Prévia do material em texto
<p>Unidade 3 | Controle Social e Instituições, tipos de controle social</p><p>Site: Faculdade Sensu</p><p>Curso: Sociologia Geral/Sociologia Jurídica</p><p>Livro:</p><p>Unidade 3 | Controle Social e Instituições, tipos de controle</p><p>social</p><p>Impresso por: Danilo Nunes dos Anjos</p><p>Data: sexta, 13 set 2024, 17:11</p><p>https://ava.faculdadesensu.edu.br/</p><p>Índice</p><p>Apresentação</p><p>Capítulo 1</p><p>Capítulo 2</p><p>Capítulo 3</p><p>Capítulo 4</p><p>Capítulo 5</p><p>Considerações Finais</p><p>Vídeo Complementar</p><p>Infográfico</p><p>Para saber mais</p><p>Apresentação</p><p>A presente unidade III, do curso de Sociologia Geral/ Sociologia Jurídica, visa apresentar um panorama sobre controle Social, o que é uma</p><p>instituição social e os tipos de controle social que cria padrões de controle regras de comportamento e imposições. Assim, cabe compreender</p><p>que as Instituições Sociais são instrumentos reguladores e normativos das ações humanas, as quais reúnem um conjunto de regras e</p><p>procedimentos reconhecidos pela sociedade.</p><p>Elas possuem uma relação de interdependência, ou seja, não atuam de maneira isolada, e surgem para suprir diversas necessidades</p><p>humanas. Desempenham um papel fundamental no funcionamento da sociedade e da democracia, o que decorre por meio de seu poder</p><p>normativo e coercitivo. Do mesmo modo, determinam as regras e procedimentos dos grupos de acordo com padrões, papéis, valores,</p><p>comportamentos e relações entre membros da mesma cultura.</p><p>As instituições sociais fazem parte da estrutura social e designam meios sociais duradouros e estáveis. Nelas são desenvolvidas diversas</p><p>relações em função da interação entre os grupos sociais. Além de participar da organização da sociedade, ela pode atuar como controlador</p><p>social. Já o Processo Penal e o cumprimento de pena produzem efeitos sociológicos, pois ao ser condenado o agente infrator recebe a sanção</p><p>em conformidade com o que norma estabelece pelo delito praticado causando efeitos sociais de cumprimento da Lei.</p><p>Capítulo 1</p><p>O que é uma instituição social?</p><p>Instituições sociais são organizações da sociedade que existem para que haja a organização e a coesão social. São elas</p><p>que passam as regras e normas da sociedade para os cidadãos e forma-os enquanto cidadãos pertencentes a determinado</p><p>grupo social. Podemos considerar como instituições sociais: a família, a escola, o trabalho, a Igreja e o Estado. As instituições</p><p>sociais atuam no processo de socialização, visando a adequação de cada indivíduo no grupo social. Características das</p><p>instituições sociais são de atuarem como mediadoras do conflito entre a individualidade e a coletividade.</p><p>A convivência em sociedade requer o desenvolvimento de dupla tarefa de desenvolver enquanto seres individuais e sociais.</p><p>Enquanto seres individuais, devemos adaptar à vida individual, mas, enquanto seres sociais, precisamos enquadrar em</p><p>certas normas morais e sociais que permitem a pacífica vida entre integrantes de um mesmo grupo.</p><p>As instituições sociais são criações humanas para que haja uma verdadeira integração social, sem conflitos e com as</p><p>mesmas ideologias predominantes. Nesse sentido, as instituições sociais atuam na homogeneização da massa, fazendo com</p><p>que todos agem e pensem da mesma maneira, evitando-se o caos. As instituições sociais servem como mediadoras entre a</p><p>vida individual e a vida privada, levando às pessoas a oportunidade de enquadrarem-se nos modos de vida e</p><p>nos padrões sociais, a fim de que não haja divergência entre vida individual e vida social.</p><p>O sociólogo Émile Durkheim foi um defensor do papel das instituições sociais na composição da sociedade. Defensor também</p><p>do capitalismo, ele pensou a sociedade como um todo coeso que necessita das instituições para a sua composição. Para</p><p>Durkheim, existem duas formas de coesão social:</p><p>Solidariedade mecânica: é característica das sociedades pré-capitalistas, cuja organização é feita com base em pontos de coesão mais</p><p>próximos e nas quais não há grande distância entre seus membros. Tudo funciona como um grande mecanismo.</p><p>Solidariedade orgânica: é aquela em que há uma formação de um organismo social, com vários órgãos diferentes que possuem entre si uma</p><p>coesão interna. Esse tipo de coesão é típico das sociedades capitalistas, que dividem a formação social em grupos diferentes.</p><p>Para ele as instituições sociais são uma forma de garantir a ordem da sociedade, sendo elos que unem os cidadãos em torno de uma</p><p>formação social. Para o sociólogo, existem duas formas de socialização que separam as instituições sociais:</p><p>Socialização primária: é provida pelas primeiras instituições com as quais o indivíduo tem contato. A principal delas é a família. Baseia-se nas</p><p>normas da afetividade.</p><p>Socialização secundária: coloca o indivíduo em convívio com outras formas de socialização, entrando em contato com indivíduos fora do</p><p>convívio familiar. Ela está baseada em normas sociais mais rígidas e exteriores ao indivíduo e ao grupo familiar. São elas a Igreja, a escola, o</p><p>trabalho e o Estado.</p><p>https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/o-que-moral.htm</p><p>https://brasilescola.uol.com.br/biografia/emile-durkheim.htm</p><p>Capítulo 2</p><p>Principais instituições sociais</p><p>As instituições sociais acompanham-nos desde a nossa inserção no mundo dividido em sociedades. Podemos elencá-las desta forma:</p><p>Família: é a primeira instituição com a qual temos contato. Ela ensina as primeiras regras que devemos seguir e guia-nos para os primeiros</p><p>passos esperados pela sociedade. Essa instituição se baseia na afetividade para o ensinamento de regras que devemos absorver e levar para</p><p>o convívio social.</p><p>Igreja: é a segunda instituição com a qual a maioria da população tem contato. As apontam as normas sociais e morais que devem</p><p>ser seguidas pela população de uma determinada , tornando-se, assim, muito importantes. Como as regras dessa instituição saem do</p><p>convívio familiar e tornam-se mais gerais, ela é considerada uma instituição de socialização secundária.</p><p>Escola: é a instituição de socialização secundária por excelência. Ela é responsável por introjetar no indivíduo as normas sociais, legais e de</p><p>comportamento que ele deve levar para o resto da vida, além de prepará-lo para as duas etapas sociais seguintes, o trabalho e o Estado.</p><p>Trabalho: é a instituição social para qual todos os indivíduos são preparados na sociedade capitalista. Ele consiste num conjunto de normas e</p><p>regras que devem ser desempenhadas pelo indivíduo para que haja o correto funcionamento da sociedade, na visão de Durkheim. Essa etapa</p><p>da vida consiste na maior e mais importante fase da convivência em sociedade, sendo que ela necessita da aplicação de tudo aquilo que foi</p><p>aprendido nas etapas anteriores de socialização.</p><p>Estado: consiste na formação de um conglomerado de normas e regras sociais que compõem as instituições sociais anteriores. O Estado é a</p><p>última e mais complexa instituição social, pois ele necessita da socialização primária promovida pelas famílias e de todas as outras etapas</p><p>descritas. O Estado é constituído por normas e regras regidas por um corpo de leis. É no Estado que encontramos a maior impessoalidade e</p><p>um modo de agir mais técnico em sociedades civilizadas.</p><p>religiões</p><p>cultura</p><p>https://brasilescola.uol.com.br/religiao/</p><p>https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cultura-1.htm</p><p>Capítulo 3</p><p>Classificação dos tipos de instituições e o controle social</p><p>Segundo a função e o espaço social que se desenvolvem, as instituições são classificadas em:</p><p>Instituições Espontâneas: surgem espontaneamente a partir das relações estabelecidas entre os agentes sociais, por exemplo, a família.</p><p>Instituições Criadas: o nome já indica que foram criadas para regular e organizar a sociedade e não surgiram espontaneamente. São elas, os</p><p>bancos, as igrejas, etc.</p><p>Instituições Reguladoras: regula diversos aspectos da sociedade, por exemplo as instituições educativas e religiosas.</p><p>Instituições Operacionais: opera sobre diversos aspectos da sociedade, por exemplo, o departamento de finanças.</p><p>Em termos gerais, as instituições sociais servem para tornar a vida social menos agressiva. A moral social é uma necessidade</p><p>criada para que</p><p>as pessoas vivam de acordo com normas e regras que imponham respeito entre as individualidades.</p><p>Nesse sentido, as instituições sociais atuam como mediadoras no processo de socialização do ser humano, fazendo com que haja um</p><p>respeito a certos preceitos sociais. Elas são, portanto, formadoras e educativas, atuando na coesão social.</p><p>Capítulo 4</p><p>O Direito e o poder social</p><p>Poder social é a habilidade potencial ou capacidade de um indivíduo (o agente) influenciar uma ou mais pessoas (o alvo), de forma</p><p>, ou mesmo . A influência, por sua vez, é definida como uma força que o ator exerce sobre o alvo para</p><p>induzir uma mudança nas convicções, nas atitudes ou no comportamento desse alvo. O poder social seria, então, o potencial para tal</p><p>influência.</p><p>Na definição de , é a capacidade de um ator para realizar sua vontade, por meio de diferentes recursos, numa ,</p><p>apesar da . define o poder como "a capacidade ou a possibilidade de agir, de produzir efeitos". No nível</p><p>especificamente social, o autor define o poder como "a capacidade geral de agir, até a capacidade do homem em determinar o</p><p>do homem: poder do homem sobre o homem".</p><p>Dado que o homem seria sujeito e objeto do poder social, trata-se de uma relação entre pessoas - e não entre uma pessoa e uma coisa (tal</p><p>como uma relação de posse, por exemplo). Ainda segundo Bobbio, "não existe poder se não existe, ao lado daquele que o exerce, outro</p><p>indivíduo ou grupo que é induzido a comportar-se tal como aquele deseja". Assim, o direito, decorrente da criação humana, é direcionado de</p><p>acordo com os interesses impostos pela sociedade.</p><p>Tal fato torna-o dinâmico, exigindo que ele, à cada época, acompanhe os anseios e interesses da sociedade para qual foi criado. o direito é</p><p>utilizado como instrumento de dominação da sociedade, pois esta submete-se, em grau de obediência, às regras de controle instituídas para</p><p>organizar a sua convivência. Nesse processo de dominação, os que detêm o poder político em suas mãos controlam a organização social,</p><p>porque impõem a sua vontade.</p><p>O Estado, por sua vez, é uma forte arma de que se valem os detentores do poder político para exercerem sua força de dominação sobre a</p><p>sociedade; sendo que o direito, manifestado pela vontade estatal legislativa (isto é, as leis elaboradas nos parlamentos), é utilizado pelos</p><p>detentores do poder político para pôr em prática este sistema de controle social, seja para beneficiá-los, como manifestado por meio de</p><p>normas de conteúdo patrimonial/econômica, as quais lhes convêm em suas relações; como também sobre as normas de penalização e</p><p>afastamento da sociedade dos “homens bons” – in casu eles, “os poderosos” – daqueles que são rotulados como “maus” e os inconvenientes</p><p>ao seu meio.</p><p>Portanto, a figura do Estado, principalmente o Estado-Legislador, é fundamental para a execução da dominação praticada pelos detentores</p><p>do poder político, e, neste contexto, o direito está colocado a serviço dos poderosos. Tal exercício de poder, constata-se verdadeiro confronto</p><p>entre as normas legais vigentes – impostas pelo poder de dominação – e sua eficácia ou força legitimadora; sendo tais normas despidas, em</p><p>seu conteúdo e caráter, de legitimidade. A legitimidade ora referida é aquela que decorre da verdadeira vontade da maioria na sociedade</p><p>politicamente organizada, ou seja, a vontade do povo, das massas, das maiorias.</p><p>Deste modo, o direito poderá ser utilizado como instrumento de mudança social, isto porque cabe aos juízes, no mister de se aplicar as normas</p><p>jurídicas, estar comprometidos com os pressupostos de uma “verdade real” e “não meramente formal”, procurando almejar, de forma</p><p>incansável, a justiça – tanto para os pobres como para os ricos – que atenda os anseios da maioria da sociedade.</p><p>comunicativa harmônica coercitiva</p><p>Max Weber poder relação social</p><p>resistência Norberto Bobbio</p><p>comportamento</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Harmonia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Coer%C3%A7%C3%A3o</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Max_Weber</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Poder</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%A3o_social</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Resist%C3%AAncia</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Norberto_Bobbio</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Comportamento</p><p>Capítulo 5</p><p>A prisão e seus efeitos sociológicos</p><p>A prisão é um lugar de reclusão onde o indivíduo, acusado por algum tipo de crime, é condenado a cumprir pena privativa de liberdade. A</p><p>pena de prisão tem sua origem nos ideais humanistas do século XVIII, como mostra o artigo VII da Declaração dos Direitos do homem. Ela</p><p>surge em substituição à pena de banimento e aos suplícios. No entanto, é importante ter claro que a reclusão não coincide com a pena de</p><p>prisão. A reclusão foi um instrumento utilizado pelos grupos sociais desde sempre.</p><p>A prisão traz consigo a concepção cristã da penitência, cujo objetivo quase terapêutico é o de submeter o criminoso a condições precárias de</p><p>vida como forma de pagar o mal que fez à sociedade. É preciso sofrer para reparar as faltas cometidas. Contudo conforme os apelos</p><p>humanistas do século XVIII, a pena de prisão se constituiu num instrumento de recuperação do indivíduo e ainda, como medida exemplar para</p><p>coibir novas possibilidades de transgressão.</p><p>Em uma ideologia da prisão identifica que vem servindo a diferentes lógicas sociais: o encarceramento com o sentido de neutralização, ou</p><p>seja, que busca afastar do convívio social o indivíduo verdadeiramente perigoso para a sociedade; o encarceramento no sentido de</p><p>diferenciação social ou ressocialização, aquele que tem por finalidade proporcionar na cadeia uma formação adequada para que o</p><p>criminoso possa ser reabilitado a voltar à sociedade; e, por fim, o encarceramento de autoridade, o que visa afirmar uma relação de poder.</p><p>Considerações Finais</p><p>O homem, mais do que formador da sociedade, é um produto dela. O conceito de controle social nasce junto com a Sociologia como ciência.</p><p>Trata-se de mecanismos de intervenção de uma sociedade ou grupo social, utilizados para que os indivíduos se comportem de maneira</p><p>desejável, de acordo com as regras sociais.</p><p>Por meio de recursos materiais e simbólicos aqueles que governam sobre o grupo controlado influenciam o modo de pensar, de ser, valores e</p><p>crenças dos indivíduos, com o objetivo de manter determinado ordenamento social e a ligação entre a prisão e a sociedade torna-se um eixo</p><p>central de análise à medida que a prisão tanto reflete as relações sociais da sociedade onde está inserida quanto essas relações sociais da</p><p>sociedade produzem seus efeitos.</p><p>Vídeo Complementar</p><p>Introdução à sociologia</p><p>Descrição: Vídeo relata os efeitos sociais de punições públicas de detentos – análise da economia do castigo por Foucault – Livro Vigiar e</p><p>Punir.</p><p>Infográfico</p><p>Para saber mais</p><p>O direito como meio de controle social</p><p>Leiam o artigo “O direito como meio de controle social ou como instrumento de mudança social?” escrito por JORGE RUBEM FOLENA DE OLIVEIRA que aborda o tema</p><p>sob uma perspectiva direta, esclarecedora e didática, apresentado aspectos aprofundados do tema abordado em aula.</p><p>Disponível em: Senado.</p><p>Acessar</p><p>Carandiru (Trailer)</p><p>Baseado na história real do complexo penitenciário Carandiru, o filme retrata a vida dos detentos, seus dilemas, as injustiças que causam e que sofrem,</p><p>culminando na atrocidade feita pela polícia dentro do presídio.</p><p>Disponível em: Youtube.</p><p>Acessar</p><p>https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/324/odireitocomomeio.pdf</p><p>https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/324/odireitocomomeio.pdf</p><p>https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/324/odireitocomomeio.pdf</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=BdLvrNz9tUk</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=BdLvrNz9tUk</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=BdLvrNz9tUk</p>