Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL – NCPC/2015 –</p><p>PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES E JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO</p><p>Sumário</p><p>PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES	3</p><p>JULGAMENTO CONFORME O PROCESSO	5</p><p>1. Introdução	5</p><p>2. Extinção do processo sem a resolução do mérito	6</p><p>3. Extinção do processo com a resolução do mérito	7</p><p>4. Julgamento antecipado do mérito	7</p><p>5. Julgamento antecipado parcial do mérito e prolação de decisão saneadora	8</p><p>SANEAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO	10</p><p>DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO	12</p><p>BIBLIOGRAFIA UTILIZADA	12</p><p>ATUALIZADO EM 06/01/2019[footnoteRef:1] [1: As FUCS são constantemente atualizadas e aperfeiçoadas pela nossa equipe. Por isso, mantemos um canal aberto de diálogo (setordematerialciclos@gmail.com) com os alunos da #famíliaciclos, onde críticas, sugestões e equívocos, porventura identificados no material, são muito bem-vindos. Obs1. Solicitamos que o e-mail enviado contenha o título do material e o número da página para melhor identificação do assunto tratado. Obs2. O canal não se destina a tirar dúvidas jurídicas acerca do conteúdo abordado nos materiais, mas tão somente para que o aluno reporte à equipe quaisquer dos eventos anteriormente citados. ]</p><p>PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES E JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO[footnoteRef:2]	 [2: Por Tássia Neumann Hammes.]</p><p>PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES</p><p>1. Introdução:</p><p>No Novo Código de Processo Civil as providências preliminares não constituem uma fase obrigatória do procedimento, dependendo sua existência das circunstâncias do caso concreto.</p><p>Assim, segundo o art. 347 do Novo CPC, findo o prazo para a contestação, o juiz tomará, conforme o caso, as providências preliminares previstas em lei. São elas:</p><p>Art. 347.  Findo o prazo para a contestação, o juiz tomará, conforme o caso, as providências preliminares constantes das seções deste Capítulo.</p><p>1.1. Não incidência dos efeitos da revelia:</p><p>Se, a despeito de o réu não contestar a ação, o juiz, verificando a inocorrência do efeito da revelia previsto no art. 344 do CPC (presunção relativa das alegações de fato formuladas pelo autor), ordenará que o autor especifique as provas que pretenda produzir, se ainda não as tiver indicado.</p><p>Afinal, não sendo possível presumir como verdadeiros os fatos alegados na petição inicial, competirá ao autor, nos termos do art. 373, I, comprovar os fatos constitutivos de seu direito, sob pena de improcedência do pedido.</p><p>Ao réu revel também será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do autor, desde que se faça representar nos autos a tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção.</p><p>Art. 348.  Se o réu não contestar a ação, o juiz, verificando a inocorrência do efeito da revelia previsto no art. 344, ordenará que o autor especifique as provas que pretenda produzir, se ainda não as tiver indicado.</p><p>Art. 349.  Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do autor, desde que se faça representar nos autos a tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção.</p><p>1.2. Tendo o réu contestado a ação, podem ocorrer as seguintes providências:</p><p>a) Se o réu só apresentar defesa de mérito direta (negativa dos fatos e/ou fundamentos do pedido) acompanhada de documentos, o juiz facultará ao autor manifestação a respeito no prazo de 15 dias (art. 437, §1º, CPC);</p><p>b) Alegação de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor (art. 350, CPC): Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor (defesa de mérito indireta), este será ouvido no prazo de 15 dias, sendo permitida a produção de prova;</p><p>c) Se o réu alegar qualquer das matérias enumeradas no art. 337 (defesa processual – preliminares de contestação), o juiz determinará a oitiva do autor no prazo de 15 dias, permitindo a produção de prova.</p><p>Verificando a existência de irregularidades ou de vícios sanáveis, o juiz determinará a sua correção em prazo nunca superior a 30 dias. A sanatória das irregularidades processuais é atividade permanente do juiz, a quem compete prover medidas para que o processo prossiga sem vícios.</p><p>Assim, cumpridas as providências preliminares ou não havendo necessidade delas, o juiz proferirá julgamento conforme o estado do processo, nos termos do art. 354 e seguintes do CPC.</p><p>Art. 350.  Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova.</p><p>Art. 351.  Se o réu alegar qualquer das matérias enumeradas no art. 337, o juiz determinará a oitiva do autor no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe a produção de prova.</p><p>Art. 352.  Verificando a existência de irregularidades ou de vícios sanáveis, o juiz determinará sua correção em prazo nunca superior a 30 (trinta) dias.</p><p>Art. 353.  Cumpridas as providências preliminares ou não havendo necessidade delas, o juiz proferirá julgamento conforme o estado do processo, observando o que dispõe o Capítulo X.</p><p>JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO</p><p>1. Introdução:</p><p>Superada a fase das providências preliminares, ainda que nenhuma delas tenha sido necessária, o processo chega a uma nova fase, em que o juiz proferirá uma decisão, que pode ser interlocutória ou sentencial.</p><p>Entre as cinco possibilidades previstas pelo Código de Processo Civil para a nova etapa do processo estão:</p><p>a) extinção do processo sem a resolução do mérito (art. 354, caput do Novo CPC);</p><p>b) extinção do processo com a resolução do mérito, desde que a sentença se fundamente no art. 487, II e III, do Novo CPC (art. 354, caput do Novo CPC);</p><p>c) julgamento antecipado do mérito (art. 355 do Novo CPC);</p><p>d) julgamento antecipado parcial do mérito (art. 356 do Novo CPC) e;</p><p>e) prolação de decisão saneadora (art. 357 do Novo CPC).</p><p>Art. 354.  Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 487, incisos II e III, o juiz proferirá sentença.</p><p>Parágrafo único.  A decisão a que se refere o caput pode dizer respeito a apenas parcela do processo, caso em que será impugnável por agravo de instrumento.</p><p>Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando:</p><p>I - indeferir a petição inicial;</p><p>II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; - suprir em 05 dias; custas proporcionais</p><p>III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; - suprir em 05 dias; honorários adv</p><p>*IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;</p><p>*V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;</p><p>*VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;</p><p>VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;</p><p>VIII - homologar a desistência da ação;</p><p>*IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e</p><p>X - nos demais casos prescritos neste Código.</p><p>§ 1o Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias.</p><p>§ 2o No caso do § 1o, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inciso III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado.</p><p>§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado.</p><p>§ 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.</p><p>§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença.</p><p>§ 6o Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de requerimento do réu.</p><p>§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se.</p><p>Art. 487.  Haverá resolução de mérito quando o juiz:</p><p>II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;</p><p>III - homologar:</p><p>a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;</p><p>b) a transação;</p><p>c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.</p><p>Parágrafo único.  Ressalvada a hipótese do § 1o do art. 332, a prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se.</p><p>2. Extinção do processo sem a resolução do mérito:</p><p>Essa norma prestigia o princípio da economia processual ao determinar que, se o juiz perceber a inutilidade da continuação do processo, em razão de vício formal insanável, deve determinar a extinção do processo sem a resolução do mérito.</p><p>Como já visto, o art. 485 do CPC contempla situações em que o processo, diante da ausência dos pressupostos processuais ou das condições da ação, é extinto sem que seja resolvido o conflito.</p><p>Por outro lado, as hipóteses do art. 487, II e III do CPC são situações em que é possível solucionar o conflito sem a necessidade de outras provas, já que, à exceção da prescrição/decadência, constituem-se formas de autocomposição do conflito.</p><p>#SELIGA: Se a referida decisão disser respeito a apenas parcela do processo, ela será impugnável por agravo de instrumento, já que não põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, tratando-se, pois, de decisão interlocutória!</p><p>3. Extinção do processo com a resolução do mérito, desde que a sentença se fundamente no art. 487, II e III, do Novo CPC:</p><p>Extingue-se a demanda com resolução de mérito, nos termos do art. 354, caput, do Novo CPC, na fase de julgamento conforme o estado do processo, quando houver:</p><p>a) prescrição ou decadência;</p><p>b) homologação de reconhecimento jurídico do pedido, de transação e de renúncia.</p><p>Frise-se que a previsão dessas espécies de sentença de mérito como providências a serem adotadas pelo juiz no momento procedimental do “julgamento conforme o estado do processo” não cria uma limitação temporal para a prolação de tais sentenças.</p><p>Assim, uma transação ou renúncia, por exemplo, podem gerar a extinção do processo tanto antes quanto depois do julgamento conforme o estado do processo.</p><p>4. Julgamento antecipado do mérito:</p><p>Conforme visto, o art. 354 do Novo CPC prevê dois caminhos ao juiz, ambos levando a extinção do processo, no primeiro caso sem a resolução do mérito e no segundo com resolução do mérito.</p><p>No art. 355 do Novo CPC, prevê-se mais um caminho que levará à extinção do processo com a resolução do mérito, aplicando-se ao caso concreto sempre que o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor.</p><p>O art. 355 do Novo CPC prevê duas situações que não se confundem, mas que geram o fenômeno acima descrito, ou seja, a desnecessidade da produção probatória:</p><p>a) Quando não houver necessidade de produção de outras provas: na hipótese de matéria exclusivamente de direito, não há objeto a ser tratado na instrução probatória, já que essa fase se destina à prova dos fatos, bastando ao juiz interpretar as normas jurídicas objeto da ação.</p><p>b) Quando o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 do Novo CPC e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349 do mesmo diploma legal: prevê a condição de revelia do réu e outros dois requisitos aparentemente cumulativos: o juiz presumir a veracidade dos fatos e não haver pedido do réu de produção de prova.</p><p>Art. 355.  O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:</p><p>I - não houver necessidade de produção de outras provas;</p><p>II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349.</p><p>Art. 344.  Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor.</p><p>Art. 349.  Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do autor, desde que se faça representar nos autos a tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção.</p><p>5. Julgamento antecipado parcial do mérito e prolação de decisão saneadora:</p><p>Nos termos do art. 356 do novo diploma processual, o juiz decidirá parcialmente o mérito, quando um ou mais dos pedidos formulados – ou parte deles – mostrar-se incontroverso ou estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355 do Novo CPC.</p><p>Como dito acima, há duas hipóteses de cabimento do julgamento antecipado parcial do mérito previstas pelos incisos do art. 356 do Novo CPC:</p><p>a) A incontrovérsia de um dos pedidos ou de parcela de um pedido prevista pelo inciso I do art. 356 do Novo CPC deve ser compreendida como o parcial reconhecimento jurídico do pedido. Isso porque o dispositivo não trata da incontrovérsia dos fatos, mas do pedido, e a única forma de o pedido do autor se tornar incontroverso é por meio de ato de autocomposição unilateral do réu. Nesse caso, caberá ao juiz julgar a parcela incontroversa por meio da sentença homologatória de mérito prevista no art. 487, III, “a”, do Novo CPC.</p><p>b) Quando um ou mais pedidos, ou parcela deles, estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355 do Novo CPC. Conforme a segunda hipótese, é possível se julgar antecipadamente parcela do mérito sempre que com relação a essa parcela não houver necessidade de produção de provas, quer porque já produzidas, quer porque dispensável a produção de qualquer prova.</p><p>Vale lembrar que no caso de julgamento antecipado do mérito a decisão terá conteúdo de sentença, mas não porá fim à fase cognitiva, sendo impugnável por agravo de instrumento.</p><p>Ainda, nos termos do art. 356, §1º do CPC, a decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrigação liquida ou ilíquida, sendo que a parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra ela interposto.</p><p>#SELIGANAJURIS: É válido o julgamento parcial de mérito?</p><p>• CPC 1973: NÃO. Não é permitido o julgamento parcial de mérito. Adotou-se a teoria da unidade estrutural da sentença, segundo a qual não é possível existir mais de uma sentença no mesmo processo ou na mesma fase processual de conhecimento ou de liquidação.</p><p>• CPC 2015: SIM. É permitido o julgamento parcial de mérito. O novo CPC introduziu no sistema processual civil brasileiro a permissão para que o juiz profira julgamento parcial de mérito (art. 356). Ex: João ajuizou ação de indenização contra determinada empresa pedindo a condenação da ré ao pagamento de R$ 100 mil a título de danos emergentes e R$ 200 mil por lucros cessantes. A empresa apresentou contestação e pediu a realização de perícia para aferir se realmente houve lucros cessantes e qual seria o seu valor exato. Não foi pedida a realização de instrução probatória no que tange aos danos emergentes. Sendo permitida sentença parcial de mérito, o juiz poderá cindir o feito e julgar desde logo o pedido dos danos emergentes, determinando o prosseguimento do feito quanto ao pedido de lucros cessantes. STJ. 3ª Turma. REsp 1281978-RS, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 5/5/2015 (Info 562).</p><p>Art. 356.  O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:</p><p>I - mostrar-se incontroverso;</p><p>II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.</p><p>§ 1o A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida.</p><p>§ 2o A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto.</p><p>§ 3o Na hipótese do § 2o, se houver trânsito em julgado da decisão, a execução será definitiva.</p><p>§ 4o A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito poderão ser processados em autos suplementares, a requerimento da parte ou a critério do juiz.</p><p>§ 5o A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento.</p><p>SANEAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO</p><p>Não sendo caso de julgamento antecipado, total ou parcial do mérito, e tomadas as providências</p><p>preliminares, o juiz proferirá decisão de saneamento e organização do processo.</p><p>O saneamento e a organização do processo devem ser feitos por decisão interlocutória, na qual:</p><p>(i) o juiz resolverá as questões processuais pendentes, se houver;</p><p>(ii) delimitará as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos;</p><p>(iii) definirá a distribuição do ônus da prova;</p><p>(iv) delimitará as questões de direito relevantes para a decisão de mérito;</p><p>(v) designará, se necessário, audiência de instrução e julgamento.</p><p>Contudo, se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, o juiz deverá designar audiência para o saneamento do processo, em cooperação com as partes (princípio da cooperação). Seu objetivo é permitir que o juiz, se for o caso, convide as partes a integrar ou esclarecer as suas alegações, trazendo maiores elementos para que possa promover o saneamento e a organização do processo, decidindo sobre as questões controvertidas e sobre as provas necessárias.</p><p>Proferida a decisão saneadora, as partes têm o direito de pedir esclarecimentos ou solicitar ajustes, no prazo comum de 5 dias, findo o qual a decisão se torna estável.</p><p>As partes podem ainda apresentar ao juiz, para homologação, delimitação consensual das questões de fato e de direito consideradas relevantes para a decisão do mérito e sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos. Tal delimitação, apenas se homologada, vincula as partes e o juiz.</p><p>Se não ocorrer a audiência de saneamento, e caso determinada a produção de prova testemunhal, o juiz fixará prazo comum não superior a 15 dias para as partes apresentarem rol de testemunhas, sendo que o número de testemunhas não pode ser superior a 10, sendo três, no máximo, para a prova de cada fato.</p><p>Caso tenha sido determinada a produção de prova pericial, o juiz deve nomear perito especializado no objeto da perícia e, se possível, estabelecer calendário para a sua realização.</p><p>Finalmente, caso seja necessária a produção de prova oral, será designada audiência de instrução e julgamento, cujas pautas deverão ser preparadas com intervalo mínimo de 1 hora.</p><p>A priori, contra a referida decisão não cabe agravo de instrumento, salvo se decidir algumas das questões constantes do rol estabelecido no art. 1.015 do CPC. Por essa razão, nos termos do art. 1.009, § 1º, ela não fica acobertada pela preclusão, e as questões por ela resolvidas poderão ser suscitadas como preliminar de apelação (salvo se o juiz, no saneamento, decidir algum dos temas elencados no art. 1.015, quando então o prejudicado deverá agravar, sob pena de preclusão).</p><p>Art. 357.  Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do processo:</p><p>I - resolver as questões processuais pendentes, se houver;</p><p>II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos;</p><p>III - definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373;</p><p>IV - delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito;</p><p>V - designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento.</p><p>§ 1o Realizado o saneamento, as partes têm o direito de pedir esclarecimentos ou solicitar ajustes, no prazo comum de 5 (cinco) dias, findo o qual a decisão se torna estável.</p><p>§ 2o As partes podem apresentar ao juiz, para homologação, delimitação consensual das questões de fato e de direito a que se referem os incisos II e IV, a qual, se homologada, vincula as partes e o juiz.</p><p>§ 3o Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas alegações.</p><p>§ 4o Caso tenha sido determinada a produção de prova testemunhal, o juiz fixará prazo comum não superior a 15 (quinze) dias para que as partes apresentem rol de testemunhas.</p><p>§ 5o Na hipótese do § 3o, as partes devem levar, para a audiência prevista, o respectivo rol de testemunhas.</p><p>§ 6o O número de testemunhas arroladas não pode ser superior a 10 (dez), sendo 3 (três), no máximo, para a prova de cada fato.</p><p>§ 7o O juiz poderá limitar o número de testemunhas levando em conta a complexidade da causa e dos fatos individualmente considerados.</p><p>§ 8o Caso tenha sido determinada a produção de prova pericial, o juiz deve observar o disposto no art. 465 e, se possível, estabelecer, desde logo, calendário para sua realização.</p><p>§ 9o As pautas deverão ser preparadas com intervalo mínimo de 1 (uma) hora entre as audiências.</p><p>Art. 1.015.  Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:</p><p>I - tutelas provisórias;</p><p>II - mérito do processo;</p><p>III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;</p><p>IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;</p><p>V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;</p><p>VI - exibição ou posse de documento ou coisa;</p><p>VII - exclusão de litisconsorte;</p><p>VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;</p><p>IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;</p><p>X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;</p><p>XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o;</p><p>XII - (VETADO);</p><p>XIII - outros casos expressamente referidos em lei.</p><p>Parágrafo único.  Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.</p><p>DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO</p><p>DIPLOMA</p><p>DISPOSITIVO</p><p>Código de Processo Civil</p><p>Art. 347 a 357.</p><p>BIBLIOGRAFIA UTILIZADA</p><p>Direito Processual Civil Esquematizado - Marcus Vinicius Rios Gonçalves (2017);</p><p>Manual de Direito Processual Civil – Daniel Amorim Assumpção Neves (2017);</p><p>Cavalcante, Márcio André Lopes, Informativos esquematizados do Dizer o Direito;</p><p>Processo Civil para concursos de Técnico e Analista dos Tribunais e MPU – Editora Juspodivm (2018).</p><p>4</p><p>image1.jpeg</p><p>image2.jpeg</p>

Mais conteúdos dessa disciplina