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<p>FACULDADE ÚNICA KLIEMT MECÂNICA DOS SOLOS I Prof. Esp. Clélio Rodrigo Paiva Rafael</p><p>MECÂNICA DOS SOLOS I PROF. ESP. CLÉLIO RODRIGO PAIVA RAFAEL FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>EDITORIAL Diretor Geral: Prof. Esp. Valdir Henrique Valerio Diretor Executivo: Prof. Dr. William José Ferreira Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Esp. Cristiane Lelis dos Santos Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Esp. Gilvânia Barcelos Dias Teixeira Revisão Gramatical e Ortográfica: Esp. Izabel Cristina da Costa Esp. Imperatriz Matos Revisão técnica: Ph.D Fabiana Grecco Bruna Luíza Mendes Leite Fernanda Cristine Barbosa Prof. Esp. Guilherme Prado Design: Bárbara Carla Amorim O. Silva Élen Cristina Teixeira Oliveira Maria Eliza P. Campos 2021, Faculdade Única. Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza- ção escrita do Editor. Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB - 6/2920</p><p>MECÂNICA DOS SOLOS I 1° edição Ipatinga, MG Faculdade Única 2021 FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>5 CLÉLIO RODRIGO PAIVA RAFAEL Bacharel em Ciência e Tecnologia (2017) e En- genharia Civil (2019) pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Especialista BIM com enfoque no projeto da edificação (2021) pela Universidade Potiguar. Mestrando em Ci- ência e Engenharia de Materiais (UFERSA). Atua como professor formador, tutor, conteudista e orientador de iniciação científica e extensão. Para saber mais sobre autor desta obra e suas qualifi- cações, acesse seu Curriculo Lattes pelo : Ou aponte uma câmera para QRCODE ao lado. FACULDADE GRUPO UNICA Prominas E TECNOLOGIA</p><p>LEGENDA DE Icones Com intuito de facilitar O seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a seguir: FIQUE ATENTO ! Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas quais você precisa ficar atento. BUSQUE POR MAIS a São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro. VAMOS PENSAR? Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, associando-os a suas ações. FIXANDO CONTEÚDO Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos conteúdos abordados no livro. GLOSSÁRIO Apresentação dos significados de um determinado termo ou palavras mostradas no decorrer do livro. FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO TECNOLOGIA</p><p>SUMÁRIO UNIDADE 1 INTRODUÇÃO À MECÂNICA DOS SOLOS 1.1 História da Mecânica dos Solos 10 1.2 Origem e formação dos solos 11 dos solos por meio de ensaios 13 FIXANDO 17 UNIDADE 2 ÍNDICES FÍSICOS DE SOLOS 2.1 Relações de peso-volume 23 2.2 Limites de Atterberg e compacidade relativa 27 2.3 TProspecção do subsolo e amostragem 31 FIXANDO CONTEÚDO 35 UNIDADE 3 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS 3.1 Por que classificar um solo? 40 3.2 Sistema de classificação unificada (S.U.C.S.) 41 3.3 Sistema de classificação rodoviária (TRB) 44 FIXANDO 47 UNIDADE 4 TENSÕES NO SOLO 4.1 Transmissão De Esforços No Solo 52 4.2 Tensões Devido Ao Peso Próprio 54 4.3 Tensões Geostáticas 56 Tipos De Tensões Atuantes Nos Solos 59 FIXANDO 61 UNIDADE 5 COMPRESSIBILIDADE E ADENSAMENTO DOS SOLOS 5.1 Compressibilidade 65 5.2 Adensamento 69 FIXANDO CONTEÚDO 72 UNIDADE 6 FLUXO DE ÁGUA NO SOLO 6.1 Aspectos E Conceitos Da Água No Solo 76 6.2 Fluxo Unidimensional 77 FIXANDO CONTEÚDO 83 RESPOSTAS DO FIXANDO CONTEÚDO 86 REFERÊNCIAS 87 FACULDADE GRUPO Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>8 UNIDADE 1 Nessa unidade, vamos entender a importância de conhecer a história da Mecânica dos Solos e quanto essa ciência influencia em obras da construção civil, principalmente aquelas em que se faz uso do solo como próprio material de construção. Além disso, abordaremos métodos para identificação dos tipos de solos com base em ensaios visuais e táteis e ensaios granulométricos. UNIDADE 2 Notadamente, essa unidade é carro-chefe de toda a disciplina, pois através das relações entre volume e peso, estrutura e plasticidade dos solos podemos compreender os fenômenos de compactação do solo, das tensões geostáticas e consequentemente de sua resistência e os fenômenos de recalque e, dessa forma, conseguir suporte para melhor solução em termos de viabilidade de uso de determinado tipo de solo para construção civil. UNIDADE 3 Os solos podem ser classificados de diversas maneiras, nas quais são consideradas variáveis de acordo com a finalidade que se pretende utilizar solo. Nessa unidade, iremos estudar alguns dos principais sistemas de classificação dos solos, sendo um com metodologia focada para obras rodoviárias e outro para obras de barragens. UNIDADE 4 Nessa unidade, iremos falar a respeito das tensões às quais os solos estão submetidos. Veremos que as tensões são transmitidas entre as partículas sólidas do solo, podendo ainda ter uma fração resistida pela água presente nos vazios do solo. Além disso, iremos abordar, efeito do peso das partículas sólidas e da água sobre solo. UNIDADE 5 Sendo solo um material trifásico, formado por partículas sólidas, an e água, torna-se de fundamental importância estudo de como cada uma dessas fases influenciam no de terra. Nessa unidade, iremos estudar como a expulsão de água e dos vazios do solo influenciam na variação do seu volume, considerando que a expulsão pode acontecer de forma rápida (compressibilidade) ou lenta (adensamento). UNIDADE 6 A água pode estar presente no solo de maneira estática ou em deslocamento. Quando ocorre deslocamento da água no interior do solo, chamamos de percolação. Nessa unidade, iremos aprender a respeito dos aspectos teóricos relacionados ao movimento da água no solo, bem como os mecanismos e formulações matemáticas que mensuram a percolação em números através de propriedades geométricas desenvolvidas por Darcy, conhecida como Lei de Darcy. FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>UNIDADE 01 INTRODUÇÃO À MECÂNICA DOS SOLOS</p><p>10 1.1 INTRODUÇÃO À MECÂNICA DOS SOLOS Desde os tempos remotos, a espécie humana utiliza solo como meio de sobrevivência, a princípio, na agricultura, para plantio e, na sequência, para a construção de suas próprias moradias, de forma rudimentar, utilizando pedras e massas de terra, em locais mais favoráveis à sobrevivência, abandonando as cavernas. Obras de terra, como diques, sapatas isoladas e corridas, instabilidades de encostas, construções subterrâneas e pirâmides no centro do mundo, ou seja, no continente africano, mostram que essas obras foram construídas primeiramente no entorno de grandes rios, como Rio Nilo, sob camadas de silte, argila e areia. Algumas dessas obras ainda permanecem apoiadas sobre solo, outras, entretanto, foram destruídas com passar do tempo. uso do solo ou rocha como elemento principal em obras de terra ainda é muito comum e de grande importância para desenvolvimento de um determinado local. Na Figura abaixo é possível visualizar diversas aplicações do uso de terra em obras da construção civil. (e) Figural: Uso de solo como elemento principal em obras: (a) (b) terraplanagem; (c) aterro sanitário; (d) contenção (e) barragem de terra (f) túnel Fonte: Disponível em (a) (b) (c) (d) https://bityli. com/HwxMpX (e) https://bityli.com/BjEzty (f) https://bityli.com/cwRiOp. Acessos em 04 jan. 2022 A Mecânica dos Solos, no seu início, tentou explicar comportamento dos solos com modelos matemáticos propostos por Coulomb, Rankine e Vauban, além de outros físicos e matemáticos dos séculos XVII e XVIII. Esses autores admitiam que os solos eram massas homogêneas e realizavam estudos mais voltados ao ponto de vista matemático do que físico. No final do século XIX e já adentrando século XX, foi possível ter uma definição mais ampla da Mecânica dos Solos, pois, até então, esse termo ainda não havia sido formado. Após grandes deslizamentos de terras em obras de engenharia, mais notadamente as construções do Canal do Panamá, Canal de Kiel (Alemanha), rupturas de barragens estadunidenses e os escorregamentos de taludes na construção de ferrovias na Suécia, surgem equipes e comissões técnicas para compreender os motivos pelos quais esses desastres ocorriam. Contudo a Mecânica dos Solos surgiu, do ponto de vista da academia, com o lançamento da publicação de Erdbaumechanik (Mecânica dos Solos), de Karl Terzaghi (Figura 2), no ano de 1925 e, portanto, ele é considerado pai da Mecânica dos Solos. FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>11 Figura 2: Rarl Terzaghi (1883 1963) pai da Mecânica dos solos e seus alunos. Fonte: Disponível em: Acesso em 04 jan. 2022 A partir dessa obra (Figura 2) e do Primeiro Congresso Internacional de Mecânica dos Solos e Fundações, em 1936, essa ciência ficou definitivamente consagrada no meio acadêmico. "A mecânica dos solos, que estuda comportamento dos solos quando tensões são aplicadas, como nas fundações, ou aliviadas, no caso de escavações, ou perante de água no seus vazios, consti- tui uma Ciência de Engenharia, na engenheiro civil se baseia para desenvolver seus projetos. Este ramo da engenharia, chamado de Enge- Geotécnica ou Engenharia de Solos, pelas peculiaridades que material apresenta em cada local e pela engenhosidade frequentemente requerida para a solução de problemas reais." (PINTO, 2006, p.13). Apesar de ser uma ciência jovem, a Mecânica dos Solos ainda se encontra em desenvolvimento e com isso surgem muitos trabalhos e pesquisas aplicados em diferentes tipos de solos, sendo importantes para que se tenha uma interpretação e uso adequado conforme as características do tipo de solo. surgimento de novas pesquisas em solos diferentes dos europeus e estadunidenses foi importante como um atingimento maior dessa ciência aos outros continentes, sobretudo no nosso caso (América do Sul), que temos solos bem específicos pelo processo de intemperismo majorado pelo clima e necessitávamos, portanto, de estudos que contemplassem suas características. 1.2 ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS As rochas ígneas, que são oriundas do resfriamento do magma, podem ser formadas a quilômetros de profundidade, estando condicionadas a altas temperaturas e pressão. Nesse caso, são chamadas de rochas intrusivas. Outro tipo de rocha ígnea é a extrusiva, que acontece quando magma se resfria na superfície terrestre. que acontece é que, quando as rochas estão expostas na superfície terrestre, elas ficam submetidas às intempéries naturais, ou seja, diferenças de temperatura, condições de pressão irregular, bem como alterações na umidade, situações essas contrárias ao que ocorriam no interior de suas origens. Outros importantes tipos de rochas são as metamórficas e as sedimentares. Em altas profundidades, onde existem altos índices de pressão e temperaturas, as rochas passam por transformações estruturais e químicas que alteram os minerais e as propriedades existentes e dão origem as rochas metamórficas, como a gnaisse, que FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>12 é originária do granito. As rochas sedimentares, de forma contrária, são originadas na superfície terrestre. Elas são formadas pela agregação e compactação de sedimentos de outras rochas, que acontece devido a condições de mudanças de pressão e temperatura e reações químicas. Portanto, pode-se dizer que as rochas sedimentares surgem a partir da erosão de outras rochas e que, devido a isso, elas possuem camadas, sendo ainda possível encontrar restos de animais e plantas em forma de fósseis. Com isso, os solos são formados quando as rochas se modificam em um processo chamado intemperismo. intemperismo pode ser dividido em intemperismo físico (desintegração) e químico o primeiro refere-se à quebra de partículas em tamanhos menores, enquanto no segundo, a rocha se modifica por processos químicos ou mineralógicos. Embora os processos ocorram em conjunto, o intemperismo mecânico das rochas grandes é quebrado em pedaços menores, sem nenhuma alteração na composição mineralógica. O agente principal que potencializa o intemperismo químico é a água. No primeiro momento, após a rocha ser alterada, denomina-se regolito, isto é, a parte mais superficial que ocorre a formação do solo, originando, dessa forma, o que se denomina de saprólito. material do intemperismo muita das vezes fica no mesmo lugar, mas também pode ser carregado para outras regiões por gravidade, gelo, água e vento. solo formado que fica no seu lugar de origem é chamado de solo residual. Enquanto os solos que são transportados podem ser classificados em diferentes agrupamentos a depender do modo de transporte e deposição: Solos glaciais: provocado por transporte e deposição de geleiras; Solos aluviais: provocado por água de rios e sedimentada ao longo do trajeto do rio; Solos lacustres: formação de depósitos em lagos calmos; Solos marinhos: construído por depósitos em mares; Solos eólicos: transportados pelo vento e Solos coluviais: transportados pela gravidade (normalmente deslizamentos de terra). Existem processos que atuam ao longo do desenvolvimento do solo, são eles: perdas, transformações, transportes e adições. Eles são agentes para a modificação da rocha em solo, ou seja, aos poucos, através de ações biológicas, físicas e químicas, surge uma série de camadas, praticamente paralelas à superfície e de aspecto e constituição diferentes, que denominamos de horizontes do solo, constituindo-se assim o perfil de um determinado solo, conforme se observa na Figura 3 abaixo. A Solum B Saprólito fino Solo ou regolito C Saprólito grosso (rocha alterada) Rocha Figura 3: Perfil de solo. Fonte: Adaptado de https://bityli.com/gzCGVHe Acesso em 04 jan. 2022 FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>13 No perfil de um solo (Figura 3), observa-se na parte superior maior quantidade de matéria orgânica, apresentando uma coloração mais escura. Já os horizontes mais profundos contêm coloração diversificada devido à presença rica de argilominerais (minerais característicos das argilas) e oxihidróxidos de ferro e de alumínio. Normalmente em regiões tropicais, como Brasil, esses horizontes têm uma coloração mais avermelhada e amarelada. 1.3 ENSAIOS DE CISALHAMENTO E CASO PRÁTICO Antes da realização dos ensaios em laboratório, é necessário uma série de cuidados de forma a preservar as amostras coletadas em campo. A princípio, deve-se ter em mente qual objetivo da coleta de solo, pois para cada uso (agricultura, ambiental, geografia, mecânica dos solos/geotecnia e construção civil) as finalidades se diferenciam, porém, a coleta deve ser realizada considerando os seguintes pontos: Localidade da coleta (paisagem, relevo, drenagem); Profundidade da coleta; Quantidade da coleta; Amostras deformadas e/ou amostras indeformadas; Descrição das amostras para ser enviadas aos laboratórios; Armazenamento correto das amostras; Os ensaios devem ser realizados logo após a chegada das amostras no laboratório. No campo, no momento da coleta, faz-se necessário uma abordagem superficial, porém, de grande importância, pois através dessa análise é possível obter inferências referente ao uso e capacidade do solo. primeiro teste é chamado de identificação tátil-visual. Inicialmente, identificar solo como sendo uma areia, uma argila, um silte ou uma mistura desses componentes (MASSAD, 2016), portanto, utiliza-se uma porção de solo e uma quantidade de água para a realização do ensaio em campo. Assim, utiliza-se da sensibilidade do profissional ao tato para identificar as porções do solo. Desse modo, a areia se mostra como áspera, a fração silte é sedoso e a argila é muito plástica e pegajosa (DIAS et al., 2000). Vale ressaltar que os solos com maior quantidade de areia são considerados solos grosseiros, ao passo que os solos finos são solos com maior fração de silte e argila (partículas menores), além disso, existem os solos orgânicos (material turfoso), mas que não são utilizados como material para construção civil. No laboratório, realiza-se ensaio de granulometria para a construção da curva granulométrica, que é dividida em duas etapas: peneiramento (solo grosso) e sedimentação (solo fino). FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>14 BUSQUE POR MAIS O ensaio de granulometria é realizado com um conjunto de peneiras específi- cas para solos granulares e outro grupo de peneiras para solos finos. Veja um exemplo desse ensaio através do vídeo "Ensaio de Disponível em: Acesso 4 jul. 2022. A etapa de peneiramento consiste em transferir uma quantidade de solo seco para um conjunto de peneiras, com aberturas progressivamente menores, e agitar na horizontal por um determinado tempo. Enquanto a etapa da sedimentação ocorre de acordo com a Lei de Stokes, ou seja, os grãos finos de solo são depositados no fundo de uma proveta com água e uma porção de defloculante, isso faz com que as partículas sedimentem em velocidades diferentes, dependendo de sua forma, tamanho, peso e viscosidade da água (DAS; SOBHAN, 2014). Equação 1 da Lei de Stokes: 18n Onde: = velocidade = peso específico dos sólidos peso específico da água n = viscosidade da água D = diâmetro das partículas do solo. BUSQUE POR MAIS O ensaio de sedimentação é realizado em laboratório com base no princípio de Stokes. Veja um exemplo desse ensaio através do vídeo "Análise granulométrica do solo". Disponível em: Acesso 4 jul. 2022. Na Figura 4 pode-se observar as duas etapas do ensaio de granulometria. Figura 4: Ensaio de granulometria em duas etapas: (a) peneiramento e (b) sedimentação. Fonte: Adaptado de https://bityli.com/DsMRWW.Acesso em 04 jan. 2022 FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>15 Após a realização do ensaio e com as informações obtidas, constrói-se a curva granulométrica, que é a representação da determinação das dimensões das partículas do solo e das proporções relativas em que elas se encontram (Caputo, 2015). gráfico é uma representação em escala logarítmica no eixo das abscissas, representando diâmetro das partículas e no eixo das ordenadas os valores referentes ao percentual que passa nas peneiras no momento do peneiramento e na sedimentação dos sólidos. Uma curva granulométrica típica é mostrada na Figura 5 abaixo. 100 0 90 10 80 20 70 30 60 40 que 50 50 de de 40 60 % 30 70 20 80 10 90 0 100 0.001 0.010 0.100 1.000 10.000 D (mm) Argila Silte Areia Pedregulho (17%) (8%) (75%) (0%) Figura 5: Curva granulométrica. Fonte: Adaptado de FREDERICE et al., 2010 Osvalores das frações de solos (porcentagens) da Curva Granulométrica são obtidos fazendo a diferença entre os limites das faixas para cada tipo de solo. Por exemplo, para valor da areia (75%) é utilizado final da faixa (eixo x) e rebatido até tocar a curva, onde, ao tocar, é rebatido no eixo y (% do solo que passa), com isso, tem-se valor de 100 para limite superior da areia. Agora, fazendo mesmo no limite inferior dessa faixa (ponto inicial da faixa areia), obtém-se valor 25, portanto, fazendo a diferença entre os valores (100-25), encontra-se valor (75%) de areia presente no solo. FACULDADE GRUPO Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>16 FIQUE ATENTO As escalas granulométricas variam de acordo com diversos tipos de normas. A maioria dos sistemas de classificação de solos agrupam as partículas sólidas de acordo com as suas dimensões em grupos como pedra, pedregulho, areia (podendo dividir a areia em grossa, média e fina), silte e argila. Os sistemas de classificação de solos mais utilizados são mostrados na Figura 6, desenvolvidos pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que é O órgão que padroniza as produções técnicas brasileiras, sistema de classificação unificado (USCS - Unified Soil Classification System), O AASHTO (American Association of State Highway and Transportation Officials), que se trata do sistema americano para construção de rodovias, e O ASTM (American Society for Testing and Materials), que é órgão americano que padroniza produções técnicas a partir de normas. ABNT areia NBR 6502 silte pedregulho pedra matação fina média grossa (1995) 0,06 0,2 2 60 200 areia pedregulho USCS finos pedra matação fina média grossa fino grosso 0,075 0,425 2 4.75 19 75 300 areia AASHTO argila pedregulho matação fina grossa 0,425 2 75 areia ASTM argila pedregulho pedra matação fina média grossa 0.005 2 75 300 Diâmetro do grão (mm) Figura 6: Tipos de sistemas de classificação de solos Fonte: https://bityli.com/IcfDKu. Acesso em 05 jan. 2022. BUSQUE POR MAIS Para obter uma curva granulométrica, é preciso realizar O ensaio em laboratório e depois tratar os dados obtidos nos experimentos. Para isso, é possível utilizar algumas ferramentas, como O Microsoft Excel. Veja como isso é feito assistindo os vídeos indicados abaixo. Análise granulométrica de solos mais planilha de cálculo e curva Disponível em: Acesso 04 jul. 2022. Como fazer Curva Granulométrica no Excel - Disponível em: https://bityli.com/ zDHlgb. Acesso 04 jul. 2022. FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>17 FIXANDO CONTEÚDO 1. surgimento de novas pesquisas em solos dos europeus e estadunidenses foi importante como um atingimento maior desta ciência aos outros continentes, sobretudo no nosso caso (América do Sul), que temos solos bem pelo processo de majorado pelo e necessitávamos, portanto, de estudos que contemplassem suas características. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas. a)semelhantes, genéricos, degradação, intemperismo b)diferentes, específicos, intemperismo, clima c)análogo, genéricos, sedimentação, intemperismo d)diferentes, genéricos, intemperismo, clima e)semelhantes, específicos, degradação, clima 2. "Os solos representam uma importante fonte de material para obras de engenharia, principalmente nos climas tropicais e equatoriais, onde os perfis atingem grandes espessuras. Estabilidade e resistência mecânica são propriedades geotécnicas fundamentais para que um solo tenha qualidade, seja para utilização como material de construção, seja como substrato para obras. Os solos podem ser empregados diretamente em obras como materiais de construção, necessitando em geral de compactação ou desinfecção para torná-los mais resistentes e mais estáveis às variações possíveis de estado, principalmente frente à ação de água." TEIXEIRA, W. et al., Decifrando a Terra. In: TOLEDO, M; OLIVEIRA, S.; MELFI, A. Da rocha ao solo: intemperismo e São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009 (adaptado). Baseado no texto acima, assinale a alternativa que contenha construções onde foram utilizados apenas solos. a)barragem, estrada, aterro e edifícios. b)edifícios, pontes, túnel e terraplanagem. c)barragem, túnel, terraplanagem e estrada. edifícios, galpões e shoppings. e)shoppings, estrada, pontes e túnel. 3. Os conhecimentos de gênese favorecem muito a compreensão do solo na paisagem, suas propriedades e classificação. As propriedades são função dos fatores de formação do solo: clima, organismos, material de origem, tempo e relevo. Clima Organismos Relevo Freático Tempo Material de origem FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>18 Observando a figura, alusiva à formação dos solos, analise as afirmações e assinale a alternativa correta: I. Os fatores ativos, tempo e relevo, atuam diretamente na rocha para formação de camadas mais intemperizadas na superfície e menos intemperizadas nas camadas profundas; II. Os fatores passivos, clima e organismos, atuam no material de origem formando solos com menor intemperismo nas camadas superficiais; III. Os fatores ativos, clima e organismos, atuam de cima para baixo, isto é, os solos são mais intemperizados na superfície do que em camadas mais profundas; IV. Os processos de pedogênese estão ligados ao tempo, ambos controlados pelo relevo, ou seja, a posição na paisagem. e e III c) e IV e III e)III e IV 4. (Adaptado de ENADE/2008) Os solos são, na sua maioria, resultantes da desintegração e da decomposição das rochas constituintes da crosta terrestre. Tais rochas, por sua vez, podem resultar da cristalização de magma ejetado do interior da Terra para a crosta terrestre ou podem ter se desenvolvido a partir da alteração de outras rochas em resultado de variações de pressão e temperatura. FERNANDES, M.M. Mecânica dos solos: conceitos e princípios fundamentais, volume 1. São Paulo: Oficina de Textos, 2016. Considere um ciclo petrogênico e os processos representados na figura a seguir. 1 2 cristalização intemperismo fusão 3 erosão, transporte e deposição 5 4 diagênese Qual é a sequência que representa produto dos processos descritos nesse ciclo petrogênico? FACULDADE GRUPO UNICA Prominas E TECNOLOGIA</p><p>19 1 2 3 4 5 a) magma rocha solo solo residual rocha sedimentar magmática coluvionar b) magma rocha solo residual solo coluvionar rocha magmática metamórfica c) magma rocha solo residual sedimentos rocha magmática metamórfica d) magma rocha ígnea solo residual sedimentos rocha sedimentar e) rocha magmática rocha ígnea solo sedimentos rocha coluvionar metamórfica 5. (Adaptado de ENADE/2005) A Amazônia Legal perdeu 10.476 de floresta entre agosto de 2020e julho de 2021, meses em que se mede a temporada do desmatamento. A taxa é 57% maior que a da temporada passada, além de ser a dos últimos dez anos, aponta Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia. (Imazon). Além do monitoramento do Imazon feito pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) que utiliza imagens de satélite e de radar, bioma também é monitorado pelo Instituto de Pesquisas Especiais (Inpe), do governo federal. monitoramento do Inpe é feito por dois sistemas: Deter, que acompanha em tempo real o desmatamento e a degradação na Amazônia, emitindo diariamente alertas; e Prodes, que realiza um inventário anual de perda da floresta. maior-do-ultimos-dez-anos-diz-imazon.ghtml Acesso em 5 de janeiro de 2022. A partir do trecho da reportagem acima, analise as afirmações abaixo: A retirada de vegetação em grandes áreas pode levar ao empobrecimento do solo, ao assoreamento dos rios, à ocorrência de enchentes e à alteração do clima local. PORQUE A vegetação protege solo contra a erosão da água e do vento, que causam a perda da camada superior fértil. Além disso, ela abastece solo com matéria orgânica de suas folhas e frutos, amortece a água das chuvas, retarda escoamento superficial, favorece a infiltração e favorece o aumento da evapotranspiração. Analisando essas afirmações, conclui-se que: a)as duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. b)as duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. c)a primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. d)a primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira. e)as duas afirmações são falsas. 6. No estudo de análise granulométrica dos solos, após a realização de as informações obtidas são utilizadas na construção da que é a representação das das partículas do solo e das relativas em que elas se encontram. FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>20 Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas. a)ensaios laboratoriais, curva granulométrica, dimensões, proporções b)ensaios de campo, curva de deformação, características, dimensões c)ensaios de liquidez, curva granulométrica, proporções, dimensões d)ensaios laboratoriais, curva de deformação, características, proporções e)ensaios laboratoriais, curva granulométrica, plasticidades, proporções 7. (Adaptado de PETROBRAS/2018) A figura a seguir apresenta 4 curvas de distribuições granulométricas de solos diferentes A, B, C e D. Peneiras BS 63 um 212 um 600 um 2 mm 6,3 mm 20 mm 62 mm 100 90 80 70 D que 60 A 50 C 40 30 B 20 10 0 Silte Areia Pedregulho Argila Pedras Fino Médio Grosso Final Média Grossa Fino Médio Grosso 0.001 0.01 0.1 1 10 100 Tamanho das particulas (mm) Considerando-se a figura, conclui-se que: a)as curvas de distribuição granulométricas dos solos A e B foram obtidas por meio de ensaio de sedimentação. b)a distribuição granulométrica do solo D foi obtida por meio do peneiramento. c)o solo A tem permeabilidade superior ao solo D. d)a distribuição granulométrica do solo B foi obtida por meio de sedimentação. e)a curva de distribuição granulométrica do solo C possui 10% de argila. 8. (IFPB/2013) Para a Mecânica dos Solos, intemperismo é conjunto de processos que ocasionam a desintegração e a decomposição das rochas e dos minerais que formam os solos, dentre os quais se encontram os processos físicos e químicos. Sobre como pode se dar processo de intemperismo por meio físico, analise os itens abaixo e assinale V para verdadeiro ou para falso: FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>21 pela variação da temperatura. ( ) pelo congelamento da água. ( ) pelo alívio de pressões. ( ) pela carbonatação. A sequência correta é: a)F, V, V, V. b)V, F, V, V. c)V, V, F, F. d)V, V, V, F. e)F, F, F, V. FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>UNIDADE 02 ÍNDICES FÍSICOS DE SOLOS</p><p>23 2.1 RELAÇÕES DE PESO-VOLUME Um solo, naturalmente, consiste em partículas sólidas, mas também de vazios, esses vazios podem ser preenchidos por an ou água. Nesse sentido, o solo é um sistema trifásico: sólidos, água e ar. A relação entre essas três fases é importante para compreender seu comportamento diante da utilização na construção civil. Assim, para entender a condição do solo, os estudiosos realizaram uma série de correlações entre peso e volume dessas três fases, que chamaram de índices físicos de solo. A Figura 7 nos mostra essas relações entre as três fases. Ar Água M Sólido Volumes Solo Pesos Figura 7: As três fases do solo e as correlações entre volumes e pesos Fonte: Elaborado pelo Autor (2022) A partir dessas relações é possível definir os principais índices de solos: Teor de umidade (w): também chamado de teor de água, é a relação entre peso da água e peso dos sólidos em um certo volume de solo e sua fórmula pode ser expressa conforme a Equação 2: Onde, W= teor de umidade; Pw= peso da água e Ps= peso do solo seco teor de umidade pode ser determinado em campo através de métodos existentes como do álcool etílico, o do banho de areia e do Speedy, todos regulamentados. Eles são rápidos e fáceis de serem realizados, porém, não se tem um resultado científico, os dados podem ser super ou subestimados. Entretanto, método que nos confere mais certeza e eficiência, mas que demora 24h para ficar pronto, é da estufa, regulamentado pela NBR 6.457/16. FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>24 BUSQUE POR MAIS O ensaio para determinação do teor de umidade dos solos é realizado em laboratórios conforme diretrizes da NBR 6.457/16. Veja no vídeo abaixo como esse ensaio é realizado. Disponível em: Acesso 4 jul. 2022. Peso específico natural do solo (YN): é a relação entre peso do solo úmido e volume total do solo (Equação 3). Onde, YN = peso específico natural Pt = peso total (kN) e Vt = volume total FIQUE ATENTO O peso específico natural do solo, como O próprio nome sugere, se trata da medida considerando O solo in situ, ou seja, no ambiente natural. peso específico natural pode ser determinado por moldagem de corpo de prova e método da balança hidrostática, com uso de parafina. BUSQUE POR MAIS A massa específica e O peso específico do solo são medidas diferentes, pois O peso específico está relacionado com a gravidade. Vejo no vídeo abaixo como é feito O ensaio da massa específica natural que é utilizada para determina- ção do peso específico natural. Disponível em: Acesso 4 jul. 2022. Peso específico dos sólidos também conhecido como peso específico dos grãos e peso específico das partículas, é uma relação entre peso das partículas sólidas e o seu volume. seu valor é determinado pelo ensaio do picnômetro, que tem como referência o princípio de Arquimedes. P Onde, Ys = peso específico das partículas sólidas FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>25 Ps = peso de sólidos (kN); Vs = volume de sólidos BUSQUE POR MAIS A massa específica e O peso específico do solo são medidas diferentes, pois O peso específico está relacionado com a gravidade. Veja no vídeo abaixo como é feito O ensaio da massa específica das partículas sólidas que é utilizada para determinação do peso específico das partículas. Disponível em: https://bityli.com/smctSa. Acesso 4 jul. 2022. Peso específico aparente seco ( Yd ): muito utilizado em obras de terra (principalmente compactação) e "d" subscrito na nomeação é devido ao termo vir do inglês dry (seco). Supõe-se que o solo ficasse seco, sem a presença de água e volume constante Onde, Yd = peso específico aparente seco Ps = peso de sólidos (kN); Vt = volume total Peso específico saturado ( Ysat ): nesse caso, supõe-se que o solo esteja totalmente saturado e sem variação de volume, é comum valores em torno de 20 kN.m-3. A Equação 6 é utilizada para determinação do peso específico saturado do solo. Psat = Onde, Ysat = peso específico saturado Ps = peso do solo saturado (kN); Vt = volume total Peso específico da água ( Yw ): emprega-se valor de 10 kN.m-3, em temperatura ambiente, mas pode variar com a temperatura. Por definição matemática, pode ser calculado através da Equação 7. Pw FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>26 Onde, yw = peso específico da água Pw = peso de água (kN) e Vw = volume de água Peso específico submerso (Ysub): muito importante quando se calcula as tensões efetivas de determinado solo submerso. Ysub = Onde, Ysub = peso específico submerso yn = peso específico natural yw = peso específico da água Índices de vazios (e): é a relação entre volume de vazios e volume de sólidos do solo. Este índice se diferencia da porosidade, especialmente pela porosidade ser relacionada ao volume total de uma amostra de solo. Onde, e = índice de vazios; Vv = volume de vazios Vs = volume de sólidos Porosidade (n): para uma amostra de solo, é a relação entre volume de vazios e volume total. Se diferencia do índice de vazios, especialmente pelo índice de vazios ser relacionado ao volume de sólidos. Onde, n = porosidade (%); Vv = volume de vazios Vt = volume total Grau de saturação (S): é definido como a quantidade de água que ocupa vazio dos solos. Pode ser expresso pela relação entre volume de água e volume de vazios. Onde, S= grau de saturação (%); Vw = volume de água Vv = volume de vazios FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>27 Os índices físicos, que são determinados em laboratório, são: teor de umidade, peso específico natural e peso específico dos sólidos. A partir desses índices, os outros índices são calculados a partir dos determinados em laboratório. Com os índices descritos e através da Figura 8, podemos fazer mais correlações entre os pesos e volumes, como as que se seguem no Quadro ] abaixo: e (1+e) (1+e) Ys YN - (1+e) (1+w) Yd Ysat (1+e) Figura 8: Relações entre os índices físicos de solo Fonte: Elaborado pelo autor. (2022) 2.2 LIMITES DE ATTERBERG E COMPACIDADE RELATIVA Os solos finos, mais precisamente os solos argilosos, por apresentarem argilominerais (caulinita, gibbsita, montmorilonita, goethita, ilita, vermiculita) possuem propriedades físico-químicas que podem sofrer variações em função das alterações climáticas por efeito da afinidade que as argilas possuem com a água. A consistência do solo é resultado das manifestações de forças físicas de adesão (atração entre partículas de natureza distinta) e coesão (atração entre partículas de mesma natureza) que operam conforme a mudança da umidade, ou seja, a consistência do solo é a resposta do solo às forças externas que tentam deformá-lo ou rompê-lo, daí a importância de estudar a variação de quantidade de água no solo. Um cientista sueco chamado Albert Mauritz Atterberg, no início de século XX, desenvolveu um método para caracterizar a consistência de solos argilosos com diferentes teores de umidade. A partir de seu estudo, foi criado os limites de consistência, que foram chamados de Limites de Atterberg limite de contração (LC); limite de plasticidade (LP) e limite de liquidez (LL), mostrados na Figura 9. FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>28 Aumento do teor de umidade Sólido Semissólido Plástico Líquido Limite de Limite de Limite de contração plasticidade liquidez LC LP LL Figura 9: Limites de Atterberg. Fonte: Elaborado pelo autor (2022) Um solo, quando muito seco, é ele se desmancha ao ser trabalhado, ao passo que, aumentando teor de umidade desse solo, ele se torna plástico, ou seja, pode ser moldado facilmente e conservar sua forma e, quando muito úmido, solo se comporta como um líquido. Em nossos estudos, os Limites de Atterberg são, de fato, limite de plasticidade e limite de liquidez. O limite de contração foi incluído mais tarde por Haines (1923), porém, para efeito de cálculo e uso nos estudos da influência do teor de umidade em solos finos (argilominerais), utilizamos os limites de plasticidade e de liquidez. A determinação do limite de plasticidade (LP) (NBR 7180/2016) é uma média da umidade (5 repetições) em que solo começa a se fraturar quando é moldado em um cilindro de 3 mm de diâmetro e aproximadamente 10 cm de comprimento (Figura 10). Figura 10: Ensaio de limite de plasticidade (LP). Fonte: Disponível em: Acesso em 10 jan. 2022 Para determinação do limite de liquidez (LL) (NBR 6459/2016), utiliza-se aparelho de Casagrande (Figura 11 a.). valor do LL é definido como teor de umidade do solo com qual uma ranhura nele feita requer 25 golpes para se fechar numa concha. Nesse caso, recomendam-se cinco repetições com diferentes umidades e anota-se número de golpes para fechar a ranhura e obtém-se limite pela interpolação dos resultados (Figura b.). FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>29 Limite de Liquidez (LL) 35 34 33 LL 32 31 30 29 28 10 20 30 40 50 60 70 Numero de golpes (b) (a) Figura 11: Ensaio de limite de plasticidade (LP): a) Aparelho Casagrande com amostra de solo; (b) Gráfico do resultado do LL Fonte: Disponível em: (a) Acesso em 10 jan. 2022. (b) Arquivo pessoal do autor (2022) FIQUE ATENTO A umidade relacionada ao eixo Y (Figura 10) corresponde à encontrada em teste de es- tufa (geralmente) de cada amostra retirada do Casagrande, e que, a partir da inserção dos dados em gráfico, traça-se a linha de tendência, a qual se retira O equivalente a 25 golpes. A partir dos resultados dos ensaios do LP e LL, obtém-se índice de plasticidade (IP), esse índice nada mais é que a diferença entre limite de liquidez e limite de plasticidade. IP define a faixa em que solo amostrado se encontra no estado plástico, ele fornece um critério para inferir sobre o caráter argiloso do solo, ou seja, quanto maior IP, supõe-se que solo é mais plástico. Os valores de LL, LP e IP são utilizados na engenharia como forma de identificação e classificação do solo, bem como seu comportamento para uso na construção civil e diagnosticar, através de ensaios complementares, se solo está propenso a um recalque, melhor momento para se fazer a compactação do solo. E pode ser classificado qualitativamente conforme Quadro 1 abaixo: IP Descrição Sem plasticidade 1-5 Plasticidade leve 5-10 Plasticidade baixa Plasticidade média Plasticidade alta >40 Plasticidade muito alta Quadro 1: Índice de Plasticidade conforme a sua descrição. Fonte: Classificação do IP, conforme Burmister (1949). FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>30 Ainda sobre a consistência do solo, existe outro parâmetro que pode ser utilizado também como avaliador do comportamento do solo, que é a atividade de argila (A) e índice de consistência (IC). A atividade de argila (A) se refere à relação do índice de plasticidade com o teor da fração argila de um solo. Quanto maior a atividade de argila de um solo, maiores os problemas relacionados à capacidade de retenção de água e de troca de cátions. IP % de fração argila índice de consistência, por sua vez, mede a consistência do solo em seu estado natural. Isto é, conhecer a posição relativa da umidade (w) aos limites de mudança de estado do solo. Esse índice (IC) é mais representativo em comportamento de solo sedimentares e aplicado em solos remoldados e saturados e pode ser expresso conforme a equação: IC = ou IC = IP Onde, IC= índice de consistência; IP= índice de plasticidade; LL= limite de liquidez (%); LP = limite de plasticidade (%); e W = umidade natural (%) (teor de umidade do solo, ou umidade que se encontra a amostra). A compacidade relativa se refere à granulometria do solo mais grosseira, ou seja, solos arenosos, que pode ser determinada pelo índice de vazios do solo, se diferenciando, portanto, do grau de compactação de campo para solos com coesão. ensaio de compacidade ou compacidade relativa vai nos dizer se uma areia é fofa ou compacta. enatural CR = X 100 emax emin Onde, CR= compacidade relativa (%); = índice de vazios máximo; emin = índice de vazios mínimo; e = índice de vazios natural (em relação ao "in-situ"). Para determinar emáx, realiza-se ensaio com a areia seca e a insere cuidadosamente em um recipiente através de um funil e, desse modo, teremos a areia no seu estado fofo. Enquanto para determinar emín, coloca-se solo em um vibrador até que ele fique compacto. Esses ensaios podem ser determinados através dos procedimentos conforme a NBR 12051/2015 para índice de vazios mínimos e a NBR 12004/2015 para conhecer o índice de vazios máximos. Contudo, para classificação dos solos arenosos quanto aos valores de compacidade FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>31 relativa (CR), tem-se Quadro 2 abaixo: Classificação CR Areia fofa < 0,33 Areia de compacidade média 0,33-0,66 Areia compacta 0,66 Quadro 2: Classificação das areias conforme a compacidade relativa. Fonte: CAPUTO e CAPUTO (2022). Note que quanto maior valor da Compacidade Relativa, menor índice de vazios do solo e consequentemente mais compacto é estado dele. 2.3 PROSPECÇÃO DO SUBSOLO E AMOSTRAGEM Todos os projetos de Engenharia são de suma importância ao reconhecimento do solo, ou seja, uma estratificação do terreno em que se pretende construir uma obra. Na realidade, embora consideremos os solos como homogêneos, perfil de um solo é muito heterogêneo, podendo se modificar bastante dentro de uma distância horizontal de mais de 15 m. Assim, para a prospecção do subsolo, a amostragem para caracterização do solo e ensaios específicos como cisalhamento, adensamento e permeabilidade do solo se tornam indispensáveis a presença de um profissional da engenharia e/ou de um geólogo experiente para interpretar os resultados. Conforme DAS e SOBHAN (2016), os principais objetivos de uma exploração do subsolo são: Determinar a natureza do solo local e sua estratificação; Obter amostras deformadas e indeformadas para identificação tátil-visual e ensaios Determinar a profundidade e a natureza do leito rochoso (quando apresentar); Observar as condições de drenagem; Determinar a posição do nível do lençol freático e Observar as construções vizinhas em relação às suas estruturas. A NBR 6484 (ABNT, 2020) é a norma que trata de um dos métodos mais simples de reconhecimento do terreno, também conhecido como sondagem: perfuração e amostragem. A sondagem consiste na abertura de um furo no solo feito com um trado manual (trado holandês, trado de rosca, calador e trado de caneco), conforme a Figura 12. Esses trados alcançam uma profundidade de 3 a 5 m, são utilizados principalmente para classificação de perfil de solo e para trabalhos de exploração de solo para pavimentação e reduzidas estruturas. As amostras retiradas podem ser deformadas ou indeformadas para ensaios laboratoriais como peso específico natural, peso específico das partículas, umidade, granulometria, limites de Atterberg, compactação, cisalhamento e adensamento. FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>32 TRADO TRADO DE ROSCA TRADO HOLANDES CALADOR CANECO Figura 12: Tipos de trados Fonte: Adaptado de https://bityli.com/Szcylf. Acesso em 12 jan. 2022 Para profundidades maiores ou atingindo o freático, utiliza-se, comumente, a técnica de circulação de água (percussão e lavagem). equipamento apresentado na Figura 13 resume-se em introduzir um tubo no lote, através de golpe de uma massa, com peso e altura de queda fixos, registrando a penetração e número de golpes, esse método é chamado de SPT (Standard Penetration Test). Com esse método é possível coletar as amostras e medir a resistência à penetração das diversas camadas que o equipamento atravessa no perfil do solo e, mediante outras informações, constrói-se que chamamos de relatório de sondagem (Figura 14). TRADO MOTOR (a) (b) Figura 13: Método SPT: (a) Equipamento para ensaio de reconhecimento à percussão (b) Amostragem sendo executada em Fonte: (a) Higashi, 2006; (b) Arquivo pessoal do autor. (2022) FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>33 SPT A PENETRAÇÃO INTERNO 34.9 mm Kg b SPT EXTERNO ALTURA DE 75 30 40 REVESTIMENTO: 2.00 10 20 FIN DESCRIÇÃO DO MATERIAL TC 1.00 1.00 2 2 00 AREIA FINA POUCO SILTOSA FOFA COR ESCURA 2.00 2 TH 3.00 3.00 AREIA FINA SILTOSA COM 4.00 FORA A MEDIANAMENTE COMPACTA COR CINZA 5.00 4.90 27 16 21 SILTE COM POUCO COMPACTO A COR CINZA 7.00 15 7.80 10 CA 9.00 22 26 27 29 AREIA FINA MEDIANAMENTE MUITO COMPACTA COR BRANCA 11.00 38 12:00 45 TO 13.00 64 13.30 AO AMOSTRADOR 14.00 paralisado no item da norma de Simples Reconhecimento Figura 14: Modelo de relatório de sondagem (SPT). Fonte: Disponível em: Acesso 06 jul. 2022. VAMOS PENSAR? Você consegue realizar a leitura do relatório de sondagem SPT mostrado na Figura 14? Vamos fazer isso juntos? Esse relatório é chamado de Perfil Geotécnico e é feito, indivi- dualmente, um para cada furo. O Perfil Geotécnico é organizado por colunas, onde to- das elas são em função da profundidade. Tomando como exemplo a profundidade de 3 metros, é possível retirar as seguintes informações desse relatório: (i) O solo se encontra a 10cm do lençol freático; (ii) a perfuração (avanço) foi feita com Trado Concha (TC) até um metro, Trado Hélice (TH) até O nível de água e trépano através de circulação de água (CA), a partir do lençol freático; (iii) é a cota final da camada de areia fina pouco siltosa e cota de superfície da camada de areia fina siltosa; (iv) O índice de resistência NSPT inicial e fi- nal é de 2; (v) foi preciso 7 batida para penetrar os primeiros 15cm, 7 para descer mais 15cm e 7 para atingir 45cm e por isso a resistência NSPT é igual a 2 (soma da quantidade de batidas para penetrar os últimos 30cm). Agora que analisamos juntos O Perfil Geotécnico (Figura 14) em uma profundidade de 3 metros, continue sua reflexão fazendo a análise em outras profundidades. FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>34 Para amostragem de rochas (testemunho), utilizam-se de brocas de diamante, por meio de sondas rotativas (Figura 15). Figura 15: Equipamento de sonda rotativa e testemunhos de Fonte: Disponível em: Acesso em 17 jan. 2022. Acontece que, em algumas situações e a pedido do proprietário, é interessante fazer a amostragem da rocha para melhor caracterização do ambiente e possível previsibilidade de incidentes nas obras, principalmente em barragens ou grandes obras de arte. FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>35 FIXANDO CONTEÚDO 1. (TRANSPETRO/2018) A figura a seguir apresenta limites de consistência (LC = Limite de Contração; LL = Limite de Liquidez; LP = Limite de Plasticidade) do solo e os índices (IC = índice de Consistência; IL = Índice de Liquidez; Índice de Plasticidade) em função da variação volumétrica. Fluido 100 Semi- Sólido sólido Teor de umidade h% h 1 2 3 4 5 6 Os valores circulados representam: a) (1) LC; (2) LP; (3) LL; (4) IL; (5) IC e (6) IP b) (1) LC; (2) LP; (3) LL; (4) IL; (5) IP e (6) IC c) (1) LC; (2) LL; (3) LP; (4) IC; (5) IP e (6) IL d) (1) LC; (2) LL; (3) LP; (4) IC X (5) IL X IP e (6) IP e) (1) LC; (2) (3) LL: (4) IL X IP; (5) IC X IP e (6) IP 2. Uma área foi aprovada para a construção de prédios residenciais e foram coletadas amostras de solo de forma a caracterizar terreno. solo foi considerado argiloso e com as seguintes características: Teor de umidade: 15% Grau de saturação: 67% Volume: Peso específico seco: 13,9 kN.m-3 Qual valor do peso específico natural desse solo amostrado? a) 15,98 kN.m-3 b) 17,31 kN.m-3 c) 19,85 kN.m-3 d) 21,13 kN.m-3 e) 23,46 kN.m-3 FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>36 3. (Adaptado de ENADE/2010) A amostragem de solo é considerada uma das etapas mais importantes para a realização de construções civis, tanto como base quanto para uso do material de solo ou rocha. Embora seja uma etapa simples, é uma operação significativa, pois uma pequena quantidade de solo coletada deverá representar os atributos físico- químicos de uma grande área. Considerando a importância da etapa de amostragem de solo em um programa de sondagem para realização de grandes obras, avalie as afirmativas abaixo: I. erro devido a uma amostragem de solo malconduzida é geralmente mais significativo, comparativamente às etapas de determinações interpretação dos resultados e recomendações ao uso do solo. II. Dados obtidos em campo por meio da observação visual são insuficientes para determinar possíveis problemas de recalque e infiltração de água no solo. III. Os procedimentos de amostragem não precisam ser seguidos rigorosamente, pois as análises laboratoriais corrigem falhas cometidas na coleta de solo em campo. IV. em sua distribuição na paisagem,sendoessaheterogeneidade ampliada pelas práticas de uso do solo. É correto apenas que se afirma em: a) I, e III b) e IV c) I, e IV d) e) 4. Reconhecer tipo de solo é de grande importância para caracterizá-lo e classificá- lo e determinar, por exemplo, qual o tipo de fundação deverá ser realizado em uma obra. Analisando as figuras abaixo, assinale a alternativa que corresponde ao ensaio de sondagem SPT. (1) (2) (3) (5) (4) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>37 5. futebol é um dos esportes mais difundido e praticado no Brasil. Um dos grandes escritores da literatura brasileira, Mário de Andrade, cria uma palavra no romance Macunaíma, que chamou de "futebóleres", ou seja, os brasileiros que praticam futebol. A presença do futebol é tão marcante nacionalmente que em qualquer lugar, uma aldeia, uma vila e até mesmo na penitenciária, campo de futebol se faz presente. Entretanto, nem sempre se tem manutenção por parte dos responsáveis. Um campo de futebol, no padrão FIFA, com dimensões de 110 m X 75 m, irá receber uma partida de futebol durante a noite, mas não possui sistema de irrigação e nem de drenagem. Os funcionários desejam conhecer a quantidade de água que deverá ser lançada sobre campo, de forma homogênea. Sabe-se que peso específico natural do solo arenoso na profundidade de 10 cm é igual a 11,3 kN/m3. Para uma partida sem poeiras e sem lamas, a umidade deve estar em torno de Qual a quantidade de água aproximadamente, em que deverá ser distribuída no campo? a) b) 101,5 c) 142,21 d) 190,80 e) 203,00 6. Os índices físicos dos solos são utilizados para identificar estado em que solo se encontra. Esses índices correlacionam os pesos e os volumes das fases do solo ar, água e sólido. Um dos índices que é muito utilizado em Mecânica dos Solos é a relação existente entre volume de vazios e volume total da amostra. Esse índice é: a) índice de vazios b) teor de umidade c) porosidade d) peso específico submerso e) peso específico das partículas 7. Os ensaios geotécnicos são importantes para caracterizar solo e a partir dos resultados fazer inferências e/ou concluir sobre comportamento do terroso, como a umidade do solo, adensamento e compactação. Sobre esses parâmetros, apresenta-se uma figura que retrata ensaio de: Fonte: MOLINA F. Comportamento mecânico do solo em operações 2017 a) Granulometria b) Limite de Liquidez c) Limite de Plasticidade d) Teor de umidade e) Peso específico natural FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>38 8. Em um ensaio de determinação da umidade natural, pelo método da estufa, três partes de uma amostra foram previamente pesadas e colocadas na estufa a Após 24 horas, as amostras foram deixadas em cima da bancada para esfriar. Elas foram pesadas algumas horas depois, quando as cápsulas estavam No dia seguinte, a massa seca foi determinada novamente, porém apresentou uma pequena variação. Sobre procedimento adotado para a amostra, podemos dizer que a consequência do resultado é: a) do baixo teor de umidade da amostra. b) do tempo deixado em estufa, que pode não ser suficiente para a secagem total da amostra. c) do fato de a umidade ambiente ter influenciado na medida do peso seco. d) da quantidade de cápsulas utilizadas. e) da temperatura na estufa, que deveria ser mais alta. FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>UNIDADE 03 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS</p><p>40 3.1 POR QUE CLASSIFICAR UM SOLO? A necessidade de organizar e classificar os objetos que cercam fez com que homem reunisse os materiais e indivíduos em tipos homogêneos, com características comuns, devido à sua importância como fator de sobrevivência e isso também aconteceu com os solos, surgindo os sistemas de classificação. O objetivo de uma taxonomia é organizar os conhecimentos a respeito dos sujeitos descritos, de forma que as características possam ser mais facilmente entendidas para atender a um uso do solo mais específico, prático ou teórico (LEPSCH, 2013). Desse modo, os diferentes tipos de solos com atributos similares podem ser classificados em conjuntos e subconjuntos, conforme seu comportamento. Isso faz com que, do ponto de vista da Engenharia, seja orientado programa de investigação do solo para possibilitar um estudo mais criterioso de determinado problema real (Figura 16). Figura 16: Diferentes tipos de amostras de solos. Fonte: https://bityli.com/eltQTV Acesso em 18 jan. 2022. Do ponto de vista dos pedólogos, principalmente depois dos estudos do geógrafo russo Dokuchaev (1846 1903), que viu solo não mais como um produto agricultável, como rocha fraturada misturada à matéria orgânica, mas como um produto único e considerou solo como sendo 4° Reino, ou seja, com características próprias, diferentemente de plantas e animais. FIQUE ATENTO Os primeiros métodos de classificação de solos carregavam em comum a simplicidade e tinham um viés técnico, ou seja, a princípio, métodos tinham especificidades práticas para problemas locais. Mais tarde, buscou-se nas características da classificação geoló- gica, ou seja, conforme a rocha de origem e seus tipos de solo, podendo ser residuais ou transportados. Desse modo, os métodos de classificação de solos passaram a considerar os fatores de formação de solos material de origem, clima, organismos, relevo e tempo, que resultou em ordens chamadas de solos zonais zonal (solos que têm influência de fatores ativos como o clima e organismos), azonal (não possuem características bem FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>41 desenvolvidas dos fatores ativos) e introzonal (possuem características influenciadas mais pelo relevo -fator passivo- do que pelo material de origem ou clima ou organismos). Os sistemas de classificação modernos, com a perspectiva da Engenharia, usam como base as propriedades de índices físicos como a granulometria e consistência do solo limites de Atterberg (LL, LP e IP). Não existe um modelo que abrange as generalidades dos solos em campo, mas é importante dizer que um sistema de classificação é válido, pois é através dele que se tem uma resposta para um determinado problema, além disso, de acordo com Pinto (2006), a classificação do solo é necessária para a transmissão de conhecimento. Assim sendo, vamos estudar dois sistemas de classificação de solos, que são bastante usados na área de engenharia e que se baseiam na distribuição granulométrica e na plasticidade dos solos: Sistema de classificação unificado e Sistema de classificação rodoviária. BUSQUE POR MAIS A textura dos solos é dada a partir da sua composição granulométrica, que pos- sui grande variabilidade em proporções de componentes. A realização da textura dos solos é feita a partir do Triângulo de Ferret, que é um método que faz a classi- ficação dos solos Disponível em: Acesso 4 jul. 2022. 3.2 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO UNIFICADA (S.U.C.S.) Esse sistema de classificação de solos também é conhecido como sistema de classificação dos barrageiros, ou seja, a princípio, foi desenvolvido por Casagrande, em 1942, em plena Segunda Grande Guerra Mundial, utilizado para construção de aeroportos, mais tarde, método foi largamente utilizado pelos engenheiros que atuam em barragem de terra. Como todo método de classificação, os solos são identificados pelo agrupamento de duas letras, a primeira se refere à característica principal do solo, enquanto a segunda confere informações secundárias dos solos, ou seja, terminologia utilizada para classificar os solos conforme Quadro 3 apresentada abaixo. Letra* Definição G pedregulho S areia M silte C argila solo orgânico W bem graduado P mal graduado H alta compressibilidade FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>42 L baixa compressibilidade Pt turfas * As letras simbolizam as iniciais das palavras inglesas: G de gravel; S de sand; C de clay; W de well graded; P de poorly graded e M do termo sueco mo, que se traduz como silte Quadro 3: Terminologia do sistema Unificado. Fonte: Elaborado pelo autor Nesse sistema, os solos são classificados em três grupos distintos: Solos grossos: são pedregulhos e areias (grossa, média e fina) em que mais de 50% em peso dos grãos ficam retidos na peneira n° 200, ou seja, os grãos aqui retidos são maiores que 0,074 mm. Solos finos: são siltes e argilas em que mais de 50% em peso dos grãos passam na peneira n° 200 (< 0,074 mm). Turfas: solos com características fortemente orgânicas e bem compressíveis. A partir dessas informações, um solo que se classifica como GC seria um solo pedregulhoso, com presença de areia e argila. Enquanto um solo com a simbologia SP seria um solo arenoso mal graduado. Entretanto, estudo para classificar um solo, de acordo com a S.U.C.S., deve ser mais aprofundado, são necessários mais elementos para que se tenha um panorama mais abrangente. Nesse sentido, adotam-se coeficientes que são determinados a partir da curva granulométrica solos grossos. Os índices são: Coeficiente de Uniformidade (CU): é a relação entre os diâmetros correspondentes a 60% e 10%. D60 D10 Onde, Cu = coeficiente de não uniformidade; D60 = diâmetro onde 60% do solo, em peso, possui diâmetros menores que ele (mm); e D10 = diâmetro onde 10% do solo, em peso, possui diâmetros menores que ele (mm). CU serve para assinalar a variação granulométrica do solo. Quanto mais uniforme a granulometria do solo, mais os grãos do solo tendem a ter mesmo tamanho. Assim, os solos que apresentam CU até 5 são considerados solos uniformes, já valões de CU entre 5 e 15 são considerados solos medianamente uniformes e os solos desuniformes são aqueles que apresentam CU acima de 15. Coeficiente de curvatura (CC): é a relação entre os diâmetros correspondentes a 30% elevado ao quadrado e produto dos diâmetros correspondentes a 60% e FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>43 (D30)2 CC D60.D10 Onde, Cc = coeficiente de curvatura; D30 = diâmetro onde 30% do solo, em peso, possui diâmetros menores que ele (mm); D60 = diâmetro onde 60% do solo, em peso, possui diâmetros menores que ele (mm); e D10 = diâmetro onde 10% do solo, em peso, possui diâmetros menores que ele (mm). valor de CC entre 1 e 3 é considerado bem graduado. Quando o solo é classificado como bem graduado, ele apresenta uma distribuição equilibrada do tamanho dos grãos, de forma que os vazios deixados pelos grãos maiores sejam preenchidos pelos grãos menores, do ponto de vista da Engenharia Civil, quando esses solos são compactados apresentam alta resistência. Para a parte fina dos solos (silte e argila), que determina comportamento dos solos são os argilominerais e, então, utilizam-se dos resultados da consistência desses solos limite de plasticidade, limite de liquidez e índice de plasticidade. Contudo Casagrande elaborou uma carta que leva seu nome Carta Casagrande ou Carta de Plasticidade que relaciona índice de plasticidade e limite de liquidez (Figura 17). 60 50 40 Argilas de Plasticidade Média 30 de Argilas de Baixa Plasticidade Siltes de Alta 20 Compressibilidade Argilas Orgánicas Siltes de Baixa Compressibilidade 10 de Compressibilidade ML ou CL Média 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Limite de Liquidez Figura 18: Carta de Fonte: Adaptado de Brasil, 2006. Pelográfico de plasticidade, observa-se que, para além das características principais, solo é caracterizado por apresentar respectivamente alta e baixa compressibilidade, essa característica é definida através do limite de liquidez (LL = 50%). Os solos turfosos caracterizam-se pela alta presença de matéria orgânica, cores escuras (entre marrom e preto), apresentam um odor orgânico, textura mais fibrosa, solo encharcado (S > 100%), além disso, apresentam alta compressibilidade, baixa resistência ao cisalhamento e elevado índice de vazios. Contudo, com as informações dos solos grossos e dos solos finos, podemos utilizar a Figura 18 para auxiliar na classificação dos solos, segundo a S.U.C.S. FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>44 5 GW GP G>S:G GC GC GM GM etc. % P#200 50 SW SP CNU 6 ou 1 > 3 % SC SC SM SM etc. C CL IP 58 CH CH % M ML OH MH CL OL MH 7 OL ML 4 LL OH 20 50 100 Figura 18: Resumo para classificação pelo Sistema Unificado. Fonte: Pinto, 2006' VAMOS PENSAR? Você consegue imaginar uma aplicação prática do Sistema de Classificação Unificado? Embora ele tenha sido desenvolvido para aplicação em obras de aeroportos, O sistema é amplamente empregado por engenheiros geotécnicos, tendo como um dos seus princi- pais exemplos O uso em grandes obras de terra, como barragens. 3.3 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO RODOVIÁRIA (TRB) Esse sistema foi desenvolvido pelo governo americano através do Highway Research Board (HRB), ou seja, uma espécie de departamento de estradas públicas ligada ao Transportation Research Board (TRB), tendo como origem a AASHTO. Isto é, objetivo dessa classificação, a princípio, foi de usar esse método em rodovias, para estimar a qualidade de solo para emprego de camadas de pavimentação (Figura 19), mas é amplamente utilizado por engenheiros em todo mundo. Revestimento Base Sub-base Reforço do Subleito Regularização Subleito Figura 19: Seção típica de camadas de um pavimento flexível. Fonte: CNT, 2017. FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>45 A classificação, assim como Sistema Unificado, baseia-se no resultado do ensaio de granulometria e dos Limites de Atterberg, mas também de um novo parâmetro, índice de grupo (IG), que nada mais do que uma equação em função da granulometria e consistência do solo. Nesse modelo, os solos são divididos em grupos e subgrupos, totalizando sete conjuntos: A-1 a A-7. Os solos A-1, A-2 e A-3 (subgrupos: A-1-a, A-1-b, A-2-4 e A-2-5, A-2-6 e A-2-7) são os de granulação grosseira, ou seja, até 35% das partículas que passam na peneira 200 Os solos finos A-4, A-5, A-6 e A-7 (subgrupos A-7-5 e A-7-6) são aqueles em que mais de 35% das partículas passam pela peneira 200. Quadro 4 a seguir apresenta-se como um resumo de sugestão para classificar os solos de acordo com o sistema de classificação rodoviária. Classificação SOLOS GRANULARES SOLOS SILTOARGILOSOS Geral (P200 35%) (P200 > 35%) Grupos A-1 A-3 A-2 A-4 A-5 A-6 A-7 Subgrupos A-1-b A-2-4 A-2-5 A-2-6 A-2-7 A-7-5 A-7-6 P10 <50 - - - - P40 <30 <50 >50 - - P200 <15 <25 <10 <35 <35 <35 <35 > 35 > 35 > 35 LL <40 >40 <40 >40 <40 >40 <40 >40 IP <6 <6 NP <10 <10 >10 >10 <10 <10 >10 >10 Índice de o o o o <4 <4 <8 <12 <16 <20 grupo (IG) Tipos de Fragmentos Areia Pedregulhos e areias Solos Solos Material de pedra, fina siltosas ou argilosas siltosos argilosos pedregulho e areia Classificação Excelente a bom Regular a mau como sub leito Podemos acrescer à estes tipo A-8: solos orgânicos/turfas, imprestáveis como bases de pa- vimentos Quadro 4: Sugestão de classificação de solos conforme AASHTO Fonte: GOMES, 2015. processo de classificação começa a partir dos dados de laboratório e inicia-se a classificação, sempre da esquerda para a direita, por eliminação. primeiro grupo da esquerda que satisfizer os dados, será grupo nomeado. Algumas observações que devem ser respeitadas para a classificação dos solos: Para solos A-7: Se IP (LL 30), será A-7-5; Se IP > (LL- 30), será A-7-6. Índice de Grupo (IG): IG = 0,2.a + + 0,01.b.d Onde: p = teor de silte + argila do solo, ou seja, a porcentagem que passa na peneira 200. a (se p 75%, adota-se 75 e se p 35%, adota-se 35), a varia de a 40 e 0,2.a 8. b p > 55%, adota-se 55 e se p 15%, adota-se 15), b varia de a 40 e 0,01.b.d varia de a 8. FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>46 (se LL > 60%, adota-se 60 e se LL < adota-se 40), C varia de o a 20 e 0,005.a.c varia de o a 4. (se IP > 30, adota-se 30 e se IP < 10, adota-se 10), d varia de o a 20 e 0,01.b.d varia de o a 8. IG - o resultado final obtido deve ser um número inteiro, com aproximação para o número inteiro acima. (IGmin = e = 20). BUSQUE POR MAIS Além dos métodos de classificação dos solos vistos nesse capítulo, existe ainda a Metodologia MCT (Miniatura Compactada Tropical), que foi desenvolvida para complementar as classificações tradicionais, como os Sistemas de Classificação Unificada (SUCS) e O Rodoviário (HRB), suprindo algumas de suas deficiências. Aprofunde seus conhecimentos fazendo a leitura do artigo "ANÁLISE COMPARA- TIVA ENTRE MÉTODOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS PARA PAVIMENTAÇÃO". Disponível em: Acesso em 6 jul. 2022. FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>47 FIXANDO CONTEÚDO 1. (Adaptado de UFSM/2016) A textura ou granulometria refere-se à proporção de argila, silte e areai do solo. De acordo com essa proporção, o solo pode ser classificado em diferentes classes texturais, como representado na figura a seguir. Classes texturais do solo 100 90 10 80 20 muito 70 argiloso 60 30 40 50 argila % argila argila siltosa arenosa franco franco 30 vargilo franco argiloso argilo 20 arenoso franco franco 10 franco siltoso 0 franca 80 10 30 20 - Porcentagem de areia Fonte: L.S. Manual de morfologia e classificação de solos. São Paulo: Editora Agronômica Ceres, Assinale a alternativa que caracteriza o solo como classe argila arenosa. a) 50% de areia, 10% de silte e 40% de argila. b) 40% de areia, 10% de silte e 50% de argila. c) 30% de areia, 20% de silte e 60% de argila. d) 20% de areia, 20% de silte e 70% de argila. e) 100% de areia, 30% de silte e 80% de argila. 2. A tabela abaixo representa os resultados de granulometria e consistência de três solos diferentes. Solo Porcentagem mais fina que Limites de consistência (4,76 (2,00 (0,42 (0,074 (0,002 LL (%) LP (%) mm) mm) mm) mm) mm) A 100 98 80 62 27 64 38 B 72 62 55 48 10 -- C 50 37 8 o o Considerando o Sistema Unificado de Classificação de Solos, a partir dos resultados acima, pode-se afirmar que: FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>48 a) solo A possui um IP de 112% e classifica-se como CW. b) Os solos B e C podem ser classificados, respectivamente, como GM e GS. c) solo A classifica-se como solo arenoso (SP) e solo C como solo argiloso (CH). d) solo C é um solo siltoso de baixa compressibilidade devido à alta quantidade de argila presente. e) solo B classifica-se como arenoso, bem graduado, baixa compressibilidade e baixo teor de matéria orgânica. 3. A classificação de um solo é de suma importância para obras de engenharia, pois é através dela que se obtém informações a respeito da capacidade de uso e capacidade de suporte de carga sobre material avaliado, por exemplo. Uma amostra de solo foi coletada e enviada para laboratório e apresentou os seguintes resultados: Ensaio de peneiramento - porcentagem Limite de Índice de Amostra de grãos finos liquidez plasticida- de n° 10 n° 40 n° 200 Solo obra 84 71 64 4] 14 Conforme sistema de classificação rodoviária, solo se classifica como: a) Classificação: A-7-5; IG:16 b) Classificação: A-6; IG:9 c) Classificação: A-7-6; IG:8 d) Classificação: A-6; IG:5 e) Classificação: A-7-6; IG:16 4. São apresentados no gráfico abaixo duas curvas de diferentes solos. peneiras 200 100 50 30 16 8 4 0 100 90 20 70 40 50 60 2 30 80 10 100 0 0,001 2 4 0,01 2 5 0,1 D10 D (mm) 10 Sobre os coeficientes que a curva granulométrica oferece, assinale a alternativa correta: a) CU: 2,0 e CC: 3,0 b) CU: 4,0 e CC: 2,5 c) CU: 5,0 e CC: 2,0 FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>49 d) CU: 6,0 e CC: 1,5 e) CU: 7,0 e CC: 1,0 5. Em relação aos sistemas de classificação de solos, analise as afirmações abaixo: I. sistema de classificação rodoviário (HRB) tem como base ensaio de peneiramento (porcentagem retida nas peneiras n° 10, 40 e 200), LL, IP e IG. II. A classificação de solo unificado utiliza os símbolos de classificação como GT, GY, GR, SX, SA e SB como solos grossos e para solos finos os símbolos CT, CX, CR e OA. III. índice de grupo (IG) é somado à classificação de solo que qualifica solo como um produto subagregado. É correto apenas que se afirma em: a) I. b) II. c) III. d) e III. e) e III. 6. Uma determinada amostra de solo foi ensaiada e os resultados foram: Porcentagem passante pela peneira n° 4 = 70. Porcentagem passante pela peneira n° 200 = 30. Limite de Liquidez = 33 Limite de Plasticidade = 12. Utilizando-se do sistema de classificação unificada, essa amostra de solo pode ser classificada como: a) Areia argilosa com pedregulho SC b) Areia siltosa SM c) Pedregulho com areia fina GS d) Silte argiloso com pedregulho MC e) Turfa com silte PtM 7. Assinale a alternativa que contém as classificações de solos corretamente quanto ao S.U.C.S e HRB. LL IP % em peso que passa nas peneiras Classificação (%) (%) 3/4" 3/8" 4 10 40 200 S.U.C.S. HRB a 21,9 11,8 100 100 100 98 98 96 GM A-7 b 32,0 9,8 81 60 42 28 25 20 A-2-4 C 45,7 16,3 69 49 35 28 26 19 SM A-2-6 d 40,9 15,3 53 37 29 26 24 22 CM A-2-7 e 35,5 4,9 100 97 91 85 77 57 CL A-1-b FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p><p>50 8. "Outros sistemas de classificação de solos existem em vários países, como Rússia, França Bélgica, Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e China. Tal como as taxonomias usadas nos EUA e pela FAO/UNESCO, muitas delas usam sistemas hierarquizados e visam organizar o conhecimento sobre solos, de forma que possa ser rapidamente acessado, relembrado e compreendido." LEPSCH, I. F. Formação e conservação dos solos. edição. São Paulo: Oficina de Textos, 2010. Considerando as informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. Os sistemas de classificação de solo proporcionam um código geral para informar, de tal maneira, as propriedades globais do solo, que são sempre diversas, sem referências especificadas. PORQUE II. Apesar de ter vários sistemas de classificação em uso, nenhum é exclusivo de todos os solos para qualquer aplicação possível por causa da ampla diversidade das propriedades de solo A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: a) As asserções e são proposições falsas. b) A asserção é uma proposição verdadeira e a asserção é uma proposição falsa. c) A asserção é uma proposição falsa e a asserção II é uma proposição verdadeira. d) As asserções e II são proposições verdadeiras. e) A asserção e são proposições verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa correta da asserção I. FACULDADE GRUPO UNICA Prominas EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA</p>

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