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<p>As características e os tipos de micro, pequenas e médias empresas</p><p>-Podemos classificar as empresas em: tradicional, home office, familiar, franquia e cooperativa.</p><p>Tipos de empresas:</p><p>EMPRESA TRADICIONAL</p><p>A empresa tradicional é uma entidade juridicamente constituída que visa ao lucro. Pode ser uma empresa voltada para a prestação de serviços, como um salão de beleza ou uma indústria. Não estamos falando aqui de uma empresa do Terceiro Setor, que é tipicamente de utilidade pública, com origem na sociedade civil, que tem fins públicos e não visa ao lucro.</p><p>Veja, abaixo, uma breve definição de Primeiro, Segundo e Terceiro setores.</p><p>PRIMEIRO SETOR - Público, o Estado. Não visa ao lucro.</p><p>SEGUNDO SETOR - Privado, o mercado. Visa ao lucro.</p><p>TERCEIRO SETOR - Origem na sociedade civil, com fins públicos. Sem visar ao lucro.</p><p>Estamos, portanto, nesse item da aula, nos referindo a empresas do Segundo Setor, que exercem atividades comerciais, industriais ou de prestação de serviços, estabelecidas na economia formal, montadas por um empresário e/ou empreendedor com visão de mercado, que busca, no profissionalismo, a receita para sua sustentabilidade</p><p>HOME OFFICE</p><p>home office, ou escritório doméstico, é muito utilizado por profissionais que trabalham por conta própria, como consultores, professores, psicólogos e advogados. Muitos profissionais iniciam suas vidas desta forma, que tem como principal benefício o baixo custo, pois há economia de custos de manutenção de escritório e de tempo na não há necessidade de locomoção diária.</p><p>Por outro lado, perde-se, muitas vezes, em apresentação, quando da necessidade de marcar uma reunião de trabalho, problema este que pode ser contornado, hoje em dia, com a locação de um escritório múltiplo, especializado em locar salas de reunião.</p><p>A decisão de montar uma empresa e atuar como pessoa jurídica é, na grande maioria das vezes, embasada num planejamento tributário, pois, quando o profissional recebe pelo serviço prestado na pessoa física, emitindo um Recibo de Pagamento de Autônomo – RPA –, ele incorre em custos tributários maiores, conforme a tabela de imposto de renda para o período, que, em 2014, atingia o teto de 27,5% sobre a renda tributada.</p><p>Já se ele se posicionar como pessoa jurídica, pode, dependendo de sua classificação fiscal, pagar um total de tributos que pode variar de 5% a 17%, excluindo os custos do INSS e do contador, que são adicionais a esse percentual.</p><p>atuar como pessoa jurídica = trabalhar pra si mesmo.</p><p>se posicionar como pessoa jurídica = trabalhar em uma empresa.</p><p>Obs: o INSS é responsável pelo pagamento da aposentadoria e demais benefícios aos trabalhadores brasileiros, com exceção de servidores públicos.</p><p>Do lado do contratante do serviço, a emissão de RPA é fonte geradora de recolhimento de INSS. O empregador tem um custo extra de 20% sobre o valor da RPA e retém 11% do profissional contratado. Ao todo, a empresa terá que emitir uma Guia da Previdência Social – GPS – de 31% sobre o valor do RPA. Esse é o motivo por que muitas empresas preferem fazer negócio com profissionais que tenham empresa registrada, evitando o custo extra de 20% sobre o valor dos serviços prestados.</p><p>Vale lembrar que, no caso de profissionais que emitem RPA e recolhem o INSS como autônomo pelo teto máximo, o desconto de 11% sobre o valor do serviço não é devido. Entretanto, a parte da empresa contratante (os 20%) continua sendo devida.</p><p>- Os custos de uma empresa e de sua manutenção não são fáceis, portanto se torna necessária a contratação de um contador para manter os livros da empresa em dia, conforme a legislação, calculando todos os impostos, tributos e taxas devidas.</p><p>- Para facilitar a vida desse profissional empresário e legalizar um sem fim de profissionais, o Governo criou, em 19/12/2008, o Micro Empreendedor Individual – MEI –, através da Lei Complementar n° 128.</p><p>Os requisitos essências para ser considerado MEI:</p><p>· Faturamento máximo de R$ 81.000,00 por ano.</p><p>· Não ter participação em outra empresa como sócio ou titular.</p><p>O que é permitido no MEI:</p><p>· Ter um único empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.</p><p>· Registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), facilitando a abertura de conta bancária, pedido de empréstimos e emissão de notas fiscais.</p><p>Uma outra vantagem do MEI é a possibilidade de enquadramento no Simples Nacional e a isenção dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL).</p><p>O que é o Simples Nacional: O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido previsto na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006. Para saber mais sobre o Simples, acesse a página da Receita Federal.</p><p>A isenção de tributos federais não significa, entretanto, isenção geral. O MEI deve pagar um valor fixo mensal, que será destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS, conforme o caso. Veja a tabela a seguir com os valores de 2014.</p><p>valor fixo mensal</p><p>Tipo de atuação</p><p>R$ 37,20 -</p><p>No caso de atuar no segmento de comércio ou indústria</p><p>R$ 41,20 -</p><p>Prestação de serviços</p><p>R$ 42,20 -</p><p>Comércio e serviço</p><p>- Os valores dispostos na tabela acima são atualizados de acordo com o salário mínimo.</p><p>EMPRESA FAMILIAR</p><p>As empresas familiares são a forma predominante em todo o mundo. Segundo Pisa e Lemes Junior, estima-se que, no Brasil, esse tipo de empresa represente em torno de 90% das empresas formais, equivalente ao percentual dos Estados Unidos.</p><p>Embora possam parecer a mesma coisa, a empresa familiar se distingue da família empresária. Apesar de, em ambos os casos, o controle do negócio estar nas mãos de uma família; no primeiro caso, estamos apenas falando de sucessão, empresas que saem das mãos do fundador para seus herdeiros; enquanto a família empresária se refere a um negócio que, embora composto por membros da mesma família, seus herdeiros não assumem a posição na companhia apenas por seus laços sanguíneos. A eles, é atribuída a responsabilidade de aprender o ofício negocial.</p><p>Pode-se dizer, portanto, que a família empresária assume uma postura mais moderna, profissional, em que a probabilidade de perpetuação dos negócios dentro de uma mesma família deve ser bem maior que nas empresas apenas familiares.</p><p>- NEPOTISMO ocorre quando um agente público usa de sua posição de poder para nomear, contratar ou favorecer um ou mais parente.</p><p>O modelo conceitual que resultou desses estudos é que, na verdade, esse tipo de empresa é composto de dois subsistemas: a família e a empresa, cada um tendo suas próprias normas, regras, seus valores estruturais e suas estruturas organizacionais.</p><p>Os problemas surgem quando a mesma pessoa tem que fazer frente a obrigações em ambos os subsistemas.</p><p>EX: Como exemplo, pode-se citar um pai que tenha que suprir as necessidades financeiras e emocionais familiares, tratando seus herdeiros igualmente e, ao mesmo tempo, pagar seus funcionários e consolidar o controle em um sucessor apenas.</p><p>O sucesso nesse tipo de empresa está exatamente em encontrar estratégias que satisfaçam os dois subsistemas.</p><p>O modelo de três círculos da empresa familiar:</p><p>2 - detêm ações do negócio mas não trabalham na empresa e nem fazem parte da família.</p><p>3 – não pertencem à família, mas são colaboradores do negócio.</p><p>6 – são membros do clã familiar e trabalham na empresa.</p><p>7 – pertencem à família, são acionistas da empresa e também trabalham na empresa.</p><p>O modelo visto acima, além de elegante e de fácil entendimento, é uma ferramenta bem aceita porque permite o entendimento das fontes de conflitos interpessoais, dilemas de papéis assumidos, prioridades e outros problemas que surgem nesse tipo de empresa.</p><p>FRANQUIA</p><p>A franquia é um sistema de venda de licença na qual quem detém a marca (o franqueador) cede ao autorizado (o franqueado) o direito de usar sua marca, patente, infraestrutura, know-how e direito de distribuição exclusiva ou semiexclusiva de determinados produtos e serviços.</p><p>Por receber essas facilidades, o franqueado paga parte do seu faturamento ao franqueador</p><p>sob a forma de royalties. É comum o franqueador ceder também ao franqueado o direito de uso de tecnologia da implantação e administração do negócio, mediante remuneração direta ou indireta, sem caracterizar vínculo empregatício.</p><p>FRANQUEADOR: o dono.</p><p>FRANQUEADO: o que vai trabalhar com a marca do franquiador.</p><p>Existem muitas vantagens e desvantagens de se atuar na forma de franquia:</p><p>VANTAGENS:</p><p>· Possibilidade de abertura de negócio sem necessidade de experiência empresarial no setor.</p><p>· Redução do risco envolvido face à utilização de conceito de negócio já experimentado e com sucesso.</p><p>· Benefício e aproveitamento de marca já com notoriedade no mercado.</p><p>· Formação inicial e de forma contínua.</p><p>· Existência de ferramentas de gestão.</p><p>· Melhor acesso na compra, ou aluguel de espaço, em resultado da existência de marca reconhecida.</p><p>· Aproveitamento dos canais de distribuição e logística existentes, permitindo a adoção de preços competitivos e com ganhos de escala nas encomendas.</p><p>· Compartilhamento da rede existente sobre os estudos de mercado elaborados, permitindo investimentos em publicidade financeiramente sustentáveis.</p><p>· Sinergias na resolução de problemas que em outras unidades da rede já tenham ocorrido.</p><p>DESVANTAGENS:</p><p>· Não detém a marca.</p><p>· Está preso ao sistema do franqueador. Se o sistema tiver problemas, ele não pode mudar.</p><p>· Se o contrato de franquia não for flexível, não há como adaptar os produtos aos hábitos locais.</p><p>· Caso um franqueado cometa algum ato que manche o nome da marca, esse problema irá naturalmente atingir a sua franquia.</p><p>· Dependendo do contrato de franquia ou quando a franquia não é muito atenta à gestão, pode haver problemas de obrigação de obtenção de produtos que não têm saída de vendas.</p><p>Benefícios para o franqueador</p><p>· Não há necessidade de grande volume de capital para expandir os negócios, que serão financiados pelo franqueado.</p><p>· O franqueador pode manter o foco na produção e no desenvolvimento de novos produtos e serviços.</p><p>· Quando a franquia é bem administrada, os franqueados costumam ser motivados, permitindo a obtenção de resultados superiores aos das lojas próprias, aumentando o ganho do franqueador.</p><p>· Existe a criação de um canal de distribuição fluido, eficiente e diferenciado.</p><p>· Há ganhos de economia de escala cada vez que uma nova loja da franquia é aberta.</p><p>· O sistema possibilita expansão de mercado de forma rápida, pois a abertura de novos espaços é descentralizada, trazendo rapidez.</p><p>· Viabiliza ações de promoção e de marketing de forma conjunta e coordenada.</p><p>A franquia é um modelo de negócio que permite ao franqueado abrir um negócio, ao mesmo tempo que adquire know how do franqueador. Em outras palavras, ele “compra” o conhecimento do franqueador, sem necessidade de ter experiência empresarial no setor.</p><p>COOPERATIVAS</p><p>Regidas pela Lei nº 5.764 de 16/12/1971, as cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à falência, constituídas para prestar serviços aos associados. A ideia é eliminar os intermediários, barateando os custos por conta dos ganhos em escala.</p><p>As cooperativas distinguem-se das demais sociedades, principalmente, pelas seguintes características:</p><p>· número mínimo de associados: 20.</p><p>· número máximo de associados: ilimitado.</p><p>· privilegia os lados econômico e social dos associados.</p><p>· o cooperado é dono e usuário da cooperativa.</p><p>· limitação do número de quotas partes do capital para cada associado, facultado, porém, o estabelecimento de critérios de proporcionalidade, se assim for mais adequado para o cumprimento dos objetivos sociais.</p><p>· quórum para o funcionamento e deliberação da Assembleia Geral baseado no número de associados e não no capital.</p><p>· não tem lucro, mas sobras líquidas, que são retornadas aos associados, proporcionalmente às operações realizadas pelos mesmos, salvo deliberação em contrário da Assembleia Geral.</p><p>· prestação de assistência aos associados, e, quando previsto nos estatutos, aos empregados da cooperativa.</p><p>· área de admissão de associados limitada às possibilidades de reunião, controle, operações e prestação de serviços.</p>