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<p>Revisão</p><p>Violência na contemporaniedade</p><p>Violência & Ética</p><p>Violência consiste em ações humanas</p><p>individuais, de grupos, de classes, de nações</p><p>que ocasionam a morte de seres humanos ou</p><p>afetam sua integridade e sua saúde física,</p><p>moral, mental ou espiritual</p><p>Violência Ética</p><p>A ação ética é balizada pelas ideias de bom e</p><p>mau, justo e injusto, virtude e vício, isto é, por</p><p>valores cujo conteúdo pode variar de uma</p><p>sociedade para outra ou na história de uma</p><p>mesma sociedade, mas que propõem sempre</p><p>uma diferença intrínseca entre condutas</p><p>tendo como critério a definição do bem, do</p><p>justo e do virtuoso</p><p>Vale citar que a ação ética só é de fato virtuosa se for</p><p>livre e só será livre se for autônoma, ou seja, essa</p><p>decisão precisa vir do interior do agente e não de</p><p>ordens/influência do externo</p><p>Violência X Ética</p><p>A violência se opõe à ética porque trata seres</p><p>racionais e sensíveis, dotados de linguagem e de</p><p>liberdade, como se fossem coisas, isto é,</p><p>irracionais, insensíveis, mudos, inertes ou</p><p>passivos, instrumentos para o uso de alguém,</p><p>completamente o oposto do significado de ética.</p><p>Constituintes do sujeito ético</p><p>Um ser racional que sabe o que faz, como um ser</p><p>livre que decide e escolhe o que faz e como um</p><p>ser responsável que responde pelo que faz. E</p><p>conforme com o bem, o justo e o virtuoso.</p><p>RACIONAL LIVRE RESPONSÁVEL</p><p>Direito & Privilégio</p><p>O Direito é sempre</p><p>partilhado pelo</p><p>interesse comum.</p><p>O simples reconhecimento de um direito,</p><p>em uma Democracia, não o garante. Apenas</p><p>autoriza a luta legítima para sua conquista.</p><p>Assim, por exemplo, o direito à liberdade de</p><p>expressão, por exemplo, não nasce de seu</p><p>reconhecimento. Este, apenas autoriza a</p><p>luta ativa pela sua efetividade. Da mesma</p><p>forma, o direito à vida, ao tratamento</p><p>igualitário, etc.</p><p>Um privilégio, por</p><p>outro lado, é sempre</p><p>particular.</p><p>Um direito pode ser para</p><p>todos ou reconhecido por</p><p>todos – logo, é sempre</p><p>universal. Mesmo que não</p><p>seja para todos é aceito por</p><p>todos.</p><p>Tipos de violência</p><p>Estrutural</p><p>Diz respeito às mais diferentes formas</p><p>de manutenção das desigualdades</p><p>sociais, culturais, de gênero, etárias e</p><p>étnicas que produzem a miséria, a fome,</p><p>e as várias formas de submissão e</p><p>exploração de umas pessoas pelas</p><p>outras.</p><p>Crianças vivendo, mendigando ou</p><p>aprendendo a roubar e a delinquir nas</p><p>ruas, exploração do trabalho infantil.</p><p>Essa discriminação se manisfesta</p><p>também em uma mentalidade de</p><p>criminalização dos pobres.</p><p>Exemplo</p><p>Cultural</p><p>A violência cultural é aquela que se</p><p>expressa por meio de valores, crenças e</p><p>práticas, de tal modo repetidos e</p><p>reproduzidos que se tornam</p><p>naturalizados.</p><p>Ex: Violência de gênero (Sobretudo</p><p>homem contra a mulher),</p><p>fundamentados por diferença de idade</p><p>(adultos x crianças), diferentes</p><p>discriminações de “raças” (brancos x</p><p>negros, de outros grupos contra os</p><p>judeus e/ou árabes)</p><p>Exemplo</p><p>Criminal</p><p>É praticada por meio de agressão grave</p><p>às pessoas, por atentado à sua vida e</p><p>aos seus bens e constitui objeto de</p><p>prevenção e pressão por parte das</p><p>forças de segurança pública, polícia,</p><p>ministério público e poder judiciário.</p><p>Exploração do</p><p>trabalho escravo,</p><p>tráfico de armas e</p><p>drogas</p><p>Exemplo</p><p>Tipos de violência</p><p>Interpessoal</p><p>É, principalmente, uma forma de</p><p>relação e de comunicação. Quando essa</p><p>interação ocorre com prepotência,</p><p>intimidação, discriminação, raiva,</p><p>vingança e inveja, costuma produzir</p><p>danos morais, psicológicos e físicos,</p><p>inclusive morte</p><p>A incapacidade de resolver conflitos por</p><p>meio da conversa, da explicitação</p><p>civilizada de pontos de vista diferentes,</p><p>da compreensão das razões de cada</p><p>uma das partes, buscando, pela</p><p>negociação, uma saída pacífica para os</p><p>problemas.</p><p>Exemplo</p><p>Intrafamiliar</p><p>Mesmo conceito de violência doméstica,</p><p>dizem respeito aos conflitos familiares</p><p>transformados em intolerância, abusos e</p><p>opressão.</p><p>A mulher é domínio e posse do homem;</p><p>o homem é o chefe, o dono e sabe o que</p><p>é bom ou ruim para todos, mas ele se</p><p>exclui do julgamento dos demais.</p><p>Exemplo</p><p>Auto-infligida</p><p>São chamados os suicídios, as tentativas,</p><p>as ideações de se matar e as</p><p>automutilações.</p><p>Qualquer ato contra</p><p>si</p><p>Exemplo</p><p>Natureza da violência</p><p>Equidade:Física Psicológica</p><p>NegligênciaSexual</p><p>Abandono Privação de</p><p>cuidados</p><p>Caracteristicas de uma</p><p>sociedade democrática</p><p>Estado de Direito: A lei é aplicada de forma justa e igualitária a todos os cidadãos, incluindo os</p><p>governantes.</p><p>1.</p><p>Eleições Livres e Justas: Os cidadãos têm o direito de escolher seus líderes por meio de eleições regulares,</p><p>transparentes e sem coerção.</p><p>2.</p><p>Pluralismo Político: Existem múltiplos partidos políticos e grupos de interesse que competem de forma</p><p>justa pelo poder, refletindo a diversidade de opiniões na sociedade.</p><p>3.</p><p>Respeito aos Direitos Humanos: Os direitos individuais e as liberdades civis são protegidos e respeitados,</p><p>incluindo liberdade de expressão, liberdade de imprensa, liberdade religiosa, entre outros.</p><p>4.</p><p>Separação de Poderes: O poder é dividido entre diferentes instituições governamentais, como o legislativo,</p><p>executivo e judiciário, para evitar concentração excessiva de poder.</p><p>5.</p><p>Liberdade de Imprensa e Informação: A imprensa é livre e independente, desempenhando um papel vital</p><p>na informação dos cidadãos e no escrutínio do governo.</p><p>6.</p><p>Caracteristicas de uma</p><p>sociedade autoritária</p><p>É fortemente hierarquizada em todos os seus aspectos: repetindo a forma da família patriarcal</p><p>As diferenças e assimetrias são sempre transformadas em desigualdades que reforçam a relação de</p><p>mando-obediência.</p><p>O fascínio pelos signos de prestígio e de poder, que marcam a presença de privilégios na relação com o</p><p>outro O caso mais corrente sendo o uso de “doutor” quando, na relação social, o outro se sente ou é visto</p><p>como superior</p><p>Nossa sociedade opera para bloquear a esfera pública da opinião como expressão dos interesses e dos</p><p>direitos de grupos e classes sociais diferenciados e/ou antagônicos</p><p>Os negros são considerados infantis, ignorantes, safados, indo-lentes, raça inferior e perigosa</p><p>Os indígenas são considerados irresponsáveis (isto é, incapazes de cidadania), preguiçosos (isto é, mal</p><p>adaptáveis ao mercado de trabalho capitalista, perigosos, devendo ser exterminados ou “civilizados”</p><p>Os trabalhadores rurais e urbanos são considerados ignorantes, atrasados e perigosos</p><p>Racismo & Preconceito</p><p>Racismo Preconceito</p><p>É uma forma sistemática de discriminação</p><p>que tem a raça como fundamento, e que</p><p>se manifesta por meio de práticas</p><p>consciente ou inconscientes que</p><p>culminam em desvantagens ou privilégios</p><p>para indivíduos, a depender do grupo</p><p>racial ao qual pertençam</p><p>É o juízo baseado em estereótipos acerca</p><p>de indivíduos que pertencem a um</p><p>determinado grupo racializado, e que</p><p>podem ou não resultar em práticas</p><p>discriminatórias.</p><p>Tipos de discriminação</p><p>Racial</p><p>É a atribuição de tratamento</p><p>diferenciado a membros de grupos</p><p>racialmente identificado. Portanto, a</p><p>discriminação tem como requisito</p><p>fundamental o poder, sem o qual não é</p><p>possível atribuir vantagens ou</p><p>desvantagens por conta da raça.</p><p>Direta</p><p>é o repúdio ostensivo a</p><p>indivíduos ou grupos,</p><p>motivado pela condição</p><p>racial.</p><p>Indireta</p><p>É um processo em que a situação específica</p><p>de grupos minoritários</p><p>é ignorada – discriminação de fato –, ou</p><p>sobre a qual são impostas regras de</p><p>“neutralidade</p><p>racial” – sem que se leve em conta a</p><p>existência de diferenças sociais</p><p>significativas – discriminação pelo direito ou</p><p>discriminação por impacto adverso.</p><p>Negativa</p><p>a que causa prejuízos e desvantagens</p><p>Positiva</p><p>Definida como a possibilidade de atribuição de tratamento</p><p>diferenciado a grupos historicamente discriminados. Exemplo:</p><p>Políticas de ação afirmativa – que estabelecem tratamento</p><p>discriminatório a fim de corrigir ou compensar a desigualdade</p><p>Mito da não-violência</p><p>O Mito da não violência brasileira: Oculta</p><p>que a passagem de colônia a império e de</p><p>império a república foi realizada por</p><p>golpes de Estado, marcando com este</p><p>selo nossa história política no correr do</p><p>século XX e início do século XXI; em</p><p>segundo, silencia todas as revoltas e</p><p>rebeliões que marcaram a história política</p><p>nacional (Inconfidência Mineira,</p><p>Revolução Praieira, Palmares entre</p><p>outras...)</p><p>Mecanismos do mito</p><p>exclusão: afirma-se que a nação brasileira é não violenta e que, se houver violência,</p><p>esta é praticada por gente que não faz parte da nação</p><p>1.</p><p>distinção: distingue-se entre o essencial e o acidental, isto é, por essência, os brasileiros</p><p>não são violentos e, portanto, a violência é acidental</p><p>2.</p><p>Jurídico: A violência fica circunscrita ao campo da delinquência e da criminalidade3.</p><p>sociológico: atribui-se a “onda” ou “epidemia” de violência a um momento definido do</p><p>tempo, aquele no qual se realiza a “transição para a modernidade” das populações que</p><p>migraram do campo para a cidade e das regiões mais pobres (Norte e Nordeste) para</p><p>as mais ricas (Sul e Sudeste). A migração causaria o fenômeno temporário da anomia</p><p>fazendo com que os migrantes pobres tendem a praticar atos isolados de violência</p><p>4.</p><p>Inversão do real: Graças à produção de máscaras que permitem dissimular</p><p>comportamentos, ideias e valores violentos como se fossem não violentos. Assim, por</p><p>exemplo, o machismo é colocado como proteção à natural fragilidade feminina.</p><p>5.</p><p>Racismo nas instituições</p><p>As instituições são a materialização das</p><p>determinações formais da vida social, sendo</p><p>assim temos dois pontos:</p><p>Instituições, enquanto o somatório de</p><p>normas, padrões e técnicas de controle</p><p>que condicionam o comportamento dos</p><p>indivíduos, resultam dos conflitos e das</p><p>lutas pelo monopólio do poder social;</p><p>1.</p><p>As instituições também são atravessadas</p><p>internamente por lutas entre indivíduos e</p><p>grupos que querem assumir o controle</p><p>da instituição.</p><p>2.</p><p>Uma instituição que realmente se preocupa</p><p>com a questão racial, deve se basear na</p><p>adoção de políticas internas que visem:</p><p>a) promover a igualdade e a diversidade em suas</p><p>relações internas e com o público externo – por</p><p>exemplo, na publicidade;</p><p>b) remover obstáculos para a ascensão de</p><p>minorias em posições de direção e de prestígio</p><p>na instituição;</p><p>c) manter espaços permanentes para debates e</p><p>eventual revisão de práticas institucionais;</p><p>d) promover o acolhimento e possível</p><p>composição de conflitos raciais e de gênero.</p>

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