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<p>Pergunta 1</p><p>0,1 Pontos</p><p>De acordo com os conhecimentos sobre hermenêutica jurídica, é incorreto afirmar:</p><p>o intérprete não cria prescrições; deduz a nova regra, para um caso concreto, do</p><p>conjunto das disposições vigentes, consentâneas com o progresso geral.</p><p>a fim de alcançar o escopo do Direito não é examinada a norma em sua essência,</p><p>conteúdo e alcance; o caso concreto e as circunstâncias.</p><p>a Hermenêutica Jurídica tem por objeto o estudo e a sistematização dos processos</p><p>aplicáveis para determinar o sentido e o alcance das expressões do Direito.</p><p>na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do</p><p>bem comum.</p><p>ante a impossibilidade de prever todos os casos particulares, o legislador estabelece</p><p>preceitos de longo alcance e deixa ao aplicador do Direito a tarefa de enquadrar o fato</p><p>humano numa norma jurídica.</p><p>Pergunta 2</p><p>0,1 Pontos</p><p>A respeito da retroatividade e o impedimento à retroatividade no direito brasileiro, é</p><p>correto afirmar que:</p><p>no direito, retroagir significa a ação que seja apta a surtir efeitos em acontecimentos que</p><p>já sucederam, de modo a modificar algo que já aconteceu.</p><p>o impedimento à retroatividade não possui qualquer relação com a ideia de segurança</p><p>jurídica.</p><p>o ordenamento jurídico brasileiro veda em todos os casos a retroatividade normativa.</p><p>no direito brasileiro, a retroatividade poderá modificar irrestritamente o direito adquirido,</p><p>desde que com decisão judicial nesse sentido.</p><p>no direito penal, a lei poderá retroagir inclusive para prejudicar o réu.</p><p>Pergunta 3</p><p>0,1 Pontos</p><p>Sobre as lacunas, conforme a teoria de Bobbio, pode-se dizer que:</p><p>são costumeiras, que tenham surgido de práticas sociais inspiradas nos valores</p><p>vigentes.</p><p>são injustas, aquelas que pretende satisfazer um sentimento pessoal e subjetivo de</p><p>injustiça provocado por outrem.</p><p>são justas, que ensejem uma solução satisfatória ao caso concreto.</p><p>são legitimamente produzidas pelo legislador democrático.</p><p>atendam às convicções ideológicas pessoais do juiz.</p><p>Pergunta 4</p><p>0,1 Pontos</p><p>Bobbio, ao tratar da coerência do ordenamento jurídico, afirma que "a situação de</p><p>normas incompatíveis entre si" refere-se ao problema:</p><p>da incompletude.</p><p>das lacunas.</p><p>das antinomias.</p><p>do conflito entre normas e princípios.</p><p>do espaço jurídico vazio.</p><p>Pergunta 5</p><p>0,1 Pontos</p><p>Qual afirmativa traz o conceito de analogia mais adequado à teoria de Bobbio?</p><p>Através da semelhança entre dois casos, o intérprete deve abrir mão da aplicação de</p><p>uma norma para aplicar aquela que lhe pareça a mais justa, mesmo que a norma não se</p><p>refira especificamente ao caso em análise.</p><p>existindo relevante semelhança entre dois casos, as consequências jurídicas atribuídas</p><p>a um caso já regulamentado deverão ser atribuídas também a um caso não</p><p>regulamentado.</p><p>raciocínio em que se produz, como efeito, a extensão de uma norma jurídica para casos</p><p>não previstos por esta.</p><p>decisão, por meio de recurso, às práticas sociais que sejam uniformes e continuadas e</p><p>que possuam previsão de necessidade jurídica.</p><p>subsunção de um caso (premissa menor) a uma norma jurídica (premissa maior) de</p><p>forma a permitir uma conclusão lógica e necessária.</p><p>Pergunta 6</p><p>0,1 Pontos</p><p>Conforme a hermenêutica jurídica brasileira, podemos afirmar que:</p><p>a analogia, assim como o costume e os princípios gerais de direito, tem função</p><p>integrativa no sistema jurídico brasileiro.</p><p>antinomia jurídica ocorre quando há lacuna legislativa.</p><p>a analogia serve apenas como método interpretativo de efeitos restritivos.</p><p>o critério ou princípio hierárquico – lex superior derogat legi inferiori – visa a solucionar o</p><p>problema da necessidade de integração de lacunas axiológicas.</p><p>no direito brasileiro, a equidade possui apenas função interpretativa.</p><p>Pergunta 7</p><p>0,1 Pontos</p><p>Podemos identificar uma antinomia real, pela teoria de Norberto Bobbio, quando:</p><p>de duas normas colidentes que pertencem a ordenamentos jurídicos diferentes.</p><p>de normas colidentes em que o intérprete é obrigado a escolher apenas os critérios</p><p>especificamente previstos no ordenamento jurídico.</p><p>de duas ou mais normas que colidem entre si e que possuem diferentes âmbitos de</p><p>validade temporal, espacial, pessoal ou material.</p><p>de normas colidentes e o intérprete é abandonado a si mesmo pela falta de um critério</p><p>ou pela impossibilidade de solução do conflito entre os critérios existentes.</p><p>de normas que colidem entre si, porém essa colisão é solúvel mediante a aplicação do</p><p>critério cronológico, do critério hierárquico ou do critério de especialidade.</p><p>Pergunta 8</p><p>0,1 Pontos</p><p>Quais as condições para que haja antinomia na teoria de Bobbio?</p><p>as duas normas em conflito devem pertencer ao mesmo ordenamento; as duas normas</p><p>devem ter o mesmo âmbito de validade, seja temporal, espacial, pessoal ou material.</p><p>as duas normas em conflito devem pertencer ao mesmo ordenamento, mas não</p><p>necessariamente com o mesmo âmbito de validade, já que há questões históricas que</p><p>podem trazer à tona normas de ordenamentos antigos.</p><p>as duas normas aplicáveis não apresentam uma solução satisfatória para o caso; as</p><p>duas normas não podem ser integradas mediante recurso a analogia ou costumes.</p><p>ambas as normas devem ter procedido da mesma autoridade legislativa; as duas</p><p>normas em conflito não devem dispor sobre uma mesma matéria.</p><p>ocorre no âmbito do processo judicial quando há uma divergência entre a decisão de</p><p>primeira instância e a decisão de segunda instância ou quando um tribunal superior de</p><p>natureza federal confirma a decisão de segunda instância.</p><p>Pergunta 9</p><p>0,1 Pontos</p><p>Sobre a analogia na hermenêutica jurídica:</p><p>a analogia juris ocorre quando se formula regra nova, semelhante a outra já existente.</p><p>a analogia pressupõe que casos análogos sejam estabelecidos em face de normas</p><p>análogas, mas não díspares.</p><p>a analogia pressupõe, a partir de sua função principal de descobrir o sentido e o alcance</p><p>das normas jurídicas, compreender a intenção do legislador.</p><p>a analogia legis se caracteriza por recorrer à síntese de um complexo de princípios</p><p>jurídicos.</p><p>a analogia afasta a criação de regra nova, mas exige interpretação extensiva de regras</p><p>já existentes.</p><p>Pergunta 10</p><p>0,1 Pontos</p><p>Sobre a interpretação do direito, podemos afirmar:</p><p>considerando a existência de antinomia entre dois dispositivos de uma mesma lei, à</p><p>solução do conflito é essencial a diferenciação entre antinomia real e antinomia</p><p>aparente, porque reclamam do interprete solução distinta.</p><p>a aplicação do princípio da especialidade, em conflito aparente de normas, afeta a</p><p>validade ou a vigência da lei geral.</p><p>diante da existência de antinomia entre dois dispositivos de uma mesma lei, o conflito</p><p>deve ser resolvido pelos critérios da hierarquia e (ou) da sucessividade no tempo.</p><p>a técnica da subsunção é suficiente e adequada à hipótese que envolve a denominada</p><p>eficácia horizontal de direitos fundamentais nas relações privadas.</p><p>os tradicionais critérios hierárquico, cronológico e da especialização são adequados à</p><p>solução de confronto caracterizado como antinomia real, ainda que ocorra entre</p><p>princípios jurídicos.</p>