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<p>Resumo de Gestão da Interface Empresa x Sociedade</p><p>Aula 1 – A era do capitalismo criativo e sustentável</p><p>- As empresas que vinculam suas ações socioambientais às suas estratégias empresariais reforçam suas marcas, posicionam-se</p><p>melhor em seus mercados, diferenciam-se dos seus concorrentes, motivam seus empregados e parceiros, ganham espaço na</p><p>mídia, conquistam e fidelizam clientes, conseguem a simpatia do público, obtêm a adesão e o apoio dos seus acionistas e</p><p>estreitam seus relacionamentos com o governo e a sociedade.</p><p>- Era do capitalismo criativo também pode ser chamada de era do capitalismo responsável e também sustentável: não</p><p>deve prevalecer a idéia do negócio em si, a primazia do lucro em detrimento de outros fatores, como a preservação do meio</p><p>ambiente, o bom relacionamento com a comunidade, a ética, a boa imagem, o respeito e a admiração dos clientes, a satisfação</p><p>dos acionistas, o atendimento das necessidades dos empregados, a aprovação de toda a sociedade e a colaboração com o</p><p>governo.</p><p>- Formas assumidas pelo capitalismo criativo: • criação de negócios voltados para o mercado das classes menos favorecidas</p><p>(são as empresas que lançam produtos voltados para a base da pirâmide); • desenvolvimento de produtos e serviços que visam</p><p>à melhoria das condições de vida das populações mais pobres; • negócios sustentáveis ou responsáveis, direcionados para a</p><p>preservação ambiental e a promoção do desenvolvimento das comunidades locais; e • empresas que fomentam as atividades de</p><p>empreendedorismo local, com ênfase na concessão de microcrédito.</p><p>- Capitalismo criativo: promove a inclusão social, cidadania plena, maior participação e bem comum.</p><p>-Podemos afirmar que a Ricardo Eletro, ao cobrar preços mais baixos e parcelar as compras para os clientes, cumpre</p><p>uma função social relevante e compatibiliza as estratégias sociais e empresariais: permite o acesso dessa população a bens</p><p>de consumo que vão permitir melhorias em suas vidas, e através de crédito, cria facilidades de compra.</p><p>- Uma das vertentes da prática do capitalismo criativo: a produção e comercialização de produtos que contribuem para a</p><p>melhoria da qualidade de vida das populações carentes.</p><p>- Exemplo de prática de capitalismo criativo: (1) produtos Frandsen geram lucros e contribuem para a erradicação de</p><p>doenças e promovem melhorias consideráveis na qualidade de vida das comunidades pobres (não são vendidos diretamente</p><p>para essa população, mas para o governo e organizações que assistem essas comunidades); (2) Freeplay Energy que leva luz a</p><p>lugares onde não existe rede elétrica, facilitando a vida dessas populações.</p><p>- Outra vertente do capitalismo criativo: a preservação ambiental e o desenvolvimento da comunidade onde a empresa</p><p>ficcalizada.</p><p>plo de negócios que causam danos inevitáveis ao meio a, como minérios e petróleo.</p><p>- Diferenmomentos da história do ambientalismo empresarial: (1) anos 1960 – agrotóxicos e poluição do ar; (2) anos 1970</p><p>– conflitos entre empresas e agências de proteção ambiental; (3) a partir dos anos 1980 – preservação do meio ambiente torna-</p><p>se tema de responsabilidade social; e (4) anos 1990 – a preservação ambiental torna-se uma das estratégias empresariais.</p><p>- Conceito de negócio ambientalmente responsável: é fruto de um processo de gestão ambiental, social e economicamente</p><p>sustentável. É comum nas empresas que atuam no trinômio negócio – sociedade – ambiente. Suas ações não priorizam apenas</p><p>o crescimento do negócio, mas também a preservação ou restauração do ambiente e o desenvolvimento da comunidade.</p><p>- Empreendedores sociais: pessoas comuns, conhecedoras da realidade socioeconômica onde vivem, que têm idéias criativas</p><p>de negócios sustentáveis e buscam fontes de financiamento para seus projetos.</p><p>- Canibalismo corporativo: práticas utilizadas pelas empresas que degradam o meio ambiente e instituem hábitos de consumo</p><p>supérfluos.</p><p>- Microcrédito: modalidade de financiamento que busca permitir o acesso dos pequenos empreendedores ao crédito.</p><p>Aula 2 – O relacionamento da empresa com os seus diversos públicos-alvo</p><p>- A empresa não é um ente isolado que atua de forma soberana em seu ambiente. Para sobreviver e se desenvolver, ela</p><p>necessita criar, implementar, manter e redefinir relacionamentos com outros entes, como, por exemplo, os seus fornecedores e</p><p>parceiros, o governo, os sindicatos e as associações de classe, a mídia, a sociedade e até mesmo o ambiente físico onde está</p><p>inserida.</p><p>- Além desses públicos externos, a empresa deve manter um estreito relacionamento com dois tipos de públicos que</p><p>interferem diretamente no desempenho do seu negócio: são os stakeholders ( seus empregados e familiares, os seus</p><p>acionistas majoritários e minoritários).</p><p>- A empresa, para manter, crescer e expandir o seu próprio negócio, deve estreitar o relacionamento com seus diversos</p><p>parceiros e colaboradores, os quais denominamos públicos-</p><p>- Público alvo de uma empresa: acionistas, estado/governo, empregados, comunidade, fornecedores, clientes, ambiente,</p><p>concorrentes, e franqueados.</p><p>- Objetivos dos acionistas: bom desempenho da empresa e a maximização do lucro, proporcionando altos rendimentos.</p><p>- Objetivos do estado / governo: cumprimento das leis e obrigações legais por parte da empresa</p><p>- Objetivos dos empregados: ter um bom emprego, bem remunerado, desenvolvimento pessoal e profissional e qualidade de</p><p>vida no trabalho.</p><p>- Objetivos da comunidade: melhores oportunidades de trabalho, investimentos socioeconômicos e ambientais que</p><p>contribuam para a melhoria das condições e vida local.</p><p>- Objetivos dos fornecedores e clientes: manter relações comerciais justas, éticas, duradouras, de confiança e lealdade</p><p>recíprocas.</p><p>- Objetivos em relação ao ambiente: o ambiente tornou-se um stakeholder super importante para qualquer empresa, e ela</p><p>deve protegê-lo por meio de ações de reciclagem, reflorestamento e uso de tecnologias limpas.</p><p>- Objetivos dos concorrentes: em vez de competidores, podem ser vistos como parceiros do negócio, através de acordos e</p><p>convênios de produção e comercialização.</p><p>- Objetivos dos franqueados: serem parceiros de negócios que exigem relacionamentos confiáveis, permanentes, respeito</p><p>mútuo, transparência e colaboração, ou seja, um contrato de parceria.</p><p>- Atendendo às demandas dos seus stakeholders, a empresa desenvolve o seu negócio, ganha reputação no mercado, fortalece</p><p>sua marca, consolida-se na liderança do seu segmento de atuação e eleva o seu valor de mercado.</p><p>- Por que algumas empresas assumem o risco e divulgam na mídia campanhas de recall: Para uma empresa ética,</p><p>socialmente responsável, o relacionamento com os clientes é fundamental para a sua reputação e sobrevivência, pois a sua base</p><p>de clientes é o seu principal ativo, além da sua marca. Assumindo todos os riscos envolvidos no recall (por exemplo, perda de</p><p>imagem, fuga de clientes, perda de mercado), bem como os custos que são repassados aos clientes (divulgação na mídia,</p><p>conserto e reparação), a empresa assume publicamente o seu erro de fabricação. Com ética e transparência, assume o problema</p><p>e age com rapidez e eficiência para solucioná-lo. Deve ser lembrado o risco dos processos movidos pelos clientes lesados, que</p><p>podem se multiplicar nessa situação, o que significa pesadas multas e indenizações.</p><p>- Teoria dos grupos de interesse: diz em benefício de quem a empresa deve ser gerenciada.</p><p>- Teoria dos grupos de interesse, de Freeman: a empresa deve gerenciar suas atividades com o foco em dois grupos de</p><p>interesse: os grupos primários e os secundários.</p><p>- Grupos primários: são aqueles que influenciam diretamente os negócios da empresa (por exemplo, os acionistas, os sócios,</p><p>os empregados, os fornecedores, os clientes, os parceiros, a população residente na área de atuação da empresa, o ambiente</p><p>natural, as espécies não-humanas e as futuras gerações).</p><p>- Grupos secundários: são aqueles que influenciam indiretamente a empresa, não são afetados diretamente por ela e não estão</p><p>diretamente engajados nas suas transações</p><p>saneamento básico, serviços de educação e</p><p>saúde); • Fomento do empreendedorismo social e cívico de base local (apoio às lideranças locais, incentivo à criação de</p><p>empreendimentos surgidos na própria sociedade e realização de ações de capacitação da mão-de-obra local); • Aprimoramento</p><p>da gestão de políticas públicas locais (com sua atuação, a empresa estimula o governo local a criar e aprimorar suas políticas</p><p>públicas sustentáveis); • Preservação ambiental (as empresas agem como entes protetores do meio ambiente local, investem em</p><p>projetos conservacionistas e adotam práticas de gestão sustentável); As empresas que assumem esse perfil se capacitam para</p><p>assumir o seu papel de agente do desenvolvimento sustentável local.</p><p>- Alguns exemplos de empresas que vêm atuando como agentes do desenvolvimento sustentável local: • Perdigão (criou a</p><p>escola de agronegócio na região de Videira (SC) com o objetivo de treinar os agricultores locais a melhor gerir suas</p><p>propriedades); • Basf (instalou a sua fábrica em Guaratinguetá (SP), ali desenvolve o Projeto Sementes do Amanhã, cujo</p><p>objetivo é ensinar educação ambiental para os alunos de escolas públicas locais); • IBM (capacita professores da rede pública</p><p>de Hortolândia (SP), onde mantém um centro de tecnologia); • Instituto Camargo Correa (criou o Comitê de Desenvolvimento</p><p>Comunitário reunindo lideranças locais para definir projetos sociais); • Instituto Alpargatas (atua em parceria com prefeituras</p><p>de onze cidades de três estados no Nordeste, onde tem unidades de produção); • Instituto Sadia (desenvolve projetos</p><p>socioambientais em Lucas do Rio Verde (Mato Grosso), onde está implantando uma unidade); • Ambev (em parceria com a</p><p>Embrapa, está desenvolvendo programas de melhoria de renda e produtividade na região amazônica com a instalação de doze</p><p>pólos agrícolas); • Alcoa, Philco e Gerdau (apóiam os pequenos empresários nas cidades do Nordeste onde atuam com o</p><p>objetivo de transformá-los em seus fornecedores locais).</p><p>- A sustentabilidade é a nova palavra de ordem no mundo moderno. Todos querem ser sustentáveis: empresas, governos,</p><p>sociedades, comunidades e entidades em geral.</p><p>Aula 7 – Gestão Sustentável</p><p>- Conceito de sustentabilidade nos negócios, segundo Andrew Savitz e Karl Weber: • A arte de fazer negócios num mundo</p><p>interdependente – inter-dependência de vários elementos entre si e em relação ao tecido social (respeito à interdependência dos</p><p>seres vivos entre si e em relação ao meio ambiente; significa operar a empresa sem causar danos aos seres vivos e sem destruir</p><p>o meio ambiente, restaurando-o e enriquecendo-o); • É o território compartilhado pelos interesses da empresa e pelos interesses</p><p>da sociedade; • É o reconhecimento das necessidades e dos interesses das outras partes (grupos comunitários, instituições</p><p>educacionais e religiosas, força de trabalho e público) reforçando a rede de relacionamentos que mantém com esses segmentos;</p><p>• É a aceitação da interdependência de diferentes aspectos da existência humana (crescimento econômico, sucesso financeiro,</p><p>vida familiar, crescimento intelectual, estímulo à expressão artística e desenvolvimento moral); • É a gestão do negócio de</p><p>maneira a promover o crescimento e gerar lucro, reconhecendo e facilitando a realização das afirmações econômicas e não-</p><p>econômicas das pessoas de quem a empresa depende dentro e fora da organização; • É gerar benefícios para os grupos sociais</p><p>fora e dentro das empresas, fazendo as empresas desfrutarem desses benefícios.</p><p>- Temas envolvidos na sustentabilidade, responsabilidade social e ética empresarial: • preservação ambiental; • promoção</p><p>do desenvolvimento econômico, social e cultural</p><p>local e regional; • promoção da justiça e defesa dos direitos humanos; • prática da governança corporativa; • proteção aos</p><p>consumidores; • defesa dos direitos dos trabalhadores, acionistas e demais parceiros; • impacto dos negócios na sociedade e na</p><p>mídia; • foco nas questões sociais emergenciais (pobreza, fome, violência, desemprego) e seus impactos sobre o lucro.</p><p>- Empresa sustentável: aquela que desenvolve ações voltadas para a busca da lucratividade (sustentabilidade econômica), o</p><p>desenvolvimento da comunidade e atendimento das necessidades dos seus empregados e parceiros (sustentabilidade social) e a</p><p>preservação do meio ambiente (sustentabilidade ambiental).</p><p>- Etapas a serem percorridas por uma empresa em seu trajeto para a sustentabilidade: •(1ª) eliminar o lixo dos processos</p><p>industriais (eliminação do desperdício de recursos e redução dos custos dos processos industriais); (2ª) envolver os</p><p>fornecedores em um esforço de redução de emissão de carbono (redução da emissão de gases); (3ª) buscar a eficiência</p><p>energética (substituição dos combustíveis fósseis – petróleo, carvão – por fontes renováveis); (4ª) redesenhar processos,</p><p>reciclar e reutilizar; (5ª) esverdear a cadeia de transporte (uso de combustíveis alternativos na frota de veículos); (6ª) mudar a</p><p>cultura interna para um novo modelo de gestão da produção ambientalmente responsável (mudar as atitudes e os</p><p>comportamentos de todos os empregados e parceiros e conscientizá-los para a adoção de novas práticas sustentáveis); (7ª)</p><p>reinventar a atividade comercial e o próprio mercado a partir de novas regras que permitem equilibrar a biosfera (conjunto de</p><p>ecossistemas que cobre toda a superfície da Terra e é a parte viva do Planeta, que inclui a atmosfera) e a tecnosfera (são os</p><p>elementos desenvolvidos pelo homem como aglomerações humanas e cidades, centros industriais, redes de transporte e</p><p>comunicação etc.).</p><p>- Tipos de empresas segundo Anderson: as minimalistas (que vêem a sustentabilidade como custo e não se esforçam em</p><p>subir os degraus da montanha sustentável e geralmente estão nas primeiras etapas), as pragmáticas (que escolhem os passos e</p><p>galgam os degraus de acordo com suas próprias conveniências e necessidades; são as empresas que queimam etapas, pulam</p><p>degraus e buscam chegar mais rapidamente aos estágios que mais lhes convêm) e as impostoras (que criam um projeto</p><p>socioambiental de impacto, divulgando-o intensamente na mídia, e desprezam as etapas a serem percorridas).</p><p>- Empresas sustentáveis: aquelas que adotam medidas que diminuem o impacto negativo de suas atividades produtivas no</p><p>meio ambiente e geram diversos benefícios econômicos e sociais para seus diversos públicos-alvo e para a sociedade em geral.</p><p>- Características das empresas sustentáveis: • promovem a interseção entre os interesses de negócios (obtenção do lucro, por</p><p>exemplo), os interesses do meio ambiente (preservação ambiental) e os interesses da sociedade (desenvolvimento social e</p><p>econômico); • geram rendimentos como fonte de sobrevivência em vez de con-sumir o próprio capital; • usam de forma</p><p>eficiente e eficaz os recursos naturais, econômicos, humanos e sociais (recursos naturais – água, ar, energia e alimentos;</p><p>recursos econômicos – capital próprio, empréstimos, financiamentos; recursos humanos e sociais – apoio das comunidades,</p><p>envolvimento dos trabalhadores, parcerias com fornecedores); • seus empreendimentos são duradouros.</p><p>- Propriedades do empreendimento ou negócio sustentável: • perspectiva de rentabilidade econômica a médio e longo</p><p>prazo; • capacidade de operar seus passivos que gerem prejuízos inesperados; • capacidade de minimizar sua dependência de</p><p>recursos esgotáveis e seus impactos sobre o ambiente; • busca da eficiência; • adoção de uma gestão transparente; •</p><p>capacidade de relacionar-se com as demandas de ordem global e local.</p><p>- A sustentabilidade agrega valores sociais e ambientais ao negócio, contribui para o fortalecimento da área de políticas</p><p>públicas, cria empregos estáveis, diminui gastos com saúde, promove a preservação ambiental, facilita o acesso a bens</p><p>essenciais, como, por exemplo, a água.</p><p>- A empresa pode melhorar o seu desempenho, e a sua imagem, ao adotar práticas de sustentabilidade</p><p>e, ao fazê-lo, a</p><p>empresa obtém três grandes benefícios: • redução dos riscos de prejudicar os clientes, os empregados e as comunidades, de</p><p>degradar o meio ambiente, de cometer falhas gerenciais que ameaçam a reputação e o desempenho da empresa no mercado e a</p><p>defesa contra as intervenções regulatórias (leis, regulamentos e políticas governamentais); • melhor gestão da empresa que se</p><p>reflete na redução dos custos, no aumento da produtividade, na eliminação de desperdícios, no melhor relacionamento com</p><p>fornecedores e parceiros e melhor acesso a fontes de matéria-prima e de capital; • promoção do crescimento da empresa, que</p><p>inclui a abertura de novos mercados, desenvolvimento de novos produtos e serviços, maior competitividade, maior lealdade e</p><p>fidelidade dos clientes e conquista de novos clientes.</p><p>- A adequação do negócio às práticas sustentáveis leva a empresa à conquista de vantagens competitivas consideráveis em</p><p>relação aos seus concorrentes.</p><p>- Uma empresa que adota um modelo de gestão sustentável obtém um melhor acesso a mercados, melhora a sua imagem e</p><p>reputação diante do público, cria maior valor agregado aos seus produtos, fortalece sua marca, ganha maior produtividade, faz</p><p>economia de insumos e melhora o seu relacionamento com seus diversos stakeholders.</p><p>- Vantagens competitivas dos empreendimentos sustentáveis: aumento da receita, valorização da reputação, melhoria do</p><p>desempenho dos funcionários, apoio à economia local, criação de novas oportunidades de negócios, maior diálogo com os</p><p>atores envolvidos no negócio, melhoria da gestão interna e lançamento de serviços ambientais.</p><p>- Características do modelo de geswtão sustentável adotado pelas empresas, ao obter tais vantagens competitivas: •</p><p>aumento da receita; • valorização da reputação; • melhoria do desempenho dos funcionários; • apoio à economia local; •</p><p>criação de novas oportunidades de negócios; • maior diálogo com os atores envolvidos no negócio; • lançamento de serviços</p><p>ambientais; • melhoria da governança corporativa.</p><p>- Modelo de gestão sustentável da Light: focado na busca da eficiência energética; ênfase concentrada nas atividades que</p><p>estimulam os consumidores a poupar energia e otimizar o seu uso. Com isso, a empresa perde no consumo per capita de</p><p>eletricidade, mas ganha no volume total de consumo de eletricidade ao criar novos mercados e aumentar a sua base de clientes.</p><p>- Principal atividade de uma empresa: gerenciamento de recursos econômicos, ambientais, sociais e institucionais.</p><p>- Recursos consumidos pela empresa ao exercer suas atividades: • recursos econômicos (caixa gerado pelas suas operações,</p><p>empréstimos, financiamentos); • recursos ambientais (água, energia e matéria-prima); • recursos sociais (tempo e talento das</p><p>pessoas da comunidade); • recursos institucionais públicos (infra-estrutura fornecida pelo governo, rede de saneamento,</p><p>estradas, energia elétrica).</p><p>- A empresa, para ser sustentável, ao consumir tais recursos, deve gerar resultados positivos nos campos econômico, ambiental</p><p>e social com o seu funcionamento.</p><p>- Tríplice resultado das empresas sustentáveis: ganhos econômicos (venda, lucro, retorno sobre o investimento; impostos</p><p>pagos; fluxos monetários; criação de empregos); ganhos ambientais (qualidade do ar; qualidade da água; uso de energia;</p><p>geração de resíduos); e ganhos sociais (práticas trabalhistas; impactos sobre as comunidades; direitos humanos;</p><p>responsabilidade pelos produtos).</p><p>- A gestão sustentável vai além da prática da Responsabilidade Social Corporativa (RSC), da filantropia, da</p><p>preservação do ambiente e da ética nos negócios: ela exige da empresa o enfrentamento de novos desafios sociais, políticos,</p><p>culturais e ambientais.</p><p>- Ponto em comum com os interesses da empresa e de seus stakeholders: Ponto Doce da Sustentabilidade.</p><p>- Stakeholders financeiros: clientes, acionistas, fornecedores.</p><p>- Stakeholders não-financeiros: público, mídia, comunidade.</p><p>- Área comum entre as relações da empresa com seus stakeholders constitui o Ponto Doce da Sustentabilidade: é a zona</p><p>de confluência entre as atividades que buscam o lucro e as atividades que geram o bem comum.</p><p>- Quando desenvolve produtos saudáveis, a empresa vende mais e conquista novos mercados, beneficiando a si própria e a</p><p>saúde das pessoas.</p><p>- Exemplo de ações focadas no Ponto Doce da Sustentabilidade: é o desenvolvimento de estratégias empresariais que</p><p>promovem estilos de vida promissores através do lançamento de produtos e práticas sustentáveis, ou ainda ações de empresas</p><p>que lançam no mercado produtos saudáveis e obtêm elevados ganhos de imagem e de venda. São exemplos os prédios verdes</p><p>(energia solar, aproveitamento da água de chuva, iluminação natural, móveis com certificação etc.), os produtos orgânicos e</p><p>serviços que contribuam para a diminuição do consumo de energia e de matérias-primas.</p><p>- As empresas sustentáveis decidiram divulgar suas ações e resultados junto a seus diversos stakeholders (públicos-</p><p>alvo), sobretudo seus acionistas: surgiram então os “relatórios de sustentabilidade”, uma espécie de prestação de contas dos</p><p>investidores feitos pelas empresas em projetos sustentáveis.</p><p>- Relatórios de sustentabilidade: influenciam cada vez mais as decisões dos investidores, acionistas, clientes e parceiros.</p><p>- O que é o Relatório de sustentabilidade: • É uma ferramenta para gerenciar aspectos econômicos, sociais e ambientais na</p><p>empresa; • É uma forma de apresentação das estratégias de negócio e seus resultados econômicos, sociais e ambientais; • É um</p><p>poderoso instrumento de comunicação institucional; • É um instrumento de prestação de contas a funcionários, clientes e</p><p>demais stakeholders da empresa; • É uma metodologia de avaliação de performance da empresa; • É uma fonte valiosa de</p><p>informações para clientes e investidores.</p><p>- Os relatórios de sustentabilidade tornaram-se balanços socioambientais das ações das empresas, novos instrumentos de</p><p>gestão, relatos de gestão avançada e até mesmo peças de promoção institucional e elementos centrais das estratégias</p><p>inovadoras de negócios.</p><p>- Principais características de um relatório corporativo de sustentabilidade: • Instrumento de prestação de contas à</p><p>sociedade; • Ferramenta de gestão interna da empresa; • Análise dos principais indicadores do desempenho socioambiental da</p><p>empresa; • Instrumento de gestão das práticas socioambientais da empresa; • Instrumento de prestação de contas aos</p><p>stakeholders; • Ferramenta de marketing e comunicação corporativa.</p><p>- A sustentabilidade não se aplica apenas às empresas, aos seus produtos e negócios: já existe a sustentabilidade setorial.</p><p>- Sustentabilidade setorial: setor de crescimento sustentável apresenta índices em constante evolução e as empresas que nele</p><p>atuam se destacam pelo uso de modelos e de práticas sustentáveis.</p><p>- Principais características que fazem do setor de embalagens, no Brasil, um setor de crescimento sustentável: A</p><p>principal característica diz respeito aos aspectos econômicos do setor (sustentabilidade econômica), que apresenta tendência de</p><p>crescimento em todos os seus segmentos (latas, plásticos, papel e papelão). As demais características referem-se às práticas de</p><p>gestão, centradas na redução de custos, uso de fontes renováveis de matéria-prima (etanol, amido de milho ou mandioca), na</p><p>redução do peso das embalagens (com reflexos positivos para os clientes e para a redução do consumo de combustível dos</p><p>veículos transportadores) e no uso de tecnologias de reciclagem (eliminação de desperdícios e redução do impacto ambiental).</p><p>Aula 8 – A sociedade como agente do desenvolvimento sustentável</p><p>- A sociedade também desempenha o seu papel de agente do desenvolvimento sustentável local: quando os próprios</p><p>membros da comunidade se organizam em pequenas cooperativas, criam ONGs locais e desenvolvem negócios sociais</p><p>próprios.</p><p>- Governo também contribui para a criação desses negócios sociais locais: por meio de programas de inclusão</p><p>social e de</p><p>redistribuição de renda e da implantação de estratégias de desenvolvimento sustentável, mas nada disso funciona se a</p><p>sociedade não se investir no papel de agente do seu próprio desenvolvimento.</p><p>- Idéias de Charam sobre a inovação sustentável: enfatiza as práticas criativas e inovadoras na busca de soluções</p><p>sustentáveis para os problemas econômicos, sociais e ambientais.</p><p>- Os 10 princípios da teoria de inovação sustentável, de Charan: (1) definir uma causa de interesse comum, estabelecendo</p><p>resultados desejados e as formas de mensurá-los; (2) identificar pessoas capazes de assumir compromisso local com essa</p><p>causa; (3) trabalhar para formar um consenso coletivo sobre a sua importância; (4) construir soluções que tornem produtos e</p><p>serviços acessíveis; (5) projetar sistemas eficazes para fazê-los chegar até as pessoas; (6) identificar líderes sustentáveis sem os</p><p>quais não há uma mudança possível; (7) não fazer nenhuma publicidade das iniciativas realizadas; (8) definir um foco e</p><p>prioridades claras; (9) estimular a criatividade das pessoas envolvidas na solução; (10) buscar a felicidade pessoal e a de outras</p><p>pessoas.</p><p>- Teoria Charaniana: enfatiza as práticas criativas e inovadoras na busca de soluções sustentáveis para os problemas</p><p>econômicos, sociais e ambientais que afetam comunidades pobres ou ameaçadas de extinção ou marginalização crescente.</p><p>- Maior desafio, segundo Charan: “construir um ambiente favorável à sustentabilidade”, o que, para ele, depende</p><p>fundamentalmente da disposição das pessoas daquela comunidade, do seu desejo de mudar, do seu envolvimento com a causa</p><p>escolhida e do empenho na implementação das soluções propostas.</p><p>- Outro fator de extrema importância para o sucesso de iniciativas sustentáveis inovadoras: a busca do consenso coletivo</p><p>e a participação de líderes sustentáveis (empreendedores sociais responsáveis por projetos sustentáveis) nas comunidades a</p><p>serem alvo das ações sustentáveis.</p><p>- O papel das empresas é fundamental no processo de inovação sustentável: são elas que podem contribuir para a criar</p><p>soluções que tornem produtos e serviços acessíveis e para projetar sistemas eficazes para fazê-los chegar até as pessoas.</p><p>- Negócios sociais sustentáveis (NSS): empreendimentos sociais que buscam viabilizar pequenos negócios locais com o</p><p>objetivo de criar o sustento de membros da comunidade local e promover o seu autodesenvolvimento.</p><p>- Por que os Negócios Sociais Sustentáveis são importantes: porque geram trabalho e renda para populações de baixa renda,</p><p>que estão à margem do mercado de trabalho e excluídas da cadeia produtiva local; aproveitam e desenvolvem o potencial dos</p><p>moradores daquela comunidade; resgatam tradições culturais esquecidas e, assim, preservam a memória e a história da</p><p>comunidade, seus costumes e tradições.</p><p>- Negócios Sociais Susentáveis: são empreendimentos que promovem a inclusão social, a geração de emprego e renda e</p><p>contribuem para a criação de comunidades e de uma sociedade sustentável.</p><p>- Fatores que determinaram o surgimento desses empreendimentos em nosso país e em todo o mundo: (1º) de natureza</p><p>estrutural, refere-se às ameaças trazidas pela industrialização, pela urbanização e pelo desemprego crescente que afetaram as</p><p>comunidades de baixa renda. Vítimas do desemprego e assoladas por problemas socioambientais de todos os tipos, as</p><p>comunidades decidiram se mobilizar na busca de soluções que atendessem às suas necessidades; (2º) a revolução no campo: no</p><p>setor rural e nas comunidades ribeirinhas sediadas nas grandes florestas, o despertar dessa consciência de auto-sustento teve</p><p>início com os avanços da agricultura, da agroindústria e da pecuária. As florestas começavam a ser destruídas para dar lugar a</p><p>novos plantios e pastagens.</p><p>- Tais fatores contribuíram para o surgimento de um novo modelo de empreendimento social – os negócios sociais sustentáveis.</p><p>- Características dos negócios sociais sustentáveis: • adoção de práticas de gestão típicas do setor privado, como, por</p><p>exemplo, o foco na geração de receitas; • visão de médio e longo prazo; • desenvolvimento de estratégias com base no</p><p>mercado; • uso de recursos de diferentes ecossistemas sem devastação do meio ambiente e sem expulsão dos seus habitantes; •</p><p>criação de uma alternativa de renda para as pessoas da comunidade; • promoção da auto-sustentabilidade do negócio (depois de</p><p>certo tempo, o empreendimento se mantém com suas próprias receitas); • exploração socialmente mais justa (há uma repartição</p><p>equânime dos benefícios do empreendimento entre todos os participantes); • fomento da economia solidária (com base no</p><p>surgimento de cooperativas locais); • rompimento dos velhos entraves de escoamento do bem produzido e acesso aos mercados</p><p>consumidores (por meio de arranjos produtivos locais).</p><p>- Um negócio social sustentável é um empreendimento focado na comunidade cujo principal objetivo é promover o</p><p>desenvolvimento sustentável da própria comunidade. Ele pode surgir por iniciativa da própria comunidade ou por iniciativa de</p><p>uma ou mais empresas em parceria com o governo.</p><p>- Fatores que tornam um negócio social em um empreendimento sustentável: capacidade econômica (gestão eficiente dos</p><p>recursos do negócio, o que significa gerar receitas e obter lucratividade com o objetivo de remunerar os que nele trabalham e</p><p>de reinvestir parte do lucro nas melhorias e na expansão do negócio); capacidade técnica (competência individual e coletiva</p><p>dos participantes do negócio para desenvolver as atividades produtivas); e capacidade operacional (conjunto de ações de</p><p>suporte, sob a forma de parcerias com empresas, governo e demais entidades locais, para expandir o negócio).</p><p>- Capacidade econômica necessária para a sustentabilidade de um negócio social sustentável: geração de receita, venda</p><p>de bens e serviços, captação de patrocínios, comercialização de produtos promocionais com a grife do negócio social</p><p>(camisetas e bonés).</p><p>- Capacidade técnica necessária para a sustentabilidade de um negócio social sustentável: execução e gerenciamento de</p><p>eventos, oficinas, programas e projetos em geral.</p><p>- Capacidade operacional necessária para a sustentabilidade de um negócio social sustentável: corresponde à</p><p>administração das operações administrativas e de suporte técnico aos eventos, oficinas, programas e projetos.</p><p>- Formas de obtenção de sustentabilidade num negócio social: • criação de uma estratégia de mobilização de recursos de</p><p>forma a garantir a sustentabilidade a longo prazo da instituição por meio de parcerias com empresas, fundações, doações de</p><p>pessoas físicas e jurídicas e promoção de eventos de diversos tipos; • geração de recursos por meio da comercialização de um</p><p>produto, como, por exemplo, a venda de artesanato, de produtos orgânicos etc. Nesse caso, a comunidade atendida pela</p><p>organização é a responsável pela produção; • geração de recursos por meio da prestação de serviços, como, por exemplo,</p><p>serviços de assessoria e consultoria em projetos de formação e capacitação profissional.</p><p>- Principais características de um modelo de um negócio social sustentável: • adoção de práticas de gestão típicas do setor</p><p>privado (por exemplo, plano de negócios, geração de receitas, administração de patrocínios, definição de missão, criação,</p><p>produção e comercialização de bens e serviços, geração de emprego e renda); • foco em produtos e mercado (atividades</p><p>econômicas com foco em produto e serviços direcionados para segmentos de mercado específicos); • ênfase em parcerias, com</p><p>empresas e entidades públicas; • realização de campanhas para adesão de novos patrocinadores e doadores; • criação de</p><p>logomarcas próprias; • desenvolvimento de linhas de produtos (artesanato, produtos orgânicos) para consumo e lazer; •</p><p>promoção de eventos de diversos tipos; • geração de recursos por meio de venda de produtos e prestação de serviços, fruto de</p><p>ações empreendedoras de</p><p>base local, centrados em tradições, costumes e cultura da região.</p><p>- Suchmita Ghosh, ex presidente da Ashoka, na India, criou a solução para aproximar empreendedores sociais das empresas</p><p>investidoras: crio o conceito de “competição colaborativa”.</p><p>- Conceito de competição colaborativa: consiste na divulgação de idéias de projetos sociais focados na busca de soluções</p><p>para os problemas socioambientais.</p><p>Aula 9 – Os novos desafios da sustentabilidade</p><p>- Novo desafio das empresas: além de obedecer aos parâmetros sociais, econômico e ambiental, deve haver uma abordagem</p><p>inovadora dos negócios, com foco no mercado da base da pirâmide, constituído pelas classes mais pobres.</p><p>- Conceito de capitalismo criativo: reduzir a pobreza e a desigualdade por meio da criação de novas oportunidades de</p><p>negócio.</p><p>- Capital criativo: abordagem na qual empresas, governos e organizações sem fins lucrativos trabalham juntos para ampliar o</p><p>alcance do mercado de maneira que seja possível reduzir a desigualdade.</p><p>- Iniciativas de capitalismo criativo voltado para a base da pirâmide: no Brasil, a Miller Eletrodomésticos produz os</p><p>chamados “tanquinhos, destinadas as classes C e D; no México, a Cemex, produtora de cimento, criou microfinanciamento</p><p>para venda de cimento para construção de moradias em comunidades carentes; no Quênia, a Safaricom, empresa de telefonia</p><p>celular, criou o celular comunitário, com baixas tarifas; na Índia, a Eye Care, clínica especializada em cirurgias de cataratas,</p><p>cobra em seus hospitais com base naquilo que o cliente pode pagar; na Venezuela, a Cruz Salud opera com planos de saúde</p><p>para as classes D e E.</p><p>- Proposta de criação de empresas sociais (social business): são as novas empresas com objetivo de gerar benefícios sociais,</p><p>e não lucros e dividendos.</p><p>- Principais características das empresas sociais (social business): atuam em benefício dos outros e não de si; são</p><p>direcionadas pela causa social (ajuda aos pobres) e não pelo lucro; visualizam a população mais pobre não como oportunidade</p><p>de ganhar dinheiro, mas como uma oportunidade de gerar benefícios sociais; remuneram os acionistas pelo capital investido e</p><p>o restante é reinvestido no negócio para ampliar o seu alcance ou melhorar a qualidade do produto ou serviço.</p><p>- Os quatro tipos dominantes de capitalismo: (1) Capitalismo oligárquico; (2) Capitalismo0 guiado pelo Estado; (3)</p><p>Capitalismo das grandes corporações; e (4) Capitalismo de empreendedores.</p><p>- Principal característica do Capitalismo Oligárquico: grande concentração da riqueza e do poder nas mãos de uma pequena</p><p>elite. Existente em alguns países da América Latina, do Oriente Médio e da África.</p><p>- Capitalismo guiado pelo Estado: governos promovem o desenvolvimento e incentivam alguns setores da economia.</p><p>Comum nos países do Sudeste asiático.</p><p>- Capitalismo das grandes corporações: economias dominadas por grandes empresas. Muito comum na Europa ocidental.</p><p>- Capitalismo de Empreendedores: economia é dominada por pequenas e médias empresas que cresceram e muitas se</p><p>tornaram megaempresas, fruto da inovação dos seus fundadores empreendedores. È o caso dos Estados Unidos e do Brasil.</p><p>- Embora o capitalismo seja dominante em nosso país, é bom lembrar em que algumas regiões há um predomínio de um</p><p>ou mais tipos restantes: como exemplo, os bolsões de pobreza e miséria no Nordeste, onde impera o capitalismo guiado pelo</p><p>Estado, que movimenta a economia com o Programa Bolsa-Família. Outro exemplo é o das pequenas e médias cidades em</p><p>alguns estados brasileiros, cujos negócios dependem de grandes empresas, configurando o domínio do capitalismo das grandes</p><p>corporações.</p><p>- Mau capitalismo, segundo Baumol: representado pelos modelos de capitalismo oligárquico e das grandes corporações,</p><p>concentradores de riquezas.</p><p>- Bom capitalismo, segundo Baumol: capitalismo de empreendedores, que gera emprego e renda, fomenta a economia local,</p><p>desenvolve capacidades, é criativo e inovador e gera novas oportunidades de negócio, inclusive para as classes que integram a</p><p>base da pirâmide.</p><p>- Para Baumol, o capitalismo guiado pelo Estado pode ser bom ou mau, dependendo dos efeitos de suas políticas e seus</p><p>programas de inclusão social e de crescimento e prosperidade local.</p><p>- Para Baumol, o capitalismo de empreendedores é o que oferece melhores perspectivas para as novas ações de</p><p>sustentabilidade, porque são as pequenas e médias empresas que assumem o papel de agentes de desenvolvimento sustentável</p><p>local com suas inovações de produtos e serviços para os pobres.</p><p>- Principais desafios da sustentabilidade no período de 1970 a 2000: as questões da poluição, do esgotamento dos recursos</p><p>naturais e do combate à pobreza.</p><p>- Questões que eram prioritárias com relação à preservação do meio ambiente, nos países desenvolvidos: poluição</p><p>causada pelos gases estuga, uso de materiais tóxicos e contaminação do solo.</p><p>- Questões que eram prioritárias nos países emergentes: poluição causada pelas emissões de gases industriais, falta de</p><p>tratamento de esgoto e contaminação da água.</p><p>- Questões que eram prioritárias nos países mais pobres: poluição era vista como algo determinado pela queima de adubo,</p><p>lixo e madeira que destruíam os ecossistemas.</p><p>- No início do século XXI, o combate à pobreza tornou-se a principal dimensão da sustentabilidade.</p><p>- Maior causa da pobreza nos mercados desenvolvidos: desemprego urbano.</p><p>- Maior causa da pobreza nos mercados emergentes: migração para a cidade, falta de trabalhadores qualificados,</p><p>desigualdade de renda e exclusão social.</p><p>- Maior causa da pobreza nos mercados tradicionais: crescimento populacional, deslocamentos da população (fluxos</p><p>migratórios) e posição inferior das mulheres e dos excluídos.</p><p>- Foco da nova sustentabilidade: na geração de emprego e renda para as camadas populacionais mais pobres e na sua</p><p>inserção no mercado de consumo. Ao contrário do que pregam os adeptos do capitalismo criativo, seus principais agentes não</p><p>são as grandes corporações, mas os empreendimentos nativos.</p><p>- São as empresas nativas as verdadeiras expressões do desenvolvimento de um novo tipo de economia capitalista: o</p><p>capitalismo dos empreendedores locais.</p><p>- Primeiro desafio da nova sustentabilidade: não é mais o combate a poluição e ao esgotamento dos recursos naturais, e sim,</p><p>o combate a pobreza.</p><p>- Segundo desafio da sustentabilidade: o fomento do empreendedorismo local a partir da criação e do desenvolvimento dos</p><p>empreendimentos nativos.</p><p>- Terceiro e último desafio da sustentabilidade: a busca do apoio dos stakeholders periféricos, que são os grupos</p><p>comunitários locais, as minorias sociais, as ONGs e os movimentos de base social local.</p><p>- Todo processo de desenvolvimento sustentável é baseado no conceito de empresa nativa.</p><p>- Conceito de empresa nativa: Uma empresa pequena, ou até mesmo uma grande empresa, que se adaptou às condições</p><p>locais.</p><p>- Características do empreendedorismo nativo: (1) transatividade radical (fazer transações freqüentes com a comunidade</p><p>local – stakeholders locais); e (2) capacidade nativa (competência da empresa para criar soluções contextualizadas com base</p><p>nos problemas locais).</p><p>- Primeiro desafio da nova sustentabilidade: criar empreendimentos nativos, locais, em bases sustentáveis (economicamente</p><p>lucrativos, socialmente viáveis e ambientalmente aplicáveis).</p><p>- Os três tipos de economia que imperam no mundo globalizado (Teoria das Três Economias): economia do dinheiro</p><p>(geração de riqueza); economia tradicional (busca da subsistência); e economia da natureza (preservação dos recursos</p><p>naturais).</p><p>- No Brasil, nas regiões mais pobres do Norte e Nordeste coexistem os modelos de economia tradicional, baseados na</p><p>agricultura rudimentar e de subsistência; e de economia da natureza, na qual a sociedade, o Estado e as empresas desenvolvem</p><p>práticas sociais e ambientalmente sustentáveis.</p><p>- Os empreendimentos nativos devem compreender elementos das três economias.</p><p>- O empreendimento nativo</p><p>trabalha com elementos da economia do dinheiro: ao incorporar a geração de emprego e</p><p>renda, a busca do lucro, a ênfase nos processos operacionais e nas estratégias de comercialização.</p><p>- O empreendimento nativo adota como modelo a economia tradicional: ao preservar as tradições rurais locais e dinamizar</p><p>as atividades do campo.</p><p>- O empreendimento nativo pratica ações típicas da economia da natureza: quando focaliza a preservação ambiental.</p><p>- Maior erro cometido por muitos empreendedores: criar negócios sociais orientados apenas para a economia do dinheiro,</p><p>negligenciando os outros dois tipos de economia (tradicional e da natureza) que vão assegurar a sua sustentabilidade a médio e</p><p>longo prazo.</p><p>- Exemplos de negócios orientados para as três economias: produtos do Boticário e da Natura – utilizam recursos naturais</p><p>na fabricação de essências para seus produtos de beleza (economia da natureza); empregam mão-de-obra local na preservação</p><p>e no manejo desses recursos (economias da natureza e tradicional) e vendem seus produtos em lojas próprias e franqueadas</p><p>(economia do dinheiro).</p><p>- Modelo da ecoeconomia: exemplo típico de sinergia entre os três tipos de economia.</p><p>- Princípios básicos da ecoeconomia: preservação e uso sustentável do capital natural são uma fonte de renda crescente; os</p><p>ecossistemas são ativos ambientais e fontes ambientalmente responsáveis de lucratividade; os ativos ambientais são os novos</p><p>atributos de sustentabilidade aos produtos fabricados pelas empresas; os recursos naturais constituem um patrimônio imaterial</p><p>de inestimável valor para as empresas e para a sociedade.</p><p>- Stakeholders principais: os que estão no centro das atenções da empresa.</p><p>- Stakeholders periféricos: se encontram nas extremidades das empresas, e assim, não são foco das estratégias empresariais;</p><p>são geralmente negligenciados pela direção da empresa.</p><p>- Principais características dos stakeholders principais: de fácil identificação e dee fácil visualização pela empresa; mantêm</p><p>relacionamentos estreitos e constantes, e participam do processo de gestão estratégica da empresa; total conexão direta com as</p><p>atividades da empresa.</p><p>- Principais características dos stakeholders periféricos: de difícil identificação, mais distantes e invisíveis das empresas;</p><p>não participam do processo de gestão estratégica da empresa; pouca ou nenhuma conexão direta com as atividades da empresa.</p><p>- Exemplos de stakeholders principais: empregados, concorrentes, acionistas, fornecedores, governo, comunidade e meio</p><p>ambiente.</p><p>- Exemplos de stakeholders periféricos: grupos radicais, desinteressados, comunidades isoladas, dissidentes, adversários.</p><p>- O que a empresa deve fazer para atrair os stakeholders periféricos: primeiramente descobri-los, inventariá-los e mapeá-</p><p>los. Em seguida, ouví-los, pesquisar e analisar suas atitudes e comportamentos, seus valores e costumes, suas necessidades e</p><p>seus desejos, seus problemas e desafios. Depois, promover o seu empoderamento a partir de sua participação no</p><p>desenvolvimento sustentável local.</p><p>- Algumas estratégias que a empresa deve adotar para buscar o apoio dos stakeholders periféricos: transformar os grupos</p><p>adversários em aliados; envolver os grupos isolador no processo de criação de novos empreendimentos; mostrar aos pobres os</p><p>benefícios; capacitar os analfabetos e não-qualificados; mobilizar os radicais, os dissidentes e os desinteressados em seu favor.</p><p>- Valor sustentável: é o retorno corporativo que as empresas obtêm com os seus investimentos em ações socioambientais e</p><p>econômicas, como, por exemplo, melhor imagem, melhor relacionamento com os clientes, preservação do ambiente, aumento</p><p>das vendas e outros.</p><p>- Anteriormente, o maior valor sustentável obtido pela empresa no âmbito interno era a redução dos seus custos e riscos, e isso</p><p>era alcançado mediante a implementação de uma estratégia de prevenção da poluição.</p><p>- Aspectos que se tornaram dominantes no âmbito interno, com a nova sustentabilidade: o uso de tecnologia limpa</p><p>tornou-se o aspecto dominante. O re-torno obtido pela empresa é a inovação de produtos, serviços, processos, tecnologia e os</p><p>ganhos decorrentes do seu reposicionamento no mercado (como uma empresa social e ambientalmente inovadora).</p><p>- Aspectos que se tornaram dominantes no âmbito externo, com a nova sustentabilidade: a empresa passa a fazer uso do</p><p>novo modelo de sustentabilidade, gerando crescimento local, mantendo uma trajetória de desenvolvimento e co-parceria com</p><p>as pequenas e médias empresas locais, fomentando o empreendedorismo local e preservando os recursos naturais disponíveis.</p><p>- Com a nova sustentabilidade, a empresa adquiriu novos valores sustentáveis e obteve outros tipos de retorno, sendo o</p><p>principal deles a promoção do desenvolvimento local e a preservação dos recursos naturais locais.</p><p>- Nos dias atuais, a produção de valor sustentável está centrada no antigo modelo de sustentabilidade, cujo foco é a</p><p>prevenção da poluição e o manejo de produtos: ao contrário, o novo modelo de sustentabilidade, utilizado por poucas</p><p>empresas, não foca apenas as questões ambientais, mas, principalmente, o combate à pobreza, a promoção do desenvolvimento</p><p>local, o fomento do empreendedorismo nativo. O foco é, portanto, na inovação de produtos e serviços. Por exemplo,</p><p>lançamento de produtos para as classes pobres, desenvolvimento de projetos sociais inovadores, novo padrão de</p><p>relacionamento com os stakeholders periféricos.</p><p>- Empresa adepta desse novo modelo: reposiciona-se como agente do desenvolvimento local e agente local de fomento do</p><p>empreendedorismo nativo de base local. E, com isso, fortalece o seu crescimento, cria história e se integra na comunidade,</p><p>reforça a cultura local e promove os três tipos de economia: a tradicional, a do dinheiro e a da natureza.</p><p>- Empresas adeptas do modelo tradicional de sustentabilidade: enfatizam a redução de custos e riscos ambientais. E se</p><p>posicionam como empresas ambientalmente responsáveis, defensoras do meio ambiente e promotoras do bem-estar social.</p><p>Aquelas que seguem a nova cartilha da sustentabilidade são verdadeiros agentes do desenvolvimento da ecoeconomia regional</p><p>e promotoras de valores sustentáveis permanentes.</p><p>- Diferença entre o valor sustentável de hoje e de amanhã: Valor sustentável de hoje (baseado no antigo modelo de</p><p>sustentabilidade; foco é na prevenção da poluição e no manejo de produtos; ênfase na redução de custos, gerenciamento de</p><p>riscos e ganhos de imagem e reputação); e Valor sustentável de amanhã (baseado no novo modelo de sustentabilidade; o foco é</p><p>o combate à pobreza, a promoção da inclusão social, o fomento do empreendedorismo local e a preservação ambienta; ênfase</p><p>no desenvolvimento da ecoeconomia).</p><p>- Geração de valor sustentável natural: consiste em extrair as riquezas naturais sem destruir os ecossistemas.</p><p>- Valor sustentável econômico: os empreendimentos nativos criam uma fonte de renda permanente para as comunidades</p><p>locais e para as empresas.</p><p>- Quando dizemos que o empreendimento produziu valor sustentável social: quando a sociedade local se desenvolve,</p><p>gerando emprego, rena e inclusão social para seus membros.</p><p>Aula 10 – A onda Azul</p><p>- Com o desenvolvimento industrial e o advento da tecnologia, os desejos, as necessidades e o consumo dos indivíduos</p><p>aumentaram consideravelmente e, como conseqüência, a utilização da água aumentou em grandes desproporções.</p><p>- O homem passou a interferir com agressividade na natureza: para construir uma hidrelétrica, por exemplo, desvia curso</p><p>de rios, represa uma quantidade muito grande de água, interferindo na temperatura, na umidade, na vegetação e na vida de</p><p>animais e pessoas que vivem nas proximidades. Ele tem o direito de criar tecnologias e promover o desenvolvimento para</p><p>suprir suas necessidades, mas tudo precisa ser muito bem pensado, pois a natureza precisa ser respeitada.</p><p>- Onda Azul: Movimento de conscientização e mobilização para a preservação dos recursos hídricos e a redução do consumo</p><p>da água em todos os setores</p><p>da economia e da sociedade, diante da grande expansão do consumo da água e das crescentes</p><p>ameaças da sua escassez.</p><p>- Onda Azul: movimento global, capitaneado em diversos países por organizações não-governamentais, associações,</p><p>sindicatos, universidades, órgãos governamentais, empresas e pela própria mídia.</p><p>- Algumas empresas já se adaptaram ao movimento da Onda Azul e adotam modelos sustentáveis de gerenciamento da água.</p><p>No campo da construção civil, já são inúmeros os empreendimentos que privilegiam sistemas tecnologicamente avançados de</p><p>redução do consumo da água.</p><p>- Avaliação Ecossistêmica do Milênio (AEM): estudo global sobre a situação dos recursos naturais em todo o mundo.</p><p>- Resultados da Avaliação Ecossistêmica do Milênio (AEM): a escassez da água foi identificada como uma das maiores</p><p>ameaças ao setor privado. Segundo o estudo, 5% a 20% da captação de água para uso industrial ou doméstico não são</p><p>sustentáveis, ou seja, são obtidas por transferência de bacia hidrográfica ou retirada dos lençóis freáticos em quantidades</p><p>superiores à da reposição natural.</p><p>- A água tem um valor econômico em todos os seus usos, devendo ser reconhecida como um bem econômico.</p><p>- Por que a água é um bem econômico: (1) porque a sua disponibilidade implica custos; (2) porque a água tem um valor para</p><p>quem a consome: custos financeiros (investimento, exploração, manutenção e administração), custos econômicos</p><p>(oportunidades e externalidades) e custos ambientais (impactos no meio ambiente, resultantes das diversas utilizações da água).</p><p>- A água, apesar de abundante, é limitada e, devido aos maus-tratos causados pelo homem, pode se tornar escassa. Em</p><p>contrapartida, seu mercado é ilimitado, pois todas as pessoas, empresas, indústrias, organizações em geral, governos,</p><p>comunidades e a sociedade necessitam da água para sobreviver e desenvolver suas atividades. Além disso, a água é uma fonte</p><p>de oportunidade de negócios de elevado valor agregado, pois ela é utilizada em todos os setores da economia: na indústria, no</p><p>comércio e no serviço.</p><p>- As oportunidades podem ser identificadas sob dois aspectos distintos: a oferta e a demanda.</p><p>- Oferta de água: corresponde às disponibilidades hídricas (rios, mananciais, lagos, lagoas etc.) que são afetadas pelos setores</p><p>que a utilizam. Isso significa que à medida que o consumo de água aumenta nas cidades e nos diversos setores da economia são</p><p>crescentes as oportunidades de negócio no campo da redução do seu consumo. A situação se agrava porque os mananciais, rios,</p><p>lagos e lagoas estão sofrendo danos irreparáveis devido à poluição e ao aquecimento global. É o caso das empresas</p><p>concessionárias de serviços de tratamento e abastecimento de água, que investem em infra-estrutura e cobram tarifas por esses</p><p>serviços.</p><p>- Demanda de água: problema ainda é maior, devido ao excesso e à crescente procura. Há diversos setores na economia que</p><p>se destacam pela grande procura de água, como, por exemplo, a indústria, a agricultura e a produção de energia. Além das</p><p>pessoas que precisam de água pra sobreviver, a demanda por água é crescente em todas as atividades industriais e comerciais.</p><p>- De olho nesse mercado, as empresas já começaram a definir e implementar suas estratégias para investimento no setor de</p><p>águas. Isso porque os governos não têm recursos suficientes para investir no setor, em face da crescente necessidade de água</p><p>pela população e pelas empresas.</p><p>- De que forma as empresas gerenciam a água como um bem econômico escasso: Para as empresas, a água é um bem</p><p>econômico porque é escasso, e seu consumo é excessivo como ingrediente do processo produtivo e das operações de apoio.</p><p>- Muitas empresas implantaram modos de gerenciamento da água, fazendo uso de modernas tecnologias de captação e</p><p>reaproveitamento.</p><p>- As empresas já estão conscientes da necessidade de tratar a água como um bem econômico e um recurso natural exaurível e</p><p>de que o gerenciamento do seu consumo deve orientar-se pelos princípios da eficiência e da otimização do seu uso. É cada vez</p><p>maior o número de empresas que desenvolvem processos de reutilização, reaproveitamento, redução de consumo da água e</p><p>novas formas de captação.</p><p>- A economia da água não compete apenas às empresas. É dever de toda a sociedade mobilizar-se para economizar este bem</p><p>econômico de grande valor.</p><p>- A água é um bem de consumo que se caracteriza por sua elevada externalidade: a sua utilização por um grupo ou região</p><p>afeta sua disponibilidade e garantia para outros.</p><p>- Interdependência hidrológica: situação em que a utilização da água por um grupo ou região afeta sua disponibilidade e</p><p>garantia para outros.</p><p>- Exemplo de interdependência hidrológica: quando o curso de um rio é desviado para irrigação de lavouras, a conseqüência</p><p>será, certamente, a redução da disponibilidade de água rio abaixo. Uma represa, no curso superior de um rio, pode instaurar</p><p>uma escassez de água nas comunidades.</p><p>- Crise hídrica: a escassez de água e o nível excessivo de poluição das águas são dois problemas graves que preocupam</p><p>governos, empresas, sociedade civil e toda a humanidade.</p><p>- A crise hídrica sob a perspectiva da escassez da água: é a crise da falta de água provocada pelo elevado consumo na</p><p>sociedade e nas empresas. Muitas indústrias são consumidoras em potencial de grandes volumes de água em seus processos de</p><p>fabricação. Exemplo: o caso das indústrias automobilísticas, que consomem em média 147 mil litros de água para produzir um</p><p>carro (incluindo os pneus), um consumo irresponsável porque, além de intensivo e sem qualquer preocupação com o</p><p>esgotamento desse recurso, é predatório, porque afeta os lençóis d´água e o represamento constante dos rios.</p><p>- Principais fatores que fizeram ultrapassar os limites sustentáveis da retirada de água das reservas subterrâneas de</p><p>água e dos rios: O primeiro e principal fator é o uso da água para a irrigação da lavoura; O segundo fator é o elevado número</p><p>de represas construídas (impedindo o curso natural dos rios) em prol da geração de energia elétrica, como também os desvios</p><p>de água para uso industrial e agrícola.</p><p>- As conseqüências da construção de represas: fragmentação de rios; destruição de pântanos; redução da fertilidade das</p><p>planícies de inundação, pois as entopem de sedimentos; enorme perda de água por evaporação dos reservatórios;</p><p>desaparecimento de lagos e mares interiores; interrupção de rios em seus cursos para o mar e empobrecimento das populações</p><p>que vivem dos recursos econômicos extraídos dos rios represados.</p><p>- A crise hídrica sob a perspectiva da poluição da água: poluição provocada pelo lançamento e pela infiltração de</p><p>substâncias nocivas na água.</p><p>- Atividades que mais poluem as águas: a indústria, a mineração, a agricultura e os esgotos das cidades.</p><p>- Causa da poluição das águas pelas atividades industriais: os dejetos despejados nos rios, oriundos de fábricas, sobretudo</p><p>metais pesados e outras substâncias químicas, e o lixo e esgoto industriais que correm para os rios e mares.</p><p>- As águas dos rios e lagos são contaminadas pelo lançamento de substâncias tóxicas, de metais pesados, como o chumbo e o</p><p>mercúrio, de resíduos industriais, de detritos petroquímicos, de lixo hospitalar e muitos outros.</p><p>- As empresas industriais, em sua grande maioria, além de poluírem o meio ambiente, conseguem fugir das multas e</p><p>regulamentações impostas pelos governos locais, contornando as obrigações legais e éticas.</p><p>- Os mares e oceanos também sofrem com a poluição, pois além de todos os dejetos decorrentes das cidades, que deságuam no</p><p>mar, são conhecidos os casos de acidentes com navios petroleiros e com oleodutos litorâneos, que despejam grandes</p><p>quantidades de óleo nas águas dos mares, afetando a vida marinha e poluindo as praias.</p><p>- Ainda há os detritos domésticos, como lixo orgânico e inorgânico, jogados pelas pessoas sem qualquer cerimônia nos rios,</p><p>lagos, mares e nas ruas. Todo o lixo</p><p>jogado na rua, após as chuvas, vai para os rios e mares, causando acidentes com a fauna</p><p>marinha e com as embarcações.</p><p>- Medidas e mecanismos de preservação dos recursos hídricos: • o atendimento das necessidades básicas da população; • a</p><p>garantia do abastecimento de alimentos; • a proteção dos ecossistemas e mananciais; • a administração de riscos; • a</p><p>valorização da água; • a divisão dos recursos hídricos; • a eficiente administração dos recursos hídricos.</p><p>- A falta de água e a sua contaminação vão gerar conseqüências graves para o planeta: as terras áridas vão se tornar ainda</p><p>mais áridas (crescente desertificação), as áreas úmidas da faixa equatorial se tornarão ainda mais úmidas e alvo de grandes</p><p>enchentes, as grandes cidades vão experimentar falta de água, haverá aumento do número e freqüência das secas, as safras</p><p>agrícolas terão baixa produtividade e surgirão novas zonas de risco hídrico.</p><p>- Soluções inovadoras tomadas por governos, empresas, sociedade, mídia e demais entidades da sociedade civil</p><p>organizada, para evitar ou reduzir as conseqüências dos problemas causados pela crise hídrica: • elaborar planos de ação</p><p>com o objetivo de garantir água potável e saneamento para todos; • obter uma maior eficiência no uso da água pelas pessoas,</p><p>comunidades, empresas e governos; • desenvolver sistemas eficientes de armazenamento de água para combater a escassez e as</p><p>secas; • reduzir a dependência das populações em relação às chuvas; • combater a poluição dos rios, mares, lagos, lagoas e</p><p>mananciais.</p><p>- Novas técnicas que devem ser adotadas em relação à agricultura, para criar condições mais favoráveis para o cultivo a</p><p>partir da utilização desse recurso escasso (água): • técnicas que objetivem o aumento da produtividade agrícola (por</p><p>exemplo, criação de variedades de cultivo que demandem menos água; modificações que tornem espécies mais resistentes à</p><p>seca); • introdução de sistemas mecânicos ou agronômicos para maximizar as safras com a água da chuva; • captação de água</p><p>de chuva; • uso intensivo da agricultura orgânica; • mudanças no sistema de preparação do solo, com menor uso de água.</p><p>- Medidas que devem ser tomadas, na área da indústria: devem ser desenvolvidos novos sistemas de captação, tratamento,</p><p>aproveitamento e reutilização da água, bem como a fabricação de produtos economizadores de água.</p><p>- Exemplos de empresas com modelo de gestão sustentável: Lwarcel Celulose (adotou diversas práticas de reuso,</p><p>reaproveitamento e redução do consumo de água, como reuso da água utilizada nas torres de esfriamento, reuso da água de</p><p>resfriamento de amostra de condensados, reaproveitamento de água na máquina secadora e redução no consumo de água</p><p>potável); Parque de diversões Hopi Hari (empreendimento sustentável com o foco na preservação de mananciais, tratamento de</p><p>efluentes, captação subterrânea de água potável e gerenciamento de resíduos).</p><p>- Além de fonte de vantagem competitiva para as empresas, a água vem se tornando um veículo de comunicação e de ação de</p><p>marketing.</p><p>- Cada vez mais, as empresas buscam associar suas marcas a iniciativas de economia de água e preservação dos recursos</p><p>hídricos.</p><p>- Um dos principais elementos do conceito de sustentabilidade em edificações: a eficiência do uso da água.</p><p>- Fatores chaves do modelo de construção civil sustentável: a redução do consumo da água, juntamente com outros</p><p>elementos, tais como redução do consumo de energia elétrica em face do aproveitamento máximo da luz do sol, energia solar</p><p>para aquecimento, tratamento de resíduos e o uso de materiais certificados.</p><p>- Medidas de economia de água adotadas na construção civil: • captação da água da chuva para regar plantas e lavar áreas e</p><p>calçadas; • reciclagem da água de pias e chuveiros para uso nos sanitários; • utilização de medidores de água (hidrômetros)</p><p>individualizados nos condomínios.</p><p>- Exemplos de empreendimentos sustentáveis voltados para a economia do consumo da água: os prédios residenciais e de</p><p>escritórios denominados Ecoesfera no Estado de São Paulo.</p><p>- Onda azul: tendência global na busca de soluções para a crise hídrica que se agrava em todo o mundo.</p><p>Aula 11 – A Onda Cinza</p><p>- O mundo não para de produzir lixo: é o lixo industrial, doméstico, hospitalar, comercial e o lixo das ruas.</p><p>- Dois vilões na questão do lixo: as pessoas que, ao produzirem lixo, não fazem a coleta seletiva, despejando-o em locais</p><p>impróprios, e as empresas, grandes produtoras de resíduos sólidos, líquidos e gasosos.</p><p>- Resíduos: resultado de processos de diversas atividades da comunidade: industrial, hospitalar, doméstica, comercial,</p><p>agrícola, de serviços e ainda da varrição pública. Apresentam-se nos estados sólido, líquido e gasoso.</p><p>- Onda cinza: movimento de conscientização que vem sendo adotado por governos, empresas, mídia e sociedade sobre a</p><p>importância e o gerenciamento adequado do lixo em todo o mundo.</p><p>- Foco da onda cinza: no desenvolvimento das práticas de coleta seletiva, no reaproveitamento e na reciclagem do lixo.</p><p>- Objetivo da onda cinza: conscientizar pessoas, grupos e instituições para os riscos da destinação e do manejo inadequado do</p><p>lixo e divulgar os benefícios inerentes ao seu reaproveitamento e à sua reciclagem.</p><p>- Principais agentes da onda cinza: as empresas, industriais ou comerciais.</p><p>- As indústrias, em muitos casos, despejam seus lixos tóxicos em locais inadequados como rios, lagos, lagoas e galerias</p><p>pluviais, causando, de forma avassaladora, a contaminação das águas e também do solo.</p><p>- Há empresas que se utilizam dos aterros sanitários para o despejo de seus resíduos – outra forma incorreta de se livrar do lixo.</p><p>- Aterro sanitário: maneira prática e barata de destinar os resíduos urbanos e industriais, além de esgoto não tratado. É a</p><p>forma mais utilizada de alocar o lixo nos grandes centros urbanos. O lixo é colocado em uma grande extensão de terra (aterro),</p><p>geralmente na periferia da cidade.</p><p>- O resultado do aterro sanitário não poderia ser mais danoso: poluição do solo, do lençol freático, dos rios e lagos, do ar,</p><p>fonte de diversas doenças, de emissão de gases que contribuem para o efeito estufa e, também, a inutilização de vários</p><p>materiais que poderiam ser reciclados.</p><p>- Lixo: os restos das atividades humanas considerados como inúteis, indesejáveis ou descartáveis. Normalmente, apresenta-se</p><p>sob os estados sólido, semi-sólido ou semilíquido.</p><p>- Os lixos que encontramos na água, na terra e no ar variam conforme sua origem, composição química e grau de</p><p>periculosidade.</p><p>- Categorias do lixo: (1) Quanto a sua composição química: orgânico ou inorgânico; (2) quanto a sua origem: domiciliar;</p><p>comercial; industrial; hospitalar; agrícola; dos portos, aeroportos e terminais rodoviários e ferroviários, do tipo entulho, ou</p><p>público; (3) quanto a sua periculosidade: alta periculosidade ou baixa periculosidade.</p><p>- Lixo orgânico: são os resíduos biodegradáveis (restos de alimentos, cascas de frutas, legumes, ovos, podas de jardim,</p><p>excrementos) que podem ser destruídos por agentes biológicos (por exemplo, bactérias). Não deveria ser visto como um</p><p>problema, mas sim como uma solução para a fertilização dos solos (redes de compostagem) e produção de biogás (biodigestão</p><p>de resíduos).</p><p>- Lixo inorgânico: resíduos que pertencem à química dos minerais, isto é, que não são compostos de matéria animal ou</p><p>vegetal. Podem ser de dois tipos: recicláveis e não-recicláveis.</p><p>- Lixo domiciliar: resíduos orgânicos e inorgânicos, produzidos pelas residências particulares.</p><p>- Lixo comercial: resíduos orgânicos e inorgânicos, produzidos pelos estabelecimentos comerciais.</p><p>- Lixo industrial: resíduos orgânicos, inorgânicos e químicos, produzidos pelas indústrias fabricantes de produtos.</p><p>- Lixo hospitalar: resíduos orgânicos, inorgânicos, químicos, tóxicos e infectantes, produzidos pelos hospitais e pelas casas de</p><p>saúde.</p><p>- Lixo agrícola: resíduos orgânicos, inorgânicos, químicos e tóxicos, produzidos pelas produções agrícolas.</p><p>- Lixo dos portos, aeroportos e terminais rodoviários e ferroviários: lixos e resíduos produzidos por esses estabelecimentos</p><p>provenientes da manutenção desses meios de transportes, do embarque e desembarque de passageiros, da carga e descarga de</p><p>mercadorias.</p><p>- Lixo do tipo entulho: resíduos inorgânicos, produzidos pelas empresas de construção civil.</p><p>- Lixo público: resíduos encontrados nas ruas, praças, praias e demais logradouros públicos.</p><p>- Lixo de alta periculosidade (Classe I): os que apresentam graves riscos à saúde e ao meio ambiente tais como: resíduos</p><p>industriais, agrícolas, hospitalares, químicos e tecnológicos (baterias, pilhas, lâmpadas fluorescentes).</p><p>- Lixo de baixa periculosidade (Classe II): também apresentam danos ao meio ambiente, principalmente pela quantidade</p><p>despejada e nem tanto pela sua composição. São divididos em inertes (entulhos de demolições como pedras, areia, concreto,</p><p>vidro) e não-inertes (resíduos domésticos, sucatas de materiais ferrosos e não-ferrosos, embalagens de plástico).</p><p>- Em uma classificação mais simplificada, podemos dividir o lixo em duas categorias: lixo comum (resíduos gerados pela</p><p>população, como papéis, embalagens plásticas, metais, vidros, restos de alimentos etc.) e lixo especial (resíduos que</p><p>necessitam de coleta e destinos diferenciados, pois causam danos ao meio ambiente e à saúde das pessoas, como, por exemplo,</p><p>o lixo hospitalar).</p><p>- Resíduos industriais: são os maiores responsáveis pela deterioração do meio ambiente.</p><p>- Resíduos industriais: são os produtos químicos (cianureto, pesticidas, solventes), metais (mercúrio, cádmio, chumbo) e</p><p>solventes químicos que degradam o meio ambiente e constituem sérias ameaças à saúde das pessoas, dos animais e destroem a</p><p>vegetação e os demais recursos naturais.</p><p>- Indústria: a maior causadora do fator cinza, devido à grande quantidade de resíduos tóxicos lançados no ambiente: sobras de</p><p>carvão mineral, refugos da indústria metalúrgica, resíduos químicos e gases.</p><p>- Indústrias: principais agentes da onda cinza. Seus resíduos acinzentam o ar, a natureza, a água e tudo mais.</p><p>- Lixo tecnológico: proveniente do descarte de equipa-mentos e peças de aparelhos eletrônicos, de telefonia, computadores e</p><p>periféricos.</p><p>- O Brasil é um grande produtor de lixo tecnológico, por força de sua crescente indústria eletroeletrônica, de informática e de</p><p>telecomunicações.</p><p>- Razões da questão do lixo tecnológico ser relevante: o tempo médio de degradação dos metais contidos nesses</p><p>equipamentos é de quase meio milênio; ao serem depositados em aterros sanitários, exalam substâncias tóxicas que, ao serem</p><p>liberadas, penetram no solo e contaminam lençóis freáticos (água submersa) e atingem os animais e as pessoas que fazem uso</p><p>dessa água; Não sendo corretamente descartado, o lixo tecnológico causa sérios danos ao meio ambiente e, como vimos,</p><p>ameaça a saúde das pessoas e dos animais.</p><p>- Uma das modalidades de lixo eletrônico é constituída pelos detritos elétrico e eletrônicos (lixo eletrônico).</p><p>- A indústria de eletrônicos é a principal responsável pelo lixo eletrônico em todo o mundo: milhões de aparelhos de</p><p>televisão, computadores, celulares e equipamentos de som são descartados anualmente e depositados em lixões.</p><p>- Critérios para definir as empresas que tratam o lixo eletrônico: • limpar os seus produtos por meio da eliminação de</p><p>substâncias perigosas; • reciclar os seus produtos, uma vez que se tornam obsoletos, e reutilizá-los; • reduzir o impacto de suas</p><p>operações e produtos.</p><p>- Sociedade do lixo: por causa do rápido aumento do lixo produzido, tornamo-nos uma sociedade produtora de lixo de todos</p><p>os tipos.</p><p>- O crescimento do lixo está diretamente relacionado ao estilo de vida que incentiva o consumismo e o descarte de resíduos em</p><p>conseqüência do elevado consumo de produtos em geral e de bens materiais.</p><p>- Caminhos para reduzir o lixo em nossa sociedade: coleta seletiva e reciclagem.</p><p>- Coleta seletiva: alternativa ecologicamente correta que desvia do destino, em aterros sanitários ou lixões, os resíduos que</p><p>podem ser reciclados. É um sistema de recolhimento de materiais recicláveis. Com isso, prolonga-se a vida dos aterros</p><p>sanitários e o meio ambiente é menos contaminado. A reciclagem desse material coletado significa menos extração de recursos</p><p>naturais.</p><p>- Estratégias em que se devem basear a atuação da empresa no campo da coleta seletiva do lixo: • fazer parcerias</p><p>institucionais (financiamento para capital de giro, compra de equipamentos e construção de instalações), com cooperativas de</p><p>catadores para a gestão dos resíduos; • manter acordos operacionais com cooperativas com o objetivo de doar resíduos; •</p><p>estabelecer acordos comerciais com cooperativas para fins de compra dos materiais por elas reciclados; • fornecer infra-</p><p>estrutura para a implantação de Postos de Entrega Voluntária (PEVs) de materiais recicláveis; • contratar representantes das</p><p>cooperativas para atuar como instrutores do programa de conscientização do lixo; • apoiar campanhas, programas e ações</p><p>implementadas pelo governo e por entidades civis; • criar um programa de coleta seletiva solidária, estimulando seus</p><p>funcionários, clientes e fornecedores no processo de gestão dos resíduos; • promover eventos comemorativos; • fazer pesquisa</p><p>sobre o ciclo de vida de seus produtos; • desenvolver programas e projetos sociais com base na reciclagem e no</p><p>reaproveitamento do lixo; • seguir a legislação específica; • divulgar informações sobre a destinação final de seus materiais e</p><p>sua reutilização, quando possível; • adequar suas ações e políticas às políticas nacional, estadual e municipal de resíduos</p><p>sólidos; • criar comitês internos de reciclagem.</p><p>- A empresa que desenvolve um programa de coleta seletiva atua em duas dimensões: a ambiental (porque contribui para</p><p>preservar o meio ambiente), e a social (porque doa os recicláveis para uma cooperativa, gerando emprego e renda para seus</p><p>membros).</p><p>- As empresas estão mais atentas à questão da gestão estratégica de resíduos: é comum a parceria com cooperativas locais</p><p>de catadores de lixo com o objetivo de alavancar a indústria de reciclagem.</p><p>- Reciclagem: outra forma de reduzir o acúmulo de lixo em nossa sociedade. É o retorno da matéria-prima ao ciclo de</p><p>produção do qual foi descartado. É o conjunto de técnicas envolvidas nesse processo de reaproveitamento da matéria-prima já</p><p>utilizada anteriormente.</p><p>- Reciclagem: Consiste na coleta dos materiais que se tornaram lixo – ou já estão no lixo –, na sua separação e no seu posterior</p><p>processamento.</p><p>- Por que reciclar: (1) para reduzir o volume do lixo, um dos maiores problemas do nosso século; (2) para preservar a</p><p>natureza desses dejetos e, também, para poupá-la de mais extração de seus recursos naturais; (3) para reduzir a poluição do ar,</p><p>da água e do solo.</p><p>- Vantagens que a reciclagem traz para as empresas: (1) redução do custo de embalagens devido ao reaproveitamento dos</p><p>recipientes reciclados e, também, diminuição do custo de compra ou de fabricação das embalagens utilizadas em seus</p><p>produtos; (2) aumento da sua produção, pois grande parte da matéria-prima utilizada é reaproveitada; (3) empresa se posiciona</p><p>no mercado de forma ambientalmente sustentável e comprometida com a redução do lixo em nossa sociedade.</p><p>- São considerados recicláveis: aqueles resíduos que constituem interesse de transformação e que têm mercado ou operação</p><p>que viabiliza sua transformação industrial.</p><p>- Exemplos dos benefícios da reciclagem: • cada 50 quilos de papel reciclado (papel usado, transformado em papel novo)</p><p>evita que uma árvore seja derrubada; • cada 50 quilos de alumínio usado e reciclado evita que sejam extraídos do solo cerca de</p><p>5.000 quilos de minério (a bauxita); • com cada quilo de vidro quebrado é possível fazer um quilo de vidro novo.</p><p>- Como reciclar: por meio da coleta seletiva do lixo, um compromisso que deve ser assumido por todos: cidadãos, empresas e</p><p>governos.</p><p>- Alguns exemplos de produtos</p><p>recicláveis: folhas e aparas de papel, jornais, revistas, caixas, papelão, formulários de</p><p>computador, cartolinas, cartões, envelopes, rascunhos escritos, impressos em geral, Tetra Pak e outros. Dentre os metais, as</p><p>latas de alumínio, de aço, de alimentos em geral, ferragens, canos, esquadrias, arame e outros. Dentre os plásticos, tampas,</p><p>potes de alimentos, recipientes de limpeza e higiene, PVC, PETs, sacos plásticos, brinquedos, baldes e outros. Dentre os</p><p>vidros, potes, copos, garrafas, frascos e outros.</p><p>- Como induzir as empresas a desempenhar o papel da reciclagem: (1) obrigar as empresas a cuidar do destino final dos</p><p>seus produtos, mediante a inserção do custo da reciclagem no preço do produto (assim, o cliente, ao comprar o produto, pagará</p><p>o custo da reciclagem que está embutido no preço final e, em contrapartida, quando o cliente não quiser mais o produto, ou</p><p>porque se tornou obsoleto, ou porque parou de funcionar, devolverá o produto para a empresa de origem); (2) as empresas</p><p>podem adotar é conscientizar o consumidor a fazer a coleta seletiva do seu lixo, evitando, dessa forma, o descarte simples de</p><p>seus produtos, seja em lata de lixo, terreno baldio ou qualquer lugar irregular; (3) obrigar algumas empresas, no ato da venda</p><p>de um produto, a exigir do consumidor o produto antigo (exemplo, as empresas de telefonia celular só venderiam os novos</p><p>aparelhos caso recebessem de volta os antigos, ou poderiam exigir do cliente a comprovação, via número ativado do antigo</p><p>telefone celular, de que o antigo aparelho ainda está em uso).</p><p>- Compete ao governo criar políticas de reciclagem para os diversos setores da economia, apoiar a criação de cooperativas de</p><p>cata-dores de lixo, com condições salubres de trabalho, para que todo e qualquer tipo de lixo tenha seu destino certo e possa ser</p><p>efetivamente reaproveitado.</p><p>- Etapas do processo de reciclagem pelo modelo de logística reversa do produto reciclado (a empresa prioriza a</p><p>destinação final e reciclagem do produto em detrimento da sua produção e distribuição): • coleta do produto descartado</p><p>na casa do cliente ou na revenda; • desmontagem do produto nas próprias revendas ou na fábrica; • reintrodução dos materiais</p><p>no ciclo produtivo.</p><p>- Alternativas das empresas para se livrarem do seu e-lixo (lixo eletrônico proveniente do descarte das peças dos</p><p>computadores e pertiféricos): (1) Reuso: forma de aumentar a vida útil dos eletrônicos. Algumas empresas os repassam</p><p>adiante para outra empresa localizada em países pobres. O problema é que, em pouco tempo, eles viram sucata e, ao serem</p><p>descartados, poluem o ambiente; (2) Incineração: o que fazem muitas empresas. A incineração dos eletrônicos libera metais</p><p>pesados, como o chumbo, o cádmio e o mercúrio, e em forma de cinzas, e isso, ao ser despejado nos rios, pode chegar à nossa</p><p>cadeia alimentar por meio dos peixes que comemos; (3) Reciclagem: reaproveitamento dos materiais que são utilizados na</p><p>confecção de novos aparelhos, mas traz riscos de contaminação para as pessoas que trabalham na reciclagem; (4) Design</p><p>verde: consiste na substituição do material usado; por exemplo, o chumbo das soldas pode ser trocado por liga de estanho.</p><p>Muitas empresas decidiram, por exemplo, trocar o PVC em seus produtos por materiais similares; (5) Aterros: a pior</p><p>alternativa. Empresas que o fazem ou permitem fazê-lo poluem o solo, pois seus equipamentos eletrônicos liberam elementos</p><p>tóxicos ao serem enterrados no solo, afetando o ambiente e as comunidades em seu entorno.</p><p>- Quando reutilizado, reciclado e reaproveitado, o lixo sob a forma de resíduos adquire um elevado valor agregado.</p><p>- Por que o lixo tornou-se um produto de alto valor agregado: (1) porque ele retorna ao ciclo de produção da empresa, sob a</p><p>forma de novos recursos produtivos, reduzindo enormemente os seus custos de produção; (2) porque as atividades de coleta</p><p>seletiva de lixo, indispensáveis para a reciclagem, são geradoras de emprego e renda, e alavancam novos negócios; (3) porque</p><p>a economia do lixo tem um enorme escopo de utilização, que faz dele não apenas uma fonte de recursos renováveis, mas,</p><p>sobretudo, uma fonte de geração de energia; (4) porque o aproveitamento do lixo demanda uso e aplicação de novas</p><p>tecnologias. O melhor exemplo é a tecnologia bottom to bottom, utilizada no reaproveitamento das garrafas PET, recicladas</p><p>para a fabricação de novas garrafas PET; (5) porque o reaproveitamento e reúso dos resíduos diminui as agressões ao meio</p><p>ambiente.</p><p>Aula 12 – O Consumo Consciente</p><p>- Consumo consciente: ato de consumir com a compreensão do impacto que ele tem sobre o planeta e orientado para a</p><p>sustentabilidade.</p><p>- Uma pesquisa realizada em novembro de 2008 pelo Grupo Havas Digital em nove países, inclusive no Brasil, dividiu</p><p>os consumidores em três categorias, de acordo com os seus diferentes comportamentos em relação à questão ambiental:</p><p>os ecoindiferentes (totalmente indiferentes aos impactos do consumo no planeta e na so-ciedade), os ecoatentos (apenas têm</p><p>conhecimento da importância do consumo consciente) e os ecoengajados (comprometidos com as práticas do consumo</p><p>consciente).</p><p>- A compra consciente é o primeiro passo para se chegar ao efetivo compromisso com o consumo consciente.</p><p>- Compra consciente: é o oposto da compra por impulso, que é a compra sem reflexão, apenas movida pelo desejo de posse e</p><p>de uso.</p><p>- O comprador consciente começa o seu processo de conscientização mudando os seus hábitos de compra e, em um segundo</p><p>momento, dando preferência aos produtos verdes produzidos e vendidos por empresas que honram seus compromissos</p><p>socioambientais.</p><p>- Compra consciente: é aquela na qual o consumidor está consciente do seu ato de consumo. Isso significa a certeza de que ele</p><p>realmente necessita de algo para melhorar sua qualidade de vida. Ele compra porque quer mais conforto, segurança e saúde.</p><p>- Fatores que o consumidor consciente leva em consideração no ato da compra: • se o produto é ecologicamente correto</p><p>(se não contém agrotóxicos, se não causa danos ao meio ambiente, se é feito de material reciclável e se não possui embalagem</p><p>que não seja biodegradável); • se a empresa fabricante do produto ou prestadora de serviço desenvolve ações socioambientais,</p><p>se os seus produtos e serviços são certificados, se a sua gestão se destaca pela ética e pela transparência, se tem um bom</p><p>relacionamento com os seus stakeholders e se goza de uma boa reputação no mercado e na sociedade); • investiga as origens</p><p>do produto ou serviço: se os fornecedores, prestadores de serviços, franqueados e representantes são empresas social e</p><p>ambientalmente responsáveis, se o uso de matérias-primas e subprodutos obedece a critérios sustentáveis e se não violam os</p><p>direitos sociais e humanos elementares, como, por exemplo, não empregar mão-de-obra infantil, não discriminar minorias, não</p><p>usar trabalho escravo e dar oportunidades de emprego para mulheres, jovens, portadores de deficiência e idosos.</p><p>- Esses fatores citados acima constituem o que denominamos questões básicas do consumo consciente.</p><p>- Questões secundárias para o consumidor consciente: preço, qualidade, marca e condições de financiamento e serviços</p><p>complementares.</p><p>- Diferenças entre o consumidor consciente e o consumidor compulsivo: Consumidor consciente (• Só compra o que é</p><p>necessário para seu bem-estar e o que o seu dinheiro permite; • Tem consciência de que cada atitude sua como cidadão e</p><p>consumidor gera uma reação em cadeia que afeta todas as outras pessoas, o meio ambiente, as relações sociais e a economia);</p><p>Consumidor Compulsivo (• Compra mais produtos do que precisa, gastando mais dinheiro do que pode; • Age e pensa apenas</p><p>no seu próprio conforto, sem se preocupar com as conseqüências dos seus atos).</p><p>- As 10 diretrizes divulgadas pela ONU em prol do consumo concicente: (1) assegurar que as instituições educativas</p><p>reflitam na sua gestão diária as prioridades para o desenvolvimento sustentável; (2) incluir no currículo</p><p>formal temas, tópicos,</p><p>módulos, cursos e disciplinas de educação para o consumo sustentável; (3) estimular a investigação em áreas relacionadas à</p><p>educação para consumo sustentável; (4) fortalecer os laços entre pesquisadores, professores, atores e agentes socioeconômicos;</p><p>(5) aumentar a cooperação entre profissionais de diferentes disciplinas para desenvolver abordagens integradas de educação</p><p>para o consumo sustentável; (6) fornecer educação e formação para os professores que irão reforçar perspectivas globais,</p><p>construtivas e voltadas para o futuro; (7) recompensar o pensamento criativo, inovador e crítico sobre o consumo sustentável;</p><p>(8) garantir que a educação para o consumo sustentável observe a importância do conhecimento indígena e reconheça os estilos</p><p>de vida alternativos; (9) incentivar a aprendizagem entre gerações com relação ao consumo sustentável; (10) gerar</p><p>oportunidades para a aplicação prática do estudo teórico por meio do envolvimento da comunidade e do serviço comunitário.</p><p>- Seguir as diretrizes divulgadas pela ONU é o melhor caminho em busca da maior conscientização de pessoas, grupos e toda a</p><p>sociedade para a prática do consumo consciente.</p><p>- As grandes magazines e os shopping center fomentam o consumo supérfluo e o hiperconsumo, ambos centrados mais no</p><p>prazer de comprar do que na necessidade de consumir.</p><p>- A grande maioria desses templos de consumo fácil, supérfluo e não-consciente não é empreendimento sustentável, pois</p><p>gastam bastante energia, produzem muito lixo, poluem visualmente a cidade, provocam engarrafamentos no trânsito das</p><p>imediações, produzem excesso de ruídos e poluição atmosférica.</p><p>- O consumo consciente antecede o consumo sustentável no processo de educação para o novo consumo.</p><p>- A prática do consumo consciente é o primeiro estágio na conquista de uma nova consciência planetária. O consumo</p><p>responsável é um estágio mais avançado. Ambos, consumo consciente e consumo sustentável ou responsável, constituem o</p><p>novo paradigma da educação para um mundo melhor.</p><p>- O consumo consciente refere- se mais a produtos do que a recursos naturais e está mais diretamente associado ao ato de</p><p>comprar.</p><p>- O consumo sustentável está relacionado ao consumo de recursos naturais e ao ato de poupar.</p><p>- O consumo sustentável ou responsável é, portanto, mais relacionado à economia natural e aos recursos ambientais, enquanto</p><p>o consumo consciente é mais voltado para a economia do consumo e os recursos econômicos.</p><p>- Diz-se que alguém pratica o consumo consciente quando limita e prioriza os seus gastos na compra de produtos e serviços; e</p><p>que alguém pratica o consumo responsável ou sustentável quando busca o equilíbrio no uso dos recursos naturais em sua</p><p>interação permanente com a natureza. Exemplo: o consumidor, quando gasta menos e é mais seletivo em seus gastos, pratica o</p><p>consumo consciente. Quando o cidadão poupa energia e utiliza fontes alternativas desse recurso, ele pratica o consumo</p><p>sustentável ou responsável.</p><p>- O consumo consciente tem como seus maiores inimigos as mensagens enganosas da publi cidade e a febre de consumo</p><p>consumista dos templos de consumo.</p><p>- O consumo sustentável ou responsável tem na natureza e no meio ambiente seus maiores aliados.</p><p>- Objetivo do consumo consciente: desenvolver novos hábitos de consumo.</p><p>- Objetivo do consumo sustentável ou responsável: preservar o meio ambiente e desenvolver a sociedade em sua totalidade.</p><p>- Ambas são mudanças que devem ocorrer na consciência individual e coletiva de pessoas, grupos, organizações, comunidades</p><p>e sociedades.</p><p>- A participação das empresas no movimento em prol do consumo sustentável ou responsável tem sido cada vez maior.</p><p>- Exemplos de empresas que apóiam o movimento de consumo sustentável ou responsável: empresas que lançam produtos</p><p>e serviços que poupam recursos naturais, que adotam práticas de reutilização desses recursos e que geram grandes economias</p><p>no consumo desses recursos, como, por exemplo, os produtos que poupam energia, os produtos que contribuem para a redução</p><p>do colesterol e para ativar o funcionamento de determinados órgãos do corpo humano, os serviços que permitem às pessoas</p><p>terem um convívio harmonioso com a natureza, e produtos e serviços que contribuem para a preservação do meio ambiente.</p><p>- Comportamento sustentável: vai além das práticas de consumo consciente e sustentável.</p><p>- Objetivo do comportamento sustentável: não se resume à adoção de práticas de redução e seleção dos produtos a serem</p><p>consumidos (consumo consciente) e à preocupação com o impacto desse consumo na preservação do meio ambiente (consumo</p><p>sustentável). Compreende a dimensão da sustentabilidade econômica, social, cultural e ambiental daqueles que produzem esses</p><p>produtos a serem consumidos.</p><p>- Aquele que adota um comportamento sustentável é consciente nas suas compras, conhece os impactos ambientais daquilo que</p><p>compra (produto + embalagem) e valoriza a procedência dos produtos que compra. E, ao comprá-los, contribui para a melhoria</p><p>da sua qualidade de vida e da qualidade de vida das comunidades que produzem tais produtos.</p><p>- Comportamento sustentável: compreende um conjunto de práticas que as pessoas devem adotar no seu dia-a-dia, em suas</p><p>casas, seus locais de trabalho, nas áreas que freqüentam para diversão e lazer, e nas ruas.</p><p>- Assumir um comportamento sustentável é conhecer a procedência dos produtos e ter a dimensão do impacto dos seus hábitos</p><p>diários sobre a natureza.</p><p>- Se compramos produtos feitos por comunidades tradicionais, se economizamos energia e água, se compramos produtos</p><p>realmente necessários e não supérfluos e se fazemos a coleta seletiva do nosso lixo, estamos assumindo um comportamento</p><p>sustentável.</p><p>- Ter um comportamento sustentável é ter uma vida mais saudável, com o consumo de alimentos que fazem bem à saúde, a</p><p>prática de exercícios diários, além do cumprimento dos horários normais de trabalho e descanso.</p><p>- Ter um comportamento sustentável é ter consciência dos seus direitos básicos e da sua responsabilidade, como, por exemplo,</p><p>respeitar as leis de trânsito e não fumar em lugares onde tal prática é proibida.</p><p>- Desafios a serem vencidos por todos – empresas, governos, mídia e sociedade: Formar cidadãos conscientes e não</p><p>consumidores irresponsáveis. Preservar os recursos naturais e não degradá-los.</p><p>- Consumidor consciente: é aquele que adota práticas de consumo consciente e práticas de consumo sustentável ou</p><p>responsável.</p><p>- Alguns comportamentos do consumidor consciente, segundo a pesquisa “Descobrindo o consumidor consciente”,</p><p>realizada em 2004 pelo Instituto Akatu: • evita deixar lâmpadas acesas em ambientes desocupados; • fecha a torneira</p><p>enquanto escova os dentes; • desliga aparelhos eletrônicos quando não os está utilizando; • costuma planejar a compra de</p><p>alimentos; • costuma pedir nota fiscal quando faz compras; • costuma planejar a compra de roupas; • costuma usar o verso de</p><p>folhas de papel já utilizadas; • lê o rótulo atentamente antes de decidir comprar; • separa o lixo para reciclagem; • não costuma</p><p>guardar alimentos quentes na geladeira; • compra produtos feitos com material reciclado nos últimos meses; • comprou</p><p>produtos orgânicos nos últimos seis meses; • apresenta queixa, quando necessário, a algum órgão de defesa do consumidor.</p><p>- Os quatro tipos de consumidores identificados pela pesquisa: (1) os comprometidos (os ecoengajados); (2) os conscientes</p><p>(os ecoatentos); (3) os indiferentes (os ecoindiferentes); (4) os iniciantes (os ecolatentes).</p><p>- Exercício do consumo consciente, segundo a pesquisa: planejar a compra de alimentos, pedir nota fiscal quando se faz</p><p>compras e ler o rótulo atentamente antes de decidir comprar.</p><p>- Os demais aspectos considerados na pesquisa estão mais relacionados ao comportamento sustentável ou responsável dos</p><p>consumidores e todos os aspectos abordados na pesquisa caracterizam a prática do consumo sustentável.</p><p>- O número de consumidores conscientes é cada vez maior, e o consumo consciente</p><p>(por exemplo, a mídia, os grupos de pressão), mas afetam a sua reputação, porque</p><p>mobilizam a opinião pública.</p><p>- Os seis principais modelos de análise que se aplicam no diagnóstico dos problemas de relacionamento de uma empresa</p><p>com os seus diversos públicos: • o modelo de Preston e Post; • o modelo de Mitchel, Agle e Wood; • o modelo de Freeman e</p><p>Gilbert; • o modelo de Ann Svedsen; • o modelo de D. Wheeler e M. Sillanpää; • o modelo de Donaldson e Preston.</p><p>- ModelPrestpn e Post (Teoria dos tipos de envolvimento da empresa com seu ambiente): o exercício da Responsabilidade</p><p>Social Corporativa deve ser analisado com base em dois fatores: o envolvimento primário e secundário das empresas com o</p><p>ambiente social.</p><p>- Envolvimento primário: diz respeito às atividades econômicas da empresa, como, por exemplo, vender produtos e serviços,</p><p>contratar pessoas, comprar matéria-prima e componentes com fornecedores, instalar, modernizar e ampliar instalações</p><p>comerciais e industriais, bem como o cumprimento das obrigações legais e tributárias (pagamento de tributos, obediência às</p><p>leis). Sua principal característica é o seu papel relevante para a sobrevivência da empresa.</p><p>- Envolvimento secundário: compreende o impacto das atividades econômicas e legais da empresa (envolvimento primário)</p><p>no ambiente. Exemplo: a contratação de empregados (atividade primária) cria oportunidades de emprego na sociedade local</p><p>(atividade secundária).</p><p>- Seus produtos e serviços (atividade primária) podem contribuir para a melhoria da vida dos consumidores (atividade</p><p>secundária). O pagamento dos impostos (atividade primária) permite ao governo local investir em saúde, educação e infra-</p><p>estrutura (atividade secundária).</p><p>- Reatividade social: composta de duas abordagens básicas: o nível micro (que analisa a reatividade individual das empresas</p><p>em relação às questões sociais), e o nível macro (que estuda as forças que determinam as questões sociais às quais as empresas</p><p>devem reagir).</p><p>- Modelo de Mitchel, Agle e Wood (Teoria do Poder dos Stakeholders): um stakeholder torna-se tão mais merecedor de</p><p>atenção quanto mais satisfaz a três fatores: poder, legitimidade e urgência, conjunto ao qual denominam ênfase ou</p><p>preponderância (salience) do stakeholder. Busca identificar grupos de interesse com base nesses três fatores.</p><p>- Fator poder: identifica os tipos utilizados pelos grupos de interesse. O modelo busca identificar três tipos de grupos de</p><p>interesse: aqueles que exercem o poder coercitivo sobre a empresa (secretarias de Fazenda, agências de meio ambiente),</p><p>aqueles que exercem o poder utilitário sobre a empresa, pois controlam sobre seus bens e serviços e os símbolos que permitem</p><p>a aquisição destes (por exemplo, os sindicatos, que pressionam por melhores salários; os fornecedores, que vendem seus</p><p>produtos e componentes para a empresa; os clientes, que exigem qualidade, preço e atendimento) e aqueles grupos de interesse</p><p>que exercem o poder normativo sobre a empresa, ou seja, criam símbolos que promovem prestígio e estima entre os que os</p><p>possuem, bem como aceitação na sociedade, por exemplo, as associações de classe e profissionais às quais estão filiados seus</p><p>empregados.</p><p>- Fator legitimidade: grau de aceitação das ações dos grupos de interesse, ou seja, se legítimas, suas ações são percebidas pela</p><p>empresa e pela sociedade como desejáveis, corretas e apropriadas. É o caso dos acionistas, que exigem melhor remuneração do</p><p>seu capital e, conseqüentemente, maiores lucros e produtividade da empresa; dos clientes, que pagaram e exigem</p><p>contrapartidas; e da comunidade local, em busca de oportunidades de emprego.</p><p>- Fator urgência: representa o caráter crítico das ações dos grupos de interesse. São adequadas ao tempo e devem ser</p><p>desenvolvidas naquele momento. O melhor exemplo são os consumidores que se sentem lesados pela empresa e exigem</p><p>reparações.</p><p>- Grupos de interesse atuantes (expectant stakeholders): aqueles que possuem dois ou mais fatores. Esses são mais</p><p>facilmente percebidos pelos executivos e gerentes, e suas demandas são quase sempre atendidas. – O grupos de interesse</p><p>atuantes podem ser divididos em três grupos: • os grupos de interesse dominantes (que possuem os fatores de poder e</p><p>legitimidade; sua capacidade de influenciar a empresa é alta, são os acionistas e credores); • os grupos de interesse dependentes</p><p>(que têm legitimidade e urgência, mas não têm poder. São exemplos as populações afetadas pela poluição causada pela</p><p>empresa); e • os grupos de interesse perigosos (que têm poder e urgência, mas não têm legitimidade. São capazes de usar a</p><p>força para exigir da empresa o atendimento de suas exigências – por exemplo, os grupos ambientalistas radicais, os</p><p>guerrilheiros e os terroristas).</p><p>- Há, também, os grupos de interesse definitivos (definitive stakeholders), os quais possuem todos os fatores: poder,</p><p>legitimidade e urgência. Têm destaque e, assim, são facilmente percebidos pelos executivos e gerentes. Sua capacidade de</p><p>influenciar a empresa é muito elevada.</p><p>- Modelo do Freeman e Gilbert: A Teoria dos níveis de interação da empresa com o ambiente: Tem como objetivo</p><p>contribuir para a identificação dos stakeholders (qualquer grupo ou indivíduo que pode afetar ou ser afetado pela empresa) que</p><p>interagem com a empresa.</p><p>- Os três níveis de interação da empresa com o ambiente: • Nível racional (ambiente no qual a empresa está inserida, onde</p><p>estão os grupos ou indivíduos com algum grau de relacionamento com a empresa. São os grupos de interesse que podem afetar</p><p>a existência ou o funcionamento da empresa. Exemplos;as agências de proteção ambiental, a administração da saúde e</p><p>segurança ocupacional, a vigilância sanitária, os sindicatos etc); • Nível processual (procedimentos operacionais utilizados pela</p><p>empresa para se relacionar com o seu ambiente, constituído pelo universo de múltiplos stakeholders. São exemplos os</p><p>processos de planejamento estratégico, as vendas, a produção e logística desenvolvidos pela empresa e a análise das demandas</p><p>ambientais que interferem em tais procedimentos, por exemplo, a demanda de mercado, as estratégias das concorrentes, as</p><p>fontes de fornecimento, as necessidades e desejos dos consumidores); e • Nível transacional (interação entre os executivos e</p><p>gerentes da empresa com seus diversos públicos, por exemplo, a negociação de executivos da empresa com organizações</p><p>ambientalistas por ocasião da aprovação do projeto).</p><p>- Modelo de Ann Svedsen: A Teoria das estratégias de relacionamento da empresa com os seus stakeholders: Svedsen</p><p>apresenta duas estratégias que uma empresa pode adotar em seu relacionamento com os stakeholders: uma abordagem</p><p>estratégica tradicional (a administração dos stakeholders), e uma abordagem estratégica moderna e inovadora (a colaboração</p><p>com os stakeholders).</p><p>- Características da abordagem estratégica tradicional (administração dos stakeholdeers): estratégia fragmentada; foco</p><p>na administração das relações; ênfase na defesa da organização; relacionada aos objetivos de curto prazo do negócio;</p><p>implementação dependente dos interesses dos departamentos e do estilo pessoal dos gerentes.</p><p>- Características da abordagem estratégica moderna e inovadora (colaboração com os stakeholers): abordagem</p><p>integrada; foco na construção das relações; ênfase na criação de oportunidades para mútuos benefícios; relacionada aos</p><p>objetivos de longo prazo do negócio; abordagem coerente dos dirigentes pelos objetivos dos negócios, valores e estratégias</p><p>corporativas.</p><p>- Estratégia de Administração dos stakeholders: a empresa se relaciona separadamente com cada um deles; Seu objetivo é</p><p>defender-se contra as pressões e influências de cada stakeholder; Utiliza tais relacionamentos para dar suporte ao alcance de</p><p>seus objetivos de curto prazo e com base nos interesses de cada departamento e nos estilos pessoais de cada gerente.</p><p>é uma prática já conhecida por muitos</p><p>segmentos da sociedade brasileira.</p><p>- Diferença entre consumo sustentável e consumo consciente: consumo sustentável e responsável evita a poluição da</p><p>natureza, luta pela preservação das matas e contribui para a preservação ambiental. Consumo consciente orienta o cliente a</p><p>consumir produtos mais saudáveis. Quando se unem os dois objetivos, temos um caso de estímulo ao consumo consciente e</p><p>sustentável.</p><p>Aula 13 – Governança Corporativa</p><p>- Principal objetivo da governança corporativa: promover a democracia societária, um sistema de equilíbrio de poder que</p><p>envolve acionistas, majoritários e minoritários, e os administradores da empresa, mediante a criação de órgãos como</p><p>assembléia de acionistas, conselhos de administração e fiscal e obrigatoriedade de publicar balanços e relatórios.</p><p>- Ações: direitos à propriedade de uma empresa,ou seja, uma ação confere a seu dono uma fração da propriedade da empresa”.</p><p>É um título negociável que representa uma fração mínima do capital social de uma empresa de capital aberto, ou seja, de uma</p><p>empresa tipo sociedade anônima.</p><p>- Tipos de ações existentes: (1) Ações preferenciais nominativas (PN) → confere ao titular prioridades na distribuição dos</p><p>dividendos e no reembolso do capital; não dá direito a voto ao acionista na assembléia geral da empresa; (2) Ações ordinárias</p><p>nominativas (ON) → confere ao titular os direitos essenciais do acionista, em especial participação nos resultados da</p><p>companhia e direito a voto nas assembléias da empresa.</p><p>- Tipos de empresas: empresa individual, empresa limitada e empresa sociedade anônima.</p><p>- Somente a sociedade anônima pode abrir o capital e negociar suas ações.</p><p>- Empresa individual: formada por uma única pessoa, normalmente profissionais liberais.</p><p>- Empresa limitada: constituída por duas ou mais pessoas que se juntam para criar uma empresa, formando uma sociedade,</p><p>por meio de um contrato social, no qual constarão as normas da empresa e o capital social. O capital social será dividido em</p><p>cotas per capita (cada sócio possui um número definido de cotas), o que indica que a responsabilidade pelo pagamento das</p><p>obrigações da empresa é limitada à participação dos sócios.</p><p>- Empresa de sociedade anônima (S.A.): capital social não se encontra atribuído a um nome específico, mas está dividido em</p><p>ações que podem ser transacionadas livremente. Por ser uma sociedade de capital, prevê a obtenção de lucros a serem</p><p>distribuídos aos acionistas.</p><p>- Abrir o capital: processo pelo qual os proprietários de uma empresa de sociedade anônima decidem vender parte de sua</p><p>empresa para os investidores em geral, ou seja, aqueles que acreditam no futuro da empresa e decidem comprar parte de suas</p><p>ações.</p><p>- Razão da venda de ações: o desejo da empresa de captar recursos financeiros para cobrir seus novos investimentos. Ao</p><p>lançar ações na Bolsa de Valores, a empresa atrai novos investidores.</p><p>- Primeira prática de governança corporativa: uma administração participativa, transparente e profissional cuja principal</p><p>característica é o foco nos investidores das empresas.</p><p>- Governança corporativa: são as práticas e os arranjos institucionais que regem as relações entre os acionistas e as</p><p>administrações das empresas.</p><p>- Governança corporativa: pode ser definida como um conjunto de procedimentos de gestão que visa regular os interesses</p><p>dos investidores-acionistas da empresa.</p><p>- Principais reflexos da governança corporativa no Brasil: • as empresas tornam-se mais responsáveis e prestam contas de</p><p>suas ações; • constituição de Conselhos de Administração: elegem seus membros (conselheiros) e fiscalizam de perto as ações</p><p>e decisões de seus executivos; • maior engajamento dos representantes dos cidadãos proprietários da empresa, que aumentam a</p><p>sua vigilância sobre o desempenho da mesma; • criação de sistemas e processos de avaliação de desempenho da empresa feitos</p><p>por auditorias externas.</p><p>- Governança corporativa: sistema de gestão voltado para a alta administração que permite o equilíbrio de poder entre os</p><p>gestores e os acionistas e proporciona transparência a todos os seus atos.</p><p>- Objetivo da governança corporativa: dar mais transparência aos atos de gestão dos administradores da empresa e trata com</p><p>equidade os acionistas minoritários, além de prestar contas aos diversos públicos-alvo da empresa.</p><p>- Componentes de um sistema de governança corporativa: • Conselhos de Administração; • Diretoria Executiva; • Conselho</p><p>Fiscal; • Auditoria Externa; • Comitês de Negócios e de Gestão.</p><p>- Conselho de Administração: órgão colegiado e autônomo, cujos membros são eleitos em Assembléia Geral Ordinária para</p><p>um mandato de um a dois anos. Seus membros representam os acionistas controladores e os acionistas minoritários.</p><p>- Diretoria Executiva: unidade responsável pela gestão dos negócios da empresa. É composta por um presidente e diversos</p><p>diretores eleitos pelo Conselho de Administração.</p><p>- Conselho Fiscal: unidade responsável pelo assessoramento do Conselho de Administração na avaliação das contas.</p><p>- Auditoria Externa: compete fiscalizar e monitorar as contas da empresa.</p><p>- Comitês de Negócios e de Gestão: funcionam como fóruns de discussão de temas específicos.</p><p>- Algumas empresas utilizam como componentes de seus sistemas de governança corporativa outras unidades, tais como</p><p>auditoria interna e comitês do Conselho de Administração, que atuam como fóruns de discussão de temas estratégicos e</p><p>unidades de assessoramento do Conselho de Administração.</p><p>- Objetivo dos princípios de governança corporativa: garantir a integridade das corporações em seus processos de gestão e de</p><p>relacionamento com as partes interessadas, além de manter a saúde das organizações e sua estabilidade.</p><p>- Princípios da governança corporativa: (I) Garantir a base para um sistema eficaz de governança corporativa → o sistema</p><p>de governança corporativa deve promover mercados transparentes e eficazes e ser coerente com o Estado de Direito, além de</p><p>articular com clareza a divisão de responsabilidades entre as diferentes autoridades supervisoras, reguladoras e executoras da</p><p>lei; (II) Direitos dos acionistas e principais funções da propriedade → o sistema de governança corporativa deve proteger e</p><p>facilitar o exercício dos direitos dos acionistas; (III) Tratamento equitativo dos acionistas → o sistema de governança</p><p>corporativa deve garantir o tratamento equitativo de todos os acionistas, inclusive os minoritários e estrangeiros. Todos os</p><p>acionistas devem ter oportunidade de obter reparação efetiva por violação de seus direitos; (IV) Papel de outras partes</p><p>interessadas na governança corporativa →o sistema de governança corporativa deve reconhecer os direitos de outras partes</p><p>interessadas, previstos por lei ou por acordos mútuos, e estimular a cooperação ativa entre corporações e partes interessadas</p><p>para criar riqueza, empregos e sustentabilidade de empresas financeiramente sólidas; (V) Divulgação e transparência → o</p><p>sistema de governança corporativa deve garantir divulgação precisa e oportuna de todas as questões relevantes relacionadas</p><p>com a corporação, inclusive situação financeira, desempenho, composição societária e governança da empresa; (VI)</p><p>Responsabilidades do Conselho de Administração → o sistema de governança corporativa deve garantir a orientação</p><p>estratégica da empresa, o monitoramento eficiente da administração pelo Conselho e a prestação de contas, pelo Conselho, à</p><p>empresa e aos acionistas.</p><p>- Princípio de governança corporativa utilizado pelo Banco Bradesco: ao manter uma constante comunicação com seus</p><p>acionistas, adota o princípio V (divulgação e transparência). Suas ações de comunicação garantem uma divulgação precisa e</p><p>oportuna de todas as questões relevantes relacionadas com a corporação, como, por exemplo, informações sobre a situação</p><p>financeira, desempenho, composição societária e governança da empresa.</p><p>- Conselho de Administração: autoridade suprema da empresa; órgão</p><p>que, na hierarquia da empresa, está acima do presidente</p><p>e dos demais membros da diretoria e para o qual os executivos da empresa devem prestar contas de seus atos.</p><p>- Principais funções do Conselho de Administração: • assegurar o bom desempenho da empresa, que se reflete na busca da</p><p>lucratividade e no retorno para os seus acionistas; • defender os interesses dos investidores institucionais (acionistas</p><p>majoritários e minoritários); • assessorar os executivos da empresa em seus processos de gestão; • definir os objetivos</p><p>estratégicos da empresa e monitorar os resultados.</p><p>- Os Conselhos de Administração devem decidir questões da maior importância para a sobrevivência e para o futuro da</p><p>empresa, como, por exemplo, para que serve a empresa, como ela vai criar valor para a sociedade e para os seus acionistas e</p><p>manter-se lucrativa, o que ela vai produzir e comercializar e qual será o seu portfólio de produtos e serviços.</p><p>- Como o Conselho representa o mais alto nível de gestão da empresa, seus membros são responsáveis pela definição,</p><p>implantação e avaliação das estratégias-chave da empresa.</p><p>- Atribuições do Conselho de Administração: definir a estratégia de negócios, decidir sobre a eleição e a destituição do</p><p>principal executivo da empresa (no caso, o presidente) e demais executivos (no caso, os diretores), acompanhar a gestão,</p><p>monitorar os riscos e indicar ou substituir auditores independentes para aprovação das contas (balanços e balancetes da</p><p>empresa).</p><p>- Tipos de Conselhos de Administração: • o modelo de empresa governada (John Pound); • o modelo de classificação dos</p><p>Conselhos (Charan); • a teoria dos 3 I’s (Peter Drucker).</p><p>- Modelo de empresa governada, de John Pound: estabeleceu as diferenças entre dois modelos de empresas: a gerenciada e</p><p>a governada.</p><p>- Empresa gerenciada: (1) O papel do Conselho de Administração é controlar, monitorar e, quando necessário, substituir a</p><p>gerência; (2) O Conselho tem poder para controlar o CEO; (3) O Conselho está comprometido com a avaliação do CEO e atua</p><p>independentemente da gerência; (4) O objetivo do Conselho é avaliar a atuação dos gerentes; (5) As reuniões do Conselho não</p><p>têm a presença do CEO.</p><p>- Empresa governada: (1) O papel do Conselho de Administração é fomentar decisões eficazes e revogar políticas</p><p>inadequadas; (2) O Conselho tem expertise para contribuir para o desenvolvimento da empresa; (3) O Conselho está</p><p>comprometido com a criação de valor para a empresa; (4) O objetivo principal do Conselho é promover o debate e auxiliar a</p><p>gerência; (5) Algumas reuniões do Conselho contam com a presença do CEO e dos acionistas.</p><p>- Crítica de John Pound sobre a atuação dos Conselhos nas empresas gerenciadas: na maioria das empresas, o papel do</p><p>sistema de governança corporativa se limita a selecionar os executivos tidos como mais adequados a monitorar seus</p><p>desempenhos e a substituí-los em caso de resultados insatisfatórios.</p><p>- Novo papel proposto por John Pound para a governança corporativa: a governança corporativa não tem a ver com o</p><p>poder; trata-se de descobrir meios de assegurar a eficácia das decisões.</p><p>- Modelo de classificação dos conselhos, de Charan: define as seguintes prioridades para os Conselhos de Administração: •</p><p>conduzir com acerto o processo sucessionário; • aprimorar estratégias vencedoras; • desenvolver pacotes de remuneração</p><p>racionais e motivadores para os presidentes (CEOs).</p><p>- Classificação dos Conselhos de Administração, segundo Charan: • Os ritualísticos (conselhos que pouco inovam, seguem</p><p>procedimentos padrões e pouco se comunicam com os CEOs); • Os liberais (conselhos ativos, inovadores, atuantes, que</p><p>interagem com os CEOs e avaliam constantemente sugestões);e • Os progressistas (os mais inovadores; priorizam as questões-</p><p>chave do negócio; suas idéias são assimiladas pelos CEOs e se tornam fontes de vantagem competitiva para a empresa).</p><p>- A Teoria dos 3 I’s, de Peter Druker: identifica os três fatores que afetam o desempenho dos Conselhos de Administração</p><p>que, juntos, formam os 3 I’s: • A informação (os conselheiros não recebem as informações relevantes sobre o desempenho das</p><p>empresas. São mal informados, pois recebem apenas relatórios financeiros secundários: um relato de despesa e nada mais); • A</p><p>influência (os conselheiros, ao invés de exercerem influência sobre os executivos da empresa, são por eles influenciados. Os</p><p>executivos submetem o Conselho aos seus caprichos e sobre ele exercem uma tutela permanente); • A incompetência</p><p>(constituído de pessoas sem a necessária qualificação técnica e conhecimento da empresa e do negócio, os membros do</p><p>Conselho revelam-se incompetentes para exercer sua função).</p><p>- As práticas de governança corporativa (GC) baseiam-se em valores que devem nortear o comportamento dos executivos e</p><p>gerentes da empresa, sobretudo no seu relacionamento com os acionistas.</p><p>- Princípios básicos da governança corporativa: • transparência no fluxo e na divulgação das informações; • eqüidade no</p><p>acesso e trato com todos aqueles com quem a empresa se relaciona societariamente; • prestação de contas regularmente por</p><p>parte dos agentes responsáveis pela gestão da empresa; • responsabilidade socioambiental da corporação.</p><p>- Transparência: se traduz não apenas na obrigação de informar, mas, sobretudo, no desejo de informar. A empresa que</p><p>pratica a transparência publica balanços e relatórios (balanço social, relatórios financeiros, relatórios de sustentabilidade e</p><p>outros) deve enviá-los a todos os seus acionistas e publicá-los na mídia.</p><p>- Eqüidade: tratamento justo e igualitário de todos, de acionistas, sejam minoritários ou majoritários, e de grupos</p><p>controladores.</p><p>- O direito igualitário é feito por meio da garantia dos direitos fundamentais: direito essencial de voto, direito essencial de</p><p>participação nos lucros, direito essencial de fiscalização de gestão dos negócios, direito essencial de retirar-se da sociedade ou</p><p>vender suas ações.</p><p>- Prestação de contas: refere-se à divulgação de relatórios e contratos.</p><p>- Responsabilidade corporativa: ênfase da empresa às questões socioambientais e que se traduz em programas e projetos</p><p>geradores de impacto social.</p><p>- Objetivo do Código Brasileiro de Melhores Práticas de Governança Corporativa: indicar caminhos para todos os tipos</p><p>de sociedade comercial, visando aumentar seu valor, melhorar seu desempenho, facilitar o acesso ao capital a custos mais</p><p>baixos e contribuir para a sua sustentabilidade a longo prazo.</p><p>- Práticas adicionais de governança corporativa: • a extensão para todos os acionistas das mesmas condições obtidas pelos</p><p>controladores quando da venda do controle da companhia; • mandato unificado de um ano para todo o Conselho de</p><p>Administração; • disponibilização de balanço anual; • obrigatoriedade de realização de uma oferta de compra de todas as ações</p><p>em circulação, pelo valor econômico, nas hipóteses de fechamento do capital ou cancelamento do registro de negociação no</p><p>Novo Mercado; • adesão à Câmara de Arbitragem para resolução de conflitos societários.</p><p>- Novo Mercado: lançado pela BM&F Bovespa em dezembro de 2000, é um compromisso assumido pelas empresas que dele</p><p>fazem parte, de adotar práticas de governança corporativa adicionais em relação ao que é exigido pela legislação e também que</p><p>vão além dos níveis estipulados por ela.</p><p>- Por que uma das principais exigências para ingressar no segmento do Novo Mercado é não permitir que o presidente</p><p>da empresa acumule as funções de presidente do Conselho de Administração: A adesão de empresas ao Novo Mercado</p><p>segue uma série de regras societárias, denominadas boas práticas de governança corporativa, que vão além das regras básicas</p><p>da governança corporativa. De acordo com as regras básicas, compete ao Conselho de Administração monitorar o desempenho</p><p>do presidente da empresa, decidir sobre sua eleição e destituição, se necessário for. Sendo assim, ambos os cargos, presidência</p><p>da empresa e presidência do Conselho de Administração, não podem ser exercidos pela mesma pessoa no Novo Mercado.</p><p>- A governança corporativa (GC) é mais do que um conjunto de práticas de gestão. É um modelo de gestão voltada para a</p><p>defesa dos stakeholders e, sobretudo, dos stockholders (acionistas).</p><p>- O maior ganho da governança corporativa foi o de sujeitar as decisões e ações dos CEOs à aprovação, ao controle e à</p><p>fiscalização de membros do Conselho de Administração das empresas. Era o fim da supremacia dos CEOs e o advento de uma</p><p>nova era do apogeu dos novos capitalistas.</p><p>- Exemplos de estratégia de administração dos stakeholders: as empresas que adotam posturas distintas no trato com a</p><p>mídia, no relacionamento com o governo, a sociedade, seus clientes, parceiros, fornecedores, empregados, sindicatos e</p><p>associações de classe.</p><p>- Nas empresas que utilizam a estratégia de administração dos stakeholders, cada unidade segue um padrão de relacionamento</p><p>– por exemplo, a área de Recursos Humanos desenvolve uma linha de ação pouco colaborativa com os empregados. Ao</p><p>contrário, a área de logística tem um relacionamento de intensa colaboração e confiabilidade com seus terceirizados.</p><p>- Estratégia de colaboração com os stakeholders: caracteriza-se por uma abordagem integrada. A empresa utiliza o mesmo</p><p>padrão de transparência, confiança, participação e lealdade em seus relacionamentos com todos os seus stakeholders; Seu foco</p><p>é na construção de relações – por exemplo, as empresas que incorporam seus fornecedores à sua gestão da cadeia de</p><p>suprimentos, que criam conselhos de clientes e de acionistas, que ouvem sistematicamente as demandas e sugestões de seus</p><p>parceiros e, assim, reforçam seus vínculos; Essas empresas agem de forma proativa na busca de soluções para os problemas</p><p>atuais e futuros e identificam oportunidades para gerar mútuos benefícios – para si próprias e para seus stakeholders.</p><p>- A criação, manutenção e avaliação desses relacionamentos são gerenciadas com base no alcance dos objetivos estratégicos de</p><p>longo prazo, nos valores e compromissos, na missão e na visão da empresa.</p><p>- Modelo de D. Wheeler e M. Sillanpaa: as características da organização Stakeholder: criaram o conceito de organização</p><p>stakeholder (stakeholder organization) e definiram as suas principais características.</p><p>- Principais características da organização stakeholder: • seu modelo de administração é o gerenciamento das relações com</p><p>base em contratos; • sua gestão baseia-se num conjunto de contratos, os quais estabelecem as expectativas da empresa em</p><p>relação às partes interessadas, para atingir seus objetivos; • através desses contratos, são fixadas as expectativas de ambos –</p><p>empresa e partes interessadas; • a finalidade de tais contratos é o estímulo à cooperação entre a empresa e as partes</p><p>interessadas; • os instrumentos utilizados são contratos explícitos (formais, frutos de acordos entre as partes e cujo</p><p>cumprimento é reforçado por lei) e implícitos (as obrigações e os deveres não são especificados previamente, mas são</p><p>garantidos por lei, e os resultados não são observáveis).</p><p>- Inclusão dos stakeholders ou stakeholding: incorporação da Responsabilidade Social como um processo de melhoria</p><p>contínua com base nos seguintes fatores: confiança, integridade, sustentabilidade, liderança e comprometimento.</p><p>- Modelo de Donaldson e Prestonb: Os diferentes usos da teoria dos stakeholders: Os autores identificaram os três usos</p><p>que podem ser feitos na análise de uma organização com base na teoria dos stakeholders: o descritivo, o instrumental e o</p><p>normativo.</p><p>- Uso descritivo da teoria dos stakeholders: caracteriza-se pela descrição e análise do funcionamento e desempenho da</p><p>empresa com base nos relacionamentos que mantém com os stakeholders (por exemplo, relacionamentos de curto, médio ou</p><p>longo prazo, tipos de contratos, objetivos das partes envolvidas).</p><p>- Uso instrumental da teoria dos stakeholders: utilizada como uma ferramenta de gestão. Os relacionamentos com os</p><p>stakeholders são analisados com base no seu impacto na melhoria do desempenho da empresa (por exemplo, os ganhos da</p><p>empresa em seu relacionamento com os franqueados e terceirizados; a redução dos custos no gerenciamento da cadeia de</p><p>suprimentos, envolvendo todos os fornecedores; a prática de governança corporativa e seus reflexos no relacionamento com os</p><p>acionistas; as políticas e os programas de recursos humanos e seus reflexos na produtividade).</p><p>- Uso normativo da teoria dos stakeholders: tem como objetivo reconhecer os interesses dos empregados, clientes,</p><p>fornecedores, acionistas e demais stakeholders. É comum naquelas empresas que fazem pesquisas periódicas sobre</p><p>necessidades e índices de satisfação dos seus stakeholders (por exemplo, pesquisas de clima organizacional, pesquisas de</p><p>feedback junto a clientes, reuniões de trabalho com fornecedores e franqueados, emissão de informativos de prestação de</p><p>contas para os acionistas).</p><p>Aula 3 – O exercício da responsabilidade social corporativa: a empresa voltada para o cliente interno e externo e para a</p><p>sociedade</p><p>- Gestão da Responsabilidade Social Corporativa (RSC) ou Empresarial (RSE): As empresas, conscientes do seu papel</p><p>social e do seu compromisso com o governo, a sociedade, seus fornecedores, clientes, acionistas, empregados e demais</p><p>parceiros, ingressaram na onda social corporativa. Elas mudaram sua forma de atuação, renovaram suas estratégias, criaram</p><p>novas práticas, reforçaram seu marketing e muitas foram ainda mais além – departamentalizaram-se ao criar seus próprios</p><p>braços de atuação social por intermédio das suas fundações.</p><p>- Conceito de Responsabilidade Social Corporativa: nova atitude empresarial de respeito à natureza, à sociedade, aos</p><p>clientes como cidadãos, ao governo e aos demais parceiros como atores de um processo conjunto de gestão do social.</p><p>- Responsabilidade Social: é a responsabilidade de uma empresa diante da sociedade. É a empresa se preocupar com todo e</p><p>qualquer impacto que seu negócio traga para a sociedade e o meio ambiente.</p><p>- Para Elkington, o mundo empresarial já viveu três ondas de pressões socioambientais e está em vias de enfrentar uma</p><p>quarta: (1ª) representa o início da consciência social e ambiental das empresas. Os governos, ao criarem as suas agências de</p><p>controle ambiental e a legislação específica, bem como a sociedade, consciente da gravidade dos problemas sociais e</p><p>ambientais, começaram a pressionar as empresas para adotarem uma nova postura e prática em relação a tais temas; (2ª) o</p><p>movimento de responsabilidade social ganha fôlego na sociedade, com a atuação das ONGs ambientalistas e dos grupos sociais</p><p>radicais. As empresas começaram a criar fundações para desenvolver seus programas e projetos sociais, publicaram balanços</p><p>sociais e obtiveram certificações sociais e ambientais; (3ª) sobreveio o paradigma do desenvolvimento sustentável e da</p><p>governança corporativa. As empresas assumiram o papel de agentes do desenvolvimento local e regional; e (4ª) indica que</p><p>vamos entrar em uma nova era de grandes transformações sustentáveis, o que implicará o uso de tecnologias limpas e</p><p>sustentáveis, a explosão do mercado verde e dos produtos ecologicamente corretos, a formação de redes de cooperação e de</p><p>estímulo ao empreendedorismo social. É o que muitos denominam era da globalização positiva.</p><p>- Duas reações distintas surgiram em relação a RSC ou RSE: Os que apóiam o exercício da RSE vêem a função social</p><p>como uma extensão natural das demais funções e vocações da empresa. A corrente contrária ao envolvimento das empresas na</p><p>questão social lembram os riscos e perigos da apropriação do social pelo modelo empresarial, sendo o principal deles a</p><p>apropriação de um modelo de gestão (a gestão das práticas socialmente responsáveis e do marketing social) para auferir mais</p><p>lucro, mais visibilidade de suas marcas e desfrutar de melhor imagem junto aos seus diversos públicos, além de motivar seus</p><p>empregados para obter maior produtividade. Esses seguidores criticam as estratégias de empresarização do social e a sua</p><p>marketização, sob o pretexto único de apropriar-se do “bem” para atenuarem ou disfarçarem as mazelas e práticas antiéticas</p><p>vigentes na grande maioria das empresas.</p><p>- Para esses críticos, tudo é planejado no meio empresarial: da escolha estratégica dos alvos sociais até as estratégias e</p><p>ações socialmente responsáveis e a divulgação dos resultados alcançados.</p><p>- Objetivos econômicos e sociais</p><p>não são distintos como se pensava antigamente. Hoje as empresas mais lucrativas são aquelas</p><p>que mais investem no social.</p><p>- a RSC tornou-se um instrumento de gestão de pessoas, da cultura e do clima organizacional.</p><p>- Prática da Responsabilidade Social Interna: Com ênfase nos programas motivacionais, de compensação e de benefícios,</p><p>de melhoria da qualidade de vida no trabalho (QVT) e de voluntariado, a RSC consolidou sua posição como valioso</p><p>instrumento de gestão empresarial interna.</p><p>- Uma empresa socialmente responsável deve privilegiar o relacionamento com os seus empregados e criar internamente um</p><p>ambiente de trabalho saudável.</p><p>- Práticas de gestão empresarial social voltada para a comunidade: o seu exercício focaliza os investimentos sociais da</p><p>empresa – suas ações sociais sob a forma de programas e projetos. Compete à empresa contribuir para o desenvolvimento da</p><p>comunidade, em parceria com o governo e as entidades locais, sobretudo no que se refere aos programas e projetos sociais da</p><p>empresa em relação às comunidades em seu entorno.</p><p>- Prática da gestão ambiental, priorizando as relações da empresa com o meio ambiente: Preocupada com o impacto de</p><p>suas ações no meio ambiente e atenta às demandas ecológicas da sociedade e à crescente onda de conscientização ambiental,</p><p>bem como aos rigores da legislação ambiental, as empresas tornaram-se provedoras de práticas social e ambientalmente</p><p>responsáveis. A empresa é parte do meio ambiente e, portanto, deve contribuir para a sua preservação.</p><p>- A RSC agregou a dimensão ética, e hoje é comum a expressão “gestão da RSC e da ética empresarial”. A moral tornou-se</p><p>condição para o sucesso a médio e longo prazo dos negócios – a ética é o motor de uma empresa eficiente.</p><p>- Estágios da evolução ética das empresas: • Estágio 1 (empresas criminosas –empresas que praticam crimes na área do</p><p>Direito Civil e Penal - narcotráfico, fabricação de remédios falsificados, crime organizado e utilização de mão-de-obra escrava</p><p>e infantil ); • Estágio 2 (empresas predatórias – poluem o meio ambiente, fazem lavagem de dinheiro, cometem dolo ao</p><p>consumidor, desrespeitam os direitos trabalhistas e estão envolvidas em corrupção); • Estágio 3 (empresas capitalistas</p><p>selvagens – são as empresas que buscam o lucro de qualquer forma e se beneficiam de brechas na lei para maximizar seus</p><p>resultados); • Estágio 4 (empresas capitalistas – empresas que adotam a ética do lucro, obedecem à lei e só fazem o que ela</p><p>determina); • Estágio 5 (empresas humanas – voltadas para seus próprios empregados (seus principais ativos), motivam seus</p><p>funcionários para melhorar seus resultados); • Estágio 6 (empresas socioutilitaristas – desenvolvem ações sociais, internas e</p><p>externas, apenas com o objetivo de melhorar a imagem e fazer marketing); • Estágio 7 (empresas cidadãs – possuem em sua</p><p>missão valores e propósitos sociais, adotam causas sociais e investem em seus empregados, parceiros e na comunidade); •</p><p>Estágio 8 (empresas divinas – vendem produtos com o objetivo de desenvolver ações nos campos social e ambiental. Atuam</p><p>como verdadeiros agentes do desenvolvimento sustentável. O negócio é uma mera estratégia para realizar algo maior).</p><p>- As abordagens da RSC são desenvolvidas a partir das visões da alta direção da empresa. Essas visões compartilham</p><p>diferentes perspectivas de análise do processo de gestão da RSC.</p><p>- As três perspectivas de análise da RSC: • (1ª) de natureza humanitária, visualiza o processo de RSC como uma ação</p><p>filantrópica dos dirigentes das empresas; • (2ª) focaliza a busca de ganhos institucionais e visualiza o exercício da RSC como</p><p>uma estratégia de marketing da empresa; • (3ª) de natureza sociopolítica, percebe a RSC como resultado das pressões</p><p>crescentes da opinião pública dos consumidores e dos movimentos da sociedade civil.</p><p>- Três tipos de abordagens da RSC: (a) a RSC como obrigação social; (b) a RSC como responsabilidade social propriamente</p><p>dita;(c) a RSC como exercício da sensibilidade social.</p><p>- Empresas que utilizam a abordagem da obrigação social: entendem que o simples fato de a empresa cumprir suas</p><p>obrigações legais (gerar emprego, pagar salários e impostos, cumprir leis) já garante para si própria a condição de empresa</p><p>socialmente responsável (a empresa-cidadã).</p><p>- Empresas que utilizam a abordagem da responsabilidade social propriamente dita: vai além do cumprimento de suas</p><p>obrigações sociais. Investe na melhoria das condições de trabalho de seus empregados, fornecedores e parceiros e desenvolve</p><p>programas e projetos socioambientais.</p><p>- Empresas que utilizam a abordagem da sensibilidade social: além de cumprir suas obrigações sociais e investir interna e</p><p>externamente no social e na preservação do meio ambiente, atua como agente do desenvolvimento local e regional sustentável.</p><p>Seu foco de atuação não se restringe aos problemas imediatos, mas, sobretudo, às demandas de médio e longo prazo. Sua</p><p>consciência socioambiental extrapola os limites da sua área física de atuação, pois suas ações priorizam tendências e problemas</p><p>que estão surgindo, mesmo que afetem a empresa apenas indiretamente.</p><p>- Identificação das empresas que praticam as três abordagens da RSC: As empresas que fazem parte da terceira</p><p>abordagem – sensibilidade social – são as que estão totalmente engajadas, da cúpula à base, tanto no nível social quanto no</p><p>ecológico, segundo o consultor. Aquelas empresas nas quais as práticas da RSC são parciais, tímidas, controversas e buscam</p><p>apenas ganhar imagem são as que fazem parte da segunda abordagem – responsabilidade social. E as empresas que nada fazem</p><p>e assumem desinteresse pelo assunto, pois se limitam a cumprir suas obrigações legais e sociais, são aquelas que fazem parte</p><p>da primeira abordagem – obrigação social.</p><p>- Teoria da Responsabilidade Social Corporativa como Vantagem Competitiva: a RSC não deve se basear apenas num</p><p>único fator – a causa social ou as causas sociais priorizadas pela empresa –, mas deve levar em conta o negócio da empresa.</p><p>- Segundo essa teoria, o exercício da RSC deve guiar-se por dois fatores básicos: gerar benefícios importantes para a</p><p>sociedade e agregar novas frentes para o negócio.</p><p>- Segundo essa teoria, fazer o bem tem dois lados: fazer o bem para a sociedade e fazer o bem para o negócio.</p><p>- Praticar a RSC não consiste apenas em investir em projetos sociais, realizar boas ações, praticar filantropia e fazer o que é</p><p>certo. A RSC, ao criar vantagem competitiva para a empresa (melhoria de imagem, agregação de valor a marca, produtos e</p><p>serviços, conquista de novos mercados, melhor posicionamento, fidelização de clientes), faz bem ao negócio e também se</p><p>constitui numa fonte de inovação para a empresa (por exemplo, uso de tecnologias limpas, produtos verdes, uso de tecnologias</p><p>sociais, idéias empreendedoras, novos estímulos motivacionais, novos modelos de gestão).</p><p>- Teoria dos Desafios Sociais: Define os três desafios a serem administrados pelas empresas em suas relações com a</p><p>sociedade - princípios de responsabilidade social corporativa ou empresarial; processos de responsabilidade; e administração</p><p>de questões..</p><p>- Os cinco estágios que caracterizam a ação social de uma empresa: • Estágio 1 (empresa não assume responsabilidades</p><p>perante a sociedade e não desenvolve ações sociais de qualquer tipo ou natureza); • Estágio 2 ( empresa reconhece os impactos</p><p>causados pelos seus produtos, processos e instalações e desenvolve algumas ações isoladas no sentido de minimizá-las); •</p><p>Estágio 3 (empresa está iniciando a sistematização de uma avaliação dos impactos dos seus produtos, processos e instalações e</p><p>exerce alguma liderança em questões de interesse da comunidade. Existe envolvimento das pessoas nos esforços de</p><p>desenvolvimento social); • Estágio 4 (a avaliação dos impactos dos produtos, processos e instalações está em fase de</p><p>sistematização. A empresa exerce liderança em questões de interesse da comunidade por meio</p><p>do desenvolvimento de projetos,</p><p>investimentos e parcerias. O envolvimento das pessoas nos esforços de desenvolvimento social é freqüente); • Estágio 5 (a</p><p>avaliação dos impactos dos produtos, processos e instalações está sistematizada buscando antecipar as questões públicas. A</p><p>empresa lidera questões de suma importância para a comunidade e dentro do seu setor de atividades. O estímulo à participação</p><p>de pessoas e esforços de desenvolvimento social é sistemático).</p><p>- Responsabilidade social corporativa: é a forma como a empresa age frente às necessidades sociais e ambientais.</p><p>Compreende o conjunto de ações socioambientais desenvolvido pela empresa-cidadã e pode ser exercida sob diferentes formas</p><p>de atuação, direta ou indiretamente, com objetivos de curto, médio e longo prazo, por meio de doações ou investimentos,</p><p>através de ações filantrópicas ou programas e projetos sociais de maior impacto socioambiental.</p><p>- Responsividade social corporativa: traduz o tipo de comportamento estratégico adotado pela empresa diante de causas</p><p>sociais por ela escolhidas como prioritárias em relação aos problemas socioambientais identificados e aos atores envolvidos</p><p>(governo, associações, sindicatos, movimentos sociais, ONGs).</p><p>- Responsabilidade social corporativa e responsividade social corporativa são dois conceitos distintos, porém complementares.</p><p>- No exercício da responsabilidade social corporativa ou empresarial, a empresa desenvolve a sua capacidade de enfrentar</p><p>problemas socioambientais e de responder às pressões sociais.</p><p>- No exercício da responsividade social corporativa, a empresa demonstra o seu comportamento diante de um problema</p><p>socioambiental que afeta diretamente os seus negócios.</p><p>- Os quatro tipos de comportamento padrão de responsabilidade social corporativa: o reativo, o defensivo, o acomodativo</p><p>e o interativo.</p><p>- Padrão reativo: ocorre quando a empresa somente exerce a RSC ao se sentir ameaçada por um problema social qualquer.</p><p>Por exemplo, uma indústria farmacêutica que, ao produzir um medicamento, provoca danos à saúde das pessoas. Nesse caso,</p><p>ela imediatamente suspende a venda e a fabricação do remédio.</p><p>- Padrão defensivo: surge quando a empresa desenvolve uma campanha publicitária para se defender de acusações de fraude,</p><p>corrupção ou danos causados à natureza por causa de suas atividades industriais.</p><p>- Padrão acomodativo: típico daquelas empresas que nada fazem, mesmo quando os fatos trazem evidências dos efeitos</p><p>nocivos de produtos, serviços e atividades da empresa.</p><p>- Padrão interativo: o melhor e mais adequado aos novos padrões de atuação socioambiental. É quando a empresa interage</p><p>com o governo e as entidades da sociedade civil na busca de soluções para os problemas socioambientais existentes ou que</p><p>poderão existir no futuro.</p><p>- Padrão de responsividade social do Bradesco, ao criar o Banco Planeta, que, em parceria com a Fundação Amazonas</p><p>Sustentável e o Governo do Estado do Amazonas, está desenvolvendo ações de desenvolvimento sustentável na região:</p><p>Responsividade Social Corporativa do tipo interativo. Sua atuação não é isolada, pois faz parcerias com outras entidades e</p><p>desenvolve ações de promoção do desenvolvimento sustentável.</p><p>- Padrão de responsividade social da revista Época quando escolheu a causa ambiental como o principal objetivo de</p><p>suas ações sociais: encontrou na causa ambiental o seu novo modelode atuação, seu blog é um exemplo de interação criativa</p><p>com seus leitores, e é uma empresa que adota o padrão interativo de Responsividade Social Corporativa.</p><p>- Padrão de responsividade social do Condomínio Recanto da Barra quando foi multado pela Secretaria de Meio</p><p>Ambiente do Rio de Janeiro por despejar esgoto na lagoa de Marapendi e cobrou dos condôminos a pesada multa, sob o</p><p>disfarce de despesas extras, alegando novos investimentos na construção de uma estação de tratamento do esgoto do</p><p>condomínio: padrão reativo de Responsividade Social Corporativa, pois pagou imediatamente a multa, reconheceu o delito e</p><p>propôs a construção de uma estação de tratamento de esgoto do condomínio para acabar com o gravíssimo problema de</p><p>poluição causado à lagoa de Marapendi.</p><p>- Padrão de Responsividade social da Concessionária CVR, que explora o pedágio das estradas federais, faz todo ano a</p><p>campanha do agasalho, seus serviços são alvos de reclamações dos usuários que pagam altas tarifas de pedágio: ao</p><p>cobrar tarifas de pedágio abusivas e prestar péssimos serviços, não cumpre a sua função social básica. Utiliza ações caritativas</p><p>para melhorar sua imagem perante os clientes, o governo e a comunidade local, mas adota uma postura defensiva ao justificar-</p><p>se perante os clientes e prometer melhorias em seus serviços. Seu padrão de atuação de Responsividade Social Corporativa é</p><p>do tipo acomodativo.</p><p>- Padrão de responsividade social do restaurante Recanto dos Boêmios, famoso pelas ações trabalhistas movidas pelos</p><p>seus ex-garçons que, ao serem demitidos, cobram na Justiça os valores referentes às gorjetas pagas pelos clientes e que</p><p>nunca receberam enquanto trabalhavam na empresa: padrão defensivo. A sua responsividade aos problemas sociais da</p><p>comunidade é inexistente.</p><p>- A certificação das ações sociais contribui para a melhoria das gestão da RSC, pois define normas e procedimentos a serem</p><p>adotados pela empresa na elaboração de políticas, diretrizes e projetos sociais.</p><p>- Principal norma de certificação do exercício da responsabilidade social corporativa: ISO 26000, ainda em processo de</p><p>discussão e elaboração.</p><p>- Nnormas ISO 9000 e ISO 14000: certificam a empresa por sua capacidade gerencial (a qualidade do seu processo de</p><p>gerenciamento de produção e respeito ao meio ambiente).</p><p>- Normas específicas BS 8800, OHSAS 18001 e AS 8000: certificam as empresas que dão garantias adequadas para a</p><p>segurança e para a saúde do trabalhador, bem como o respeito aos direitos humanos e trabalhistas.</p><p>- Norma AS 8000: estabelece normas para a defesa dos direitos dos empregados, incluindo a proibição do trabalho infantil, do</p><p>trabalho escravo, a defesa da saúde e segurança do trabalhador, a remuneração justa. Baseia-se nos preceitos da Organização</p><p>Internacional do Trabalho – OIT – e foi criada pelo Council on Economic Priorities Accreditation Agency (CEPAA), em 1997.</p><p>- As empresas que obtêm tais certificações atestam o valor social da sua gestão e assumem uma postura verdadeiramente</p><p>cidadã no mercado em que atuam. Assim, adquirem maior reputação, valorizam sua marca e são respeitadas pelo governo,</p><p>pelos clientes, fornecedores, empregados, pela mídia e sociedade civil organizada.</p><p>Aula 4 – A onda verde</p><p>- Onda verde: movimento global de esverdeamento de consciências, idéias, valores, produtos, marcas e ações que tem no</p><p>meio ambiente o seu credo principal, e na defesa da natureza, sua missão derradeira.</p><p>- Miopia do verde: é a visão de que o crescimento econômico é decorrência da devastação ambiental.</p><p>- Os verdes radicais e suas exigências socioambientais são ao mesmo tempo ameaça à fartura nas vendas e demanda por</p><p>mudanças estruturais em fórmulas e linhas de produção.</p><p>- o cliente “radical verde” pode ser um risco, quando faz exigências que não podem ser atendidas, ou uma oportunidade de</p><p>ampliar o negócio, se produtos forem reformulados.</p><p>- Setores mais vulneráveis aos radicais verdes: os de alimentação, óleo e gás, automobilismo, mercado de capitais, utilidades</p><p>e imobiliário.</p><p>- As pressões sobre esses setores se traduzem no aumento do consumo de alimentos orgânicos e sucos naturais, compra de</p><p>carros mais econômicos e menos poluentes, de eletrodomésticos com menor consumo de energia, investimentos em empresas</p><p>campeãs em sustentabilidade e priorização das construções sustentáveis e dos edifícios verdes (imóveis que priorizam a</p><p>economia de energia e de água e utilizam material certificado e reciclado em sua obra e operação).</p><p>- O grande desafio é conciliar a defesa da natureza – o ser verde – com o desenvolvimento econômico.</p><p>- Exemplos que vêm gerando danos gravíssimos à natureza e, conseqüentemente,</p><p>comprometendo o meio ambiente: •</p><p>geração de energia (altos investimentos nas construções de hidrelétricas em áreas que deveriam ser preservadas); • expansão da</p><p>agricultura (uso descontrolado de agrotóxicos, adubo químico, saturação do solo); • expansão da pecuária (abate abusivo de</p><p>animais, consumo exorbitante de água, contaminação do solo); • expansão urbana (crescimento desordenado de áreas</p><p>construídas, desmatamento, falta de saneamento, contaminação de rios e lagoas, favelização); • expansão industrial</p><p>(desmatamento, poluição atmosférica, saneamento inadequado, contaminação de rios e lagoas).</p><p>- Onda verde: é o verde da natureza que simboliza a defesa do meio ambiente, a proteção dos recursos naturais, o amor à</p><p>Terra, o desenvolvimento sustentável.</p><p>- Por que a questão ambiental tornou-se um fator estratégico para as empresas nos dias atuais: Antes, a questão</p><p>ambiental era tratada pelas empresas de forma pontual – o atendimento das exigências legais do governo (licenciamento</p><p>ambiental, fiscalização, regulação). Hoje, a questão ambiental extrapola o aspecto legal; é de vital importância para o sucesso</p><p>de qualquer negócio. A empresa que causa danos ao meio ambiente, cujos produtos são nocivos à saúde das pessoas, e que não</p><p>adota práticas sustentáveis tem a sua imagem deteriorada, perde mercado e clientes. A sustentabilidade não é apenas a do</p><p>negócio, é também a promoção da sustentabilidade local e regional, cuja tarefa a empresa deve repartir com o governo e</p><p>demais parceiros. Daí a dimensão estratégica empresarial da questão ambiental.</p><p>- Pressões que forçam o surgimento da onda verde: o posicionamento dos stakeholders das empresas preocupados com as</p><p>questões ambientais e o esgotamento progressivo dos recursos naturais que restringem as operações da empresa.</p><p>- Stakeholders: as pressões pelo verde são cada vez maiores. A legislação ambiental rigorosa, os clientes que exigem produtos</p><p>verdes, o governo que implementa políticas ambientais e submete as empresas a um rigoroso monitoramento e avaliação</p><p>ambiental, os fornecedores que querem participar de uma cadeia de produção limpa, a sociedade civil com seus movimentos</p><p>ambientalistas que exercem vigilância constante sobre as empresas e os acionistas que sabem que o valor da empresa está</p><p>associado a sua imagem e reputação de empresa social e ambientalmente responsável.</p><p>- Esgotamento dos recursos naturais: as empresas buscam reduzir seus custos de matérias-primas e investem cada vez mais</p><p>em fontes alternativas de energia.</p><p>- Empresa verde: aquela comprometida com as melhores práticas socioambientais, e que atua com eficiência energética,</p><p>porque gasta menos energia que os concorrentes e não desperdiça água com o seu funcionamento e lança produtos verdes.</p><p>- Emrpesas verdes: desenvolvem ações estratégicas de preservação ambiental.</p><p>- O meio ambiente é um dos principais stakeholders de qualquer empresa.</p><p>- Conceitos chaves de negócios sustentáveis: produção limpa; ecoeficiência; Ecologia industrial; Produtividade verde;</p><p>Quimica verde.</p><p>- Produção limpa: uso de metodologias e técnicas que buscam a eficiência produtiva, a redução da poluição na fonte, a</p><p>redução ou eliminação de riscos para o ser humano e o meio ambiente e o ciclo de vida das espécies animais e vegetais. É um</p><p>estágio de excelência para a indústria que deseja aumentar o seu grau de responsabilidade social e ambiental.</p><p>- Princípios pelos quais a indústria deseja aumentar seu grau de responsabilidade social e ambiental: ● produção</p><p>(produção limpa); ● prevenção do resíduo na fonte (controle total dos resíduos); ● integração total da produção (controle de</p><p>todas as etapas da produção); ●participação democrática (ampla divulgação das informações).</p><p>- Ecoeficiência: é alcançada mediante o fornecimento de bens e serviços, a preços competitivos, que satisfaçam às</p><p>necessidades humanas e tragam qualidade de vida, ao mesmo tempo que reduzem progressivamente o impacto ambiental e o</p><p>consumo de recursos ao longo do ciclo da vida, a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada da</p><p>Terra.</p><p>- Elementos básicos da ecoeficiência: ● redução do consumo de materiais e energia de bens e serviços; ● redução da</p><p>dispersão de substâncias tóxicas; ● intensificação da reciclagem de materiais; ● maximização do uso sustentável de recursos</p><p>naturais; ● prolongamento da durabilidade de produtos; ● agregação de valor a bens e serviços.</p><p>- Ecologia industrial: estudo dos relacionamentos entre sistemas industriais e atividades econômicas com os sistemas naturais.</p><p>- Ecossistema industrial: reestruturação dos sistemas industriais a partir do conhecimento de como tais sistemas funcionam e</p><p>são regulados, bem como suas interações com a biosfera; e do conhecimento disponível sobre o meio ambiente, de forma a</p><p>compatibilizá-los com os ecossistemas naturais.</p><p>- Produtividade verde: é uma estratégia para aumentar a produtividade e o desempenho ambiental para o desenvolvimento</p><p>socioeconômico global.</p><p>- Química verde: o uso da química para prevenir a poluição. É o planejamento de produtos e processos químicos que sejam</p><p>saudáveis ao ambiente.</p><p>- Dimensões”eco”: representam a incorporação de diversos conceitos de mundo dos negócios nas questões ecológicas. É a</p><p>junção desses elementos – as dimensões empresarial e ecológica (ambiental).</p><p>- Dimensões eco que são objetos do gerenciamento das empresas verdes: ecoeficiência (melhoria da produtividade dos</p><p>recursos); redução de ecodespesas (redução dos custos ambientais); ecoeficiência da cadeia de valor (redução dos custos em</p><p>todas as etapas da cadeia produtiva e de valor); ecodesign (inovação do design e da embalagem de produtos e criação da linha</p><p>de produtos verdes); ecovendas e marketing (posicionamento do produto como verde); mercado ecodefinido (foco em</p><p>segmentos de clientes verdes); ecorrisco (redução dos riscos ambientais); e ecovantagem (melhor imagem e maiores vendas</p><p>obtidas pelas empresas verdes).</p><p>- Em quais dimensões eco e tendências da onda verde a Natura atua: ecoeficiência (ao reduzir custos de matérias-primas e</p><p>de transporte junto a seus fornecedores e em todas as demais etapas da produção e distribuição); ecodesign e ecovendas (ao</p><p>criar linhas de produtos verdes); e ecorrisco (ao recolher frascos, evitando a poluição do ambiente e diminuindo a emissão de</p><p>gases).</p><p>- Estratégias verdes utilizadas pela Natura: utilização de marketing ambiental (marketing verde), que busca associar a</p><p>imagem da empresa à luta pela preservação ambiental. Algumas estratégias verdes utilizadas: fortalecer sua marca, com os</p><p>atributos inerentes à defesa da natureza; a apologia de uma vida melhor, posicionando-se como uma empresa que se preocupa</p><p>com a saúde dos seus clientes; a empresa posiciona-se na mente dos consumidores como social e ambientalmente responsável,</p><p>uma empresa verde de verdade; lançamento e comercialização de produtos verdes; redução de custos de transportes, extração</p><p>de matéria-prima e descarte de embalagens; e melhor comunicação com os clientes e com o mercado.</p><p>- Linhas verdes de financiamento: são financiamentos concedidos às empresas verdes, empenhadas em reduzir seus passivos</p><p>ambientais, em melhorar sua eficiência energética e a gestão dos recursos naturais, e em promover a coleta e o tratamento dos</p><p>dejetos industriais, alem de praticar o desenvolvimento sustentável.</p><p>- Economia verde: compreende um conjunto de atividades econômicas, sociais, comerciais, industriais e tecnológicas</p><p>desenvolvidas pelas empresas, governo e sociedade civil que buscavam valorizar o verde.</p><p>- Principais vertentes da economia verde: lançamento de produtos verdes (famosas linhas verdes); estratégias verdes com</p><p>forte ênfase nos investimentos de imagem (institucionais); crescentes investimentos em ações socioambientais; mercado de</p><p>produtos verdes; instalações verdes (fábricas, lojas, prédios, casas); tecnologias limpas.</p><p>- Principais tendências da gestão corporativa os riscos ambientais nos</p><p>próximos anos, segundo o estudo da consultoria</p><p>Ernst & Young (denominado Riscos Estratégicos Ambientais): aumento das preocupações ambientais entre consumidores e</p><p>governos; surgimento do fenômeno esverdeamento radical, motivado pela crescente mobilização dos governos, consumidores,</p><p>fabricantes, mídia e sociedade civil em favor das práticas sustentáveis; surgimento de regulamentações mais severas, com forte</p><p>atuação das agencias governamentais e órgãos fiscalizadores; aumento da pressão sobre as empresas de petróleo e gás, seguros,</p><p>química, automobilística, mineração, energia e saneamento; grande mobilização dos governos e da sociedade civil em torno da</p><p>questão dos impactos das mudanças climáticas; a inserção do tema meio ambiente e da sustentabilidade socioambiental nas</p><p>agendas pública e empresarial; aumento do uso de poder dos consumidores como forma de pressão sobre as empresas; maior</p><p>participação dos governos na regulação dos mercados com o objetivo de torná-los menos emissores de carbono e menos</p><p>agressores ao meio ambiente; surgimento do estado de tolerância zero em relação a acidentes ambientais; fim da era</p><p>combustível fóssil e o advento da era das energias limpas e renováveis.</p><p>- Projeto de Tecnologia da Informação verde (Greenit) criado pelo Banco Real: voltado para a eficiência em operações,</p><p>reuso de computadores e reciclagem de lixo eletrônico e doação de computadores usados.</p><p>- Produtos tipos como socioambientalmente incorretos, segundo pesquisa da Ernst & Young: cigarro, bebidas alcoólicas,</p><p>armamentos e o automóvel.</p><p>- Ecodesign: nova tendência de mercado e uma das manifestações mais recentes da onda verde.</p><p>- Ecodesing: consiste em desenvolver produtos que são ao mesmo tempo lucrativos e que obedecem aos preceitos ecológicos.</p><p>São produtos que de alguma forma incorporam algum aspecto verde.</p><p>- Ecodesign: metodologia de projeto direcionada à obtenção de resultados ambientais concretos – uso da embalagem reciclada,</p><p>utilização de menos material, consumo de pouca energia e não-desperdício de água, facilidade de descarte e transporte, e</p><p>produto biodegradável.</p><p>- Como estão sendo julgados os produtos e seus produtores: cada vez mais não apenas pela qualidade, durabilidade,</p><p>performance, preço e assistência técnica, mas principalmente por critérios éticos, ecológicos e de justiça.</p><p>Aula 5 – As ações sociais transformadoras: a base do empreendedorismo social</p><p>- No início da onda da responsabilidade social, o social e o comercial eram vistos como universos distintos.</p><p>- Tempo depois, a responsabilidade social adquiriu status de investimento estratégico: as empresas começaram a investir</p><p>no social para obter recursos institucionais e financeiros, conquistar e fidelizar clientes, expandir mercados, vender mais</p><p>produtos e valorizar suas marcas. O empresarial e o corporativo tornaram-se atributos do social.</p><p>- Ações sociais transformadoras: é desenvolver ações sociais de impacto.</p><p>- Características das ações sociais transformadoras: alto potencial de impacto social (pois reduzem a desigualdade,</p><p>combatem a pobreza de forma definitiva, produzem inclusão social, promovem a cidadania); produção de um agir coletivo</p><p>(rede de empreendedores sociais); transformação da sociedade (pois onde as ações se realizam o ambiente humano torna-se</p><p>mais justo, mais fraterno, solidário e social, cultural e economicamente mais desenvolvido); o despertar do coletivo e o</p><p>fomento à colaboração; redução da pobreza de forma mensurável (pois tais ações geram emprego e renda); criação de</p><p>organizações sociais auto-sustentáveis (cooperativas, ONGs e empresas locais que produzam, e comercializem seus produtos,</p><p>gerando emprego e renda para os seus membros e para a comunidade).</p><p>- Diferentes tipos de ações sociais transformadoras: • empreendimentos sociais privados (iniciativas privadas orientadas</p><p>para o social, mas com base no mercado); e • empreendimentos sociais (iniciativas focadas na busca de soluções transitórias ou</p><p>duradouras para os problemas sociais crônicos).</p><p>- Tipos de empreendimentos sociais privados: organizações sociais de cunho empresarial; e organizações empresariais de</p><p>cunho social.</p><p>- Organizações sociais de cunho empresarial: ONGs que desenvolvem atividades empresariais, de produção e venda de seus</p><p>produtos, como forma de auto-sustentar-se, independentemente de doações de terceiros e investimentos de empresas</p><p>patrocinadoras ou do próprio governo.</p><p>- Exemplo de organizações sociais de cunho empresarial: cooperativas que são criadas por pequenos agricultores, artesãos,</p><p>costureiras e profissões afins, que comercializam seus produtos e que, da venda dos mesmos, conseguem os recursos</p><p>necessários para o seu sustento e para a manutenção do seu negócio.</p><p>- Organizações empresariais de cunho social: empresas que financiam projetos sociais relevantes.</p><p>- Exemplo de organização empresarial de cunho social: bancos que mantêm linhas de financiamento para fins de concessão</p><p>de microcrédito e os institutos que se constituem em braços sociais das grandes corporações.</p><p>- Empreendedorismo social: consiste na aplicação de técnicas empresariais para se4 alcançar fins sociais. É uma iniciativa</p><p>não-lucrativa, e para gerar recursos para o seu funcionamento é preciso implementar ações de ponderamento que gerem</p><p>rendimentos.</p><p>- Empreendedorismo social: um dos fenômenos mais inovadores que surgiram no mundo nos últimos anos.</p><p>- Características das ações dos empreendedores sociais: promovem mudanças sistêmicas (produzem efeitos nas pessoas, nas</p><p>comunidades e no ambiente); representam uma visão de mundo (idéia chave é transformadora); oferecem soluções adequadas</p><p>(uso de tecnologias sociais inovadoras); promovem o empoderamento das pessoas envolvidas (desenvolvem capacidades e</p><p>habilidades técnicas e humanas); criam e desenvolvem mercados (empreendedorismo gera prodeutos e serviços que são</p><p>oferecidos e comercializados no mercado); e usam recursos limitados (atividades desenvolvidas otimizam os recursos</p><p>existentes).</p><p>Aula 6 – Desenvolvimento Sustentável: conceito, características e desafios</p><p>- Sustentabilidade: está no meio de todas as questões de interesse local, regional, nacional e global. E assim acabou ganhando</p><p>dimensão maior: a visão do mundo sustentável o foco no desenvolvimento sustentável em todas as suas dimensões.</p><p>- O ritmo acelerado da industrialização e do crescimento econômico provocou o quase esgotamento dos recursos naturais e</p><p>uma crescente ameaça ao meio ambiente. Diante desse fato, surgiu a necessidade urgente de formular um novo modelo de</p><p>desenvolvimento a ser seguido por todos os países, governos e populações.</p><p>- Erros cometidos em relação ao desenvolvimento sustentável: (1) não potencializar sua condição única nas áreas de energia</p><p>limpa, biodiversidade e inclusão social na base da pirâmide; (2) continuar insistindo num modelo de crescimento que exclui</p><p>milhões de brasileiros, os quais, de outra maneira, na perspectiva do desenvolvimento sustentável, serão incluídos também</p><p>como protagonistas do processo de crescimento; e (3) continuar queimando florestas, desperdiçando riquezas e destruindo sua</p><p>biodiversidade, hipotecando das gerações futuras a condição de emancipação, dignidade e cidadania global.</p><p>- Princípios do novo modelo de desenvolvimento econômico (desenvolvimento sustentável): recursos naturais são finitos e</p><p>devem ser preservados; desenvolvimento econômico deve levar em conta o meio ambiente; recursos naturais devem ser</p><p>preservados porque deles dependem a humanidade e toda a diversidade biológica; aumento da reutilização e da reciclagem é</p><p>uma prática que deve ser estimulada, pois reduz o uso de matérias-primas e produtos; todas as relações do homem com a</p><p>natureza devem ocorrer com o menos dano possível; para alcançar o desenvolvimento sustentável, a proteção ambiental deve</p><p>constituir-se parte integrante do processo de desenvolvimento e não pode ser considerada isoladamente deste.</p><p>- Fator</p><p>chave para a compreensão dos problemas ambientais causados pelo desenvolvimento industrial: a explosão do</p><p>consumo.</p><p>- O problema não era apenas o esgotamento dos recursos naturais. Havia um outro risco, ainda maior: as ameaças e a</p><p>degradação do meio ambiente.</p><p>- Tipos de ameaças ambientais: poluição com os resíduos despejados no ambiente e o esgotamento dos recursos naturais.</p><p>- Fenômenos conhecidos que ameaçam o ambiente: poluição da água; do ar, sonora e visual, por elementos químicos e</p><p>tóxicos, emitidos em grande parte pelas indústrias e pelos automóveis.</p><p>- Outro problema grave existente: os resíduos sólidos, como o lixo doméstico e o industrial, o lixo acumulado nas ruas, nas</p><p>rodovias, nos terrenos baldios e os resíduos provenientes dos materiais sintéticos e de plástico descartados (embalagens).</p><p>- Mesmo os recursos renováveis (água, madeira, etc) correm o risco de desaparecerem: o elevado crescimento</p><p>demográfico tornou insuficiente a quantidade de água para todos. Além disso, existe a degradação do solo, processo que afeta a</p><p>qualidade da terra devido ao seu uso excessivo por práticas agrícolas, agropecuárias e outra.</p><p>- Efeitos mais conhecidos que aumentam o risco de escassez dos recursos renováveis: destruição das florestas e</p><p>desertificação.</p><p>- Aquecimento global: aumento gradual e contínuo da temperatura da Terra produzido pelos gases que se acumulam na</p><p>atmosfera (gases do efeito estufa que funcionam como uma barreira que retêm o calor proveniente da energia do Sol).</p><p>- Gases que causam o aquecimento global: dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, produzidos pela empresas industriais</p><p>e pelo elevado consumo de gasolina e diesel dos veículos, pela agricultura intensiva, pela derrubada de florestas, pela extração</p><p>de minério, pelos aterros.</p><p>- Consequências do aquecimento global: aumento do nível dos oceanos (porque o calor derrete as calotas polares e flui mais</p><p>água para os mares); desertificação, propagação de doenças, diminuição da produtividade agrícola e mudanças no clima.</p><p>- Planejamento estratégico da empresa deve contemplar ações de preservação ambiental: caso a visão de futuro da</p><p>empresa não envolva ações de preservação ambiental, a gestão dos recursos naturais, o combate ao lixo tóxico e aos dejetos</p><p>industriais e a busca da eficiência energética, não haverá futuro para a empresa e seu negócio.</p><p>- Empresários: principais responsáveis pelas agressões ao meio ambiente, pela destruição da natureza e pelos maus-tratos à</p><p>Terra,</p><p>- Por que a Terra está tão ameaçada: o mecanismo do aquecimento global, a queima de combustíveis fósseis (diesel,</p><p>gasolina) e o desmatamento produzem gás carbônico que se acumula na atmosfera, substância que funciona como o vidro de</p><p>uma estufa – deixa a luz do Sol entrar e aprisiona o calor, deixando a Terra mais quente.</p><p>- Protocolo de Kyoto: acordo internacional que objetiva reduzir as emissões de gases estufa dos países industrializados e</p><p>garantir um modelo de crescimento limpo aos países em desenvolvimento.</p><p>- Outras medidas estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto: estímulo à substituição do uso dos derivados de petróleo pelo uso</p><p>de energia elétrica e do gás natural.</p><p>- Compensação energética: empresas que investem em energia suja serão obrigadas a investir em energia limpa.</p><p>- Linhas de ação propostas no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC): criar metas de redução do</p><p>desmatamento; criar mecanismos de controle mais severos sobre a utilização do automóvel; construir novas usinas</p><p>hidroelétricas sem causar prejuízos ao meio ambiente; planejar estrategicamente a expansão do plantio agrícola; aumentar os</p><p>índices de reciclagem nas indústrias; ampliar a participação de energias renováveis (solar, eólica) na matriz energética</p><p>brasileira; reverter a tendência de crescimento da geração térmica baseado em combustível fóssil.</p><p>- Os governos devem adotar tais objetivos e ações estratégicas caso desejem promover a sinergia entre desenvolvimento e meio</p><p>ambiente. Para isso devem rever seus instrumentos de controle e fiscalização, legislação ambiental, processos de regulação e</p><p>ações promotoras do desenvolvimento e crescimento econômico. Se o fizerem, serão “governos verdes”.</p><p>- As cinco visões de um mundo sustentável: visao de Jeffrrey Sachs sobre a criação de uma sociedade sustentável; visão de</p><p>Lester Brown sobre um mundo sustentável; visão de Stuart Hart sobre o papel das empresas como agentes do desenvolvimento</p><p>sustentável; visão de Ignacy Sachs sobre a criação de uma nova ciência de base sustentável; e visão de Ray Anderson sobre o</p><p>papel das empresas como agentes do desenvolvimento sustentável.</p><p>- Visão de Jeffrey Sachs sobre a criação de uma sociedade sustentável: afirma que a sociedade atual tem três desafios a</p><p>serem vencidos: eliminar a pobreza extrema; conter o crescimento populacional; e trabalhar bem com o meio ambiente.</p><p>- Visão de Lester Brown sobre um mundo sustentável: propõe seis ações estratégicas a serem implementadas no mundo –</p><p>erradicar a pobreza, estabilizando a população; restaurar o planeta; alimentar bem oito bilhões de pessoas; planejar cidades;</p><p>criar eficiência energética; e mudar a matriz energética para energia renovável.</p><p>- Visão de Stuart Hart sobre o papel das empresas como agentes do desenvolvimento sustentável: as empresas são autores</p><p>importantíssimos que podem conduzir o mundo para um caminho sustentável. Isso porque, segundo ele, as empresas estão</p><p>historicamente em melhor posição do que os governos para fazer uma evolução em prol da sustentabilidade. As empresas mais</p><p>enganjadas com as questões sociais e ambientais terão mais sucesso do que as outras.</p><p>- Visão de Ignacy Sachs sobre a criação de uma nova ciência de base sustentável: define as dimensões do desenvolvimento</p><p>sustentável – social (combate à pobreza e desigualdades sociais); ambiental (defesa e preservação do meio ambiente);</p><p>territorial (distribuição espacial dos recursos, das populações e das atividades); econômica (geração de emprego e renda); e</p><p>política (democracia plena e estímulo à participação política). Propõe a adoção de um planejamento local e participativo e de</p><p>negociações com os stakeholders.</p><p>- Visão de Ray Anderson sobre o papel das empresas c Omo agentes do desenvolvimento sustentável: prega a visão de um</p><p>mundo sustentável em que “os consumidores preferem produtos de empresas éticas, companhias abrem mão de fornecedores</p><p>socialmente irresponsáveis, bancos financiam atividades ambientalmente equilibradas e investidores aplicam recursos em</p><p>corporações menos emissoras de carbono”. Para ele, regulações inteligentes, leis e fiscalizações severas vão contribuir para a</p><p>mudança no modo de gerir negócios.</p><p>- Conceito de desenvolvimento sustentável: É o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual sem</p><p>comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações; é o desenvolvimento que não esgota os recursos</p><p>para o futuro.</p><p>- Indicadores econômicos podem comprovar que houve um crescimento econômico, porém não é suficiente para afirmar que</p><p>existiu um desenvolvimento sustentável. Os indicadores do desenvolvimento sustentável referem-se principalmente aos</p><p>benefícios do desenvolvimento econômico junto à população, ao meio ambiente e aos recursos naturais (exemplo, geração de</p><p>emprego e melhor distribuição de renda, a preservação ambiental local, a racionalização do uso da energia, o adequado manejo</p><p>de resíduos e uso de tecnologias limpas e substitutas de bens não renováveis).</p><p>- Empresas agropecuárias não divulgam indicadores sustentáveis referentes à sua gestão.</p><p>- Conceito de desenvolvimento sustentável não diz respeito apenas ao impacto das atividades econômicas no meio</p><p>ambiente: incluem também bem-estar social (qualidade de vida), redução da pobreza, preservação da identidade cultural,</p><p>melhor distribuição territorial, justiça e equidade social.</p><p>- idéia base do desenvolvimento sustentável: tripé atividade econômica, meio ambiente e</p><p>bem estar da sociedade.</p><p>- Objetivo do relatório “Os Limites do Crescimento” elaborado pelo grupo de estudos “Clube de Roma”: analisar o</p><p>impacto do crescimento econômico das décadas seguintes.</p><p>- Principal conclusão do relatório “Os Limites do Crescimento”: as taxas de crescimento industrial não eram compatíveis</p><p>com a natureza finita dos recursos da terra e da capacidade do planeta para suportar o crescimento populacional e absorver a</p><p>poluição.</p><p>- Elementos centrais do modelo de desenvolvimento sustentável: preservação da qualidade dos sistemas ecológicos e do</p><p>ambiente em geral; necessidade de um crescimento econômico voltado para a satisfação das necessidades sociais e o alcance</p><p>da equidade; compartilhamento dos benefícios do desenvolvimento pelas gerações atuais e futuras; racionalização do uso da</p><p>energia; adequado manejo de resíduos; desenvolvimento de tecnologias limpas e de tecnologias de bens não-renováveis.</p><p>- Teoria das Sete Revoluções da Sustentabilidade: identifica as sete revoluções que estão começando a ocorrer no mundo</p><p>dos negócios e que direcionarão as economias e as grandes corporações para o futuro – (1ª! Refere-se aos mercados cada vez</p><p>mais globalizados e pautados pelo consumo consciente e responsável; (2ª) acontece com a emergência dos novos valores e</p><p>princípios que pregam o respeito aos direitos humanos e ao meio ambiente; (3ª! busca de maior transparência na gestão dos</p><p>negócios; (4ª) acontece com a tecnologia do ciclo de vida do produto que tem levado as empresas ao gerenciamento</p><p>socioambiental em toda sai cadeia produtiva; (5ª) está nas parcerias que são cada vez mais freqüentes entre empresas, governos</p><p>e sociedade; (6ª) está na nova dimensão do tempo que obriga as empresas a pensarem não apenas no desenvolvimento</p><p>presente, mas também no crescimento futuro; (7ª) compreende as novas práticas de governança corporativa nas empresas,</p><p>dando voz aos pequenos acionistas e fortalecendo os conselhos da administração.</p><p>- Diferenças entre o desenvolvimento capitalista e desenvolvimento sustentável: O Desenvolvimento Capitalista é linear,</p><p>cumulativo e não tolera limites porque PE regido pela concorrência e não pela cooperação; gera mudanças incrementais de</p><p>bases cumulativas; os ricos tornam-se mais ricos e a riqueza produz mais riquezas. O Desenvolvimento Sustentável é regido</p><p>pela cooperação, gera inclusão social, busca a equidade e a justiça social, produz renda para muitos e não é cumulativo;</p><p>ocorrem mudanças não-lineares , pois são criadas oportunidades iguais para todos e também são gerados bens em diferentes</p><p>níveis e setores.</p><p>- Conceito de desenvolvimento sustentável local: processo de crescimento econômico que gera benefícios para a população e</p><p>para a preservação do meio ambiente, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população local; processo de</p><p>transferência da riqueza gerada para a comunidade; processo de mobilização de diversos segmentos da sociedade local.</p><p>- Metas do Milênio: série de oito compromissos aprovados entre líderes de 1919 países, membros das Nações Unidas:</p><p>erradicar a extrema pobreza e a fome; atingir o ensino básico universal; promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das</p><p>mulheres; reduzir a mortalidade infantil; melhorar a saúde materna; combater o HIV, malária e outras doenças; garantir a</p><p>sustentabilidade ambiental; e estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento.</p><p>- Pacto Global: conjunto de diretrizes que tem como objetivo mobilizar as lideranças da comunidade empresarial internacional</p><p>na promoção de valores fundamentais nas áreas do meio ambiente e dos direitos humanos e trabalhistas.</p><p>- Os nove princípios que regem o pacto Global: divididos em Direitos Humanos, Trabalho e Meio Ambiente.</p><p>- Princípios dos Direitos Humanos que regem o Pacto Global: apoiar e respeitar a proteção dos direitos humanos</p><p>internacionais dentro de seu âmbito de influência; certificar-se de que suas corporações não sejam cúmplices de abusos em</p><p>direitos humanos.</p><p>- Princípios do Trabalho que regem o Pacto Global: apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à</p><p>negociação coletiva; apoiar a eliminação de todas as formas de trabalho forçado e compulsório; apoiar a erradicação efetiva do</p><p>trabalho infantil; apoiar o fim da discriminação relacionada a emprego e cargo.</p><p>- Princípios do Meio Ambiente que regem o Pacto Global: adotar uma abordagem preventiva para os desafios ambientais;</p><p>tomar iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental; incentivar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias</p><p>ambientalmente sustentáveis.</p><p>- Princípios do Equador: acordo assinado por dez bancos de sete países e hoje já contam com a adesão de 60 bancos, entre os</p><p>quais Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Unibanco. É um conjunto de diretrizes que devem ser seguidas pelos bancos ao</p><p>concederem empréstimos a empresas.</p><p>- Requisitos que as empresas devem atender, como beneficiárias desse acordo: gestão de risco ambiental; proteção da</p><p>biodiversidade e adoção de mecanismos de prevenção e controle da poluição, proteção à saúde, à diversidade cultural e</p><p>desenvolvimento de sistemas de segurança e saúde ocupacional, avaliação de impactos socioeconômicos |(incluindo cuidados</p><p>com as comunidades e povos indígenas, proteção a habitats naturais e proteção das populações que neles residem, eficiência na</p><p>produção, distribuição e consumo de recursos hídricos e energia, uso de energias renováveis, respeito aos direitos humanos,</p><p>combate à mão de obra infantil e ao trabalho escravo.</p><p>- Agenda 21: documento que compreende compromissos de todos os países presentes na Conferência das Nações Unidas sobre</p><p>o Desenvolvimento e Meio Ambiente (Rio-92).</p><p>- Principais atores do desenvolvimento sustentável definidos pela Agenda 21: as empresas, as ONGs, os governos e a</p><p>sociedade civil.</p><p>- O que afirma a Agenda 21 em relação às empresas e à sociedade civil: que a coletividade deve participar também como</p><p>ator fundamental neste novo caminho, apresentando reivindicações, fiscalizando as obras públicas, principalmente as que</p><p>causam impacto ambiental, bem como exigindo legalidade e probidade administrativa por meio de ações judiciais.</p><p>- O que afirma a Agenda 21 em relação ao empresariado: que ele também deve colaborar para o desenvolvimento com</p><p>ações sociais, aliando lucro à conduta social. Deve ainda observar as tendências mundiais de produção limpa para evitar</p><p>prejuízos ambientais.</p><p>- O que afirma a Agenda 21 em relação aos governos: compete a eles promover o desenvolvimento sustentável e a gestão</p><p>pública sustentável e fomentar as parcerias com as empresas e as entidades da sociedade civil organizada.</p><p>- O que afirma a Agenda 21 em relação às ONGs: elas devem propor soluções factíveis para os problemas locais, mobilizar</p><p>a coletividade e atuar em parceria com o governo e o setor privado.</p><p>- O que afirma a Agenda 21 em relação a sociedade civil: devem cobrar do governo e das empresas ações sustentáveis e se</p><p>mobilizar para atuar como um agente do desenvolvimento local.</p><p>- O que afirma a Agenda 21 em relação às empresas: a elas compete financiar e apoiar projetos de desenvolvimento</p><p>sustentável e fortalecer as capacidades locais.</p><p>- Não são apenas os governos locais e a própria sociedade os principais agentes do desenvolvimento local. As empresas devem</p><p>juntar-se a eles na implementação das ações sustentáveis com ênfase nos aspectos sociais, econômicos, culturais e ambientais.</p><p>- Características das empresas que atuam como agentes locais e regionais do desenvolvimento sustentável: • Elevada</p><p>preocupação com os entornos (a empresa investe na melhoria da qualidade de vida da população local e atua em parceria com</p><p>o governo, ONGs e demais entidades da sociedade civil); • Fomento da economia local gerando emprego e renda (a empresa</p><p>gera empregos diretos e indiretos na cidade e na região onde atua); • Orientação para a melhoria da infra-estrutura urbana e</p><p>serviços sociais locais (sistema viário, calçamento de ruas, iluminação pública,</p>

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