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<p>Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0</p><p>Internacional.</p><p>UNIDADE IV</p><p>LOGÍSTICA E VANTAGENS COMPETITIVAS</p><p>Prof. Dr. Paula Piva Linke</p><p>Objetivos de Aprendizagem</p><p> Apresentar a logística como uma forma de vantagem competitiva para a</p><p>empresa</p><p> Analisar a importância da prestação de serviço ao cliente</p><p> Compreender o processo de distribuição logístico</p><p> Explicar as modalidades de transporte e infraestrutura</p><p>Plano de Estudo</p><p>Nesta unidade, serão abordados os seguintes tópicos:</p><p>1. A Busca da Vantagem Competitiva; Previsão de Demanda.</p><p>2. Análise da Qualidade na Prestação de Serviço, Serviço ao Cliente</p><p>3. Processo de Distribuição em uma Cadeia de Abastecimento</p><p>4. Modais de Transportes e Infraestrutura</p><p>Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0</p><p>Internacional.</p><p>CONVERSA INICIAL</p><p>Olá caro aluno, seja bem vindo a mais um capitulo de nossa jornada sobre</p><p>logística. Veremos nesta unidade a importância da logística enquanto</p><p>vantagem competitiva.</p><p>Sabemos que o mercado está cada vez mais competitivo e que o cliente tem</p><p>diversas opções de escolha para um produto. Portanto, é importante que as</p><p>empresas tenham algum elemento que possam chamar de vantagem</p><p>competitiva, ou seja, um diferencial, que pode ser o preço, design ou algum</p><p>outro tipo de valor percebido pelo cliente.</p><p>Nesse caso, vamos tratar a logística como um diferencial, pois ela pode auxiliar</p><p>as baixar os custos do produto para a empresa e promover satisfação ao</p><p>cliente. No que se refere à satisfação, podemos contar com uma distribuição</p><p>ágil e de qualidade, o que normalmente agrega valor a empresa e ao produto.</p><p>Sendo assim, vamos olhar para a logística no que se refere a mesma como um</p><p>nível estratégico, ou seja, uma atividade complexa que tem uma grande</p><p>contribuição no relacionamento da empresa com seu faturamento e clientes.</p><p>Veremos inicialmente A Busca da Vantagem Competitiva; Previsão de Demanda. Na</p><p>sequência Análise da Qualidade na Prestação de Serviço, Serviço ao Cliente;</p><p>Posteriormente, O Processo de Distribuição em uma Cadeia de Abastecimento; E</p><p>pó fim, Modais de Transportes e Infraestrutura. Boa leitura!</p><p>Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0</p><p>Internacional.</p><p>1. A Busca da Vantagem Competitiva; Previsão de Demanda</p><p>A busca por vantagens competitivas em se tornado um verdadeiro desafio,</p><p>assim toda a empresa precisa ser administrada da melhor forma possível,</p><p>sempre buscando a minimização dos custos e a agregação de valor aos seus</p><p>produtos (BALLOU, 2001). Com base nessa idéia, as empresas buscam</p><p>comercializar seus produtos, mas a questão é: com caber quanto irei vender?</p><p>Essa é uma pergunta extremamente importante. Algumas empresas podem</p><p>trabalhar com venda programada, assim vão produzir apenas aquilo que foi</p><p>vendido. No entanto, temos que ter em mente que uma grande quantidade de</p><p>empresas não trabalha com a venda programada e assim precisam organizar</p><p>sua produção com base na estimativa de demanda (BOWERSOX, 2001).</p><p>Todo planejamento surge por uma mesma base comum que é a previsão de demanda.</p><p>A previsão de demanda é o ponto de partida para quase todas as decisões que</p><p>necessitam serem tomadas dentro de uma organização e pode ser definida como uma</p><p>busca de informações a respeito das vendas futuras de um determinado item ou grupo</p><p>de item (GURGEL, et al, 2015, p. 04).</p><p>É com base nessa previsão de demanda que a empresa irá organizar toda a</p><p>sua produção, observe no diagrama a seguir a estrutura da previsão de</p><p>demanda.</p><p>Figura 1: modelo de previsão de demanda</p><p>Fonte: GURGEL, 2015, p. 04</p><p>Observe que para fazer a previsão de demanda, a empresa precisa</p><p>estabelecer um objetivo, ou seja, vai estudar a demanda para quanto tempo, de</p><p>que item? Em seguida ela vai buscar as melhores possibilidades de buscar</p><p>informações. Existem várias técnicas de precisão, desde as qualitativas as</p><p>quantitativas. Há que se fazer a seleção de que técnica usar, analisar os</p><p>resultados obtidos e acompanhar se a demanda está se comportando como o</p><p>previsto (DIAS, 2017).</p><p>Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0</p><p>Internacional.</p><p>Existem diversas técnicas que podem se utilizadas para a realização da previsão.</p><p>Essas técnicas consistem em cálculos matemáticos ou estatísticos usados para</p><p>transformar parâmetros numéricos de dados históricos em quantidades previstas</p><p>(GURGEL,et al, 2015, p. 05).</p><p>Observe um exemplo mais detalhado na figura 2:</p><p>Figura 2: modelo de previsão de demanda na prática</p><p>Fonte: GURGEL,et al 2015, p. 05</p><p>A Figura 2 mostra o processo de elaboração de uma previsão de demanda e</p><p>seus clientes. Pela Figura, pode-se observar que este processo se baseia em</p><p>histórico de vendas dos produtos ou de outros produtos que tenham relação</p><p>com o produto comercializado com a empresa. Estes dados históricos são</p><p>trabalhados através de técnicas e os resultados obtidos são utilizados por</p><p>diversos setores da empresa (GURGEL, et al, 2015)</p><p>De acordo com Clemente (2017) os dados de previsão de demanda são</p><p>fundamentais para setores como:</p><p> planejamento e programação da produção, a fim de adquirir insumos em</p><p>conformidade;</p><p> gerenciamento e controle financeiro;</p><p> formulação de estratégia de preços;</p><p> estabelecimento de metas acionáveis etc (CLEMENTE, 2017, p. 01).</p><p>Devemos nos atentar para o fato de que a demanda, assim como o mercado,</p><p>apresenta flutuações. Portanto, é importante que a empresa possua uma certa</p><p>elasticidade na produção, para que seja capaz de se ajustar a um aumento ou</p><p>declínio da demanda (CLEMENTE, 2017).</p><p>O que temos que entender então, é que por meio da previsão de demanda, a</p><p>empresa organiza a sua produção, com vistas a evitar prejuízos.</p><p>Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0</p><p>Internacional.</p><p>Indicação De Recurso Didático</p><p>Para que você possa entender um pouco mais sobre a previsão de demanda,</p><p>recomendo a leitura do seguinte material.</p><p>Autor: Paulo Sérgio Gonçalves</p><p>Idioma: Português</p><p>Editora: Manole</p><p>Assunto: Gestão da cadeia de suprimentos.</p><p>Edição: 1ª</p><p>Ano: 2013</p><p>Trecho para leitura: Capítulo 9: pag 227 a 248</p><p>Disponível em: Biblioteca Virtual UNIFAMMA</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597009927/cfi/6/18!/4/37</p><p>4@0:20.6</p><p>Resumo: Este capítulo discorre acerca do processo de previsão de demanda e</p><p>como o mesmo pode ser utilizado priorizando a melhor escolha para a</p><p>empresa.</p><p>2. Análise da Qualidade na Prestação de Serviço, Serviço ao Cliente</p><p>Caro aluno, você já deve ter percebido que a logística é fundamental para o</p><p>sucesso das empresas, contudo, a mesma só fará diferença como vantagem</p><p>competitiva se for executada da forma correta.</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597009927/cfi/6/18!/4/374@0:20.6</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597009927/cfi/6/18!/4/374@0:20.6</p><p>Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0</p><p>Internacional.</p><p>Neto e Santana (2015) enfatizam que as novas formas de comércio como o e-</p><p>comerce e a necessidade de agilidade na movimentação de bens e</p><p>informações, fez a logística assumir um papel fundamental no mercado,</p><p>aproximando a empresa do cliente e promovendo uma relação mais duradoura</p><p>entre o cliente e a empresa.</p><p>Para tanto, há que se considerarem alguns aspectos quando falamos do</p><p>sucesso de uma empresa, “o sucesso está baseado nos três “Cs”: Companhia,</p><p>Cliente e Concorrência. A vantagem competitiva se</p><p>encontra na diferenciação</p><p>aos olhos do cliente em relação à outra organização e a capacidade de diminuir</p><p>os custos” (NETO, SANTANA, 2015, p. 101). Para a obtenção desse sucesso,</p><p>as empresas têm investido em TI e no relacionamento com seus clientes, visto</p><p>que é por meio do cliente que a empresa se mantém.</p><p>Assim há que se considerar o cliente como fundamental e orientar sua empresa</p><p>para atender as necessidades e trabalha com uma política de serviço ao</p><p>cliente, que se refere a:</p><p>é um processo cujo objetivo é fornecer benefícios significativos</p><p>de valor agregado á cadeia de suprimento de maneira eficiente</p><p>em termos de custo. Objetivo operacional é um programa de</p><p>serviço que identifica e da prioridade a todas as atividades</p><p>importantes, com a aplicação do monitoramento da prestação</p><p>de serviço. As metas atingidas e as relevâncias conquistadas</p><p>são resultados da introdução do monitoramento em toda a</p><p>cadeia de serviço ao cliente (SILVA, et al, 2013, p. 03).</p><p>Em outras palavras, não basta apenas vender um bom produto, o cliente</p><p>precisa perceber mais benefícios e ter boas experiências no momento da</p><p>compra (PIRES, 2004).</p><p>Portanto, há que se trabalhar com algumas exigências que devem ser</p><p>atendidas no setor de transporte, tais como velocidade, flexibilidade e</p><p>confiabilidade (SILVA, et al, 2013). No entanto, há ainda outros fatores que são</p><p>de extrema importância para que a empresa trabalhe com uma política de</p><p>satisfação ao cliente. Veja no quadro a seguir.</p><p>Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0</p><p>Internacional.</p><p>Capacidade de prestação de serviço</p><p>Disponibilidade É a capacidade de ter o produto em estoque no momento em que</p><p>ele é desejado. O planejamento de alocação de estoque é baseado,</p><p>normalmente, em previsões das necessidades e pode incluir</p><p>estratégicas diferentes para itens específicos, como resultado dos</p><p>níveis de venda</p><p>Desempenho</p><p>operacional</p><p>Os ciclos de atividades foram diferenciados em função da missão,</p><p>do tipo de cliente atendido e do grau de incerteza operacional. As</p><p>medidas adotadas operacionais determinam o desempenho do ciclo</p><p>de atividades buscando atender a demanda do cliente, ou seja,</p><p>como o será organizada a produção do produto exigido pelo cliente.</p><p>Confiabilidade a capacidade de manter níveis de disponibilidade de estoque e de</p><p>desempenho operacional planejado. Mais para se manter um</p><p>desempenho de alto nível, só pode der mantido por meio de</p><p>apuração precisa dos erros e acertos. Ou seja, atender a demanda</p><p>do cliente conforme o plano que foi estabelecido junto ao cliente.</p><p>Com qualidade, custo e tempo certos.</p><p>Entrega O processo de transporte de mercadorias influência em 30 á 60 %</p><p>no custo final do transporte, a parte que envolve a distribuição</p><p>possui como seu principal objetivo o ato de levar os produtos e</p><p>serviços, nos lugares certos, no momento certo com qualidade e</p><p>eficiência de acordo com o nível de serviço desejado</p><p>Fonte: Adaptado de Silva, et al, 2013.</p><p>Observa-se, por meio do quadro apresentado, que a intenção das empresas é</p><p>apresentar boas experiências de compra para o cliente fazendo com que o</p><p>mesmo crie preferência pela sua empresa, não apenas pelo produto, mas por</p><p>outros benefícios, como agilidade na entrega, facilidades de troca, etc.</p><p>Portanto, quando nos referimos ao serviço ao cliente, devemos partis do</p><p>pressuposto que o foco são as necessidades do mesmo, assim a empresa</p><p>deve buscar ferramentas que a ajudem a se tornar mais competitiva no</p><p>mercado (GURGEL, 2000).</p><p>Indicação De Recurso Didático</p><p>Para que você possa entender um pouco mais sobre a questão da qualidade e</p><p>a prestação de serviço ao cliente, recomendo a leitura do seguinte material.</p><p>Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0</p><p>Internacional.</p><p>Autor: Paulo Sérgio Gonçalves</p><p>Idioma: Português</p><p>Editora: Manole</p><p>Assunto: Gestão da cadeia de suprimentos.</p><p>Edição: 1ª</p><p>Ano: 2013</p><p>Trecho para leitura: Capítulo 4: pag 89 a 103</p><p>Disponível em: Biblioteca Virtual UNIFAMMA</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597009927/cfi/6/18!/4/37</p><p>4@0:20.6</p><p>Resumo: Este capítulo discorre acerca da importância da qualidade e na</p><p>prestação de serviço ao cliente, ou seja, como agregar valor a empresa e ao</p><p>produto por meio da logística.</p><p>3. Processo de Distribuição em uma Cadeia de Abastecimento</p><p>Como vimos anteriormente, agregar valor ao produto é extremamente</p><p>importante, mas há outra questão que precisa de atenção. Qual a melhor forma</p><p>de fazer o seu produto chegar ao seu cliente? Para que seu cliente receba o</p><p>produto final, há que se fazer a distribuição dos mesmos, ou seja, é necessário</p><p>definir qual a sua rede de comercialização (BALLOU, 2001). Por logística de</p><p>distribuição entendemos:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597009927/cfi/6/18!/4/374@0:20.6</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597009927/cfi/6/18!/4/374@0:20.6</p><p>Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0</p><p>Internacional.</p><p>o “ramo da logística empresarial que trata da movimentação,</p><p>estocagem e processamento de pedidos dos produtos finais da</p><p>firma”,sendo que em termos de custos logísticos, esta atividade</p><p>pode ser considerada a mais importante para grande parte das</p><p>empresa (SABINO, FERREIRA, 2011, p. 03).</p><p>Deve-se considerar ainda, que a logística de distribuição objetiva levar os</p><p>produtos até o consumidor com o nível de serviço desejado pelo menor custo</p><p>possível, como enfatiza Novaes (2001). Assim sendo, a logística de distribuição</p><p>pode ser transformada em uma vantagem competitiva se administrada</p><p>corretamente.</p><p>O sucesso e a eficiência da logística de distribuição também</p><p>dependem do nível de cooperação entre as empresas</p><p>participantes, uma vez que o fluxo constante e confiável de</p><p>informações é fator determinante no gerenciamento do</p><p>processo de distribuição e essencial para o atendimento dos</p><p>requisitos dos clientes finais. Contudo, as possibilidades de</p><p>minimização dos custos são elevadas quando a logística de</p><p>distribuição encontra o equilíbrio entre a qualidade de serviço,</p><p>os custos e o capital investido (SABINO, FERREIRA, 2011, p.</p><p>03).</p><p>Isso significa que a logística de distribuição depende de vários atores</p><p>envolvidos, não apenas a sua empresa, portanto, é importante que haja</p><p>confiabilidades entre os parceiros (BERTAGLIA, 2003, DIAS, 2017). Observe</p><p>no esquema a seguir alguns critérios que devem ser levados em consideração.</p><p>Figura 1: equilíbrio na logística de distribuição</p><p>Fonte: SABINO, FERREIRA, 2011, p. 04</p><p>Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0</p><p>Internacional.</p><p>Observa-se a partir da figura, que são diversos elementos que precisam estar</p><p>bem organizados para que a logística de distribuição seja eficiente. È</p><p>importante monitorar constantemente a qualidade do serviço, seus custos e o</p><p>capital necessário para a realização do mesmo, não apenas em termos</p><p>monetários, mas em estrutura também. Há que se considerar ainda a que tipo</p><p>de mercado estamos atendendo. Sabino e Ferreira (2011) afirmam que há dois</p><p>tipos de mercado.</p><p>1°: mercado composto por usuários finais que adquirem pequenas quantidades</p><p>do produto;</p><p>2°: composto por intermediários, que adquirem os produtos em maiores</p><p>quantidades e revendem para outros intermediários ou consumidores finais.</p><p>Bowersox (2001) enfatiza que ambos devem ser atendidos de forma correta,</p><p>cada qual com uma estratégia, visto que as exigências são diferentes para</p><p>cada nível de comercialização. Para isso, “é necessário escolher a melhor</p><p>configuração a ser empregada no processo de distribuição e as atividades</p><p>chave para execução da distribuição física”</p><p>(SABINO, FERREIRA, 2011, p. 04).</p><p>Há que se enumerar ainda, alguns elementos fundamentais para a realização</p><p>de uma boa distribuição como enfatizam Sabino e Ferreira (2011):</p><p> Processamento de pedidos e informações</p><p> Gestão de estoques e armazenagem</p><p> Transportes</p><p> Parcerias nas atividades logísticas</p><p> Monitoramento dos impactos da organização da logística na</p><p>diferenciação competitiva da empresa</p><p>Esses são pontos fundamentais que não devem ser esquecidos.</p><p>Indicação De Recurso Didático</p><p>Para que você possa entender um pouco mais sobre o conceito distribuição e</p><p>sua organização, recomendo a leitura do seguinte material.</p><p>Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0</p><p>Internacional.</p><p>Autor: Paulo Sérgio Gonçalves</p><p>Idioma: Português</p><p>Editora: Manole</p><p>Assunto: Gestão da cadeia de suprimentos.</p><p>Edição: 1ª</p><p>Ano: 2013</p><p>Trecho para leitura: Capítulo 8: pag 201 a 223</p><p>Disponível em: Biblioteca Virtual UNIFAMMA</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597009927/cfi/6/18!/4/37</p><p>4@0:20.6</p><p>Resumo: Este capítulo discorre acerca do processo de distribuição e como o</p><p>mercado interfere nesse processo, além de apresentar estratégias para a</p><p>empresa.</p><p>4. Modais de Transportes e Infraestrutura</p><p>Já sabemos que a logística é fundamental para o setor empresarial, mas para</p><p>que ela ocorra de forma eficiente, há que se levar em consideração as</p><p>diferentes modalidades de transporte e a estrutura de armazenamento, carga e</p><p>descarga (BERTAGLIA, 2003). É a partir da eficiência da escolha dos meios de</p><p>transporte que conseguimos tornar a logística mais eficiente. Em um país com</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597009927/cfi/6/18!/4/374@0:20.6</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597009927/cfi/6/18!/4/374@0:20.6</p><p>Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0</p><p>Internacional.</p><p>grande extensão territorial, pensar esse aspecto é fundamental, visto que</p><p>muitas vezes nossos produtos precisam viajar longas distâncias até chegar ao</p><p>consumidor final (DIAS, 2017).</p><p>Em se tratando do transporte, há que se destacar que é possível usar diversas</p><p>modalidades, rodoviário, ferroviário, hidroviário, aeroviário e dutos. Cada uma</p><p>dessas modalidades possui características específicas, o que garante maior</p><p>facilidade de transporte de um determinado produto, levando em consideração</p><p>o volume de transporte e o tempo.</p><p>para se organizar um sistema de transporte é preciso ter uma visão sistêmica, que</p><p>envolve planejamento, mas para isso é preciso que se conheça: os fluxos nas diversas</p><p>ligações da rede; o nível de serviço atual; o nível de serviço desejado; as</p><p>características ou parâmetros sobre a carga; os tipos de equipamentos disponíveis e</p><p>suas características (capacidade, fabricante etc); e os sete princípios ou</p><p>conhecimentos, referentes à aplicação do enfoque sistêmico (RIBEIRO, FERREIRA,</p><p>2002, p. 02).</p><p>Ou seja, há que se levar em consideração aspectos como “peso e volume,</p><p>densidade média; dimensão da carga; dimensão do veículo; grau de fragilidade</p><p>da carga; grau de perecibilidade; estado físico; assimetria; e compatibilidade</p><p>entre cargas diversas”. (RIBEIRO, FERREIRA, 2002, p. 02). Somente após</p><p>conhecer todos esses aspectos é que se deve fazer a escolha e o</p><p>planejamento da melhor forma de transporte.</p><p>Em função das diferentes modalidades de transporte, rodoviário, ferroviário,</p><p>hidroviário, aeroviário e dutos, é possível optar por mais de uma modalidade</p><p>segunda a necessidade da carga. Vejamos as características de cada um</p><p>deles.</p><p>Modalidades de transporte</p><p>Ferroviário No Brasil, o transporte ferroviário é utilizado principalmente no deslocamento</p><p>de grandes tonelagens de produtos homogêneos, ao longo de distâncias</p><p>relativamente longas. Como exemplo destes produtos estão os minérios (de</p><p>ferro, de manganês), carvões minerais, derivados de petróleo e cereais em</p><p>grão, que são transportados a granel.</p><p>Com relação aos custos, o modo ferroviário apresenta altos custos fixos em</p><p>equipamentos, terminais e vias férreas entre outros. Porém, seu custo variável</p><p>é baixo. Embora o custo do transporte ferroviário seja inferior ao rodoviário,</p><p>este ainda não é amplamente utilizado no Brasil, como o modo de transporte</p><p>rodoviário. Isto se deve a problemas de infra-estrutura e a falta de</p><p>investimentos nas ferrovias.</p><p>Rodoviário É o mais expressivo no transporte de cargas no Brasil, atingindo praticamente</p><p>todos os pontos do território nacional, pois desde a década de 50 com a</p><p>implantação da indústria automobilística e a pavimentação das rodovias, esse</p><p>Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0</p><p>Internacional.</p><p>modo se expandiu de tal forma que hoje é o mais procurado. Difere do</p><p>ferroviário, pois se destina principalmente ao transporte de curtas distâncias de</p><p>produtos acabados e semi-acabados. Por via de regra, apresenta preços de</p><p>frete mais elevados do que os modais ferroviário e hidroviário, portanto sendo</p><p>recomendado para mercadorias de alto valor ou perecíveis. Não é</p><p>recomendado para produtos agrícolas a granel, cujo custo é muito baixo para</p><p>este modal.</p><p>O transporte rodoviário apresenta custos fixos baixos (rodovias estabelecidas</p><p>e construídas com fundos públicos), porém seu custo variável (combustível,</p><p>manutenção, etc.) é médio. As vantagens deste modal estão na possibilidade</p><p>de transporte integrado porta a porta e de adequação aos tempos pedidos,</p><p>assim como freqüência e disponibilidade dos serviços. Apresenta como</p><p>desvantagem a possibilidade de transportar somente pequenas cargas</p><p>Hidroviário O transporte hidroviário é utilizado para o transporte de granéis líquidos,</p><p>produtos químicos, areia, carvão, cereais e bens de alto valor (operadores</p><p>internacionais) em contêineres. Os serviços hidroviários existem em todas as</p><p>formas legais citadas anteriormente. Como exemplos de meios de transporte</p><p>hidroviário, pode-se citar os navios dedicados, navios containers e navios</p><p>bidirecionais para veículos. Em relação aos custos, o transporte hidroviário</p><p>apresenta custo fixo médio (navios e equipamentos) e custo variável baixo</p><p>(capacidade para transportar grande quantidade de tonelagem). É o modal que</p><p>apresenta o mais baixo custo. Este modal apresenta como vantagens a</p><p>capacidade de transportar mercadoria volumosa e pesada e o fato dos custos</p><p>de perdas e danos serem considerados baixos comparados com outros</p><p>modais. Suas principais desvantagens são a existência de problemas de</p><p>transporte no porto; a lentidão, uma vez que o transporte hidroviário é, em</p><p>média, mais lento que a ferrovia e a forte influência do tempo. Sua</p><p>disponibilidade e confiabilidade são afetadas pelas condições meteorológicas.</p><p>Aeroviário O transporte aeroviário tem tido uma demanda crescente de usuários, embora</p><p>o seu frete seja significativamente mais elevado que o correspondente</p><p>rodoviário. Em compensação, seu deslocamento porta a porta pode ser</p><p>bastante reduzido, abrindo um caminho para esta modalidade, principalmente</p><p>no transporte de grandes distâncias. Este tipo de transporte é utilizado</p><p>principalmente nos transportes de cargas de alto valor unitário (artigos</p><p>eletrônicos, relógios, alta moda, etc) e perecíveis (flores, frutas nobres,</p><p>medicamentos, etc). Como exemplos deste meio de transporte estão os aviões</p><p>dedicados e aviões de linha.</p><p>O transporte aeroviário é o que tem custo mais elevado em relação aos outros</p><p>modais. Seu custo fixo é alto (aeronaves, manuseio e sistemas de carga), bem</p><p>como seu custo variável, apresenta alto custo de combustível, mão-de-obra,</p><p>manutenção, etc. As vantagens deste modo de transporte são a velocidade</p><p>elevada, distância alcançada, segurança (roubos, danos e extravios), redução</p><p>de custo com estoque. Suas principais desvantagens são o custo</p><p>de frete,</p><p>tempos de coleta e entrega, manuseio no solo e dimensões físicas dos porões</p><p>de transporte dos aviões.</p><p>Dutos A utilização do transporte dutoviário é ainda muito limitada. Destina-se</p><p>principalmente ao transporte de líquidos e gases em grandes volumes e</p><p>materiais que podem ficar suspensos (petróleo bruto e derivados, minérios). A</p><p>movimentação via dutos é bastante lenta, sendo contrabalançada pelo fato de</p><p>que o transporte opera 24 horas por dia e sete dias por semana. Os direitos de</p><p>acesso, construção, requisitos para controle das estações e capacidade de</p><p>bombeamento fazem com que o transporte dutoviário apresente o custo fixo</p><p>mais elevado. Em contrapartida, o seu custo variável é o mais baixo, nenhum</p><p>custo com mão de obra de grande importância. É portanto, o segundo modal</p><p>com mais baixo custo, ficando atrás apenas do modo de transporte hidroviário.</p><p>Fonte: adaptado de Ribeiro e Ferreira, 2002.</p><p>Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0</p><p>Internacional.</p><p>Assim sendo, cabe à empresa escolher o meio de transporte que melhor</p><p>atende as suas necessidades.</p><p>Indicação De Recurso Didático</p><p>Para que você possa entender um pouco mais sobre o sistema de transporte</p><p>que pode ser utilizado para logística, recomendo a leitura do seguinte material.</p><p>Autor: Paulo Sérgio Gonçalves</p><p>Idioma: Português</p><p>Editora: Manole</p><p>Assunto: Gestão da cadeia de suprimentos.</p><p>Edição: 1ª</p><p>Ano: 2013</p><p>Trecho para leitura: Capítulo 6: pag 129 a 159</p><p>Disponível em: Biblioteca Virtual UNIFAMMA</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597009927/cfi/6/18!/4/37</p><p>4@0:20.6</p><p>Resumo: Este capítulo discorre acerca das diferentes modalidades de</p><p>transporte, seus custos e como podem ser organizadas e que tipo de carga</p><p>transportam com mais eficiência.</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597009927/cfi/6/18!/4/374@0:20.6</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597009927/cfi/6/18!/4/374@0:20.6</p><p>Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0</p><p>Internacional.</p><p>Conclusão</p><p>Atualmente o mercado é extremamente exigente, fazendo com que as</p><p>empresas busquem vantagens competitivas em diferentes aspectos e</p><p>modalidades de atividade. Não se trata apenas de oferecer um bom produto,</p><p>mas sim de produzir da forma, correta, compreendendo a demanda, o mercado</p><p>e o consumidor.</p><p>No que se refere a compreender o mercado e a demanda, o empresário deve</p><p>estar atento as flutuações econômicas e mesmo a atitude dos consumidores</p><p>em relação a sua empresa e produto. Produzir um produto em pouca</p><p>quantidade ou em excesso, pode levar a empresa a ter grandes prejuízos. Para</p><p>evitar tais problemas, as empresas têm trabalhado com a estratégia de serviço</p><p>ao consumidor, que se refere a agregar valor ao produto além de suas</p><p>qualidades funcionais e estéticas.</p><p>Agregar valor ao produto se mostra essencial em um ambiente cada vez mais</p><p>competitivo, onde toda decisão tem um impacto sobre o relacionamento com o</p><p>cliente.</p><p>Devemos nos atentar ainda, que para obter um bom relacionamento com o</p><p>cliente e sucesso no mercado, a empresa também precisa ter uma rede de</p><p>distribuição eficiente e optar pela melhor forma de transporte, visando menos</p><p>custos e tempos no processo de logística. Esse aspecto é fundamental, visto</p><p>que vivemos em um país com extensão continental.</p><p>Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0</p><p>Internacional.</p><p>Considerações finais</p><p>Caro aluno, após as leituras e as aulas referentes ao conteúdo de logística,</p><p>espero que tenha ficado claro a importância dessa atividade para a empresa e</p><p>a complexidade da mesma, visto que não se trata apenas de transportar</p><p>produtos em si, mas sim de viabilizar as melhores oportunidades para tornar a</p><p>empresa mais competitiva no mercado. Podemos presumir então, que a</p><p>logística pode sim se tornar uma vantagem competitiva, auxiliando a minimizar</p><p>custos e agregando valor a empresa e ao produto.</p><p>Para que isso se torne possível, há que se ter boas parcerias com</p><p>fornecedores, conhecer as operações logísticas a fundo e organizar muito bem</p><p>o sistema de distribuição do seu produto. Isso é fundamental em nosso país,</p><p>devido a grande extensão territorial. Além disso, há que se considerar ainda o</p><p>fato de que no Brasil a modalidade de transporte mais utilizada é a rodoviária.</p><p>Isso se deve ao alto investimento no setor, além de que esse tipo de transporte</p><p>é bastante flexível e consegue percorrer grandes distâncias em poucos dias.</p><p>Para que você seja capaz de selecionar a melhor forma de realizar a sua</p><p>logística, há que se conhecer os fornecedores, custos, tempos e as</p><p>características dos produtos, assim como a demanda de mercado e a</p><p>necessidade de seus clientes. A partir dessas informações é que você será</p><p>capaz de organizar a logística da sua empresa da melhor forma possível.</p><p>Espero que leitura tenha sido agradável e que este material o tenha ajudado a</p><p>entender a logística.</p><p>Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0</p><p>Internacional.</p><p>Referências</p><p>BALLOU, R. H. Logística empresarial, transportes, administração de</p><p>materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 2001.</p><p>BERTAGLIA, P. R. Logística e o gerenciamento da cadeia de</p><p>abastecimento. 1ed., São Paulo: Saraiva, 2003.</p><p>BOWERSOX, D. J, et al. Logística Empresarial: o processo de integração</p><p>da cadeia de suprimento. 1ed. São Paulo: Atlas – 2001.</p><p>CLEMENTE, Lucas. Afinal, o que é Previsão de Demanda. In: INEPAD</p><p>consulting. 2017. Disponível em: https://blog.inepadconsulting.com.br/afinal-o-</p><p>que-e-previsao-de-demanda/. Acesso em: 10/07/2019.</p><p>DIAS. Marco Aurélio Introdução a logística. Atlas, São Paulo: 2017.</p><p>GURGEL, Floriano do Amaral. Logística Industrial. Floriano do Amaral</p><p>Gurgel. São Paulo: Atlas, 2000.</p><p>GURGEL, Júlia L. M. et al. Modelo de previsão de demanda: análise da</p><p>produção em uma empresa do setor cerâmico do rio grande do norte. IN:</p><p>XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO:</p><p>Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção, Fortaleza, CE, Brasil, 13</p><p>a 16 de outubro de 2015.. Disponível em:</p><p>http://www.abepro.org.br/biblioteca/tn_sto_206_219_27340.pdf</p><p>NETO, Ubaldino. SANTANA, Lídia. Logística e serviço ao cliente como</p><p>estratégia competitiva. IN: Revista de Iniciação Científica – RIC Cairu. Jun.</p><p>2015, Vol 02, n° 02, p. 97-111.</p><p>NOVAES, Antônio Galvão. Logística e Gerenciamento da Cadeia de</p><p>Distribuição: Estratégia, Operação e Avaliação. Rio de Janeiro: Campus,</p><p>2001</p><p>PIRES, S.R.I. Gestão de Cadeia de Suprimento (Conceitos, estratégias,</p><p>práticas e casos). São Paulo: Atlas, 2004.</p><p>SABINO, Marilene. FERRERIA, Kariny. Diagnóstico da logística de</p><p>distribuição em uma empresa da indústria alimentícia: um estudo de</p><p>caso. IN: XXXIENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO.</p><p>Belo Horizonte, MG, Brasil, 2011.</p><p>SILVA. Jaqueline Oliveira. Et al. Serviço ao cliente: um estudo de caso em</p><p>uma empresa do setor de entregas em Catalão. In: XXXIIIENCONTRO</p><p>NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO. Salvador, BA, Brasil, 2013.</p><p>https://blog.inepadconsulting.com.br/afinal-o-que-e-previsao-de-demanda/</p><p>https://blog.inepadconsulting.com.br/afinal-o-que-e-previsao-de-demanda/</p><p>http://www.abepro.org.br/biblioteca/tn_sto_206_219_27340.pdf</p><p>Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0</p><p>Internacional.</p><p>RIBEIRO, Priscila. FERREIRA, Karine. Logística e transportes: uma discussão</p><p>sobre os modais de transporte e o panorama brasileiro. IN: XXII Encontro</p><p>Nacional de Engenharia de Produção Curitiba – PR, outubro de 2002</p>