Prévia do material em texto
<p>LICITAÇÕES</p><p>1. SUMÁRIO</p><p>2. INTRODUÇÃO.........................................................................................................4</p><p>3. NOÇÕES GERAIS...................................................................................................5</p><p>3.1 CONCEITO ..............................................................................................................7</p><p>3.1.1 Licitar.......................................................................................................................8</p><p>3.2 PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO....................................................................................9</p><p>3.2.1 Legalidade..............................................................................................................10</p><p>3.2.2 Igualdade ou isonomia...........................................................................................10</p><p>3.2.3 Publicidade.............................................................................................................10</p><p>3.2.4 Moralidade..............................................................................................................10</p><p>3.2.5 Probidade Administrativa........................................................................................11</p><p>3.2.6 Eficiência................................................................................................................11</p><p>3.2.7 Sigilo das propostas...............................................................................................11</p><p>3.2.8 O princípio da probidade administrativa.................................................................11</p><p>3.2.9 O princípio da transparência..................................................................................12</p><p>3.2.10 Princípios do planejamento, eficácia, economicidade e celeridade.....................12</p><p>3.2.11 Princípios da segregação de funções, motivação, vinculação ao edital e julgamento</p><p>objetivo.................................................................................................................................13</p><p>3.2.12 O princípio da motivação.......................................................................................13</p><p>3.2.13 O princípio do julgamento objetivo.........................................................................13</p><p>3.2.14 O princípio da competitividade...............................................................................14</p><p>3.2.15 O princípio do desenvolvimento nacional sustentável...........................................14</p><p>3.3 NOVOS CONCEITOS TRAZIDOS NA LEI 14.133/21................................................14</p><p>3.3.1 Das definições..........................................................................................................15</p><p>3.4 OBJETIVOS DO PROCESSO LICITATÓRIO............................................................19</p><p>3.5 EDITAL ......................................................................................................................22</p><p>3.6 AGENTES PÚBLICOS...............................................................................................23</p><p>3.6.1 Agente de Contratação............................................................................................24</p><p>3.6.2 Autoridade Superior.................................................................................................25</p><p>3.6.3 Comissão de Licitação.............................................................................................25</p><p>3.7 MODALIDADES ........................................................................................................26</p><p>3.7.1 Concorrência............................................................................................................26</p><p>3.7.2 Pregão......................................................................................................................27</p><p>3.7.3 Leilão........................................................................................................................29</p><p>3.7.4 Diálogo Competitivo.................................................................................................30</p><p>4. MATERIAL DE APOIO.................................................................................................32</p><p>5. REFERÊNCIAS .............................................................................34</p><p>2. INTRODUÇÃO</p><p>Caro(a) Aluno(a),</p><p>No material a seguir vamos buscar uma analise dos principais aspectos</p><p>relativos à licitação, instituto jurídico intrincado e discutido do Direito Adminis-</p><p>trativo, cujas noções teóricas, no trepasse para o campo pratico, nem sempre</p><p>tem merecido a necessária atenção, constituindo motivo de dúvidas e intermi-</p><p>náveis polemicas.</p><p>Dessa forma também iremos analisar a nova Lei nº 14.133, de 1º de</p><p>abril de 2021, estabelece normas gerais de licitação e contratação para as Ad-</p><p>ministrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Esta-</p><p>dos, do Distrito Federal e dos Municípios.</p><p>Portanto, o Estado sozinho não é capaz de prover todos os serviços de</p><p>que a sociedade necessita, então, com o objetivo de garantir o suprimento</p><p>dessas necessidades a Administração Pública deve contratar uma empresa</p><p>para realizar o serviço desejado. Advindo desta necessidade, surge o conflito</p><p>de "Qual empresa escolher?" (com o grande mercado que possuímos, tem-se</p><p>uma vasta gama de empresas que podem fornecer o serviço desejado) e com</p><p>isto o Estado irá recorrer à licitação.</p><p>Bom curso a todos!</p><p>3. NOÇÕES GERAIS</p><p>A licitação é uma forma do Estado de garantir a igualdade de oportuni-</p><p>dades a todos os interessados em prestar o serviço desejado (de forma impar-</p><p>cial, objetiva e seguindo os princípios impostos da Administração Pública) e</p><p>garantir a escolha de uma proposta mais vantajosa para o Estado.</p><p>Art. 62 da Lei Federal nº 14.133/2021, Nova Lei de Licitações, a fase</p><p>de habilitação da licitação se divide em:</p><p>I. Jurídica.</p><p>II. Técnica.</p><p>III. Fiscal, social e trabalhista.</p><p>IV. Econômico-financeira.</p><p>O novo regramento sobre Licitações e Contratos Administrativos foi ins-</p><p>tituído pela Lei nº 14.133/2021 e trouxe uma série de inovações, tais como a</p><p>exclusão das modalidades de carta-convite e tomada de preços e a inclusão de</p><p>uma nova modalidade: o diálogo competitivo.</p><p>A nova regra também estabelece que os processos ocorrerão prefe-</p><p>rencialmente por meios digitais (art. 12, inciso VI). As licitações presenciais vi-</p><p>ram exceção, devem ser justificadas e ter as sessões obrigatoriamente regis-</p><p>tradas em ata e gravadas em áudio e vídeo.</p><p>Novos princípios, como a segregação de funções e planejamento;</p><p>o Regras de governança voltadas à atuação dos agentes públicos</p><p>envolvidos no processo, como medidas antinepotismo; obrigação de os agen-</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm</p><p>tes de contratação serem servidores ou empregados dos quadros permanentes</p><p>da Administração Pública; emprego da gestão por competências, entre outros;</p><p>o Os tipos de licitação passam a ser chamados de critérios de jul-</p><p>gamento, com destaque para o critério do maior retorno econômico;</p><p>o Mesmo rito procedimental para pregão e concorrência, com o jul-</p><p>gamento das propostas ocorrendo antes da habilitação, como regra.</p><p>o Inserção de mais critérios de sustentabilidade, com enfoque sobre</p><p>a dimensão social (possibilidade da exigência de percentual mínimo de contra-</p><p>tação de mulheres vítimas de violência doméstica e/ou egressos do sistema</p><p>prisional à contratada envolvida com o objeto da licitação);</p><p>o Novas formas de execução indireta de obras e serviços de enge-</p><p>nharia como: fornecimento e prestação de serviço associado, contratação</p><p>inte-</p><p>grada e semi-integrada;</p><p>o Preocupação em viabilizar as licitações internacionais, definida</p><p>como a processada em território nacional na qual é admitida a participação de</p><p>licitantes estrangeiros, com a possibilidade de cotação de preços em moeda</p><p>estrangeira, ou licitação na qual o objeto contratual pode ou deve ser executa-</p><p>do no todo ou em parte em território estrangeiro (art. 6º, inciso XXXV);</p><p>o Possibilidade de utilizar o sistema de registro de preços para dis-</p><p>pensas e inexigibilidades;</p><p>o Consagração da pré-qualificação (um dos ditos procedimentos</p><p>auxiliares) para objeto a ser contratado pela Administração, como já era possi-</p><p>bilitado pela jurisprudência do TCU;</p><p>o Mudanças nas regras de publicação e disponibilização de docu-</p><p>mentos do processo;</p><p>o No caso de sanções administrativas, previsão de regras agravan-</p><p>tes e atenuantes das penas, buscando harmonização com a Lei nº 12.846/2013</p><p>(Lei Anticorrupção);</p><p>o Incentivos para que o setor privado interessado em contratar com</p><p>o Poder Público desenvolva ou aprimore programas de integridade na sua es-</p><p>trutura organizacional;</p><p>o Mudanças e agravamento das sanções penais, inserindo-as dire-</p><p>tamente no Código Penal;</p><p>o Previsão de cláusula contratual definidora de riscos e de respon-</p><p>sabilidades entre as partes e caracterizadora do equilíbrio econômico-</p><p>financeiro inicial do contrato, denominada matriz de riscos;</p><p>o Possibilidade de exigência do seguro-garantia com cláusula de</p><p>retomada em obras e serviços de engenharia de grande vulto;</p><p>o Alteração dos prazos de duração em vários tipos de contratos; e</p><p>o Alteração dos limites máximos para realização de contratações</p><p>por meio de dispensa de licitação em razão do valor.</p><p>3.1 CONCEITO</p><p>Licitação é o procedimento prévio realizado pela administração pública</p><p>para a aquisição de bens ou execução de obras e serviços necessários ao</p><p>atendimento de suas necessidades.</p><p>Licitação é um processo administrativo utilizado pela administração pú-</p><p>blica para selecionar a proposta mais vantajosa para a contratação de bens,</p><p>serviços ou obras, por meio da concorrência entre os interessados em fornecer</p><p>ou prestar tais serviços. A obrigação de licitar está prevista na Constituição Fe-</p><p>deral de 1988, em seu artigo 37, inciso XXI, que determina que as contratações</p><p>de serviços, obras, compras e alienações da administração pública devem ser</p><p>realizadas por meio de licitação, ressalvadas como garantidas em lei.</p><p>Além disso, a Lei de Licitações (Lei 14.133/21) também estabelece a</p><p>obrigatoriedade de licitação para as contratações realizadas pela administração</p><p>pública, salvo nos casos de dispensa e inexigibilidade de licitação previstas na</p><p>própria lei.</p><p>Dessa forma, a obrigatoriedade de licitar é uma garantia constitucional</p><p>de que as contratações realizadas pela administração pública sejam pautadas</p><p>pelos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publici-</p><p>dade e eficiência, buscando sempre a seleção da proposta mais vantajosa para</p><p>o interesse público a Lei 14.133/2021 se aplica a todas as contratações reali-</p><p>zadas pela administração pública direta e indireta, nos poderes Executivo, Le-</p><p>gislativo e Judiciário, nos níveis federal, estadual e municipal.</p><p>3.1.1 Licitar</p><p>É realizar procedimento preparatório para a celebração de contrato en-</p><p>tre a administração e o particular. O porque de licitar é mandamento Constitu-</p><p>cional. (art. 37, inciso XXI da Constituição Federal), visando selecionar a pro-</p><p>posta mais vantajosa para a administração pública, obedecendo o princípio</p><p>constitucional que determina o tratamento igualitário a todos quantos desejam</p><p>participar da Licitação.</p><p>3.2 PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO</p><p>Primeiramente, é importante destacar que existe uma previsão consti-</p><p>tucional para que a Administração Pública proceda à licitação e, posteriormen-</p><p>te, à perfectibilização de um contrato administrativo (artigo 37, inciso XXI, da</p><p>CF/88):</p><p>Art. 37. (…)</p><p>XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as</p><p>obras, serviços, compras e alienações serão contratados medi-</p><p>ante processo de licitação pública que assegure igualdade de</p><p>condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabe-</p><p>leçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efeti-</p><p>vas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as</p><p>exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis</p><p>à garantia do cumprimento das obrigações.</p><p>A Lei 14.133/2021 dispõe em seu artigo 5º:</p><p>Art. 5º Na aplicação desta Lei, serão observados os princípios</p><p>da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicida-</p><p>de, da eficiência, do interesse público, da probidade administra-</p><p>tiva, da igualdade, do planejamento, da transparência, da efi-</p><p>cácia, da segregação de funções, da motivação, da vinculação</p><p>ao edital, do julgamento objetivo, da segurança jurídica, da ra-</p><p>zoabilidade, da competitividade, da proporcionalidade, da cele-</p><p>ridade, da economicidade e do desenvolvimento nacional sus-</p><p>tentável, assim como as disposições do Decreto-Lei nº 4.657,</p><p>de 4 de setembro de 1942 (Lei de Introdução às Normas do Di-</p><p>reito Brasileiro).</p><p>Por fim, o artigo 14.133/21 ainda prevê que se deve observar as dispo-</p><p>sições da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB).</p><p>Isso porque a LINDB (Decreto-Lei 4.657/1942) foi alterada pela Lei</p><p>13.655/2018 e passou a prever disposições voltadas ao Direito Administrativo,</p><p>especialmente entre os artigos 20 e 30.</p><p>A observância dos princípios da licitação é um dever da Entidade que</p><p>licita (Administração Pública) e um direito líquido e certo do licitante, podendo</p><p>ser cobrado através de Mandado de Segurança.</p><p>3.2.1 Legalidade: (art.5º; inciso II; C.F/88): Significa que somente será</p><p>legítimo qualquer ato administrativo, pertinente ao procedimento licitatório, se</p><p>obedecer às determinações constantes da Lei 8.666/93. Ninguém será obriga-</p><p>do a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.</p><p>O princípio da legalidade, previsto no artigo 5º da Lei 14.133/2021, é</p><p>um dos pilares das licitações e contratações públicas. Ele estabelece que todas</p><p>as etapas do processo licitatório e da inscrição devem obedecer à legislação e</p><p>às normas rigorosas. Na prática, isso significa que a administração pública só</p><p>pode realizar contratações por meio de licitação, exceto em casos específicos</p><p>previstos na lei.</p><p>Além disso, todas as etapas do processo licitatório devem seguir as re-</p><p>gras previstas na legislação, desde a definição do objeto até a escolha da pro-</p><p>posta mais vantajosa. O princípio da legalidade também determina que as con-</p><p>tratações devem ser pautadas pelo respeito às normas e às obrigações contra-</p><p>tuais, visando a proteção dos públicos envolvidos.</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del4657compilado.htm</p><p>3.2.2 Igualdade ou isonomia: (art. 37, da C.F/88): Significa que não é</p><p>permitido a realização de processo licitatório com discriminação entre os parti-</p><p>cipantes ou com cláusulas de editais que favoreçam a uns e prejudiquem a ou-</p><p>tros. “A igualdade consiste em tratar desigualmente os desiguais e igualmente,</p><p>os iguais” (Aristóteles)</p><p>3.2.3 Publicidade: (art.37, da C.F/88 e art. 3º, parágrafo 3º da lei</p><p>8.666/93): Significa permitir o amplo acesso dos interessados ao certame e</p><p>facultar a verificação da regularidade dos atos praticados no processo. É requi-</p><p>sito absolutamente essencial a regularidade de qualquer licitação.</p><p>3.2.4 Moralidade: (art. 37 da C. F/88): Significa que o administrador</p><p>público deve ser honesto e estar imbuído de princípios morais e éticos. ⇒ Im-</p><p>pessoalidade (art.37, Parágrafo 4º da C F/88; art. 3º, Parágrafo 1º, I e II da Lei</p><p>8.666/93): Significa que o administrador público deve tratar todos de forma</p><p>igual; isto é não pode tratar a uns com benevolência e</p><p>a outros com excessivo</p><p>rigor.</p><p>3.2.5 Probidade Administrativa: (art. 37, Parágrafo 4º da C F/88): Es-</p><p>tá contido no princípio da moralidade. Todo e qualquer ato da Administração</p><p>Pública deverá ser moral ou probo.</p><p>3.2.6 Eficiência: (Caput, art. 37 da C.F/88): Para que o Estado consiga</p><p>atender às necessidades coletivas, faz-se mister que a Administração Pública</p><p>atenda com eficiência.</p><p>3.2.7 Sigilo das propostas: vinculação ao edital, julgamento objetivo e</p><p>procedimento formal são princípios infraconstitucionais.</p><p>Além disso, o princípio da publicidade representa, no âmbito licitatório,</p><p>tanto</p><p>(i) a necessidade de dar transparência às informações quanto</p><p>(ii) uma condição, por vezes, de eficácia do contrato ou ato praticado</p><p>(por exemplo, nos casos do artigo 94 da Lei 14.133/21).</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/l14133.htm#:~:text=condi%C3%A7%C3%A3o%20indispens%C3%A1vel%20para%20a%20efic%C3%A1cia</p><p>3.2.8 O princípio da probidade administrativa: prevê que, no âmbito</p><p>licitatório, deve-se observar a ética, a moralidade, a boa-fé e a legislação. Por-</p><p>tanto, vê-se que se aproxima, em muito, do princípio da moralidade, sendo, por</p><p>vezes, indissociáveis.</p><p>O princípio da Probidade Administrativa, estabelece que a administra-</p><p>ção pública deve pautar suas atividades e decisões pela ética, honestidade,</p><p>transparência e responsabilidade, visando sempre ao interesse público e ao</p><p>bem comum. Na prática, o princípio da probidade administrativa impõe à admi-</p><p>nistração pública a obrigação de agir com integridade, evitando qualquer con-</p><p>duta que possa configurar improbidade administrativa, como o uso indevido de</p><p>recursos públicos, a prática de nepotismo, a concessão de benefícios indevidos</p><p>a particulares, entre outras.</p><p>3.2.9 O princípio da transparência: é consequência do princípio da</p><p>publicidade, isso é, enquanto o princípio da publicidade preconiza a necessida-</p><p>de de divulgação das informações, o da transparência prevê que essas infor-</p><p>mações devem ser claras e acessíveis.</p><p>3.2.10 Princípios do planejamento, eficácia, economicidade e cele-</p><p>ridade: Além disso, o princípio do planejamento, como o próprio nome indica,</p><p>exige que a Administração planeje todas as fases da licitação (interna e exter-</p><p>na).</p><p>Nesse sentido, indica-se a leitura do artigo 18 da NLLC, que trata da</p><p>fase preparatória, prevê um determinado princípio para que a Administração</p><p>promova os devidos estudos e preparos iniciais, visando realizar licitações e</p><p>contratações de acordo com suas necessidades e observando as normas le-</p><p>gais aplicáveis a fim de evitar riscos significativos, minimizar falhas e preparar-</p><p>se para possíveis eventualidades, além de evitar eventuais responsabilizações</p><p>por erros e ilegalidades.</p><p>Tal princípio é essencial para a realização de uma licitação e contrata-</p><p>ção nos melhores moldes possíveis, evitando retrabalhos e desperdícios de</p><p>recursos em todos os seus aspectos, tais como humanos, materiais e financei-</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/l14133.htm#:~:text=do%20Processo%20Licitat%C3%B3rio-,Art.%2018,-.%20A%20fase%20preparat%C3%B3ria</p><p>ros, tornando a gestão pública mais célere e eficiente, além de permitir o alcan-</p><p>ce de seus resultados de acordo com as reais necessidades da Administração.</p><p>A diferença para o princípio da eficiência se dá em razão de este último</p><p>prezar pela atuação administrativa com o menor dispêndio e melhor aproveita-</p><p>mento de seus recursos humano, financeiro, etc.</p><p>Por sua vez, o princípio da economicidade, como o próprio nome apon-</p><p>ta, preconiza que a Administração, sempre que possível, deve agir de forma</p><p>menos custosa possível, sem esquecer, porém, que a proposta mais vantajosa</p><p>nem sempre é a mais barata. Portanto, por este último princípio deve a Admi-</p><p>nistração adotar, em resumo, o melhor custo/benefício em suas escolhas. Por</p><p>fim, o princípio da celeridade demanda que o procedimento licitatório/contratual</p><p>ocorra no menor tempo possível, mantidos os demais padrões de qualidade.</p><p>3.2.11 Princípios da segregação de funções, motivação, vincula-</p><p>ção ao edital e julgamento objetivo: Outrossim, o princípio da segregação de</p><p>funções veda a designação de um mesmo agente público para atuação simul-</p><p>tânea nas funções mais suscetíveis a riscos, de modo a reduzir a possibilidade</p><p>de ocultação de erros e de ocorrência de fraudes na respectiva contratação.</p><p>3.2.12 O princípio da motivação: indica a necessidade de se apontar</p><p>quais foram as razões concretas que fizeram a Administração proceder à licita-</p><p>ção (pressuposto de fato), bem como os fundamentos jurídicos (pressuposto de</p><p>direito) que possibilitam a contratação pretendida.</p><p>Por sua vez, o princípio da vinculação ao edital estabelece que o edital</p><p>da licitação “faz lei” entre as partes. Isso é, tanto a Administração (contratante)</p><p>quanto o contratado devem observar o que consta do edital, pautando suas</p><p>condutas nas previsões editalícias.</p><p>3.2.13 O princípio do julgamento objetivo: estipula que não deve ha-</p><p>ver subjetivismo no âmbito da licitação ou da contratação, de modo a evitar,</p><p>inclusive, a pessoalidade na contratação. Sendo assim, o julgamento deve-se</p><p>pautar por critérios objetivos, os quais constam do artigo 33 da Lei 14.133/21.</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/l14133.htm#:~:text=Dos%20Crit%C3%A9rios%20de%20Julgamento</p><p>Princípios da segurança jurídica, razoabilidade, proporcionalidade,</p><p>competitividade e desenvolvimento nacional sustentável. Primeiramente, des-</p><p>taca-se que a segurança jurídica é necessária não só no âmbito licitatório, mas</p><p>em todos os ramos do Direito. Isso porque é por ela que as relações jurídicas</p><p>se estabilizam, que se forma um vínculo de confiança entre as partes, bem as-</p><p>sim assegura os direitos que se adquiriu, os atos que se praticou, etc.</p><p>Além disso, no que tange aos princípios da razoabilidade e da propor-</p><p>cionalidade, são também conhecidos como princípio da vedação aos excessos.</p><p>Com isso, as limitações impostas pela administração devem guardar</p><p>correlação entre os meios e os fins. Logo, uma exigência técnica de um licitan-</p><p>te, por exemplo, deverá ser razoável, sob o ponto de vista de ser efetivamente</p><p>necessária, sem exageros, para o cumprimento do contrato. Na mesma linha,</p><p>ao aplicar uma penalidade, a administração deverá seguir uma proporção entre</p><p>a gravidade da infração e o nível da sanção.</p><p>3.2.14 O princípio da competitividade: estipula que a licitação deve</p><p>ser, em regra, aberta ao maior número de competidores possíveis. Em verda-</p><p>de, ele efetiva a previsão constitucional do artigo 37, inciso XXI, que dispõe</p><p>sobre a necessidade de se ter um processo de licitação pública que assegure</p><p>igualdade de condições a todos os concorrentes.</p><p>Portanto, a previsão da CF/88, a um só tempo, veicula tanto o princípio</p><p>da competitividade quanto os da impessoalidade e igualdade.</p><p>3.2.15 O princípio do desenvolvimento nacional sustentável: signi-</p><p>fica que as licitações públicas não se destinam apenas a selecionar propostas</p><p>pelo aspecto econômico em sentido estrito, mas que também devem buscar</p><p>resguardar o desenvolvimento nacional sustentável sob as perspectivas eco-</p><p>nômicas e ambientais.</p><p>3.3 NOVOS CONCEITOS TRAZIDOS NA LEI 14.133/21</p><p>A Central de Compras é uma unidade integrante dê algum Órgão. É</p><p>responsável pelo desenvolvimento, proposição é implementação de modelos,</p><p>mecanismos, processos é procedimentos para aquisição, contratação, aliena-</p><p>ção é gestão centralizadas de bens é serviços de uso em comum pelos órgãos.</p><p>Plano contratação Anual - PCA, é o instrumento de governança, elabo-</p><p>rado anualmente pelos órgãos e entidades, contendo todas as contratações</p><p>que se pretende realizar ou prorrogar no exercício subsequente ao de sua ela-</p><p>boração.</p><p>Portal Nacional de Contratações Públicas – PNCP,</p><p>e) modelo de execução do objeto, que consiste na definição de como o</p><p>contrato deverá produzir os resultados pretendidos desde o seu início até o seu</p><p>encerramento;</p><p>f) modelo de gestão do contrato, que descreve como a execução do</p><p>objeto será acompanhada e fiscalizada pelo órgão ou entidade;</p><p>3.4 OBJETIVOS DO PROCESSO LICITATÓRIO</p><p>Como primeira finalidade (artigo 11, I), o processo licitatório tem por ob-</p><p>jetivo "assegurar a seleção da proposta apta a gerar o resultado de contratação</p><p>mais vantajoso para a Administração Pública, inclusive no que se refere ao ci-</p><p>clo de vida do objeto". Quando se refere à vantajosidade, não necessariamente</p><p>o legislador vinculou-se ao preço, estabelecendo uma conexão da relação cus-</p><p>to-benefício, a qual, em certa medida, é extremamente subjetiva.</p><p>É que essa relação caminha pelo também elusivo e inconstante concei-</p><p>to de economicidade, princípio igualmente catalogado no artigo 5º do mesmo</p><p>diploma normativo, sendo necessário, quando da realização do planejamento e</p><p>execução do processo licitatório, diligenciar, esclarecer e bem justificar os mo-</p><p>tivos pelos quais as decisões são mais vantajosas para a Administração Públi-</p><p>ca.</p><p>Ainda quanto ao inciso I do artigo 11 da Lei nº 14.133/2021, o legisla-</p><p>dor caminha no sentido de que a contratação mais vantajosa para a Adminis-</p><p>tração é uma decorrência do ciclo de vida do objeto. Nesse compasso, a justifi-</p><p>cativa seria, aparentemente, mais precisa, porque, possuindo o objeto do con-</p><p>trato um ciclo de vida mais duradouro, a contratação tenderia a ser mais vanta-</p><p>josa. Ocorre que, mesmo nessa hipótese, residem seriíssimos obstáculos, cu-</p><p>jos predições são inauguradas logo no subsequente inciso II.</p><p>A segunda finalidade (art. 11, II) é expressa pelo objetivo de "assegurar</p><p>tratamento isonômico entre os licitantes, bem como a justa competição". Além</p><p>de visar à garantia de um tratamento formal e materialmente igualitário a todos</p><p>os participantes do certame, esse fim se conecta com o anterior da busca pelo</p><p>resultado mais vantajoso, porquanto pretende resguardar a necessária compe-</p><p>titividade na licitação, ainda na fase pré-contratual, é dizer, no processo licitató-</p><p>rio.</p><p>Pelo menos em tese, ao visar à competitividade, o legislador ambicio-</p><p>nou ampliar as possibilidades quantitativas e qualitativas das propostas, tanto</p><p>sob o aspecto horizontal, quanto sob o aspecto vertical. No aspecto horizontal,</p><p>esse objetivo leva à eleição justificada de critérios de habilitação que excluam o</p><p>mínimo possível de pretendentes, a exemplo da vedação geral de discrimina-</p><p>ção em razão da procedência nacional dos licitantes.</p><p>Já na perspectiva vertical, esse objetivo estabelece que as escolhas</p><p>administrativas ponderem, profundamente, os requisitos de qualificação técnica</p><p>e econômica, sob pena de comprometimento da vantajosidade da proposta,</p><p>jamais restrita ao caráter econômico.</p><p>Art. 11. O processo licitatório tem por objetivos:</p><p>I – Assegurar a seleção da proposta apta a gerar o resultado de contra-</p><p>tação mais vantajoso para a Administração Pública, inclusive no que se refere</p><p>ao ciclo de vida do objeto;</p><p>II – Assegurar tratamento isonômico entre os licitantes, bem como a</p><p>justa competição;</p><p>III – Evitar contratações com sobrepreço ou com preços manifestamen-</p><p>te inexequíveis e superfaturamento na execução dos contratos;</p><p>IV – Incentivar a inovação e o desenvolvimento nacional sustentável.</p><p>Intrínseca aos objetivos anteriores, embora já abstratamente provoca-</p><p>dora, a terceira finalidade (artigo 11, III) foi circunstanciada pela necessidade</p><p>de "evitar contratações com sobrepreço ou com preços manifestamente inexe-</p><p>quíveis e superfaturamento na execução dos contratos". Apesar de a nova lei</p><p>também posicionar tal objetivo na posterior fase de execução dos contratos,</p><p>sua aplicação prática depende de uma perfeita e muitas vezes improvável ava-</p><p>liação prévia e prognóstica sobre os detalhes de cada etapa da execução con-</p><p>tratual.</p><p>Sob a regência desse escopo, uma proposta e respectiva projeção de</p><p>resultados que, na fase licitatória, havia sido considerada a mais vantajosa po-</p><p>de vir a ser rechaçada, pelos órgãos de controle, sob a pecha de "superfatura-</p><p>da", condição que passa a adquirir independentemente de não ter havido so-</p><p>brepreço.</p><p>A própria Administração, muitas vezes limitada por seu tímido contin-</p><p>gente de servidores com conhecimentos específicos, acaba por tomar decisões</p><p>questionáveis, já no curso da execução dos contratos, que se mostram contra-</p><p>ditórias com suas posturas anteriores, justamente por não terem sido capazes</p><p>de avaliar, por exemplo, que, no curso do contrato, seria inevitável o reequilí-</p><p>brio econômico-financeiro dos valores inicialmente estipulados e aceitos.</p><p>A inexistência de equivalência entre sobrepreço e consequente super-</p><p>faturamento, em que pese saltar aos olhos, intimida a concessão do direito ao</p><p>reequilíbrio.</p><p>3.5 EDITAL</p><p>De acordo com o Art. 22. O edital poderá contemplar matriz de aloca-</p><p>ção de riscos entre o contratante e o contratado, hipótese em que o cálculo do</p><p>valor estimado da contratação poderá considerar taxa de risco compatível com</p><p>o objeto da licitação e com os riscos atribuídos ao contratado, de acordo com</p><p>metodologia predefinida pelo ente federativo.</p><p>§ 1º A matriz de que trata o caput deste artigo deverá promover a alo-</p><p>cação eficiente dos riscos de cada contrato e estabelecer a responsabilidade</p><p>que caiba a cada parte contratante, bem como os mecanismos que afastem a</p><p>ocorrência do sinistro e mitiguem os seus efeitos, caso este ocorra durante a</p><p>execução contratual.</p><p>§ 2º O contrato deverá refletir a alocação realizada pela matriz de ris-</p><p>cos, especialmente quanto:</p><p>I – Às hipóteses de alteração para o restabelecimento da equação eco-</p><p>nômico-financeira do contrato nos casos em que o sinistro seja considerado na</p><p>matriz de riscos como causa de desequilíbrio não suportada pela parte que</p><p>pretenda o restabelecimento;</p><p>II – À possibilidade de resolução quando o sinistro majorar excessiva-</p><p>mente ou impedir a continuidade da execução contratual;</p><p>III – À contratação de seguros obrigatórios previamente definidos no</p><p>contrato, integrado o custo de contratação ao preço ofertado. § 3º Quando a</p><p>contratação se referir a obras e serviços de grande vulto ou forem adotados os</p><p>regimes de contratação integrada e semi-integrada, o edital obrigatoriamente</p><p>contemplará matriz de alocação de riscos entre o contratante e o contratado.</p><p>§ 4º Nas contratações integradas ou semi-integradas, os riscos decor-</p><p>rentes de fatos supervenientes à contratação associados à escolha da solução</p><p>de projeto básico pelo contratado deverão ser alocados como de sua respon-</p><p>sabilidade na matriz de riscos.</p><p>O conceito de matriz de risco consta no art. 6º, da seguinte forma:</p><p>XXVII – matriz de riscos: cláusula contratual definidora de riscos e de</p><p>responsabilidades entre as partes e caracterizadora do equilíbrio econômico-</p><p>financeiro inicial do contrato, em termos de ônus financeiro decorrente de even-</p><p>tos supervenientes à contratação.</p><p>Basicamente, a matriz de risco define os riscos e as responsabilidades</p><p>que formam o equilíbrio econômico-financeiro. Todo contrato envolve riscos.</p><p>Alguns desses riscos poderão desequilibrar o contrato. É para isso que serve a</p><p>matriz de risco, para estimar eventos que poderão se concretizar ou não, defi-</p><p>nindo a responsabilidade de cada envolvido.</p><p>Fase interna, abertura de processo; elaboração de edital; orçamento;</p><p>designação da comissão de licitação. Fase externa, publicação do edital; rece-</p><p>bimento dos documentos; julgamento das propostas; adjudicação; homologa-</p><p>ção. Em regra, a matriz de alocação de riscos é facultativa. A matriz de aloca-</p><p>ção de riscos será obrigatória para: obras e serviços de grande vulto; regimes</p><p>de contratação integrada e</p><p>semi-integrada.</p><p>3.6 AGENTES PÚBLICOS</p><p>O termo “agente público” é a designação mais genérica possível para</p><p>fazer referência a todas as pessoas que desempenham função pública.</p><p>A nova regra define o agente público como o indivíduo que, em virtude</p><p>de eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de</p><p>investidura ou vínculo, exerce mandato, cargo, emprego ou função em pessoa</p><p>jurídica integrante da Administração Pública.</p><p>A Lei nº 14.133 traz novos conceitos relacionados aos agentes públicos</p><p>que serão parte do processo de licitação e contratações públicas: são o agente</p><p>de contratação, a autoridade superior e a comissão de licitação.</p><p>3.6.1 Agente de Contratação</p><p>O agente de contratação é a pessoa designada pela autoridade compe-</p><p>tente para tomar decisões, acompanhar o trâmite da licitação, dar impulso ao</p><p>procedimento licitatório e executar as atividades necessárias ao bom andamen-</p><p>to do certame. O Art. 8º da Lei Federal nº 14.133/2021 estabelece que, em ge-</p><p>ral, a licitação será conduzida por agente de contratação, pessoa designada</p><p>pela autoridade competente, entre servidores efetivos ou empregados públicos</p><p>dos quadros permanentes da Administração Pública, para tomar decisões,</p><p>acompanhar o trâmite da licitação, dar impulso ao procedimento licitatório e</p><p>executar quaisquer outras atividades necessárias ao bom andamento do cer-</p><p>tame até a homologação.</p><p>A norma anterior previa a formação de uma comissão de licitação para</p><p>a realização do procedimento licitatório. A partir de agora, em regra, não há</p><p>mais a formação dessa comissão.</p><p>O agente de contratação deve ser selecionado entre servidores efeti-</p><p>vos ou empregados públicos dos quadros permanentes da Administração Pú-</p><p>blica.</p><p>Assim, a licitação será conduzida pelo agente de contratação, que deve</p><p>executar as atividades necessárias ao regular andamento do processo licitató-</p><p>rio até a homologação. As regras relativas à atuação do agente de contratação</p><p>e da equipe de apoio, ao funcionamento da comissão de contratação serão</p><p>estabelecidas em regulamento, que deve prever a possibilidade de apoio dos</p><p>órgãos de assessoramento e de controle interno para o desempenho de suas</p><p>funções.</p><p>Em licitação na modalidade pregão, o agente responsável pela condu-</p><p>ção do certame será designado pregoeiro. Este agente terá uma equipe de</p><p>apoio, que irá assessorá-lo; esta equipe, entretanto, não possui poder decisó-</p><p>rio. O agente de contratação responderá individualmente pelos atos que prati-</p><p>car, salvo quando induzido a erro pela atuação da equipe.</p><p>3.6.2 Autoridade Superior</p><p>A autoridade superior assemelha-se à figura da autoridade competente</p><p>da norma anterior.</p><p>A autoridade superior será aquela hierarquicamente superior ao agente</p><p>de contratações, e tem como competência adjudicar e homologar o processo</p><p>de licitação.</p><p>3.6.3 Comissão de Licitação</p><p>Anteriormente, a comissão de licitação era integrada por no mínimo</p><p>três membros, sendo pelo menos dois deles servidores públicos qualificados, e</p><p>tinha como missão direcionar todo e qualquer processo licitatório.</p><p>Atualmente, a comissão de licitação passa a conduzir somente a con-</p><p>tratação de bens e serviços especiais e o processo de diálogo competitivo.</p><p>Bens e serviços especiais são aqueles que, por sua alta heterogenei-</p><p>dade ou complexidade, não podem ser descritos de forma objetiva, por meio de</p><p>especificações usuais de mercado. Em tais casos, é possível, mas não obriga-</p><p>tório o estabelecimento de uma comissão de no mínimo três membros.</p><p>Em licitação que envolva bens ou serviços especiais cujo objeto não</p><p>seja rotineiramente contratado pela Administração, pode ser contratado serviço</p><p>de empresa ou de profissional especializado para assessorar os agentes públi-</p><p>cos responsáveis pela licitação.</p><p>Já no caso do diálogo competitivo, será obrigatória a formação de co-</p><p>missão de licitação com pelo menos três membros.</p><p>3.7 MODALIDADES</p><p>As modalidades de licitação na Lei 8.666/1993 são: concorrência, to-</p><p>mada de preços, convite, concurso e leilão. Sendo que o pregão está discipli-</p><p>nado na Lei 10.520/2002. Com a Nova Lei de Licitações (Lei 14.133/2021), as</p><p>modalidades de convite e tomada de preço foram revogadas. Além disso, uma</p><p>nova modalidade foi criada: o diálogo competitivo.</p><p>Cada uma delas possui suas próprias características e devem ser usa-</p><p>das em situações específicas. Conhecer mais sobre essas modalidades é uma</p><p>ótima forma de aumentar suas chances de sucesso nas licitações.</p><p>3.7.1 Concorrência</p><p>Art. 6º Para os fins desta Lei, consideram-se: (...) XXXVIII - concorrên-</p><p>cia: modalidade de licitação para contratação de bens e serviços especiais e de</p><p>obras e serviços comuns e especiais de engenharia, cujo critério de julgamento</p><p>poderá ser:</p><p>a) menor preço;</p><p>b) melhor técnica ou conteúdo artístico;</p><p>c) técnica e preço;</p><p>d) maior retorno econômico;</p><p>e) maior desconto;</p><p>Hipóteses de aplicação da concorrência: a primeira coisa a se observar</p><p>é que a Lei n° 14.133/2021 abandona o critério pecuniário para determinação</p><p>da possibilidade de uso de cada uma das modalidades.</p><p>O cabimento da concorrência na Nova Lei de Licitações e Contratos é</p><p>fixado por um aspecto material que diz respeito à natureza do objeto e suas</p><p>circunstâncias no mercado. A Lei n° 14.133/2021 adota o conceito de bens e</p><p>serviços especiais como antônimo dos bens e serviços comuns. A Nova Lei de</p><p>Licitações e Contratos reserva ao pregão a contratação de bens e serviços co-</p><p>muns.</p><p>A concorrência, em linhas gerais, fica destinada à contratação de obras</p><p>(comuns e especiais) e de bens e serviços considerados especiais, assim co-</p><p>mo às licitações para os serviços técnicos especializados de natureza predo-</p><p>minantemente intelectual. Primeiramente, vamos buscar definir o que seria a</p><p>obra e os bens e serviços especiais, que são os objetos mais comuns da mo-</p><p>dalidade concorrência.</p><p>Em relação às obras, na sistemática da Lei n° 14.138/2021, elas serão</p><p>quase que sempre licitadas pela modalidade concorrência. Consoante enunci-</p><p>ado pelo parágrafo único do art. 29, não é possível a aplicação do pregão para</p><p>as obras. Além da concorrência, a única modalidade legalmente apta a licitar</p><p>obras no novo regime é o diálogo competitivo, mas apenas em situações espe-</p><p>cíficas (art. 32 da Lei n° 14.133/2021). Por isso, em regra, as obras serão lici-</p><p>tadas pela modalidade concorrência.</p><p>3.7.2 Pregão</p><p>No Pregão o critério de julgamento é menor preço ou maior desconto.</p><p>Não é aplicável para serviços técnicos especializados de natureza predominan-</p><p>temente intelectual, obras e serviços especiais de engenharia.</p><p>O pregão é uma das modalidades que foram mantidas na Lei n°</p><p>14.133/2021 de forma muito semelhante à maneira como é regulada no regime</p><p>tradicional, especificamente na Lei n° 10.520/2002.</p><p>Há semelhança, porque essa modalidade também sofreu algumas alte-</p><p>rações na Nova Lei de Licitações e Contratos, inclusive no que diz respeito a</p><p>características consideradas marcantes para o pregão da Lei n° 10.520/2002.</p><p>A Lei n° 14.133/2021 conceitua o pregão no art. 6° com as seguintes</p><p>palavras: Art. 6° Para os fins desta Lei, consideram-se: (...) XLI - pregão: moda-</p><p>lidade de licitação obrigatória para aquisição de bens e serviços comuns, cujo</p><p>critério de julgamento poderá ser o de menor preço ou o de maior desconto; O</p><p>pregão continua reservado para bens e serviços comuns, mas agora, com o</p><p>comando legal de obrigatoriedade.</p><p>Ou seja, a Nova Lei de Licitações traz ao nível da legalidade o que no</p><p>regime anterior foi imposto por regulamentos. No regime da Lei n°</p><p>14.133/2021, o próprio conceito de pregão já indica que se trata de modalidade</p><p>obrigatória para a aquisição de bens e serviços comuns (art. 6°, XLI). Isso sig-</p><p>nifica dizer que, detectado o cabimento da modalidade</p><p>em estudo, o seu uso é</p><p>obrigatório.</p><p>Para apresentar propostas e lances o prazo é de 08 (oito) dias para</p><p>bens e 10 (dez) dias para serviços. Prazo de impugnação ou esclarecimento do</p><p>edital é de até 03 (três) dias úteis antes da data de abertura do certame. Quan-</p><p>to aos recursos, a Lei impõe duas etapas para a interposição do mesmo em</p><p>qualquer modalidade de licitação, sendo necessário, primeiro, a manifestação</p><p>imediata da intenção de recorrer e, posteriormente, a apresentação das razões</p><p>recursais no prazo de 3 (três) dias úteis (art. 165, inciso I, c/c o §1° do mesmo</p><p>art. 165, da NLLCA).</p><p>As contrarrazões recursais também devem ser apresentadas no mes-</p><p>mo prazo de 3 (três) dias úteis, contados da data de intimação pessoal ou de</p><p>divulgação da interposição do recurso (art. 165, §4°, da Lei n° 14.133/2021).</p><p>3.7.3 Leilão</p><p>Art. 31. O leilão poderá ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor de-</p><p>signado pela autoridade competente da Administração, e regulamento deverá</p><p>dispor sobre seus procedimentos operacionais.</p><p>§ 1º Se optar pela realização de leilão por intermédio de leiloeiro oficial,</p><p>a Administração deverá selecioná-lo mediante credenciamento ou licitação na</p><p>modalidade pregão e adotar o critério de julgamento de maior desconto para as</p><p>comissões a serem cobradas, utilizados como parâmetro máximo os percentu-</p><p>ais definidos na lei que regula a referida profissão e observados os valores dos</p><p>bens a serem leiloados.</p><p>§ 2º O leilão será precedido da divulgação do edital em sítio eletrônico</p><p>oficial, que conterá:</p><p>I - A descrição do bem, com suas características, e, no caso de imóvel,</p><p>sua situação e suas divisas, com remissão à matrícula e aos registros;</p><p>II - O valor pelo qual o bem foi avaliado, o preço mínimo pelo qual po-</p><p>derá ser alienado, as condições de pagamento e, se for o caso, a comissão do</p><p>leiloeiro designado;</p><p>III - A indicação do lugar onde estiverem os móveis, os veículos e os</p><p>semoventes;</p><p>IV - O sítio da internet e o período em que ocorrerá o leilão, salvo se</p><p>excepcionalmente for realizado sob a forma presencial por comprovada inviabi-</p><p>lidade técnica ou desvantagem para a Administração, hipótese em que serão</p><p>indicados o local, o dia e a hora de sua realização;</p><p>V - A especificação de eventuais ônus, gravames ou pendências exis-</p><p>tentes sobre os bens a serem leiloados.</p><p>§ 3º Além da divulgação no sítio eletrônico oficial, o edital do leilão será</p><p>afixado em local de ampla circulação de pessoas na sede da Administração e</p><p>poderá, ainda, ser divulgado por outros meios necessários para ampliar a pu-</p><p>blicidade e a competitividade da licitação.</p><p>§ 4º O leilão não exigirá registro cadastral prévio, não terá fase de habi-</p><p>litação e deverá ser homologado assim que concluída a fase de lances, supe-</p><p>rada a fase recursal e efetivado o pagamento pelo licitante vencedor, na forma</p><p>definida no edital.</p><p>3.7.4 Diálogo Competitivo</p><p>Possibilita que o Poder Público conte com a colaboração do mercado</p><p>para definição do objeto do qual o Estado necessita e, em razão da sua com-</p><p>plexidade, não tem condições de definir sozinho a solução a ser contratada.</p><p>Segundo o Art. 6º, XLII, Lei 14.133/2021:</p><p>XLII - diálogo competitivo: modalidade de licitação para contratação de</p><p>obras, serviços e compras em que a Administração Pública realiza diálogos</p><p>com licitantes previamente selecionados mediante critérios objetivos, com o</p><p>intuito de desenvolver uma ou mais alternativas capazes de atender às suas</p><p>necessidades, devendo os licitantes apresentar proposta final após o encerra-</p><p>mento dos diálogos;</p><p>É cabível nos casos de contratação de bens (compras), serviços ou</p><p>obras, senão vejamos a parte inicial do art. 32 da Lei 14.133/2021:</p><p>Art. 32. A modalidade diálogo competitivo é restrita a contratações em</p><p>que a Administração:</p><p>I - Vise a contratar objeto que envolva as seguintes condições:</p><p>a) inovação tecnológica ou técnica;</p><p>b) impossibilidade de o órgão ou entidade ter sua necessidade satisfei-</p><p>ta sem a adaptação de soluções disponíveis no mercado; e c) impossibilidade</p><p>de as especificações técnicas serem definidas com precisão suficiente pela</p><p>Administração;</p><p>II - Verifique a necessidade de definir e identificar os meios e as alter-</p><p>nativas que possam satisfazer suas necessidades, com destaque para os se-</p><p>guintes aspectos:</p><p>a) a solução técnica mais adequada;</p><p>b) os requisitos técnicos aptos a concretizar a solução já definida; c) a</p><p>estrutura jurídica ou financeira do contrato;</p><p>Na pré-seleção as empresas são convidadas a realizar a manifestação</p><p>de interesse na participação da licitação. Nesta etapa os critérios de habilitação</p><p>são relativos à qualificação técnica e econômico-financeira, tal como se a etapa</p><p>de pré-seleção seja a própria etapa de habilitação.</p><p>No diálogo competitivo a fase de habilitação ocorre primeiro que a de</p><p>apresentação das propostas e a de julgamento. Nesse sentido, a pré-seleção</p><p>não é uma etapa na qual há competição, mas são analisados o atendimento</p><p>aos requisitos. Trata se de uma etapa de nivelamento dos interessados.</p><p>No diálogo as negociações e o repasse de informações devem ser rea-</p><p>lizados de maneiro isonômica, em respeito aos princípios do art. 5º da Lei</p><p>14.133/2021. As propostas, mesmo em suas versões iniciais são sigilosas, pois</p><p>são construídas individualmente e não de maneira coletiva. Diante disso, é</p><p>admitida a possibilidade de a administração eleger mais de uma solução, até</p><p>mesmo a de todos os participantes.</p><p>Fase competitiva é a fase em que se divulga o edital com as especifi-</p><p>cações das soluções eleitas e o critério de julgamento. Prazo de 60 (sessenta)</p><p>dias úteis para apresentação da proposta.</p><p>O critério de julgamento deve considerar fatores além do preço. O meio</p><p>adequado de avaliação deve considerar fatores objetivos de técnica e preço</p><p>combinados.</p><p>4. MATERIAL DE APOIO</p><p>LEGISLAÇÃO</p><p>O REGIME CONSTITUCIONAL E LEGAL DA LICITAÇÃO</p><p>⇒ Constituição Federal: art. 37 inciso XXI.</p><p>⇒ Lei 8.666, de 21 de junho de 1993: Institui normas de Licitações e</p><p>Contratos para Administração Pública</p><p>⇒ Lei 10.520, de 17 de julho de 2002: Institui, no âmbito da União, Es-</p><p>tados, Distrito Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para aqui-</p><p>sição de bens e serviços comuns e dá outras providências.</p><p>⇒ Decreto Federal nº 3.555, de 08 de agosto de 2000, e suas altera-</p><p>ções. Aprova o regulamenta para a modalidade pregão, disciplinada na medida</p><p>provisória nº 2.026-3, de 04 de maio de 2000.</p><p>⇒ Decreto Federal nº 5.450, de 31 de maio de 2005, que regulamenta</p><p>o pregão, na forma eletrônica, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá</p><p>outras providências.</p><p>⇒ Decreto Federal nº 5.504, de 5 de agosto de 2005, que estabelece a</p><p>exigência de utilização do pregão, preferencialmente na forma eletrônica, para</p><p>entes públicos e privados, nas contratações de bens e serviços comuns, reali-</p><p>zados em decorrência de transferências voluntárias de recursos da União, de-</p><p>correntes de convênios ou instrumentos congêneres, ou consórcios públicos.</p><p>⇒ Decreto Federal nº 3.931, de 19 de setembro de 2001, (alterada pelo</p><p>Decreto nº 4.342, de 23.08.02) – Regulamenta o Sistema de Registro de Pre-</p><p>ços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e dá outras</p><p>providências.</p><p>⇒ Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, institui o Es-</p><p>tatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.</p><p>⇒ Decreto Federal nº 6.204, de 05 de setembro de 2007, 31 de maio</p><p>de 2005, regulamenta o tratamento favorecido, diferenciado e simplificado para</p><p>as microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações públicas de</p><p>bens, serviços e obras, no âmbito da administração pública.</p><p>Lei nº 14.133/2021, o contrato pode ser alterado unilateralmente pela</p><p>Administração</p><p>Pública quando, houver modificação do projeto ou das especifi-</p><p>cações, para melhor adequação técnica a seus objetivos.</p><p>5. REFERÊNCIAS</p><p>Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível</p><p>em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm.</p><p>Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de</p><p>Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá ou-</p><p>tras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-</p><p>2010/2010/lei/l12305.htm.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm</p><p>Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos</p><p>Administrativos. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-</p><p>2022/2021/lei/L14133.htm.</p><p>Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942. Lei de Introdução às</p><p>normas do Direito Brasileiro. Disponível em:</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del4657.htm.</p><p>CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo.</p><p>– 34. ed. – São Paulo: Atlas, 2020.</p><p>DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: introdução ao di-</p><p>reito processual civil, parte geral e processo de conhecimento I. - 17. ed. - Sal-</p><p>vador: Ed. Jus Podivm, 2015.</p><p>MAZZA, Alexandre. Manual de direito administrativo. – 9. ed. – São</p><p>Paulo: Saraiva Educação, 2019.</p><p>OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Licitações e contratos adminis-</p><p>trativos: teoria e prática. – 9. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Méto-</p><p>do, 2020.</p><p>QUINT, Gustavo Ramos da Silva in NIEBUHR, Joel de Menezes et al.</p><p>Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativo. 2. ed. Curitiba: Zênite, 2021.</p><p>RÊGO, Eduardo de Carvalho in NIEBUHR, Joel de Menezes et al. No-</p><p>va Lei de Licitações e Contratos Administrativo. 2. ed. Curitiba: Zênite, 2021.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm.%C2%A0</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm.%C2%A0</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del4657.htm.%C2%A0</p>Pública quando, houver modificação do projeto ou das especifi- cações, para melhor adequação técnica a seus objetivos. 5. REFERÊNCIAS Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá ou- tras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2010/lei/l12305.htm. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos Administrativos. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019- 2022/2021/lei/L14133.htm. Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942. Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del4657.htm. CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. – 34. ed. – São Paulo: Atlas, 2020. DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: introdução ao di- reito processual civil, parte geral e processo de conhecimento I. - 17. ed. - Sal- vador: Ed. Jus Podivm, 2015. MAZZA, Alexandre. Manual de direito administrativo. – 9. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2019. OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Licitações e contratos adminis- trativos: teoria e prática. – 9. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Méto- do, 2020. QUINT, Gustavo Ramos da Silva in NIEBUHR, Joel de Menezes et al. Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativo. 2. ed. Curitiba: Zênite, 2021. RÊGO, Eduardo de Carvalho in NIEBUHR, Joel de Menezes et al. No- va Lei de Licitações e Contratos Administrativo. 2. ed. Curitiba: Zênite, 2021. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm.%C2%A0 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/lei/L14133.htm.%C2%A0 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del4657.htm.%C2%A0