Prévia do material em texto
<p>1</p><p>O curso</p><p>Este curso reúne muito do conhecimento teórico e prático acumulado em anos de torneios</p><p>e vôos de cross.</p><p>A proposta do curso é passar uma visão diferente da atmosfera , menos teórica e mais</p><p>prática , onde vocês passem a enxergar alguns efeitos que façam diferença na hora de</p><p>tomar decisões e amplie seu prazer de voar.</p><p>Só o fato de sabermos que certos efeitos existem, nos fará pensar , e com isto poderemos</p><p>evoluir no que mais gostamos de fazer.</p><p>Infelizmente a evolução é lenta , e seu conhecimento só se consolidará com o tempo de</p><p>vôo, horas voadas, locais e condições diferentes que encontrarem.</p><p>O pouso</p><p>Como nossa meta é voar distâncias cada vez maiores, vamos dificilmente pousar em locais</p><p>conhecidos, portanto devemos saber de algumas coisas:</p><p>Se você se machucar no pouso num local como Ceará, tenha um seguro de saúde muito</p><p>bom e se prepare para andar horas de carro até o hospital mais próximo.</p><p>Ou seja , não vale a pena se expor a uma situação de risco pôr alguns quilômetros ou alguns</p><p>pontos a mais.</p><p>Sempre gostamos de pousar perto de alguma casa ou estrada ou lugar plano, lembre-se que</p><p>estes são os locais prediletos da companhia elétrica para passar fios.</p><p>Evite pousar em vales, pois pode encontrar venturi ou fios altos difíceis de se ver.</p><p>Capriche no pouso, como se quisesse demonstrar em um filme para alunos.</p><p>Tire os óculos quando pousar a tarde.</p><p>Não esqueça de reportar o seu local de pouso para o resgate ainda em vôo.</p><p>Tenha uma boa antena de ganho.</p><p>Gosto de pousar no topo de morrotes , o vento é mais limpo, menor a chance de ter fios,</p><p>mais fácil de falar no rádio.</p><p>Porque ser rápido.</p><p>Normalmente o nosso vôo acaba porque não se tem mais térmicas, ou seja, o dia acabou-</p><p>se. Assim, para poder fazer grandes distancias é muito importante ser rápido.</p><p>Competições medem velocidade .</p><p>2</p><p>Considerações sobre a atmosfera e as térmicas</p><p>Muitas vezes quando voamos sofremos alguns efeitos que não compreendemos, e isto nos</p><p>deixam completamente perdidos. Por isso comecei a pesquisar e observar alguns</p><p>fenômenos que poderão auxiliar nesta melhor visualização .</p><p>Para melhor entender a atmosfera , nós temos que ter em mente que o tempo que as coisas</p><p>acontecem são muito diferentes. Os acontecimentos são muito mais lentos do que</p><p>conseguimos enxergar,e um dos grandes macetes é passar a ver a atmosfera como se fosse</p><p>uma câmera acelerada, onde poderíamos ver claramente a formação das nuvens, as regiões</p><p>de buracos azuis se movendo, as nuvens de alta altitude se deslocando.</p><p>Para ter esta visão uso uma técnica , que consiste em tirar fotos mentais das nuvens, da</p><p>condição para onde quero ir e de onde vim, assim posso comparar mais facilmente os</p><p>“quadros” e julgar a melhor rota e a evolução da condição .</p><p>Muito importante também é de tentar ver os movimentos do ar da atmosfera.</p><p>Normalmente achamos que o ar é meio independente, mas na verdade é muito conectado,</p><p>quando uma térmica descola do chão, ela está influenciando uma grande região próxima,</p><p>causando descendentes, ventos e turbulência que pode iniciar uma grande reação em cadeia</p><p>e mudar muito a condição local.</p><p>Tente imaginar uma térmica subindo, algo com cerca de 200 m de diâmetro e 400 metros</p><p>de altura. Isto dá 80 Toneladas de ar !! Imagine o efeito que causará toda esta massa se</p><p>deslocando. Imagine este volume tomando conta do ar que esta subindo e o ar que esta</p><p>caindo, parece uma grande confusão, porem possui certos padrões que podemos tentar</p><p>visualizar .</p><p>Quando conseguir visualizar estes movimentos estará entendendo melhor a atmosfera e</p><p>voando melhor.</p><p>Um exercício legal de ser feito é observar riachos. Vendo os movimentos da água ou</p><p>pequenas poças depois de movimentadas, observando os redemoinhos, as convergências e</p><p>como uma perturbação se propaga por muito tempo e atinge toda a área . Depois imagine o</p><p>ar se comportando similarmente, claro que numa escala de tempo e proporção muito</p><p>maiores.</p><p>Efeitos e propriedades do ar que devemos prestar mais atenção</p><p>Massa</p><p>Viscosidade</p><p>Aderência ao solo</p><p>Elasticidade</p><p>Efeito “tampão” das camadas superiores</p><p>3</p><p>Devemos ter estes efeitos/ propriedades sempre em mente para podermos enxergar as</p><p>“montanhas” invisíveis que lutamos para seguir , estas montanhas são as grande regiões de</p><p>descendentes e as regiões de ascendentes.</p><p>Quero dizer com isto que na atmosfera se formam estas regiões , que vêm da interação dos</p><p>ventos , do relevo e de todas as propriedades da atmosfera ou seja teremos grandes</p><p>movimentos ascendentes e logo depois movimentos descendentes. O ar será difícil de</p><p>começar a se movimentar e também será difícil de fazê-lo parar, ou seja, tem uma grande</p><p>inércia. Os efeitos se propagarão, refletindo no solo ou em montanhas.</p><p>Seguir estas regiões, saber onde elas estão para cruzá-las mais eficientemente será um</p><p>grande salto na sua qualidade de vôo.</p><p>Quanto ao efeito tampão, quero dizer que o ar acima das térmicas, pode funcionar como</p><p>uma tampa, um bloqueio para as térmicas, e quando este bloqueio é rompido fica o “furo”</p><p>nas camadas superiores. Este furo se move bastante, levado pelos ventos, e aumenta ou</p><p>diminui de tamanho, dependendo da intensidade da térmica, ou seja, o ciclo da térmica .</p><p>Do lado de trás deste furo, em relação ao vento, se forma uma esteira de turbulência</p><p>causada pelo rotor da própria térmica, por bolhas arrancadas da térmica e por pequenas</p><p>térmicas atraídas por reste rotor.</p><p>O momento de formação do furo, sua maturidade e seu colapso são fases muito diferentes</p><p>e, assim sendo, devem ser tratados de maneiras diferentes para sermos mais eficientes na</p><p>térmica.</p><p>Esta esteira de perturbação será um ótimo indicador de onde estará a próxima térmica e</p><p>formando as cloud streams</p><p>Térmicas</p><p>A forma das térmicas</p><p>Como podemos render mais numa térmica? Considerando que não existem diferenças de</p><p>equipamento, quem rende mais é normalmente quem tem a térmica mais bem visualizada,</p><p>sabendo para onde ela esta indo, por onde virá a nova bolha, ou seja, como se manter no ar</p><p>até o próximo ciclo e, quando cair da térmica, voltar rapidamente para o centro mais forte.</p><p>Para render mais nestas condições é super importante ter uma boa visualização da térmica ,</p><p>com isto usar um correto método de centragem para cada tipo de térmica e situação e usar</p><p>toda a informação que o GPS possa te dar.</p><p>Em térmicas fáceis, todos sobem por igual, até sacos de lixo. Em condições mais difíceis</p><p>que temos de ser bons !!!</p><p>A forma que a térmica se apresenta varia muito com sua intensidade e a força do vento,</p><p>podendo ir de colunas bem comportadas, passando por bolhas rolantes e ate as “ondas”</p><p>4</p><p>Uma térmica possui basicamente três fases básicas: sua formação, maturidade e colapso.</p><p>Estas fases podem alternar-se numa mesma térmica. Isto acontecerá quando ela encontrar</p><p>uma inversão ou um cisalhamento. Por isso, é super importante identificar estes fenômenos</p><p>quando acontecem.</p><p>Em cada fase da térmica ela apresenta uma forma básica. Na fase de formação, as bolhas</p><p>pequenas se tendem a agrupar rolando e com derivadas não muito definidas; Na fase de</p><p>consolidação, a derivada é mais continua, sendo mais fácil a centralização, principalmente</p><p>com o GPS; Na fase em que ela se dissipa, se mande !!!! A não ser que tenha um bom</p><p>motivo para ficar no zerinho derivado.</p><p>É difícil generalizar como é a forma de uma térmica, como ela sobe, onde é mais forte e</p><p>quando vai parar ou ficar mais forte, portanto não desanime, é ruim para todos !!!!</p><p>Para se ter um bom rendimento numa térmica é preciso muita experiência para se adaptar</p><p>as suas manhas, uma das maneiras mais práticas é se usar a técnica dos urubus, a regra da</p><p>inclinação e o GPS .</p><p>Em condições muito especiais, como pouco ou nenhum vento, sem a presença de inversões,</p><p>com</p><p>energia necessária disponível e o gradiente adiabático normal, teremos térmicas bem</p><p>comportadas, na forma clássica que conhecemos, que é de uma bela coluna praticamente</p><p>uniforme, porem, até mesmo nestas condições esta térmica apresentara ciclos.</p><p>Acontece que quando temos todos estes fatores influenciando a térmica , teremos formas</p><p>nada tradicionais que precisamos visualizar para melhor aproveitarmos esta ascendente.</p><p>Em geral, o que acontecerá será a inclinação da coluna e um arrancamento de parte das</p><p>bolhas formando uma trilha de turbulência, com ventos fortes e uma potência da térmica</p><p>menor, teremos bolhas individuais .</p><p>Em alguns momentos especiais da térmica, como o nascimento ou quando se encontra com</p><p>alguma inversão, teremos alguns efeitos específicos, dependendo dos fatores citados acima.</p><p>Algumas das formas de térmicas que consigo generalizar são</p><p>Forma de arvore:</p><p>Com raízes, tronco e sendo a copa da arvore a nuvem. Esta é uma visão simplista e</p><p>tradicional que ocorre somente quando a potência da térmica é grande em relação ao</p><p>vento.</p><p>Forma de cortina ( linhas de perturbação ) .</p><p>Forma básica para quase todas elas. A cortina ou linha de turbulência se forma com o</p><p>arrancamento de bolhas da coluna principal e pela diferença de intensidade da térmica, os</p><p>ciclos . Isto provocará uma inclinação variável da térmica , esta térmica então ficará quase</p><p>vertical , no momento de maior intensidade , até ter uma grande inclinação , no momento</p><p>de menor intensidade.</p><p>5</p><p>Forma de bolhas:</p><p>As bolhas ocorrem em dias onde a potência ( Energia própria + Gradiente térmico ) da</p><p>térmica é pequena em relação ao vento. E como se o vento partisse as colunas e não</p><p>permitisse que as bolhas se unissem para formar as colunas .</p><p>Muitas vezes temos uma mistura de bolhas , e a forma de cortina</p><p>Forma de onda:</p><p>Ocorre a baixas e medias altitudes, quando temos uma grande energia acumulada perto do</p><p>solo e o vento é muito forte , em um momento onde este sistema fica instável , ele começa</p><p>a subir e forma como se fosse uma montanha , porem de ar , subindo e forçando o vento</p><p>forte a passar sobre a térmica .Este sistema entra em colapso em um dado momento , com</p><p>o vento cortando a onda e formando bolhas que derivam bastante , isto ocorre muito no</p><p>Ceará , logo na decolagem .</p><p>Muitas destas formas estão presentes numa mesma térmica. Ela vai mudando de forma de</p><p>acordo com as variações de direção de vento, inversões, altura, presença de outras térmicas</p><p>próximas, ciclos etc. ..</p><p>Cada uma delas se comporta de uma maneira peculiar, e para termos melhor rendimento</p><p>temos de nos comportar de maneiras diferentes.</p><p>Muito importante é que alguns padrões tendem a se repetir, pôr exemplo:</p><p>As inversões, ou seja, o ponto onde a térmica se quebra.</p><p>A tendência de se perder a térmica, contra , a favor, ou lateralmente em relação ao vento.</p><p>Neste caso, muita atenção com os ciclos, que vão ajudar a definir esta tendência .</p><p>A intensidade da térmica</p><p>O tamanho das bolhas , colunas ou qualquer outra forma identificada.</p><p>Ou seja, adapte seu método de centragem constantemente de acordo com a</p><p>condição.</p><p>6</p><p>Forma padrão de uma térmica , com inversão e sem vento</p><p>Inversões e cisalhamento</p><p>Uma inversão é a mudança do fator de resfriamento do ar em relação ao aumento da</p><p>altitude. Normalmente, o ar resfria-se a uma taxa de 1 grau a cada 100 metros ( D.A.L.R. ),</p><p>quando esta taxa muda , ao ponto da temperatura até esquentar com uma maior altitude,</p><p>dizemos que estamos tendo uma inversão térmica. Praticamente o que sentimos é uma</p><p>perda de força da ascendente, podendo esta quebrar-se e parar de subir ou ir subindo bem</p><p>lentamente.</p><p>Algumas vezes conseguimos ultrapassar a inversão e continuar subindo, porem devemos</p><p>avaliar se será mais vantajoso aproveitar a fase “doce” da térmica</p><p>As vezes podemos identificar a inversão como uma faixa nebulosa a uma certa altitude.</p><p>Quando estamos subindo numa termal e sentimos que em um certo momento ela parece se</p><p>esfacelar. Pode não ser uma inversão e sim uma camada de cisalhamento, ou seja, uma</p><p>camada onde o vento está mudando de direção.</p><p>Bolhas girando e</p><p>convergindo</p><p>Colunas formadas por</p><p>bolhas grandes e</p><p>alongadas , estas</p><p>bolhas tem a</p><p>tendência de mudar de</p><p>posição , exigindo</p><p>uma centragem</p><p>constante .</p><p>Inversão</p><p>Perfil da térmica</p><p>sem vento</p><p>7</p><p>Devemos ficar muito atentos a este tipo de efeito, pois podemos ter grandes variações de</p><p>direção, ou ter uma faixa de convergência; com isto podemos ser muito mais eficientes.</p><p>Há ocasiões onde existem várias zonas onde a razão de resfriamento do ar muda , assim</p><p>como a direção do vento. Algumas destas zonas estão abaixo de uma certa altitude, o</p><p>importante é tentar não ficar abaixo desta faixa .</p><p>Um fato interessante é que, por causa de um destes efeitos descritos acima , temos térmicas</p><p>que não saem do chão e sim de uma certa altitude. Então muito importante é escolher uma</p><p>melhor faixa de altitude para se trabalhar .</p><p>Centragem</p><p>O mais importante é que em cada região, em cada dia ou hora , existem padrões de</p><p>térmicas que se repetem. Identificar o padrão da térmica onde você está é importantíssimo</p><p>, e para cada um destes padrões temos de ter estratégias especificas para poder subir mais</p><p>eficientemente.</p><p>Pôr exemplo, girar rapidamente a favor do vento ou rápido contra o vento, passar pelo</p><p>primeiro miolo e enroscar no segundo, derivar mais ou menos , rodar em apenas meia</p><p>térmica, forçar para um dos lados da térmica etc..</p><p>Duas regras principais para subir muito rápido: faca um mapa mental da térmica , usando</p><p>referências geográficas, gps e o vario para saber exatamente onde esta e qual a taxa de</p><p>subida da térmica; e lembre-se de sempre pesquisar , sempre procure para onde a térmica</p><p>foi , e onde está o centro mais forte , não ache que você é um gênio , que centrou</p><p>rapidamente e esta tudo bem .</p><p>Sobe mais rápido quem se adapta constantemente as mudanças da térmica, quem acha o</p><p>miolo quando ele muda de lugar , todos sobem muito bem em térmicas grandes e definidas .</p><p>Princípios básicos</p><p>0 O ideal é que já tenha um padrão aproximado da estrutura da térmica , que para</p><p>determinar, você voou nos dias anteriores , observou outros voadores e decolou cedo para</p><p>testar a condição , já feito isto fica muito mais fácil centrar.</p><p>1 Encontrou sinal da térmica, tenha em mente o tamanho da área de perturbação ,</p><p>deixe penetrar na melhor parte ,gire contra o vento , se trombar diretamente numa parte</p><p>forte , gire no sentido contrário da tendência provocada pela térmica , mantenha se dentro</p><p>da termal, fique girando , mentalize o tamanho do miolo, sua intensidade, e sua</p><p>localização, usando referências geográficas e GPS.</p><p>2 Pesquisa do centro, do tamanho e da deriva da térmica, fazendo um 270º + 360º ,</p><p>dependendo do padrão da região , não vale a pena pesquisar.</p><p>3 Otimização da taxa de subida usando regra da inclinação , tática do urubu e gps.</p><p>8</p><p>4 Repetir fases anteriores e :</p><p>5 Determinar a parte “doce” da térmica , em função dos dias anteriores , de outros</p><p>voadores , e da sua taxa de subida. Neste ponto sempre pense em Mc Ready e speed to</p><p>fly.</p><p>6 Hora de sair da térmica</p><p>A quinta e a sexta fase têm de ser usadas em todas as fases da térmica e quando</p><p>possível nas transições , observando outros voadores.</p><p>Lembre-se que para ser eficiente numa térmica é muito importante que você seja suave</p><p>dentro dela, o ideal aerodinâmicamente é que você mantenha uma inclinação o tempo todo ,</p><p>porém isto é muito difícil. Tente achar um ponto ideal entre correções, sua taxa de subida</p><p>e a procura de um centro melhor .</p><p>Tudo isto tem de</p><p>ser feito de olhos bem abertos pois se ver alguém subido mais que você,</p><p>não hesite em abandonar sua termal , pôr mais forte que ela seja.</p><p>Os padrões de uma térmica se repetem, como tempo do ciclo, local do gatilho, altura da</p><p>base ,intensidade, lado melhor, tamanho e forma.</p><p>As térmicas na maioria das vezes são cíclicas , isto significa que você pode estar fazendo</p><p>tudo certo mas no momento errado, muita atenção nos ciclos.</p><p>Regra da inclinação</p><p>Lembrem-se que trabalhamos com uma grande defasagem entre nosso comando e a reação da vela, portanto</p><p>pense sempre alguns segundos antes do seu comando.</p><p>Taxa de subida aumenta , então diminua a inclinação da curva.</p><p>Taxa de subida diminui, então aumente a inclinação da curva.</p><p>A Entrada na térmica com tendência , girar para</p><p>esquerda.</p><p>B Aumentou taxa de subida, diminuir inclinação.</p><p>C Diminuiu taxa de subida , aumentar inclinação.</p><p>D Igual a 2.</p><p>E Diminuir mais ainda a inclinação .</p><p>F Igual a 2.</p><p>G Igual a 3.</p><p>H Manter inclinação, está centralizado.</p><p>A</p><p>B</p><p>F</p><p>C</p><p>D</p><p>E</p><p>G</p><p>H</p><p>9</p><p>Métodos de centragem usando o GPS</p><p>O GPS foi uma das invenções que mais me auxiliaram no vôo , a ponto de que se me</p><p>perguntassem qual aparelho eu escolheria como mais importante , seria o GPS. Neste</p><p>tópico falarei apenas de métodos de Centragem usando este aparelho , mais à frente</p><p>veremos outros usos.</p><p>Quando estiver voando , é imprescindível que voe com o GPS no modo de gravação de</p><p>trilha no automático , e visualizando a tela , num tal ponto que consiga ver pelo menos</p><p>umas cinco voltas que você traçou na térmica, estas trilhas que deixamos , mostram vários</p><p>detalhes da térmica que nos auxiliam muito , que são :</p><p>Cizalhamento e diferentes direções de vento nas camadas e em diferentes regiões</p><p>Bolhas se unindo</p><p>Inversões</p><p>Térmica se dispersando (ciclo acabando)</p><p>Térmica aumentando de intensidade (ciclo iniciando)</p><p>Melhores rotas para cruzar linhas</p><p>Como voltar para a térmica .</p><p>Centragem</p><p>Para centrar usando o GPS, o principal fator é ver as trilhas em que se está voando , e</p><p>tentar supor como será o padrão destas trilhas. Obtendo este padrão , basta seguí-lo.</p><p>Porque os urubus voam tão bem ?</p><p>Os urubus são voadores locais, ou seja voam muito naquela mesma área ,então conhecem muito bem as</p><p>térmicas residentes.</p><p>Eles são extremamente observadores , eles usam os outros voadores e urubus como seu vario, ou seja se ligue</p><p>nos outros.</p><p>10</p><p>O primeiro Salto</p><p>A ligação entre as térmicas e os caminhos do céu</p><p>Estruturas de grupo, hexagonais ou linhas ?</p><p>Um dos pontos muito importantes para o vôo é identificar as estruturas das formações do</p><p>local onde está e estar sincronizado com estas estruturas , ou seja estar no ciclo correto</p><p>Existem dias onde o padrão das nuvens é formado pôr células de três , quatro, cinco ou seis</p><p>lados , como se fosse uma colmeia de abelhas , este padrão é pouco comum, normalmente</p><p>acontece em dias com pouco vento , e onde o relevo não é acidentado.</p><p>O tamanho destas células pode ser de um a cinco quilômetros, os vértices são as regiões</p><p>que provavelmente estão as térmicas , e as linhas que unem os vértices são linhas de</p><p>ascendente e convergência ou descendente e divergência de ventos .</p><p>A melhor estratégia nestes dias é ficar muito ligado nos ciclos para não cair em alguma</p><p>armadilha , ou seja estar no meio de um local onde terá que andar com vento muito lateral</p><p>para chegar na próxima térmica e fugir do ralo que se meteu, os ciclos nas células não são</p><p>todos iguais , um lado pode estar formando e o outro dissipando, ocorre uma troca de</p><p>energia entre os lados das células, uma das coisas mais importantes é ficar ligado nestes</p><p>ciclos olhando a formação das nuvens , se elas estão aumentando , diminuindo ou</p><p>estagnadas.</p><p>Mesmo estas estruturas possuem alguns alinhamentos , tente enxerga-los e bolar a melhor</p><p>rota.O vôo nestas condições exige varias mudanças de rota e é muito tático , como se fosse</p><p>um jogo de xadrez</p><p>Quanto mais forte o vento , a tendência das células é se alongar ,rompendo as ligações</p><p>perpendiculares formando linhas.</p><p>Formando</p><p>Dissipando</p><p>Vento</p><p>Melhor rota</p><p>provável</p><p>11</p><p>As linhas</p><p>No meu ver , as linhas são predominantes em relação às células , principalmente porque</p><p>voamos em regiões com vento, porem em locais sem vento vemos os padrões de células</p><p>algumas vezes predominarem principalmente se o relevo for plano e não tivermos</p><p>influência de frentes , nuvens altas , CBs etc.. Ou seja , formas exagonais são raras.</p><p>Existem trilhas bem definidas no céu, isto é uma das coisas mais importantes para se ter</p><p>bom rendimento nas tiradas e ser um bom achador de térmicas. Para isso tenha</p><p>consciência que existem estes caminhos e esteja concentrado para não se perder nestas</p><p>trilhas.</p><p>Devemos ver as térmicas como uma grande perturbação que se propaga com o vento, esta</p><p>perturbação atrai e deforma as outras perturbações para si , quando está dissipando afasta</p><p>estas perturbações de si , provocando convergências que resultam em prováveis gatilhos, e</p><p>regiões de alta sustentação, ou baixa descendência.</p><p>Voando no Ceará era possível ver e confirmar como estas deformações eram importantes,</p><p>através das distorções das fumaças das fogueiras</p><p>Uma maneira de se determinar se estamos numa linha de influencia da térmica, é sentindo a</p><p>turbulência. Normalmente esta turbulência tem uma baixa taxa de descendência ou uma</p><p>pequena ascendência, normalmente nestas linhas é onde as novas térmicas passarão.</p><p>Para seguir estas linhas uso uma técnica que chamo de S , fico saindo da linha de</p><p>perturbação propositadamente , para cada lado dela , fazendo um S . Assim consigo ter</p><p>noção da sua dimensão construir um bom mapa mental da região e assim sentir a linha da</p><p>térmica.</p><p>Tenha em mente que estas linhas , são mais definidas em médias altitudes.</p><p>12</p><p>Perto de uma base, se não tiver influência de uma estrada de nuvens, atrás dela ocorrerá</p><p>fortes descendentes, que as vezes vale a pena contornar.</p><p>É imprescindível ficar atento a taxa de queda indicada no vario, principalmente quando ele</p><p>não está soando pois nestas horas pode se estar numa descendente e não saber.</p><p>Nestes casos imagine que entre as linhas de sustentação, existem as linhas de descendentes,</p><p>então para sair destes locais deve-se andar cerca de 90º com o vento até encontrar uma</p><p>região de menor descendência; talvez uma região de turbulência indique esta área.</p><p>Para melhor varrer uma área a fim de localizarem térmicas, é claro que quando não temos</p><p>um gatilho muito claro, devemos voar fazendo um ângulo com o vento, de acordo com o</p><p>desespero , este angulo vai até 90º , assim voaremos até achar uma destas linhas de</p><p>melhor sustentação ou turbulência .</p><p>Quando estiver no topo de uma térmica , muito importante é notar se esta termal está</p><p>conectada ou não numa linha; se estiver , siga esta linha , se não estiver, tente contornar a</p><p>descendente da termal.</p><p>Normalmente o efeito de linha é mais notado a médias altitudes e com ventos. E quando</p><p>o vento está muito fraco , temos principalmente grandes colunas como região de</p><p>perturbação.</p><p>descendente</p><p>Gatilhos</p><p>Linhas de sustentação</p><p>13</p><p>Quase sempre o caminho mais rápido para chegar ao seu objetivo não é em linha reta,</p><p>apesar de ser o mais curto, pois desta maneira poderemos cair em várias regiões de</p><p>descendentes. Para ser mais eficiente nestes casos, é preciso fazer o vôo em zig-zag,</p><p>contra ou a favor do vento.</p><p>O Segundo Salto</p><p>Rotor , Vento e convergências como principais gatilhos.</p><p>Sempre pense numa térmica como a interação</p><p>entre a fonte de energia e um</p><p>gatilho, os dois estão intimamente ligados .</p><p>O gatilho será a fonte de energia com ventos fracos à médios ( depende da fonte de energia</p><p>), isto é , cerca de 15 Km/h.</p><p>Com ventos mais fortes , o gatilho será uma convergência ou um rotor próximo</p><p>O Rotor de uma térmica funciona como um grande gatilho possivelmente pôr funcionar</p><p>como um furo nas camadas de ar .</p><p>A força de inércia do vento é muitas vezes mais forte que o “empuxo” causado pelo</p><p>aquecimento do ar, ou seja, procure como gatilho um local onde tenha convergência de</p><p>massas de ar.</p><p>Tente observar vales onde o vento seja obrigado à contorná-los e se encontrar novamente</p><p>com o vento principal, isto é um grande gatilho.</p><p>Um tipo de convergência que não estamos habituados à enxergar, é a causada pela massa</p><p>de ar que caiu depois que uma térmica perdeu sua força. Tente enxergar onde esta massa</p><p>de ar vai cair. Provavelmente será daí que sairá a próxima térmica; para isto tente ver o</p><p>lado da nuvem que está caindo, o topo dela é um ótimo indicador da descendente e da</p><p>próxima termal.</p><p>Gol</p><p>Vento</p><p>Gatilhos</p><p>14</p><p>Muitas vezes o ar quente escorre até encontrar um bom gatilho; até o calor de uma</p><p>queimada faz isto.</p><p>Quando se deparar com uma grade “panela”, tente descobrir pôr onde o ar frio está</p><p>entrando; o gatilho provavelmente estará aí.</p><p>Uma região alagada, como um brejo é um ótimo gerador de térmicas , porem normalmente</p><p>falta um gatilho, procure pôr um, pensando no vento como gatilho.</p><p>Com vento mais forte (acima de 15 km/h) costumo procurar mais no rotor, principalmente</p><p>se o sol está batendo neste lado , isto acontece muito no Ceará, onde voamos de leste para</p><p>oeste.</p><p>Devemos tomar muito cuidado com fortes turbulências encontradas no rotor, pois</p><p>normalmente elas são mais poderosas que a habilidade de qualquer um de nós!</p><p>Muito importante também é prestar atenção no lado da montanha que está sendo insolado,</p><p>pois isto pode mudar todas estas regras.</p><p>Um efeito importante que deve ser usado, é o efeito de vale no final da tarde , onde o ar frio</p><p>desce pelas encostas de um vale e gera uma convergência no seu centro.</p><p>As convergências causadas por encontros de massas de ar ou mudanças na direção do</p><p>vento, são muito úteis, mas difíceis de se identificar e de permanecer dentro delas. Uma</p><p>maneira é sempre tentar cair da convergência para um dos lados, assim você saberá para</p><p>que lado procurar ela de novo.</p><p>Principais fontes de Energia</p><p>Esta tabela serve de potenciais fonte de energia , 10 é o máximo , use o bom senso relação</p><p>as cores destas fontes , ângulo de inclinação em relação ao sol , e instabilidade do dia .</p><p>Não se esqueça da interação entre varias destas fontes e os gatilhos .</p><p>Fogueiras grandes , como canavial florestas .. 10 ( atenção )</p><p>Dust devil 9</p><p>Usinas e fabricas 8</p><p>Transformação de fase da água de vapor para liquido (nuvens ativas) 8</p><p>Montanhas com pedras viradas para o sol 8</p><p>Convergências de massas de ar 7</p><p>Arado ensolarado 7</p><p>Cidades . 6</p><p>Umidade no solo 5</p><p>Lago 5</p><p>Periferia das sombras 5</p><p>Brejos 5</p><p>Plantações no final da tarde 4</p><p>15</p><p>Fontes térmicas para serem usadas no fim do dia</p><p>Existem algumas estruturas ou materiais que acumulam mais calor , pôr exemplo cidades,</p><p>retêm mais ar aquecido entre as casas e prédios e suas faces são verticais , ou seja aquecem</p><p>relativamente mais a tarde , este calor será desprendido até mais tarde , logo que a</p><p>atmosfera começar a esfriar , isto acontecera também com plantações mais altas , como</p><p>milho e pode acontecer com um grupo de árvores mais isoladas.</p><p>O granito é outro exemplo destas fontes tardias de calor que podemos aproveitara no fim do</p><p>dia.</p><p>Neste caso e assim como outros devemos pensar na condutividade do calor no material em</p><p>questão , pôr exemplo a humidade e um grande condutor de calor e normalmente campos</p><p>mais úmidos são melhores fontes de térmicas</p><p>O terceiro salto</p><p>Os ciclos</p><p>Para se conseguir avaliar um ciclo é preciso uma observação com um tempo relativamente</p><p>longo, no mínimo de algumas horas, o ideal é que se faça esta avaliação alguns dias antes</p><p>da competição, pois os ciclos tendem a se repetir , pelo menos um pouco.</p><p>Uma correta avaliação dos ciclos significa cerca de 50% do seu vôo, esta avaliação é a</p><p>parte que considero mais complexa no vôo.</p><p>Dependendo da região que estamos, podemos ter diversos ciclos diferentes; podemos ter</p><p>ciclos pela manhã, pela tarde , ciclos que se interrompem logo no início da tarde , ciclos</p><p>durante o dia todo , ciclos que só começam à tarde, ou seja uma loucura.</p><p>Os ciclos, também não são uniformes em toda uma região , eles muitas vezes se</p><p>apresentam como uma faixa, ou região que se movimenta , a qual devemos fazer de tudo</p><p>para estar dentro.</p><p>A observação da formação das nuvens e da taxa de subida dos outros voadores é o principal</p><p>fator para saber se um ciclo está começando ou acabando, muito importante é não ficar</p><p>parado quando um bom ciclo começa. Tente andar junto com ele; se o movimento deste</p><p>ciclo for muito rápido , tente se adiantar o máximo que puder , para quando ele passar você</p><p>conseguir estar o mais à frente e o mais alto possível, para esperar outro ciclo.</p><p>A sua velocidade em vôo depende destes ciclos, quando estiver numa fase onde tudo</p><p>parece subir, esta é a hora de ser rápido, pise fundo e ande, quando tudo está mais lento, é a</p><p>hora de tentar se manter no ar e esperar outro ciclo.</p><p>Quando se faz uma avaliação de um ciclo e se define que é a hora de se fazer uma transição</p><p>, tome muito cuidado com o tempo que levará para chegar na próxima termal , pois este</p><p>pode ser o tempo para o ciclo acabar e você ficar na roubada.</p><p>16</p><p>Muito interessante é a forma na qual se apresenta o perfil de uma térmica em função do</p><p>vento e do ciclo.</p><p>Com a mentalização deste perfil, podemos definir se devemos procurar o miolo da térmica</p><p>a favor ou contra o vento.</p><p>Em T1 , o ciclo esta acabando, em T2 aumentando.</p><p>Movimento do centro</p><p>Perfil de térmicas T1</p><p>Vento</p><p>T2</p><p>17</p><p>A linguagem das nuvens</p><p>As nuvens escrevem no céu como será o dia de vôo , sua intensidade, seus ciclos e outras</p><p>informações; entendermos esta linguagem é imprescindível para voarmos bem.</p><p>Alguns detalhes que devemos observar nas nuvens são :</p><p>- O mais importante ao observar uma nuvem, é fazer isto com uma boa antecedência, isto</p><p>é , enquanto estiver termalizando , olhar para frente e identificar se a nuvem que está</p><p>pensando em ir está aumentando ou não , somente isto já significa que não será pego de</p><p>surpresa, ao ver aquela nuvem linda desaparecer enquanto estiver indo abraça- lá.</p><p>- Forma da base côncava : Ascendência</p><p>convexa : Descendência.</p><p>- Altura do topo, muito alta , provável chupada , cuidado para não entubar ou ter que</p><p>sair numa rota ruim para fugir da termal forte.</p><p>- Base Inclinada, escolha a parte mais alta ( nem sempre ) .</p><p>- Nuvem bem definida, provável atividade.</p><p>- Nuvem descabelada, se dissipando.</p><p>- Buracos na nuvem indicam que ela está se dissipando, isto começa pelo topo.</p><p>- O topo dissipa primeiro que a base , preste atenção !!</p><p>- Normalmente um lado da nuvem esta dissipando e o outro formando.</p><p>- Procure entrar em baixo da parte mais alta da nuvem, ou da linha que corta a parte mais</p><p>alta desta nuvem, pois o topo pode estar sofrendo uma torção por causa do vento.</p><p>- Normalmente o lado bom da nuvem é o lado do vento, mas isto pode mudar com o cair</p><p>da tarde, o importante é que normalmente num mesmo dia ou às vezes durante todo um</p><p>torneio, o lado bom da nuvem e o padrão durante o dia se repetem.</p><p>- Muito importante é ver o alinhamento das nuvens,</p><p>para isto uma boa maneira é se</p><p>observar as sombras, pois quando estiver muito próximo de uma nuvem, você não</p><p>conseguirá enxergar muito longe ( ou nada ) , dificultando sua escolha da rota.</p><p>- Uma sombra , dependendo do lugar e da hora, define claramente o gatilho, veja de</p><p>onde saiu a termal, avalie a distância e veja se dá para chegar lá ou não.</p><p>- Tente observar para onde a nuvem está derivando, para não entrar numa região onde a</p><p>sombra da nuvem está caminhando e sim para a região onde o sol está entrando</p><p>principalmente quando estiver baixo.</p><p>- Observar a velocidade de formação da nuvem é importantíssimo para ter boas</p><p>informações sobre os ciclos, e assim saber a hora de esperar ou de tirar.</p><p>- A cor da nuvem pode indicar a sua maturidade, muito escura pode estar perto de</p><p>chover ou se dissipar , porém o ângulo que o sol incide sobre ela pode mudar sua cor e</p><p>te enganar.</p><p>- O topo da nuvem, branco e brilhante indica alta atividade.</p><p>- Quando chegar perto da base da nuvem , tente observar atentamente onde ela está se</p><p>formando ou onde está sem atividade, isto indica ascendentes e descendentes.</p><p>- Fique muito atento em dias fracos , pois nestes dias se tiver formações elas serão</p><p>rápidas , mas nos mostram gatilhos e o alinhamento provável das outras termais.</p><p>18</p><p>Técnicas de vôo , campeonatos</p><p>Para ter sucesso no vôo , assim como em quase todos os esportes</p><p>você tem de :</p><p>Estar bem tecnicamente, mentalmente, fisicamente e ter um equipamento</p><p>compatível com o que deseja. Descubra seu ponto fraco e trabalhe nele.</p><p>Planejamento a longo prazo.</p><p>- Treine em várias condições diferentes</p><p>- Simule provas</p><p>- Compita com pessoas do seu nível ou melhores.</p><p>- Treine analisar os mapas da região.</p><p>- Não seja dependente dos instrumentos ( vario e GPS ) , voe sem eles quando tiver</p><p>oportunidade.</p><p>- Aprenda como ser tático numa competição e conheça bem o regulamento.</p><p>- Aprenda como ser malicioso numa competição. ( explico mais a frente )</p><p>- Conheça muito bem seu equipamento, tanto eletrônico como a selete e o</p><p>parapente; evite mudar algo antes da competição.</p><p>- Teste tudo antes da competição, dias antes e no dia anterior à prova ( linhas,</p><p>cheque vela, acelerador, roldanas, vario e gps, baterias, waipoints )</p><p>- Seja metódico com seu equipamento para não esquecer nada ( tudo sempre no</p><p>mesmo lugar, como óculos, baterias, rádio, etc. )</p><p>- Esteja atualizado com o seu equipamento, dentro do que você espera na</p><p>competição.</p><p>- A interação entre os pilotos é a melhor escola que existe , participe de todos os</p><p>torneios possíveis.</p><p>- Voe sempre, mesmo lift, para ter mais intimidade com seu equipamento.</p><p>Alguns métodos de treinamento</p><p>Simule provas , escolhendo pilões , horários e um gol.</p><p>Escolha um coelho, no caso o pior do grupo para sair na frente e o melhor do grupo saindo</p><p>atrás, quem chegar primeiro ou gol é o ganhador .</p><p>Provas curtas são muito interessantes para desenvolver velocidade.</p><p>Ponha limite máximo de altitude , também é muito interessante em bons dias para ser</p><p>rápido.</p><p>Provas de pilões próximos , mas sem limite de quantidade de vezes que tem de fazê los ,</p><p>funciona como provas de cross , porem no mesmo local , isto é muito bom para entender</p><p>ciclos , conhecer bem o local e técnicas de centragem pôr gps .</p><p>Triângulos são também muito bons para aprender sobre ciclos e treinar rotas em função das</p><p>estruturas de grupo.</p><p>19</p><p>Quando estiver voando com alguém mais , faça escolhas diferentes de seu parceiro ,para ter</p><p>certeza das decisões e para testar diferentes áreas , pôr exemplo, durante o vôo em dupla,</p><p>cada momento uma das pessoas tem o direito de escolher uma rota, e o outro</p><p>obrigatoriamente escolhera outra.</p><p>Sucesso e Risco</p><p>O risco essencial para termos algum sucesso , se você for extremamente cauteloso ,</p><p>dificilmente terá uma performance boa , assim como se for extremamente ousado não terá</p><p>bons resultados , porém o equilíbrio correto entre o risco e o sucesso dependerá também</p><p>das condições do dia , dias mais fáceis permitem um maior risco enquanto dias mais</p><p>difíceis raramente terá um bom resultado quem assume riscos.</p><p>De maneira geral tente ser de conservativo a ousado para ter melhores resultados.</p><p>Gostaria de enfatizar que o risco neste caso é o de se fazer uma prova ruim , ou seja nada a</p><p>ver com segurança do piloto.</p><p>Piloto A , sempre de base em base , aproveitando tudo da térmica, muito lento e só voa se</p><p>orientando por outros .</p><p>Piloto B , dispensa as térmicas mais fracas ,sabe otimizar sua velocidade de vôo , ‘e</p><p>otimista , assume certos riscos , sabe voar na frente .</p><p>Piloto C, não suporta ver ninguém na sua frente , impaciente e quase nunca chega numa</p><p>base , na duvida acelera quase tudo e corre muito</p><p>20</p><p>Seja seu próprio técnico</p><p>Escreva suas impressões do vôo numa caderneta</p><p>Escreva detalhes do vôo</p><p>Escreva o que achou de certo e de errado no seu vôo</p><p>Use um programa para analisar seu vôo .</p><p>Converse com outras pessoas os detalhes táticos e técnicos do seu vôo.</p><p>Leia sobre vôo de outras modalidades como planador e asas.</p><p>.</p><p>Aspectos mentais</p><p>Seja sempre muito otimista.</p><p>O gol como o nome diz, é seu objetivo, porém para chegar lá, deve se passar pôr vários</p><p>degraus, deve-se passar pôr pequenos objetivos , indo bem em todos os detalhes .</p><p>Pôr exemplo: decolar bem, escolher bem a hora de decolar, se concentrar na térmica,</p><p>otimizar a velocidade de vôo, ou seja pequenos detalhes que culminam no gol.</p><p>Aceitar a derrota, pois infelizmente apenas um pode ser o vencedor , tenha serenidade</p><p>nestes momentos, não deixando o nível de ansiedade aumentar. ( ver regulamento, pontos,</p><p>descartes )</p><p>Sucesso X Risco</p><p>A</p><p>B</p><p>C</p><p>A</p><p>B</p><p>C</p><p>A</p><p>B C</p><p>A Piloto cauteloso</p><p>B Piloto moderado</p><p>C Agressivo</p><p>2</p><p>1 Prova ou condição fácil</p><p>2 Moderada</p><p>3 Difícil</p><p>21</p><p>Aprenda com cada derrota, elas ensinam mais que as vitórias.</p><p>Tenha fé</p><p>Para ter sempre um nível alto de concentração é muito importante manter seu cérebro</p><p>bem , para isto necessitamos de água e açúcar principalmente, então nunca se desidrate ou</p><p>passe fome voando.</p><p>Depois de tomar muita água , é inevitável ter de ir ou banheiro , e para não desconcentrar ,</p><p>costumo usar em vôos longos um sistema para urinar chamado uripen, que é o mesmo para</p><p>quem tem incontinência urinária.</p><p>Um bom vôo é resultado de pequenos passos que o compõem, concentre-se nos detalhes de</p><p>seu vôo.</p><p>O medo é muito importante , pois ele ajuda na sua concentração, nos reflexos, e na</p><p>velocidade de pensamento.</p><p>Se você tem medo de menos , fica desatento e muito ousado, pondo sua segurança em risco</p><p>, não rendendo tudo que pode.</p><p>Se tem muito medo, fica bloqueado, congelado .</p><p>O gráfico pode ser interpretado também como rendimento pôr stress, e seu pico se tenderá</p><p>mais para esquerda , ou seja terá um rendimento maior com um nível menor de stress com</p><p>provas mais complexas e para direita com provas mais simples.</p><p>Mais estressado você :</p><p>Processa menos informação</p><p>Demora mais a tomar decisões.</p><p>Pode ficar agressivo, assumir riscos perigosos e ficar infantil.</p><p>Esquecer coisas básicas .</p><p>A melhor maneira de não esquentar é simplesmente aproveitar muito o vôo , lembrar que</p><p>acima de tudo você gosta muito de fazer isto , e fazer um pouco de meditação.</p><p>Rendimento X Stress</p><p>A B</p><p>A Prova complexa</p><p>B Prova simples</p><p>22</p><p>O equilíbrio entre conhecimento e habilidade é uma das</p><p>chaves do sucesso em vôo.</p><p>Não se intimide na presença de voadores melhores que você, não perca seu poder de</p><p>decisão pôr achar que os outros tomam decisões melhores que você.</p><p>Num dos itens acima foi dito como é importante a preparação do material e a checagem do</p><p>equipamento, mentalmente isto também e muito importante , pois sua cabeça fica livre</p><p>para se preparar para decolar e para analisar a condição de vôo</p><p>e a hora de decolagem; e</p><p>mentalmente falando, isto o deixará mais tranqüilo pois saberá que está tudo certo e</p><p>checado.</p><p>Neste esporte não tente se superar o tempo todo, se agir desta maneira, é provável que</p><p>você não irá muito longe.</p><p>Harmonia deve ser seu lema, harmonia entre conhecimento e habilidade .</p><p>Tenha a serenidade de saber que está dando tudo de si, aplicando sua experiência com sua</p><p>habilidade ao máximo. Se não ganhar é porque ainda não é a sua hora, faça um</p><p>planejamento mais longo, para se desenvolver com sabedoria. A experiência é a palavra</p><p>chave para se voar bem, e ter experiência é a soma de tempo de vôo, horas voadas , locais</p><p>voados e torneios nos quais esteve presente.</p><p>Táticas</p><p>Uma pessoa inteligente aprende com os próprios erros,</p><p>um gênio aprende com o erro dos outros !!</p><p>Aprenda ao máximo com os outros pilotos, escutando o que eles tem a dizer, pergunte suas</p><p>táticas , técnicas e como tomam decisões.</p><p>Fique ligado nos erros dos outros pilotos, aprenda com eles, observe tudo a seu redor.</p><p>Conheça os seus possíveis adversários, veja qual a vela que usam e lembre-se delas em vôo</p><p>, saiba a carga de peso com que eles voam.</p><p>Sabendo a vela, veja as qualidades e defeitos da mesma, tente jogar com isto. Pôr</p><p>exemplo se seu adversário está leve, você sabe que terá mais velocidade que seu oponente;</p><p>e contra o vento você terá vantagem. Se estiver nesta situação tente tirar proveito disto,</p><p>para quando a situação se inverter, você ter mais chance.</p><p>Saiba que lado eles preferem enroscar, para enroscar sempre para o outro lado.</p><p>Note que quase sempre os pilotos de ponta decolam muito cedo, uma conta fácil é de se</p><p>estimar uma velocidade média baixa até o start, cerca de 15 a 20 Km/h; daí estimar</p><p>quanto tempo antes deve-se decolar para pegar o start abrindo. Não dê mole logo no início</p><p>da prova.</p><p>23</p><p>Normalmente não se deve querer correr demais no início de uma prova, acelere do meio</p><p>para frente dela.</p><p>Se ainda não tem experiência em torneios, não se envergonhe de colar nos favoritos.</p><p>Chegue sempre muito cedo na rampa, para pegar um bom lugar para decolar, para se</p><p>concentrar, observar os ciclos e meditar muito bem sobre a prova.</p><p>Blefe.</p><p>Quando tirar na frente, e o resto do pelotão não veio , você pode tentar blefar numa bolha</p><p>pequena , soltando o acelerador rapidamente e enroscando como se fosse numa termal</p><p>forte, isto pode atraí-los, e consequentemente o ajudarão mapeando a região.</p><p>Tente blefar ou máximo para confundir seu adversário, mesmo que não tenha certeza de</p><p>uma decisão faça parecer que tem.</p><p>Tente fazer seu adversário esvaziar o lastro numa condição que não seja necessário , as</p><p>vezes jogar um pouco de água fora para que ele veja pode funcionar.</p><p>Como dominar um pelotão ou seu oponente</p><p>Quando estiver pôr cima, mantenha seu oponente numa distância em que ele o siga, isto é,</p><p>cerca de 80 metros. Nesta distância você conseguirá manter uma margem para garantir que</p><p>irá ganhar. Se tirar muito antes, vocês se desconectarão, permitindo que tenham condições</p><p>diferentes de vôo , dando chance para o azar e estimulando seu oponente.</p><p>Quando estiver tentando fugir de alguém ou um pelotão, tente sair da térmica antes que eles</p><p>cheguem na sua bolha , isto costuma dificultar que achem a termal que você estava.</p><p>Caso alguém esteja usando esta tática contra você, tente marcar uma referência no relevo,</p><p>vendo o alinhamento com alguma montanha pôr exemplo; assim terá uma maior chance de</p><p>achar a térmica onde estavam.</p><p>Se puder saia da térmica fora do alinhamento dela, dando até umas voltas fora do centro,</p><p>isto dificultará em muito seus oponentes acharem a térmica onde estava.</p><p>Se você está num pelotão e quer começar a fugir dele; dependendo do grupo , tente rodar</p><p>um pouco“fora de centro” da termal, atraindo-os. Quando ver que eles rodaram somente</p><p>Ex. Térmica</p><p>Térmica</p><p>falsa</p><p>24</p><p>meia volta dentro da térmica rode na centragem correta novamente, isto começa a deixar</p><p>os menos atentos para baixo.</p><p>Se conseguir enganar seu oponente no pilão, pôr exemplo indo para um pilão errado, ou</p><p>espremendo ele para fora do setor, isto pode funcionar para atrasá–lo.</p><p>No pilão , ser for uma prova de ida e volta, e se o seu adversário não estiver atento , pode</p><p>ser que consiga arrastá-lo para longe do pilão , dependendo da deriva da térmica.</p><p>Se for passar seu oponente tente fazer de uma maneira que dificulte que ele o veja, pôr</p><p>exemplo bem alinhado</p><p>Tente desconcentrar seu oponente na térmica invertendo o sentido de giro, porém muito</p><p>cuidado para não fazer nada desleal ou que obrigue seu competidor à mudar seu curso</p><p>original .</p><p>Quando estiver numa térmica e seu oponente chegar na mesma altura que você, tente fazê-</p><p>lo escapar da térmica, rodando o mais aberto possível ou rodando fora do centro para atraí-</p><p>lo para a descendente.</p><p>Se impor na térmica é importante para não deixar seu adversário tomar conta dela; isto</p><p>significa que deve mostrar que o espaço que ocupa é seu , e que você não abrirá mão dele.</p><p>Uma maneira de se livrar de alguém que esteja mais baixo é saindo da térmica a uma</p><p>altura que seja difícil para seu oponente chegar na próxima térmica, ou seja bloqueado pôr</p><p>alguma montanha.</p><p>Raramente volte para pegar uma térmica, sempre olhe para frente, seguindo seu objetivo.</p><p>Na maioria das vezes vale muito mais a pena tentar achar uma térmica a frente do que</p><p>tentar voltar, entrando na descendente e chegando muito abaixo dos outros, isto só não é</p><p>válido se você está muito baixo para ir para qualquer outro lugar.</p><p>Você se acha uma tartaruga ?</p><p>A hora de sair de uma térmica é um grande passo para fazer de você um piloto veloz, não</p><p>perca tempo dando voltas inúteis decidindo para onde ir ou esperando alguém subir na sua</p><p>frente, a hora de decidir sua rota é durante a sua subida na térmica.</p><p>Se você se acha lento, o mais comum é que você demora muito para abandonar uma</p><p>térmica e seguir para a próxima.</p><p>Algumas das maneiras de você saber se já passou a hora de sair da sua termal são:</p><p>- Você esta próximo da base e sua taxa de subida diminuiu.</p><p>- Já tem altura para chegar na térmica da frente e esta térmica esta mais forte que a sua</p><p>- Sua taxa de subida começa a diminuir ou a térmica começa a falhar e você já esta</p><p>numa altura razoável para fazer uma transição.</p><p>- Seus oponentes começam a te alcançar, vindo pôr baixo na térmica.</p><p>- O ciclo começa a melhorar e você pode se adiantar.</p><p>25</p><p>Se você ainda se acha muito lento e nota que está sempre mais baixo que os demais é</p><p>provável que você não esteja prestando a atenção necessária nas linhas de melhor</p><p>sustentação que descrevi acima. Seguindo estas linhas você se tornará um bom “achador ”</p><p>de térmicas , será bem mais rápido e se manterá mais alto.</p><p>Vôo em grupo; como expandir suas possibilidades.</p><p>Existe uma grande diferença entre estar com um pelotão ou ser parte de um .</p><p>Uma pessoa quando voa não participando das decisões ou ajudando o pelotão , ela</p><p>atrapalha o grupo e consequentemente se atrapalha, atrasando a velocidade de todos e</p><p>influenciando os pilotos menos experientes, fazendo deste pelotão muito lento. É</p><p>importante identificar isto quando acontecer, pois nestes casos, um piloto só poderá andar</p><p>mais rápido que todo o grupo.</p><p>Como estar com seu grupo</p><p>- Tente sempre chegar pôr cima de seus parceiros</p><p>- Tente sair para a próxima térmica no máximo uma volta depois que os outros.</p><p>- Quando estiver na transição procure fazer uma varredura, abrindo o máximo que puder,</p><p>mantendo uma distância que dê para você chegar não mais do que cinqüenta metros</p><p>abaixo dos outros.</p><p>- Voe lado a lado com seus parceiros, nem a frente nem atrás. ( desde que seja um bom</p><p>grupo )</p><p>- Uma dica: quanto mais longe você enxergar uma pessoa subindo mais lentamente ela</p><p>parecerá estar subindo, e</p><p>mais forte pode ser a térmica.</p><p>Uso do G.P.S. e Vario.</p><p>O GPS é um aparelho poderoso que nos dá diversas informações além da posição e</p><p>distância do seu objetivo.</p><p>Exemplos de como usar o gps:</p><p>- Usar a tela onde mostra a trilha deixada pôr você, para visualizar as térmicas, sabendo</p><p>em que direção estão derivando e a que velocidade.</p><p>- Voltar para a termal; normalmente quando perdemos a térmica nós a procuramos à</p><p>favor ou contra o vento; o lado dependerá do dia e do ciclo, e este efeito tende a se</p><p>repetir nos próximos dias.</p><p>- Saber sua velocidade em relação ao solo. ( vento contra ou a favor )</p><p>- Estimar o tempo que levará para chegar no starting gate, usando o e.t.a.</p><p>- Se der problema no seu vario, poderá ter uma noção razoável de sua altura pelo gps (</p><p>12 ou superior )</p><p>- Estimar a altura que chegará num pilão ou gol.</p><p>- Visualizar o setor FAI num pilão</p><p>- Visualizar os novos setores circulares dos pilões e do start.</p><p>- Orientação em nuvens.</p><p>26</p><p>Speed to fly , Uso do acelerador e a otimização do seu vôo</p><p>Primeiramente devemos conhecer o que é a curva polar de um parapente .</p><p>Polar sem vento</p><p>Com vento contra</p><p>Vento a favor</p><p>Vento lateral</p><p>Com descendente</p><p>Com ascendente</p><p>Com mais lastro</p><p>Agora que conhece a sua polar , poderá determinar as velocidades ótimas para cada</p><p>condição citada acima.</p><p>Infelizmente existem grandes distorções se rendimento causadas por turbulência ,</p><p>instabilidades da atmosfera e o grupo que esta voando , que dificultarão o uso mais</p><p>eficiente do seu equipamento de vôo.</p><p>Uso do lastro.</p><p>De maneira geral , usa-se mais lastro quando :</p><p>Mais forte as térmicas</p><p>Menor a distancia entre elas</p><p>Provas mais fáceis.</p><p>Grandes pernas contra o vento .</p><p>Quando quer mais estabilidade.</p><p>O Lastro tem uma importância técnica grande para nós, porem muito importante também é</p><p>estar se sentindo bem com seu equipamento , não adianta estar com o peso ideal para a</p><p>condição do dia e não conseguir pilotar por causa do incomodo do lastro.</p><p>Mc Ready. Como ser mais eficiente em Vôo</p><p>Para ser o mais eficiente possível voando , os conceitos de otimização de sua velocidade de</p><p>transição e da sua taxa de subida são muito importantes , e é exatamente isto que o conceito</p><p>de Mac. Ready faz.</p><p>Este conceito tenta sempre estimar a intensidade da térmica que você irá encontrar , e de</p><p>maneira geral, quanto mais forte esta térmica , mais rápido temos de chegar lá.</p><p>Praticamente, os equipamentos que nós dispomos para indicar a melhor velocidade de vôo</p><p>,não funcionam muito bem , então de maneira geral , tente estimar a taxa de subida do dia</p><p>, quanto mais forte as térmicas, mais rápido tem de se voar , e muito importante é não</p><p>perder tempo numa térmica fraca, abandonando ela logo que possível.</p><p>27</p><p>Em resumo:</p><p>Quase nunca use 100 % do acelerador a não ser que tenha uma boa razão, pois</p><p>qualquer colapso lhe trará problemas e o rendimento normal das velas cai muito.</p><p>A favor do vento com térmica forte à frente 80 % do máximo</p><p>Fracas à frente 30 %</p><p>Sem térmica 10 % (Speed to fly)</p><p>Contra o vento , fraco a médio, com térmica forte a frente 80 % do máximo</p><p>Fraca a frente 60 %</p><p>Sem térmica 30 %</p><p>Normalmente, ande sempre acelerado.</p><p>Quanto mais forte o vento contra mais tem de acelerar</p><p>Quanto mais forte a térmica a frente mais tem de acelerar.</p><p>Quanto mais forte a descendente mais tem de acelerar</p><p>Cuidado para não levar uma grande fechada</p><p>Regras básicas para XC</p><p>Esteja preparado mentalmente para voar muito .</p><p>Esteja preparado fisicamente para um vôo muito longo, por exemplo:</p><p>- Exercícios físicos e muito vôo para adaptar o corpo</p><p>- Use Uripen</p><p>- Muita água , hidrate-se. Gosto de misturar Red Bull com água ,me da energia e</p><p>estimula ,muito bom para concentração</p><p>- Comida , leve sempre algo de absorção rápida .</p><p>Planeje a rota , com algumas variações</p><p>Voe o mais que der, não se preocupe demais com a velocidade , tente ficar no ar ate</p><p>escurecer .</p><p>Na media vale muito a pena manter- se alto o tempo todo .</p><p>28</p><p>Determinar as linhas e segui-las e muito importante em XC</p><p>Relaxe e aproveite o vôo</p><p>Não se preocupe com o resgate , ele que tem de se preocupar com você</p><p>Pouse sempre em segurança , não vale a pena arriscar por alguns km a mais , ainda mais se</p><p>você ignorou o resgate como disse.</p><p>Use uma boa antena de ganho</p><p>Voe com o vento totalmente de cauda .</p><p>Adapte sua velocidade de vôo de acordo com a condição</p><p>Para ter sucesso</p><p>Você tem de estar bem preparado</p><p>Tecnicamente</p><p>Fisicamente</p><p>Mentalmente</p><p>E ter um bom equipamento.</p><p>Ache o seu ponto fraco e trabalhe nele.</p><p>Você verá o resultado !</p><p>Bons Vôos</p><p>Frank Thomas Brown</p><p>Vice-campeão mundial 2003,</p><p>Terceiro lugar no Circuito mundial 2004 PWC .</p><p>Tetra Campeão Brasileiro</p><p>Recordista XC 338 km , Quixadá 2002 .</p><p>Tetra Campeão X- Ceará 2000, 2001, 2002 , 2003</p><p>Tri Campeão CBP....</p><p>Bibliografia : Helmut Reichmann , Cross Country Soaring</p><p>Rich Pfeifer, Hang Gliding Acording Pfeifer.</p><p>C. E. Wallington, Meteorology for Glider Pilots.</p>