo em segundo ou primeiro-tenente, se o indiciado for oficial, e em sargento,</p><p>subtenente ou suboficial, nos demais casos.</p><p>Compromisso legal</p><p>Parágrafo único. O escrivão prestará compromisso de manter o sigilo do inquérito</p><p>e de cumprir fielmente as determinações deste Código, no exercício da função.</p><p>PREVISÃO PARA DESIGNAÇÃO DE QUALQUER PESSOA PARA ATUAR</p><p>COMO ESCRIVÃO, EMC ASO DE FLAGRANTE DE DELITO</p><p>O próprio CPPM prevê, em caso da impossibilidade de designação de escrivão</p><p>previstos no caput do art. 11, a designação e QUALQUER PESSOA.</p><p>Nessa previsão, não se reporta a PROIBIÇÃO para que também possa ser adotada</p><p>essa previsão de caso de IPM, conforme se vê:</p><p>LAVRATURA DO AUTO</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>12</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>Art. 245.</p><p>Designação de escrivão</p><p>§ 4º Sendo o auto presidido por autoridade militar, designará esta, para exercer as</p><p>funções de escrivão, um capitão, capitão-tenente, primeiro ou segundo-tenente, se</p><p>o indiciado for oficial. Nos demais casos, poderá designar um subtenente, suboficial</p><p>ou sargento.</p><p>Falta ou impedimento de escrivão</p><p>§ 5º Na falta ou impedimento de escrivão ou das pessoas referidas no parágrafo</p><p>anterior, a autoridade designará, para lavrar o auto, qualquer pessoa idônea, que,</p><p>para esse fim, prestará o compromisso legal.</p><p>Pois bem.</p><p>Considerando o princípio da legalidade: CF. art. 5º, II > ninguém será obrigado a</p><p>fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei,</p><p>NENHUM IMPEDIMENTO existe para se designar “qualquer pessoa idônea, que,</p><p>para esse fim, prestará o compromisso legal” para atuar como escrivão no IPM.</p><p>RECOMENDAÇÃO</p><p>É importante que por ocasião da PORTARIA instauradora do IPM, NÃO SEJA</p><p>DESIGNADO O ESCRIVÃO, o que deve ser feito pelo Oficial responsável pelo IPM, que</p><p>escolherá aquele militar de sua absoluta confiança.</p><p>Medidas preliminares ao inquérito</p><p>CPPM - Art. 12. Logo que tiver conhecimento da prática de infração penal militar,</p><p>verificável na ocasião, a autoridade a que se refere o § 2º do art. 10 deverá, se possível:</p><p>a) dirigir-se ao local, providenciando para que se não alterem o estado e a situação</p><p>das coisas, enquanto necessário;</p><p>b) apreender os instrumentos e todos os objetos que tenham relação com o fato;</p><p>c) efetuar a prisão do infrator, observado o disposto no art. 244;</p><p>d) colher todas as provas que sirvam para o esclarecimento do fato e suas</p><p>circunstâncias.</p><p>FORMAÇÃO DO INQUÉRITO</p><p>CPPM - Art. 13. O encarregado do inquérito deverá, para a formação deste:</p><p>Atribuição do seu encarregado</p><p>a) tomar as medidas previstas no art. 12, se ainda não o tiverem sido;</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>13</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>b) ouvir o ofendido;</p><p>c) ouvir o indiciado;</p><p>d) ouvir testemunhas;</p><p>e) proceder a reconhecimento de pessoas e coisas, e acareações;</p><p>f) determinar, se for o caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a</p><p>quaisquer outros</p><p>exames e perícias;</p><p>g) determinar a avaliação e identificação da coisa subtraída, desviada, destruída</p><p>ou danificada, ou da qual houve indébita apropriação;</p><p>h) proceder a buscas e apreensões, nos termos dos arts. 172 a 184 e 185 a 189;</p><p>i) tomar as medidas necessárias destinadas à proteção de testemunhas, peritos ou</p><p>do ofendido, quando coactos ou ameaçados de coação que lhes tolha a liberdade de</p><p>depor, ou a independência para a realização de perícias ou exames.</p><p>RECONSTITUIÇÃO DOS FATOS</p><p>Parágrafo único. Para verificar a possibilidade de haver sido a infração praticada</p><p>de determinado modo, o encarregado do inquérito poderá proceder à reprodução</p><p>simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública, nem</p><p>atente contra a hierarquia ou a disciplina militar.</p><p>CPPM - Art. 172. Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a</p><p>autorizarem, para:</p><p>a) prender criminosos;</p><p>b) apreender coisas obtidas por meios criminosos ou guardadas ilìcitamente;</p><p>c) apreender instrumentos de falsificação ou contrafação;</p><p>d) apreender armas e munições e instrumentos utilizados na prática de crime ou</p><p>destinados a fim delituoso;</p><p>e) descobrir objetos necessários à prova da infração ou à defesa do acusado;</p><p>f) apreender correspondência destinada ao acusado ou em seu poder, quando haja</p><p>fundada suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação</p><p>do fato;</p><p>g) apreender pessoas vítimas de crime;</p><p>h) colher elemento de convicção.</p><p>Compreensão do termo "casa"</p><p>Art. 173. O termo "casa" compreende:</p><p>a) qualquer compartimento habitado;</p><p>b) aposento ocupado de habitação coletiva;</p><p>c) compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.</p><p>Não compreensão</p><p>Art. 174. Não se compreende no termo "casa":</p><p>a) hotel, hospedaria ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto abertas, salvo a</p><p>restrição da alínea b do artigo anterior;</p><p>b) taverna, boate, casa de jogo e outras do mesmo gênero;</p><p>c) a habitação usada como local para a prática de infrações penais.</p><p>Apreensão de pessoas ou coisas</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>14</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>Art. 185. Se o executor da busca encontrar as pessoas ou coisas a que se referem os</p><p>artigos 172 e 181, deverá apreendê-las. Fá-lo-á, igualmente, de armas ou objetos</p><p>pertencentes às Forças Armadas ou de uso exclusivo de militares, quando estejam em</p><p>posse indevida, ou seja incerta a sua propriedade.</p><p>Correspondência aberta</p><p>§ 1º A correspondência aberta ou não, destinada ao indiciado ou ao acusado, ou em</p><p>seu poder, será apreendida se houver fundadas razões para suspeitar que pode ser</p><p>útil à elucidação do fato.</p><p>Documento em poder do defensor</p><p>§ 2º Não será permitida a apreensão de documento em poder do defensor do acusado,</p><p>salvo quando constituir elemento do corpo de delito.</p><p>Território de outra jurisdição</p><p>Art. 186. Quando, para a apreensão, o executor for em seguimento de pessoa ou coisa,</p><p>poderá penetrar em território sujeito a outra jurisdição.</p><p>Parágrafo único. Entender-se-á que a autoridade ou seus agentes vão em seguimento</p><p>de pessoa ou coisa, quando:</p><p>a) tendo conhecimento de sua remoção ou transporte, a seguirem sem interrupção,</p><p>embora depois a percam de vista;</p><p>b) ainda que não a tenham avistado, mas forem em seu encalço, sabendo, por</p><p>informações fidedignas ou circunstâncias judiciárias que está sendo removida ou</p><p>transportada em determinada direção.</p><p>Apresentação à autoridade local</p><p>Art. 187. O executor que entrar em território de jurisdição diversa deverá, conforme o</p><p>caso, apresentar-se à respectiva autoridade civil ou militar, perante a qual se</p><p>identificará. A apresentação poderá ser feita após a diligência, se a urgência desta</p><p>não permitir solução de continuidade.</p><p>Pessoa sob custódia</p><p>Art. 188. Descoberta a pessoa ou coisa que se procura, será imediatamente</p><p>apreendida e posta sob custódia da autoridade ou de seus agentes.</p><p>Requisitos do auto</p><p>Art. 189. Finda a diligência, lavrar-se-á auto circunstanciado da busca e apreensão,</p><p>assinado por duas testemunhas, com declaração do lugar, dia e hora em que se</p><p>realizou, com citação das pessoas que a sofreram e das que nelas tomaram parte ou</p><p>as tenham assistido, com as respectivas identidades, bem como de todos os incidentes</p><p>ocorridos durante a sua execução.</p><p>Conteúdo do auto</p><p>Parágrafo único. Constarão do auto, ou dele farão parte em anexo devidamente</p><p>rubricado pelo executor da diligência, a relação e descrição das coisas apreendidas,</p><p>com a especificação:</p><p>a) se máquinas, veículos, instrumentos ou armas, da sua marca e tipo e, se possível,</p><p>da sua origem, número e data da fabricação;</p><p>b) se livros, o respectivo título e o nome do autor;</p><p>c) se documentos, a sua natureza.</p><p>ASSISTÊNCIA DE PROCURADOR</p><p>Art. 14. Em se tratando da apuração de fato delituoso de excepcional importância</p><p>ou de difícil elucidação, o encarregado do inquérito poderá solicitar do procurador-geral</p><p>a indicação de procurador que lhe dê assistência.</p><p>ENCARREGADO DE INQUÉRITO. REQUISITOS</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>15</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>Art. 15. Será encarregado do inquérito, sempre que possível, oficial de pôsto não</p><p>inferior ao de capitão ou capitão-tenente; e, em se tratando de infração penal contra a</p><p>segurança nacional, sê-lo-á, sempre que possível, oficial superior, atendida, em cada</p><p>caso, a sua hierarquia, se oficial o indiciado.</p><p>SIGILO DO INQUÉRITO</p><p>Art. 16. O inquérito é sigiloso, mas seu encarregado pode permitir que dêle tome</p><p>conhecimento o advogado do indiciado.</p><p>INCOMUNICABILIDADE DO INDICIADO. PRAZO.</p><p>Art. 17. O encarregado do inquérito poderá manter incomunicável o indiciado,</p><p>que estiver legalmente preso, por três dias no máximo.</p><p>NOVA LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE</p><p>Art. 12. Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade</p><p>judiciária no prazo legal:</p><p>Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:</p><p>I - deixa de comunicar, imediatamente, a execução de prisão temporária ou</p><p>preventiva à autoridade judiciária que a decretou;</p><p>II - deixa de comunicar, imediatamente, a prisão de qualquer pessoa e o local onde se</p><p>encontra à sua família ou à pessoa por ela indicada;</p><p>III - deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a nota de culpa,</p><p>assinada pela autoridade, com o motivo da prisão e os nomes do condutor e das</p><p>testemunhas;</p><p>IV - prolonga a execução de pena privativa de liberdade, de prisão temporária, de</p><p>prisão preventiva, de medida de segurança ou de internação, deixando, sem motivo</p><p>justo e excepcionalíssimo, de executar o alvará de soltura imediatamente após</p><p>recebido ou de promover a soltura do preso quando esgotado o prazo judicial ou</p><p>legal.</p><p>Vê-se, desta forma, que o art. 17 do CPPM não mais tem guarida dentro do</p><p>processo penal pátrio e a mantença de um preso INCOMUNICÁVEL gerará prejuízos</p><p>gravíssimos a autoridade militar que assim proceder.</p><p>Num eventual entendimento de que se faz necessário a INCOMUNICABILIDADE do</p><p>preso, seja para garantir</p><p>a instrução ou para a sua própria segurança, o encarregado do</p><p>IPM deverá oficiar ao Juízo Militar de seu Estado, de forma motivada e fundamentada</p><p>e, ao final, requerendo a decretação da sua incomunicabilidade, o que será apreciado e</p><p>decidido pelo magistrado, após ouvir o Ministério Público.</p><p>DETENÇÃO DE INDICIADO</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>16</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>Art. 18. Independentemente de flagrante delito, o indiciado poderá ficar detido,</p><p>durante as investigações policiais, até trinta dias, comunicando-se a detenção à</p><p>autoridade judiciária competente. Esse prazo poderá ser prorrogado, por mais vinte</p><p>dias, pelo comandante da Região, Distrito Naval ou Zona Aérea, mediante solicitação</p><p>fundamentada do encarregado do inquérito e por via hierárquica.</p><p>Outro dispositivo NÃO MAIS acolhido em nosso ordenamento jurídico. Somente</p><p>quem pode determinar o cerceamento da liberdade de um cidadão, é o magistrado,</p><p>após cumprimento de todas as exigências legais.</p><p>Num eventual entendimento de que se faz necessário o cerceamento da liberdade</p><p>do preso ou indiciado, o encarregado do IPM deverá oficiar ao Juízo Militar de seu</p><p>Estado, de forma motivada e fundamentada e, ao final, requerendo a decretação da sua</p><p>prisão, o que será apreciado e decidido pelo magistrado, após ouvir o Ministério Público.</p><p>PRISÃO PREVENTIVA E MENAGEM. SOLICITAÇÃO</p><p>Parágrafo único. Se entender necessário, o encarregado do inquérito solicitará,</p><p>dentro do mesmo prazo ou sua prorrogação, justificando-a, a decretação da prisão</p><p>preventiva ou de menagem, do indiciado.</p><p>A menagem é uma prisão cautelar concedida ao militar ou civil que tenha praticado</p><p>um crime militar cuja pena privativa de liberdade em abstrato não exceda a quatro</p><p>anos. Para a concessão da menagem deve ser considerada a natureza do crime e os</p><p>antecedentes do acusado.</p><p>O local de cumprimento da menagem segundo o art. 264 do Código de Processo Penal</p><p>Militar é o lugar em que residia o militar quando ocorreu o crime, ou a sede do juízo</p><p>que o estiver apurando, ou ainda o quartel, acampamento, ou estabelecimento ou</p><p>sede de órgão militar.</p><p>Com base nas regras estabelecidas no Código, conclui-se que a menagem é um</p><p>benefício concedido ao acusado para se evitar que este fique em um estabelecimento</p><p>prisional está o julgamento em 1 ª instância do processo ao qual responde pela prática</p><p>em tese de um crime militar. O mesmo tratamento será dispensado ao civil que tenha</p><p>praticado um crime militar.</p><p>A MENAGEM NO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR</p><p>Competência e requisitos para a concessão</p><p>Art. 263. A menagem poderá ser concedida pelo juiz, nos crimes cujo máximo da pena</p><p>privativa da liberdade não exceda a quatro anos, tendo-se, porém, em atenção a</p><p>natureza do crime e os antecedentes do acusado.</p><p>Lugar da menagem</p><p>Art. 264. A menagem a militar poderá efetuar-se no lugar em que residia quando</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>17</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>ocorreu o crime ou seja sede do juízo que o estiver apurando, ou, atendido o seu posto</p><p>ou graduação, em quartel, navio, acampamento, ou em estabelecimento ou sede de</p><p>órgão militar. A menagem a civil será no lugar da sede do juízo, ou em lugar sujeito à</p><p>administração militar, se assim o entender necessário a autoridade que a conceder.</p><p>Audiência do Ministério Público</p><p>§ 1º O Ministério Público será ouvido, previamente, sobre a concessão da menagem,</p><p>devendo emitir parecer dentro do prazo de três dias.</p><p>Pedido de informação</p><p>§ 2º Para a menagem em lugar sujeito à administração militar, será pedida</p><p>informação, a respeito da sua conveniência, à autoridade responsável pelo respectivo</p><p>comando ou direção.</p><p>Cassação da menagem</p><p>Art. 265. Será cassada a menagem àquele que se retirar do lugar para o qual foi ela</p><p>concedida, ou faltar, sem causa justificada, a qualquer ato judicial para que tenha sido</p><p>intimado ou a que deva comparecer independentemente de intimação especial.</p><p>Menagem do insubmisso</p><p>Art. 266. O insubmisso terá o quartel por menagem, independentemente de decisão</p><p>judicial, podendo, entretanto, ser cassada pela autoridade militar, por conveniência</p><p>de disciplina.</p><p>Cessação da menagem</p><p>Art. 267. A menagem cessa com a sentença condenatória, ainda que não tenha</p><p>passado em julgado.</p><p>Parágrafo único. Salvo o caso do artigo anterior, o juiz poderá ordenar a cessação da</p><p>menagem, em qualquer tempo, com a liberação das obrigações dela decorrentes,</p><p>desde que não a julgue mais necessária ao interêsse da Justiça.</p><p>Contagem para a pena</p><p>Art. 268. A menagem concedida em residência ou cidade não será levada em conta no</p><p>cumprimento da pena.</p><p>Reincidência</p><p>Art. 269. Ao reincidente não se concederá menagem.</p><p>Inquirição durante o dia</p><p>Art. 19. As testemunhas e o indiciado, exceto caso de urgência inadiável, que constará da</p><p>respectiva assentada, devem ser ouvidos durante o dia, em período que medeie entre as sete</p><p>e as dezoito horas.</p><p>Inquirição. Assentada de início, interrupção e encerramento</p><p>§ 1º O escrivão lavrará assentada do dia e hora do início das inquirições ou depoimentos;</p><p>e, da mesma forma, do seu encerramento ou interrupções, no final daquele período.</p><p>Inquirição. Limite de tempo</p><p>§ 2º A testemunha não será inquirida por mais de quatro horas consecutivas, sendo-lhe</p><p>facultado o descanso de meia hora, sempre que tiver de prestar declarações além daquele</p><p>têrmo. O depoimento que não ficar concluído às dezoito horas será encerrado, para prosseguir</p><p>no dia seguinte, em hora determinada pelo encarregado do inquérito.</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>18</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>§ 3º Não sendo útil o dia seguinte, a inquirição poderá ser adiada para o primeiro dia que</p><p>o fôr, salvo caso de urgência.</p><p>Prazos para terminação do inquérito</p><p>Art 20. O inquérito deverá terminar dentro em vinte dias, se o indiciado estiver prêso,</p><p>contado esse prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão; ou no prazo de</p><p>quarenta dias, quando o indiciado estiver sôlto, contados a partir da data em que se instaurar o</p><p>inquérito.</p><p>Prorrogação de prazo</p><p>§ 1º Êste último prazo poderá ser prorrogado por mais vinte dias pela autoridade militar</p><p>superior, desde que não estejam concluídos exames ou perícias já iniciados, ou haja</p><p>necessidade de diligência, indispensáveis à elucidação do fato. O pedido de prorrogação deve</p><p>ser feito em tempo oportuno, de modo a ser atendido antes da terminação</p><p>do prazo.</p><p>Diligências não concluídas até o inquérito</p><p>§ 2º Não haverá mais prorrogação, além da prevista no § 1º, salvo dificuldade insuperável,</p><p>a juízo do ministro de Estado competente. Os laudos de perícias ou exames não concluídos</p><p>nessa prorrogação, bem como os documentos colhidos depois dela, serão posteriormente</p><p>remetidos ao juiz, para a juntada ao processo. Ainda, no seu relatório, poderá o encarregado</p><p>do inquérito indicar, mencionando, se possível, o lugar onde se encontram as testemunhas que</p><p>deixaram de ser ouvidas, por qualquer impedimento.</p><p>Dedução em favor dos prazos</p><p>§ 3º São deduzidas dos prazos referidos neste artigo as interrupções pelo motivo previsto</p><p>no § 5º do art. 10.</p><p>Reunião e ordem das peças de inquérito</p><p>Art. 21. Tôdas as peças do inquérito serão, por ordem cronológica, reunidas num só</p><p>processado e dactilografadas, em espaço dois, com as fôlhas numeradas e rubricadas, pelo</p><p>escrivão.</p><p>Juntada de documento</p><p>Parágrafo único. De cada documento junto, a que precederá despacho do encarregado do</p><p>inquérito, o escrivão lavrará o respectivo têrmo, mencionando a data.</p><p>Relatório</p><p>Art. 22. O inquérito será encerrado com minucioso relatório, em que o seu encarregado</p><p>mencionará as diligências feitas, as pessoas ouvidas e os resultados obtidos, com indicação do</p><p>dia, hora e lugar onde ocorreu o fato delituoso. Em conclusão, dirá se há infração disciplinar a</p><p>punir ou indício de crime, pronunciando-se, neste último caso, justificadamente, sôbre a</p><p>conveniência da prisão preventiva do indiciado, nos têrmos legais.</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>19</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>Solução</p><p>§ 1º No caso de ter sido delegada a atribuição para a abertura do inquérito, o seu</p><p>encarregado enviá-lo-á à autoridade de que recebeu a delegação, para que lhe homologue ou</p><p>não a solução, aplique penalidade, no caso de ter sido apurada infração disciplinar, ou</p><p>determine novas diligências, se as julgar necessárias.</p><p>Advocação</p><p>§ 2º Discordando da solução dada ao inquérito, a autoridade que o delegou poderá avocá-</p><p>lo e dar solução diferente.</p><p>Remessa do inquérito à Auditoria da Circunscrição</p><p>Art. 23. Os autos do inquérito serão remetidos ao auditor da Circunscrição Judiciária</p><p>Militar onde ocorreu a infração penal, acompanhados dos instrumentos desta, bem como dos</p><p>objetos que interessem à sua prova.</p><p>Remessa a Auditorias Especializadas</p><p>§ 1º Na Circunscrição onde houver Auditorias Especializadas da Marinha, do Exército e</p><p>da Aeronáutica, atender-se-á, para a remessa, à especialização de cada uma. Onde houver</p><p>mais de uma na mesma sede, especializada ou não, a remessa será feita à primeira Auditoria,</p><p>para a respectiva distribuição. Os incidentes ocorridos no curso do inquérito serão resolvidos</p><p>pelo juiz a que couber tomar conhecimento do inquérito, por distribuição.</p><p>§ 2º Os autos de inquérito instaurado fora do território nacional serão remetidos à 1ª</p><p>Auditoria da Circunscrição com sede na Capital da União, atendida, contudo, a especialização</p><p>referida no § 1º.</p><p>Arquivamento de inquérito. Proibição</p><p>Art. 24. A autoridade militar não poderá mandar arquivar autos de inquérito, embora</p><p>conclusivo da inexistência de crime ou de inimputabilidade do indiciado.</p><p>Instauração de nôvo inquérito</p><p>Art 25. O arquivamento de inquérito não obsta a instauração de outro, se novas provas</p><p>aparecerem em relação ao fato, ao indiciado ou a terceira pessoa, ressalvados o caso julgado</p><p>e os casos de extinção da punibilidade.</p><p>§ 1º Verificando a hipótese contida neste artigo, o juiz remeterá os autos ao Ministério</p><p>Público, para os fins do disposto no art. 10, letra c.</p><p>§ 2º O Ministério Público poderá requerer o arquivamento dos autos, se entender</p><p>inadequada a instauração do inquérito.</p><p>Devolução de autos de inquérito</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>20</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>Art. 26. Os autos de inquérito não poderão ser devolvidos a autoridade policial militar, a</p><p>não ser:</p><p>I — mediante requisição do Ministério Público, para diligências por ele consideradas</p><p>imprescindíveis ao oferecimento da denúncia;</p><p>II — por determinação do juiz, antes da denúncia, para o preenchimento de formalidades</p><p>previstas neste Código, ou para complemento de prova que julgue necessária.</p><p>Parágrafo único. Em qualquer dos casos, o juiz marcará prazo, não excedente de vinte</p><p>dias, para a restituição dos autos.</p><p>Suficiência do auto de flagrante delito</p><p>Art. 27. Se, por si só, fôr suficiente para a elucidação do fato e sua autoria, o auto de</p><p>flagrante delito constituirá o inquérito, dispensando outras diligências, salvo o exame de corpo</p><p>de delito no crime que deixe vestígios, a identificação da coisa e a sua avaliação, quando o seu</p><p>valor influir na aplicação da pena. A remessa dos autos, com breve relatório da autoridade</p><p>policial militar, far-se-á sem demora ao juiz competente, nos têrmos do art. 20.</p><p>Dispensa de Inquérito</p><p>Art. 28. O inquérito poderá ser dispensado, sem prejuízo de diligência requisitada pelo</p><p>Ministério Público:</p><p>a) quando o fato e sua autoria já estiverem esclarecidos por documentos ou outras provas</p><p>materiais;</p><p>b) nos crimes contra a honra, quando decorrerem de escrito ou publicação, cujo autor</p><p>esteja identificado;</p><p>c) nos crimes previstos nos arts. 341 e 349 do Código Penal Militar.</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del1001.htm#art349</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del1001.htm#art349</p><p>21</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>to do novo Código Civil a maioridade civil passou a coincidir com a maioridade</p><p>penal.</p><p>2. Ao interrogatório policial aplicar-se-ão apenas as inovações trazidas pela Lei n.º</p><p>10.792/03 cabíveis. Vale dizer, não haverá na fase policial quebra do sigilo das</p><p>investigações, contraditório ou reperguntas.</p><p>4. durante o interrogatório o investigado não comete o crime de falso testemunho,</p><p>mas pode cometer o delito de auto acusação falsa(art. 345, CPM). Se ele não</p><p>comparecer no dia notificado, poderá ser conduzido coercitivamente ou sob vara.</p><p>PERGUNTAS AO OFENDIDO. Declarações prestadas pelo titular do direito violado.</p><p>A vítima não presta compromisso, não podendo cometer o crime de</p><p>falso testemunho</p><p>(art. 346, CPM).</p><p>Havendo recusa da vítima, poderá haver condução coercitiva.</p><p>Procedimento:</p><p>a) Qualificação da vítima;</p><p>b) Tomada das declarações, sendo tudo formalizado em um auto.</p><p>TESTEMUNHAS. Pessoas que depõem sobre fato percebido sensorialmente. Todos</p><p>tem capacidade para testemunhar (art. 351, CPPM). As testemunhas serão ouvidas</p><p>separadamente, de modo que uma não possa ouvir o que a outra disse (art. 353, CPPM).</p><p>As testemunhas tem o dever de não calar e falar a verdade, sob pena de falso</p><p>testemunho (art. 346, CPM). Tem, ainda, o dever de comparecimento no dia e hora</p><p>marcados, sob pena de desobediência, multa, condução coercitiva e, em caso de</p><p>resistência, prisão de até 15 dias (§ 2º, art. 347, CPPM). Nos casos de enfermidade ou</p><p>senibilidade o encarregado deve deslocar-se ao local onde se encontra a testemunha</p><p>para colher o seu depoimento. Poderá haver oitiva de testemunha via precatória (art.</p><p>361, CPPM). Amigo íntimo ou inimigo capital podem testemunhar, porém, uma vez</p><p>contraditado, não prestará compromisso.</p><p>Incompatibilidades. Pessoas que são impedidas ou proibidas de depor ou, ainda,</p><p>que podem recusar-se:</p><p>16a) Recusa (art. 354, CPPM). – Podem recusar-se o ascendente, o descendente, o</p><p>afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, exceto o divorciado, o irmão e o</p><p>adotado.</p><p>Podem estas pessoas serem convocadas para depor quando não exista outro meio</p><p>de prova. Serão ouvidas, porém, como informantes, sem prestar compromisso.</p><p>b) Proibição (art. 355, CPPM). – Certas pessoas são proibidas de depor em razão</p><p>da função, ministério, ofício ou profissão, salvo se liberadas pelo interessado. Ainda que</p><p>liberadas, podem recusar-se a depor.</p><p>Função: Imposição legal ou contratual;</p><p>Ministério: Padres e assistentes sociais;</p><p>Ofício: Labuta manual;</p><p>Profissão: Trabalho relevantemente intelectual. Ex.: advogados, médicos etc.</p><p>Procedimento:</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>22</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>a) Compromisso da testemunha;</p><p>b) Qualificação;</p><p>c) Advertência das penas de falso testemunho e tomada das declarações, sendo</p><p>tudo formalizado em um auto.</p><p>RECONHECIMENTO DE PESSOAS OU COISAS. Significa exortar alguém a trazer a</p><p>lume algo que já é do conhecimento desta pessoa.</p><p>Procedimento:</p><p>a) Pessoa a reconhecer é levada a descrever a pessoa a ser reconhecida;</p><p>b) A pessoa a ser reconhecida é colocada ao lado de outras pessoas semelhantes,</p><p>sempre que possível;</p><p>c) Indicação da pessoa a ser reconhecida pela reconhecedora.</p><p>É possível colocar a pessoa a ser reconhecer em local que não seja vista pela pessoa</p><p>a ser reconhecida apenas na fase de investigação, na fase processual, por observância à</p><p>ampla defesa, isso não será possível.</p><p>O auto de reconhecimento deverá ser subscrito pela pessoa a reconhecer, por</p><p>duas testemunhas e pa, autoridade policial.</p><p>RECONHECIMENTO FOTOGRÁFICO. Não serve, por si só, para infligir condenação.</p><p>RETRATO FALADAO. É apenas instrumento facilitador das investigações policiais.</p><p>Não é meio de prova e não pode, sequer, dar ensejo ao recebimento da denúncia.</p><p>17RECONHECIMENTO DE COISAS. Devem ser aplicadas as normas cabíveis do</p><p>reconhecimento de pessoas. É, também, considerado meio de prova. Pode ser utilizado</p><p>para reconhecimento da res furtiva, instrumento do crime etc..</p><p>ACAREAÇÃO. Vem do verbo acoroar (o mesmo que colocar frente a frente). Assim,</p><p>acareação é colocar frente a frente duas ou mais pessoas que divergem em seus</p><p>depoimentos. Visa a eliminar contradições entre as declarações. Poderá ser</p><p>determinada ex offcio ou a requerimento das partes, sempre que houver divergência de</p><p>fatos relevantes à conclusão da causa (art. 365,</p><p>CPPM). É possível acareação por precatória.</p><p>Procedimento:</p><p>a) Colocação frente a frente dos acareantes;</p><p>b) Leitura dos pontos divergentes ao acareantes;</p><p>c) Pergunta aos acareantes se mantêm ou alteram o anterior depoimento.</p><p>BUSCA E APREENSÃO. Pode ser pessoal ou residencial. Ambas, em regra, exige</p><p>mandado judicial, porém admite exceções (art. 5º, XI, CF, art.s 181 e 182, CPPM).</p><p>Residencial: 1. Qualquer hora do dia ou da noite, desde que o ofendido tenha</p><p>consentido (PU,</p><p>art. 175, CPPM);</p><p>2. Flagrante delito (art. 175, CPPM);</p><p>3. Desastre (art. 175, CPPM);</p><p>4. Incêndio;</p><p>5. Presença do juiz à diligência.</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>23</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>Pessoal: Quando a autoridade suspeitar de a pessoa trazer consigo:</p><p>1. Instrumento ou produto do crime;</p><p>2. elementos de prova.</p><p>Em mãos de advogado, só é possível apreensão no caso de ser corpo de delito ou</p><p>de ser o advogado co-réu. Também poderá o advogado ser submetido a busca pessoal</p><p>no caso de a coisa encontrar-se em seu poder e ele não ser defensor constituído pelo</p><p>réu.</p><p>Os meios de transporte estão incluídos na busca pessoal, exceto compartimento</p><p>habitado.</p><p>Havendo a entrega da coisa por terceiro, haverá mero termo de apresentação e</p><p>apreensão a ser lavrado pelo escrivão.</p><p>RESTITUIÇÃO DE COISAS APREENDIDAS.</p><p>18- Busca e apreensão (art. 170, CPPM) ou apreensão de objetos durante a</p><p>investigação policial (art. 12, b, CPPM).</p><p>A regra é o objeto permanecer no processo enquanto for necessário, sendo</p><p>devolvidos nos casos em que for permitido. Não a autoridade policial, mas também o</p><p>juiz pode proceder à</p><p>restituição de coisas apreendidas.</p><p>- Restituição de coisas apreendidas pela autoridade policial:</p><p>1. Se o direito for incontroverso e não interessar ao inquérito policial (titularidade</p><p>incontroversa);</p><p>2. Se o bem não tiver sido apreendido em posse de terceiro de boa fé. Nesse caso,</p><p>e em todas as demais situações, apenas o juiz poderá fazer a restituição.</p><p>PRISÃO</p><p>CONCEITO. Privação da liberdade de alguém mediante clausura. É considerada a</p><p>mais violenta medida processual penal que pode ser imposta a uma pessoa sujeita à</p><p>persecutio criminis, podendo ser extra juditio ou in juditio.</p><p>MODALIDADES DE PRISÃO:</p><p>a) Prisão pena, prisão penal ou prisão propriamente dita. Aquela que possui</p><p>caráter retribuitivo e finalidade repressiva. É aquela que deflui de condenação imutável.</p><p>Também chamada de prisão definitiva. É erro grosseiro denominar-se de prisão</p><p>definitiva a prisão penal, porque entre nós não há cogitar-se de prisão por tempo</p><p>indeterminado (prisão perpétua);</p><p>b) Prisão sem pena. É toda prisão que não decorre de sentença condenatória</p><p>transita em julgado, constituindo-se em um instrumento para realização do processo ou</p><p>pra garantir os feitos do processo. Divide-se nas seguintes modalidades:</p><p>1. Prisão preventiva.</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>24</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO</p><p>MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>2. Prisão em flagrante.</p><p>3. Prisão temporária.</p><p>4. Prisão decorrente de pronúncia.</p><p>5. Prisão decorrente de sentença condenatória recorrível.</p><p>Em face da situação jurídica de inocente, do princípio da afirmação da inocência</p><p>(art. 5º, LVII, CF), toda e qualquer prisão, antes do trânsito em julgado de uma sentença</p><p>condenatória, deve ser considerada provisória e cautelar. Provisória, porque não se</p><p>trata de prisão pena, aquela que tem origem em sentença condenatória transita em</p><p>julgado. E, cautelar, no que se refere a sua função de instrumentalidade ou de</p><p>acautelamento de interesses de ordem pública.</p><p>Prisão Disciplinar. Ao largo da prisão pena e prisão sem pena, a Constituição</p><p>Federal, em face do disposto no seu art. 5º, LXI e LVII, sem possibilidade de qualquer</p><p>ampliação, somente admite a chamada prisão disciplinar e a prisão civil do alimentante</p><p>inadimplente, maior de 18 anos, voluntário e inescusável, e do depositário infiel.</p><p>A prisão civil, regulada no art. 18, do CPPM, expressamente admitida no art. 5º,</p><p>LXI, da CF, é aquela que pode ser decretada pela autoridade militar ou pelo juiz</p><p>castrense, nas hipóteses de transgressão disciplinar e nas hipóteses de crimes</p><p>propriamente militares. Consoante o art. 142, § 2º, da CF, não caberá habeas corpus em</p><p>relação às punições disciplinares militares.</p><p>Em que pese o disposto nesse artigo, se abusiva a punição disciplinar, nada impede</p><p>que se impetre habeas corpus perante o juiz castrense, se a ilegalidade guerreada for</p><p>de autoridade militar, ou perante o tribunal, se a ilegalidade combatida for do próprio</p><p>juiz militar. Destarte, tal remédio será sempre possível para o exame dos pressupostos</p><p>legais da medida (hierarquia, poder disciplinar, ato ligado à função militar e</p><p>suscetibilidade de aplicação da medida ao ato).</p><p>A odiosa prisão para averiguações também, não pode ser admitida, porque, além</p><p>de atípica, ao largo das hipóteses do art. 5º, LXI, da CF, caracteriza inegável</p><p>constrangimento ilegal e abuso de autoridade (art. º, a, da Lei n.º 4898/65).</p><p>PRISÃO PREVENTIVA. A prisão preventiva, como medida coercitiva que é,</p><p>enquadra-se no poder de coerção do juiz penal sobre as coisas e as pessoas sujeitas à</p><p>persecutio criminis. A prisão preventiva é constituída da privação da liberdade do</p><p>investigado ou do acusado, decretada fundamentadamente inaudita altera parte (sem</p><p>necessidade de ouvir o acusado) e rebu sic stantibus (estando assim as coisas). Pode ser</p><p>decretada durante o inquérito policial, processo criminal, ou na fase recursal.</p><p>A prisão preventiva será decretada de acordo com o prudente arbítrio do juiz,</p><p>portanto, não há que se falar em obrigatoriedade da preventiva.</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>25</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>Condições de Admissibilidade da Preventiva:</p><p>- Crimes dolosos punidos com reclusão;</p><p>- Crimes dolosos punidos com detenção, quando se apurar que indiciado é vadio</p><p>ou, havendo dúvida sobre sua identificação ele não fornecer dados suficientes ao</p><p>esclarecimento;</p><p>- Crimes dolosos punidos com detenção, se o réu já tiver sido condenado por outro</p><p>crime doloso, salvo se já tiver ocorrido a prescrição da reincidência.</p><p>Tratada apenas pelo CPP, portanto, no âmbito do processo penal militar, não</p><p>haverá necessidade de atendimento de tais condições de admissibilidade.</p><p>Requisitos ou Pressupostos da Preventiva (coexistentes) – art. 254, CPPM:</p><p>1. Prova do fato delituoso;</p><p>2. Indícios suficientes da autoria.</p><p>Diz a doutrina que tais pressupostos devem coexistir para que a prisão preventiva</p><p>esteja autorizada. Ou seja, exige-se que, além da prova da existência do crime, também</p><p>se verifique, concomitantemente, fortes indícios da autoria, e não apenas mera</p><p>possibilidade em relação à autoria.</p><p>Requisitos ou Circunstâncias Autorizadoras (alternativos) – art. 255, CPPM:</p><p>1. Garantia da ordem pública;</p><p>2. Conveniência da instrução criminal;</p><p>3. Periculosidade do indiciado ou acusado;</p><p>4. Segurança da aplicação da lei penal militar;</p><p>5. Exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina</p><p>militares, quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou</p><p>acusado.</p><p>Segundo o STF e STJ, independente da instauração de inquérito policial, admite-se</p><p>a decretação da preventiva com base em peças de informação da existência do crime e</p><p>de indícios suficientes de autoria, vez que o inquérito policial é facultativo entre nós (art.</p><p>28, CPPM).</p><p>PRISÃO EM FLAGRANTE. Certeza visual do crime, retrato de corpo inteiro da</p><p>autoria e da materialidade. Delito patente, visível, irrecusável do ponto de vista de sua</p><p>ocorrência. (flagrante propriamente dito).</p><p>Porque não deflui de condenação imutável, chamada por prisão sem pena,</p><p>provisória ou cautelar, expressamente admitida no art. 5º, LXI, da CF, que permite a</p><p>captura do conduzido, desde que se encontre em uma das situações taxativamente</p><p>previstas no art. 244, do CPPM, independente de prévia ordem escrita e fundamentada</p><p>do magistrado.</p><p>Sujeito Ativo: Embora nem sempre seja o condutor, será aquele que efetua a</p><p>captura e a prisão.</p><p>Com fundamento na 1ª parte do art. 243, do CPPM, onde diz “poderá” e</p><p>“deverão”, a doutrina fala em flagrante obrigatório e flagrante facultativo. Obrigatório,</p><p>mailto:acwnatal@gmail.com</p><p>26</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>COGNITIO HIERARCHIA NON HABET</p><p>CNPJ 14.915.486/0001-00</p><p>MISSÃO: ensinar com excelência, redescobrindo nossa capacidade de pensar</p><p>VALORES: hierarquia, disciplina, legalidade, moralidade, impessoalidade, eficiência, ética, lealdade, competência, compromisso e respeito</p><p>ACADEMIA CORONEL WALTERLER</p><p>AVENIDA PRESIDENTE CAFÉ FILHO, 116 – PRAIA DO MEIO – CEP 59.010-000 – NATAL/RN</p><p>WHATS’FONE (84) 9 9927.7750 - EMAIL: acwnatal@gmail.com</p><p>se o autor da prisão age no estrito cumprimento do dever legal, sob pena de sanções</p><p>administrativas, prevaricação e até de responder pelo ilícito praticado, quando poderia</p><p>evitar a sua consumação (§ 2º, art. 29, CPM).</p><p>Facultativo, quando se tratar de qualquer do povo ou do próprio ofendido.</p><p>MODALIDADE DO FLAGRANTE:</p><p>1. Flagrante Real, Próprio ou Verdadeiro (art. 244, “a” e “b”, CPPM). Está</p><p>cometendo ou acaba de cometer.</p><p>2. Quase Flagrante, Impróprio ou Irreal (art. 244, “c”, CPPM). É perseguido, logo</p><p>após o fato delituoso, em situação que faça acreditar ser ele o seu autor;</p><p>3. Flagrante Ficto, Presumido ou Assimilado (art. 244, “d”, CPPM). É encontrado,</p><p>logo depois, com instrumento, objetos, material ou papéis que façam presumir a sua</p><p>participação no fato delituoso.</p><p>As demais situações (2 e 3) são consideradas análogas ao flagrante real por opção</p><p>do legislador que fez criar a presunção de que as pessoas assim encontradas estão em</p><p>flagrante delito. Vale dizer, trata-se de ficção jurídica a autorizar a prisão em flagrante.</p><p>Nas infrações permanentes, considera-se o agente em flagrante delito enquanto</p><p>não cessar a permanência.</p><p>Para a doutrina majoritária, a expressão “logo depois” admite lapso temporal</p><p>maior do que a expressão logo após, sem que ambas se prestem a indicar absoluta</p><p>imediatidade.</p><p>A atribuição para presidir a lavratura do auto de prisão em flagrante delito (APFD)</p><p>é da autoridade do local do cometimento do fato. Algumas vezes, pode ocorrer que o</p><p>fato tenha sido cometido em algum lugar e a prisão tenha se efetivado em</p>

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