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<p>P2 OBSTETRICIA</p><p>PARTO</p><p>Parto é o processo fisiológico através do qual o feto e seus envoltórios fetais são expulsos do</p><p>útero</p><p>O parto envolve a interação de fatores de origem endócrina, que acarretam modificações na</p><p>gestante. Estas modificações são de ordem: MORFOLÓGICA, BIOQUÍMICA, BIOFÍSICA e de</p><p>FISIOLOGIA MUSCULAR.</p><p>VIA FETAL:</p><p>É o conduto formado por parte do trato genital materno e regiões adjacentes pelo qual o</p><p>produto transita durante o parto</p><p>Via fetal óssea: ossos ílio, ísquio, púbis, sacro e primeiras vértebras coccigianas, constituindo a</p><p>pelve</p><p>CLASSIFICAÇÃO DA PELVE:</p><p>Dolicopélvica: ruminantes, suínos e cadelas grandes</p><p>Mesatipélvica: equinos, cadelas pequenas e gatas</p><p>Platipélvica: algumas raças de cães – bassetóides e braquiocefálicas</p><p>Próximo ao parto, a sínfise púbica sofre desmineralização, com dissolução tecido conjuntivo,</p><p>que permite separação o momento do parto</p><p>O feto vai determinar o dia do parto e a fêmea a hora do parto</p><p>Via fetal mole: cervix, vagina, vestíbulo, vulva e ligamentos sacro-isquiáticos</p><p>Pontos críticos: (obstáculo para passagem do feto): vulva, anel himenal e cervix</p><p>PELVIMETRIA</p><p>A pelvimetria é o estudo e a determinação das dimensões da pelve, permitindo que com o</p><p>conhecimento delas, possa prever ou evitar dificuldades no momento do parto, podendo ser</p><p>realizada direta ou indireta</p><p>Duas medidas são de fundamental importância sendo elas: diâmetro conjugado verdadeiro,</p><p>ou a medida sacropubiana e o diâmetro biliaco médio</p><p>Outras medidas que podem ser avaliadas: diâmetros verticais das faces cranial e caudal da</p><p>pelve, diâmetro transversal da cavidade pélvica, diâmetro transversal da face caudal da</p><p>cavidade pélvica, diâmetros oblíquos sacro-ilíacos direito e esquerdo</p><p>TRÊS ESTAGIOS DO PARTO</p><p>1. Fase preparatória ou prodrômica (início das contrações do miométrio e dilatação da cervix)</p><p>2. Fase expulsão feto (fase dilatação via fetal)</p><p>3. Fase de expulsão da placenta</p><p>Femeas multíparas: fases II e III se confundem – femea pode eliminar 2 ou + fetos e só depois</p><p>as respectivas placentas, mesmo antes de liberar os outros fetos</p><p>1) FASE PRODROMICA:</p><p>Características gerais da fase prodrômica: femea busca solidão, inapetência, ansiedade,</p><p>agitação (início de parto)</p><p>Fase prodrômica em vacas:</p><p>➢ 1/2 semanas antes: relaxamento muscular</p><p>➢ Dilatação cervical, edema de vulva e hiperemia mucosa vaginal</p><p>➢ Dia antes parto: corrimento vaginal constituído por muco (forma cordoes com espessura dedo)</p><p>Novilha: a glândula mamaria muda a partir do 4° mês de gestação e imediatamente antes</p><p>do parto a secreção muda de aquosa para viscosa</p><p>Fase prodrômica em éguas:</p><p>Glândula mamaria:</p><p>➢ 3/6 semanas antes do parto: desenvolvimento</p><p>➢ 2/3 semanas antes do parto: enchem de colostro, extravasamento e ressecamento, formando</p><p>cerosidade</p><p>➢ Em primíparas: só no momento do parto</p><p>Início do trabalho de parto é acompanhada inquietação e sudorese</p><p>Sinais do parto: andam de um lado para o outro, em círculos, deitam-se, levantam-se,</p><p>rolam, parecido com um distúrbio digestivo</p><p>Fase prodrômica em cadelas:</p><p>➢ Temperatura: diminuição 1º C últimas 12-24 h</p><p>➢ 2-3 dias antes: inquietação, isolamento, anorexia e preparação ninho (aumenta prolactina)</p><p>➢ Descida leite não é indicativo: varia 2 semanas até horas antes parto</p><p>➢ US: após 55 dias gestação= dilatação estômago do feto</p><p>➢ FC= 180-230 bpm</p><p>• Eminência do parto: peristaltismo intestinal e diminuição FC fetal</p><p>Fase prodrômica em gatas:</p><p>➢ Temperatura: diminuição 1º C últimas 12h</p><p>➢ 12-24 h antes param alimentação</p><p>➢ Fase contração: miado frequente, taquipnéia, andar em círculos olhando constantemente para</p><p>os membros posteriores</p><p>➢ Fase expulsão fetal: agitação, miado muito alto</p><p>Fase prodrômica em porca:</p><p>➢ Temperatura: aumento 1º C 12-15 h antes parto (causa desconhecida, pois também tem queda</p><p>P4). Esse aumento persiste durante toda a lactação, e não deve ser confundida com alterações</p><p>patológicas.</p><p>DILATAÇÃO DA CERVIX</p><p>Insinuação: inicia com contração uterina e prolonga-se com rompimento membranas fetais.</p><p>Vaca: 6-16 h</p><p>Égua: 2 h</p><p>Contrações: Primeiras contrações são irregulares e pouco intensas, depois rítmicas e enérgicas.</p><p>Ocorre em média 6 contrações por 15 minutos</p><p>➢ Menos de 4 ou mais 7 contrações: deficiência ou aumento contratilidade uterina, podendo</p><p>alterar parto</p><p>Principal controlador: OCITOCINA (só agirá se houver inibição atuação P4)</p><p>2) EXPULSÃO DO FETO</p><p>Início: rompimento bolsas fetais e completa-se nascimento feto(s)</p><p>Associação contrações uterinas e abdominais</p><p>Vaca e égua: permanecem em estação até a fase expulsão quando se deitam e ficam até</p><p>nascimento.</p><p>DURAÇÃO MEDIA DOS 3 ESTAGIOS DE TRABALHO DE PARTO:</p><p>Cadelas: Filhotes podem ser expulsos com ou sem ruptura membranas fetais, 40% fetos</p><p>apresentação posterior, Intervalo entre nascimentos: 15 min a 3 h (depende tamanho mãe e</p><p>número fetos), placenta expulsa alguns minutos após fetos > PLACENTOFAGIA (se alimenta da</p><p>placenta)</p><p>Gatas: Dura 2-6 h, podendo se estender até 12 h > PLACENTOFAGIA</p><p>MECANISMOS FISIOLOGICOS QUE INICIAM O PARTO</p><p>INÍCIO DO PARTO: O feto determina o começo do parto por iniciar uma cascata de complexos</p><p>eventos endócrinos, bioquímicos e mecânicos. O evento do parto é marcado pela maturação</p><p>do eixo hipotálamo hipófise-adrenal fetal, quando ocorre aumento dos níveis circulantes de</p><p>cortisol fetal</p><p>MATURAÇÃO DO EIXO HIPOTÁLAMO HIPÓFISE ADRENAL FETAL: o crescente aumento na</p><p>demanda metabólica na placenta durante a fase de crescimento fetal estimula a produção</p><p>placentária de prostaglandina, que vai atuar ativando o eixo hipotálamo hipófise adrenal fetal.</p><p>A alta exigência metabólica da placenta no terço final da gestação aumenta a produção de</p><p>prostaglandina, que contribuem para a maturação do eixo hipotálamo hipófise adrenal fetal. A</p><p>maturação do eixo H-H-A fetal está sob controle genético do feto, durante o final da gestação, a</p><p>massa fetal se aproxima dos limites do espaço do útero, acredita-se que como resultado, o feto</p><p>fique estressado. Este estresse estimula a liberação ACTH pela pituitária anterior do feto que</p><p>causa elevação do cortisol plasmático, assim, o córtex maduro da adrenal fetal é estimulado a</p><p>produzir corticoides. A elevação de corticóides fetal inicia uma cascata de eventos que causam</p><p>dramáticas mudanças na condição endócrina da mãe: ativação/maturação do hipotálamo ></p><p>fator liberador de corticotropina > ACTH > cortisol fetal</p><p>Estas mudanças endócrinas levam a ocorrer três principais eventos:</p><p>A) Interrompe o ´´bloqueio progesterônico`` (permitindo que se inicie as contrações do</p><p>miométrio)</p><p>B) Liberação de uterotoninas</p><p>C) Aumento das secreções do trato reprodutivo</p><p>BLOQUEIO PROGESTEROCINO: Durante a gestação o hormônio predominante é a P4 produzida</p><p>pelo CL e unidade feto-placentária, a P4 suprime a propagação potenciais ação e inibe a</p><p>atividade das fosfolipases, inibindo assim a formação das prostaglandinas. O encerramento do</p><p>bloqueio progesterônico ocorre porque o cortisol fetal promove a síntese de três enzimas que</p><p>convertem a progesterona em estradiol.</p><p>Conversão DE P4 em E2 à medida que o parto se aproxima: Os corticóides do feto ativam a</p><p>17α-hidroxilase, a C17-20liase e a aromatase que convertem P4 em E2. Essa conversão remove</p><p>o bloqueio da progesterona na atividade miometrial. A inversão na relação E2/P4, diminui a</p><p>quiescência uterina pois... A musculatura lisa uterina sai do seu estado de relaxamento</p><p>(bloqueio progesterônico), O aumento do E2: é importante para a síntese das proteínas</p><p>contráteis no miométrio e para a formação de gap junctions entre as células miometriais,</p><p>facilitando a comunicação entre as células da musculatura lisa, promovendo o</p><p>desenvolvimento de contrações uterinas vigorosas, é responsável pela disponibilização de ác.</p><p>araquidônico, aumentando síntese de prostaglandinas e é responsável pelo aparecimento</p><p>de</p><p>receptores para ocitocina.</p><p>Além da conversão de P4 em E2, os corticóides do feto também estimulam a placenta a</p><p>produzir PGF2α. O principal efeito da PGF2α no miométrio é a liberação de cálcio intracelular</p><p>deixando-os livres para se ligar às fibras de actina e miosina que desencadeiam os processos</p><p>contráteis. Na cérvix: PGF2α age direta// na matriz intracelular - perda de colágeno e aumento</p><p>de glicosaminoglicanos - dificultando agregação das fibras de colágeno – relaxa//o e dilatação</p><p>cervical. A PGF2α causa ainda lise do CL gestacional, favorecendo ainda mais o declínio da P4</p><p>(principal//e nas spcs CL dependentes), ajudando a inibir o bloqueio progesterônico. Em geral,</p><p>a síntese e liberação de prostaglandinas ocorrem 24 a 36 horas antes da expulsão fetal.</p><p>ESPÉCIES CORPO LÚTEO DEPENDENTES:</p><p>Bovinos: CL da gestação persiste durante todo o período, porém, a partir de ± 150 dias</p><p>placenta principal fonte de P4.</p><p>Cabra: CL dependente durante todo o período da prenhez</p><p>Ovelha: CL da gestação persiste durante todo o período, porém, a partir de ± 45 dias da</p><p>gestação depende da P4 de origem placentária</p><p>Equinos: Os cálices começam a secretar eCG aos 35 dias - formação de novos CLs - regridem</p><p>aos 150 dias - fonte de P4 placentária.</p><p>Suínos: P4 do CL é necessária durante toda gestação</p><p>Cadela: P4 da gestação produzida exclusivamente pelos CLs</p><p>COM A ELEVAÇÃO DO CORTISOL FETAL, TANTO E2 COMO PGF2Α SE TORNAM ELEVADOS, O</p><p>MIOMÉTRIO SE TORNA CADA VEZ MAIS ATIVO E COMEÇA A DEMONSTRAR NOTÓRIAS</p><p>CONTRAÇÕES...Assim inicia-se o estágio I do parto!</p><p>ESTÁGIO I DO PARTO</p><p>À medida que o nível de E2 aumenta, associado ao aumento nos níveis de PGF2α, o útero</p><p>contraindo começa a empurrar o feto através da cérvix, fazendo pressão na mesma. Ainda, sob</p><p>ação do E2, o muco cervical dissolve e descola o tampão mucoso da gestação e lubrifica todo o</p><p>canal do parto.</p><p>PRIMEIRO ESTÁGIO DO PARTO</p><p>Nesse estágio, na égua e na cadela, há rotação do feto que passa para a posição dorso-sacra</p><p>(em ovinos e bovinos, o feto já está em posição e a rotação não é necessária). Os sintomas</p><p>mais freqüentes são intranqüilidade, anorexia, elevação do ritmo respiratório e pulso</p><p>maternos. A duração média do estágio I é de 1 a 4 horas em égua, 2 a 6 h em vaca, búfala e</p><p>ovelha, 2 a 12 h na porca e 6 a 12 h na cadela.</p><p>A dilatação da cérvix se deve + a modificações nas características físicas do colágeno do que</p><p>pelo aumento da pressão intrauterina.</p><p>• Modificações característica físicas colágeno: síntese enzs (colagenase e elastase), aumento</p><p>glicosaminoglicanos, infiltração de leucócitos</p><p>Amolecimento da cérvix influenciado pelo aumento nos níveis de E2 e prostaglandinas e</p><p>secreção de relaxina</p><p>Outro importante hormônio envolvido no parto bem-sucedido é a relaxina. A relaxina é uma</p><p>glicoptn que é produzida tanto pelo CL (em todas as espécies) como pela placenta (mulheres,</p><p>éguas, gatas, cadelas, porcas e macacas). A relaxina é liberada na circulação durante toda a</p><p>gestação, principalmente a partir da segunda metade da gestação, aumentando no pré-parto</p><p>sob estímulo da PGF2α.</p><p>A relaxina, associada a ação dos E2, é responsável pelo aumento na maleabilidade de sínfise</p><p>púbica e das articulações sacro-ilíacas e por causar o amolecimento do tecido conjuntivo na</p><p>cérvix. Acredita-se que por ação da relaxina ocorra desagregação dos colóides protéicos da</p><p>substância matriz da sínfise, levando a retenção de água e eletrólitos, tornando assim, possível</p><p>o seu afastamento. Acredita-se que a relaxina que atua no parto origina-se tanto do CL</p><p>gestacional quanto da placenta.</p><p>CASCATA DE EVENTOS PROMOVIDA PELO CORTISOL FETAL</p><p>O aumento das contrações do miométrio...Forçam o feto e suas membranas contra a cervix,</p><p>ativando assim, neurônios sensitivos à pressão localizados na cérvix...Estes neurônios</p><p>sensitivos cervicais fazem sinapse com o cordão espinhal e estes com neurônios produtores de</p><p>ocitocina no hipotálamo que estimulam a liberação de ocitocina pela pituitária posterior</p><p>Liberação reflexa de ocitocina = Reflexo de Ferguson</p><p>À medida que o feto se move através do canal do parto, a pressão elevada na cérvix estimula</p><p>neurônios sensoriais. O mecanismo neural termina no núcleo paraventricular e faz com que a</p><p>ocitocina seja secretada do lobo posterior da pituitária</p><p>As contrações miometrias forçam o feto a cavidade abdominal em direção à cavidade pélvica</p><p>causando as contrações abdominais. A pressão do feto contra a cervix e porção anterior da</p><p>vagina estimula a liberação de ocitocina pela pituitária (hipófiseposterior) que por sua vez</p><p>estimula as contrações miometriais. Este mecanismo é tipico, de origem neuroendócrina e é</p><p>denominado Reflexo de Ferguson</p><p>REFLEXO DE FERGUNSON: Insinuação dos anexos fetais e feto no canal do parto, contrações</p><p>reflexas voluntárias, estimula lib. de ocitocina, contrações musc. lisa involuntária OBS: A não</p><p>ruptura do cordão umbilical previne asfixia; enquanto em decúbito</p><p>A ocitocina liberada na circulação sistêmica, atua para intensificar a contratilidade do</p><p>miométrio iniciada pelo E2 e PGF2α. No entanto, os efeitos da ocitocina são altamente</p><p>dependentes de E2, pois aumenta-se a expressão dos receptores específicos para ocitocina.</p><p>Ainda, a ocitocina estimula a liberação de PGF2a pelo miométrio (feedback positivo). Deve-se</p><p>salientar que a oxitocina só atuará plenamente se houverinibição do bloqueio progesterônico</p><p>Liberação de ocitocina pela hipófise posterior + Elevação de E2: musculatura uterina sensível</p><p>à excitação da ocitocina = Ocorrência de subsequentes contrações miometriais mais intensas.</p><p>A EXPULSÃO DO FETO EXIGE FORTES CONTRAÇÕES DOS MÚSCULOS ABDOMINAIS E</p><p>MIOMETRIAIS... APÓS ENTRADA DO FETO NO CANAL CERVICAL, SE INICIA O ESTÁGIO II DO</p><p>PARTO...</p><p>ESTÁGIO II DO PARTO – EXPULSÃO DO FETO</p><p>À medida que as contrações miométricas continuam a aumentar, as patas e cabeça do feto</p><p>começam a colocar pressão nas membranas fetais. Quando a pressão atinge um certo nível, a</p><p>membrana se rompe, com subseqüente perda da fluido alantóide e amniótico. Este fluido</p><p>também serve para lubrificar o canal do parto.</p><p>A presença do feto na cavidade pélvica estimula receptores presentes na região dorsal da</p><p>vagina, cujos neurônios levam estímulos (através do nervo pudendo) aos centros motores da</p><p>medula espinhal, formando-se o reflexo de contração da musculatura abdominal.</p><p>Portanto, na fase de expulsão, as contrações uterinas são acompanhadas por contrações de</p><p>músculos abdominais da mãe, que ajudam ainda mais a expulsão do feto. E os resultados mais</p><p>positivos são obtidos com o animal em decúbito!!!</p><p>ESTÁGIO III – EXPULSÃO DA PLACENTA</p><p>Após a expulsão do feto, ocorre parada das contrações por período variável em fêmeas</p><p>uníparas, e reinício da onda peristáltica no ápice do corno uterino, promovendo deslocamento</p><p>e liberação da placenta. O acúmulo da massa placentária na pelve estimula o Reflexo de</p><p>Ferguson, aumentando a atividade contrátil do útero. Ainda, a presença da massa placentária</p><p>estimula atividade voluntária dos músculos abdominais. Em fêmeas multíparas as fases de</p><p>expulsão do feto e placenta se confundem.</p><p>ESTAGIOS E DURAÇÃO DO PARTO NAS ESPECIES</p><p>PARTICULARIDADES</p><p>ÉGUAS: placentofagia é rara, parto à noite, edema vulvar, sudorese flanco, axila, decúbito</p><p>lateral, verificar se o âmnio não está envolvendo a cabeça do potro</p><p>VACAS: edema e flacidez vulvar, qualquer hora do dia, 1 fase pode durar 6 h, 24h em</p><p>primíparas, decúbito ou não, placentofagia deve ser evitada</p><p>OVELHAS E CABRAS: permanece em grupo, isolamento (cabras), micção, defecação frequente</p><p>PORCAS: edema vulvar desenv. Mamário, final da tarde, presença do homem ou animais pode</p><p>inibir, Após o parto: urinar placentofagia</p><p>CARNÍVOROS: Gata: parto escondido, + rápido gotejamento: 24h antes corrimento muco</p><p>cervical, temperatura retal (queda de P4), 1°</p><p>estágio: 2, 12 à 36 h, 2 ° estágio: 12, 22 à 36 h -</p><p>intervalo entre nasc: 10 à 60 min, mínimo estresse > bloqueia OCITOCINA</p><p>NECESSIDADE AO PARTO</p><p>Piquete maternidade: exercícios s/ traumas, vigilância DISCRETA e contínua, tosquia do períneo</p><p>em ovelhas, maternidades limpas, cadelas: ninho limpo e protegido</p><p>DISTOCIAS</p><p>Dificuldade de nascer ou inabilidade materna em expulsar os fetos pelo canal do parto.</p><p>MATERNA: Pelve, vulva, vagina, cérvix e útero.</p><p>FETAL: Alterações fetais, fetos múltiplos e estática fetal.</p><p>INCIDÊNCIA DISTOCIA:</p><p>Vacas: Raças Leiteiras</p><p>Origem fetal: vacas, ovelhas e éguas</p><p>Origem materna: porcas e cadelas</p><p>PELVE NAS DIFERENTES ESPECIES</p><p>ANOMALIAS VULVARES</p><p>Fibrose ou retrações cicatriciais: Éguas submetidas a vulvoplastia, vacas em que foi feita sutura</p><p>Bühner, flessa ou similar, cicatrizes por miíases. Cadelas: TVT e Gatas: raras</p><p>Éguas: é raro, mas pode ocorrer quando: Cirurgia laceração períneo 2º e 3º grau ou Primíparas:</p><p>resto anel inguinal</p><p>Vacas: Dilatação insuficiente canal vaginal, suscetível a prolapsos, edema, cistos</p><p>Cadelas: dilatação insuficiente depende, porte animal, tamanho filhotes e nos partos</p><p>Alterações vaginais: Brida</p><p>ANOMALIAS CERVICAIS</p><p>Dilatação insuficiente</p><p>Vacas: 1º, 2º e 3º gral, tratamento cesariana (não tem como reduzir manualmente)</p><p>Éguas: possível correção manual</p><p>Pequenos animais: tumores vaginais e uterinos podem progredir para cérvix</p><p>ATONIA UTERINA</p><p>Primária: O útero não se contrai mesmo tendo todo o preparo para o parto</p><p>Secundária: Quando a musculatura útero entrou em exaustão, principalmente em distocias de</p><p>causa fetal</p><p>ATONIA UTERINA PRIMÁRIA NAS ESPÉCIES DOMÉSTICAS (GERAL):</p><p>ETIOLOGIA: Disfunção hormonal (E2, ocitocina e relaxina), Obesidade (principalmente cadelas),</p><p>Diminuição Ca, Mg e glicose (isolados ou juntos), Hidropsia envoltórios fetais, Gestação</p><p>múltipla ou sobrecarga, Gestação prolongada (1 ou + fetos), Degeneração miometrial, Rupturas</p><p>uterinas e de tendão pré-púbico, Histerocele gravídica, Senilidade, Debilidade e</p><p>Hereditariedade (cadelas)</p><p>ATONIA UTERINA PRIMÁRIA EM CADELAS:</p><p>ETIOLOGIA: Defeitos do miométrio, degeneração tóxica, infiltração gordura, senilidade, fatores</p><p>raciais, distúrbios hormonais (E2/P4, ocitocina, PGF, relaxina), deficiência Ca e Glicose, parto</p><p>prematuro, distúrbios ambientais, quantidade inadequada líquidos fetais, ruptura uterina com</p><p>ectopia fetal, torção uterina, traumatismo uterino e síndrome do feto único</p><p>ATONIA UTERINA SECUNDÁRIA:</p><p>Trabalho de parto prolongado levando ao esgotamento útero e da fêmea</p><p>DISTOCIA EM CADELAS</p><p>Examinar: palpação abdominal, toque abdominal, vaginoscopia e US</p><p>QUANDO PENSAR EM INTERVIR: Quando o trabalho de parto não iniciou na data prevista,</p><p>quando o animal tem queda de temperatura, quando o estágio II do parto tem duração de + de</p><p>4hr sem a expulsão do feto, quando ela apresentar sinal de distresse, + de 30 min de contração</p><p>vigorosa sem expulsão do feto, grande quantidade de secreção esverdeada sem expulsão do</p><p>primeiro filhote e quando notar secreção sanguinolenta em quantidade considerável em</p><p>qualquer momento do parto.</p><p>COMO TRATAR ATONIA UTERINA EM CADELAS E GATAS: GLUCONATO DE CÁLCIO 0,2 mL/kg IV</p><p>ou 1-5 mL/cadela SC ou 0,5-1,0 mL/gata. Monitorar os batimentos cardíacos. Pode utilizar</p><p>GLICOSE/OCITOCINA: Doses menores são mais efetivas para aumentar frequência e qualidade</p><p>das contrações 0,5 a 2 UI via IM ou SC (0,1 UI/kg início e aumento gradativo até 2UI/kg), a cada</p><p>30-40 minutos. Não exceder 20 UI por animal!!!!</p><p>COMPLICAÇÕES: Prolapso uterino, ruptura uterina.</p><p>DISTOCIA DE ORIGEM FETAL</p><p>Sinais: Forças expulsivas improdutivas com eventual presença de extremidade fetal na rima</p><p>vulvar.</p><p>ETIOLOGIA: Hidropsia (anasarca), enfisema, hidrocefalia, gigantismos, monstros, partos</p><p>gemelares ou múltiplos e estática fetal incorreta</p><p>ESTÁTICA FETAL: É a postura do feto na hora do parto, descrita relação do feto com a pelve</p><p>materna</p><p>Apresentação: relação entre o eixo longitudinal do feto com o eixo longitudinal materno,</p><p>Longitudinal anterior (cefálica) e Longitudinal posterior (podálica)</p><p>Posição: relação entre a porção dorsal do feto com o dorso materno</p><p>Atitude: relação entre as partes moles do feto (membros anteriores, posteriores, cabeça e</p><p>pescoço) com seu próprio corpo</p><p>PARTO EUTÓCICO: Apresentação longitudinal anterior, Posição superior e Atitude estendida</p><p>ESTATISTICA FETAL NORMAL:</p><p>➢ Apresentação longitudinal anterior - posição dorsal e cabeça estendida</p><p>➢ Apresentação longitudinal posterior – posição dorsal, membros posteriores estendidos (em</p><p>pequenos e suínos)</p><p>ESTATISTICA DISTOCIA:</p><p>➢ Apresentação transversal ventral (virado de lado – rara)</p><p>➢ Apresentação longitudinal anterior, posição ventral (barriga para cima)</p><p>➢ Apresentação longitudinal posterior, posição ventral (parte das patas está saindo primeiro que</p><p>a cabeça)</p><p>➢ Apresentação longitudinal anterior, posição dorsal com flexão de nuca</p><p>➢ Apresentação longitudinal posterior, posição dorsal com flexão coxofemoral unilateral</p><p>(bumbum saindo)</p><p>➢ Apresentação longitudinal posterior, posição dorsal com flexão coxofemoral bilateral (de trás p</p><p>frente)</p><p>➢ Apresentação longitudinal anterior, posição dorsal com flexão lateral de pescoço</p><p>➢ Feto apresentando torção lateral de pescoço, extraído após a cesariana</p><p>ALTERAÇÕES FETAIS</p><p>O Schistosomus reflexus (SR) é uma anomalia congênita fatal e rara, primariamente observada</p><p>em ruminantes, a qual apresenta feto com dorsoflexão da coluna vertebral, exposição das</p><p>vísceras abdominais e torácicas e escoliose.</p><p>Hidrocefalia: Acúmulo de líquido dentro do cérebro, causada por uma produção excessiva de</p><p>líquor ou obstrução do fluxo desse líquido, resultando em inchaço no cérebro e sintomas como</p><p>cabeça maior que o normal.</p><p>Anasarca: Termo médico que se refere a um inchaço generalizado no corpo devido ao acúmulo</p><p>de líquido</p><p>https://www.tuasaude.com/hidrocefalia/</p><p>https://www.tuasaude.com/hidrocefalia/</p><p>https://www.tuasaude.com/hidrocefalia/</p><p>https://www.tuasaude.com/anasarca/</p><p>https://www.tuasaude.com/anasarca/</p><p>Tratamento: Retificação posição anômala, fetotomia (quando morto), cesariana e OH</p><p>MANOBRAS DE CORREÇÃO PARA VACAS E ÉGUAS</p><p>Retropulsão: Empurrar o feto insinuado para ao útero</p><p>Extensão: Estender partes flexionadas</p><p>Tração: Tracionar feto pelas partes insinuadas</p><p>Rotação: Girar feto sobre seu eixo longitudinal (dorso pubiana p/ dorso sacral)</p><p>Versão: Alterar apresentação transversal dorsal ou ventral para longitudinal ou posterior</p><p>MANOBRAS DE CORREÇÃO – CADELA, GATA E PORCA</p><p>Introdução de 1 ou + dedos vagina, pressão manual sobre abdômen, sentido ventrodorsal,</p><p>elevação dos membros posteriores para empurrar o útero e vagina</p><p>Formas corretas de tracionar o feto: em apresentação posterior (atras do tarso) e em</p><p>apresentação anterior (atras da mandíbula)</p><p>CESARIANA, FENOTOMIA, EPISIOTOMIA E OSH</p><p>Operação cesariana nas espécies domésticas: Histerorrafia com finalidade de retirar um ou</p><p>mais fetos, vivos ou mortos das fêmeas na época do parto, conservativa ou radical.</p><p>INDICAÇÕES: Anomalias pélvicas, conveniência, estática fetal anômala, tamanho exagerado do</p><p>feto, atonia uterina, parto prolongado e torções uterinas</p><p>CONTRAINDICAÇÕES: Estado geral da fêmea é grave (toxêmicas e com feto morto e retido por</p><p>longos períodos) > endometrite crônica com espessamento da parede, áreas necrose e ruptura</p><p>uterina, dificuldade exposição do órgão, aderências > grande risco de peritonite</p><p>CUIDADOS: Anestesia (Barreira placentária e mamária e rápido retorno anestésico),</p><p>Hipotensão (Hipovolemia (transfusão sangue ou fluidoterapia), Anestesias epidurais (atenção</p><p>doses elevadas) e Síndrome supina (lateralização/agilidade na cirurgia) e Trans-operatório</p><p>(evitar descompressão rápida)</p><p>ANESTESIA EPIDURAL:</p><p>➢ Caninos, felinos e suínos: Espaço lombossacro 4-5 mg/kg após MPA</p><p>➢ Bovinos e equinos: Espaço sacrococcígeo 0,25 mg/k</p><p>HISTEORRAFIA: 2 camadas de sutura invaginante, Cushing-Cushing, Schimieden-Cushing (mais</p><p>sustentação), Lambert-Cushing, Lambert-Lamber</p><p>CESARIANA EM BOVINOS</p><p>INDICAÇÕES: Fetos muito desenvolvidos e tamanhos exagerados, estreitamento de via fetal,</p><p>útero gravídico no saco herniário, quando o parto normal não ocorreu, quando as manobras</p><p>obstétricas ou fetotomia não puderem ser executadas e em casos de gestações prolongada</p><p>CONTRAINDICAÇÕES: Distúrbios gerais graves e Afecções irreversíveis – fraturas</p><p>ACESSO CESARIANA EM BOVINOS: animal em estação via flanco esquerdo ou animal em</p><p>decúbito lateral direito, faz uma incisão na região paramamaria > Anestesia (peridural com</p><p>bloqueio anestésico local)</p><p>COMPLICAÇÕES PÓS OPERATORIAS EM BOVINOS: Metrite e retenção de placenta, peritonite</p><p>(feto morto), deiscência, abscesso ou seroma (6%) e hemorragia pós-parto</p><p>CESARIANA EM PEQUENOS RUMINANTES</p><p>INDICAÇÕES: Dilatação cervical insuficiente, desproporção fetopélvica (primíparas com feto</p><p>único) e fetos enfisematosos</p><p>Celiorrafia: Sutura parede abdominal com fio não absorvível ou vicryl 0, pontos em U.</p><p>Sutura da pele com U (horizontal ou vertical) utilizando fio não absorvível 2-0.</p><p>Pós-operatório: Ovelha é mais sensível aos efeitos toxêmicos</p><p>CESARIANA EM EQUINOS</p><p>Baixa frequência nesta espécie: Características do parto, características da pelve e da via fetal</p><p>mole (de fácil dilatação), em 98% dos partos o potro está em apresentação longitudinal</p><p>anterior</p><p>INDICAÇÕES: Torção uterina grave, deformações da via fetal dura, ruptura uterina,</p><p>monstruosidades fetais, estática fetal incorreta e apresentações transversais</p><p>Maior risco nesta espécie do que em qualquer outra fêmea doméstica</p><p>➢ Decúbito dorsal, incisão na linha média</p><p>Cuidados e complicações em equinos: Pós-operatório (antibioticoterapia, curativo local da</p><p>ferida (edema) e remoção da placenta residual e lavagem/sifonagem uterina) e corre alto risco</p><p>de laminite</p><p>CESARIANA EM SUINOS</p><p>INDICAÇÕES: Leitões grandes, dilatação insuficiente, monstruosidades, torção uterina, atonia</p><p>primária ou secundária</p><p>Animais são extremamente suscetíveis ao estresse de manipulação e à tríade metrite,</p><p>mastite e agalactia</p><p>A Síndrome da Mamite, Metrite e Agalaxia pode ocorrer em porcas entre 12 e 72 horas após o</p><p>parto. O sintoma inicial é o inchaço das glândulas mamárias e posterior queda na produção de</p><p>leite. A SMMA também afeta os recém-nascidos, pois a fêmea passa a não produzir leite</p><p>suficiente para alimentá-los, o que aumenta a mortalidade dos leitões</p><p>Causas: Matrizes que estão no quarto parto correm maiores riscos, maternidades com celas</p><p>parideiras sem o manejo sanitário correto, matrizes estressadas por falta de bem-estar e</p><p>conforto animal, parto anormal – leitões grandes ou mal posicionados, constipação nas fêmeas</p><p>– dificuldade ao expelir as fezes, problemas na adaptação da cela parideira, alteração repentina</p><p>na dieta das fêmeas.</p><p>Sintomas: Inapetência e perda de peso, fêmeas sem interesse na cria, matrizes com</p><p>temperatura acima de 39,8°C; porcas deitadas sobre as tetas para evitar a amamentação,</p><p>úbere inchado, quente, dolorido e com consistência carnosa, corrimento vaginal amarelado,</p><p>purulento e fétido (metrite) e redução na produção de leite (agalaxia).</p><p>Anestesia peridural lombar associada à infiltração local ou anestesia geral > Decúbito lateral</p><p>direito ou esquerdo > Incisão oblíqua à linha das mamas</p><p>Celiorrafia: Sutura da parede abdominal ancorada em fáscia e peritônio, U horizontal contínuo,</p><p>fio não absorvível 0 ou 2, sutura pele com fio não absorvível 0 ou 2-0, um U horizontal ou</p><p>captonado.</p><p>Pós-operatório: Recuperação excelente >70%</p><p>Complicações: Constipação, problemas locomotores e MMA</p><p>CESARIANA EM CANINOS E FELINOS</p><p>INDICAÇÃO: Animais vítimas de atropelamentos, distocias obstrutivasInercia uterina 1ª e 2ª,</p><p>anomalias fetais, fraturas coxais, animais gestantes em que foi aplicado anticoncepcional, raças</p><p>braquiocefálicas</p><p>SÃO AS ESPÉCIES MAIS TOLERANTES E RESISTENTES ÀS SITUAÇÕES DE CONTAMINAÇÃO E</p><p>DECOMPOSIÇÃO FETAL</p><p>Acompanhamento gestacional e Cálculo da DAP (mede a circunferência) > Anestesia local</p><p>espinhal epidural lombossacral > Relaxamento do esfíncter anal > Posicionamento em Decúbito</p><p>dorsal e antissepsia da região abdominal ventral > Incisão na Linha Alba > Exteriorização e</p><p>exposição do útero > Incisão Semi-circular no corpo do útero > Exposição do feto e libração das</p><p>vias aéreas superiores > Cuidados com neonatos pós-parto > Sutura de Cushing (fechamento</p><p>do útero) > Sutura em X (fechamento da parede muscular) > Sutura de Wolf (fechamento da</p><p>pele)</p><p>Cuidados com o neonato de cesariana: Estímulo da respiração, desobstrução da cavidade</p><p>orofaríngea de qualquer fluido ou secreção, fricção com panos secos e limpos região torácica,</p><p>ventilar se necessário, mantê-los aquecidos, umbigo, ligadura, solução antisséptica e ingestão</p><p>do colostro</p><p>Ligadura do umbigo: Após estabilização da FR, ligadura ~1 cm parede abdominal - Solução</p><p>antisséptica</p><p>Cuidados pós-operatórios: Manter o animal em local seco e limpo, antibioticoterapia, cuidado</p><p>com a ferida cirúrgica, ruminantes (cabra) x outras espécies, analgésicos, movimentação evita</p><p>aderências</p><p>Complicações: Peritonite ou infecção subcutânea, deiscência, retirada de pontos de sutura</p><p>pelos animais e aderências</p><p>Sucesso da cirurgia depende do: Estado clínico da fêmea, duração da distocia, fetos vivos x</p><p>mortos, disponibilidade equipe preparada, experiência e rapidez do cirurgião, decisão de</p><p>quando intervir e execução da técnica</p><p>FETOTOMIA</p><p>Conjunto de operações cruentas realizadas no feto com o intuito de reduzir seu tamanho total</p><p>ou parcial no útero materno</p><p>Fetotomia transcutânea: secção do esqueleto fetal sob a pele (espátula de keller)</p><p>Fetotomia percutânea: secção de partes do feto, com tamanho proporcional à abertura</p><p>vaginal/cervical</p><p>Fetotomia total: completo retalhamento do feto</p><p>Fetotomia parcial: secção de partes que dificultam o parto</p><p>Aplicabilidade: Técnica segura e de pouco risco para parturiente, ampla na Vaca e égua,</p><p>restrita na cabra e ovelha, nenhuma na porca, cadela e gata</p><p>NDICAÇÕES: Fetos grandes, anormalidades pélvicas, abertura ou largura insuficiente e partos</p><p>demorados, distocias por apresentação, posição ou atitude fetais sem correção, distocias</p><p>causadas por monstruosidades fetais sem possibilidade tração, fetos enfisematosos</p><p>Como saber se o feto está vivo: Presença do reflexo de sucção, flexão dos membros à</p><p>palpação, retração dos membros ao afastamento das unhas, ou espaço interdigital, pulso na</p><p>artéria umbilical e contração do ânus ao toque digital</p><p>CONTRAINDICAÇÕES: Abertura e largura insuficientes para introdução do braço do operador,</p><p>comprometimento estado geral parturiente, ruptura das vias do parto ou do útero e distocias</p><p>acompanhadas de hemorragias severas</p><p>PRÉ OPERATÓRIO BOVINOS: Anestesia epidural (máx 5 ml lidocaina a 1 ou 2%) + uso relaxante</p><p>uterino (Clembuterol - Ventipulmim® 0,8 µg/kg IM)</p><p>PRÉ OPERATÓRIO EQUINOS: Anestesia epidural (8-10 ml lidocaina 1 ou 2%) + uso relaxante</p><p>uterino (Clembuterol - Ventipulmim ® 0,8 µg/kg IM)</p><p>CUIDADOS GERAIS: Com a parturiente (lavagem e desinfecção, atadura na cauda), com o</p><p>material (esterilização e desinfecção), na fetotomia</p><p>COMPLICAÇÕES: Perfuração do útero, secção da bifurcação uterina, compressão via parto e</p><p>lesões da via parto</p><p>CONTROLE E TRATAMENTO PÓS FETOTOMIA: Exame obstétrico minucioso, remoção placenta,</p><p>infusão com 3 a 5 litros permanganato e antibiótico</p><p>EPISIOTOMIA</p><p>Incisão do orifício vulvar com o intuito de permitir um acesso a vagina e vestíbulo</p><p>INDICAÇÃO: Facilitar extração fetal manual, exploração da vagina, excisão massa vaginal,</p><p>reparo lesões e lacerações, modificar defeitos congênitos e expor papila uretral</p><p>3 camadas: Suturas interrompidas, fio abs mucosa vaginal, sutura contínua submucosa e sutura</p><p>simples interrompida, fio não abs na pele</p><p>OVARIOSALPINGOHISTERECTOMIA – OSH EM PEQUENOS ANIMAIS</p><p>Consiste na retirada dos ovários, do útero e dos ligamentos que os sustentam (largo e</p><p>redondo).</p><p>SITIOS DE INCISÃO ABDOMINAL: PRÉ-UMBILICAL, RETRO-UMBILICAL OU PRÉRETRO-</p><p>UMBILICAL</p><p>INDICAÇÕES: distúrbios dos ovários e útero. Esterilização eletiva (evitar o cio ou reprodução),</p><p>endometrite, piometra, torção uterina, ruptura uterina, prolapso uterino, fetos enfisematosos,</p><p>neoplasia de ovário, útero.</p><p>O tumor mais comum das fêmeas caninas é a neoplasia mamária (42%), foi demonstrado que</p><p>cadelas castradas antes do primeiro cio, diminuem para 0,5% a incidência do tumor e antes</p><p>do segundo cio, a porcentagem fica entre 8 e 26%. - A neoplasia mamária é sete vezes maior</p><p>em felinos não castrados. Portanto a terapia adjunta é justificável.</p><p>Pré-operatório: Anamnese: ciclo reprodutivo, Exame físico: Palpação, Exames laboratoriais:</p><p>(Hemograma - Bioquímicos - Urinálise - Rx / ultrassom – Esfregaço vaginal)</p><p>Jejum hídrico e alimentar, anestesia, assepsia, em animais com distúrbios infecciosos, a</p><p>profilaxia antimicrobiana é indicada imediatamente antes da cirurgia, posicionamento.</p><p>PÓS OPERATORIO: Limpar a ferida cirúrgica, restrição dos movimentos, anti-inflamatório e</p><p>antibioticoterapia (Meloxicam, sid, 3 dias e Amoxicilina com clavulanato, bid, 7 dias)</p><p>COMPLICAÇÕES ESEQÜELAS:</p><p>1) HEMORRAGIA: A hemorragia intraoperatória como a complicação mais associada a OSH nas</p><p>cadelas com mais de 25 Kg. A hemorragia durante a cirurgia pode resultar do rompimento do</p><p>complexo AV ovariano enquanto se manipula o ligamento suspensor. Isso pode ser evitado ao</p><p>se manipular cuidadosamente o ligamento. A hemorragia intraoperatória também pode</p><p>resultar do rompimento dos grandes vasos no ligamento largo, do rompimento dos vasos</p><p>uterinos por uma tração excessiva do corpo uterino ou da liberação acidental de uma pinça</p><p>antes da colocação das ligaduras. A colocação imprópria das suturas pode resultar em uma</p><p>hemorragia intra ou pós-operatória.</p><p>2) PIOMETRA DO COTOUTERINO: Pode ocorrer se não se remover todo o corpo uterino ou</p><p>porções de qualquer dos cornos uterinos durante a ovário-histerectomia e o animal tiver níveis</p><p>sanguíneos de progesterona elevados. A fonte de progesterona pode ser endógena</p><p>proveniente de tecido ovariano residual ou exógena (proveniente de compostos</p><p>progestacionais utilizados par tratar uma dermatite). Pode-se evitar a piometra do coto uterino</p><p>excisando-se completamente os cornos e corpo uterino</p><p>3) ESTRO RECORRENTE (Síndrome dos Restos Ovarianos): Geralmente resulta de um tecido</p><p>ovariano residual funcional após uma OSH incompleta. Podem estar presentes sinais clínicos</p><p>associados com o estro e a atividade hormonal ovariana. Podem-se retardar os efeitos</p><p>hormonais dependendo da manutenção ou não da vascularização dos restos ovarianos. Pode-</p><p>se desenvolver uma circulação colateral ao tecido ovariano mesmo se tiver ligado e</p><p>transeccionado o complexo AV ovariano. O tratamento para o estro recorrente após uma</p><p>ovário-histerectomia consiste na exploração cirúrgica e na excisão do tecido ovariano residual.</p><p>É preferível a exploração cirúrgica durante o estro. A identificação de um resto ovariano em um</p><p>lado não deve excluir a inspeção do outro sítio ovariano. O tecido ovariano residual funcional é</p><p>mais comumente encontrado do lado direito. Ocasionalmente, não se pode identificar ou</p><p>palpar o tecido ovariano residual, mas sua presença se manifesta frequentemente por meio de</p><p>um aumento na vascularização do pedículo ovariano. Pode-se evitar uma ovárioectomia</p><p>incompleta mantendo-se um contato digital constante com o ovário durante a aplicação das</p><p>pinças hemostáticas no complexo AV ovariano</p><p>4) LIGADURA DO URETER: A ligadura acidental de um ureter (que pode ocorrer durante a</p><p>ligadura do corpo uterino ou de um complexo AV ovariano) resulta em uma hidronefrose e</p><p>pode predispor a uma pielonefrite. Pode-se esmagar ou ligar acidentalmente um ureter se o</p><p>complexo AV ovariano cair e se ocorrer um pinçamento indiscriminado do tecido na goteira</p><p>lombar. É mais provável que se inclua um ureter na ligadura do corpo uterino se a bexiga</p><p>estiver repleta, pois o trígono e a junção vesico�uretral se deslocam cranialmente, resultando</p><p>em uma folga maior nos ureteres.</p><p>5) INCONTINÊNCIA URINÁRIA: A incontinência urinária pode ser causada por um nível</p><p>estrogênico sistêmico baixo, por aderências ou granulomas do coto uterino que interferem na</p><p>função do esfíncter vesical, e por fistulação vaginouretral proveniente da ligadura comum da</p><p>vagina e do ureter. A incontinência urinária responsiva a estrógenos (que ocorre em cadelas</p><p>mais idosas que foram castradas em uma idade precoce) é uma seqüela comum e pouco</p><p>compreendida da ovário-histerectomia. A idade do início da incontinência responsiva a</p><p>estrógenos após a cirurgia é variável e pode ser de vários anos, a idade média descrita do início</p><p>é de 8,3 anos. A terapia recomendada é a administração oral de dietilstilbestrol em 0,1 a 1,0</p><p>mg por dia por 3 a 5 dias seguidas por uma dose de manutenção de 1,0 mg por semana</p><p>6) TRATOS FISTULOSOS EGRANULOMAS: A causa mais comum dos tratos fistulosos</p><p>sublombares nas cadelas castradas é uma reação tecidual adversa ao material de sutura</p><p>multifilamentar não absorvível implantado, utilizado para a ligadura uterina ou ovariana. A alta</p><p>aderência bacteriana e a capilaridade da sutura multifilamentar podem contribuir para uma</p><p>infecção persistente e progressiva quando a sutura se contamina com microrganismos</p><p>bacterianos e são enterrados no tecido. Os tratos fistulosos podem ocorrer em qualquer lugar</p><p>do tronco, embora o mais comum seja no flanco (quando associados com ligaduras de</p><p>pedículos ovarianos) e na região inguinal ou das coxas (quando associados com ligadura</p><p>uterina). Os granulomas podem envolver a bexiga, os ureteres, rim, e até o cólon podendo</p><p>causar incontinência urinária, obstrução intestinal. O tratamento recomendado é a laparotomia</p><p>exploratória com a excisão da ligadura e do tecido de granulação. Deve-se remover todas as</p><p>ligaduras ovarianas e uterinas, mesmo as que parecem não estar envolvidas com o processo,</p><p>pois podem desenvolver tecido de granulação posteriormente. O uso de material de sutura</p><p>absorvível reduz esse tipo de reação.</p><p>7)GANHO DE PESO CORPORA: O ganho de peso corporal é a seqüela mais comum após a</p><p>ovário histerectomia. A causa desse ganho de peso ainda é pouco compreendida. Uma teoria</p><p>sugere que os depósitos de gordura do corpo possuam receptores para hormônios esteróides</p><p>específicos, de forma que se facilite ou bloqueie a deposição de gordura em uma maneira</p><p>regional em resposta à testosterona, ao estradiol, à progesterona e ao cortisol. O estradiol</p><p>inibe a lípase lipoproteíca nos adipócitos dos depósitos gordurosos incorrendo no fato de que</p><p>os ácidos graxos circulantes podem não esterificar e depositar</p><p>PATOLOGIA DO PUERPERIO</p><p>O puerpério vem sendo definido como o período que vai desde o parto até o aparecimento do</p><p>primeiro estro no qual nova gestação possa ser estabelecida, o que implica em completa</p><p>involução uterina e retorno a atividade endócrina, com plena reativação e sincronia do eixo</p><p>hipotálamo hipófise-ovário, que permita o crescimento folicular, estro, ovulação, concepção,</p><p>desenvolvimento do corpo lúteo e gestação</p><p>Na Medicina Veterinária: É o período pós-parto que compreende o intervalo entre a expulsão</p><p>placentária até́ retorno do organismo materno ao estado normal não gestante</p><p>Fenômenos que o caracterizam: Regeneração endometrial, involução uterina, lactação, vulva,</p><p>vagina e músculos abdominais, ligamentos pélvicos regridem e readquirem consistência e</p><p>tensão e reativação ciclicidade ovário (Reinício ciclosestrais)</p><p>Fases do Puerpério fisiológico:</p><p>A. Delivramento: fase de expulsão das placentas</p><p>B. Involução Uterina: reparação uterina (puerpério verdadeiro)</p><p>DELIVRAMENTO: Inicia-se imediatamente após o parto, terminando com a eliminação das</p><p>membranas fetais. 2 mecanismos: – Atividade contrátil do miométrio e perda da aderência</p><p>materno-fetal.</p><p>Atividade contrátil do miométrio: Redução da P4, aumento E2, ocitocina ePGFs, passagem do</p><p>feto = Parada contração abdominal, manutenção da contração uterina (PGF,E2)</p><p>Perda da aderência materno-feta, preparo pré-parto da placenta para o descolamento e</p><p>placenta madura ou imatura, firmeza de fixação dos vilos = pressão sanguínea, redução</p><p>pressão sanguínea devida contração uterina pós-parto, vilosidades do córion do feto liberam</p><p>criptas carunculares</p><p>↓P4 + ↑ E2 semana antecede o parto</p><p>↓ cls trofoblásticas gigantes nas criptas uterinas - Relaxamento junção útero-corial -</p><p>metabolização colágeno tipo III</p><p>- enzimas colagenases</p><p>↑ nº linfócitos T e B no placentoma</p><p>↑ atividade quimiotática e fagocítica dos leucócitos e neutrófilos no placentoma</p><p>↑PGF2α (separação/expulsão da placenta)</p><p>INOVULAÇÃO UTERINA: reparação uterina (puerpério verdadeiro)</p><p>Durante desenvolvimento uterino gestação: Células produzem enzimas proteolíticas e</p><p>permanecem armazenadas sob forma de grânulos no citoplasma (lisossomas), a membrana</p><p>estabilizada pela progesterona, evitando proteólise citoplasmática, mecanismo morte celular</p><p>programada</p><p>Involução após queda P4: liberação das enzimas dos grânulos citoplasmáticos resultante da</p><p>lise do CL e queda P4</p><p>Dissolução e reabsorçãotecidual: Retorna ao volume e espessura normais > diminui o P4 =</p><p>Desestabilidade da membrana Lisossomal > Proteólise Apoptose</p><p>4 a 5 dias: perda da resposta aos estímulos de contração – 60% de involução</p><p>Modificações uterinas: formação de pregas, produção e eliminação de grande quantidade de</p><p>lóquios</p><p>Lóquios: Sangue, muco, tecidos, eritrócitos, cls epiteliais, bactérias</p><p>Avaliação da involução: Palpação retal e Ultrassonografia</p><p>O tamanho do útero diminui rapidamente, podendo ser inteiramente palpado por via retal</p><p>entre 7 e 10 dias após o parto, estando com seu tamanho não gravídico atingido por volta dos</p><p>45 dias.</p><p>Retorno atividade ovariana:</p><p>Vacas: 45 dias</p><p>Cadelas: 90 a 120 dias</p><p>Égua e demais espécies: Poucos dias</p><p>Cio silencioso: primeira ovulação e início novo ciclo e restabelecimento dos eventos endócrinos</p><p>cíclicos regulares</p><p>Lactação / bezerro ao pé – retorno atividade cíclica retardado</p><p>PUERPERIO PATOLOGICO</p><p>Causas diversas: Alterações na duração da gestação, nascimentos múltiplos, ausência</p><p>contrações/indução parto</p><p>Infertilidade podem advir de graves efeitos deste período</p>