Prévia do material em texto
<p>BIOSSEGURANÇA E</p><p>QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE</p><p>SAÚDE</p><p>AULA 3</p><p>Prof.ª Nathaly Tiare Jimenez da Silva Dziadek</p><p>2</p><p>CONVERSA INICIAL</p><p>Para gerenciar e administrar os riscos ocupacionais, a biossegurança</p><p>conta com o auxílio de ferramentas. Nesta aula, veremos a importância de umas</p><p>das principais ferramentas relacionadas à segurança do trabalhador, os</p><p>equipamentos de proteção individual e coletivo.</p><p>A área de saúde tem suas particularidades devido a ter presente, nos</p><p>diversos serviços de assistência em saúde, os cinco agentes de riscos: físico,</p><p>químico, biológico, mecânico ou de acidente e ergonômico. Dessa forma, é</p><p>essencial conhecer e aplicar o que a NR 32 preconiza, principalmente no que diz</p><p>respeito aos riscos biológicos e níveis de biossegurança necessários frente à</p><p>manipulação desses agentes. Também exigem cuidados os riscos químicos,</p><p>procedimentos de limpeza e desinfeção, descarte dos resíduos e</p><p>perfurocortantes, pois estes, além de oferecer riscos ao trabalhador, oferecem</p><p>riscos a quem manipula esse tipo de resíduo e/ou material e prejuízos ao meio</p><p>ambiente.</p><p>TEMA 1 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI</p><p>Conforme a Norma Regulamentadora NR 6, Portaria n. 3.214 do</p><p>Ministério do Trabalho, 08/06/1978, essas medidas devem gerar melhorias na</p><p>qualidade da assistência e diminuição de acidentes nas atividades que envolvam</p><p>risco biológico. É necessário adotar Normas de Biossegurança associadas aos</p><p>EPIs, e estas, com atualização e treinamento adequados, terão resultados</p><p>satisfatórios.</p><p>Com a evolução da ciência, a descoberta de várias doenças infecciosas</p><p>e seus mecanismos de infecção, as medidas preventivas de transmissão entre</p><p>pacientes têm sido amplamente pesquisadas, porém, com o passar dos anos, a</p><p>transmissão de infecção entre profissionais da saúde vem subindo devido aos</p><p>acidentes ocupacionais, fato que mostra o descuidado dos profissionais da</p><p>saúde em fazer uso de forma correta das medidas de proteção individual e</p><p>coletiva, as quais apresentam eficácia comprovada.</p><p>Um dispositivo de uso individual tem objetivo de proteger o trabalhador</p><p>contra prováveis danos à saúde e integridade física durante suas atividades,</p><p>como forma de proteção ao entrar em contato com agentes infecciosos, material</p><p>perfurocortante infectado, substâncias toxicas entre outros.</p><p>3</p><p>É de suma importância que o profissional da saúde utilize os EPI de forma</p><p>correta, sendo um direito do profissional ter a sua disposição em quantidade</p><p>suficiente para o trabalho, sendo matérias descartáveis ou não. Além do mais, é</p><p>obrigação da empresa fornecer e garantir a reposição de forma imediata dos</p><p>equipamentos de proteção.</p><p>Segundo o MET, todos os equipamentos de proteção individual só</p><p>poderão ser comercializados ou utilizados com Certificação de Aprovação (CA),</p><p>expedido pelo MET. Podemos exemplificá-los como:</p><p>• Proteção da cabeça: capacete de segurança contra impactos</p><p>provenientes de queda ou projeção de objetos; protetores de cabeça</p><p>impermeáveis e resistentes nos trabalhos com produtos químicos.</p><p>• Proteção dos olhos e da face: protetores faciais destinados à proteção</p><p>contra lesões ocasionadas por partículas, respingos, vapores de produtos</p><p>químicos e radiações luminosas intensas; óculos de segurança para</p><p>trabalhos que possam causar ferimentos provenientes do impacto de</p><p>partículas, ou de objetos pontiagudos ou cortantes; óculos de segurança</p><p>contra respingos para trabalhos 9 que possam causar irritação e outras</p><p>lesões decorrentes da ação de líquidos agressivos.</p><p>• Proteção auditiva: protetores auriculares nas atividades em que o ruído</p><p>seja excessivo.</p><p>• Proteção das vias respiratórias: respiradores com filtros mecânicos para</p><p>trabalhos que impliquem produção de poeira; respiradores e máscaras de</p><p>filtro químico para trabalhos com produtos químicos; respiradores e</p><p>máscaras de filtros combinados (químicos e mecânicos) para atividades</p><p>em que haja emanação de gases e poeiras tóxicas; aparelhos de</p><p>isolamento, autônomos ou de adução de ar, para locais de trabalho onde</p><p>o teor de oxigênio (O2) seja inferior a 18% (dezoito por cento) em volume.</p><p>• Proteção dos membros superiores: luvas e/ou mangas de proteção nas</p><p>atividades em que haja perigo de lesões provocadas por a) materiais ou</p><p>objetos escoriastes, abrasivos, cortantes ou perfurantes; b) produtos</p><p>químicos tóxicos, alergênicos, corrosivos, cáusticos, solventes orgânicos</p><p>e derivados de petróleo; c) materiais ou objetos aquecidos; d) operações</p><p>com equipamentos elétricos; e) tratos com animais, suas vísceras e</p><p>detritos e na possibilidade de transmissão de doenças decorrentes de</p><p>produtos infecciosos ou parasitários; f) picadas de animais peçonhentos.</p><p>4</p><p>• Proteção dos membros inferiores: botas impermeáveis e com estrias no</p><p>solado para trabalhos em terrenos úmidos; botas com biqueira reforçada</p><p>para trabalhos em que haja perigo de queda de materiais e objetos</p><p>pesados; perneiras em atividades nas quais haja perigo de lesões</p><p>provocadas por materiais ou objetos cortantes, escoriastes ou</p><p>perfurantes; calçados impermeáveis e resistentes em trabalhos com</p><p>produtos químicos; calçados de couro para as demais atividades.</p><p>• Proteção do tronco: Aventais, jaquetas, capas e outros para proteção nos</p><p>trabalhos em que haja perigo de lesões provocadas por: a) riscos de</p><p>origem térmica; b) riscos de origem mecânica; c) riscos de origem</p><p>meteorológica; d) produtos químicos.</p><p>• Proteção contra quedas com diferença de nível: Cintas e correias de</p><p>segurança.</p><p>1.1 Equipamento de Proteção Coletiva – EPC</p><p>Os equipamentos de proteção coletiva EPC têm por objetivo proteger e</p><p>manter a segurança de um grupo de trabalhadores; são de utilização prioritária,</p><p>dispositivos que preservam a integridade física contra os riscos do ambiente</p><p>laboral. Melhora as condições de trabalho, reduz acidentes de trabalho e menor</p><p>custo a longo prazo. São exemplos de EPC:</p><p>• Enclausuramento acústico de fontes de ruído;</p><p>• Ventilação dos locais de trabalho;</p><p>• Chuveiros e lava olhos de emergência;</p><p>• Alarme contra incêndio;</p><p>• Proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos;</p><p>• Sinalização de segurança, corrimões de escadas;</p><p>• Cabine de segurança biológica;</p><p>• Capelas químicas;</p><p>• Extintores de incêndio;</p><p>• Exaustores para gases, névoas e vapores contaminantes;</p><p>• Sensores em máquinas;</p><p>• Barreiras de proteção em máquinas e em situações de risco</p><p>• Corrimão e guarda-corpos;</p><p>• Fitas sinalizadoras e antiderrapantes em degraus de escada;</p><p>5</p><p>• Piso antiderrapante;</p><p>• Barreiras de proteção contra luminosidade e radiação;</p><p>• Cabines para pintura;</p><p>• Redes de proteção;</p><p>• Isolamento de áreas de risco;</p><p>• Sinalizadores de segurança (como placas e cartazes de 8 advertência, ou</p><p>fitas zebradas);</p><p>• Detectores de tensão;</p><p>• Chuveiros de segurança;</p><p>• Chuveiro lava olhos;</p><p>• Kit de primeiros socorros.</p><p>Conforme a Norma Regulamentadora NR6, Portaria n. 3.214 no Ministério</p><p>do Trabalho, 08/06/1978, essas medidas devem gerar melhorias na qualidade</p><p>da assistência e diminuição de acidentes nas atividades que envolvam risco</p><p>biológico.</p><p>Importante reforçar as constantes atualizações dos profissionais aos</p><p>conceitos, legislação e normativas de biossegurança a fim de diminuir cada vez</p><p>mais as infecções cruzadas decorrentes dos acidentes de trabalhos nos serviços</p><p>da saúde. Normas de Biossegurança associadas aos EPIs terão resultados</p><p>satisfatórios.</p><p>TEMA 2 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO – NR 32</p><p>Desde a década de 80, podemos considerar a classe de profissionais da</p><p>área da saúde uma categoria de alto risco em acidentes de trabalho e doenças</p><p>ocupacionais. Expostos a quase todos os riscos ocupacionais: físico, químico,</p><p>ergonômico e biológicos, o qual merece um destaque maior.</p><p>O Ministério da Saúde publicou em 2004, na Portaria n. 777, referente à</p><p>Notificação Compulsória e</p><p>Agravos a Saúde do Trabalhador relacionados a</p><p>doenças e acidentes ocupacionais. E em 2005, o Ministério do Trabalho e</p><p>Emprego publica a NR 32, Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no</p><p>Trabalho em Serviços de Saúde, estabelecendo diretrizes e implementação de</p><p>medidas de proteção. “É importante ressaltar também que, segundo a NR 32,</p><p>“entende-se por serviços de saúde qualquer edificação destinada à prestação de</p><p>6</p><p>assistência à saúde da população, e todas as ações de promoção, recuperação,</p><p>assistência, pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade”.</p><p>2.1 Risco biológico</p><p>Intensamente encontrado no ambiente hospitalar e serviços de saúde, o</p><p>risco biológico é definido pela fonte do material, natureza da operação ou</p><p>experimento a ser realizado e suas condições de realização. Normas e</p><p>classificações existentes para patógenos conhecidos estabelecem condições</p><p>adequadas ao seu manuseio, porém, sempre que apresentar novos riscos ou</p><p>ineficácia, novas técnicas de segurança devem ser adotadas com o auxílio do</p><p>SESMT e profissionais da área.</p><p>Um dos setores com maior risco biológico é o laboratório de análises</p><p>clínicas, o qual apresenta maior quantidade de agentes biológicos. Como forma</p><p>de prevenir contaminação acidental por riscos biológicos, algumas orientações</p><p>devem ser observadas: utilizar adequadamente os EPIs, cuidados como levar as</p><p>mãos a boca e olhos, não comer na área restrita, cobrir cortes e ferimentos que</p><p>tenha no corpo antes do início das atividades, cuidar com a centrifugação,</p><p>manuseio e manipulação correta. Geladeiras e freezer devem ser manuseados</p><p>com cuidado e a limpeza e degelo deve ser feita regularmente. Atenção a</p><p>ampolas e materiais quebrados.</p><p>A Organização Mundial de Saúde (OMS) lembra que a maior</p><p>responsabilidade sobre o controle de agentes perigosos é do profissional que</p><p>entende o risco e conhece os mecanismos de controle. Não adianta colocar a</p><p>luva e abrir uma porta, por exemplo, se outros irão tocar na maçaneta sem a</p><p>proteção da luva. Atuantes em ambientes com diversos agentes biológicos e</p><p>contato com pacientes favorecem a contaminação cruzada. Todos os</p><p>profissionais envolvidos em atividades com alguma ameaça biológica ou química</p><p>necessitam de atenção em ver e apontar os problemas.</p><p>De acordo com a NR 32, Risco Biológico a probabilidade da exposição</p><p>ocupacional a agentes biológicos, agentes biológicos são os microrganismos</p><p>geneticamente modificados ou não, culturas celulares, parasitas, prótons e</p><p>toxinas. A NR 32 classifica os agentes biológicos como:</p><p>Classe de risco 1: baixo risco individual para o trabalhador e para a</p><p>coletividade, com baixa probabilidade de causar doença ao ser</p><p>humano. Classe de risco 2: risco individual moderado para o</p><p>trabalhador e com baixa probabilidade de disseminação para a</p><p>7</p><p>coletividade. Podem causar doenças ao ser humano, para as quais</p><p>existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. Classe de risco 3:</p><p>risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de</p><p>disseminação para a coletividade. Podem causar doenças e infecções</p><p>graves ao ser humano, para as quais nem sempre existem meios</p><p>eficazes de profilaxia ou tratamento. Classe de risco 4: risco individual</p><p>elevado para o trabalhador e com probabilidade elevada de</p><p>disseminação para a coletividade. Apresenta grande poder de</p><p>transmissibilidade de um indivíduo a outro. Podem causar doenças</p><p>graves ao ser humano, para as quais não existem meios eficazes de</p><p>profilaxia ou tratamento.</p><p>Com a classificação de risco desse agente biológico se obtém o nível de</p><p>biossegurança necessário, ou seja, as medidas de contenção necessárias frente</p><p>à manipulação desses microrganismos em laboratório:</p><p>• NB-1 – indicado ao trabalho que envolva agente com menor grau de</p><p>risco (Classe de Risco I) para profissionais do laboratório e para o meio</p><p>ambiente;</p><p>• NB-2 – indicado ao trabalho que envolva agentes de risco moderado para</p><p>os profissionais e para o meio ambiente, em geral agentes causadores de</p><p>doenças infecciosas (Classe de Risco II);</p><p>• NB-3 – indicado ao trabalho com micro-organismos de elevado risco</p><p>infeccioso (Classe de Risco III) podendo causar doenças sistêmicas</p><p>sérias e potencialmente letais como Mycobacterium tuberculosis, Coxiella</p><p>burnetti e Brucella spp., entre outros.</p><p>• NB-4 – representa o nível máximo de segurança. É adequado ao</p><p>manuseio de agentes infecciosos que possuem alto risco de infecção</p><p>individual e de transmissão pelo ar.</p><p>Essas medidas de contenção variam de utilização de EPIs, limpeza e</p><p>desinfecção de bancadas e superfícies, a utilização de autoclave para</p><p>descontaminar resíduos antes do descarte, utilização de cabines de segurança</p><p>e acessos controlados das dependências.</p><p>A NR 7, Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO),</p><p>NR 9, Programa de Prevenção Dos Riscos Ambientais (PPRA) e a NR 32,</p><p>Segurança e saúde no trabalho em estabelecimentos de saúde, são</p><p>complementares e juntas formam um conjunto de estratégias e disposições</p><p>legais para a promoção da saúde dos trabalhadores. A NR 32 classifica nas</p><p>classes de risco 2, 3 e 4, cinco agentes biológicos, incluindo microrganismos e</p><p>parasitas complementando à NR 9.</p><p>8</p><p>32.2.2.1 O PPRA, além do previsto na NR-09, na fase de</p><p>reconhecimento, deve conter: I. Identificação dos riscos biológicos</p><p>mais prováveis, em função da localização geográfica e da</p><p>característica do serviço de saúde e seus setores, considerando: a)</p><p>fontes de exposição e reservatórios; b) vias de transmissão e de</p><p>entrada; c) transmissibilidade, patogenicidade e virulência do agente;</p><p>d) persistência do agente biológico no ambiente; e) estudos</p><p>epidemiológicos ou dados estatísticos; f) outras informações</p><p>científicas. II. Avaliação do local de trabalho e do trabalhador,</p><p>considerando: a) a finalidade e descrição do local de trabalho; b) a</p><p>organização e procedimentos de trabalho; c) a possibilidade de</p><p>exposição; d) a descrição das atividades e funções de cada local de</p><p>trabalho; e) as medidas preventivas aplicáveis e seu</p><p>acompanhamento. 32.2.2.2 O PPRA deve ser reavaliado 01 (uma) vez</p><p>ao ano e: a) sempre que se produza uma mudança nas condições de</p><p>trabalho, que possa alterar a exposição aos agentes biológicos; b)</p><p>quando a análise dos acidentes e incidentes assim o determinar.</p><p>32.2.2.3 Os documentos que compõem o PPRA deverão estar</p><p>disponíveis aos trabalhadores.</p><p>Complementando o Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional</p><p>PCMSO, NR 7:</p><p>O reconhecimento e a avaliação dos riscos biológicos; b) a localização</p><p>das áreas de risco segundo os parâmetros do item 32.2.2; c) a relação</p><p>contendo a identificação nominal dos trabalhadores, sua função, o local</p><p>em que desempenham suas atividades e o risco a que estão expostos;</p><p>d) a vigilância médica dos trabalhadores potencialmente expostos; e)</p><p>o programa de vacinação.</p><p>Alguns profissionais da saúde relaxam em seus cuidados com a própria</p><p>segurança, até mesmo por não terem sido infectados, no entanto, é importante</p><p>lembrar que o profissional deve ter plena consciência da segurança em seu local</p><p>de trabalho e lembrar que acidentes acontecem em qualquer ambiente, porém,</p><p>nesse caso, as consequências podem ser mais sérias à saúde.</p><p>TEMA 3 – RADIAÇÃO IONIZANTE / RISCO QUÍMICO / RESÍDUOS</p><p>3.1 Radiação Ionizante</p><p>Normativas específicas elaboradas pela Comissão Nacional de Energia</p><p>Nuclear (CNEN) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do</p><p>Ministério da Saúde envolvem as atividades relacionadas a Radiações</p><p>Ionizantes. A NR32 afirma: “é obrigatório manter no local de trabalho e à</p><p>disposição da inspeção do trabalho o Plano de Proteção Radiológica - PPR,</p><p>aprovado pela CNEN, e para os serviços de radiodiagnóstico aprovado pela</p><p>Vigilância Sanitária”.</p><p>9</p><p>Produzidas por onda eletromagnética, extraem elétrons da matéria,</p><p>incidindo sob esta, produzindo íons, partículas alfa, beta, neutra e raios x são</p><p>exemplos</p><p>de radiação ionizante.</p><p>O avanço da física nuclear possibilitou o controle das doses, pois a</p><p>radiação ionizante é muito utilizada em diagnósticos clínicos e tratamentos como</p><p>Radioterapia. A radiação ionizante tem por consequência efeitos biológicos</p><p>divididos em dois grupos:</p><p>• Efeitos hereditários: são aqueles que produzem lesões na célula</p><p>germinativa da pessoa irradiada, as quais podem ser transmitidas aos</p><p>seus descendentes.</p><p>• Efeitos somáticos: produz lesão na célula do indivíduo que foi irradiado,</p><p>no entanto, essas lesões não são transmitidas hereditariamente.</p><p>O risco da radiação ionizante está relacionado às áreas de radioterapia e</p><p>radiodiagnóstico, risco também acometido em áreas de diagnóstico de imagem</p><p>em tempo real. Seu material líquido que entrar em contato com os isótopos</p><p>deverá ser descartado junto ao lixo radioativo. A exposição prolongada à</p><p>radiação ionizante pode encurtar a expectativa de vida.</p><p>É importante lembrar dos profissionais expostos a essa radiação.</p><p>Nenhuma pessoa além do paciente deverá ficar na sala; o operador deverá usar</p><p>um avental de proteção e um protetor de tireoide, óculos e luvas apropriados em</p><p>casos em que o operador não conseguir ficar mais afastado do paciente. A</p><p>radioproteção assegura os níveis de radiação no ambiente de trabalho aceitável</p><p>ou isentos, a proteção do profissional à sua descendência e à humanidade,</p><p>diminuindo a probabilidade de riscos à saúde dos profissionais. Seus principais</p><p>métodos consistem em: aumentar a distância entre a fonte de radiação, diminuir</p><p>o tempo de exposição, utilização de blindagem da fonte com um material</p><p>protetor.</p><p>3.2 Risco químico</p><p>Produtos químico são utilizados em diversas áreas e finalidades em</p><p>serviços de saúde. Em soluções medicamentosas (ex.: quimioterápicos),</p><p>agentes de limpeza, esterilização, desinfeção, manutenção de equipamentos</p><p>entre outros.</p><p>10</p><p>Os agentes químicos que podem trazer riscos à saúde do trabalhador da</p><p>área de saúde são principalmente os medicamentos e drogas de risco,</p><p>quimioterápicos e produtos químicos. A própria NR 32 traz a definição de</p><p>medicamentos e drogas de risco: “são aquelas que podem causar</p><p>genotoxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e toxicidade séria e seletiva</p><p>sobre órgãos e sistemas”.</p><p>• Genotoxicidade: capacidade de causar danos ao material genético do</p><p>indivíduo;</p><p>• Carcinogenicidade: capacidade de promover a formação de tumores;</p><p>• Teratogenicidade: capacidade de alterar a formação do embrião;</p><p>• Toxicidade seletiva: propriedade do agente químico de causar danos em</p><p>um órgão específico.</p><p>A NR 32 orienta que todos os produtos químicos utilizados na área de</p><p>saúde não devem ser retirados de sua embalagem original, tampouco a</p><p>reutilização destas.</p><p>A possibilidade de riscos decorrentes do variado número de produtos</p><p>químicos deve ser avaliada pelo SESMT, o qual, por meio de uma ficha de</p><p>segurança de cada produto, tem o controle dos produtos químicos que entram</p><p>no ambiente hospitalar. Dessa forma, os profissionais da área de segurança</p><p>terão conhecimento de todos os produtos químicos e seus riscos, possibilitando</p><p>medidas adequadas como forma de educar e treinar o trabalhador para suas</p><p>atividades necessário ao serviço.</p><p>A CIPA e o SESMT devem participar de todas as ações de controle de</p><p>risco. As avaliações de risco químico aplicadas ao ambiente de trabalho medem</p><p>a concentração do risco químico, medidas de controle adotadas e sua eficácia,</p><p>analisando o comportamento físico-químico do produto em relação ao ambiente</p><p>de trabalho e seus trabalhadores.</p><p>Medidas desde a recepção, armazenamento, manuseio e descarte do</p><p>material, deverão ser realizadas por um profissional com conhecimentos dos</p><p>riscos inerentes de cada produto químico, utilização correta de EPI, exames</p><p>periódicos e limitação de tempo de exposição à fonte de risco, e sempre atento</p><p>à limpeza das mãos de acordo com as normas assépticas, cuidado que reduz</p><p>significativamente a possibilidade de acidentes ocupacionais.</p><p>11</p><p>3.3 Resíduos</p><p>A Organização Mundial de Saúde (OMS) define como resíduos sólidos</p><p>dos serviços de saúde (RSS) todos os restos gerados em estabelecimentos de</p><p>saúde, centros de pesquisa e laboratórios.</p><p>Os RSS apresentam um perfil diversificado e heterogêneo de resíduos, o</p><p>que demanda uma classificação eficiente para evitar o manuseio inadequado,</p><p>priorizando a segurança.</p><p>Os RSS são classificados em função de suas características e</p><p>consequentes riscos que podem acarretar ao meio ambiente e à saúde. De</p><p>acordo com a RDC ANVISA 306 de 2004 e Resolução CONAMA 358 de 2005,</p><p>os RSS são classificados em cinco grupos: A, B, C, D e E.</p><p>• Grupo A: engloba os componentes com possível presença de agentes</p><p>biológicos que, por suas características de maior virulência ou</p><p>concentração, podem apresentar risco de infecção. Exemplos: placas e</p><p>lâminas de laboratório, carcaças, peças anatômicas (membros), tecidos,</p><p>bolsas transfusionais contendo sangue, dentre outras.</p><p>• Grupo B: contém substâncias químicas que podem apresentar risco à</p><p>saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características</p><p>de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Exemplos:</p><p>medicamentos apreendidos, reagentes de laboratório, resíduos contendo</p><p>metais pesados, dentre outros.</p><p>• Grupo C: quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que</p><p>contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de</p><p>eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia</p><p>Nuclear – CNEN. Exemplos: serviços de medicina nuclear e radioterapia</p><p>etc.</p><p>• Grupo D: não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde</p><p>ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.</p><p>Exemplos: sobras de alimentos e do preparo de alimentos, resíduos das</p><p>áreas administrativas etc.</p><p>• Grupo E: materiais perfurocortantes ou escarificantes. Exemplos: lâminas</p><p>de barbear, agulhas, ampolas de vidro, pontas diamantadas, lâminas de</p><p>bisturi, lancetas, espátulas e outros similares.</p><p>https://www.vgresiduos.com.br/blog/conheca-a-disposicao-correta-de-residuos-de-saude/#http://www.who.int/es/</p><p>12</p><p>Todos os lixos/resíduos devem seguir as recomendações contidas no</p><p>Manual de Normas Assépticas do Ministério da Saúde.</p><p>Ademais, devem ser separados e levados ao seu destino, ex.: aterro</p><p>sanitário. Os materiais e fragmentos cortantes, independentemente de estarem</p><p>ou não contaminados, devem ser recolhidos em embalagens que impeçam</p><p>ferimentos acidentais, mesmo havendo a recomendação de esterilização desses</p><p>itens. Com relação ao material biológico, deverá ser observada a legislação</p><p>vigente. Lixo radioativo está regulamentado na legislação específica, resíduos</p><p>químicos, particularmente de materiais pesados, ainda não têm legislação</p><p>especifica, e o lixo comum deve ser tratado da mesma forma que lixo doméstico.</p><p>TEMA 4 – PERFUROCORTANTES</p><p>Após a década de 80, percebeu-se maiores cuidados e atenção com</p><p>relação aos riscos de contaminação decorrente dos acidentes de trabalho, visto</p><p>que cerca de 30% dos acidentes são derivados de acidentes com</p><p>perfurocortantes. A comissão Gestora Multidisciplinar, constituída por diferentes</p><p>representantes da área e serviços de saúde unidos a CIPA e SESMT, são</p><p>fundamentais não só na elaboração e implementação, como no</p><p>acompanhamento de programas de prevenção de riscos em acidentes com</p><p>perfurocortantes. A NR 32 trata desse tema.</p><p>Profissionais da área da saúde estão expostos a um risco maior em</p><p>adquirir infecção sanguínea por lesões perfurocortantes. Materiais</p><p>perfurocortantes mais utilizados no ambiente da saúde são as agulhas, bisturis,</p><p>ampolas, escalpes, enfim, todo objeto capaz de causar corte. O manuseio</p><p>predomina como situação de exposição e acidente ocupacional.</p><p>Acidentes com matéria perfurocortante são graves devido às possíveis</p><p>consequências para os trabalhadores. Podemos considerar</p><p>alguns fatores que</p><p>colaboram na ocorrência dos acidentes, são eles: cansaço, não utilizar os EPIs</p><p>de forma correta, desconforto, muitas atribuições, equipamentos inadequados,</p><p>descuido em especial durante o manuseio de agulhas e perfurantes.</p><p>Treinamento, capacitação periódica, uso de Equipamento de Proteção</p><p>Individual EPIs e estrutura adequada tornam mais seguro o ambiente de</p><p>trabalho. Muitas vezes, o profissional não tem ideia da gravidade do acidente</p><p>envolvendo o material contaminado, por isso, é muito importante identificar a</p><p>13</p><p>causa do acidente de trabalho como forma de educação continuada minimizando</p><p>os riscos.</p><p>A Norma Regulamentadora NR 32 estabelece um plano de prevenção de</p><p>riscos de acidentes com material perfurocortantes com objetivo em estabelecer</p><p>diretrizes para a elaboração e implementação de prevenção aos riscos de</p><p>acidente de trabalho:</p><p>1 Acidentes com materiais perfurocortantes com probabilidade de</p><p>exposição a agentes biológicos, visando a proteção, segurança e</p><p>saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles</p><p>que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.</p><p>2.Comissão gestora multidisciplinar:</p><p>3.Análise dos acidentes de trabalho ocorridos e das situações de risco</p><p>com materiais perfurocortantes:</p><p>4. Estabelecimento de prioridades:</p><p>4.1 A partir da análise das situações de risco e dos acidentes de</p><p>trabalho ocorridos com materiais perfurocortantes, a Comissão</p><p>Gestora deve estabelecer as prioridades, considerando</p><p>obrigatoriamente os seguintes aspectos:</p><p>a) situações de risco e acidentes com materiais perfurocortantes que</p><p>possuem maior probabilidade de transmissão de agentes biológicos</p><p>veiculados pelo sangue;</p><p>b) frequência de ocorrência de acidentes em procedimentos com</p><p>utilização de um material perfurocortante específico;</p><p>c) procedimentos de limpeza, descontaminação ou descarte que</p><p>contribuem para uma elevada ocorrência de acidentes; e</p><p>d) número de trabalhadores expostos às situações de risco de</p><p>acidentes com materiais perfurocortantes.</p><p>5. Medidas de controle para a prevenção de acidentes com materiais</p><p>perfurocortantes:</p><p>6. Seleção dos materiais perfurocortantes com dispositivo de</p><p>segurança:</p><p>7. Capacitação dos trabalhadores:</p><p>7.1 Na implementação do plano, os trabalhadores devem ser</p><p>capacitados antes da adoção de qualquer medida de controle e de</p><p>forma continuada para a prevenção de acidentes com materiais</p><p>perfurocortantes.</p><p>7.2 A capacitação deve ser comprovada por meio de documentos que</p><p>informem a data, o horário, a carga horária, o conteúdo ministrado, o</p><p>nome e a formação ou capacitação profissional do instrutor e dos</p><p>trabalhadores envolvidos.</p><p>8. Cronograma de implementação:</p><p>9. Monitoramento do plano:</p><p>9.1 O plano deve contemplar monitoração sistemática da exposição</p><p>dos trabalhadores a agentes biológicos na utilização de materiais</p><p>perfurocortantes, utilizando a análise das situações de risco e</p><p>acidentes do trabalho ocorridos antes e após a sua implementação,</p><p>como indicadores de acompanhamento.</p><p>10. Avaliação da eficácia do plano:</p><p>10.1 O plano deve ser avaliado a cada ano, no mínimo, e sempre que</p><p>se produza uma mudança nas condições de trabalho e quando a</p><p>análise das situações de risco e dos acidentes assim o determinar.</p><p>14</p><p>4.1 Psicológico associado aos acidentes de trabalho</p><p>Acidentes ocasionados por material perfurocortante, além dos possíveis</p><p>riscos à saúde física e mental do trabalhador, também podem causar o</p><p>Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT), situação que vem chamando a</p><p>atenção entre psicopatologias. Quando o profissional assume que teve uma</p><p>exposição ao risco e uma possível contaminação, a atenção volta-se também</p><p>para o meio familiar. A exposição a patógenos transmitidos por material biológico</p><p>somada à espera dos resultados dos exames sorológicos que perduram por</p><p>meses, além dos efeitos colaterais dos medicamentos a alterações em práticas</p><p>sexuais, leva a um cuidado redobrado não só no ambiente de trabalho deste</p><p>profissional, como em seu meio psicológico, que deve ser acompanhado pelo</p><p>empregador.</p><p>Constantemente expostos à material biológico contaminado, talvez, com</p><p>vírus HIV, Hepatite B e C, o trabalhador deve ter consciência quanto à</p><p>responsabilidade no atendimento ao paciente e cuidados de biossegurança para</p><p>um trabalho mais seguro para todos.</p><p>Em casos de acidente no trabalho, é obrigatório o registro de CAT</p><p>(Comunicado de Acidente de Trabalho) pelo empregador, sendo um direito do</p><p>empregado. Usada para comunicar ao INSS que determinado funcionário sofreu</p><p>um acidente de trabalho ou doença ocupacional, a CAT é um documento</p><p>utilizado para medir estatísticas de acidente e de trajeto da Previdência Social.</p><p>TEMA 5 – PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO</p><p>Existem variações de riscos de transmissão de infecção. Por essa razão,</p><p>faz-se necessária a conscientização do conhecimento entre os conceitos e</p><p>procedimentos antimicrobianos classificados em três grupos:</p><p>• Limpeza: É o procedimento antimicrobiano de remoção de sujidades e</p><p>detritos para manter em estado de asseio os artigos e áreas. A limpeza</p><p>constitui o núcleo de todas as ações referentes aos cuidados de higiene</p><p>com os artigos e áreas hospitalares. É o primeiro passo nos</p><p>procedimentos técnicos de desinfecção e esterilização. Os métodos de</p><p>limpeza devem ser determinados pelo tipo de superfície, quantidade e o</p><p>tipo de matéria orgânica presente, e o propósito da área ou artigo. As</p><p>operações de limpeza, propriamente ditas, compreendem escovação com</p><p>15</p><p>água e sabão, fricção, esfregação e passar pano. A varredura e</p><p>espanação seca devem ser evitadas, pois essas práticas espalham para</p><p>o ar e para as superfícies limpas poeira, matéria estranha e</p><p>microrganismos.</p><p>• Desinfecção: É o processo de destruição de agentes infecciosos em</p><p>forma vegetativa, potencialmente patogênicos, existentes em superfícies</p><p>inertes, mediante a aplicação de meios físicos e químicos. Os meios</p><p>químicos compreendem os germicidas (líquidos ou gasosos). Os meios</p><p>físicos compreendem o calor em suas formas seca e úmida (vapor). A</p><p>desinfecção normalmente se aplica a áreas e artigos semicríticos e não-</p><p>críticos. Os desinfetantes mais comumente utilizados são: hipoclorito de</p><p>sódio, formaldeído, compostos fenólicos e iodo.</p><p>• Esterilização: Em termos absolutos, significa destruição de todas as</p><p>formas de vida. A esterilização pode ser realizada utilizando-se agentes</p><p>físicos ou químicos, os quais podem ser líquidos ou gasosos. Pode ainda</p><p>ser obtida utilizando as radiações eletromagnéticas. Agentes físicos</p><p>podem induzir a formação de substâncias químicas letais, do mesmo</p><p>modo que substâncias químicas podem produzir calor e pressão osmótica</p><p>responsáveis pela destruição de microrganismos. O mais antigo e mais</p><p>conhecido agente esterilizante é o calor. O vapor e o calor são os meios</p><p>clássicos de esterilização, tendo sido usados desde o princípio da história</p><p>da transmissão de doenças. O vapor inclui ambos, vapor saturado e água</p><p>em ebulição. Embora a água em ebulição não seja um bom esterilizante</p><p>devido à sua baixa temperatura, sua principal vantagem é a facilidade com</p><p>que é obtida. O vapor sob pressão é barato e esteriliza materiais porosos</p><p>e superfícies rapidamente. O calor seco, de outro modo, é relativamente</p><p>lento. Necessita de altas temperaturas para sua aplicação. Entretanto, o</p><p>calor seco penetra em todos os materiais, como óleos, vaselinas e</p><p>recipientes fechados, os quais não são penetrados pelo vapor.</p><p>Equipamentos médicos merecem uma atenção quando falamos em</p><p>limpeza. Por muito tempo, esse assunto foi deixado de lado, porém atualmente,</p><p>estudos chamam a atenção na descontaminação necessário dos equipamentos,</p><p>a fim de reduzir qualquer possibilidade de contaminação cruzada. A limpeza</p><p>remove essencialmente matéria estranha sem a preocupação em manter</p><p>16</p><p>qualquer organismo vivo, essencial</p><p>em garantir a ação germicida do produto.</p><p>Veja, a seguir, um breve conhecimento das formas existentes dos métodos:</p><p>• Esterilização química (líquidos ou gases): porém podem deixar resíduos</p><p>no equipamento.</p><p>• Autoclave: esteriliza os equipamentos, necessita de cuidados em manter</p><p>a integridade destes.</p><p>• Radiação gama: uma onda eletromagnética produzida durante a</p><p>desintegração de certos elementos radioativos.</p><p>• Agentes químicos líquidos: utilizados em equipamentos que não suportam</p><p>altas temperaturas.</p><p>Os profissionais que realizam a limpeza do ambiente de Serviço de Saúde</p><p>estão expostos a diversos riscos, com isso, esses profissionais devem ser</p><p>capacitados em suas condutas de cuidados pessoal. Informados e treinados</p><p>quanto aos riscos, química, biológico, sinalização, rotulagem procedimentos de</p><p>emergência, além de ter à sua disposição e saber usar EPI e EPC. Segurança e</p><p>cuidados com relação à preservação do trabalhador devem ser redobrados.</p><p>Equipamentos, máquinas e ferramentas necessitam de manutenção e inspeção</p><p>prévia para a conservação e segurança de todos.</p><p>Serviços de manutenção, bom funcionamento de equipamentos e</p><p>instalações, independentemente da rotatividade de pessoas nos setores,</p><p>programas de treinamento específicos e atualização ao trabalhador destinado à</p><p>limpeza e manutenção devem, sem sombra de dúvidas, ser aplicados até mesmo</p><p>em serviços terceirizados para uma melhor qualidade nos procedimentos de</p><p>limpeza e segurança na saúde do profissional.</p><p>A realização de manutenção descontinua de equipamentos pode</p><p>acarretar risco à vida do paciente.</p><p>NA PRÁTICA</p><p>Qual é a importância dos EPIs e EPCs? Qual é a importância do uso</p><p>correto/eficiente destes?</p><p>Por que os serviços de assistência em saúde possuem NR específica?</p><p>17</p><p>FINALIZANDO</p><p>Vimos em nossa aula uma das principais ferramentas em Biossegurança,</p><p>os equipamentos de proteção individual e coletiva. Aprendemos que, mais</p><p>importante que utilizar, é fazê-lo de forma correta, pois o mau uso anula qualquer</p><p>proteção que se poderia ter e traz prejuízos significativos à saúde caso ocorra</p><p>um acidente ou doença ocupacional, visto que, em serviços de saúde, se</p><p>observa os cinco agentes de riscos presentes, físicos, químicos, biológicos,</p><p>mecânicos ou de acidente e ergonômicos.</p><p>Ainda sobre esse ambiente peculiar que são os serviços de saúde, vimos</p><p>a importância da NR 32 que traz informações e orientações específicas quanto</p><p>à exposição e manipulação de agentes principalmente biológicos e químicos,</p><p>limpeza e desinfeção das áreas e superfícies, e manipulação e descarte de</p><p>resíduos e perfurocortantes, visto que estes representam um risco eminente de</p><p>acidente a quem manipula esse material e ao meio ambiente, haja vista que os</p><p>acidentes com perfurocortantes são uma das principais causas de acidente</p><p>ocupacional em serviços de assistência em saúde.</p><p>18</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Manual de segurança no</p><p>ambiente hospitalar. 2003.</p><p>_____. Biossegurança.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Biossegurança em Saúde: Prioridades e</p><p>Estratégias de Ação. Brasília, 2010.</p><p>HÖKERBERG, Y. H. M. et al. O processo de construção de mapas de risco em</p><p>um hospital público. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 11 n. 2 abr./Jun.</p><p>2006.</p><p>MIRANDA, C. R.; DIAS, C. R.; PPRA/PCMSO: auditoria, inspeção do trabalho e</p><p>contrato social. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1, p. 224-232,</p><p>jan./fev. 2004.</p><p>NEVES, T. P; CORTEZ, E. A; MOEIRA, C. O. F. Biossegurança ação educativa,</p><p>contribuições a saúde do trabalho. Cogitare Enferm, v. 11, n. 1, p. 50-54,</p><p>jan./abr. 2006.</p><p>TEIXEIRA, M. Biossegurança - Manual técnico em segurança do trabalho.</p><p>2013.</p>