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<p>GUSTAVO PALMA</p><p>ALINE FERNANDA | RA: T930200</p><p>UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP</p><p>técnicas retrospectivas</p><p>Atividades Práticas Supervisionadas</p><p>APS -</p><p>MUSEU</p><p>Projeto original do Museu do Ipiranga Arquiteto: Tommaso</p><p>Gaudenzio Bezzi</p><p>Estilo arquitetônico: Neoclássico</p><p>Período de construção: 1885-1890</p><p>Localização: Parque da Independência, São Paulo, Brasil</p><p>Área total: Cerca de 11.000 metros quadrados</p><p>Características arquitetônicas: O edifício possui uma fachada</p><p>imponente com colunas jônicas, elementos decorativos neoclássicos e</p><p>uma escadaria frontal. É composto por três pavimentos, incluindo um</p><p>porão.</p><p>O Museu Paulista da Universidade de São Paulo, também conhecido</p><p>como Museu do Ipiranga ou Museu Paulista, é o mais antigo museu</p><p>público de São Paulo. Localizado no Parque da Independência, sua</p><p>sede é um monumento-edifício de destaque. É considerado o museu</p><p>mais significativo da Universidade de São Paulo e um dos mais</p><p>populares na cidade.</p><p>Inaugurado em 7 de setembro de 1895 com o nome de Museu de</p><p>História Natural, este museu é um símbolo importante da</p><p>Independência do Brasil. Desde 1963, está vinculado à Universidade de</p><p>São Paulo como uma instituição dedicada à pesquisa, ensino e</p><p>extensão, com foco na área da História.</p><p>Figura 01: Imagem aérea</p><p>Fonte: .wikipedia.org</p><p>PAULISTA (IPIRANGA)</p><p>Figura 02: Imagem da fachada.</p><p>Fonte: archdaily</p><p>FICHA TÉCNICA</p><p>BREVE HISTÓRICO</p><p>O Museu do Ipiranga, reconhecido como um ícone da independência, foi</p><p>construído entre 1885 e 1890, tornando-se um símbolo significativo da</p><p>história do Brasil. Em 1963, foi integrado à Universidade de São Paulo</p><p>(USP) e ao Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC), embora desde</p><p>1934 já fosse considerado um instituto complementar, devido à</p><p>colaboração de muitos professores da USP em pesquisas desenvolvidas</p><p>no museu, o que levou à sua administração pela USP.</p><p>Sua fundação ocorreu em 7 de setembro de 1895, por iniciativa do então</p><p>presidente de São Paulo, Bernardino de Campos, e do diretor do Museu</p><p>Paulista, Hermann von Ihering, com o propósito de preservar e exibir a</p><p>história e a cultura do Brasil. Seu acervo abrange pinturas, esculturas,</p><p>mobiliário, objetos históricos, documentos, fotografias e outros artefatos,</p><p>muitos dos quais relacionados à Independência do Brasil, à história de São</p><p>Paulo e à cultura nacional.</p><p>Localizado nas proximidades do local onde o príncipe regente Dom Pedro I</p><p>proclamou a independência do Brasil em 7 de setembro de 1822, o museu</p><p>é considerado um símbolo crucial da independência e da história nacional</p><p>brasileira.</p><p>Em 2013, o Museu do Ipiranga foi fechado para passar por um processo de</p><p>restauração e modernização do edifício, visando à recuperação estrutural</p><p>do Palácio do Ipiranga e à melhoria das condições de preservação do</p><p>acervo. Durante esse período, o museu realizou exposições temporárias e</p><p>atividades educativas em outros locais.</p><p>Reabertura: 07/09/ 2022</p><p>figura 3 - Fotografia do Museu 1892.</p><p>Fonte: museudoipiranga.org</p><p>DADOS DO TOMBAMENTO</p><p>IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional</p><p>Nome atribuído: Coleções arqueológicas, etnográficas, artísticas e</p><p>históricas do Museu Paulista da Universidade de São Paulo.</p><p>Localização: Museu Paulista da Universidade de São Paulo – Av. D. Pedro</p><p>I – Ipiranga – São Paulo-SP</p><p>Número do Processo: 0139-T-38 Livro Belas Artes: Nº inscr. 027, vol. 1, f.</p><p>006, 15/04/1938.</p><p>Descrição: Coleções arqueológicas, etnográficas, artísticas e históricas do</p><p>Museu Paulista (Ipiranga).</p><p>CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,</p><p>Arqueológico, Artístico e Turístico</p><p>Nome atribuído: Coleção Artística do Museu Paulista – Ipiranga</p><p>Localização: Av. D. Pedro I – Ipiranga – São Paulo-SP</p><p>Número do Processo: 00342/73</p><p>Resolução de Tombamento: ex-officio, IPHAN em 15/04/1938 (Sem</p><p>Publicação no D.O.E.)</p><p>Livro do Tombo Histórico: Nº inscr. 130, p. 5, s.d.</p><p>CONPRESP – Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio</p><p>Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo</p><p>Nome atribuído: Coleção Artística do Museu Paulista da USP</p><p>Localização: Av. D. Pedro I – Ipiranga – São Paulo-SP</p><p>Resolução de tombamento: Resolução 05, de 05/04/1991 figura 4 - Imagem do campo do Ipiranga 1893. Antônio Parreiras.</p><p>Fonte: museudoipiranga.org</p><p>PROJETO DE RESTAURO</p><p>Em outubro de 2019, deram início às obras de restauração do Museu do</p><p>Ipiranga, que passou por uma reforma completa em sua estrutura</p><p>arquitetônica.</p><p>As fachadas, totalizando 7.600 metros quadrados, foram restauradas pela</p><p>primeira vez de maneira abrangente. Isso incluiu uma meticulosa limpeza e</p><p>decapagem, seguida pela aplicação de argamassa e pintura. Um estudo</p><p>estratigráfico foi realizado em conjunto com a decapagem para recuperar a</p><p>cor original do local.</p><p>Para a pintura, foi utilizada uma tinta mineral especialmente desenvolvida</p><p>para o edifício, que permite a troca de umidade entre a cal do prédio e o</p><p>ambiente. Além disso, os ornamentos foram restaurados. As paredes e o</p><p>teto passaram por um tratamento semelhante, incluindo reparos em</p><p>trincas, limpeza, decapagem, aplicação de argamassa e posterior pintura.</p><p>Os elementos de marcenaria, como as 450 portas e janelas, foram</p><p>catalogados, removidos e restaurados em oficinas localizadas no canteiro</p><p>de obras, sendo recolocados em seus devidos lugares. Da mesma forma,</p><p>os 1.900 metros quadrados de assoalho que revestem o piso do edifício</p><p>foram restaurados. Até mesmo os pisos de ladrilho hidráulico franco-</p><p>alemão passaram por um processo de restauração.</p><p>figura 4 - Imagem dos ladrilhos, tetos e piso.</p><p>Fonte: jornalzonasul</p><p>ACESSIBILIDADE</p><p>Com foco na acessibilidade, foram implementadas melhorias no Museu,</p><p>como a instalação de elevadores, pisos táteis e escadas rolantes, tornando</p><p>todos os espaços acessíveis para pessoas com deficiência (PCD).</p><p>Uma intervenção estrutural significativa foi a adição de uma torre central,</p><p>que abriga elevadores, escadas protegidas, sanitários, áreas técnicas e</p><p>instalações. Essa torre foi inserida na porção sul central do edifício, que já</p><p>tinha uma configuração modificada devido a funções semelhantes.</p><p>Para aumentar a iluminação natural, foi instalada uma claraboia de</p><p>estrutura metálica e vidro no coroamento central do edifício. Isso permitiu a</p><p>criação de uma nova sala expositiva e, na cobertura, foi criado um mirante</p><p>ao ar livre.</p><p>figura 5 - Imagem claraboia.</p><p>Fonte: archdaily</p><p>figura 6 - Imagem da escada rolante adicionada no restauro</p><p>Fonte: archdaily</p><p>ANÁLISE DE INTERVENÇÃO</p><p>figura 7: Planta Subsolo</p><p>Fonte: Planta retirada. Vitruvius</p><p>Construção de auditório.</p><p>Novas escadas internas, para conexão entre o átrio novo e a escada</p><p>existente de acesso ao antigo saguão.</p><p>LEGENDA</p><p>Alas leste e oeste com duas salas de 500m² com painéis para</p><p>subdivisão em quatro salas de 250m² e possibilidade de</p><p>transformação em auditório para uma capacidade de 200 pessoas,</p><p>cada sala.</p><p>Liberação do subsolo existente, reestabelecendo sua função original,</p><p>de ventilação natural.</p><p>Abertura para continuidade visual do parque, a partir dos espaços</p><p>internos do subsolo.</p><p>Criação de rampas internas de ligação com o edifício monumento.</p><p>Inserção de dois eixos de circulação vertical, e serviços de apoio no</p><p>bloco central, conectados pelas rampas, afim de garantir a</p><p>acessibilidade.</p><p>Localização e independência de circulação, abrigara parte das áreas</p><p>educativas.</p><p>Inserção de dois eixos de circulação vertical, a fim de adequar o</p><p>museu para acessibilidade.</p><p>LEGENDA</p><p>Criação de novo espaço coberto em vidro, ao saguão principal sob a</p><p>esplanada, por meio de escadas mecânicas e elevador.</p><p>Inserção de mezanino no bloco sul, e troca de elevadores.</p><p>Salas existentes, foram interligadas por aberturas em porticó de vidro,</p><p>para dar continuidade as salas expositivas.</p><p>Remoção da vegetação nas laterais das rampas existentes, e abertura</p><p>para iluminação da area de ligação do subsolo a edifício monumento.</p><p>figura 8: Planta Térreo</p><p>Fonte: Planta retirada. Vitruvius</p><p>Decapagem dos ornamentos das loggias para nova pintura, e</p><p>instalação de canaleta, para impedir que entre agua da chuva.</p><p>Salas existentes, foram interligadas</p><p>por aberturas em pórtico de vidro,</p><p>para dar continuidade as salas expositiva.</p><p>LEGENDA</p><p>Inserção de dois eixos de circulação vertical, a fim de adequar o</p><p>museu para acessibilidade.</p><p>Inserção de mezaninos no bloco sul e troca do elevador.</p><p>Bloco sul, por sua localização e independência de circulação, abrigara</p><p>parte das áreas educativas.</p><p>Restauro do salão nobre e decapagem dos ornamentos para uma</p><p>nova pintura.</p><p>figura 9: Planta 1 Pavimento</p><p>Fonte: Planta retirada. Vitruvius</p><p>figura 10: Planta 2 Pavimento</p><p>Fonte: Planta retirada. Vitruvius</p><p>Instalação de painéis fotovoltaicos em parte da nova cobertura das</p><p>alas leste e oeste.</p><p>Criação de nova Galeria expositiva no bloco central.</p><p>LEGENDA</p><p>Bloco sul - Novo mezanino parcial, criação de sanitários e troca de</p><p>elevador.</p><p>Substituição das coberturas das alas leste e oeste, inserção de piso</p><p>elevado sobre parte da cobertura nova, para criação de pátio de estar</p><p>/café</p><p>Inserção de dois eixos de circulação vertical, a fim de adequar o</p><p>museu para acessibilidade.</p><p>Inserção de passarela fechada com vidro e coberta para interligação</p><p>das alas leste e oeste das torres.</p><p>Adequações da área interna das torres, nova cobertura de vidro, forro</p><p>translúcidentes, foram interligadas por aberturas em pórtico de vidro,</p><p>para dar continuidade as salas expositiva.</p><p>Adequações da área interna das torres, nova cobertura de vidro, forro</p><p>translúcido, painéis expositivos em frente as janelas existentes.</p><p>CARTAS PATRIMONIAIS</p><p>O projeto de restauração do Museu do Ipiranga foi fundamentado na Carta</p><p>de Veneza, como evidenciado em diversos aspectos. O artigo 3º da Carta</p><p>estabelece que o objetivo do restauro é preservar a obra e seu significado</p><p>histórico, uma diretriz seguida no projeto de restauração. Além disso, o</p><p>artigo 10º da Carta permite o uso de materiais modernos, desde que</p><p>devidamente justificados por estudos, uma possibilidade contemplada no</p><p>projeto.</p><p>A importância de preservar as contribuições históricas é ressaltada no</p><p>artigo 11º, enquanto o artigo 12º destaca a necessidade de evitar qualquer</p><p>forma de falsificação de arte e história, princípios que nortearam o</p><p>processo de restauração do museu. O artigo 13º especifica que</p><p>acréscimos são aceitáveis apenas se mantiverem a integridade das partes</p><p>interessantes, os esquemas tradicionais e o equilíbrio da composição, uma</p><p>diretriz seguida no projeto de restauração.</p><p>É relevante destacar que o projeto de restauração também se</p><p>comprometeu com os princípios do Desenho Universal, que preconiza</p><p>espaços de uso democrático, garantindo condições igualitárias de acesso</p><p>e uso para todos os públicos. Isso implica tornar os espaços acessíveis a</p><p>todos e garantir que as experiências sejam desfrutadas por todos os</p><p>visitantes do museu.</p><p>Carta de Veneza, Maio de 1964</p><p>Figura 11: Imagem aérea</p><p>Fonte: esperengenharia</p><p>CIDADE</p><p>Cidade Matarazzo Projeto original, arquitetos responsáveis: Luigi</p><p>Pucci e Giulio Micheli</p><p>Ano de Inauguração: 1904</p><p>Uso original: Hospital Humberto Primo</p><p>Estilo Arquitetônico: Neoclássico</p><p>Arquitetos responsáveis: Jean Nouvel e Phillipe Stark Arquitetos: Júlio</p><p>Roberto Katinsky e Helena Ayoub Engenheiros: Mario Franco e</p><p>Carlos E.M. Maffei</p><p>Início da construção: 2014</p><p>Proprietário atual: Alexandre Allard</p><p>Cidade: São Paulo</p><p>País: Brasil</p><p>MATARAZZO</p><p>Figura 12: Imagem do complexo</p><p>Fonte: live.apto.vc/cidade-matarazzo</p><p>FICHA TÉCNICA</p><p>BREVE HISTÓRICO</p><p>Inicialmente, o edifício era conhecido como Hospital Matarazzo, construído</p><p>em 1904 pela Società Italiana di Beneficenza. Os renomados arquitetos</p><p>italianos Luigi Pucci e Giulio Micheli foram os responsáveis pelo projeto</p><p>desta magnífica estrutura de estilo neoclássico, que se destacava por suas</p><p>várias alas. Ao longo dos anos, novas edificações foram adicionadas ao</p><p>seu entorno, ampliando ainda mais sua complexidade.</p><p>O slogan "A saúde dos ricos para os pobres" refletia a missão do hospital,</p><p>que tinha como objetivo principal atender imigrantes italianos e seus</p><p>descendentes, tornando os cuidados médicos acessíveis a todos. A</p><p>associação com o nome do Conde Francesco Matarazzo, um dos</p><p>principais administradores da época, levou as pessoas a popularizarem o</p><p>nome "Hospital Matarazzo".</p><p>Em 1922, foi erguida a Capela de Santa Luzia, sob a responsabilidade do</p><p>arquiteto italiano Giovanni Battista Bianchi. Com sua fachada neoclássica,</p><p>vitrais originais e detalhes em scagliola, um material que imita mármore, a</p><p>capela se destacava pela sua beleza e singularidade. Em 1943, a</p><p>Maternidade Condessa Filomena Matarazzo foi construída por ordem da</p><p>própria condessa, seguindo o estilo neoclássico e apresentando uma</p><p>estética simétrica.</p><p>Em reconhecimento à sua importância histórica e arquitetônica, o</p><p>complexo foi tombado pelo CONDEPHAAT como patrimônio histórico em</p><p>1986. No entanto, em 1993, o hospital declarou falência e encerrou suas</p><p>atividades. Em 1996, a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do</p><p>Brasil (Previ) adquiriu o complexo com o objetivo de construir um shopping</p><p>e um hotel de luxo. No entanto, devido às restrições impostas pelo</p><p>tombamento, esses planos não puderam ser concretizados, deixando o</p><p>complexo abandonado. Em 1998, o local foi invadido por pessoas em</p><p>situação de rua.</p><p>Figura 13: O antigo Hospital Humberto Primo foi inaugurado em 1904</p><p>Fonte: blog.archtrends.com</p><p>Figura 14: Foto da Capela Santa Luzia</p><p>Fonte: blog.archtrends.com</p><p>Capela</p><p>Casa de saúde</p><p>Ermelino Matarazzo</p><p>Cozinha, lavanderia e</p><p>refeitórios</p><p>CRONOLOGIA CONSTRUTIVA</p><p>Casa de saúde</p><p>Francisco Matarazzo</p><p>Pavilhão de</p><p>ambulatóriosPavilhão administrativo</p><p>Pavilhão Vitório</p><p>Emanuelle III</p><p>Clínica pediátrica Amélia</p><p>de Camillis</p><p>Ampliação do prédio</p><p>hospitalar</p><p>Maternidade Condessa</p><p>Filomena Matarazzo</p><p>1 2 3</p><p>4 5 6</p><p>7 8</p><p>9 10</p><p>Figura 15: Cronologia Construtiva</p><p>fonte: Acervo Cidade Matarazzo</p><p>Preservação integral, admitidas pequenas reformas internas</p><p>Preservação da fachadas, coberturas e gabaritos</p><p>NÍVEIS DE PROTEÇÃO</p><p>Preservação da volumetria</p><p>DADOS DO TOMBAMENTO</p><p>CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,</p><p>Arqueológico, Artístico e Turístico</p><p>Localização: Alameda Rio Claro, 190 – Bela Vista</p><p>Número do Processo: 23374/85</p><p>Resolução de Tombamento: Resolução SC 13, de 18/02/2014 (obs.:</p><p>revogou a Resolução 29 de 30/07/86)</p><p>Livro do Tombo Histórico: inscrição nº 255, 23/01/1987, p. 67 e 68</p><p>Figura 17: Resolução de Tombamento.</p><p>Fonte: Boulevard Matarazzo, 2012.</p><p>PROJETO DE RESTAURO</p><p>IMPLANTAÇÃO</p><p>O projeto está em pleno desenvolvimento, com foco na execução da</p><p>estrutura da torre multifuncional, na área de estacionamento e na</p><p>restauração da Capela e da Maternidade.</p><p>RESTAURAÇÃO DA CAPELA</p><p>A restauração completa da capela está em curso, utilizando tijolos maciços</p><p>apoiados em alicerces e revestidos com argamassa de cal. Os interiores</p><p>são adornados com escaiola, enquanto o piso é de mármore original. A</p><p>capela ostenta vitrais originais e mobiliário preservado. A cobertura,</p><p>originalmente composta por madeira e telhas francesas, agora receberá</p><p>um forro de gesso em substituição ao estuque danificado. O piso,</p><p>anteriormente alterado para cerâmica, será revertido para mármore, similar</p><p>ao do altar, embora com um padrão distinto para diferenciação. Devido aos</p><p>danos significativos, o forro de estuque será removido e substituído por</p><p>gesso. Para adaptar a capela a novos usos, serão instalados sistemas</p><p>hidrossanitários e elétricos com foco na acessibilidade universal. O</p><p>escritório JKMF realizou cálculos que possibilitaram a transferência dos</p><p>esforços verticais para uma fundação mais profunda, garantindo a</p><p>estabilidade estrutural necessária para o projeto.</p><p>Figura 18: Esquema das fundações da Capela Santa Luzia e Vista geral</p><p>(fonte: Acervo Cidade Matarazzo).</p><p>A RESTAURAÇÃO DA MATERNIDADE</p><p>O processo de restauração da Maternidade envolve a renovação das</p><p>fachadas, intervenções pontuais nos elementos internos e ajustes na</p><p>volumetria. O restauro das fachadas já está em andamento, com ênfase na</p><p>aplicação de argamassa e recondicionamento dos caixilhos. Além disso,</p><p>serão realizadas adaptações para atividades hoteleiras.</p><p>O uso de argamassa substituirá</p><p>o reboco e o emboço, uma solução</p><p>adotada devido ao estado de deterioração observado após o processo de</p><p>hidrojateamento. Após a remoção do biofilme, foram identificados</p><p>desplacamentos nos revestimentos externos, porém a massa grossa</p><p>apresentou-se em bom estado. Optou-se então por aplicar uma velatura</p><p>com cor de argamassa diferente, destacando a intervenção realizada. As</p><p>venezianas originais foram retiradas para passar por um processo de</p><p>restauração, que inclui lixamento, reparos em peças danificadas,</p><p>tratamento contra insetos e aplicação de massa e pintura.</p><p>Os marcos também foram restaurados localmente seguindo os mesmos</p><p>procedimentos. As folhas internas foram substituídas por caixilhos</p><p>acústicos, comuns em ambientes hoteleiros.</p><p>TECNOLOGIAS APLICADAS</p><p>Os esforços estruturais empregados incluíram a instalação de uma mão</p><p>francesa e um tirante, permitindo a rotação da fundação original. Isso</p><p>possibilitou a liberação dos níveis inferiores para escavação e construção</p><p>do lobby do hotel.</p><p>Figura 19: Vista geral das restaurações (fonte: Acervo Cidade Matarazzo)</p><p>Figura 20: Reforços estruturais (fonte: Acervo Cidade Matarazzo)</p><p>O HOTEL</p><p>A torre irá ter 100m de altura, que se desenvolvera em diferentes níveis,</p><p>que contará com terraços e jardins suspensos, com arvores de médio</p><p>porte. O edifício irá conter 151 quartos de hospedes e 122 suítes</p><p>residenciais, dois restaurantes, caviar lounge, piscina, três piscinas spa e</p><p>espaço fitness</p><p>Figura 21 e 22: Vista para a fachada sudoeste e Entrada pela rua Itapeva.</p><p>Fonte: archdaily</p><p>Figura 23: A Torre Mata Atlântica</p><p>Fonte: ArqSC</p><p>CARTAS PATRIMONIAIS</p><p>O projeto de restauro evidencia sua inspiração na Carta de Veneza,</p><p>refletindo-se nos princípios delineados em seus artigos. O artigo 9º</p><p>destaca a importância do uso de materiais originais e documentos</p><p>autênticos, enquanto o artigo 10º permite a aplicação de técnicas</p><p>modernas mediante cuidadoso estudo prévio. O artigo 11º ressalta a</p><p>validade de todas as contribuições ao longo do tempo, preservando a</p><p>história do edifício sem apagar seu passado. Além disso, o artigo 12º</p><p>orienta que as partes substituídas devem integrar-se harmoniosamente,</p><p>evitando a mera reprodução para evitar falsificações históricas.</p><p>O projeto também se inspirou nos princípios Brandianos, buscando</p><p>intervenções mínimas na Maternidade e na Capela, apesar da construção</p><p>de anexos significativos, como o hotel e sua infraestrutura adjacente.</p><p>Além disso, o projeto considerou os princípios do Desenho Universal,</p><p>garantindo a acessibilidade das edificações para todos os públicos,</p><p>promovendo a igualdade de acesso e uso.</p><p>Carta de Veneza, Maio de 1964</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>https://jornal.usp.br/institucional/museu-do-ipiranga-conclui-obras-de-restauro-de-seu-edificiomonumento/</p><p>https://www.archdaily.com.br/br/994350/modernizacao-e-restauro-do-museu-do-ipiranga-h-plusf-arquitetos</p><p>https://causp.gov.br/museu-do-ipiranga-reabre-com-projeto-de-restauro-selecionado-emconcurso/</p><p>https://www.saopauloinfoco.com.br/museu-do-ipiranga/</p><p>https://revistarestauro.com.br/a-preparacao-do-museu-do-ipiranga-para-o-bicentenario-daindependencia-em-2022/</p><p>https://blog.archtrends.com/cidade-matarazzo/</p><p>https://revistarestauro.com.br/obras-e-reuso-do-antigo-hospital-matarazzo/</p><p>https://veja.abril.com.br/brasil/capela-suspensa-santa-luzia-hospital-matarazzo-umberto-i</p><p>http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/226</p><p>http://condephaat.sp.gov.br/benstombados/hospital-e-maternidade-humberto-primo/</p><p>https://www.archdaily.com.br/br/785210/jean-nouvel-divulga-projeto-de-torre-em-sao-paulo</p><p>http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Carta%20de%20Veneza%201964.pdf</p><p>https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/23.268/8750</p><p>ESTAÇÃO DE NOVA</p><p>PAULICÉIA</p><p>CROQUIS DA SITUAÇÃO ATUAL</p><p>Desenhado por Aline Fernanda</p><p>Desenhado por Aline Fernanda</p><p>Desenhado por Aline Fernanda</p><p>Desenhado por Aline Fernanda</p><p>Desenhado por Amanda Ribeiro</p><p>CROQUIS DA PROPOSTA DE</p><p>INTERVENÇÃO</p><p>Desenhado por Amanda Ribeiro</p><p>Desenhado por Amanda Ribeiro</p><p>Desenhado por Amanda Ribeiro</p>